SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 17
Baixar para ler offline
FUNC¸ ˜OES ELEMENTARES
Prof. Dr. Carlos A. P. Campani
FUNC¸ ˜AO CONSTANTE
´E aquela fun¸c˜ao cujo valor ´e igual para todos os elementos do dom´ınio.
f(x) = k ou y = k, para k ∈ R
dom(f) = R
img(f) = {k}
O gr´afico da fun¸c˜ao constante ´e uma reta paralela ao eixo x.
Exemplos:
f(x) = 5 f(x) = −1
img(f) = {5} img(f) = {−1}
1
FUNC¸ ˜AO IDENTIDADE
´E aquela fun¸c˜ao cujo valor para x ´e o pr´oprio x.
f(x) = x ou y = x
dom(f) = R
img(f) = R
FUNC¸ ˜AO LINEAR
f(x) = ax, a ∈ R e a = 0
dom(f) = R
img(f) = R
2
Exemplo: f(x) = 2x
FUNC¸ ˜AO DO 1o
GRAU OU AFIM
f(x) = ax + b com a, b ∈ R e a = 0
dom(f) = R e img(f) = R
Nesta fun¸c˜ao, a ´e o coeficiente angular e b ´e o coeficiente linear. O coeficiente
angular ´e o respons´avel pela inclina¸c˜ao da reta do gr´afico da fun¸c˜ao do 1o
grau. O coeficiente linear indica o ponto onde a reta intercepta o eixo y.
• a > 0: a fun¸c˜ao ´e crescente
• a < 0: a fun¸c˜ao ´e decrescente
3
Exemplos:
y = 2x + 3 y = −3x + 1
a > 0 (crescente) a < 0 (decrescente)
• Intercepta¸c˜ao do eixo x: obter as ra´ızes da equa¸c˜ao f(x) = 0 e os
pontos s˜ao todos os pontos (xi, 0) em que xi ´e raiz da equa¸c˜ao
• Intercepta¸c˜ao do eixo y: obter f(0) e o ponto de intercepta¸c˜ao ´e (0, f(0))
Observa¸c˜ao: este m´etodo pode ser aplicado em qualquer tipo de fun¸c˜ao para
obter as intercepta¸c˜oes.
Para os exemplos,
2x + 3 = 0 ⇒ x = −
3
2
(−3/2, 0)
f(0) = 2.0 + 3 = 3 (0, 3)
−3x + 1 = 0 ⇒ x =
1
3
(1/3, 0)
f(0) = −3.0 + 1 = 1 (0, 1)
4
FUNC¸ ˜OES CRESCENTES E DECRESCENTES
Uma fun¸c˜ao f : A → B, definida como y = f(x), ´e crescente se, para todo
x1, x2 ∈ dom(f), x1 < x2 → f(x1) < f(x2).
Ou seja, a inclina¸c˜ao m ´e positiva:
m =
f(x2) − f(x1)
x2 − x1
> 0
Uma fun¸c˜ao f : A → B, definida como y = f(x), ´e decrescente se, para
todo x1, x2 ∈ dom(f), x1 < x2 → f(x1) > f(x2).
Ou seja, a inclina¸c˜ao m ´e negativa:
m =
f(x2) − f(x1)
x2 − x1
< 0
INCLINAC¸ ˜AO E SINAL DA FUNC¸ ˜AO DO 1o
GRAU OU AFIM
Na fun¸c˜ao do 1o
grau, f(x) = ax + b, a inclina¸c˜ao da reta ´e o coeficiente
angular a:
m =
f(x2) − f(x1)
x2 − x1
=
ax2 + b − (ax1 + b)
x2 − x1
=
ax2 + b − ax1 − b
x2 − x1
=
=
ax2 − ax1
x2 − x1
=
a(x2 − x1)
x2 − x1
= a
Consideremos a fun¸c˜ao f(x) = ax + b, cuja raiz ´e ax + b = 0, x = −b/a.
Este ´e o valor em que a fun¸c˜ao troca de sinal. Se a > 0, a fun¸c˜ao ´e crescente
e os valores da fun¸c˜ao para x < −b/a s˜ao negativos e os para x > −b/a
s˜ao positivos. Se a < 0, a fun¸c˜ao ´e decrescente e os valores da fun¸c˜ao para
x < −b/a s˜ao positivos e os para x > −b/a s˜ao negativos.
FUNC¸ ˜AO M´ODULO OU VALOR ABSOLUTO
A fun¸c˜ao m´odulo ou valor absoluto,
f(x) = |x|
5
´e uma fun¸c˜ao modular (por ter resultados alternativos) definida por:
|x| =
x se x ≥ 0
−x se x < 0
Com dom(f) = R e img(f) = [0, +∞).
FUNC¸ ˜AO QUADR´ATICA OU FUNC¸ ˜AO DO 2o
GRAU
f(x) = ax2
+ bx + c com a = 0
dom(f) = R
Os n´umeros a, b, c ∈ R s˜ao chamados de coeficientes da fun¸c˜ao. O coeficiente
a ´e chamado de coeficiente principal, e tem papel definitivo na determina¸c˜ao
da concavidade da fun¸c˜ao quadr´atica.
Exemplo: f(x) = x2
+ 2x − 3, onde a = 1, b = 2 e c = −3
6
GR´AFICO DA FUNC¸ ˜AO QUADR´ATICA
Os elementos que devem ser considerados para a determina¸c˜ao do gr´afico
da fun¸c˜ao f(x) = ax2
+ bc + c s˜ao os seguintes:
• A curva da fun¸c˜ao ´e uma par´abola com eixo de simetria paralelo ao
eixo y
• A interse¸c˜ao do eixo de simetria com a curva da par´abola ´e um ponto
chamado de v´ertice
• A intercepta¸c˜ao da curva do gr´afico ao eixo y ocorre em (0, f(0)), ou
seja, em (0, c)
• Se a > 0 a par´abola tem concavidade voltada para cima
• Se a < 0 a par´abola tem concavidade voltada para baixo
7
Exemplos:
y = x2
+ 2x − 3 y = −2x2
+ 5x + 1
a = 1 > 0 a = −2 < 0
• A intercepta¸c˜ao da curva do gr´afico ao eixo x ocorre nos zeros da
fun¸c˜ao, que s˜ao as ra´ızes da equa¸c˜ao a2
+ bx + c = 0, e os valores
s˜ao dados pela f´ormula de Baskara:
x =
−b ±
√
∆
2a
∆ = b2
− 4ac
Neste caso ocorrem trˆes possibilidades:
1. ∆ > 0: duas ra´ızes reais distintas (intercepta o eixo x em dois
