SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 30
ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PÚBLICA 
Enfermagem – 5º Semestre 
Farmacologia Clínica– Prof. André Costa 
INFARTO AGUDO DO 
MIOCÁRDIO 
• ALINE MELLO; 
• ARACELI MOREIRA; 
• BÁRBARA MENDONÇA; 
• BRUNA SOUZA; 
• CARLA FELZEMBURGH; 
• DOUGLAS TEDESCO; 
• FELIPE HORDONHO; 
• ISIS BRITO; 
• THAIS MAGALHÃES. 
Salvador - 2014
• Conceito; 
• Epidemiologia; 
• Etiologia; 
• Fatores de Risco; 
• Fisiopatologia; 
• Manifestações; 
• Diagnóstico; 
• Tratamento;
Conceito 
OInfarto Agudo do Miocárdio é caracterizado pela 
interrupção ou diminuição do fluxo de sangue para o 
coração, levando a uma redução da perfusão 
cardíaca e morte do miocárdio, acarretando portanto 
uma deficiência do débito cardíaco. (ROBBINS , 2009)
Epidemiologia 
 No período de 1995 a 2003 houve aumento de 45,7% no 
número de internações por infarto do miocárdio no Brasil; 
 Prevalência em indivíduos com idade >60 anos; 
 Acomete homens com maior frequência; 
 Crescimento de 51% na Bahia nos últimos 10 anos.
AS 10 CAUSA DE MORTES NO MUNDO, PROPORÇÃO E 
TAXA DE MORTALIDADE POR 1 MILHÃO DE HAB, 2012. 
FONTE : OMS 2012
Mortalidade proporcional segundo causas 
selecionadas, Brasil - 2003 
FONTE : SIM – MS 2004
Fatores de risco 
 Tabagismo; 
 Obesidade; 
 Diabetes; 
 Hipertensão arterial; 
 Níveis altos de colesterol; 
 Estresse; 
 Sedentarismo; 
 Uso de drogas ilícitas; 
 Doenças da aorta; 
 Doenças inflamatórias das artérias coronárias.
Etiologia 
 Aterosclerose; 
 Trombose; 
 Compressão extrínseca: 
 Tumores, hematomas, tamponamento pericárdico. 
 Vasculites sistêmicas ou localizadas: 
 Lúpus Eritematoso Sistêmico, Periarterite Nodosa, Granulomatose De Wegener, Doença De 
Burger, Doença De Takayasu, Artrite Reumatóide, Espodilite Anquilosante, Dissecção De Aorta 
Ou Da Coronária, Sífilis. 
 Processos trombóticos associados a defeitos de coagulação: 
 Trombocitemias, Policitemia Vera, Ausência Dos Fatores XII, IX Ou X. 
 Embolias: 
 Mixomas, Infarto Prévio Do Miocárdio, Endocardite Bacteriana, Embolia A Partir De Próteses 
Valvulares, Embolia Gasosa, De Colesterol. 
 Desproporções entre a demanda e a oferta de oxigênio: 
 Estenose Aórtica, Insuficiência Aórtica, Tireotoxicose. 
 Alterações hematológicas; 
 Traumas cardíacos; 
 Abuso de cocaína.
Formação Placa 
Resposta 
Inflamatória 
Fisiopatologia 
Estreitamento 
do Lúmen 
Adesão LDL 
Tecido Sub-endotelial 
Rompimento aterosclerótica 
(Angina) 
Formação do 
Trombo 
Adesão 
Plaquetas 
Obstrução 
Infarto 
Miocárdio 
Adesão 
Macrófagos
Fisiopatologia 
Trombo na artéria basilar fotografado sob lupa. Cerca de 15 dias após sua 
formação, o trombo tem cor rósea avermelhada e está aderido à artéria em grande 
parte de sua circunferência.
Manifestações clínicas 
 75% a 85% dor torácica ( Irradiada para a mandíbula e para os 
ombros e braços, mais frequentemente do lado esquerdo do 
corpo); 
 Duração > 20 minutos, desencadeado por exercício ou estresse; 
 Com angina prévia, mudança do caráter indica instabilização; 
 Aperto ou queimação no peito; 
 Arritmias; 
 Suor excessivo; 
 Náuseas; 
 Vômitos; 
 Tontura e desfalecimento; 
 Ansiedade e agitação.
Diagnóstico 
 Primeira escolha: 
 História clínica detalhada; 
 Exame Físico; 
 ECG; 
 Marcadores bioquímicos de lesão miocárdica. 
 Segunda escolha: 
 Coronariografia; 
 Tomografia computadorizada; 
 Ressonância nuclear magnética; 
 Cineangiografia ou cateterismo cardíaco.
