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Foucault e Deleuze
SOCIEDADE DISCIPLINAR
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CONTROLE
Modernidade - saberes e práticas
diciplinadoras:
•Medicina clínica:
•A Escola:
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Sociedades disciplinares
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Sociedades disciplinares
Pintura Nau dos Insensatos (Bosch)
Loucura na Idade Media
• A nau dos insensatos é uma alegoria persistente no imaginário. Aqui
aparece segundo a versão de Bosch/ Hieronymus Bosch ('s-
Hertogenbosch, c. 1450 — 9 de Agosto de 1516), um dos mais instigantes
mestres da pintura. A insensatez como sinônimo de loucura, alienação,
coisas que, no cenário medieval, eram associadas ao pecado e, por isso,
demonizadas. O louco medieval não pertencia ainda à categoria dos
doentes, mas integrava a sociedade como uma espécie de pária, muitas
vezes profeta, outras vezes, possesso. Era preciso normalizá-lo,
adequando-o à linha de conduta vigente. Não existe loucura, apenas
loucos, e neste amplo quadro cabiam e cabem ainda as mais vastas
concepções de desajuste, desde os extáticos, passando pelos mansos e
indo até os furiosos. A loucura tem uma história, e ela não é, de modo
algum, a história dos loucos. Loucos não tem voz. São fundo, não forma.
Bodes expiatórios que carregam em suas sacolas todas as negações que
afligem aos normais, purificando-os de suas culpas. Loucos e criminosos
devidamente isolados, seja pelo hospício, pelo cárcere ou pela medicação
silenciam a inconsciência de todos nós.
A Prisão
Na palavras de FOUCAULT:
•“Em suma, o princípio da masmorra é invertido;
ou antes, de suas três funções – trancar, privar
de luz e esconder – só se conserva a primeira e
suprimem-se todas as outras duas. A plena luz e
o olhar de um vigia captam melhor que a
sombra, que finalmente protegia. A visibilidade
é uma armadilha.” (Foucault, 1975)
Sociedades disciplinares
(MICHEL FOUCAULT. Microfísica do poder.)
•"... uma das primeiras coisas a compreender é
que o poder não está localizado no Estado e
que nada mudará na sociedade se os
mecanismo de poder que funcionam fora, ao
lado dos aparelhos de Estado a um nível muito
mais elementar, não forem modificados".
(Vigiar e Punir, Terceira parte, Disciplina, p. 176-177).
• Em sua obra Vigiar e Punir, Michel Foucault trata do poder disciplinar, ao
escrever: “A ‘disciplina’ não pode se identificar com uma instituição nem com
um aparelho; ela é um tipo de poder, uma modalidade para exercê-lo, que
comporta todo um conjunto de instrumentos, de técnicas, de procedimentos,
de níveis de aplicação, de alvos; ela é uma ‘física’ ou uma ‘anatomia’ do poder,
uma tecnologia. E pode ficar a cargo seja de instituições ‘especializadas’ (as
penitenciárias, ou as casas de correção do século XIX), seja de instituições que
dela se servem como instrumento essencial para um fim determinado (as
casas de educação, os hospitais), seja de instâncias preexistentes que nela
encontram maneira de reforçar ou de reorganizar seus mecanismos internos
de poder (um dia se precisará mostrar como as relações intrafamiliares,
essencialmente na célula pais-filhos, se ‘disciplinaram’, absorvendo desde a
era clássica esquemas externos, escolares, militares, depois médicos,
psiquiátricos, psicológicos, que fizeram da família o local de surgimento
privilegiado para a questão disciplinar do normal e do anormal), seja de
aparelhos que fizeram da disciplina seu princípio de funcionamento interior
(disciplinação do aparelho administrativo a partir da época napoleônica), seja
enfim de aparelhos estatais que têm por função não exclusiva mas
principalmente fazer reinar a disciplina na escala de uma sociedade (a
polícia)”.
Na palavras de FOUCAULT:
•“Para dizer as coisas mais simplesmente: o
internamento psiquiátrico, a normalização mental dos
indivíduos, as instituições penais têm, sem dúvida, uma
importância muito limitada se se procura somente sua
significação econômica. Em contrapartida, no
funcionamento geral das engrenagens do poder, eles
são, sem dúvida, essenciais. Enquanto se colocava a
questão do poder subordinando-o à instância
econômica e ao sistema de interesses que garantia, se
dava pouca importância a estes problemas.”
(Michel Foucault. Microfísica do poder. Rio de Janeiro:
Graal, 1977
(Vigiar e Punir, Terceira parte, Disciplina, p. 176-177).