pontos distintos)
2. ∆ = 0: ra´ızes idˆenticas (intercepta o eixo x em um ´unico ponto)
3. ∆ < 0: n˜ao h´a ra´ızes reais pois
√
∆ ∈ R se ∆ < 0 (n˜ao intercepta
o eixo x)
8
Toda fun¸c˜ao quadr´atica expressa na forma canˆonica y = ax2
+ bx + c,
a = 0, pode ser reescrita na seguinte forma canˆonica:
y = a(x − xv)2
+ yv
sendo
(xv, yv) = −
b
2a
, −
∆
4a
as coordenadas do v´ertice da par´abola, e o eixo de simetria ´e dado por x = xv.
Exemplo: Seja a fun¸c˜ao y = x2
− 6x + 5.
• y = (x2
− 6x) + 5 [prop. associativa]
• y = (x2
− 6x + 9) − 9 + 5 [completa¸c˜ao de quadrados]
• y = (x − 3)2
− 4 [produto not´avel e simplifica¸c˜ao]
Neste caso, xv = 3, yv = −4, e o eixo de simetria ´e x = 3.
CONSTRUINDO O GR´AFICO DA FUNC¸ ˜AO QUADR´ATICA
Para determinar o gr´afico da fun¸c˜ao quadr´atica devemos considerar:
• concavidade
• v´ertice
• eixo de simetria
• ra´ızes
Exemplo: Seja y = 2x2
+ 4x − 1.
Como a = 2 > 0, a concavidade ´e voltada para cima.
As coordenadas do v´ertice s˜ao:
(xv, yv) = −
4
2.2
, −
24
4.2
= (−1, −3)
Eixo de simetria ´e x = xv = −1.
As ra´ızes s˜ao x =
−4+
√
42−4.2.(−1)
2.2
≈ 0, 2247 e x =
−4−
√
42−4.2.(−1)
2.2
≈
−2, 2247.
9
IMAGEM DA FUNC¸ ˜AO QUADR´ATICA
Temos dois casos:
1. a < 0: como a concavidade ´e voltada para baixo, o v´ertice ´e o maior
valor da fun¸c˜ao, o que determina que img(f) = (−∞, − ∆
4a
]
2. a > 0: como a concavidade ´e voltada para cima, o v´ertice ´e o menor
valor da fun¸c˜ao, o que implica que img(f) = [− ∆
4a
, +∞)
FUNC¸ ˜AO POLINOMIAL
A fun¸c˜ao polinomial ´e definida como:
f(x) = a0xn
+ a1xn−1
+ a2xn−2
+ · · · + an−1x + an
onde n ´e chamado de grau da fun¸c˜ao, a0, a1, . . . , an ∈ R s˜ao chamados de
coeficientes e a0 = 0. O dom´ınio da fun¸c˜ao polinomial ´e R, dom(f) = R.
10
Exemplos:
1. f(x) = k, com k ∈ R (fun¸c˜ao constante) - fun¸c˜ao polinomial de grau
zero (n = 0)
2. f(x) = ax + b, com a, b ∈ R (fun¸c˜ao afim) - fun¸c˜ao polinomial do 1o
grau (n = 1)
3. f(x) = ax2
+ bx + c, com a, b, c ∈ R (fun¸c˜ao quadr´atica) - fun¸c˜ao
polinomial do 2o
grau (n = 2)
4. f(x) = 2x5
− 3x2
+ 5 - fun¸c˜ao polinomial do 5o
grau (n = 5)
FUNC¸ ˜AO RACIONAL
A fun¸c˜ao racional ´e definida como a raz˜ao
f(x) =
p(x)
q(x)
onde p(x) e q(x) s˜ao polinˆomios em x e q(x) = 0.
dom(f) = {x ∈ R|q(x) = 0}
Exemplos:
a) f(x) = x−1
x+1
, com dom(f) = R − {−1}
b) f(x) = 2x
x2−9
, com dom(f) = R − {−3, 3} pois −3 e 3 s˜ao ra´ızes do
polinˆomio do denominador
CONSTRUC¸ ˜AO E AN´ALISE DO GR´AFICO DA FUNC¸ ˜AO DO
EXEMPLO
Seja f(x) = x−1
x+1
. J´a sabemos que dom(f) = R − {−1}, pois x + 1 = 0 tem
como raiz x = −1.
A fun¸c˜ao f intercepta o eixo y em (0, −1) pois f(0) = 0−1
0+1
= −1, e
intercepta o eixo x nas ra´ızes da equa¸c˜ao f(x) = 0, cuja solu¸c˜ao ´e a raiz do
numerador, x − 1 = 0, que ´e x = 1. Conclui-se que a fun¸c˜ao intercepta o
eixo x em apenas um ponto, o ponto (1, 0).
11
ASS´INTOTAS
Como a fun¸c˜ao n˜ao est´a definida em x = −1, devemos estudar o compor-
tamento da fun¸c˜ao nas vizinhan¸cas de x = −1.
“Vizinhan¸ca” aqui denota os n´umeros que est˜ao muito pr´oximos do n´u-
mero −1, tanto `a esquerda, ou seja, para os n´umeros menores que −1, quanto
`a direita, ou seja, para os n´umeros maiores que −1. Devemos observar que
os n´umeros da vizinhan¸ca, por mais pr´oximos que estejam de −1, jamais po-
dem assumir este valor. Podemos entender a vizinhan¸ca como um caminhar
ilimitado, sobre a reta R, em dire¸c˜ao ao n´umero −1, pela esquerda ou pela
direita, sem jamais l´a chegar.
• Caminhando pela esquerda em dire¸c˜ao ao n´umero −1 (por valores me-
nores que −1): −2, −1, 5, −1, 1, −1, 01, −1, 001, . . . Chamamos isso de
aproxima¸c˜ao pela esquerda.
• Caminhando pela direita em dire¸c˜ao ao n´umero −1 (por valores maio-
res que −1): −0, 5, −0, 9, −0, 99, −0, 999, . . . Chamamos isso de apro-
xima¸c˜ao pela direita.
A seguinte tabela mostra os valores da fun¸c˜ao para a aproxima¸c˜ao pela
esquerda, para a fun¸c˜ao dada:
x f(x)
−1, 1 −1,1−1
−1,1+1
= 21
−1, 01 −1,01−1
−1,01+1
= 201
−1, 001 −1,001−1
−1,001+1
= 2001
−1, 0001 −1,0001−1
−1,0001+1
= 20001
...
...