Conduta terapêutica 
 Fibrinólise; 
 Administração de oxigênio (3 l/min a 100%, por 
meio de cateter nasal); 
 Nitratos; 
 Ácido acetilsalicílico (AAS); 
 Clopidogrel; 
 Analgesia com morfina; 
 Betabloqueadores; 
 Antiarrítmicos profilático; 
 Ponte de Safena; 
 Angioplastia.
Fibrinolíticos 
 Degradam a fibrina, maior componente do trombo. 
 Estreptoquinase (SK): 
 Dose: 1.500.000 UI em 60 ml de SG 5% ou SF 0,9%; 
 60 mcg/min; 
 Eventos Adversos: Reações alérgicas, hipotensão, sangramento.
Fibrinolíticos 
 Ativador Tecidual do Plasminogênio (t-PA ou rt-PA): 
 Dose de ataque: 
 15 mg IV em bólus; 
 Manutenção: 
 0,5 mg/kg (até 50 mg) em 30 minutos; 
 0,5 mg/kg (até 35 mg) em 60 minutos; 
 Limite de 100 mg. 
 Associação: 
 Heparina 12 U/Kg por 48 horas, dose máxima de 1000 U/hora 
 Enoxaparina 
 < 75 anos: 1 mg/kg, SC, 12/12 h; 
 > 75 anos: 0,75 mg/kg, SC, 12/12 h; 
 Clearence: < 30 ml/min, 1 mg/kg, SC, 24/24 h.
Fibrinolíticos 
 Tenecteplase (TNK-tPA) 
Bólus único
Fibrinolíticos 
 Reteplase (rPA): 
Duplo bólus, 10 MU (0, 30 min.)
Nitratos 
 Vasodilatador; 
 Uso nas primeiras 24/48 hs de evolução do IAMSST; 
 Nitroglicerina: 
 Diluída em 250 ml ou 500ml de soro glicosado a 5% ou soro fisiológico a 0,9%, 
IV; 
 5-10 μcg/min, em infusão continua. Doses progressivas a cada 5 a 10 min até, 
obtenção dos resultados, objetivando-se redução de 10% PAS em 
normotensos ou 30%em hipertensos, ou até aparecimento de efeitos 
colaterais. 
 Mononitrato de isossorbida: 
 2,5 mg/kg/dia em infusão contínua, IV. 
 Contra indicações: 
 Uso de sildenafil ou análogos nas ultimas 24h ; 
 Suspeita de infarto de VD; 
 IAM com comprometimento clínico e/ou eletrocardiográfico de ventrículo direito; 
 Hipotensão; 
 Bradicardia;
Ácido Acetilsalicílico - AAS 
 Analgésico; anti-inflamatório não esteroide e 
anti-agregante plaquetário; 
 Dose: 
 160 a 325 mg/dia, preferencialmente mastigável para 
facilitar absorção. Disponível em: 200 mg; 
 Manutenção: 100 mg/dia. 
 Ação: 
 inibição enzimática da ciclo-oxigenase (COX) 
levando a uma diminuição da síntese de 
prostaglandinas. 
 Contra indicação: 
 Hipertensão conhecida; 
 Úlcera péptica ativa; 
 Discrasia sanguínea; 
 Hepatopatia grave; 
 Gravidez. 
 Efeitos colaterais: 
 Alterações no sangue; 
 Estreitamento dos brônquios 
 Náusea ou vômito; 
 Problemas renais; 
 Urticária.
Clopidogrel 
 Antitrombótico e inibidor da agregação 
plaquetária; 
 Dose de ataque: 
 300 mg por Via Oral em dose única. 
 Dose de manutenção: 75 mg/dia por via oral por 1 
à 9 meses; 
 Início da ação: 2 horas; 
 Contra indicação: 
 Diabetes Mellitus.
Betabloqueadores 
 Ação: 
 Inibem os efeitos das catecolaminas circulantes, diminui a frequência cardíaca, a 
pressão arterial e a contratilidade miocárdica, reduzindo, assim, o consumo de 
oxigênio pelo miocárdio. 
 Indicação: 
 Indicado a sua introdução precocemente após IAM independente de trombólise 
ou angioplastia concomitante. Principalmente quando há isquemia recorrente, 
ocorrência de taquiarritmias (FA alta resposta ventricular), disfunção moderada de 
VE (sinais de congestão e sem evidências de baixo débito). 
 Fármacos: 
 Atenolol 5-10 mg EV seguido por 50–100 mg VO/dia; 
 Metoprolol 15 mg EV (3 doses 5 mg a cada 2 min de intervalo) seguido por 50 mg 
VO 2x dia até 100 mg VO 2x dia; 
 Esmolol 1 mg/kg em bolus seguido de 50-200μcg/kg quando houver duvida 
quanto a possibilidade de uso de β Bloqueador devido a meia vida curta (8 a 10 
min). 
