Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Urgências endodônticas e diagnóstico da dor pulpar
1. ENDODONTIA II
URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS
o 85% das emergências em consultório são dores provenientes da polpa ou periápice.
o Diagnóstico do problema está relacionado com o tratamento. É imprescindível uma boa anamnese para poder solucionar o problema.
o Há três momentos que o paciente pode sentir dor:
Pré- tratamento endodôntico
Flare- ups
Pós- tratamento endodôntico
o Ressaltando novamente a realização de uma boa anamnese, pois o paciente pode relatar o mesmo tipo de dor e não sabermos identificar em qual das fases anteriores ele se encontra. Assim, vem à importância dos exames radiográficos e testes de vitalidade pulpar, palpação e percussão.
o Exame clínico:
Anamnese:
Queixa principal
História pregressa
História atual
Exames radiográficos
o Exame físico:
Inspeção
Percussão: Fazer com um cabo de espelho, mas primeiramente no contralateral. Paciente que relata dor à mastigação, no teste de percussão o paciente sentirá dor, pois o ligamento periodontal está inflamado.
Palpação: Movimentos circulares, primeiramente no contralateral.
o Teste de sensibilidade:
Teste a frio:
Deve-se fazer primeiro o isolamento relativo e secar bem o local, para não ter interferência da saliva na obtenção do resultado no teste. Visto que a saliva tem 36,5ºC.
Fazer primeiro no dente contralateral.
Materiais usados: Tetrafluoretano (-23ºC) e Gás carbônico (-78ºC)
DIAGNÓSTICO
DOR
ESTÍMULO TÉRMICO
Polpa normal
Sem dor
Resposta normal/Cessa rapidamente.
Pulpite reversível
Leve
Resposta um pouco mais intensa/Cessa rapidamente.
Pulpite irreversível
Dor espontânea/Esporádica
Resposta exacerbada com demora para cessar.
Necrose pulpar
Ausente/Intensa na percussão
Ausência de resposta.
INFORMAÇÕES SUBJETIVAS
História, estímulo, frequência, intensidade, duração, espontaneidade, localização e característica da dor
+
INFORMAÇÕES OBJETIVAS
Exame visual, percussão, palpação, cáries e restaurações fraturadas, fraturas, fístulas, restaurações extensas, dentina exposta, doença periodontal
+
AVALIAÇÃO RADIOGRÁFICA
Comprimento do dente, número de raízes e canais, calcificações, lesões, reabsorções
+
TESTES COMPLEMENTARES
Testes térmicos, teste de anestesia, transluminação e biópsia
DIAGNÓSTICO → PLANO DE TRATAMENTO
2. ENDODONTIA II
URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS
Teste a quente:
Teste pouco realizado, porque tem uma resposta tardia, e pode levar a algum tipo de alteração na polpa, agravando o quadro em que se encontra.
Material utilizado: Bastão de guta-percha aquecido.
Deve passar vaselina antes para não fixar a guta-percha no elemento dentário.
DIAGNÓSTICO
DOR
ESTÍMULO TÉRMICO
Polpa normal
Sem dor
Dor (Resposta tardia). Fibras C em alto limiar.
Pulpite reversível
Leve
Dor imediata e pouca duração.
Pulpite irreversível
Dor espontânea/Esporádica
Dor imediata e longa duração.
Necrose pulpar
Ausente/Intensa na percussão
Ausência de resposta.
o Exame radiográfico:
Presença de alguma patologia
Alterações volumétricas e morfológicas da cavidade pulpar
Região óssea: Aspectos periapicais e periodontais
Dentes com polpa necrótica não estão necessariamente associados a lesões visíveis
Lesões perirradiculares de origem pulpar demonstrarão perda da lâmina dura apical em associação com a lesão
Dentes com pulpite irreversível frequentemente não demonstram alterações perirradiculares, às vezes um ligeiro espessamento.
Se uma lesão está associada a algum dente e não dá para distinguir qual o dente associado, alterar a angulação horizontal da tomada radiográfica identifica a que dente pertence à lesão.
o Diagnóstico diferencial:
Existem lesões de origem endodôntica e outras de origem não-endodônticas, que na radiografia se assemelham muito.
Para diferenciá-las, é necessário fazer teste de vitalidade pulpar.
Para ter lesão, a polpa já deve estar necrosada. Assim, com o teste de vitalidade pulpar, se a polpa estiver viva, significa que a lesão não é de origem endodôntica.