Ou seja, quanto mais pr´oximo de −1 pela esquerda, maior o valor da
fun¸c˜ao em valor absoluto, com sinal positivo.
12
Isso pode ser expresso usando a nota¸c˜ao de limites:
x → −1−
⇒ f(x) → +∞
Isso pode ser lido como:“quando x se aproxima de −1 pela esquerda, isso
implica que f(x) tende para +∞”.
Ou ent˜ao, podemos usar a seguinte nota¸c˜ao:
lim
x→−1−
f(x) = +∞
Isso pode ser lido como: “o limite de f(x) quando x se aproxima de (ou
tende para) −1 pela esquerda ´e +∞”.
A seguinte tabela mostra os valores da fun¸c˜ao para a aproxima¸c˜ao pela
direita, para a fun¸c˜ao dada:
x f(x)
−0, 9 −0,9−1
−0,9+1
= −19
−0, 99 −0,99−1
−0,99+1
= −199
−0, 999 −0,999−1
−0,999+1
= −1999
−0, 9999 −0,9999−1
−0,9999+1
= −19999
...
...
Ou seja, quanto mais pr´oximo de −1 pela direita, maior o valor da fun¸c˜ao
em valor absoluto, com sinal negativo.
Isso pode ser expresso usando a nota¸c˜ao de limites:
x → −1+
⇒ f(x) → −∞
Isso pode ser lido como:“quando x se aproxima de −1 pela direita, isso
implica que f(x) tende para −∞”.
Ou ent˜ao, podemos usar a seguinte nota¸c˜ao:
lim
x→−1+
f(x) = −∞
Isso pode ser lido como: “o limite de f(x) quando x se aproxima de (ou
tende para) −1 pela direita ´e −∞”.
13
No gr´afico da fun¸c˜ao, estes dois limites ser˜ao percebidos como a curva da
fun¸c˜ao tangenciando a reta vertical x = −1, indo para +∞ no lado esquerdo
e para −∞ do lado direito da reta, como mostra a figura:
O n´umero −1 ´e uma descontinuidade infinita, pelo valor da fun¸c˜ao no
ponto estar indefinido e nas proximidades do ponto a fun¸c˜ao assumir valor
infinito. A reta vertical x = −1 ´e chamada de ass´ıntota vertical da fun¸c˜ao.
Isso conclui o que chamamos de an´alise de ass´ıntotas verticais.
Agora, precisamos analisar o que ocorre com a fun¸c˜ao para valores muito
grandes, tanto positivos quanto negativos. Ou seja, precisamos fazer a an´alise
do comportamento da fun¸c˜ao nos extremos do eixo x.
14
Vamos come¸car analisando os valores da fun¸c˜ao quando x cresce ilimita-
damente para valores positivos. A seguinte tabela mostra os valores que a
fun¸c˜ao dada assume quando x cresce para +∞:
x f(x)
10 10−1
10+1
≈ 0, 8181
100 100−1
100+1
≈ 0, 9801
1000 1000−1
1000+1
≈ 0, 998
10000 10000−1
10000+1
≈ 0, 9998
...
...
Isso sugere que o valor da fun¸c˜ao se aproxima de 1, por valores menores
que 1. Podemos usar a seguinte nota¸c˜ao para expressar isso:
x → +∞ ⇒ f(x) → 1−
Isso pode ser lido como: “quando x tende para +∞, o valor de f(x) se
aproxima de 1 por baixo”.
Ou ent˜ao, podemos usar a seguinte nota¸c˜ao:
lim
x→+∞
f(x) = 1−
Isso pode ser lido como: “o limite de f(x) quando x tende para +∞ ´e
igual a 1, com f(x) aproximando-se de 1 por baixo”.
Agora fazemos a mesma coisa para x tendendo para −∞:
x f(x)
−10 −10−1
−10+1
≈ 1, 2222
−100 −100−1
−100+1
≈ 1, 0202
−1000 −1000−1
−1000+1
≈ 1, 0020
−10000 −10000−1
−10000+1
≈ 1, 0002
...
...
15
Isso significa que o valor da fun¸c˜ao se aproxima de 1, por valores maiores
que 1. Podemos usar a seguinte nota¸c˜ao para expressar isso:
x → −∞ ⇒ f(x) → 1+
Isso pode ser lido como: “quando x tende para −∞, o valor de f(x) se
aproxima de 1 por cima”.
Ou ent˜ao, podemos usar a seguinte nota¸c˜ao:
lim
x→−∞
f(x) = 1+
Isso pode ser lido como: “o limite de f(x) quando x tende para −∞ ´e
igual a 1, com f(x) aproximando-se de 1 por cima”.
No gr´afico da fun¸c˜ao, estes dois limites, x → +∞ e x → −∞, ser˜ao
percebidos como a curva da fun¸c˜ao tangenciando a reta horizontal y = 1,
aproximando-se o valor da fun¸c˜ao de 1, por cima e por baixo, como mostra
a figura:
A reta horizontal y = 1 ´e chamada de ass´ıntota horizontal da fun¸c˜ao.
E isso completa a an´alise do comportamento da fun¸c˜ao nos extremos do
eixo x.
16
ARTICULANDO TODOS OS RESULTADOS NO GR´AFICO
Sobre a fun¸c˜ao f(x) = x−1
x+1
sabemos que ela possui uma indetermina¸c˜ao
infinita em x = −1, onde ocorre uma ass´ıntota vertical, que cruza o eixo x
em x = 1 e o eixo y em y = −1. Al´em disto, sabemos que ela possui uma
ass´ıntota horizontal em y = 1. Combinando todas as informa¸c˜oes podemos
obter facilmente o gr´afico completo da fun¸c˜ao, apresentado na imagem acima.
17