 Contra indicações: 
 FC ≤ 60 bpm; 
 PAS <100 mmHg; 
 DPOC grave; 
 Doença Vascular periférica grave → Conta indicação relativa.
ANALGÉSICOS 
Objetivo : 
 Diminui o consumo de oxigênio pelo miocárdio isquêmico, 
provocado pela ativação do sistema nervoso simpático. 
 DROGA : sulfato de morfina 
 VIA: endovenosa 
 DOSE : inicial de 2 mg a 8 mg 
OBS: Com a monitorização da pressão arterial, essas doses 
podem ser repetidas a intervalos de 5 a 15min . Em caso de 
não-disponibilidade desse fármaco ou de hipersensibilidade 
ao medicamento, o sulfato de morfina pode ser substituído 
pelo sulfato de Meperidina, em doses fracionadas de 20 mg 
a 50 mg.
Conduta Cirurgicas 
Angioplastia
Conduta Cirurgicas
Conduta Cirurgicas 
• Stent - Indicações 
 O vaso ocluído é responsável por uma 
isquemia silenciosa que coloca em risco 
uma grande área do miocárdio; 
 Vaso é de acesso viável, calibroso e em 
áreas de não bifurcação. 
 A probabilidade de sucesso é > 60% com 
estimativa de óbito e de infarto menor que 
1% e 5%, respectivamente.
Conduta Cirurgicas 
• Stent Farmacológico 
 Revestido por Polímero + Droga; 
 Redução de re-estenose e, portanto, de 
revascularização de repetição.
Conduta Cirurgicas 
 Implantação Stent
Conduta terapêutica 
 Stent 
 Segundo a ANVISA existem mais de 480 tipos de 
stent’s registrados no país incluindo os de uso 
cardíaco, neurovascular e uretral; 
 Alto Custo, em média 12mil Reais; 
 Nos Estados Unidos, 85% dos pacientes com 
artérias parcialmente bloqueadas são tratados 
por meio desse método;
Conduta Cirurgicas 
Ponte de Safena
REFERÊNCIAS 
 ABIZAID, Alexandre & cols. Stents Farmacológicos: Novos Fármacos. Ver. Bras. Cardio.l Invas 
. v. 12, n. 2, p. 96-101, 2004. Disponível em: <http://rbci.com.br/imageBank/PDF/12-02- 
06.pdf>. Acesso em: Abril 2014. 
 HOSPITAL SÍRIO-LIBÂNES. Síndrome Coronária Aguda: Infarto com Supradesnivelamento de 
ST. Disponível em: <http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sociedade-beneficente-senhoras/ 
Documents/protocolos-institucionais/protocolo-SCA-com-supra.pdf> Acesso: Abril 
2014 
 KALIL FILHO, ROBERTO. Infarto Agudo do Miocárdio. Boletim do Centro de Cardiologia. 
Publicações do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libânes. 4ª ed. Jul/Ago/Set. 2009. 
Disponível em: <http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/centro-cardiologia/ 
boletim-nucleo/boletim-cardio-4.pdf> Acesso em: Abril 2014. 
 KUMAR, V.; COTRAN,R.; COLLINS,T. Robbins & Cotran – Patologia: bases patológicas das 
doenças. 8 ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2010. 
 OLIVEIRA, César Cardoso de. Trombolíticos. Rev. SOCERJ. v. XIV, n. 1, Jan/Fev/Mar, p. 47-52, 
2001. Disponível em: <http://www.rbconline.org.br/wp-content/ 
uploads/a2001_v14_n01_art06.pdf>. Acesso em: Abril 2014. 
 SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. IV Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia 
sobre tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnível de segmento ST. Arq. 
Bras. Cardiol. v. 39, n. 6, p. e179-e264, 2009. Disponível em: 
<http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2009/diretriz_iam_9306supl2.pdf>. Acesso em: Abril 
2014. 
 VIANA, D. L.; SILVA, E. S. Guia de medicamentos e cuidados de enfermagem. 1ª ed. São 
Paulo: Yendis, São Paulo, 2012.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Cardiopatias Congênitas
Cardiopatias CongênitasCardiopatias Congênitas
Cardiopatias CongênitasMel Medina
 
