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TRATAMENTO ESTATÍSTICO
  DE RESULTADOS EXPERIMENTAIS




Professora : Adrianne Mendonça
INTRODUÇÃO

   O estudo dos fenômenos naturais pela elaboração
    de modelos matemáticos e a medida de sua
    adequação à realidade é a finalidade das aulas
    práticas de ciências naturais, que constituem, na
    realidade, o efetivo exercício do método científico.
    Durante as aulas práticas o estudante aprende a
    reduzir a oposição entre o real e o possível e
    encontrar a região mista, a chamada região do
    provável: medida de uma grandeza e teoria das
    incertezas, por exemplo. Tal é a função específica
    das aulas práticas no desenvolvimento do
    pensamento científico do estudante.
INTRODUÇÃO À NOÇÃO DE MEDIDA

   Fazer uma medida é comparar duas grandezas de
    mesma espécie, uma sendo conhecida e a outra
    desconhecida: medida de comprimento com uma
    escala, por exemplo. Geralmente esta comparação
    consiste em associar o conjunto de grandezas da
    mesma natureza a um espaço vetorial
    unidimensional. A escolha de uma unidade
    corresponde à definição do número que mede
    uma certa grandeza deste conjunto não é outra
    coisa que a determinação da componente (na
    verdade componente contra variante) de um vetor
    particular do espaço considerado.
INTRODUÇÃO À NOÇÃO DE MEDIDA

   A comparação direta não é sempre possível;
    em conseqüência deve-se considerar uma
    relação (lei física) entre a grandeza a ser
    medida e outras grandezas conhecidas ou
    mensuráveis diretamente. Fazer uma medida
    consiste em "cercar" um valor verdadeiro Vv.
    Assim se pode entender porque um valor
    medido só tem sentido quando acompanhado
    de sua incerteza que representa o intervalo de
    confiança que se pode atribuir ao resultado.
INTRODUÇÃO À NOÇÃO DE MEDIDA

 Antes de fazer uma medida, é necessário
  questionar sobre:
 a natureza da grandeza a ser medida.

 a escolha dos métodos e aparelhos, em função
  da precisão desejada.
 Para isso é importante falar sobre a natureza
  da grandeza física, os métodos de medida e as
  qualidades dos instrumentos de medida.
A NATUREZA DA GRANDEZA FÍSICA


   Antes de começar uma medida, é importante
    conhecer bem a grandeza cujo valor é
    procurado (unidade, ordem de grandeza,
    estabilidade no tempo e no espaço, etc.) Essa
    grandeza pode ser mal definida em função de
    um parâmetro exterior que varia:
GRANDEZA FÍSICA MAL DEFINIDA POR NATUREZA

   A espessura de uma tábua de madeira não é
    tão bem definida como a espessura de uma
    peça metálica retificada. A medida, com
    precisão, do volume de um sólido de forma
    qualquer nem sempre é possível com um
    instrumento que permite a medida das
    dimensões (paquímetro, por exemplo). Em
    certos casos é inútil procurar medir com uma
    precisão melhor do que permita a definição da
    grandeza física considerada.
GRANDEZA FÍSICA FUNÇÃO DOS PARÂMETROS
EXTERIORES
   Chama-se "parâmetros exteriores" qualquer
    causa (temperatura, pressão, campo elétrico,
    campo magnético, tempo, tipo de aparelho
    utilizado, etc.) que pode afetar o valor da
    grandeza física. Por exemplo, uma variação de
    temperatura de 50 ºC produz uma variação de
    valor de uma resistência. Um amperímetro e
    um voltímetro introduzidos num circuito
    perturbam os valores das correntes e das d.d.p.
OS MÉTODOS DE MEDIDA

   Quando uma medida relativa (comparação de uma grandeza
    desconhecida com uma grandeza conhecida da mesma espécie) é
    impossível, deve-se usar uma relação entre a grandeza estudada e
    outras grandezas mensuráveis, isto é uma lei física.
   Definir um sistema de unidades consiste em escolher um certo
    número de grandezas básicas materializadas por padrões físicos. As
    outras unidades são determinadas a partir de leis, uma vez fixado o
    valor dos coeficientes numéricos ainda não determinados pela
    experiência. O sistema mais utilizado no mundo é o Sistema
    Internacional de Unidades, estabelecido em convenções
    internacionais.
   O sistema internacional (SI) tem 6 unidades fundamentais: o metro,
    o quilograma, o segundo, o ampère, o kelvin e a candela.
QUALIDADES DOS INSTRUMENTOS DE MEDIDA