Displasia cementária (TVP +) X Osteite condensante (TVP -)
Abcesso periodontal (TVP +) X Abcesso endodôntico (TVP -):
Abcesso endodôntico – Presença de fístula – Sinal de doença crônica do periápice
o Origem da dor:
Dor odontogênica:
Hipersensibilidade dentinária
Pulpite reversível
Pulpite irreversível
Periodontite apical aguda
Abcesso apical agudo
3. ENDODONTIA II
URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS
Dor não-odontogênica:
Muscular: Dor miofascial – Alterações DTM
Bruxismo
Apertamento
Outras neuropatias:
Nefralgia do trigêmeo
o Diagnóstico da polpa:
Resposta do processo inflamatório
Conhecer anatomia e patologia: Diagnóstico diferencial
Saber ouvir o paciente
Fazer uma série de perguntas ao paciente
Na maioria das vezes os pacientes aliviam a dor com medicação
Identificar a etiologia da queixa principal, se a origem é pulpar ou periradicular
Associar exame clínico com exames complementares, fechar o diagnóstico e propor um plano de tratamento adequado.
O sucesso está relacionado com diagnóstico correto, medicamento correto e com o tratamento correto.
o Controle da dor:
Reduzir número de bactérias
Reduzir a pressão do tecido
Aliviar a dor/trismo
Melhorar a circulação
Prevenir a propagação da infecção
Acelerar cicatrização
Controle da ansiedade
Técnicas anestésicas adequadas
Em pulpites: Diminuição do pH tecidual, diminuindo a capacidade do anestésico de passar na bainha nervosa.
o Tratamento emergencial:
Não cirúrgico:
Hipersensibilidade dentinária
Capeamento pulpar indireto/direto
Pulpotomia
Pulpectomia parcial
Pulpectomia completa
Cirúrgico:
Incisão para drenagem
Trepanação/Fenestração apical
o DIAGNÓSTICO DA POLPA:
Hipersensibilidade dentinária:
Dentina exposta e túbulos dentinários expostos havendo presença de dor
Aplicação de dessensibilizantes, fluoreto de sódio, oxalatos de potássio; laser Nd:YAG
4. ENDODONTIA II
URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS
Utilização de dentifrícios a base de cloreto e estrôncio denominada Sensodyne ou Colgate sensitive pro-alívio.
Pulpite reversível:
Dor provocada
Duração: Momentânea (Desaparece rapidamente com a remoção do estímulo)
Percussão: Dor
Palpação: Resposta negativa
TVP: Reposta positiva e cessa ao remover o estímulo
Rx: Normal, mas pode evidenciar restaurações ou pequenas cáries.
História clínica: Presença de cárie, procedimento odontológico recente, trauma oclusal.
Conduta: Tratamento conservador; Remoção da causa (Dentina exposta, restauração defeituosa, cárie, etc)
Pulpite irreversível:
É quando há presença de um agente que está causando dor e ele não é removido. Assim, ele faz com que a polpa entre em um processo inflamatório e passe a ser irreversível.
Dor espontânea
Duração: Contínua, intermitente, dor espontânea de longa duração e que aumenta quando em decúbito.
Percussão: Negativo / Positivo
Palpação: Negativo
TVP: Positivo(1º fase) / Negativo(2º fase)
Rx: Não há alteração, no máximo o periápice com espessamento do ligamento periodontal.
História clínica: Restaurações extensas em cavidades profunas resultantes de lesões muito próximas da polpa; Capeamento pulpar direto ou indireto, trauma oclusal crônico; Lesões periodontais crônicas, pulpite associada à lesão periapical. Cor alterada. Pode sofrer alteração decorrente da lise do tecido pulpar ou hemorragias intra-pulpares.
Conduta: Tratamento endodôntico.
Urgência:
Remoção da polpa coronária
Limpeza e irrigação da câmara pulpar
Instrumentação do canal mais volumoso (MS é palatino e do MI é o distal) – 2/3 do canal mais volumoso
Medicação intracanal (Colocar hidróxido de cálcio na entrada dos canais com uma bolinha de algodão) + Restauração provisória.
EM CASOS DE QUE HÁ DOR À PERCUSSÃO: Se houver tempo, fazer instrumentação total da lima #20 a #25.
Pulpite irreversível assintomática (Pulpite crônica ulcerativa e hiperplásica):
É assintomático, mas pode vir a sentir dor, devido à compressão.
5. ENDODONTIA II
URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS
Pólipos pulpares.
Sem sintomas característicos.
Dor à mastigação, difusa e mal definida.
Exposição da cavidade pulpar.
Conduta: Tratamento endodôntico.