Arritmias Cardiacas
Arritmias CardiacasArritmias Cardiacas
Arritmias CardiacasJP ABNT
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronarianaresenfe2013
 
Eletrocardiograma aula
Eletrocardiograma   aulaEletrocardiograma   aula
Eletrocardiograma aulaFabio Sampaio
 
Arritimias cardíacas
Arritimias cardíacasArritimias cardíacas
Arritimias cardíacasdapab
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaJacyelle Medeiros
 
Slide de Angina de Peito
Slide de Angina de PeitoSlide de Angina de Peito
Slide de Angina de PeitoSuelenMjesus
 
Acidente Vascular Encefálico
Acidente Vascular EncefálicoAcidente Vascular Encefálico
Acidente Vascular EncefálicoBrenda Lahlou
 
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICCInsuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICCCíntia Costa
 
Parada Cardiorrespiratória
Parada CardiorrespiratóriaParada Cardiorrespiratória
Parada CardiorrespiratóriaMarkus Fiuza
 
Aula 09 oxigênioterapia
Aula 09  oxigênioterapiaAula 09  oxigênioterapia
Aula 09 oxigênioterapiaRodrigo Abreu
 
Insuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiacaInsuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiacaLAC
 
Assistência de Enfermagem na administração de drogas vasoativas
Assistência de Enfermagem na administração de drogas vasoativasAssistência de Enfermagem na administração de drogas vasoativas
Assistência de Enfermagem na administração de drogas vasoativasresenfe2013
 

Mais procurados (20)

Cardiopatias Congênitas
Cardiopatias CongênitasCardiopatias Congênitas
Cardiopatias Congênitas
 
Embolia pulmonar
Embolia pulmonarEmbolia pulmonar
Embolia pulmonar
 
Arritmias Cardiacas
Arritmias CardiacasArritmias Cardiacas
Arritmias Cardiacas
 
Novas diretrizes na pcr
Novas diretrizes na pcrNovas diretrizes na pcr
Novas diretrizes na pcr
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronariana
 
Infarto Agudo do Miocárdio
Infarto Agudo do MiocárdioInfarto Agudo do Miocárdio
Infarto Agudo do Miocárdio
 
Aterosclerose
AteroscleroseAterosclerose
Aterosclerose
 
Eletrocardiograma aula
Eletrocardiograma   aulaEletrocardiograma   aula
Eletrocardiograma aula
 
Arritimias cardíacas
Arritimias cardíacasArritimias cardíacas
Arritimias cardíacas
 
Doença Arterial Coronariana
Doença Arterial CoronarianaDoença Arterial Coronariana
Doença Arterial Coronariana
 
RCP
RCPRCP
RCP
 
Slide de Angina de Peito
Slide de Angina de PeitoSlide de Angina de Peito
Slide de Angina de Peito
 
Acidente Vascular Encefálico
Acidente Vascular EncefálicoAcidente Vascular Encefálico
Acidente Vascular Encefálico
 
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICCInsuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
Insuficiência Cardíaca Congestiva - ICC
 
Parada Cardiorrespiratória
Parada CardiorrespiratóriaParada Cardiorrespiratória
Parada Cardiorrespiratória
 
Aula 09 oxigênioterapia
Aula 09  oxigênioterapiaAula 09  oxigênioterapia
Aula 09 oxigênioterapia
 
Aula PCR
Aula PCRAula PCR
Aula PCR
 
Insuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiacaInsuficiencia cardiaca
Insuficiencia cardiaca
 
Assistência de Enfermagem na administração de drogas vasoativas
Assistência de Enfermagem na administração de drogas vasoativasAssistência de Enfermagem na administração de drogas vasoativas
Assistência de Enfermagem na administração de drogas vasoativas
 
Arritmias..
Arritmias..Arritmias..
Arritmias..
 