   Para se utilizar um instrumento de medida
    algumas de suas características podem ser
    importantes, como, por exemplo, seu peso, seu
    volume, o tipo de alimentação, o princípio de
    funcionamento, a facilidade de instalação, a
    confiabilidade, etc. Mas as características mais
    importantes são aquelas que definem os
    vínculos entre o instrumento e a grandeza que
    ele mede.
O INTERVALO DE MENSURAÇÃO

   Um termômetro clínico, por exemplo, possui
    um intervalo de mensuração entre 34 e 52 ºC.
    Este intervalo pode ser limitado por causa das
    "grandezas de influência" que modificam as
    características do instrumento e que são
    geralmente mencionadas pelo fabricante
    (temperatura, campo elétrico, campo
    magnético, etc.)
SENSIBILIDADE

   Quanto mais facilmente um instrumento
    detecta pequenas variações da grandeza que
    ele mede tanto mais sensível ele é. Exemplo: se
    uma balança só for desequilibrada com uma
    carga maior ou igual a 0,01 grama, sua
    sensibilidade é 0,01 grama.
FINEZA

   A fineza se refere à influência do aparelho de
    medida sobre a grandeza sendo medida.
    Exemplo: A resistência interna de um
    voltímetro produz um desvio que modifica a
    d.d.p. medida. A fineza de um instrumento é
    boa quando sua reação sobre a medida é
    pequena, isto é, desprezível em comparação à
    precisão da medida.
RAPIDEZ DE RESPOSTA

   A rapidez de resposta de um instrumento de
    medida é a qualidade que expressa sua aptidão
    de seguir as variações temporais de um
    grandeza física medida. Esta rapidez é limitada
    pelas massas, momento de inércia, viscosidade
    dos fluidos, capacidades caloríficas e elétricas,
    indutância e as correntes induzidas.
UTILIZAÇÃO E ESTUDO DAS MEDIDAS ATRAVÉS DE
PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS.

   A execução de uma série de medidas constitui o
    primeiro passo no exame de um determinado
    fenômeno natural. A seguir os resultados obtidos
    devem ser organizados, interpretados e criticados
    a partir de um tratamento estatístico. Este
    geralmente permite a extração de maior número
    de informações e de conclusões mais realistas
    sobre o fenômeno estudado. Desse modo, são
    apresentadas a seguir, algumas noções
    elementares sobre o tratamento estatístico dos
    dados experimentais.
ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS , ALGARISMOS EXATOS E
ALGARISMOS INCERTOS



   São os algarismos necessários para expressar os resultados obtidos,
    durante um experimento científico, com a mesma precisão que as medidas
    realizadas.
   Constituem os algarismos de uma leitura que estão isentos de qualquer
    dúvida ou estimativa.
   Constituem-se, os algarismos de uma medida que estão sujeitos a
    estimativas. O último algarismo significativo, e apenas ele, deve ser incerto.
    A soma, divisão ou multiplicação de um algarismo incerto com algarismos
    exatos é um algarismo incerto.
ERROS


   A análise do erro num resultado numérico é
    fundamental. Os dados disponíveis são
    raramente exatos, pois são baseados em
    experiências ou estimativas. Os processos
    numéricos empregados na obtenção dos
    resultados, introduzem erros dos seguintes
    tipos:
ERRO SISTEMÁTICO


   É devido, principalmente, a fatos
    independentes do operador, por exemplo, um
    aparelho com escala mal padronizada. Os erros
    sistemáticos são constantes em grandeza e
    sinal, nunca se compensam e podem ser
    eliminados, em parte, usando-se um aparelho
    de boa qualidade e padronizando-o da melhor
    maneira possível.
ERROS ACIDENTAIS OU INDETERMINADOS

   É o erro devido ao operador. Estes erros são
    variáveis em grandeza e sinal e se compensam
    quando o número de medidas é grande. Quando
    se repete uma medida os erros acidentais
    geralmente não conservam a mesma magnitude e
    o mesmo sinal. Em conseqüência, com a ajuda de
    cálculos aproximados, de informações suficientes
    sobre as características dos instrumentos
    utilizados e de métodos adequados, é possível
    então obter para uma grandeza um conjunto de
    valores no qual se admite encontrar o "valor
    verdadeiro".
ERROS SEMI-ACIDENTAIS


   São devidos à maneira de trabalhar ou devidos
    à aparelhagem. Por exemplo, o esvaziamento
    incompleto de um béquer. Estes erros são
    constantes em sinal, mas de grandeza variável.
ERRO VERDADEIRO


 É a diferença entre o valor medido de uma
  grandeza e o valor real
 Ei = Xi - X
ERRO APARENTE, AFASTAMENTO, DISCREPÂNCIA
OU RESÍDUO