Avaliar casos de rizogênese incompleta, deve-se primeiro estimular a apicegênese com uma pulpotomia. Remove primeiro a polpa contaminada e depois aplica pasta de hidróxido de cálcio.
Necrose pulpar:
Liquefação ou isquêmica (Trauma dental)
Assintomático – Dor espontânea ou dor à pressão (Sensação de dente crescido)
TVP: Negativo
Cor alterada
Rx: Periápice normal, com espessamento do ligamento periodontal ou presença de lesão periapical.
Na presença de dor:
À percussão: Inflamação das fibras do ligamento periodontal
Desequilíbrio entre o organismo e as bactérias: Produção de gases
COMO SE FORMA UMA LESÃO? É decorrente da invasão bacteriana e de suas toxinas via lesão de cárie. Estes chegam a lus do canal e penetram nos túbulos dentinários e se propagam em todos os sistemas de canais radiculares, alcançando assim chegar à região periapical, se formando as periodontites apicais.
Conduta: Tratamento endodôntico.
Urgência:
Remoção da polpa coronária
Limpeza e irrigação da câmara pulpar
Instrumentação do canal mais volumoso – 2/3 do canal
Instrumentação do canal mais volumoso – 2 à 3mm aquém do ápice – se houver tempo
Medicação intracanal + restauração provisória
Protocolo – Medicação Sistêmica:
Medicação pós-operatória:
Analgésicos:
o Dipirona sódica 500 a 800mg ou paracetamol 750mg. Tomar dose inicial ao final dos efeitos da anestesia local por 24h. Persistência da dor, reavaliar se há necessidade de complementação do tratamento endodôntico.
o Dipirona sódica, paracetamol/codeína e tramadol são indicados para o controle da dor pós-operatória de grau leve a moderado, isto é, são ativos contra a dor induzida.
6. ENDODONTIA II
URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS
Necrose sem envolvimento periapical:
o Medicação pós-operatória: Analgésicos – Dipirona sódica 500 a 800mg ou paracetamol 750mg.
Necrose com envolvimento periapical:
o Opcional: Medicação pré-operatória – Dexametasona 4mg via oral.
o Medicação pós-operatória: Analgésicos – Dipirona sódica 500 a 800mg ou paracetamol 750mg.
o Não há necessidade do uso de antibióticos.
o DIAGNÓSTICO DO PERIÁPICE:
Periodontite Apical Aguda:
Resposta inflamatória aguda limitada ao ligamento periodontal e osso vizinho caracterizada por discreta extrusão dentária e sensibilidade a percussão.
É uma inflamação dolorosa em torno do ápice.
Dor intensa e espontânea.
Sensação de dente crescido ou extrusão dental.
Causas: Evolução da doença pulpar, sobreinstrumentação, sobreobturação, flare-ups e traumas oclusais.
Percussão: Resultado positivo.
Dor à mastigação.
Rx: Presença ou não de espessamento no ligamento periodontal.
Persistência do agente agressor, a PAA pode passar a ser um Abcesso Apical Agudo.
Sintomática traumática:
Sensação de dente crescido, dor localizada e permanente.
TVP: Positivo
Rx: Aumento do espaço pericementário
Causa: Trauma, contato prematuro, movimentação ortodôntica.
Conduta: Remoção da causa, ajuste oclusal, medicação analgésica/antiinflamatória
Sintomática infecciosa:
Sensação de dente crescido, dor localizada e permanente.
TVP: Negativo
Rx: Aumento do espaço pericementário; Presença ou não de lesão perirradicular.
Conduta: Tratamento endodôntico (Necrose pulpar)
Na urgência: Mesmo procedimento para dentes com necrose pulpar.
Protocolo – Medicação sistêmica:
Medicação pós-operatória: Dipirona 500mg ou antiinflamatórios AINES (Diclofenaco sódico, diclofenaco potássico, nimesulida, etc) ou Costicosteróides (Betametasona e dexametasona)
Contra-indicações dos AINES:
7. ENDODONTIA II
URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS
o Pacientes que tomam anticoagulantes, pois favorecem a hemorragia.
o Pacientes que tomam medicamentos anti-hipertensivos, pois podem aumentar a pressão arterial.
o Podem chegar a competir com os hipoglicemiantes orais.
o Pacientes com disfunção hepática.
Corticosteróides:
o Prescrito em dose única ou por 24h.
o Causa imunossupressão por 7 dias.
Abcesso Apical Agudo:
Acúmulo de secreção purulenta, constituído por neutrófilos e bactérias.