Semelhante a INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdiojaquerpereira
 
afecções sistema cardiovascular.pdf
afecções sistema cardiovascular.pdfafecções sistema cardiovascular.pdf
afecções sistema cardiovascular.pdfValdemilsonVieira
 
Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca Leonardo Bax
 
O papel do pediatra no diag e tto cardiopatia na infância
O papel do pediatra no diag e tto cardiopatia na infânciaO papel do pediatra no diag e tto cardiopatia na infância
O papel do pediatra no diag e tto cardiopatia na infânciagisa_legal
 
Aula Hipertensão Pulmonar
Aula Hipertensão PulmonarAula Hipertensão Pulmonar
Aula Hipertensão PulmonarEdienny Viana
 
Foramen Oval patente e ACV criptogenico
Foramen Oval patente e ACV criptogenicoForamen Oval patente e ACV criptogenico
Foramen Oval patente e ACV criptogenicoEduard Hernandez
 
Complicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula LdmComplicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula LdmLiga de Diabetes UFG
 
Purpura Trombocitopênica Idiopática
Purpura Trombocitopênica IdiopáticaPurpura Trombocitopênica Idiopática
Purpura Trombocitopênica IdiopáticaMaycon Silva
 
Relato de caso - CBA 2012
Relato de caso - CBA 2012Relato de caso - CBA 2012
Relato de caso - CBA 2012Paulo Cardoso
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosRodrigo Biondi
 
Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01
Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01
Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01Vlc_val
 
Anticoagulante e Antiagregante
Anticoagulante e AntiagreganteAnticoagulante e Antiagregante
Anticoagulante e Antiagreganteresenfe2013
 

Semelhante a INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO (20)

4. anemias anticoagulantes etc
4. anemias anticoagulantes etc4. anemias anticoagulantes etc
4. anemias anticoagulantes etc
 
Infarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdioInfarto agudo do miocárdio
Infarto agudo do miocárdio
 
afecções sistema cardiovascular.pdf
afecções sistema cardiovascular.pdfafecções sistema cardiovascular.pdf
afecções sistema cardiovascular.pdf
 
Aula SCA OUT 2020.pptx
Aula SCA OUT 2020.pptxAula SCA OUT 2020.pptx
Aula SCA OUT 2020.pptx
 
Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca Insuficiência cardíaca
Insuficiência cardíaca
 
O papel do pediatra no diag e tto cardiopatia na infância
O papel do pediatra no diag e tto cardiopatia na infânciaO papel do pediatra no diag e tto cardiopatia na infância
O papel do pediatra no diag e tto cardiopatia na infância
 
Anticoncepção em situações especiais
Anticoncepção em situações especiaisAnticoncepção em situações especiais
Anticoncepção em situações especiais
 
Anticoncepção em situações especiais
Anticoncepção em situações especiaisAnticoncepção em situações especiais
Anticoncepção em situações especiais
 
Aula Hipertensão Pulmonar
Aula Hipertensão PulmonarAula Hipertensão Pulmonar
Aula Hipertensão Pulmonar
 
Foramen Oval patente e ACV criptogenico
Foramen Oval patente e ACV criptogenicoForamen Oval patente e ACV criptogenico
Foramen Oval patente e ACV criptogenico
 
Complicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula LdmComplicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
Complicações Crônicas Do Dm Aula Ldm
 
Purpura Trombocitopênica Idiopática
Purpura Trombocitopênica IdiopáticaPurpura Trombocitopênica Idiopática
Purpura Trombocitopênica Idiopática
 
Relato de caso - CBA 2012
Relato de caso - CBA 2012Relato de caso - CBA 2012
Relato de caso - CBA 2012
 
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos DialíticosIRenal Aguda e Métodos Dialíticos
IRenal Aguda e Métodos Dialíticos
 
Anemia aplástica
Anemia aplásticaAnemia aplástica
Anemia aplástica
 
1332097248 choque cardiog
1332097248 choque cardiog1332097248 choque cardiog
1332097248 choque cardiog
 
hipertensao
hipertensaohipertensao
hipertensao
 
Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01
Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01
Infartoagudodomiocrdio 120204054416-phpapp01
 