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Exercícios Resolvidos: Aplicação da integral
Exercícios Resolvidos: Aplicação da integralExercícios Resolvidos: Aplicação da integral
Exercícios Resolvidos: Aplicação da integralDiego Oliveira
 
Cone questões resolvidas - fundamentos de matemática elementar
Cone   questões resolvidas - fundamentos de matemática elementarCone   questões resolvidas - fundamentos de matemática elementar
Cone questões resolvidas - fundamentos de matemática elementarCelsodoRozrioBrasilG
 
Função de 1º Grau.
Função de 1º Grau.Função de 1º Grau.
Função de 1º Grau.carolgouvea
 
Expressões numéricas masis completas
Expressões numéricas masis completasExpressões numéricas masis completas
Expressões numéricas masis completasErivaldo Ribeiro
 
Tabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integraisTabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integraisDiego Rodrigues Vaz
 
Lista de exercícios de função afim
Lista de exercícios de função afimLista de exercícios de função afim
Lista de exercícios de função afimProfessoraIve
 
Lista de exercícios de fixação
Lista de exercícios de fixaçãoLista de exercícios de fixação
Lista de exercícios de fixaçãoPriscila Lourenço
 
Exercícios Resolvidos: Taxa relacionada
Exercícios Resolvidos: Taxa relacionadaExercícios Resolvidos: Taxa relacionada
Exercícios Resolvidos: Taxa relacionadaDiego Oliveira
 
Lista 02 exercícios de função do 1º grau (gabarito)
Lista 02 exercícios de função do 1º grau (gabarito)Lista 02 exercícios de função do 1º grau (gabarito)
Lista 02 exercícios de função do 1º grau (gabarito)Manoel Silva
 
Graficos de funcoes
Graficos de funcoesGraficos de funcoes
Graficos de funcoesdebyreis
 
Lista de relações métricas no triangulo retângulo
Lista de  relações métricas no triangulo retânguloLista de  relações métricas no triangulo retângulo
Lista de relações métricas no triangulo retânguloRosana Santos Quirino
 

Mais procurados (20)

Exercícios Resolvidos: Aplicação da integral
Exercícios Resolvidos: Aplicação da integralExercícios Resolvidos: Aplicação da integral
Exercícios Resolvidos: Aplicação da integral
 
Cone questões resolvidas - fundamentos de matemática elementar
Cone   questões resolvidas - fundamentos de matemática elementarCone   questões resolvidas - fundamentos de matemática elementar
Cone questões resolvidas - fundamentos de matemática elementar
 
Função de Distribuição Acumulada
Função de Distribuição AcumuladaFunção de Distribuição Acumulada
Função de Distribuição Acumulada
 
Função de 1º Grau.
Função de 1º Grau.Função de 1º Grau.
Função de 1º Grau.
 
Função.quadratica
Função.quadraticaFunção.quadratica
Função.quadratica
 
Expressões numéricas masis completas
Expressões numéricas masis completasExpressões numéricas masis completas
Expressões numéricas masis completas
 
Tabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integraisTabela completa de derivadas e integrais
Tabela completa de derivadas e integrais
 
Função de 1º Grau
Função de 1º GrauFunção de 1º Grau
Função de 1º Grau
 
Lista de exercícios de função afim
Lista de exercícios de função afimLista de exercícios de função afim
Lista de exercícios de função afim
 
Lista de exercícios de fixação
Lista de exercícios de fixaçãoLista de exercícios de fixação
Lista de exercícios de fixação
 
Exercícios Resolvidos: Taxa relacionada
Exercícios Resolvidos: Taxa relacionadaExercícios Resolvidos: Taxa relacionada
Exercícios Resolvidos: Taxa relacionada
 
Lista 1 distributivas
Lista 1 distributivasLista 1 distributivas
Lista 1 distributivas
 
Zero da função do 1º grau
Zero da função do 1º grauZero da função do 1º grau
Zero da função do 1º grau
 
Geometria Espacial para ENEM
Geometria Espacial para ENEMGeometria Espacial para ENEM
Geometria Espacial para ENEM
 
Tabela de integrais
Tabela de integraisTabela de integrais
Tabela de integrais
 
Tópico 08 - Derivadas
Tópico 08 - DerivadasTópico 08 - Derivadas
Tópico 08 - Derivadas
 
Lista 02 exercícios de função do 1º grau (gabarito)
Lista 02 exercícios de função do 1º grau (gabarito)Lista 02 exercícios de função do 1º grau (gabarito)
Lista 02 exercícios de função do 1º grau (gabarito)
 
Graficos de funcoes
Graficos de funcoesGraficos de funcoes
Graficos de funcoes
 
Equações do 2° grau
Equações do 2° grauEquações do 2° grau
Equações do 2° grau
 
Lista de relações métricas no triangulo retângulo
Lista de  relações métricas no triangulo retânguloLista de  relações métricas no triangulo retângulo
Lista de relações métricas no triangulo retângulo
 

Semelhante a Funções Elementares

Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Carlos Campani
 
Funções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráficoFunções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráficoCarlos Campani
 
Lista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - CálculoLista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - CálculoCarlos Campani
 
Introdução à limites - Teoremas e exercícios
Introdução à limites - Teoremas e exercíciosIntrodução à limites - Teoremas e exercícios
Introdução à limites - Teoremas e exercíciosThiagoFDomingosDiasF
 
matematica e midias
matematica e midiasmatematica e midias
matematica e midiasiraciva
 
