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FOUCAULT E A
ESCOLA
ESCOLA PARA
QUEM?
 uma das instituições de discurso de verdade
e poder
 Como, quando e por que os sujeitos são
constituídos?
 atitudes de vigilância e adestramento do
corpo e da mente do sujeito
 homem como um objeto, capaz de ser
moldado, dando às instituições a
possibilidade de modificá-lo.
 o corpo, nestas instituições, é visto como
um objeto, capaz de ser domesticado,
“adestrado” a partir de normas e punições,
para que assim todos exerçam suas tarefas
como bons cidadãos evitando infringir as
normas estabelecidas pelo poder.
Todo sistema de educação é uma
maneira política de manter ou de
modificar a apropriação dos discursos,
com os saberes e poderes que eles
trazem consigo (FOUCAULT).
DISCURSO
 Atravessa todos os elementos da experiência
 Está em todo conjunto de formas que comunica um conteúdo
 Segundo Foucault, mais importante que o conteúdo dos discursos, é o papel
que eles desempenham na ordenação do mundo: um discurso dominante tem
o poder de determinar o que é aceito ou não numa sociedade,
independentemente da qualidade do que ele legitima.
Crítica da razão analisando os pressupostos que permitiram
à modernidade estabelecer a razão como o critério por
excelência a partir do qual o pensamento será guiado após a
Idade Clássica.
Medicina, Psiquiatria, Gramatica terão como objetivo a
produção de um sujeito disciplinado, dócil, útil.
A escola serviria para distribuir os saberes
Manter no poder certa classe social e excluir dos
instrumentos de poder outra classe
Um objetivo
em Foucault
Entender a natureza do
poder e da opressão
Sujeito
 Constituído historicamente de forma simultânea à constituição das práticas e
dos discursos que se multiplicaram nas diversas instituições sociais nascentes,
a partir do século XVII, tais como o hospital, o quartel, a fábrica, a escola.
DISCIPLINA
 É um mecanismo de poder que permite
extrair dos corpos tempo e trabalho, mais
do que bens e riqueza. É um tipo de
poder que se exerce continuamente por
vigilância e não de forma descontínua por
sistemas de tributos e de obrigações
crônicas. (FOUCAULT, 1999, p. 42)
 ...no interior das estratégias
disciplinares, a escola encontra-se
em uma situação de identidade a
outras instituições –prisão, hospital,
fábrica-, responsáveis pela produção
de saberes específicos sobre os
indivíduos, as ciências humanas, que
por sua vez retornam sob a forma de
técnicas disciplinares capazes de
produzir novas subjetividades.
 O hospital, primeiro, depois a
escola, mais tarde a oficina
(...) foram aparelhos e
instrumentos de sujeição. Foi
a partir desse laço, próprio
dos sistemas tecnológicos, que
se puderam formar no
elemento disciplinar a
medicina clínica, a psiquiatria,
a psicologia da criança, a
psicopedagogia, a
racionalização do trabalho
(FOUCAULT, 1987, P. 196).
A ESCOLA:
 a análise dos sistemas de saber,
 as modalidades de poder
 relações do eu consigo próprio.
 Paradoxo na função da escola:
 Na modernidade, atribuiu-se à educação, por
intermédio de sua universalização, a grandiosa tarefa
de esclarecer e emancipar o homem, dando-lhe
condições de construção de sua liberdade moral.
Homem
enquanto
objeto de
conhecimento
 Antes de meados do século XVIII o
homem não existia.
 Enquanto objeto de conhecimento, o
homem é o resultado da configuração
epistemológica do saber moderno e um
efeito do poder disciplinar.
 Isso não seria possível sem a ajuda da
pedagogia, da escolarização e das
instituições educativas.
 A escola deve ser compreendida, a
partir de Foucault como um local de
articulação dos poderes e saberes na
produção do sujeito moderno.
AINDA A ESCOLA...
 espaço onde o poder normalizador e disciplinar produz indivíduos dóceis e
submissos às estratégias do poder.
