1. SEGURANÇA ALIMENTAR
J. O. Menten, P.F. Kreyci
1⁰ Seminário mato-grossense de Engenharia, Agronomia, Geologia, Metereologia e Geografia
CREA/JR-MT
2. AGENDA
•Segurança Alimentar
•Quantidade
•Qualidade
•Alimentos Seguros: Resíduos de Defensivos Agrícolas
•Contaminação x Intoxicação
•Determinação da LMR
•Monitoramento de Resíduos de Defensivos em Alimentos
•Conclusões
3. SEGURANÇA ALIMENTAR
Lei nº 11.346/2006
A segurança alimentar e nutricional consiste na realização
do direito de todos ao acesso regular e permanente a
alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem
comprometer o acesso a outras necessidades essenciais,
tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde,
que respeitem a diversidade cultural e que sejam social,
econômica e ambientalmente sustentáveis.
QUANTIDADE
QUALIDADE
4. POPULAÇÃO MUNDIAL
Crescimento da população mundial - 2030
9
8
7
6
5
2002
2009
2017
2025
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2010
2011
2012
2013
2014
2015
2016
2018
2019
2020
2021
2022
2023
2024
2026
2027
2028
2029
2030
Crescimento anual dos últimos 30 anos foi de 1,7%...
Fonte: FAO, 2002. World agriculture 2030: Main findings.
5. ALIMENTOS
DESAFIO VITAL
POPULAÇÃO DA TERRA
40 ANOS
7 Bilhões 9 Bilhões + 70% ALIMENTOS
CRESCIMENTO DA DEMANDA POR ALIMENTOS MAIOR QUE
CAPACIDADE DE PRODUÇÃO.
LIMITAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS: SOLO E ÁGUA
ÁREA CULTIVÁVEL
1960 1 HA 2 PESSOAS
2025 1 HA 5 PESSOAS
Fonte: Banco Mundial
14. PIB AGRONEGÓCIO BRASILEIRO
Estados Participação no PIB
MG 15,2%
SP 11,3%
RS 11,1% 60,9%
PR 9,3%
GO 7,0%
MT 6,9%
Fontes: IBGE, 2012
15. MATRIZ ENERGÉTICA
AGROENERGIA = produção de cana = 600 milhões de toneladas
Fontes: Nakícenovic, Grübler and MaConald, 1998 e Energy Information Administration - EIA/USA
16. CUMPRINDO AS EXIGÊNCIAS DE UMA
PRODUÇÃO SUSTENTÁVEL
Alimentar o mundo tem sido possível devido
à tecnologia agrícola.
•Dr. Norman Borlaug ,
‘Pai da Revolução Verde’;
Ganhador do Prêmio Nobel da Paz.
17. ALIMENTO SEGURO/ SEGURANÇA DO
ALIMENTO
QUALIDADE/ PERIGOS E RISCOS
CARACTERÍSTICAS NUTRICIONAIS
PERIGOS / RISCOS
Físicos: fragmentos metais, vidro
Biológicos: Salmonella sp., Escherichia coli
Toxinas: fungos, bactérias
Defensivos
Químicos: metais pesados, resíduos
Agrícolas
18. GRANDES DESAFIOS
DANOS NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNDIAL POR PRAGAS
Danos evitados
pela proteção dos Produção sem Danos reais apesar da
cultivos proteção do cultivo proteção de cultivos
(produtos
fitossanitários)
0% Plantas daninhas
13,2%
Plantas daninhas
16,4% 27,6% 30,3%
Insetos + ácaros
15,6%
Insetos + ácaros
7,1%
42,1% Fitopatógenos 13,3%
Fitopatógenos
4,2%
19. MÉTODOS DE CONTROLE DAS PRAGAS
Genético Legislativo
Cultural Manejo Químico
Integrado
Mecânico Biológico
Físico
22. “Tudo é veneno,
nada é sem veneno;
somente a dose
determina o que
é veneno ou não.”
Theopharastus Bombastus
von Hohenheim
(1494 – 1541) - Paracelsus
24. RISCO
É a probabilidade de um evento causar efeito
adverso à saúde.
Risco = Toxicidade X Exposição
Alto Alta Alta
Baixo Alta Baixa
Alto Baixa Alta
Baixo Baixa Baixa
25. PARÂMETROS TOXICOLÓGICOS
Interpretação e Significado
• Classificação Toxicológica
• Ingestão Diária Aceitável – IDA
• Limite Máximo de Resíduos – LMR
• Intervalo de Segurança ou Período de Carência
26. CLASSIFICAÇÃO TOXICOLÓGICA
Classe I - Extremamente Tóxico
Classe II – Altamente Tóxico
Classe III – Medianamente Tóxico
Classe IV – Pouco Tóxico
27. ESTUDOS TOXICOLÓGICOS
• Dose-Resposta;
• Efeitos adversos;
• Dados confiáveis e reprodutíveis;
• Efeitos relacionados ao tratamento;
• Relevância em humanos.
Qualidade dos Estudos Toxicológicos
• Delineamento experimental adequado;
• Número, espécie, vias, doses, controles, veículo e método de análise;
• BPL – Boas Práticas de Laboratório
• Guidelines: EPA e OECD
28. ESTUDOS TOXICOLÓGICOS
• NOEL (No Observed Effect Level) – Sem Efeito
Observado
• NOAEL (No Observed Adverse Effect Level) –
Sem Efeito Adverso Observado
• LOEL (Lowest Observed Effect Level) – Menor
Nível de Efeito Observado
Faixa de dose
Selecionada
• LOAEL (Lowest Observed Adverse Effect Level)
como dose de
– Menor Nível de Efeito Observado
nível alto
• FEL (Frank Effect Level) – Nível de Efeito
Franco
29. INGESTÃO DÍARIA ACEITÁVEL (IDA)
• Quantidade máxima que, ingerida diariamente
durante toda a vida, parece não oferecer risco
apreciável à saúde, à luz dos conhecimentos atuais.
