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O Planejamento Financeiro
Por Carlos Alexandre Sá

A Administração Financeira no Contexto da Administração de Empresas
A administração financeira é a área da administração de empresas que estuda o uso eficiente
do dinheiro. Para entendermos o que isto quer dizer, repare no quadro a seguir. Ele
representa o Balanço Patrimonial de uma empresa fictícia.

ATIVO
Ativo Circulante
Disponível
Recebíveis Brasil
Recebíveis Exterior
Estoques
Outros
Ativo não Circulante
Realizável de Longo Prazo
Investimentos
Imobilizado
Total do Ativo

PASSIVO
Passivo Circulante
Salários e Encargos
Fornecedores
Empréstimos
Impostos
Outros
Passivo não Circulante
Patrimônio Líquido
Capital Social
Reserva de Lucros
Total do Passivo

620.189
174.167
76.762
54.139
247.563
67.558
3.226.485
575.943
748.131
1.902.411
3.846.674

1.217.972
23.897
297.300
780.961
12.887
102.927
1.476.927
1.151.775
727.919
423.856
3.846.674

Quadro 11 – O Balanço Patrimonial

À direita do Balanço Patrimonial estão as contas do Passivo, onde estão registradas as
obrigações da empresa para com seus credores e seus acionistas. Representam, portanto,
a origem dos recursos que estão sendo movimentados pela empresa.
No lado esquerdo do Balanço Patrimonial ficam as contas do Ativo, onde são
registrados os bens e direitos da empresa. As contas do Ativo mostram como os
recursos movimentados pela empresa estão sendo alocados.
Todos os problemas da administração financeira podem ser classificados em dois
grupos: (1) como alocar no Ativo, de forma segura e eficiente, os recursos que a
empresa está movimentando e (2) como financiá-los por meio de uma adequada
estrutura de capital que combine capitais próprios e de terceiros de forma a maximizar a
rentabilidade dos acionistas.
Uma das grandes preocupações da administração financeira é a consolidação financeira das
empresas. Dizemos em finanças que a empresa A está mais consolidada do que a empresa B
quando possui uma maior capacidade de atravessar uma crise financeira sem se
desestruturar. Vamos explicar isto melhor. Uma crise causada por um fator externo adverso,
tal como uma retração do mercado ou uma mudança no cenário econômico, está para a
empresa consolidada assim como uma enfermidade está para uma pessoa saudável.

1
Ninguém vive para ficar doente. No entanto, doenças acontecem. Quanto mais saudável for
um indivíduo, maior será sua capacidade de enfrentar e superar a enfermidade. O mesmo
acontece com as empresas. Nenhuma empresa foi feita para perder dinheiro. No entanto,
prejuízos acontecem. Quanto mais consolidada for a empresa, maior será sua capacidade de
enfrentar e superar uma crise financeira. Em uma empresa fragilizada, o prejuízo é
predatório a partir do primeiro momento.
Para avaliarmos o grau de consolidação (ou de fragilização) financeira de uma empresa,
analisamos separadamente cada um dos principais componentes de Ativo: o Disponível, os
Recebíveis, os Estoques e o Imobilizado. Quando uma empresa não possui recursos
ilimitados, seu processo de consolidação deve se dar na ordem em que suas contas são
apresentadas no seu Ativo.
Dentro deste princípio, o Disponível deve ser consolidado antes do Imobilizado. E o motivo
é simples: o que quebra uma empresa é a falta de caixa (ou seja, de Disponível) e não a de
imobilizado. Inúmeras são as empresas que, por ignorarem este princípio, acabam por se
inviabilizar.
Dizemos que o Disponível de uma empresa está consolidado quando ela é capaz de liquidar
seus compromissos sem recorrer a empréstimos de curto prazo. Quanto mais dependente
uma empresa for de empréstimos de curto prazo, mais fragilizado estará seu Disponível. Na
análise estática das demonstrações financeiras, a dependência da empresa de empréstimos de
curto prazo é dada pelo índice de endividamento financeiro de curto prazo, cuja equação
genérica é:

IEFCP

Passivo Financeiro de Curto Prazo
Ativo Circulante

Nessa equação, consideramos como passivo financeiro de curto prazo os empréstimos
bancários de curto prazo, os títulos (notas promissórias, cheques pré-datados e cartões de
crédito) e as duplicatas descontadas, o saldo utilizado das contas garantidas e os pagamentos
em atraso que a empresa eventualmente tenha com seus credores.
O que a equação acima mostra com clareza é que o caracteriza o aumento da dependência de
uma empresa de empréstimos de curto prazo não é o valor absoluto destes empréstimos,
mas, sim, a parcela do capital de giro (ou seja, do Ativo Circulante) que está sendo
financiada por empréstimos onerosos de curto prazo.
Todas as vezes que uma empresa aumenta sua dependência empréstimos de curto prazo,
dizemos que ela fragilizou sua estrutura de capital de giro. Isto acontece porque à medida
que o endividamento aumenta, também aumentam os juros devidos e sobram menos
recursos para a amortização do principal da dívida. Pode chegar um momento em que 100%
do caixa gerado pela empresa sejam consumidos no pagamento dos juros. Neste momento
não restarão mais recursos para amortizar o principal da dívida e esta, se não houver um
aumento acentuado do lucro ou um aporte de capital novo, tornar-se-á explosiva.
Exemplo: O perigo do endividamento financeiro de curto prazo
Imagine que o João seja uma pessoa muito controlada financeiramente. Todo mês João
consegue economizar R$ 1.000. João possui cheque especial, mas não o usa. Compra no
cartão de crédito, mas não parcela o pagamento, preferindo liquidar tudo de uma só vez, no
vencimento.
2
Suponha agora que João tenha tido um caso de doença grave na família não coberta pos
seu plano de saúde. Para fazer face às despesas, foi obrigado a consumir todas as suas
economias e, ainda, a recorrer ao cheque especial. Suponha que, agora, João esteja
pagando mensalmente R$ 600 de juros pela utilização do cheque especial. Como consegue
gastar menos R$ 1.000 do que ganha, ainda lhe sobram após o pagamento dos juros R$ 400
para ir amortizando aos poucos o principal que deve ao banco pela utilização do cheque
especial.
O que aconteceria caso o endividamento financeiro de João aumentasse a ponto de ele ter
que pagar, mensalmente, R$ 1.200 de juros pela utilização do cheque especial? Bem, agora
a situação complicou, pois João só consegue economizar R$ 1.000 por mês e tem que pagar
R$ 1.200 de juros. Isto significa não só que ele não vai conseguir amortizar o principal do
empréstimo, mas, ainda, que sua dívida vai aumentar todo mês. Em finanças, dizemos que,
neste caso, a dívida tornou-se explosiva.

A Gestão da Tesouraria no Contexto da Administração Financeira
Como vimos no início deste artigo, a conta mais importante do Ativo é o Disponível,
pois o que quebra uma empresa não é o seu prejuízo; é a falta de caixa ou, em outras
palavras, a falta de Disponível. O Disponível é uma conta tão importante que as empresas
possuem um relatório apenas para acompanhá-lo – o fluxo de caixa – e um departamento só
para administrá-lo: a tesouraria.
O objetivo da Tesouraria é a gestão do Disponível. O problema é que o Disponível é
uma conta paradoxal, pois, se por um lado, é o ativo mais importante da empresa (pois
sem ele a empresa pode quebrar), por outro lado, é seu ativo menos rentável.
De fato, os recursos do Disponível ou estão no caixa e nos bancos (e, neste caso, não
rendem nada), ou estão aplicados no mercado financeiro. Ora, por definição o mercado
financeiro deve ser menos rentável do que a empresa. Não fosse assim, para que montar
a empresa? Melhor seria deixar o dinheiro aplicado no mercado financeiro.