Funções de duas variáveis reais e curvas de nível
Funções de duas variáveis reais e curvas de nívelFunções de duas variáveis reais e curvas de nível
Funções de duas variáveis reais e curvas de nívelFran Cristina
 
Material sobre a Derivada
Material sobre a DerivadaMaterial sobre a Derivada
Material sobre a DerivadaEinstein Rafael
 
Funções exponencial e logarítmica
Funções exponencial e logarítmicaFunções exponencial e logarítmica
Funções exponencial e logarítmicaCarlos Campani
 
Função Quadrática
Função QuadráticaFunção Quadrática
Função QuadráticaAab2507
 
funcoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afins
funcoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afinsfuncoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afins
funcoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afinsJosJunior621067
 

Semelhante a Funções Elementares (20)

Função Inversa
Função InversaFunção Inversa
Função Inversa
 
Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8Lista de exercícios 8
Lista de exercícios 8
 
Funções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráficoFunções, suas propriedades e gráfico
Funções, suas propriedades e gráfico
 
Lista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - CálculoLista de exercícios 2 - Cálculo
Lista de exercícios 2 - Cálculo
 
Função Polinomial
Função PolinomialFunção Polinomial
Função Polinomial
 
Introdução à limites - Teoremas e exercícios
Introdução à limites - Teoremas e exercíciosIntrodução à limites - Teoremas e exercícios
Introdução à limites - Teoremas e exercícios
 
matematica e midias
matematica e midiasmatematica e midias
matematica e midias
 
Funcoes
FuncoesFuncoes
Funcoes
 
Funções parte i
Funções parte iFunções parte i
Funções parte i
 
Função Quadrática
Função QuadráticaFunção Quadrática
Função Quadrática
 
Funções de duas variáveis reais e curvas de nível
Funções de duas variáveis reais e curvas de nívelFunções de duas variáveis reais e curvas de nível
Funções de duas variáveis reais e curvas de nível
 
Funcoes gaia
Funcoes gaiaFuncoes gaia
Funcoes gaia
 
Material sobre a Derivada
Material sobre a DerivadaMaterial sobre a Derivada
Material sobre a Derivada
 
Aula gaba
Aula gabaAula gaba
Aula gaba
 
Cálculo usando MatLab
Cálculo usando MatLabCálculo usando MatLab
Cálculo usando MatLab
 
Funcoes parte1
Funcoes parte1Funcoes parte1
Funcoes parte1
 
Apostila matematica
Apostila matematicaApostila matematica
Apostila matematica
 
Funções exponencial e logarítmica
Funções exponencial e logarítmicaFunções exponencial e logarítmica
Funções exponencial e logarítmica
 
Função Quadrática
Função QuadráticaFunção Quadrática
Função Quadrática
 
funcoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afins
funcoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afinsfuncoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afins
funcoes1_slides.pptx matematica,engenharia e afins
 

Mais de Carlos Campani

Técnicas de integração
Técnicas de integraçãoTécnicas de integração
Técnicas de integraçãoCarlos Campani
 
Lista de exercícios 3
Lista de exercícios 3Lista de exercícios 3
Lista de exercícios 3Carlos Campani
 
Lista de exercícios 2
Lista de exercícios 2Lista de exercícios 2
Lista de exercícios 2Carlos Campani
 
Aplicações da integração
Aplicações da integraçãoAplicações da integração
Aplicações da integraçãoCarlos Campani
 
Lista de exercícios 1
Lista de exercícios 1Lista de exercícios 1
Lista de exercícios 1Carlos Campani
 
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃOANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃOCarlos Campani
 
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕESPROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕESCarlos Campani
 
Solução de equações modulares
Solução de equações modularesSolução de equações modulares
Solução de equações modularesCarlos Campani
 
Equações polinomiais
Equações polinomiaisEquações polinomiais
Equações polinomiaisCarlos Campani
 
Instruções de Aprendiz
Instruções de AprendizInstruções de Aprendiz
Instruções de AprendizCarlos Campani
 
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...Carlos Campani
 

Mais de Carlos Campani (20)

Técnicas de integração
Técnicas de integraçãoTécnicas de integração
Técnicas de integração
 
Lista de exercícios 3
Lista de exercícios 3Lista de exercícios 3
Lista de exercícios 3
 
Lista de exercícios 2
Lista de exercícios 2Lista de exercícios 2
Lista de exercícios 2
 
Aplicações da integração
Aplicações da integraçãoAplicações da integração
Aplicações da integração
 
Lista de exercícios 1
Lista de exercícios 1Lista de exercícios 1
Lista de exercícios 1
 
Integral
IntegralIntegral
Integral
 
Semana 14
Semana 14 Semana 14
Semana 14
 
Semana 13
Semana 13 Semana 13
Semana 13
 
Semana 12
Semana 12Semana 12
Semana 12
 
Semana 11
Semana 11Semana 11
Semana 11
 
Semana 10
Semana 10 Semana 10
Semana 10
 
Semana 9
Semana 9 Semana 9
Semana 9
 
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃOANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
ANÁLISE COMPLETA DE UMA FUNÇÃO
 
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕESPROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
PROPRIEDADES DAS FUNÇÕES
 
Solução de equações modulares
Solução de equações modularesSolução de equações modulares
Solução de equações modulares
 
Equações polinomiais
Equações polinomiaisEquações polinomiais
Equações polinomiais
 
PROVAS DE TEOREMAS
PROVAS DE TEOREMASPROVAS DE TEOREMAS
PROVAS DE TEOREMAS
 
Instruções de Aprendiz
Instruções de AprendizInstruções de Aprendiz
Instruções de Aprendiz
 
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
Álgebra básica, potenciação, notação científica, radiciação, polinômios, fato...
 
