O documento discute o manejo integrado de pragas na cafeicultura, abordando suas principais filosofias e objetivos, como manter as populações de pragas abaixo do limiar de dano econômico de forma a causar o menor impacto ambiental possível. Também apresenta as principais pragas do cafeeiro, como a broca-do-café, bicho-mineiro, cigarras e cochonilhas, e as estratégias de manejo para cada uma, incluindo monitoramento, controle biológico e químico quando necess
3. Manejo Integrado de Pragas
→ A filosofia e metodologia de restringir as populações das
pragas a níveis não prejudiciais (Huffaker, 1970)
→ Implantar um sistema de manejo de praga que se utiliza
de todas as técnicas adequadas, de maneira compatível
para reduzir a população da praga e mantê-la em nível
abaixo daqueles causadores de prejuízo econômico
(Wearing, 1988).
→ A utilização de técnicas para a manipulação dos
ecossistemas agrícolas com o objetivo de manter a
população dos insetos numa condição de não praga, de
forma econômica e harmoniosa com o ambiente
(Crocomo, 1990)
→ Integração de todas as técnicas de controle disponíveis
e apropriadas para manter as populações de pragas
abaixo do limiar de dano econômico, causando o menor
impacto possível ao agroecossistema.
4. Manejo Integrado de Pragas
→ A filosofia e metodologia de restringir as populações das
pragas a níveis não prejudiciais (Huffaker, 1970)
→ Implantar um sistema de manejo de praga que se utiliza
de todas as técnicas adequadas, de maneira compatível
para reduzir a população da praga e mantê-la em nível
abaixo daqueles causadores de prejuízo econômico
(Wearing, 1988).
→ A utilização de técnicas para a manipulação dos
ecossistemas agrícolas com o objetivo de manter a
população dos insetos numa condição de não praga, de
forma econômica e harmoniosa com o ambiente
(Crocomo, 1990)
→ Integração de todas as técnicas de controle disponíveis
e apropriadas para manter as populações de pragas
abaixo do limiar de dano econômico, causando o menor
impacto possível ao agroecossistema.
Σ = Ações que
compõem o
manejo da
cultura
7. 7
Desenvolvimento Sustentável
Sistemas de Fazendas Integradas/
Agricultura Sustentável
Manejo Integrado de Cultivos
Manejo Integrado
de Pragas
Controle Químico
e Manejo da
Resistência
8. FINALIDADES DO MIP
Redução da Incidência de Pragas
Redução do Uso de Agrotóxicos
Produto sem Resíduos de Agrotóxicos
Produto Certificado
Menor Contaminação do Meio Ambiente
Melhoria na Qualidade de Vida
Maior Lucro para o Produtor
9. Fases do MIP
Definição das pragas chaves e das pragas
secundárias e seus inimigos naturais;
Definição do limiar de dano econômico;
Monitoramento destas populações dentro
do agroecossistema;
Uso de técnicas de manejo apropriadas e
agentes de controle biológico;
Avaliação da efetividade das medidas
tomadas.
10. TOMADA DE DECISÃO – QUANDO
APLICAR O CONTROLE QUÍMICO ?
Efetuada pela análise econômica da cultura e da
relação custo / benefício de controle da praga.
Nível de dano econômico:
% Dano = custo controle x 100
Valor da produção
Função do nível populacional da praga que causa prejuízo à produção;
% dano causado; prejuízo causado à produção.
NÍVEL DE AÇÃO:
quando se deve proceder ao controle
NÍVEL DE NÃO-AÇÃO:
quando se deve esperar para agir.
Observação quanto ao nível de insetos vivos e presença de
inimigos naturais.
11. Qualquer forma de vida vegetal ou
animal, ou qualquer agente patogênico
daninho ou potencialmente daninho
para os vegetais e produtos vegetais;
referência: Art. II do novo texto da
Convenção Internacional para Proteção de
Vegetais, adotado na XX Sessão da
Conferência da Organização das Nações
Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO,
bem como pela Resolução 14/79, promulgada
pelo Decreto 318, de 31 de outubro de 1991.
Pragas
12. MANEJO DE PRAGAS
DO CAFEEIRO
ALVOS BIOLÓGICOS
PRAGAS INSETOS E ÁCAROS
SERES VIVOS
CLIMA ALIMENTOS
(NÍVEL POPULACIONAL)
13.
14. Fase/Temperatura 19,2°C 22,0°C 27,0°C
Incubação 13,5 6 4
Larval 29,5 14 11
Prepupal 6,0 4 2
Pupal 14 8 4
Evolução total 63 32 21
Ciclo sob diferentes
temperaturas (em dias)
Fonte: Oliveira (1982).
BROCA-DO-CAFÉ
15. SET DEZ MAR
A B
Estiagem em A e
Chuva em B
Broca não sobrevive Broca reduz atividade
Chuvas normais A e
Estiagem em B
Broca sobrevive Broca pode explodir
SITUAÇÃO CONSEQUÊNCIA
SET a DEZ JAN a MAR
Chuvas normais A e B Broca sobrevive Broca reduz atividade
CLIMA E INFESTAÇÃO DA BROCA
17. Perdas ocasionadas pela broca-do-café no
Estado do Espírito Santo. 1999.
DANOS DA BROCA
Fonte: De Muner et al., 2000.
Valor (R$ milhões)Café Produção
(Milhões de
sc.ben.)
