2. Introdução
ICC:
-Prognóstico comparável a certos tipos de
neoplasia(NYHA II 10%, III 20% IV 40%).
-Consumo de 3% dos recursos gastos pelo SUS
com internações.
Desafio atual:
-Melhorar o bem estar dos pacientes, diminuir o
número de hospitalizações e a mortalidade
3. Introdução
• Presença comum de anemia nos pacientes
com ICC, determinando piora dos sintomas, da
tolerância aos exercícios e da mortalidade.
• Associação com DRC, produção de citocinas
pró-inflamatórias, perdas sanguíneas,
deficiência de ferro, desnutrição e sobrecarga
de volume.
4. Aspectos gerais
• Anemia(OMS): Hb< 13g/DL-H <12g/DL-M
- A queda no Hb leva a uma diminuição da
distribuição de oxigênio para os tecidos,
entretando em indivíduos normais, a
distribuição é 2 a 4 vezes a necessidade basal.
5. Aspectos gerais
• Mecanismos cardiovasculares compensatórios
na anemia:
-Aumento do fluxo sanguíneo em
repouso(diminuição da reserva coronariana e
redistribuição do fluxo da região
subendocárdica para a região subepicárdica
do miocárdio)
6. Aspectos gerais
• A presença de anemia também leva a:
- Piora da hipóxia periférica, aumento do
retorno venoso e do trabalho cardíaco,
levando consequentemente a hipertrofia de
ventriculo esquerdo
-Estudo RENAISSANCE
7. Prevalência
-Prevalência de anemia em pacientes com IC
sistólica varia de 4-61%(mediana 18%)
-4 a 23% nos pacientes ambulatoriais e podendo
chegar a 70% em pacientes hospitalizados
8. Prevalência
• Caracteristicas associadas a maior prevalência
de anemia segundo estudos epidemiológicos:
gênero feminino, idade avançada, raça negra,
doença renal crônica, diabetes, menor peso,
uso de IECA, pressão venosa jugular
aumentada, presença de edema em MMII,
grau de inflamação maior e doença
avançada(NYHA).
11. Fisiopatologia
• Hemodiluição: Estudo ANDRONE demonstrou
que 46% dos pacientes com ICC e anemia
estudados apresentavam volume eritrocitário
dentro dos valores normais porém com um
volume plasmático significantemente maior,
quadro compatível com anemia dilucional.
• Também demonstrado por Adlbrecht e
colaboradores em outro estudo.
12. Fisiopatologia
• Ferropenia: Decorrente a uma série de
fatores, especialmente nos estágios mais
avançados da doença;
-Desnutrição
-Má absorção secundária a edema de alças intestinais
-Uso crônico de antiagregantes plaquetários
-Gastrite urêmica levando a sangramento pelo TGI
13. Fisiopatoliga
• Doença renal crônica: prevalência maior em
pacientes com IC
-menor sobrevida de hemácias
-ferropenia
-menor produção de eritropoetina
14. Fisiopatologia
• Inflamação sistêmica: citocinas pró
inflamatórias que
-aprisionam o ferro
-suprimem ação da EPO
-diminuem a absorção de ferro nos
enterócitos(hepcidina)
15. Fisiopatologia
• Uso de IECA ou BRA: Por bloqueio da ação da
angiotensina II , um estimulante natural à
produção de EPO, e por estímulo a liberação de
N-acetil-seril-aspartil-lisina um inibidor da
proliferação dos eritrócitos.
-Estudo SOLVD: uso de enalapril aumentou a razão de
chance para incidência de anemia em 56%(também
demonstrado por Terrovitis e colaboradores).
17. Diagnóstico
• A avaliação deve se iniciar com a repetição do
hemograma para confirmação(variações transitórias
nos níveis de Hb), exames para avaliar deficiência de
ferro(ferritina, ferro, transferrina) assim como
descartar outras causas(Vit B12, ác.fólico, função
renal e tireoidiana).
• Biópsia de medula reservada para casos graves sem
causa definida
18. Repercussão clínica/Prognóstico
• Vários estudos demonstraram a anemia como um
fator independente para um pior desfecho clínico
• Com o aumento da mortalidade variando entre 2
e 3% para cada redução de 1% no HTC.
• Presença de anemia na IC também está associada
a: pior capacidade física, pior função
hemodinâmica, menor TGF, níveis de albumina
menores, IMC menor e sintomas clinicos mais
severos.
19. Tratamento
• Dados apontam que o tratamento adequado
da anemia pode ocasionar melhora da função
ventricular, classe funcional, tolerância ao
esforço e qualidade de vida.
• O tratamento inicial sempre deve ser a
otimização do tratamento para IC.
20.
21. Discussão
• Otomização do tratamento da IC como forma
de evitar o aparecimento/agravamento da
anemia, assim como o tratamento da anemia
como forma de evitar a descompensação da
insuficiência cardiaca.
• Tratamento e controle da anemia propiciando
uma melhor qualidade de vida e número de
internações.
22. Bibliografia
Patogênese da anemia em pacientes com
insuficiência cardíaca : contribuição de
mecanismos inflamatórios, peculiaridades do
metabolismo do ferro e ação da
eritropoetina; Weber, Cristiane Seganfredo.
Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Faculdade de Medicina. Programa de Pós-
Graduação em Medicina: Ciências Médicas.