 A eficiência da escola como uma instituição produtora de subjetividades,
evidencia o fato de que o discurso sobre o fracasso das instituições
disciplinares é, na verdade, um discurso malicioso
 Os discursos sobre o fracasso
das instituições disciplinares,
analisados a partir de um olhar
minucioso sobre as práticas
empreendidas no interior dessas
instituições, tornam evidente o
fato de que os argumentos que
procuram denunciar o fracasso
atestam, na verdade, o sucesso
dessas instituições como
espaços que especificam
socialmente campos de
normalidade,
 a penalidade, a
vigilância e o controle
seriam então uma
maneira de gerir as
ilegalidades, de riscar
limites de tolerância,
de dar terreno a
alguns, de fazer
pressão sobre outros,
de excluir uma parte,
de tornar útil outra, de
neutralizar estes, de
tirar proveito daqueles
(FOUCAULT, 1987, p.
230).
E a educação
para
Foucault?
Empreender um esforço para analisar o papel da
instituição escolar na legitimação e efetivação dos
saberes e na formação de sujeitos e subjetividades
adequados às estratégias de poder vigentes.
Essa fabricação não se constitui de uma forma
repressiva, mas de maneira tão sutil e produtiva que
muitas ações empreendidas sequer chegam a ser
percebidas.
Analisar a escola por meio de seu poder disciplinador
que, na concepção do pensador francês Michel
Foucault, a constitui como um espaço no qual o poder
disciplinar produz um determinado tipo de saber.
 Na escola, ser observado, olhado, contado detalhadamente passa a ser um
meio de controle, de dominação, um método para documentar
individualidades.
 A criação desse campo documentário permitiu a entrada do indivíduo no
campo do saber, possibilitando a emergência de um novo tipo de poder sobre
os corpos.
 Conhecer a individualidade, a
consciência e comportamento dos
alunos foi a condição fundamental para
a emergência de um campo científico
colateral aos saberes pedagógicos com
o objetivo de produzir práticas e
discursos sobre o indivíduo.
 Isso significa manter o indivíduo sob um
olhar permanente, registrar,
contabilizar todas as observações e
anotações sobre os alunos,
estabelecendo classificações rigorosas.
 A prática do ensino na sociedade
moderna, em grande parte,
constitui-se como um constante
processo de vigilância.
 Não é mais necessário o recurso à
força para obrigar o indivíduo a
desempenhar determinadas
funções.
 É preciso, unicamente, que o aluno
, como o detento, saiba que existe
um processo constante de
vigilância e que, naquele exato
momento, ele é observado.
 Ao marcar os desvios, dividir os alunos e o saber em séries e graus, a escola
salienta as diferenças, recompensando os que se sujeitam aos movimentos
regulares impostos pelo sistema escolar.
 O poder normalizador permeia todas as relações existentes no espaço escolar,
criando padrões, sancionando condutas, punindo desvios.
 As punições escolares não objetivam acabar com ou recuperar os infratores,
mas diferenciá-los dos normais, confinando-os a grupos restritos que
personificam a desordem, a loucura ou o crime.
Dessa forma, a escola se constitui num observatório
político, em um aparelho que permite o conhecimento e o
controle de sua população por meio da burocracia escolar,
do orientador educacional, do psicólogo educacional, do
professor e dos próprios alunos.
Não há dúvida de que a escola, em qualquer sociedade,
tende a renovar-se e a ampliar seu âmbito de ação, a
reproduzir as condições de existência social, formando
pessoas de modo que se tornem aptas a ocupar os lugares
que a estrutura social oferece.
Ao mesmo tempo, é responsável pela produção de
determinados saberes e discursos sobre o indivíduo a
partir da extração de certos conhecimentos sobre os
sujeitos que se inserem no espaço escolar
 A disciplinarização do aluno tem no sistema de exame seu principal
instrumento.
 O exame permite a passagem de conhecimento do professor ao aluno e a
retirada de um saber do aluno destinado ao mestre.