Hipertensão Pulmonar
Hipertensão PulmonarHipertensão Pulmonar
Hipertensão Pulmonar
 
Anticoagulante e Antiagregante
Anticoagulante e AntiagreganteAnticoagulante e Antiagregante
Anticoagulante e Antiagregante
 

INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO

  • 1. ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAUDE PÚBLICA Enfermagem – 5º Semestre Farmacologia Clínica– Prof. André Costa INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO • ALINE MELLO; • ARACELI MOREIRA; • BÁRBARA MENDONÇA; • BRUNA SOUZA; • CARLA FELZEMBURGH; • DOUGLAS TEDESCO; • FELIPE HORDONHO; • ISIS BRITO; • THAIS MAGALHÃES. Salvador - 2014
  • 2. • Conceito; • Epidemiologia; • Etiologia; • Fatores de Risco; • Fisiopatologia; • Manifestações; • Diagnóstico; • Tratamento;
  • 3. Conceito OInfarto Agudo do Miocárdio é caracterizado pela interrupção ou diminuição do fluxo de sangue para o coração, levando a uma redução da perfusão cardíaca e morte do miocárdio, acarretando portanto uma deficiência do débito cardíaco. (ROBBINS , 2009)
  • 4. Epidemiologia  No período de 1995 a 2003 houve aumento de 45,7% no número de internações por infarto do miocárdio no Brasil;  Prevalência em indivíduos com idade >60 anos;  Acomete homens com maior frequência;  Crescimento de 51% na Bahia nos últimos 10 anos.
  • 5. AS 10 CAUSA DE MORTES NO MUNDO, PROPORÇÃO E TAXA DE MORTALIDADE POR 1 MILHÃO DE HAB, 2012. FONTE : OMS 2012
  • 6. Mortalidade proporcional segundo causas selecionadas, Brasil - 2003 FONTE : SIM – MS 2004
  • 7. Fatores de risco  Tabagismo;  Obesidade;  Diabetes;  Hipertensão arterial;  Níveis altos de colesterol;  Estresse;  Sedentarismo;  Uso de drogas ilícitas;  Doenças da aorta;  Doenças inflamatórias das artérias coronárias.
  • 8. Etiologia  Aterosclerose;  Trombose;  Compressão extrínseca:  Tumores, hematomas, tamponamento pericárdico.  Vasculites sistêmicas ou localizadas:  Lúpus Eritematoso Sistêmico, Periarterite Nodosa, Granulomatose De Wegener, Doença De Burger, Doença De Takayasu, Artrite Reumatóide, Espodilite Anquilosante, Dissecção De Aorta Ou Da Coronária, Sífilis.  Processos trombóticos associados a defeitos de coagulação:  Trombocitemias, Policitemia Vera, Ausência Dos Fatores XII, IX Ou X.  Embolias:  Mixomas, Infarto Prévio Do Miocárdio, Endocardite Bacteriana, Embolia A Partir De Próteses Valvulares, Embolia Gasosa, De Colesterol.  Desproporções entre a demanda e a oferta de oxigênio:  Estenose Aórtica, Insuficiência Aórtica, Tireotoxicose.  Alterações hematológicas;  Traumas cardíacos;  Abuso de cocaína.
  • 9. Formação Placa Resposta Inflamatória Fisiopatologia Estreitamento do Lúmen Adesão LDL Tecido Sub-endotelial Rompimento aterosclerótica (Angina) Formação do Trombo Adesão Plaquetas Obstrução Infarto Miocárdio Adesão Macrófagos
  • 10. Fisiopatologia Trombo na artéria basilar fotografado sob lupa. Cerca de 15 dias após sua formação, o trombo tem cor rósea avermelhada e está aderido à artéria em grande parte de sua circunferência.
  • 11. Manifestações clínicas  75% a 85% dor torácica ( Irradiada para a mandíbula e para os ombros e braços, mais frequentemente do lado esquerdo do corpo);  Duração > 20 minutos, desencadeado por exercício ou estresse;  Com angina prévia, mudança do caráter indica instabilização;  Aperto ou queimação no peito;  Arritmias;  Suor excessivo;  Náuseas;  Vômitos;  Tontura e desfalecimento;  Ansiedade e agitação.