Princípio de Dose-resposta
“Todas as substâncias são tóxicas. A dose correta é que diferencia
um veneno de um remédio”
30. ESTABELECIMENTO DA IDA
NOEL (No Observed Effects Levels)
SF (100) (Fator de Segurança)
100= 10 (fator interespécie) x 10 (fator intraespécie)
IDA = X mg/kg de peso corpóreo/dia
31. LIMITE MÁXIMO DE RESÍDUOS - LMR
De acordo com o Decreto nº 4.074 de 04 de Janeiro de 2002, que
regulamenta a Lei nº 7.802 de 11 de Julho de 1989, Limite Máximo de
Resíduo (LMR) é a quantidade máxima de resíduo de agrotóxico ou
afim oficialmente aceita no alimento, em decorrência da aplicação
adequada numa fase específica desde sua produção até o consumo,
expressa em partes (em peso) do agrotóxico, afim ou seus resíduos por
milhão de partes de alimento (em peso) (ppm ou mg/kg).
32. AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DO
PRODUTO FORMULADO OU PF
Curva de degradação do i.a
0,12
0,1
0,08
LMR mg/kg
0,06
0,04
0,02
0
20 30 40 50
2 3 4 5
Dias após aplicação
Estudos de Resíduos Propostas
• por cultura
• LMR
• 4 locais
• Intervalo de segurança
33. INTERVALO DE SEGURANÇA OU
PERÍODO DE CARÊNCIA
• Definido no Decreto nº 4.074 de 04 de Janeiro de 2002 como:
a) Antes da Colheita – intervalo de tempo entre a última aplicação e a
colheita.
b) Pós-colheita – intervalo de tempo entre a última aplicação e a
comercialização do produto tratado.
c) Em pastagens – intervalo de tempo entre a última aplicação e a
comercialização do produto tratado.
d) Em ambientes hídricos – intervalo de tempo entre a última aplicação e
o reinício das atividades de irrigação, dessedentação de animais,
balneabilidade, consumo de alimentos provenientes do local e captação
para abastecimento público.
e) Em relação a cultura subseqüente – intervalo de tempo transcorrido
entre a última aplicação e o plantio consecutivo de outra cultura.
34. INGESTÃO DIÁRIA MÁXIMA TEÓRICA
NACIONAL
Estudos de
Resíduos
IDMT = LMR x Consumo alimentar
36. COMPARAÇÃO DA IDMT COM A IDA
IDMT (total)= 0,08mg/dia IDA (IA) = 0,02 mg/kg pc/dia
IDMT (total) = 0,08mg/dia IDA (60kg) = 1,2mg/dia
IDMT < IDA
LMRs propostos = risco aceitável
Inclusão do LMR na Monografia do i.a.
37. COMPARAÇÃO DA IDMT COM A IDA
IDMT = 0,1mg/dia IDA (60kg) = 0,05mg/dia
IDMT > IDA
LMRs propostos = risco inaceitável
38. RESÍDUOS DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
INCONFORMIDADES
NÃO REGISTRADOS
> LMR
PROGRAMAS DE DETECÇÃO DE RESÍDUOS
DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
SIRAH (CEAGESP / MAPA / ANDEF / APAS)
PARA (ANVISA)
PNCRC (MAPA)
40. RESÍDUOS DE DEFENSIVOS –
PARA 2009/10
O relatório da Anvisa diz que
29% das amostras eram
insatisfatórias. A maior parte
destas continha agrotóxico
registrado no país , mas não
autorizado para aquelas
culturas.
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI161496-15257,00-QUANTO+VENENO+TEM+NOSSA+COMIDA.html
FONTE: Revista Época (09/08/2010)
41. PNCR/ MAPA
PROGRAMA DE CONTROLE DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS
MULTIRESÍDUOS > 130 I.A
> 20 CULTURAS AGRÍCOLAS
42. RESÍDUOS DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
INCONFORMIDADES
NÃO REGISTRADOS 80%
REGISTRADOS 20%
INCONFORMIDADES > LMR: 4%
PADRÃO INTERNACIONAL
43. CEAGESP/ MAPA 2010
RESÍDUOS DE DEFENSIVOS AGRÍCOLAS EM ALIMENTOS
FRUTAS: abacaxi, banana, limão,
INÍCIO: 1978 maçã, mamão, manga, melão,
morango, uva
2009/2010: 450 AMOSTRAS LEGUMES: batata e tomate
VERDURAS: alface
34%: NENHUM RESÍDUO
66%: COM RESÍDUOS
90%: MENOR QUE LMR
4%: ACIMA DO LMR
6%: NÃO AUTORIZADOS
44. ALIMENTOS SAUDÁVEIS
SOB O ASPECTO DE RESÍDUOS DE DEFENSIVOS
USO DE DEFENSIVOS REGISTRADOS / NOVOS I.A / “AMIGÁVEIS”
“MINOR CROPS” REGISTRO DE DEFENSIVOS / INC. Nº1/2010
USO CORRETO E SEGURO:
RECEITA AGRONÔMICA / DEFENSIVO ADEQUADO
DOSE
PERÍODO DE CARÊNCIA
PI
BPA CERTIFICAÇÃO
45. REGISTRO “MINOR CROPS”
CULTURAS COM PEQUENO SUPORTE FITOSSANITÁRIO
PRINCIPAL CAUSA DE INCONFORMIDADES
EM ANÁLISES DE RESÍDUOS
NECESSIDADE DE LEGISLAÇÃO ADEQUADA
BALIZAMENTO INTERNACIONAL