 O exame está ligado a certo tipo de formação de saber e a certo tipo de
exercício de poder.
 O exame permite também a formação de um sistema comparativo que dá
lugar a descrição de grupos, caracterização de fatos coletivos, estimativa de
desvios dos indivíduos entre si.
 no exército, nos hospitais e nos
estabelecimentos de ensino, foram criadas e
desenvolvidas técnicas de registro e anotações
relativas à identificação, à descrição e à
evolução dos corpos. Esses registros individuais
efetuados pelo exame permitem “a constituição
do indivíduo como objeto descritivo e
analisável”(FOUCAULT, 1987, p. 171).
 Esse modelo de disciplina tem
uma função econômica e
política permitindo gerar
lucros com o trabalho humano,
mecânico, tirando o máximo
de forças individuais de cada
um, permitindo controlar
grandes massas humanas com
o discurso de verdade, a fim
de formar um sujeito submisso
e disciplinado, que não fuja
das normas impostas pelo
Estado.
 [...] nasce uma arte do corpo
humano, que visa não
unicamente o aumento de suas
habilidades, nem tampouco
aprofundar sua sujeição, mas a
formação de uma relação que
no mesmo mecanismo o torna
tanto mais obediente quanto é
mais útil, e inversamente.
(FOUCAULT,p.119).
 O controle dos corpos e dos
movimentos, como em uma
máquina com rapidez e
agilidade, com o melhor
desempenho possível, sem
imprevistos e com eficácia é
presente nas organizações
escolares dos séculos XVIII e XIX,
é são vistas como escolas –
modelos.
 A organização da escola é
planejada a fim de garantir esta
disciplina: a disposição das
classes (fileiras umas atrás das
outras para o melhor controle do
professor “manter a disciplina” e
“garantir a ordem”);
 A escola se torna um aparelho
para aprender, no qual o aluno, o
nível e a série devem ser
combinados adequadamente,
assim Foucault analisa todo o
processo escolar: os exercícios
como uma forma de empregar
tempo; as classes para articular
os gestos e a postura para ler,
escrever, recitar; os horários,
atribuições de tarefas com certa
duração e ordem.
 ...a escola assume a forma de uma
instituição de sequestro na qual, as
técnicas disciplinares de controle
temporal do corpo e do ato, a rigorosa
distribuição espacial, o horário e o
exame concorrem para o
estabelecimento de um padrão
Normal que constitui-se ao mesmo
tempo em um dispositivo de poder e
em uma forma de saber, analisa a
eficiência da instituição escolar no
processo de produção de saberes
sobre o sujeito ao mesmo tempo em
que produz uma subjetividade dócil e
submissa aos dispositivos disciplinares.
 Foucault indaga também a
técnica alfabetizadora das
escolas, começando por letras,
sílabas, palavras [...] atividades
repetidas ao longo do dia, mês,
ano que podem ser cobradas
tanto para aprovação dos alunos
quanto para reprovar, castigar ou
premiar.
 Gráficos, boletins, relatórios, relatos clínicos, são formas de observação do
indivíduo, para e extração de uma verdade.
 O corpo da criança se torna objeto de manipulação e condicionamento. Tudo
o que foge da norma deve ser corrigido e punido.
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como às filas, classes, horários; e como operadores pedagógicos os testes, o
treinamento de habilidades, a avaliação das capacidades.
 Forma-se um tipo de saber que permite rotular os alunos como: “o
problemático”, “o indisciplinado”; ou então um saber que o qualifica, o
valoriza.
O exame combina as técnicas da hierarquia que
vigia e as da sanção que normaliza.
É normalizante , uma vigilância que permite
qualificar, classificar e punir.
Estabelece sobre os indivíduos uma visibilidade
através da qual eles são diferenciados e
sancionados.
A superposição das relações de poder e das de
saber assume no exame todo o seu brilho visível.
(Foucault, 1977, p. 164-165)
O que fazer?