Abcesso Dento Alveolar Agudo:
Queixa principal: Dor intensa e espontânea ou não; Edema facial.
Inspeção intra-oral: Cárie, restauração, edema e mobilidade.
Palpação/Percussão: Resposta positica, dor exacerbada.
TVP: Negativo
Rx: Ruptura da lâmina dura, rarefação óssea periapical, agudização da lesão crônica preexistente.
Qual melhor tratamento?
Analisar extensão do edema, a severidade da dor, estabelecer uma drenagem e verificar resposta do paciente ao tratamento inicial.
Protocolo – Atendimento de urgência:
1º etapa: Drenagem com incisão nos tecidos moles. Se necessário, inserir um dreno cirúrgico.
2º etapa: Após 24h da drenagem, deve-se realizar o tratamento endodôntico.
Em casos de inchaço não visível, pode-se fazer uma drenagem via canal, em que a coleção purulenta pode sair de forma espontânea ou após a instrumentação.
Abcesso Dento Alveolar Agudo (Intra-ósseo):
Dor severa
Inchaço intra-oral: Ausente
Edema extra-oral: Ausente
Localização: Apical
Palpação: Negativo
Percussão: Positivo
TVP: Negativo
Rx: Presença ou não de lesão periapical
Protocolo – Atendimento de urgência:
o Abertura do acesso coronário
o Debridamento do sistema de canais – Inicia com ampliação cervical (ODM + instrumentação + trefinação do forame)
o Medicação intracanal e selamento da cavidade
o Alívio da oclusão
8. ENDODONTIA II
URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS
o Medicação analgésica
Quando a drenagem via canal fracassa, há necessidade de fazer uma complementação cirúrgica.
Abcesso Dento Alveolar Agudo (Subperióstea):
Dor severa, intensa e pulsátil.
Inchaço intra-oral: Presente no fundo de sulco e pouco visível
Edema extra-oral: Ausente/Presente (Depende da disseminação da infecção)
Localização: Tecido subperiósteo
Palpação/Percussão: Positivos
Podem agredir os tecidos moles, formando edema, porém sem pús.
Protocolo – Atendimento de urgência:
o 1º opção: Drenagem cirúrgica com medicação sistêmica e após 24h fazer tratamento endodôntico e medicação sistêmica novamente.
o 2º opção (Paciente com muita dor): Medicação sistêmica e tratamento endodôntico. Acompanhar e fazer drenagem, caso haja formação de pús.
Protocolo – Drenagem Cirúrgica:
o 1º sessão (Dose de ataque do antibiótico):
Anti-sepsia intra e extra-oral com clorexidina 0,2% e 2% respectivamente
Anestesia regional com infiltrativas para promover isquemia superficial
Realizar incisão com bisturi até sentir resistência óssea
Deslocar o tecido para ocorrer a drenagem
Dependendo da localização e volume, seja necessário um dreno cirúrgico.
Orientação do paciente: Antibiótico + Analgésico, acompanhando 48h o retorno.
o 2º sessão:
Remover o dreno
Verificar melhora do quadro clínico
Tratamento endodôntico associado à medicação sistêmica durante 5 dias.
Abcesso Dento Alveolar Agudo (Submucoso):
Dor severa
Inchaço intra-oral: Presente e bem evidente podendo estar localizado ou difuso.
Edema extra-oral: Ausente/Presente (Depende da disseminação da infecção)
FUNÇÕES DO DRENO:
Favorecer a oxigenação tecidual
Permite a manutenção da via de drenagem
9. ENDODONTIA II
URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS
Localização: Tecido submucoso
Protocolo – Tratamento de urgência:
o Anestesia regional com infiltrativas para promover isquemia superficial.
o Incisão próxima à gengiva inserida no sentido horizontal no local do ponto de flutuação.
o Divulsão da mucosa com pinça hemostática ou descolador.
o Dependendo do volume, colocar ou não o dreno cirúrgico e associar com medicação sistêmica.
