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Senso Comum e
Conhecimento científico
      Alguns tópicos para a sua
                  compreensão
      (o que é comum, o que os
                      distingue)
Aspectos comuns
   O senso comum fornece
    determinadas soluções que se
    revelam satisfatórias e que
    incentivam a investigação
    científica.
   Algumas vezes esta vem
    confirmar de forma lógica e
    racional o que no senso comum
    é um saber intuitivo.
   .
   Ambos os conhecimentos
    surgem para resolver
    necessidades práticas, embora
    o conhecimento científico não se
    desenvolva apenas com esse
    objectivo.
O conhecimento científico refuta
muitas vezes o senso comum
                      Outras vezes a investigação
                       científica refuta as crenças
                       do senso comum.
                      O senso comum pode ser
                       também um obstáculo ao
                       conhecimento científico,
                       porque cria expectativas que
                       podem manipular a
                       investigação e a neutralidade
                       da observação científica
A linguagem.
   O Senso Comum                O conhecimento
                                  científico:
   Utiliza termos vagos da      Utiliza termos precisos,
    linguagem comum, que          uma linguagem técnica
    podem designar um             universal da qual faz
    número indeterminado          parte a contagem e
    de coisas suscitando          medição assim como
    múltiplas                     uma simbologia que
    interpretações.               designa a constituição
                                  dos elementos que
   Exemplo: ÁGUA
                                  estuda. H2O
A organização:
   O SENSO COMUM é                 O Conhecimento
    Assistemático visto que          científico é Sistemático
    acontece um pouco ao             porque é um corpo de saber
    acaso e inclui saberes           organizado que se divide
    diversos e sem organização       em áreas demarcadas pelo
    entre eles.                      seu objecto de estudo.
                                     Classifica os particulares
                                     em grupos/classes, o que
                                     permite a distinção rigorosa
                                     e um saber mais
                                     especializado.
O aspecto crítico:
   Acrítico porque segue         Crítico porque está
    a tradição e a prática e       aberto à refutação
    não é susceptível de           estabelecendo o
    estabelecer os seus            campo dos factos que
    limites de modo a              podem ocorrer para a
    poder ser refutado, daí        teoria ser válida assim
    se manter durante              como os que não
    muitos anos                    podem..
Conhecimento acrítico.




   O Senso comum é uma espécie de saúde contagiosa.
   Alberto Morávia
Forma de procedimento do
senso comum:
   Abrangente e generalizador
    (indutivo) mas também
    funciona por analogia.
   Baseia-se na prática ou
    experiência comum.
   Exemplo: As marcas
    alemãs são de confiança.
   Os alemães são
    trabalhadores e
    disciplinados.
Forma de procedimento da
Ciência:
   Sobretudo dedutiva
    porque encontra certos
    princípios que explicam e
    ligam factos diversos.
    Esses princípios racionais
    são leis que podem ser
    aplicadas a vários factos
    diferentes.
   Também pode ser indutiva,
    sobretudo nas Ciências
    Humanas como a História,
    mas também na Biologia.
Método:
   O senso comum não           O conhecimento
    tem um método de             científico é Metódico e
    investigação ou              construído. A
    análise, é espontâneo        experimentação
    surge a partir das           científica obedece a
    necessidades práticas;       hipóteses construídas
    surge fragmentado.           racionalmente de
                                 modo a poderem ser
                                 testadas por
                                 determinados factos
                                 que as corroboram ou
                                 refutam.
Explicação?
   Não é explicativo porque não apresenta razões
    teóricas que nos façam compreender a necessidade
    dos factos que aponta ou das soluções que
    preconiza.
A ciência…
   É uma forma de explicação que aponta as razões
    teóricas que permitem compreender a necessidade
    dos factos, isto é, demonstra porque ocorrem desse
    modo e não de outro.
Rigor e fiabilidade da ciência:
                     É Rigorosa porque as
                      suas teorias são
                      sujeitas a testes,
                      verificações e
                      discussões deste modo
                      podem sempre ser
                      melhoradas ou
                      substituídas por outras
                      melhores.
Quanto ao conhecimento
vulgar…

    ÉSuperficial pois permite tirar conclusões baseando-se apenas na
    aparência.
   Confunde as causas com os resultados por isso não podem ser testadas
    com rigor essas conclusões.
Evolução:
   Enquanto o senso             O conhecimento
    comum tem tendência           científico Evoluí por
    a permanecer idêntico         tentativa e refutação,
    a si próprio e a              sendo as teorias
    prevalecer muitas             menos aptas
    vezes no erro pois            substituídas por outras
    agarra-se às tradições.       mais aptas.
CONCLUSÃO?
O  conhecimento vulgar é útil para a
 sobrevivência e, por vezes pode ser muito
 eficaz pois é mais fácil de aplicação, mas
 pode enganar-nos enquanto o
 conhecimento científico é mais fiável e
 objectivo, pois está continuamente sujeito
 à crítica e revisão.

