Dicionário de Genealogia, autor Gilber Rubim Rangel
Circulo de viena
1. O Círculo de Viena (1907 a 1938)
Moritz Schlick, Rudolf Carnap, Otto Neurath,
Hans Hahn e Philipp Frank.
2. “Trata-se de uma orientação absolutamente
humanista, na qual o antigo princípio dos
sofistas “o homem é a medida de todas as
coisas” se encontra reafirmando com amplo
relevo programático. E tanto a teologia como a
filosofia não podem por isso exibir títulos
genuínos de validade cognoscitiva,
apresentando-se, no fundo, radicadas num
aglomerado de pseudosproblemas”...
3. A função da filosofia acaba por consistir
precisamente na clarificação, quer da
insensatez gnosiológica, que vicia os
discursos teológicos e metafísicos, quer do
exato alcance informativo, que ao invés
contradistingue as proposições científicas”.
4. Sobre a influência de Mach e da importância
da lógica, da matemática e da física teórica.
Hans Han, Otto Neurath e Philipp Frank
começaram a se reunir em busca de conciliar
uma concepção puramente empirista da
ciência. Assim começou o Círculo de Viena.
5. “Deitar o vinho novo em odres novos” foi como
Philipp Frank referiu metaforicamente ao
Manifesto do Círculo de Viena
(Wissenschaftliche Weltauffassung).
Será com a orientação intelectual de Moritz
Shlick que o Círculo de Viena se efetivará
como um dos maiores movimentos filosóficos
da história.
6. Os membros do WK (Wiener Krais),
provinham de áreas acadêmicas diferentes,
mas tinham pontos em comum:
7. 1). Quase todos tinham uma formação
científica;
2). Tinham “uma atitude especificamente
científica”, isto é, desembaraçada de toda
metafisica, e pode-se acrescentar que tinham
como lema: “o que se deixa dizer deixa-se
dizer claramente”. Este foi o mote do
manifesto do WK;
e outros pontos como:
8. 3). A redução da filosofia a uma teoria do
conhecimento;
4). A distinção das ciências, não mais em
ciências humanas, e sim em ciências
empíricas e analíticas;
5). O logicismo como programa de redução
das ciências analíticas;
6). O projeto de uma linguagem científica que
permitiria unificar todas as ciências.
9. O reducionismo como programa de redução
das ciências sintéticas ou empíricas.Trata-se,
em primeiro lugar, de uma concepção não me-
tafisica do mundo. Ela não se caracteriza por
teses, mas sobretudo por uma tarefa determi-
nada, porque visa à realização de uma unida-
de da ciência. Trata-se de apresentar todas as
ciências em um todo harmonioso, o que exige
um simbolismo puro e, portanto, lógico.
10. “A concepção científica do mundo não
conhece nenhum enigma”. Essa nova
concepção do mundo mostrará justamente
que todos os problemas tradicionais da
filosofia não passam de pseudoproblemas,
visto que é possível reduzi-los a problemas
empíricos, por meio da análise lógica da
linguagem, que é atarefa da filosofia.
11. É com a lógica que a filosofia poderá efetuar a
tarefa que lhe cabe, gramática da ciência.
A filosofia se ocupa de enunciados já
estabelecidos, em vez de criar novos, ele
permite o esclarecimento. Na ciência a
questão e de conhecimento, na filosofia e de
compreensão. O significado de uma
proposição consiste no conjunto de suas
condições empíricas de verificação.