  • 12. Diagnóstico  Primeira escolha:  História clínica detalhada;  Exame Físico;  ECG;  Marcadores bioquímicos de lesão miocárdica.  Segunda escolha:  Coronariografia;  Tomografia computadorizada;  Ressonância nuclear magnética;  Cineangiografia ou cateterismo cardíaco.
  • 13. Conduta terapêutica  Fibrinólise;  Administração de oxigênio (3 l/min a 100%, por meio de cateter nasal);  Nitratos;  Ácido acetilsalicílico (AAS);  Clopidogrel;  Analgesia com morfina;  Betabloqueadores;  Antiarrítmicos profilático;  Ponte de Safena;  Angioplastia.
  • 14. Fibrinolíticos  Degradam a fibrina, maior componente do trombo.  Estreptoquinase (SK):  Dose: 1.500.000 UI em 60 ml de SG 5% ou SF 0,9%;  60 mcg/min;  Eventos Adversos: Reações alérgicas, hipotensão, sangramento.
  • 15. Fibrinolíticos  Ativador Tecidual do Plasminogênio (t-PA ou rt-PA):  Dose de ataque:  15 mg IV em bólus;  Manutenção:  0,5 mg/kg (até 50 mg) em 30 minutos;  0,5 mg/kg (até 35 mg) em 60 minutos;  Limite de 100 mg.  Associação:  Heparina 12 U/Kg por 48 horas, dose máxima de 1000 U/hora  Enoxaparina  < 75 anos: 1 mg/kg, SC, 12/12 h;  > 75 anos: 0,75 mg/kg, SC, 12/12 h;  Clearence: < 30 ml/min, 1 mg/kg, SC, 24/24 h.
  • 16. Fibrinolíticos  Tenecteplase (TNK-tPA) Bólus único
  • 17. Fibrinolíticos  Reteplase (rPA): Duplo bólus, 10 MU (0, 30 min.)
  • 18. Nitratos  Vasodilatador;  Uso nas primeiras 24/48 hs de evolução do IAMSST;  Nitroglicerina:  Diluída em 250 ml ou 500ml de soro glicosado a 5% ou soro fisiológico a 0,9%, IV;  5-10 μcg/min, em infusão continua. Doses progressivas a cada 5 a 10 min até, obtenção dos resultados, objetivando-se redução de 10% PAS em normotensos ou 30%em hipertensos, ou até aparecimento de efeitos colaterais.  Mononitrato de isossorbida:  2,5 mg/kg/dia em infusão contínua, IV.  Contra indicações:  Uso de sildenafil ou análogos nas ultimas 24h ;  Suspeita de infarto de VD;  IAM com comprometimento clínico e/ou eletrocardiográfico de ventrículo direito;  Hipotensão;  Bradicardia;
  • 19. Ácido Acetilsalicílico - AAS  Analgésico; anti-inflamatório não esteroide e anti-agregante plaquetário;  Dose:  160 a 325 mg/dia, preferencialmente mastigável para facilitar absorção. Disponível em: 200 mg;  Manutenção: 100 mg/dia.  Ação:  inibição enzimática da ciclo-oxigenase (COX) levando a uma diminuição da síntese de prostaglandinas.  Contra indicação:  Hipertensão conhecida;  Úlcera péptica ativa;  Discrasia sanguínea;  Hepatopatia grave;  Gravidez.  Efeitos colaterais:  Alterações no sangue;  Estreitamento dos brônquios  Náusea ou vômito;  Problemas renais;  Urticária.
  • 20. Clopidogrel  Antitrombótico e inibidor da agregação plaquetária;  Dose de ataque:  300 mg por Via Oral em dose única.  Dose de manutenção: 75 mg/dia por via oral por 1 à 9 meses;  Início da ação: 2 horas;  Contra indicação:  Diabetes Mellitus.
  • 21. Betabloqueadores  Ação:  Inibem os efeitos das catecolaminas circulantes, diminui a frequência cardíaca, a pressão arterial e a contratilidade miocárdica, reduzindo, assim, o consumo de oxigênio pelo miocárdio.  Indicação:  Indicado a sua introdução precocemente após IAM independente de trombólise ou angioplastia concomitante. Principalmente quando há isquemia recorrente, ocorrência de taquiarritmias (FA alta resposta ventricular), disfunção moderada de VE (sinais de congestão e sem evidências de baixo débito).  Fármacos:  Atenolol 5-10 mg EV seguido por 50–100 mg VO/dia;  Metoprolol 15 mg EV (3 doses 5 mg a cada 2 min de intervalo) seguido por 50 mg VO 2x dia até 100 mg VO 2x dia;  Esmolol 1 mg/kg em bolus seguido de 50-200μcg/kg quando houver duvida quanto a possibilidade de uso de β Bloqueador devido a meia vida curta (8 a 10 min).  Contra indicações:  FC ≤ 60 bpm;  PAS <100 mmHg;  DPOC grave;  Doença Vascular periférica grave → Conta indicação relativa.