O Planejamento Financeiro
Assim, o planejamento financeiro deve, por um lado, garantir recursos para que a
empresa liquide seus compromissos,de preferência sem recorrer a empréstimos de curto
prazo e, por outro, garantir que a empresa não possua recursos ociosos ou subutilizados
no caixa.
Isto é feito por meio de:
1. Uma boa projeção do fluxo de caixa para o período considerado;
2. Uma correta determinação de um saldo mínimo de caixa, que não seja nem tão
pequeno que obrigue a empresa a tomar empréstimos de curto prazo, nem tão
elevado que leve a empresa a manter em caixa recursos ociosos ou
subutilizados.Quanto maior for a incerteza quanto ao fluxo de caixa projetado,
maior deverá ser o saldo mínimo de caixa. O inverso também é verdade, ou seja,
quanto maior for a certeza quanto ao fluxo de caixa projetado, menor poderá ser
o saldo mínimo de caixa. Em outras palavras, o que as afirmações acima estão
transmitindo é uma realidade evidente em si mesma, ou seja, quanto maior o
risco, maior deve ser a margem de segurança com a qual devemos trabalhar. O
saldo mínimo de caixa está para a tesouraria assim como o estoque mínimo de
3
segurança está para a indústria e o comércio. O estoque de segurança só existe
porque o empresário não tem certeza das vendas ou do prazo de entrega.
3. Uma eficiente gestão do caixa, compreendendo um conjunto de operações de
resgate, de captação e de aplicação de recursos, selecionado entre várias opções
possíveis por conduzir aos melhores resultados. Se a empresa é tomadora de
recursos, ou seja, precisa fazer empréstimos para fechar seu fluxo de caixa, a melhor
estratégia será, quase sempre, a que conduz ao menor custo financeiro. Já se a
empresa é doadora de recursos, ou seja, possui excessos de caixa para aplicar, a
melhor estratégia será aquela que conduz à melhor relação risco/retorno,
considerando o perfil de aversão ao risco da pessoa que, na empresa, tem a palavra
final sobre o assunto.
Do exposto acima se depreende que o fluxo de caixa projetado não é um exercício de
futurologia. Apesar de todas as técnicas de projeção existentes, haverá sempre um grau,
maior ou menor, de incerteza quanto às entradas e às saídas que ocorrerão durante o
período projetado. Assim, quanto menos confiarmos em nossas projeções, mais teremos
que nos apoiar no saldo mínimo de caixa, e vice versa.
A figura a seguir ilustra o tripé sobre o qual se apoia o planejamento financeiro.

Projeção do
Fluxo de
Caixa

Saldo Mínimo
de Caixa

Operações de
Tesouraria

Figura 2– O planejamento financeiro

Isto, que a primeira vista soa como uma novidade é, na verdade, intuitivo. Se não,
vejamos.
Exemplo: Quanto maior for a incerteza, maior deverá ser a margem de segurança
Imagine dois indivíduos. Um é assalariado, com segurança de emprego e com suas
finanças organizadas. O outro um corretor de imóveis que vive de comissões sobre
vendas que são incertas. Supondo que ambos sejam agentes racionais, será que estes
dois indivíduos usariam a mesma estratégia para administrar suas finanças pessoais?
4
Será que ambos assumiriam compromissos financeiros com a mesma tranquilidade?
Claro que não! O corretor só deve assumir compromissos financeiros se estiver
respaldado por uma poupança que assegure sua sobrevivência no pior cenário.
O mesmo acontece com as empresas. A regra de ouro do planejamento financeiro é: o
bom planejamento financeiro deve assegurar a sobrevivência da empresa no pior
cenário e ser capaz de captar as oportunidades advindas dos melhores cenários. Daí a
importância do saldo mínimo de caixa.
É no mínimo curioso que quando um empresário considera um novo empreendimento,
ele projeta seus investimentos em terrenos, prédios, máquinas, equipamentos, veículos,
móveis, utensílios, estoques, gastos fixos e variáveis. No entanto, poucos são os que
dimensionam suas necessidades de saldo mínimo de caixa. E, no entanto, o saldo
mínimo de caixa é um fator de produção como outro qualquer. A falta de caixa obriga a
empresa a recorrer a empréstimos de curto prazo e, como vimos, toda vez que a empresa
aumenta sua dependência de empréstimos de curto prazo, dizemos que ela fragilizou sua
estrutura de capital de giro.
No limite, em uma empresa na qual o fluxo de caixa seja totalmente imprevisível, sua
estratégia financeira deveria se apoiar em um rígido controle de gastos e em um saldo
mínimo de caixa que assegurasse sua sobrevivência no pior cenário, sem recorrer a
empréstimos de curto prazo.
Resumindo, podemos, então, dizer que:
1. O fluxo de caixa não é um fim em si, mas, sim, um instrumento auxiliar do
planejamento financeiro;
2. O objetivo do planejamento financeiro é assegurar que (1) a empresa terá
recursos para liquidar seus compromissos, de preferência sem recorrer a
empréstimos de curto prazo e (2) garantir que não exista dinheiro em excesso no
Disponível que possa caracterizar recursos ociosos ou subutilizados;
3. Para alcançar este objetivo, o tesoureiro se apoia em uma boa projeção do fluxo
de caixa, em um saldo mínimo de caixa e em uma correta seleção de aplicações
e de operações financeiras.