Iezzi solcos
Iezzi solcosIezzi solcos
Iezzi solcos
 

Funções Elementares

  • 1. FUNC¸ ˜OES ELEMENTARES Prof. Dr. Carlos A. P. Campani FUNC¸ ˜AO CONSTANTE ´E aquela fun¸c˜ao cujo valor ´e igual para todos os elementos do dom´ınio. f(x) = k ou y = k, para k ∈ R dom(f) = R img(f) = {k} O gr´afico da fun¸c˜ao constante ´e uma reta paralela ao eixo x. Exemplos: f(x) = 5 f(x) = −1 img(f) = {5} img(f) = {−1} 1
  • 2. FUNC¸ ˜AO IDENTIDADE ´E aquela fun¸c˜ao cujo valor para x ´e o pr´oprio x. f(x) = x ou y = x dom(f) = R img(f) = R FUNC¸ ˜AO LINEAR f(x) = ax, a ∈ R e a = 0 dom(f) = R img(f) = R 2
  • 3. Exemplo: f(x) = 2x FUNC¸ ˜AO DO 1o GRAU OU AFIM f(x) = ax + b com a, b ∈ R e a = 0 dom(f) = R e img(f) = R Nesta fun¸c˜ao, a ´e o coeficiente angular e b ´e o coeficiente linear. O coeficiente angular ´e o respons´avel pela inclina¸c˜ao da reta do gr´afico da fun¸c˜ao do 1o grau. O coeficiente linear indica o ponto onde a reta intercepta o eixo y. • a > 0: a fun¸c˜ao ´e crescente • a < 0: a fun¸c˜ao ´e decrescente 3
  • 4. Exemplos: y = 2x + 3 y = −3x + 1 a > 0 (crescente) a < 0 (decrescente) • Intercepta¸c˜ao do eixo x: obter as ra´ızes da equa¸c˜ao f(x) = 0 e os pontos s˜ao todos os pontos (xi, 0) em que xi ´e raiz da equa¸c˜ao • Intercepta¸c˜ao do eixo y: obter f(0) e o ponto de intercepta¸c˜ao ´e (0, f(0)) Observa¸c˜ao: este m´etodo pode ser aplicado em qualquer tipo de fun¸c˜ao para obter as intercepta¸c˜oes. Para os exemplos, 2x + 3 = 0 ⇒ x = − 3 2 (−3/2, 0) f(0) = 2.0 + 3 = 3 (0, 3) −3x + 1 = 0 ⇒ x = 1 3 (1/3, 0) f(0) = −3.0 + 1 = 1 (0, 1) 4
  • 5. FUNC¸ ˜OES CRESCENTES E DECRESCENTES Uma fun¸c˜ao f : A → B, definida como y = f(x), ´e crescente se, para todo x1, x2 ∈ dom(f), x1 < x2 → f(x1) < f(x2). Ou seja, a inclina¸c˜ao m ´e positiva: m = f(x2) − f(x1) x2 − x1 > 0 Uma fun¸c˜ao f : A → B, definida como y = f(x), ´e decrescente se, para todo x1, x2 ∈ dom(f), x1 < x2 → f(x1) > f(x2). Ou seja, a inclina¸c˜ao m ´e negativa: m = f(x2) − f(x1) x2 − x1 < 0 INCLINAC¸ ˜AO E SINAL DA FUNC¸ ˜AO DO 1o GRAU OU AFIM Na fun¸c˜ao do 1o grau, f(x) = ax + b, a inclina¸c˜ao da reta ´e o coeficiente angular a: m = f(x2) − f(x1) x2 − x1 = ax2 + b − (ax1 + b) x2 − x1 = ax2 + b − ax1 − b x2 − x1 = = ax2 − ax1 x2 − x1 = a(x2 − x1) x2 − x1 = a Consideremos a fun¸c˜ao f(x) = ax + b, cuja raiz ´e ax + b = 0, x = −b/a. Este ´e o valor em que a fun¸c˜ao troca de sinal. Se a > 0, a fun¸c˜ao ´e crescente e os valores da fun¸c˜ao para x < −b/a s˜ao negativos e os para x > −b/a s˜ao positivos. Se a < 0, a fun¸c˜ao ´e decrescente e os valores da fun¸c˜ao para x < −b/a s˜ao positivos e os para x > −b/a s˜ao negativos. FUNC¸ ˜AO M´ODULO OU VALOR ABSOLUTO A fun¸c˜ao m´odulo ou valor absoluto, f(x) = |x| 5
  • 6. ´e uma fun¸c˜ao modular (por ter resultados alternativos) definida por: |x| = x se x ≥ 0 −x se x < 0 Com dom(f) = R e img(f) = [0, +∞). FUNC¸ ˜AO QUADR´ATICA OU FUNC¸ ˜AO DO 2o GRAU f(x) = ax2 + bx + c com a = 0 dom(f) = R Os n´umeros a, b, c ∈ R s˜ao chamados de coeficientes da fun¸c˜ao. O coeficiente a ´e chamado de coeficiente principal, e tem papel definitivo na determina¸c˜ao da concavidade da fun¸c˜ao quadr´atica. Exemplo: f(x) = x2 + 2x − 3, onde a = 1, b = 2 e c = −3 6
  • 7. GR´AFICO DA FUNC¸ ˜AO QUADR´ATICA Os elementos que devem ser considerados para a determina¸c˜ao do gr´afico da fun¸c˜ao f(x) = ax2 + bc + c s˜ao os seguintes: • A curva da fun¸c˜ao ´e uma par´abola com eixo de simetria paralelo ao eixo y • A interse¸c˜ao do eixo de simetria com a curva da par´abola ´e um ponto chamado de v´ertice • A intercepta¸c˜ao da curva do gr´afico ao eixo y ocorre em (0, f(0)), ou seja, em (0, c) • Se a > 0 a par´abola tem concavidade voltada para cima • Se a < 0 a par´abola tem concavidade voltada para baixo 7
  • 8. Exemplos: y = x2 + 2x − 3 y = −2x2 + 5x + 1 a = 1 > 0 a = −2 < 0 • A intercepta¸c˜ao da curva do gr´afico ao eixo x ocorre nos zeros da fun¸c˜ao, que s˜ao as ra´ızes da equa¸c˜ao a2 + bx + c = 0, e os valores s˜ao dados pela f´ormula de Baskara: x = −b ± √ ∆ 2a ∆ = b2 − 4ac Neste caso ocorrem trˆes possibilidades: 1. ∆ > 0: duas ra´ızes reais distintas (intercepta o eixo x em dois pontos distintos) 2. ∆ = 0: ra´ızes idˆenticas (intercepta o eixo x em um ´unico ponto) 3. ∆ < 0: n˜ao h´a ra´ızes reais pois √ ∆ ∈ R se ∆ < 0 (n˜ao intercepta o eixo x) 8