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nobres
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Foucault e a escola

  • 2. ESCOLA PARA QUEM?  uma das instituições de discurso de verdade e poder  Como, quando e por que os sujeitos são constituídos?  atitudes de vigilância e adestramento do corpo e da mente do sujeito  homem como um objeto, capaz de ser moldado, dando às instituições a possibilidade de modificá-lo.  o corpo, nestas instituições, é visto como um objeto, capaz de ser domesticado, “adestrado” a partir de normas e punições, para que assim todos exerçam suas tarefas como bons cidadãos evitando infringir as normas estabelecidas pelo poder.
  • 3. Todo sistema de educação é uma maneira política de manter ou de modificar a apropriação dos discursos, com os saberes e poderes que eles trazem consigo (FOUCAULT).
  • 4. DISCURSO  Atravessa todos os elementos da experiência  Está em todo conjunto de formas que comunica um conteúdo  Segundo Foucault, mais importante que o conteúdo dos discursos, é o papel que eles desempenham na ordenação do mundo: um discurso dominante tem o poder de determinar o que é aceito ou não numa sociedade, independentemente da qualidade do que ele legitima.
  • 5. Crítica da razão analisando os pressupostos que permitiram à modernidade estabelecer a razão como o critério por excelência a partir do qual o pensamento será guiado após a Idade Clássica. Medicina, Psiquiatria, Gramatica terão como objetivo a produção de um sujeito disciplinado, dócil, útil. A escola serviria para distribuir os saberes Manter no poder certa classe social e excluir dos instrumentos de poder outra classe
  • 6. Um objetivo em Foucault Entender a natureza do poder e da opressão
  • 7. Sujeito  Constituído historicamente de forma simultânea à constituição das práticas e dos discursos que se multiplicaram nas diversas instituições sociais nascentes, a partir do século XVII, tais como o hospital, o quartel, a fábrica, a escola.
  • 8. DISCIPLINA  É um mecanismo de poder que permite extrair dos corpos tempo e trabalho, mais do que bens e riqueza. É um tipo de poder que se exerce continuamente por vigilância e não de forma descontínua por sistemas de tributos e de obrigações crônicas. (FOUCAULT, 1999, p. 42)
  • 9.  ...no interior das estratégias disciplinares, a escola encontra-se em uma situação de identidade a outras instituições –prisão, hospital, fábrica-, responsáveis pela produção de saberes específicos sobre os indivíduos, as ciências humanas, que por sua vez retornam sob a forma de técnicas disciplinares capazes de produzir novas subjetividades.
  • 10.  O hospital, primeiro, depois a escola, mais tarde a oficina (...) foram aparelhos e instrumentos de sujeição. Foi a partir desse laço, próprio dos sistemas tecnológicos, que se puderam formar no elemento disciplinar a medicina clínica, a psiquiatria, a psicologia da criança, a psicopedagogia, a racionalização do trabalho (FOUCAULT, 1987, P. 196).
  • 11. A ESCOLA:  a análise dos sistemas de saber,  as modalidades de poder  relações do eu consigo próprio.  Paradoxo na função da escola:  Na modernidade, atribuiu-se à educação, por intermédio de sua universalização, a grandiosa tarefa de esclarecer e emancipar o homem, dando-lhe condições de construção de sua liberdade moral.
  • 12. Homem enquanto objeto de conhecimento  Antes de meados do século XVIII o homem não existia.  Enquanto objeto de conhecimento, o homem é o resultado da configuração epistemológica do saber moderno e um efeito do poder disciplinar.  Isso não seria possível sem a ajuda da pedagogia, da escolarização e das instituições educativas.  A escola deve ser compreendida, a partir de Foucault como um local de articulação dos poderes e saberes na produção do sujeito moderno.