Carlos Alexandre Sá e professor e consultor

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O planejamento financeiro

  • 1. O Planejamento Financeiro Por Carlos Alexandre Sá A Administração Financeira no Contexto da Administração de Empresas A administração financeira é a área da administração de empresas que estuda o uso eficiente do dinheiro. Para entendermos o que isto quer dizer, repare no quadro a seguir. Ele representa o Balanço Patrimonial de uma empresa fictícia. ATIVO Ativo Circulante Disponível Recebíveis Brasil Recebíveis Exterior Estoques Outros Ativo não Circulante Realizável de Longo Prazo Investimentos Imobilizado Total do Ativo PASSIVO Passivo Circulante Salários e Encargos Fornecedores Empréstimos Impostos Outros Passivo não Circulante Patrimônio Líquido Capital Social Reserva de Lucros Total do Passivo 620.189 174.167 76.762 54.139 247.563 67.558 3.226.485 575.943 748.131 1.902.411 3.846.674 1.217.972 23.897 297.300 780.961 12.887 102.927 1.476.927 1.151.775 727.919 423.856 3.846.674 Quadro 11 – O Balanço Patrimonial À direita do Balanço Patrimonial estão as contas do Passivo, onde estão registradas as obrigações da empresa para com seus credores e seus acionistas. Representam, portanto, a origem dos recursos que estão sendo movimentados pela empresa. No lado esquerdo do Balanço Patrimonial ficam as contas do Ativo, onde são registrados os bens e direitos da empresa. As contas do Ativo mostram como os recursos movimentados pela empresa estão sendo alocados. Todos os problemas da administração financeira podem ser classificados em dois grupos: (1) como alocar no Ativo, de forma segura e eficiente, os recursos que a empresa está movimentando e (2) como financiá-los por meio de uma adequada estrutura de capital que combine capitais próprios e de terceiros de forma a maximizar a rentabilidade dos acionistas. Uma das grandes preocupações da administração financeira é a consolidação financeira das empresas. Dizemos em finanças que a empresa A está mais consolidada do que a empresa B quando possui uma maior capacidade de atravessar uma crise financeira sem se desestruturar. Vamos explicar isto melhor. Uma crise causada por um fator externo adverso, tal como uma retração do mercado ou uma mudança no cenário econômico, está para a empresa consolidada assim como uma enfermidade está para uma pessoa saudável. 1
  • 2. Ninguém vive para ficar doente. No entanto, doenças acontecem. Quanto mais saudável for um indivíduo, maior será sua capacidade de enfrentar e superar a enfermidade. O mesmo acontece com as empresas. Nenhuma empresa foi feita para perder dinheiro. No entanto, prejuízos acontecem. Quanto mais consolidada for a empresa, maior será sua capacidade de enfrentar e superar uma crise financeira. Em uma empresa fragilizada, o prejuízo é predatório a partir do primeiro momento. Para avaliarmos o grau de consolidação (ou de fragilização) financeira de uma empresa, analisamos separadamente cada um dos principais componentes de Ativo: o Disponível, os Recebíveis, os Estoques e o Imobilizado. Quando uma empresa não possui recursos ilimitados, seu processo de consolidação deve se dar na ordem em que suas contas são apresentadas no seu Ativo. Dentro deste princípio, o Disponível deve ser consolidado antes do Imobilizado. E o motivo é simples: o que quebra uma empresa é a falta de caixa (ou seja, de Disponível) e não a de imobilizado. Inúmeras são as empresas que, por ignorarem este princípio, acabam por se inviabilizar. Dizemos que o Disponível de uma empresa está consolidado quando ela é capaz de liquidar seus compromissos sem recorrer a empréstimos de curto prazo. Quanto mais dependente uma empresa for de empréstimos de curto prazo, mais fragilizado estará seu Disponível. Na análise estática das demonstrações financeiras, a dependência da empresa de empréstimos de curto prazo é dada pelo índice de endividamento financeiro de curto prazo, cuja equação genérica é: IEFCP Passivo Financeiro de Curto Prazo Ativo Circulante Nessa equação, consideramos como passivo financeiro de curto prazo os empréstimos bancários de curto prazo, os títulos (notas promissórias, cheques pré-datados e cartões de crédito) e as duplicatas descontadas, o saldo utilizado das contas