• “A ‘disciplina’ não pode se identificar com uma instituição nem com um
aparelho; ela é um tipo de poder, uma modalidade para exercê-lo, que
comporta todo um conjunto de instrumentos, de técnicas, de procedimentos,
de níveis de aplicação, de alvos; ela é uma ‘física’ ou uma ‘anatomia’ do poder,
uma tecnologia. E pode ficar a cargo seja de instituições ‘especializadas’ (as
penitenciárias, ou as casas de correção do século XIX), seja de instituições que
dela se servem como instrumento essencial para um fim determinado (as
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de poder (um dia se precisará mostrar como as relações intrafamiliares,
essencialmente na célula pais-filhos, se ‘disciplinaram’, absorvendo desde a
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(disciplinação do aparelho administrativo a partir da época napoleônica), seja
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principalmente fazer reinar a disciplina na escala de uma sociedade (a
polícia)”.
Deleuze:
• No ano de 1990, o filósofo francês Gilles Deleuze criou o conceito
de “sociedade do controle” para explicar a configuração totalitária
das sociedades atuais. Na sociedade de controle as pessoas têm a
ilusão de desfrutarem de maior autonomia, pois podem, por
exemplo, acessar contas correntes e fazer compras pela Internet.
Mas, por outro lado, seus comportamentos e hábitos de consumo
podem ser conhecidos pelo governo, pelos bancos e grandes
empresas. Sem suspeitarem disso, os indivíduos podem ser
controlados à distância, como se cada um fosse dotado de uma
“coleira eletrônica”.
MICHEL FOUCAULT. (Microfísica do poder.)
- A POLÍTICA:
•"... uma das primeiras coisas a
compreender é que o poder não está
localizado no Estado e que nada mudará
na sociedade se os mecanismo de poder
que funcionam fora, ao lado dos
aparelhos de Estado a um nível muito
mais elementar, não forem modificados".
Sociedade de controle
Mundo das marcas
Jaspion
Sociedade de controle
(Folha Online, 03.03.2010.)
• Pesquisa feita pela Associação Alemã das Empresas de Informação,
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corpo, contanto que isso traga benefícios concretos a eles. O
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Foucault & deleuze

  • 1. Foucault e Deleuze SOCIEDADE DISCIPLINAR E SOCIEDADE DE CONTROLE
  • 2.
  • 3. Modernidade - saberes e práticas diciplinadoras: •Medicina clínica: •A Escola: •O Poder Judiciário •A Fábrica
  • 5. maneiras de produzir e os lugares da produção : especialização e controle • A medicina clínica passou a ter como foco o corpo do doente e como objetivo trazer esse corpo “de volta ao normal”. Esse padrão de normalidade passou a ser um parâmetro para toda a sociedade e a medicina ganhou uma dimensão política de controle. • escola tem o poder de ensinar porque tem o poder de saber quais são os comportamentos desejáveis, quais são os conteúdos imprescindíveis e qual é a didática adequada. • instituições de justiça e punição, que encontra nas prisões seu espaço de realização. A reclusão por tempo determinado no presidio substituiu, na maior parte dos países do Ocidente, a morte punitiva. • As fábricas, por exemplo, reproduzem a estrutura da prisão, no sentido de que colocam os indivíduos, separados segundo suas diferentes funções, sob um rígido sistema de vigilância.
  • 7. Pintura Nau dos Insensatos (Bosch)
  • 8. Loucura na Idade Media • A nau dos insensatos é uma alegoria persistente no imaginário. Aqui aparece segundo a versão de Bosch/ Hieronymus Bosch ('s- Hertogenbosch, c. 1450 — 9 de Agosto de 1516), um dos mais instigantes mestres da pintura. A insensatez como sinônimo de loucura, alienação, coisas que, no cenário medieval, eram associadas ao pecado e, por isso, demonizadas. O louco medieval não pertencia ainda à categoria dos doentes, mas integrava a sociedade como uma espécie de pária, muitas vezes profeta, outras vezes, possesso. Era preciso normalizá-lo, adequando-o à linha de conduta vigente. Não existe loucura, apenas loucos, e neste amplo quadro cabiam e cabem ainda as mais vastas concepções de desajuste, desde os extáticos, passando pelos mansos e indo até os furiosos. A loucura tem uma história, e ela não é, de modo algum, a história dos loucos. Loucos não tem voz. São fundo, não forma. Bodes expiatórios que carregam em suas sacolas todas as negações que afligem aos normais, purificando-os de suas culpas. Loucos e criminosos devidamente isolados, seja pelo hospício, pelo cárcere ou pela medicação silenciam a inconsciência de todos nós.
  • 10. Na palavras de FOUCAULT: •“Em suma, o princípio da masmorra é invertido; ou antes, de suas três funções – trancar, privar de luz e esconder – só se conserva a primeira e suprimem-se todas as outras duas. A plena luz e o olhar de um vigia captam melhor que a sombra, que finalmente protegia. A visibilidade é uma armadilha.” (Foucault, 1975)
  • 12. (MICHEL FOUCAULT. Microfísica do poder.) •"... uma das primeiras coisas a compreender é que o poder não está localizado no Estado e que nada mudará na sociedade se os mecanismo de poder que funcionam fora, ao lado dos aparelhos de Estado a um nível muito mais elementar, não forem modificados".