  • 13. AINDA A ESCOLA...  espaço onde o poder normalizador e disciplinar produz indivíduos dóceis e submissos às estratégias do poder.  A eficiência da escola como uma instituição produtora de subjetividades, evidencia o fato de que o discurso sobre o fracasso das instituições disciplinares é, na verdade, um discurso malicioso
  • 14.  Os discursos sobre o fracasso das instituições disciplinares, analisados a partir de um olhar minucioso sobre as práticas empreendidas no interior dessas instituições, tornam evidente o fato de que os argumentos que procuram denunciar o fracasso atestam, na verdade, o sucesso dessas instituições como espaços que especificam socialmente campos de normalidade,
  • 15.  a penalidade, a vigilância e o controle seriam então uma maneira de gerir as ilegalidades, de riscar limites de tolerância, de dar terreno a alguns, de fazer pressão sobre outros, de excluir uma parte, de tornar útil outra, de neutralizar estes, de tirar proveito daqueles (FOUCAULT, 1987, p. 230).
  • 16. E a educação para Foucault? Empreender um esforço para analisar o papel da instituição escolar na legitimação e efetivação dos saberes e na formação de sujeitos e subjetividades adequados às estratégias de poder vigentes. Essa fabricação não se constitui de uma forma repressiva, mas de maneira tão sutil e produtiva que muitas ações empreendidas sequer chegam a ser percebidas. Analisar a escola por meio de seu poder disciplinador que, na concepção do pensador francês Michel Foucault, a constitui como um espaço no qual o poder disciplinar produz um determinado tipo de saber.
  • 17.  Na escola, ser observado, olhado, contado detalhadamente passa a ser um meio de controle, de dominação, um método para documentar individualidades.  A criação desse campo documentário permitiu a entrada do indivíduo no campo do saber, possibilitando a emergência de um novo tipo de poder sobre os corpos.
  • 18.
  • 19.  Conhecer a individualidade, a consciência e comportamento dos alunos foi a condição fundamental para a emergência de um campo científico colateral aos saberes pedagógicos com o objetivo de produzir práticas e discursos sobre o indivíduo.  Isso significa manter o indivíduo sob um olhar permanente, registrar, contabilizar todas as observações e anotações sobre os alunos, estabelecendo classificações rigorosas.
  • 20.  A prática do ensino na sociedade moderna, em grande parte, constitui-se como um constante processo de vigilância.  Não é mais necessário o recurso à força para obrigar o indivíduo a desempenhar determinadas funções.  É preciso, unicamente, que o aluno , como o detento, saiba que existe um processo constante de vigilância e que, naquele exato momento, ele é observado.
  • 21.  Ao marcar os desvios, dividir os alunos e o saber em séries e graus, a escola salienta as diferenças, recompensando os que se sujeitam aos movimentos regulares impostos pelo sistema escolar.  O poder normalizador permeia todas as relações existentes no espaço escolar, criando padrões, sancionando condutas, punindo desvios.  As punições escolares não objetivam acabar com ou recuperar os infratores, mas diferenciá-los dos normais, confinando-os a grupos restritos que personificam a desordem, a loucura ou o crime.
  • 22.
  • 23. Dessa forma, a escola se constitui num observatório político, em um aparelho que permite o conhecimento e o controle de sua população por meio da burocracia escolar, do orientador educacional, do psicólogo educacional, do professor e dos próprios alunos. Não há dúvida de que a escola, em qualquer sociedade, tende a renovar-se e a ampliar seu âmbito de ação, a reproduzir as condições de existência social, formando pessoas de modo que se tornem aptas a ocupar os lugares que a estrutura social oferece. Ao mesmo tempo, é responsável pela produção de determinados saberes e discursos sobre o indivíduo a partir da extração de certos conhecimentos sobre os sujeitos que se inserem no espaço escolar
  • 24.
  • 25.  A disciplinarização do aluno tem no sistema de exame seu principal instrumento.  O exame permite a passagem de conhecimento do professor ao aluno e a retirada de um saber do aluno destinado ao mestre.  O exame está ligado a certo tipo de formação de saber e a certo tipo de exercício de poder.  O exame permite também a formação de um sistema comparativo que dá lugar a descrição de grupos, caracterização de fatos coletivos, estimativa de desvios dos indivíduos entre si.