N° de sacas
perdidas pela
broca (mil)
Perda de
peso
Perda de
qualidade
Total
perdido
Arábica 2,2 69,30 9,702 22,00 31,702
Conilon 4,0 84,80 8,480 * 8,480
Total 6,2 154,10 18,182 22,0 40,182
20. MANEJO DA
BROCA DO CAFÉ
AMOSTRAGEM
COLHEITA BEM FEITA / REPASSE
UMIDADE NO ARMAZENAMENTO
CONTROLE QUÍMICO ????
21. PREJUÍZOS
LESÕES NECRÓTICAS NAS FOLHAS
QUEDA DE FOLHAS
DIMINUIÇÃO NO PEGAMENTO DOS FRUTOS
QUEDA DE FRUTOS
REDUÇÃO DO PESO DOS FRUTOS
LAVOURAS NOVAS – RETARDAMENTO DO CRESCIMENTO
– REDUÇÃO DA 1ª PRODUÇÃO
BICHO-MINEIRO
22. ÉPOCAS DE OCORRÊNCIA:
– VIVEIROS
– TEMPERATURAS ELEVADAS X PERÍODO SECO
– PRINCIPALMENTE EM JANEIRO/FEVEREIRO
– LAVOURAS MAIS ABERTAS
BICHO-MINEIRO
23. CICLO:
OVO – 5 a 21dias
LAGARTA – 9 a 40 dias
PUPA – 5 a 26 dias
ADULTOS – 15 dias
_________________
CICLO TOTAL – 19 a 81 dias
BICHO-MINEIRO
24. BICHO-MINEIRO
AMOSTRAGEM:
TALHÕES DE 3000 A 5000 PLANTAS
COLETAR CERCA DE 200 FOLHAS/ TALHÃO
REGIÃO MÉDIA SUPERIOR – 3º/4º PAR DE FOLHAS
CONTAR O Nº DE FOLHAS COM LAGARTAS VIVAS
CONTROLE: 30% FOLHAS COM LAGARTAS
VIVAS
Lavouras novas e viveiro:
Controle primeiros sintomas/reboleira – lagartas vivas
25. CIGARRAS DO CAFÉ
• CERCA DE 80 ESPÉCIES NATIVAS
• RETIRADA DAS FLORESTAS NATURAIS
• ADAPTAÇÃO DE ESPÉCIES ÀS NOVAS CULTURAS
Q. gigas Q. sodalis
Dorisiana viridis Dorisiana drewseni
Carineta spp
27. CIGARRAS DO CAFÉ
MANEJO
AMOSTRAGEM DAS ÁREAS PARA CONSTATAÇÃO DE INCIDÊNCIA
POR TALHÃO
LAVOURAS VELHAS: RECEPAR OU ARRANCAR; PROBLEMA DE
REBROTA
LAVOURAS ENFOLHADAS: RECEPA COM PULMÃO E APLICAÇÃO
DE CONTROLE;
LAVOURAS COM MENOR INFESTAÇÃO: CONTROLE QUÍMICO COM
DECOTE;
INTERVENÇÃO DE RECEPA (DECOTE POR APRECIAÇÃO),
OBSERVANDO-SE O ESTADO DA PLANTA
28. CIGARRAS DO CAFÉ
MANEJO
USO DE CONTROLE QUÍMICO:
PREFERÊNCIA PARA NICOTINÓIDES
+ CONTROLE EFICIENTE
+ MENOS AGRESSIVO
+ CLASSE TOXICOLÓGICA IV
+ GRANULADO OU WG (VIA LÍQUIDA)
APLICAÇÃO NO INTERIOR DA SAIA OU NO COLO DA
PLANTA (DRENCH);
OUTUBRO/NOVEMBRO = ÉPOCA DE CHUVA;
CONTINUAR AMOSTRAGEM NOS ANOS SEGUINTES
39. Clones precoces mais atacados
Aumento da população:
Floração até a colheita
A partir de set/estabelecimento nov/dez
Início das irrigações: Indução do florescimento
Infestação até março/abril
Hábito
Disseminação: Ninfas e adultos móveis
Plantas daninhas
Formigas pretas e lava-pé
Refúgio: Raízes principal e secundárias do café
Plantas cultivadas
44. Importante
Acompanhamento da infestação nas
rosetas
Volume de calda: alto volume de
calda
Molhar bem o interior da planta
Equipamento: tratorizado ou
trapp (capeta)
45. Utilização de produtos via solo:
Eficiência relativa; dependente da
infestação inicial.
época de aplicação;
dose;
histórico da área;
acompanhamento posterior da
infestação;
Reaplicação foliar, se necessária.
48. Barreiras à
implantação do MIP
Pode ser mais oneroso para ser
implementado;
Requer que todos envolvidos tenham
participação ativa;
Requer mais habilidades e
conhecimentos que as exigidas pelo
controle químico tradicional;
Requer atenção/acompanhamento
contínuo / dedicação.
49. Desafios do MIP
→ Desenvolvimento de tecnologia para todas as
pragas-chaves;
→ Definição de técnicas de amostragem
confiáveis e viáveis economicamente;
→ Quantificação dos danos e definição do limiar
de dano econômico;
→ Transferência da tecnologia e adoção pelos
usuários/cafeicultores;
→ Formação de profissionais-pragueiros.