Drenagem + Tratamento endodôntico
Abcessos delimitados não necessitam de antibióticos. EXCETO: Quando devemos prescrever antibióticos no caso de abcessos delimitados?
o Pacientes diabéticos ou com insuficiência renal
o Pacientes fazendo uso contínuo de drogas imunossupressoras
o Alto risco de endocardite bacteriana
o Pode haver complicações, que é quando os sistemas de defesa não estão controlando a infecção:
Trombose do seio cavernoso
Abcesso de órbita
Abcesso cerebral
Uso racional de antibióticos – Protocolo de Medicação sistêmica – Alterações periapicais:
o O uso de antibióticos por via sistêmica, somente é recomendado quando há presença de sinais locais de disseminação do processo infeccioso (Ex: Linfadenite, celulite, trismo, etc) ou sinais e sintomas de ordem sistêmica (Febre, taquicardia, falta de apetite, mal-estar geral, etc).
o Indicação da Medicação sistêmica:
Abcessos difusos
Febre
Mal-estar
Prostração
Pacientes com alterações metabólicas
Pacientes imunossuprimidos
Previamente ao procedimento de drenagem e como terapia de manutenção
o Se associarmos antibióticos aos antiinflamatórios, provavelmente iremos reduzir o aporte dos antibióticos ao local desejado, pois os antiinflamatórios diminuem a exsudação plasmática.
o Para o controle da dor é recomendado o uso da dipirona como analgésico.
10. ENDODONTIA II
URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS
o Dose de ataque do antibiótico deve ser administrada 30 a 45 minutos antes do início dos procedimentos clínicos.
DEIXAR O DENTE ABERTO OU FECHADO?
o Há maior incidência de exacerbação dolorosa quando o dente é deixado aberto.
Critérios para encaminhar o paciente para um serviço especializado:
o Infecção de progressão muito rápida (Criança)
o Dificuldades de respiração e deglutição
o Envolvimento dos espaços faciais
o Temperatura corporal elevada (Acima de 38ºC)
o Trismo acentuado (Menos de 10mm)
o Aparência tóxica
Via de drenagem:
o A localização do edema e/ou caminho fistuloso ocorre de acordo com cada tipo anatômico de cada ser humano.
Abcesso Dento Alveolar Agudo (Subcutâneo):
Casos de Celulite facial
Realizar drenagem – Relação entre o sítio de perfuração óssea e a inserção do músculo
Celulite palpável e próxima da pele: Abcesso
o Tratamento: Drenagem e medicação sistêmica, podendo ser encaminhado para avaliação médico-hospitalar
Angina de Ludwing:
o Dor severa
o Inchaço intra-oral presente na região sublingual
o Inchaço extra-oral presente na região submandibular
o Febre, mal-estar, trismo, dificuldade para respirar, etc.
o FLARE-UPS:
Exacerbação aguda após o início ou continuação do tratamento endodôntico.
Causas:
Debridamento inadequado
Extrusão de resíduos
Sobreinstrumentação e sobreobturação
Microbiologia e imunologia
Lesão periapical
Dor pré-operatória
Retratamento
Tratamento:
Biopulpectomia:
Checar oclusão e prescrever analgésico e/ou anti-inflamatório
Novo debridamento do canal se houve falha no preparo do canal
Necropulpectomia:
Sem inchaço
o Nova irrigação – Manter a patência do forame
11. ENDODONTIA II
URGÊNCIAS ENDODÔNTICAS
o Drenagem via canal
o Ajuste oclusal e medicação analgésica/anti-inflamatória
Com inchaço (Abcesso agudo)
o Nova irrigação – Manter a patência do forame
o Drenagem via canal ou intra-bucal
o Ajuste oclusal e medicação sistêmica
Medidas preventivas:
Não deixar o dente aberto para a drenagem
Manutenção da cadeira asséptica
Diagnóstico adequado – Identificar o dente correto
Identificar se é bio ou necro
Identificar se o dente está associado à lesão periapical
Determinar o CT
Instrumentação total – Técnica de instrumentação correta
Ajuste oclusal
Prescrição de analgésicos e antibióticos sempre em condições corretas
Dor pós-tratamento endodôntico:
Ajuste oclusal é importantíssimo
Controle da dor + medicação sistêmica + acompanhamento
Acidente com Solução irrigadora:
Diluir o hipoclorito de sódio por meio da irrigação abundante (Via endodôntica) do dente envolvido, com solução salina normal.
Explicar o ocorrido ao paciente, bem como as complicações que irá se seguir.
Iniciar o tratamento da resposta inflamatória:
1 ampola de betametasona (4mg/mL) por via intramuscular, para o controle do edema e da hiperalgesia.
1g de amoxicilina (Ou 300mg Clindamicina para os alérgicos), em dose única, para prevenir infecções secundárias.
Nas primeiras 24h, aplicar compressas de gelo de 15 em 15min.
No caso de equimoses, aplicar compressas quentes de 15 em 15min durante 24h.
Prescrever dipirona 500 a 800mg ou paracetamol 750mg para controle da dor.
Monitorar o paciente.