  • 9. Toda fun¸c˜ao quadr´atica expressa na forma canˆonica y = ax2 + bx + c, a = 0, pode ser reescrita na seguinte forma canˆonica: y = a(x − xv)2 + yv sendo (xv, yv) = − b 2a , − ∆ 4a as coordenadas do v´ertice da par´abola, e o eixo de simetria ´e dado por x = xv. Exemplo: Seja a fun¸c˜ao y = x2 − 6x + 5. • y = (x2 − 6x) + 5 [prop. associativa] • y = (x2 − 6x + 9) − 9 + 5 [completa¸c˜ao de quadrados] • y = (x − 3)2 − 4 [produto not´avel e simplifica¸c˜ao] Neste caso, xv = 3, yv = −4, e o eixo de simetria ´e x = 3. CONSTRUINDO O GR´AFICO DA FUNC¸ ˜AO QUADR´ATICA Para determinar o gr´afico da fun¸c˜ao quadr´atica devemos considerar: • concavidade • v´ertice • eixo de simetria • ra´ızes Exemplo: Seja y = 2x2 + 4x − 1. Como a = 2 > 0, a concavidade ´e voltada para cima. As coordenadas do v´ertice s˜ao: (xv, yv) = − 4 2.2 , − 24 4.2 = (−1, −3) Eixo de simetria ´e x = xv = −1. As ra´ızes s˜ao x = −4+ √ 42−4.2.(−1) 2.2 ≈ 0, 2247 e x = −4− √ 42−4.2.(−1) 2.2 ≈ −2, 2247. 9
  • 10. IMAGEM DA FUNC¸ ˜AO QUADR´ATICA Temos dois casos: 1. a < 0: como a concavidade ´e voltada para baixo, o v´ertice ´e o maior valor da fun¸c˜ao, o que determina que img(f) = (−∞, − ∆ 4a ] 2. a > 0: como a concavidade ´e voltada para cima, o v´ertice ´e o menor valor da fun¸c˜ao, o que implica que img(f) = [− ∆ 4a , +∞) FUNC¸ ˜AO POLINOMIAL A fun¸c˜ao polinomial ´e definida como: f(x) = a0xn + a1xn−1 + a2xn−2 + · · · + an−1x + an onde n ´e chamado de grau da fun¸c˜ao, a0, a1, . . . , an ∈ R s˜ao chamados de coeficientes e a0 = 0. O dom´ınio da fun¸c˜ao polinomial ´e R, dom(f) = R. 10
  • 11. Exemplos: 1. f(x) = k, com k ∈ R (fun¸c˜ao constante) - fun¸c˜ao polinomial de grau zero (n = 0) 2. f(x) = ax + b, com a, b ∈ R (fun¸c˜ao afim) - fun¸c˜ao polinomial do 1o grau (n = 1) 3. f(x) = ax2 + bx + c, com a, b, c ∈ R (fun¸c˜ao quadr´atica) - fun¸c˜ao polinomial do 2o grau (n = 2) 4. f(x) = 2x5 − 3x2 + 5 - fun¸c˜ao polinomial do 5o grau (n = 5) FUNC¸ ˜AO RACIONAL A fun¸c˜ao racional ´e definida como a raz˜ao f(x) = p(x) q(x) onde p(x) e q(x) s˜ao polinˆomios em x e q(x) = 0. dom(f) = {x ∈ R|q(x) = 0} Exemplos: a) f(x) = x−1 x+1 , com dom(f) = R − {−1} b) f(x) = 2x x2−9 , com dom(f) = R − {−3, 3} pois −3 e 3 s˜ao ra´ızes do polinˆomio do denominador CONSTRUC¸ ˜AO E AN´ALISE DO GR´AFICO DA FUNC¸ ˜AO DO EXEMPLO Seja f(x) = x−1 x+1 . J´a sabemos que dom(f) = R − {−1}, pois x + 1 = 0 tem como raiz x = −1. A fun¸c˜ao f intercepta o eixo y em (0, −1) pois f(0) = 0−1 0+1 = −1, e intercepta o eixo x nas ra´ızes da equa¸c˜ao f(x) = 0, cuja solu¸c˜ao ´e a raiz do numerador, x − 1 = 0, que ´e x = 1. Conclui-se que a fun¸c˜ao intercepta o eixo x em apenas um ponto, o ponto (1, 0). 11
  • 12. ASS´INTOTAS Como a fun¸c˜ao n˜ao est´a definida em x = −1, devemos estudar o compor- tamento da fun¸c˜ao nas vizinhan¸cas de x = −1. “Vizinhan¸ca” aqui denota os n´umeros que est˜ao muito pr´oximos do n´u- mero −1, tanto `a esquerda, ou seja, para os n´umeros menores que −1, quanto `a direita, ou seja, para os n´umeros maiores que −1. Devemos observar que os n´umeros da vizinhan¸ca, por mais pr´oximos que estejam de −1, jamais po- dem assumir este valor. Podemos entender a vizinhan¸ca como um caminhar ilimitado, sobre a reta R, em dire¸c˜ao ao n´umero −1, pela esquerda ou pela direita, sem jamais l´a chegar. • Caminhando pela esquerda em dire¸c˜ao ao n´umero −1 (por valores me- nores que −1): −2, −1, 5, −1, 1, −1, 01, −1, 001, . . . Chamamos isso de aproxima¸c˜ao pela esquerda. • Caminhando pela direita em dire¸c˜ao ao n´umero −1 (por valores maio- res que −1): −0, 5, −0, 9, −0, 99, −0, 999, . . . Chamamos isso de apro- xima¸c˜ao pela direita. A seguinte tabela mostra os valores da fun¸c˜ao para a aproxima¸c˜ao pela esquerda, para a fun¸c˜ao dada: x f(x) −1, 1 −1,1−1 −1,1+1 = 21 −1, 01 −1,01−1 −1,01+1 = 201 −1, 001 −1,001−1 −1,001+1 = 2001 −1, 0001 −1,0001−1 −1,0001+1 = 20001 ... ... Ou seja, quanto mais pr´oximo de −1 pela esquerda, maior o valor da fun¸c˜ao em valor absoluto, com sinal positivo. 12