  • 26.
  • 27.  no exército, nos hospitais e nos estabelecimentos de ensino, foram criadas e desenvolvidas técnicas de registro e anotações relativas à identificação, à descrição e à evolução dos corpos. Esses registros individuais efetuados pelo exame permitem “a constituição do indivíduo como objeto descritivo e analisável”(FOUCAULT, 1987, p. 171).
  • 28.
  • 29.  Esse modelo de disciplina tem uma função econômica e política permitindo gerar lucros com o trabalho humano, mecânico, tirando o máximo de forças individuais de cada um, permitindo controlar grandes massas humanas com o discurso de verdade, a fim de formar um sujeito submisso e disciplinado, que não fuja das normas impostas pelo Estado.
  • 30.  [...] nasce uma arte do corpo humano, que visa não unicamente o aumento de suas habilidades, nem tampouco aprofundar sua sujeição, mas a formação de uma relação que no mesmo mecanismo o torna tanto mais obediente quanto é mais útil, e inversamente. (FOUCAULT,p.119).
  • 31.
  • 32.  O controle dos corpos e dos movimentos, como em uma máquina com rapidez e agilidade, com o melhor desempenho possível, sem imprevistos e com eficácia é presente nas organizações escolares dos séculos XVIII e XIX, é são vistas como escolas – modelos.
  • 33.
  • 34.  A organização da escola é planejada a fim de garantir esta disciplina: a disposição das classes (fileiras umas atrás das outras para o melhor controle do professor “manter a disciplina” e “garantir a ordem”);
  • 35.  A escola se torna um aparelho para aprender, no qual o aluno, o nível e a série devem ser combinados adequadamente, assim Foucault analisa todo o processo escolar: os exercícios como uma forma de empregar tempo; as classes para articular os gestos e a postura para ler, escrever, recitar; os horários, atribuições de tarefas com certa duração e ordem.
  • 36.
  • 37.  ...a escola assume a forma de uma instituição de sequestro na qual, as técnicas disciplinares de controle temporal do corpo e do ato, a rigorosa distribuição espacial, o horário e o exame concorrem para o estabelecimento de um padrão Normal que constitui-se ao mesmo tempo em um dispositivo de poder e em uma forma de saber, analisa a eficiência da instituição escolar no processo de produção de saberes sobre o sujeito ao mesmo tempo em que produz uma subjetividade dócil e submissa aos dispositivos disciplinares.
  • 38.  Foucault indaga também a técnica alfabetizadora das escolas, começando por letras, sílabas, palavras [...] atividades repetidas ao longo do dia, mês, ano que podem ser cobradas tanto para aprovação dos alunos quanto para reprovar, castigar ou premiar.
  • 39.  Gráficos, boletins, relatórios, relatos clínicos, são formas de observação do indivíduo, para e extração de uma verdade.  O corpo da criança se torna objeto de manipulação e condicionamento. Tudo o que foge da norma deve ser corrigido e punido.  Mecanismos para ajustar o aluno funcionam nas instituições simultaneamente, como às filas, classes, horários; e como operadores pedagógicos os testes, o treinamento de habilidades, a avaliação das capacidades.  Forma-se um tipo de saber que permite rotular os alunos como: “o problemático”, “o indisciplinado”; ou então um saber que o qualifica, o valoriza.
  • 40.
  • 41.
  • 42. O exame combina as técnicas da hierarquia que vigia e as da sanção que normaliza. É normalizante , uma vigilância que permite qualificar, classificar e punir. Estabelece sobre os indivíduos uma visibilidade através da qual eles são diferenciados e sancionados. A superposição das relações de poder e das de saber assume no exame todo o seu brilho visível. (Foucault, 1977, p. 164-165)
  • 43.
  • 44. O que fazer?  Criticar o jogo das instituições mais neutras e mais independentes  Que surgisse a violência politica e que pudéssemos lutar contra ela  Se não fizermos arriscamos que se reconstruam mesmo através de formulas nobres