garantidas e os pagamentos em atraso que a empresa eventualmente tenha com seus credores. O que a equação acima mostra com clareza é que o caracteriza o aumento da dependência de uma empresa de empréstimos de curto prazo não é o valor absoluto destes empréstimos, mas, sim, a parcela do capital de giro (ou seja, do Ativo Circulante) que está sendo financiada por empréstimos onerosos de curto prazo. Todas as vezes que uma empresa aumenta sua dependência empréstimos de curto prazo, dizemos que ela fragilizou sua estrutura de capital de giro. Isto acontece porque à medida que o endividamento aumenta, também aumentam os juros devidos e sobram menos recursos para a amortização do principal da dívida. Pode chegar um momento em que 100% do caixa gerado pela empresa sejam consumidos no pagamento dos juros. Neste momento não restarão mais recursos para amortizar o principal da dívida e esta, se não houver um aumento acentuado do lucro ou um aporte de capital novo, tornar-se-á explosiva. Exemplo: O perigo do endividamento financeiro de curto prazo Imagine que o João seja uma pessoa muito controlada financeiramente. Todo mês João consegue economizar R$ 1.000. João possui cheque especial, mas não o usa. Compra no cartão de crédito, mas não parcela o pagamento, preferindo liquidar tudo de uma só vez, no vencimento. 2
  • 3. Suponha agora que João tenha tido um caso de doença grave na família não coberta pos seu plano de saúde. Para fazer face às despesas, foi obrigado a consumir todas as suas economias e, ainda, a recorrer ao cheque especial. Suponha que, agora, João esteja pagando mensalmente R$ 600 de juros pela utilização do cheque especial. Como consegue gastar menos R$ 1.000 do que ganha, ainda lhe sobram após o pagamento dos juros R$ 400 para ir amortizando aos poucos o principal que deve ao banco pela utilização do cheque especial. O que aconteceria caso o endividamento financeiro de João aumentasse a ponto de ele ter que pagar, mensalmente, R$ 1.200 de juros pela utilização do cheque especial? Bem, agora a situação complicou, pois João só consegue economizar R$ 1.000 por mês e tem que pagar R$ 1.200 de juros. Isto significa não só que ele não vai conseguir amortizar o principal do empréstimo, mas, ainda, que sua dívida vai aumentar todo mês. Em finanças, dizemos que, neste caso, a dívida tornou-se explosiva. A Gestão da Tesouraria no Contexto da Administração Financeira Como vimos no início deste artigo, a conta mais importante do Ativo é o Disponível, pois o que quebra uma empresa não é o seu prejuízo; é a falta de caixa ou, em outras palavras, a falta de Disponível. O Disponível é uma conta tão importante que as empresas possuem um relatório apenas para acompanhá-lo – o fluxo de caixa – e um departamento só para administrá-lo: a tesouraria. O objetivo da Tesouraria é a gestão do Disponível. O problema é que o Disponível é uma conta paradoxal, pois, se por um lado, é o ativo mais importante da empresa (pois sem ele a empresa pode quebrar), por outro lado, é seu ativo menos rentável. De fato, os recursos do Disponível ou estão no caixa e nos bancos (e, neste caso, não rendem nada), ou estão aplicados no mercado financeiro. Ora, por definição o mercado financeiro deve ser menos rentável do que a empresa. Não fosse assim, para que montar a empresa? Melhor seria deixar o dinheiro aplicado no mercado financeiro. O Planejamento Financeiro Assim, o planejamento financeiro deve, por um lado, garantir recursos para que a empresa liquide seus compromissos,de preferência sem recorrer a empréstimos de curto prazo e, por outro, garantir que a empresa não possua recursos ociosos ou subutilizados no caixa. Isto é feito por meio de: 1. Uma boa projeção do fluxo de caixa para o período considerado; 2. Uma correta determinação de um saldo mínimo de caixa, que não seja nem tão pequeno que obrigue a empresa a tomar empréstimos de curto prazo, nem tão elevado que leve a empresa a manter em caixa recursos ociosos ou subutilizados.Quanto maior for a incerteza quanto ao fluxo de caixa projetado, maior deverá ser o saldo mínimo de caixa. O inverso também é verdade, ou seja, quanto maior for a certeza quanto ao fluxo de caixa projetado, menor poderá ser o saldo mínimo de caixa. Em outras palavras, o que as afirmações acima estão transmitindo é uma realidade evidente em si mesma, ou seja, quanto maior o risco, maior deve ser a margem de segurança com a qual devemos trabalhar. O saldo mínimo de caixa está para a tesouraria assim como o estoque mínimo de 3