  • 13. (Vigiar e Punir, Terceira parte, Disciplina, p. 176-177). • Em sua obra Vigiar e Punir, Michel Foucault trata do poder disciplinar, ao escrever: “A ‘disciplina’ não pode se identificar com uma instituição nem com um aparelho; ela é um tipo de poder, uma modalidade para exercê-lo, que comporta todo um conjunto de instrumentos, de técnicas, de procedimentos, de níveis de aplicação, de alvos; ela é uma ‘física’ ou uma ‘anatomia’ do poder, uma tecnologia. E pode ficar a cargo seja de instituições ‘especializadas’ (as penitenciárias, ou as casas de correção do século XIX), seja de instituições que dela se servem como instrumento essencial para um fim determinado (as casas de educação, os hospitais), seja de instâncias preexistentes que nela encontram maneira de reforçar ou de reorganizar seus mecanismos internos de poder (um dia se precisará mostrar como as relações intrafamiliares, essencialmente na célula pais-filhos, se ‘disciplinaram’, absorvendo desde a era clássica esquemas externos, escolares, militares, depois médicos, psiquiátricos, psicológicos, que fizeram da família o local de surgimento privilegiado para a questão disciplinar do normal e do anormal), seja de aparelhos que fizeram da disciplina seu princípio de funcionamento interior (disciplinação do aparelho administrativo a partir da época napoleônica), seja enfim de aparelhos estatais que têm por função não exclusiva mas principalmente fazer reinar a disciplina na escala de uma sociedade (a polícia)”.
  • 14. Na palavras de FOUCAULT: •“Para dizer as coisas mais simplesmente: o internamento psiquiátrico, a normalização mental dos indivíduos, as instituições penais têm, sem dúvida, uma importância muito limitada se se procura somente sua significação econômica. Em contrapartida, no funcionamento geral das engrenagens do poder, eles são, sem dúvida, essenciais. Enquanto se colocava a questão do poder subordinando-o à instância econômica e ao sistema de interesses que garantia, se dava pouca importância a estes problemas.” (Michel Foucault. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1977
  • 15. (Vigiar e Punir, Terceira parte, Disciplina, p. 176-177). • “A ‘disciplina’ não pode se identificar com uma instituição nem com um aparelho; ela é um tipo de poder, uma modalidade para exercê-lo, que comporta todo um conjunto de instrumentos, de técnicas, de procedimentos, de níveis de aplicação, de alvos; ela é uma ‘física’ ou uma ‘anatomia’ do poder, uma tecnologia. E pode ficar a cargo seja de instituições ‘especializadas’ (as penitenciárias, ou as casas de correção do século XIX), seja de instituições que dela se servem como instrumento essencial para um fim determinado (as casas de educação, os hospitais), seja de instâncias preexistentes que nela encontram maneira de reforçar ou de reorganizar seus mecanismos internos de poder (um dia se precisará mostrar como as relações intrafamiliares, essencialmente na célula pais-filhos, se ‘disciplinaram’, absorvendo desde a era clássica esquemas externos, escolares, militares, depois médicos, psiquiátricos, psicológicos, que fizeram da família o local de surgimento privilegiado para a questão disciplinar do normal e do anormal), seja de aparelhos que fizeram da disciplina seu princípio de funcionamento interior (disciplinação do aparelho administrativo a partir da época napoleônica), seja enfim de aparelhos estatais que têm por função não exclusiva mas principalmente fazer reinar a disciplina na escala de uma sociedade (a polícia)”.
  • 16. Deleuze: • No ano de 1990, o filósofo francês Gilles Deleuze criou o conceito de “sociedade do controle” para explicar a configuração totalitária das sociedades atuais. Na sociedade de controle as pessoas têm a ilusão de desfrutarem de maior autonomia, pois podem, por exemplo, acessar contas correntes e fazer compras pela Internet. Mas, por outro lado, seus comportamentos e hábitos de consumo podem ser conhecidos pelo governo, pelos bancos e grandes empresas. Sem suspeitarem disso, os indivíduos podem ser controlados à distância, como se cada um fosse dotado de uma “coleira eletrônica”.
  • 17. MICHEL FOUCAULT. (Microfísica do poder.) - A POLÍTICA: •"... uma das primeiras coisas a compreender é que o poder não está localizado no Estado e que nada mudará na sociedade se os mecanismo de poder que funcionam fora, ao lado dos aparelhos de Estado a um nível muito mais elementar, não forem modificados".
  • 22. (Folha Online, 03.03.2010.) • Pesquisa feita pela Associação Alemã das Empresas de Informação, Telecomunicação e Novas Mídias (Bitkom) revela que 23% dos moradores do país topam ter um microchip inserido no próprio corpo, contanto que isso traga benefícios concretos a eles. O levantamento, realizado com cerca de mil pessoas de várias cidades, foi divulgado na feira de tecnologia Cebit, que vai até o próximo sábado (7), em Hannover.