  • 13. Isso pode ser expresso usando a nota¸c˜ao de limites: x → −1− ⇒ f(x) → +∞ Isso pode ser lido como:“quando x se aproxima de −1 pela esquerda, isso implica que f(x) tende para +∞”. Ou ent˜ao, podemos usar a seguinte nota¸c˜ao: lim x→−1− f(x) = +∞ Isso pode ser lido como: “o limite de f(x) quando x se aproxima de (ou tende para) −1 pela esquerda ´e +∞”. A seguinte tabela mostra os valores da fun¸c˜ao para a aproxima¸c˜ao pela direita, para a fun¸c˜ao dada: x f(x) −0, 9 −0,9−1 −0,9+1 = −19 −0, 99 −0,99−1 −0,99+1 = −199 −0, 999 −0,999−1 −0,999+1 = −1999 −0, 9999 −0,9999−1 −0,9999+1 = −19999 ... ... Ou seja, quanto mais pr´oximo de −1 pela direita, maior o valor da fun¸c˜ao em valor absoluto, com sinal negativo. Isso pode ser expresso usando a nota¸c˜ao de limites: x → −1+ ⇒ f(x) → −∞ Isso pode ser lido como:“quando x se aproxima de −1 pela direita, isso implica que f(x) tende para −∞”. Ou ent˜ao, podemos usar a seguinte nota¸c˜ao: lim x→−1+ f(x) = −∞ Isso pode ser lido como: “o limite de f(x) quando x se aproxima de (ou tende para) −1 pela direita ´e −∞”. 13
  • 14. No gr´afico da fun¸c˜ao, estes dois limites ser˜ao percebidos como a curva da fun¸c˜ao tangenciando a reta vertical x = −1, indo para +∞ no lado esquerdo e para −∞ do lado direito da reta, como mostra a figura: O n´umero −1 ´e uma descontinuidade infinita, pelo valor da fun¸c˜ao no ponto estar indefinido e nas proximidades do ponto a fun¸c˜ao assumir valor infinito. A reta vertical x = −1 ´e chamada de ass´ıntota vertical da fun¸c˜ao. Isso conclui o que chamamos de an´alise de ass´ıntotas verticais. Agora, precisamos analisar o que ocorre com a fun¸c˜ao para valores muito grandes, tanto positivos quanto negativos. Ou seja, precisamos fazer a an´alise do comportamento da fun¸c˜ao nos extremos do eixo x. 14
  • 15. Vamos come¸car analisando os valores da fun¸c˜ao quando x cresce ilimita- damente para valores positivos. A seguinte tabela mostra os valores que a fun¸c˜ao dada assume quando x cresce para +∞: x f(x) 10 10−1 10+1 ≈ 0, 8181 100 100−1 100+1 ≈ 0, 9801 1000 1000−1 1000+1 ≈ 0, 998 10000 10000−1 10000+1 ≈ 0, 9998 ... ... Isso sugere que o valor da fun¸c˜ao se aproxima de 1, por valores menores que 1. Podemos usar a seguinte nota¸c˜ao para expressar isso: x → +∞ ⇒ f(x) → 1− Isso pode ser lido como: “quando x tende para +∞, o valor de f(x) se aproxima de 1 por baixo”. Ou ent˜ao, podemos usar a seguinte nota¸c˜ao: lim x→+∞ f(x) = 1− Isso pode ser lido como: “o limite de f(x) quando x tende para +∞ ´e igual a 1, com f(x) aproximando-se de 1 por baixo”. Agora fazemos a mesma coisa para x tendendo para −∞: x f(x) −10 −10−1 −10+1 ≈ 1, 2222 −100 −100−1 −100+1 ≈ 1, 0202 −1000 −1000−1 −1000+1 ≈ 1, 0020 −10000 −10000−1 −10000+1 ≈ 1, 0002 ... ... 15
  • 16. Isso significa que o valor da fun¸c˜ao se aproxima de 1, por valores maiores que 1. Podemos usar a seguinte nota¸c˜ao para expressar isso: x → −∞ ⇒ f(x) → 1+ Isso pode ser lido como: “quando x tende para −∞, o valor de f(x) se aproxima de 1 por cima”. Ou ent˜ao, podemos usar a seguinte nota¸c˜ao: lim x→−∞ f(x) = 1+ Isso pode ser lido como: “o limite de f(x) quando x tende para −∞ ´e igual a 1, com f(x) aproximando-se de 1 por cima”. No gr´afico da fun¸c˜ao, estes dois limites, x → +∞ e x → −∞, ser˜ao percebidos como a curva da fun¸c˜ao tangenciando a reta horizontal y = 1, aproximando-se o valor da fun¸c˜ao de 1, por cima e por baixo, como mostra a figura: A reta horizontal y = 1 ´e chamada de ass´ıntota horizontal da fun¸c˜ao. E isso completa a an´alise do comportamento da fun¸c˜ao nos extremos do eixo x. 16
  • 17. ARTICULANDO TODOS OS RESULTADOS NO GR´AFICO Sobre a fun¸c˜ao f(x) = x−1 x+1 sabemos que ela possui uma indetermina¸c˜ao infinita em x = −1, onde ocorre uma ass´ıntota vertical, que cruza o eixo x em x = 1 e o eixo y em y = −1. Al´em disto, sabemos que ela possui uma ass´ıntota horizontal em y = 1. Combinando todas as informa¸c˜oes podemos obter facilmente o gr´afico completo da fun¸c˜ao, apresentado na imagem acima. 17