Este documento discute o manejo integrado de pragas na cultura do algodoeiro, abordando os principais métodos de controle como biológico, cultural, genético, comportamental e químico. Também apresenta as principais pragas que afetam o algodoeiro e a importância do monitoramento para o manejo adequado.
1. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ – UFPI
CAMPUS PROFESSORA CINOBELINA ELVAS – CPCE
CURSO: ENGENHARIA AGRONÔMICA
DISCIPLINA: ENTOMOLOGIA AGRÍCOLA
DOCENTE: JAQUELINE ZANON DE MOURA
MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS NA CULTURA DO ALGODOEIRO
DISCENTES:
DIEGO DOS SANTOS ROCHA
IGOR LOPES RIBEIRO
JOSÉ CARLOS SANTOS DE SOUSA
WENASSON SILVA SOUSA
2. Introdução
Destinada principalmente à indústria têxtil, a cultura do algodão no
Brasil é considerada uma das dez mais importantes, figurando entre
as cinco maiores do mundo.
Manter o nível de infestação dos insetos sob controle configura-se
como um grande desafio ao agricultor.
3. Manejo Integrado de Pragas
O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é uma filosofia de controle de praga
que procura preservar e incrementar os fatores de mortalidade natural,
através do uso integrado de todas as técnicas de combate possíveis,
selecionadas com base nos parâmetros econômicos, ecológicos e
sociológicos, visando a manter a densidade populacional de um organismo
abaixo do nível de dano econômico (ZANETTI, 2002).
4. Manejo Integrado de Pragas
As táticas do MIP incluem:
Controle biológico
Controle cultural
Controle genético (resistência de plantas a insetos)
Controle comportamental
Controle químico
5. Controle biológico do algodoeiro
A premissa básica do controle biológico é controlar as pragas
agrícolas e os insetos transmissores de doenças a partir do uso de seus
inimigos naturais (ALMEIDA et al., 2017).
Predadores: Percevejos Podisus nigrispinus,
Geocoris spp., Nabis spp..
Prasitóides: Trichogramma pretiosum e
Cerastomicra intmaculata (Hymenoptera:
Calcidae).
Entomopatógenos: Os fungos Beauveria
bassiana, Nomuraea rileyi (Moniliales:
Moniliaceae) e o vírus da poliedrose nuclear
(doença preta).
Fonte: https://3rlab.wordpress.com/category/insetos/
6. Controle cultural do algodoeiro
Baseiam-se na utilização dos conhecimentos ecológicos e biológicos
das pragas, empregando práticas culturais, as mais comuns são:
A uniformização da data de semeadura;
A catação e destruição de botões florais caídos no solo;
A destruição dos restos culturais;
O uso de culturas-armadilha;
A rotação de culturas.
Fonte: https://amtecbioagricola.com
7. Controle genético
Baseia-se no emprego de plantas resistentes a insetos, considerado o
método ideal de controle devido à possibilidade de permitir a
manutenção da praga em níveis inferiores ao de dano econômico,
sem causar prejuízos ao ambiente.
8. Controle comportamental
Baseiam-se nos estudos de fisiologia dos insetos. Esses métodos não
apresentam riscos de intoxicação para o homem e para animais
domésticos, não geram resíduos tóxicos e evitam desequilíbrios
ecológicos. Uma das formas de controle por comportamento é o uso de
hormônios de inseto.
Os feromônios são utilizados no monitoramento das pragas.
Fonte: http://ibirubaentomologica.blogspot.com.br
9. Controle químico
Constitui-se no uso de inseticidas – compostos químicos e biológicos –
que são aplicados, direta ou indiretamente, para matar insetos.
Fonte: http://www.amipa.com.br Fonte: http://www.amipa.com.br
10. Principais pragas do algodoeiro
Helicoverpa armigera – (Lepidoptera – Noctuidae)
Identificação da injúria provocada pela praga;
Condições favoráveis ao aumento populacional;
Estratégias de controle.
Fonte: http://ruralpecuaria.com.br
11. Principais pragas do algodoeiro
Pulgão - Aphis gossypii e Myzus persicae (Hemiptera: Aphididae)
Identificação da injúria provocada pela praga;
Condições favoráveis ao aumento populacional;
Estratégias de controle.