  • 4. segurança está para a indústria e o comércio. O estoque de segurança só existe porque o empresário não tem certeza das vendas ou do prazo de entrega. 3. Uma eficiente gestão do caixa, compreendendo um conjunto de operações de resgate, de captação e de aplicação de recursos, selecionado entre várias opções possíveis por conduzir aos melhores resultados. Se a empresa é tomadora de recursos, ou seja, precisa fazer empréstimos para fechar seu fluxo de caixa, a melhor estratégia será, quase sempre, a que conduz ao menor custo financeiro. Já se a empresa é doadora de recursos, ou seja, possui excessos de caixa para aplicar, a melhor estratégia será aquela que conduz à melhor relação risco/retorno, considerando o perfil de aversão ao risco da pessoa que, na empresa, tem a palavra final sobre o assunto. Do exposto acima se depreende que o fluxo de caixa projetado não é um exercício de futurologia. Apesar de todas as técnicas de projeção existentes, haverá sempre um grau, maior ou menor, de incerteza quanto às entradas e às saídas que ocorrerão durante o período projetado. Assim, quanto menos confiarmos em nossas projeções, mais teremos que nos apoiar no saldo mínimo de caixa, e vice versa. A figura a seguir ilustra o tripé sobre o qual se apoia o planejamento financeiro. Projeção do Fluxo de Caixa Saldo Mínimo de Caixa Operações de Tesouraria Figura 2– O planejamento financeiro Isto, que a primeira vista soa como uma novidade é, na verdade, intuitivo. Se não, vejamos. Exemplo: Quanto maior for a incerteza, maior deverá ser a margem de segurança Imagine dois indivíduos. Um é assalariado, com segurança de emprego e com suas finanças organizadas. O outro um corretor de imóveis que vive de comissões sobre vendas que são incertas. Supondo que ambos sejam agentes racionais, será que estes dois indivíduos usariam a mesma estratégia para administrar suas finanças pessoais? 4
  • 5. Será que ambos assumiriam compromissos financeiros com a mesma tranquilidade? Claro que não! O corretor só deve assumir compromissos financeiros se estiver respaldado por uma poupança que assegure sua sobrevivência no pior cenário. O mesmo acontece com as empresas. A regra de ouro do planejamento financeiro é: o bom planejamento financeiro deve assegurar a sobrevivência da empresa no pior cenário e ser capaz de captar as oportunidades advindas dos melhores cenários. Daí a importância do saldo mínimo de caixa. É no mínimo curioso que quando um empresário considera um novo empreendimento, ele projeta seus investimentos em terrenos, prédios, máquinas, equipamentos, veículos, móveis, utensílios, estoques, gastos fixos e variáveis. No entanto, poucos são os que dimensionam suas necessidades de saldo mínimo de caixa. E, no entanto, o saldo mínimo de caixa é um fator de produção como outro qualquer. A falta de caixa obriga a empresa a recorrer a empréstimos de curto prazo e, como vimos, toda vez que a empresa aumenta sua dependência de empréstimos de curto prazo, dizemos que ela fragilizou sua estrutura de capital de giro. No limite, em uma empresa na qual o fluxo de caixa seja totalmente imprevisível, sua estratégia financeira deveria se apoiar em um rígido controle de gastos e em um saldo mínimo de caixa que assegurasse sua sobrevivência no pior cenário, sem recorrer a empréstimos de curto prazo. Resumindo, podemos, então, dizer que: 1. O fluxo de caixa não é um fim em si, mas, sim, um instrumento auxiliar do planejamento financeiro; 2. O objetivo do planejamento financeiro é assegurar que (1) a empresa terá recursos para liquidar seus compromissos, de preferência sem recorrer a empréstimos de curto prazo e (2) garantir que não exista dinheiro em excesso no Disponível que possa caracterizar recursos ociosos ou subutilizados; 3. Para alcançar este objetivo, o tesoureiro se apoia em uma boa projeção do fluxo de caixa, em um saldo mínimo de caixa e em uma correta seleção de aplicações e de operações financeiras. Carlos Alexandre Sá e professor e consultor 5