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Senso comum e conhecimento científico

  • 1. Senso Comum e Conhecimento científico Alguns tópicos para a sua compreensão (o que é comum, o que os distingue)
  • 2. Aspectos comuns  O senso comum fornece determinadas soluções que se revelam satisfatórias e que incentivam a investigação científica.  Algumas vezes esta vem confirmar de forma lógica e racional o que no senso comum é um saber intuitivo.  .  Ambos os conhecimentos surgem para resolver necessidades práticas, embora o conhecimento científico não se desenvolva apenas com esse objectivo.
  • 3. O conhecimento científico refuta muitas vezes o senso comum  Outras vezes a investigação científica refuta as crenças do senso comum.  O senso comum pode ser também um obstáculo ao conhecimento científico, porque cria expectativas que podem manipular a investigação e a neutralidade da observação científica
  • 4. A linguagem.  O Senso Comum  O conhecimento científico:  Utiliza termos vagos da  Utiliza termos precisos, linguagem comum, que uma linguagem técnica podem designar um universal da qual faz número indeterminado parte a contagem e de coisas suscitando medição assim como múltiplas uma simbologia que interpretações. designa a constituição dos elementos que  Exemplo: ÁGUA estuda. H2O
  • 5. A organização:  O SENSO COMUM é  O Conhecimento Assistemático visto que científico é Sistemático acontece um pouco ao porque é um corpo de saber acaso e inclui saberes organizado que se divide diversos e sem organização em áreas demarcadas pelo entre eles. seu objecto de estudo. Classifica os particulares em grupos/classes, o que permite a distinção rigorosa e um saber mais especializado.
  • 6. O aspecto crítico:  Acrítico porque segue  Crítico porque está a tradição e a prática e aberto à refutação não é susceptível de estabelecendo o estabelecer os seus campo dos factos que limites de modo a podem ocorrer para a poder ser refutado, daí teoria ser válida assim se manter durante como os que não muitos anos podem..
  • 7. Conhecimento acrítico.  O Senso comum é uma espécie de saúde contagiosa.  Alberto Morávia
  • 8. Forma de procedimento do senso comum:  Abrangente e generalizador (indutivo) mas também funciona por analogia.  Baseia-se na prática ou experiência comum.  Exemplo: As marcas alemãs são de confiança.  Os alemães são trabalhadores e disciplinados.
  • 9. Forma de procedimento da Ciência:  Sobretudo dedutiva porque encontra certos princípios que explicam e ligam factos diversos.  Esses princípios racionais são leis que podem ser aplicadas a vários factos diferentes.  Também pode ser indutiva, sobretudo nas Ciências Humanas como a História, mas também na Biologia.
  • 10. Método:  O senso comum não  O conhecimento tem um método de científico é Metódico e investigação ou construído. A análise, é espontâneo experimentação surge a partir das científica obedece a necessidades práticas; hipóteses construídas surge fragmentado. racionalmente de modo a poderem ser testadas por determinados factos que as corroboram ou refutam.
  • 11. Explicação?  Não é explicativo porque não apresenta razões teóricas que nos façam compreender a necessidade dos factos que aponta ou das soluções que preconiza.
  • 12. A ciência…  É uma forma de explicação que aponta as razões teóricas que permitem compreender a necessidade dos factos, isto é, demonstra porque ocorrem desse modo e não de outro.
  • 13. Rigor e fiabilidade da ciência:  É Rigorosa porque as suas teorias são sujeitas a testes, verificações e discussões deste modo podem sempre ser melhoradas ou substituídas por outras melhores.
  • 14. Quanto ao conhecimento vulgar…  ÉSuperficial pois permite tirar conclusões baseando-se apenas na aparência.  Confunde as causas com os resultados por isso não podem ser testadas com rigor essas conclusões.
  • 15.
  • 16. Evolução:  Enquanto o senso  O conhecimento comum tem tendência científico Evoluí por a permanecer idêntico tentativa e refutação, a si próprio e a sendo as teorias prevalecer muitas menos aptas vezes no erro pois substituídas por outras agarra-se às tradições. mais aptas.
  • 17. CONCLUSÃO? O conhecimento vulgar é útil para a sobrevivência e, por vezes pode ser muito eficaz pois é mais fácil de aplicação, mas pode enganar-nos enquanto o conhecimento científico é mais fiável e objectivo, pois está continuamente sujeito à crítica e revisão.