  • 22. ANALGÉSICOS Objetivo :  Diminui o consumo de oxigênio pelo miocárdio isquêmico, provocado pela ativação do sistema nervoso simpático.  DROGA : sulfato de morfina  VIA: endovenosa  DOSE : inicial de 2 mg a 8 mg OBS: Com a monitorização da pressão arterial, essas doses podem ser repetidas a intervalos de 5 a 15min . Em caso de não-disponibilidade desse fármaco ou de hipersensibilidade ao medicamento, o sulfato de morfina pode ser substituído pelo sulfato de Meperidina, em doses fracionadas de 20 mg a 50 mg.
  • 25. Conduta Cirurgicas • Stent - Indicações  O vaso ocluído é responsável por uma isquemia silenciosa que coloca em risco uma grande área do miocárdio;  Vaso é de acesso viável, calibroso e em áreas de não bifurcação.  A probabilidade de sucesso é > 60% com estimativa de óbito e de infarto menor que 1% e 5%, respectivamente.
  • 26. Conduta Cirurgicas • Stent Farmacológico  Revestido por Polímero + Droga;  Redução de re-estenose e, portanto, de revascularização de repetição.
  • 27. Conduta Cirurgicas  Implantação Stent
  • 28. Conduta terapêutica  Stent  Segundo a ANVISA existem mais de 480 tipos de stent’s registrados no país incluindo os de uso cardíaco, neurovascular e uretral;  Alto Custo, em média 12mil Reais;  Nos Estados Unidos, 85% dos pacientes com artérias parcialmente bloqueadas são tratados por meio desse método;
  • 30. REFERÊNCIAS  ABIZAID, Alexandre & cols. Stents Farmacológicos: Novos Fármacos. Ver. Bras. Cardio.l Invas . v. 12, n. 2, p. 96-101, 2004. Disponível em: <http://rbci.com.br/imageBank/PDF/12-02- 06.pdf>. Acesso em: Abril 2014.  HOSPITAL SÍRIO-LIBÂNES. Síndrome Coronária Aguda: Infarto com Supradesnivelamento de ST. Disponível em: <http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/sociedade-beneficente-senhoras/ Documents/protocolos-institucionais/protocolo-SCA-com-supra.pdf> Acesso: Abril 2014  KALIL FILHO, ROBERTO. Infarto Agudo do Miocárdio. Boletim do Centro de Cardiologia. Publicações do Centro de Cardiologia do Hospital Sírio-Libânes. 4ª ed. Jul/Ago/Set. 2009. Disponível em: <http://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/centro-cardiologia/ boletim-nucleo/boletim-cardio-4.pdf> Acesso em: Abril 2014.  KUMAR, V.; COTRAN,R.; COLLINS,T. Robbins & Cotran – Patologia: bases patológicas das doenças. 8 ed. Rio de janeiro: Elsevier, 2010.  OLIVEIRA, César Cardoso de. Trombolíticos. Rev. SOCERJ. v. XIV, n. 1, Jan/Fev/Mar, p. 47-52, 2001. Disponível em: <http://www.rbconline.org.br/wp-content/ uploads/a2001_v14_n01_art06.pdf>. Acesso em: Abril 2014.  SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. IV Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre tratamento do infarto agudo do miocárdio com supradesnível de segmento ST. Arq. Bras. Cardiol. v. 39, n. 6, p. e179-e264, 2009. Disponível em: <http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2009/diretriz_iam_9306supl2.pdf>. Acesso em: Abril 2014.  VIANA, D. L.; SILVA, E. S. Guia de medicamentos e cuidados de enfermagem. 1ª ed. São Paulo: Yendis, São Paulo, 2012.