Fonte: http://br.viarural.com
Fonte: http://br.viarural.com
12. Principais pragas do algodoeiro
Curuquerê - Alabama argillacea (Lepidoptera: Noctuidae)
Identificação da injúria provocada pela praga;
Condições favoráveis ao aumento populacional;
Estratégias de controle.
Fonte: http://ibirubaentomologica.blogspot.com.br
13. Principais pragas do algodoeiro
Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae)
Identificação da injúria provocada pela praga;
Condições favoráveis ao aumento populacional;
Estratégias de controle
Fonte: http://ibirubaentomologica.blogspot.com.br
14. Principais pragas do algodoeiro
Bicudo-do-algodoeiro - Anthonomus grandis – (Curculionídeos)
Identificação da injúria provocada pela praga;
Condições favoráveis ao aumento populacional;
Estratégias de controle.
Fonte: http://ruralpecuaria.com.br
15. Monitoramento
O monitoramento eficiente e constante da lavoura é fator imprescindível
no manejo de pragas, sendo determinante para que as várias táticas de
controle de pragas possam ser utilizadas com critério e em tempo hábil.
Fonte: http://ibirubaentomologica.blogspot.com.br
16. Monitoramento
Para as principais pragas como: pulgões, mosca branca, bicudo do
algodoeiro, lagarta das maçãs, lagarta-rosada, curuquerê do
algodoeiro, a amostragem é um fator imprescindível para determinar
o momento certo de manter as pragas no nível adequada.
Fonte: https://www.embrapa.br
17. Monitoramento
Praga
Época de
ocorrência
Amostra Nível de controle Nível de não ação
Pulgão Até 60 dias Plantas 70% da planta
22% de IN nos
ponteiros
Tripes Até 30 dias Folhas 6 tripes/folha -
Ácaros
-rajado
-branco
80-110 dias
70-100 dias
Plantas
Plantas
10% das plantas
atacadas
40% das plantas
atacadas
-
Bicudo 50 dias finais
Botões florais com
grandlure
10% das plantas
atacadas
1 adulto por armadilha
-
Curuquerê 90-140 dias Plantas
2 lagartas/ planta
25% de desfolha
0.5 a 1.0
predador/presa/planta
Lagarta-das-maçãs 70-120 dias Plantas com virelure
Ovos: 20% ponteiros
lagartas: 15%
10 adultos por
armadilha
1.0 predador
chave/planta
Fonte: Conteúdo desta tabela é adaptado do livro Manejo de Sistemas Agrícolas do Cerrado.
18. Monitoramento
A área mínima para amostragem das principais culturas é de 10 ha. Para
método convencional é necessário 50 a 100 amostras/ha, em
caminhamento de “zig-zag” (MEDEIROS et al., 2017).
19. Considerações finais
Desse modo, o Manejo Integrado de Pragas vem como uma ferramenta
para o controle das pragas-chaves da cultura do algodoeiro. Sendo
totalmente compatível com os sistemas de manejo recomendados como
boas práticas agrícolas. O MIP contribui de forma positiva para que as
pragas possam ser mantidas abaixo do nível de dano econômico. Tendo
como vantagens menores custos ao produtor e causando menos danos ao
agroecossistema em estudo.
20. Referências Bibliográficas
ALMEIDA, Raul Porfírio de et al. Manejo Integrado de Pragas do Algodoeiro no
Brasil: Embrapa Algodão. 2017. Disponível em:
<https://www.cnpa.embrapa.br/aunidade/MIP_algodoeiro_2013.pdf>. Acesso em: 28 nov.
2017.
MEDEIROS, João Carlos et al. Manejo de Sistemas Agrícolas No Cerrado: Bom Jesus-
pi: Crv, 2017. 391 p.
MIP - Algodão. 2017. Disponível em: <https://www.embrapa.br/arroz-e-
feijao/mip/algodao>. Acesso em: 28 nov. 2017.
PICANÇO, Marcelo Coutinho. MANEJO INTEGRADO DE PRAGAS: ;. 2016.
Disponível em: <http://www.den.ufla.br/siteantigo/Professores/Ronald/Disciplinas/Notas
Aula/MIPFlorestas conceitos mip.pdf>. Acesso em: 28 nov. 2017.