3. 1. Introdução
Transformações econômicas, sociais, políticas
o O imperialismo ateniense gerou o “Século de
Péricles” , revolução nas artes e no pensamento.
o A hegemonia de Atenas levou às rivalidades entre
as cidades – estado (Guerra do Peloponeso).
o O contexto atribulado provocou mudanças no
pensamento político, principalmente na Democracia.
4. Transformações nas ideias
o A physis (natureza em construção) e a arché
(motivador da physis, presente em todas as coisas,
vir a ser), foram substituídas pela preocupação
com o homem e seu destino na pólis.
o Definir as relações humanas transformou o
homem no centro de tudo (antropocentrismo).
o Nesse cenário surgiram os sofistas.
5. 2. Sofistas, os primeiros professores
o Pensadores que usavam a retórica para vender
ideias e formar cidadãos.
o O nomos (materialização da lei humana) definia,
para os sofistas, que a política e a democracia eram
criações humanas, podendo ser modificadas por
ações humanas.
o Criticados como ardilosos e interesseiros.
6. Pensamento e objetivos dos sofistas
o O principal objetivo dos sofistas era convencer
através da retórica.
o Através da palavra educavam outros cidadãos.
o Formavam cidadãos para dirigir a pólis (areté).
o Criticados por cobrar para ensinar e formar,
relativizavam o conhecimento, voltando suas
atenções para o homem.
7. Convenções ou natureza?
o Se os interesses guiam os homens, onde estaria a
verdade?
o Dependeria dos argumentos e do convencimento.
o No universo dos homens (nomos) o importante é a
opinião (doxa) e não a verdade (alétheia).
o Se a verdade é impossível, o importante é o verbo
com bons argumentos para vencer os adversários.
8. Protágoras de Abdera
o “O homem é a medida de todas as coisas”.
o O homem é a base na compreensão da verdade.
o As impressões individuais que o cidadão tem do
mundo são verdadeiras, desde que argumentadas
e articuladas de forma convincente.
o O relativismo do conhecimento foi atacado por
Sócrates.
9.
10. Górgias de Leontini
o Defensor da existência de um mundo helênico por
toda a nação grega numa comunidade de cidades –
Estado.
o Com a dialética refutou Parmênides, defendendo
que o pensar é ser contrariando que o que está
fora do ser não é ser e o não – ser é nada.
o Para Górgias é importante diferenciar existir de
pensar e comunicar – se.
12. o O verbo ser implica em existir.
o Existir é realidade natural enquanto pensar e
comunicar – se são realidades humanas, criadas,
em constante modificação, mudando o homem,
logo não – ser.
o Se o nomos é humano, há separação entre o falar
sobre algo, diferente do algo enquanto coisa.
o Contestava a validade da Filosofia e sua busca pela
verdade, em constante transformação.
13. 3. Sócrates, “conhece – te a ti mesmo”
o Crítico, afirmava que os sofistas jogavam com as
palavras, defendendo interesses particulares.
o Rejeitava a venda de ideias e ensinamentos.
o Criticava o predomínio dos interesses particulares
sobre os públicos, prejudicando a democracia.
o A alethéia (verdade/essência) supera a doxa
(opinião/aparência).
14.
15. Maiêutica (parto de ideias) e verdade
o Uso da dialética (diálogo com afirmação, negação,
análise e síntese) no pensamento, na busca do
bem e do belo.
o O “conhece – te a ti mesmo” passaria pela busca
de si mesmo, livrando – se das falsas verdades.
o Contrariando os sofistas, diálogo o conhecimento
levariam às razões do mundo e à verdade.
16. Ironia:
oIronia significa simulação. Permite a simulação sutil de
dizer uma coisa pensando em outra.
oPara Sócrates, a ironia tem mais de malícia do que de
ignorância ou humildade, uma falsa ignorância.
o É método de interrogação com o objetivo de encontrar
contradições do próprio interlocutor.
oLevava o interlocutor a cair em contradição, duvidar do
próprio conhecimento e admitir sua ignorância.
17. Aporia:
o Dificuldade, impasse, contradição que impede que o
sentido de um texto ou de uma proposição seja
determinado.
o Para Sócrates, a pessoa estaria em condições de
aprender quando aceitasse sua própria ignorância.
o Sócrates não respondia às questões que lançava,
levava a pessoa a encontrar as próprias respostas.
o Não pretendia informar mas levar a formar ideias.
18. “Sei que nada sei”
o Conhecer a verdade implicava no reconhecimento
das próprias limitações da ignorância.
o A maiêutica socrática desafiava o questionamento
e o aprofundamento de ideias.
o A ironia e provocação guiavam o interlocutor no
caminho da contradição, do equívoco e do erro.
o Assim paria – se o conhecimento verdadeiro, puro
e belo.