 É a diferença entre o valor medido e o valor
  mais provável.
 Ea = Xi - Xvmp
CURVA DE DISTRIBUIÇÃO DE ERROS


 Quando se dispõe de uma série muito
  numerosa de medidas de uma grandeza, pode-
  se construir uma curva de erros ou curva de
  probabilidades de Gauss.
 A curva de Gauss resulta do registro dos
  valores das medidas Xi na abscissa, enquanto
  na ordenada se assinala a freqüência Ni em
  que o mesmo resultado ocorre.
ILUSTRANDO ...
CURVA DE DISTRIBUIÇÃO DE ERROS

   No caso de um instrumento de medida cuja
    precisão não permite detectar as flutuações da
    grandeza medida (instrumento sensível às
    flutuações) basta levar em conta a precisão do
    instrumento para determinar a incerteza na
    medida. No caso contrário é preciso efetuar várias
    medidas e calcular o valor médio provável. O valor
    médio da grandeza X possui um domínio de
    incerteza D X > 0 chamado de INCERTEZA
    ABSOLUTA e determinado a partir da precisão dos
    instrumentos ou a partir das medidas repetidas.
CURVA DE DISTRIBUIÇÃO DE ERROS

   Seja um gráfico (figura acima) da probabilidade de se
    obter o valor verdadeiro de uma grandeza X. Obtém-se
    uma curva em forma de sino e simétrica em relação ao
    valor verdadeiro de X indicado por Xv na figura (isto
    para um grande número de medidas e só considerando
    os valores aceitáveis). Mostra-se que a probabilidade de
    se obter um valor Xe exterior ao intervalo Xv - dX e Xv +
    dX é dado pela razão entre a área cinza na figura e a
    área total sob a curva da mesma figura.. É
    determinando um valor considerado para esta
    probabilidade (em geral 10%) que se escolhe D X. Deste
    modo, o valor Xe medido se encontra entre Xv- D X e Xv
    + D X, com uma probabilidade igual a 90%.
CURVA DE DISTRIBUIÇÃO DE ERROS

   A incerteza absoluta permite então a definição do
    conjunto de valores entre os quais se encontr o valor
    verdadeiro, pois Xe - D X < Xv < Xe + D X.
   A incerteza absoluta não ressalta a perfeição de uma
    medida pois medir um comprimento de 1 metro com
    incerteza de 1 centímetro não apresenta a mesma
    dificuldade que medir um comprimento da ordem de
    10 km com a mesma incerteza: este última medida
    requer uma aparelhagem muito mais precisa, por isto
    introduz-se a incerteza relativa que é a razão entre a
    incerteza absoluta D X e o valor absoluto X da medida.
    Ela caracteriza a precisão da medida, é independente
    das unidades escolhidas e é sempre positiva.
CURVA DE DISTRIBUIÇÃO DE ERROS


   Nos exemplos citados no parágrafo anterior
    temos as incertezas relativas de -1/100 e
    1/106 respectivamente. Diz-se que a segunda
    medida é 10,000 vezes mais precisa que a
    primeira.
POSTULADOS DE GAUSS

   A probabilidade de se encontrar ou cometer um erro
    compreendido entre os valores X e X + dX é uma função
    de X.
   Entre os espaços de -¥ a + ¥ a probabilidade de se
    cometer um erro é igual a 1, isto é, existe a certeza do
    erro.
   O valor mais provável (VMP) de uma grandeza medida
    N vezes é a média aritmética das medidas realizadas.
   São iguais as possibilidades de se cometer erros com o
    mesmo valor absoluto desde que sejam de sinais
    contrários.
 Com base nos postulados acima e traçando-se
  um gráfico no qual as abscissas sejam
  proporcionais aos valores das medidas Xi e a
  ordenada proporcional às freqüências, obtem-
  se a curva em forma de sino. A expressão
  analítica da referida curva é:
          -h2.x2
 F(x) = K e
   onde K e h são constantes a determinar. Nota-se que quando
    x é igual a zero, tem-se F(x) = K ou seja, K é ordenada
    máxima, a qual representa o número de medidas que não
    diferem do valor mais provável.
   Freqüência e probabilidade - Teorema de Bernouille
   Freqüência: É a razão entre o número de vezes que um
    evento determinado ocorreu pelo número de vezes que
    poderia ter ocorrido.
   Probabilidade: É a razão entre o número de eventos
    favoráveis pelo número de eventos possíveis.
   Teorema de Bernouille: Quando o número de eventos
    tende para o infinito a freqüência tende para a
    probabilidade
PARÂMETROS ESTATÍSTICOS


 Uma série de dados contém informações que
  podem ser traduzidas através de alguns
  parâmetros classificados abaixo:
 Medidas de dispersão - Desvio padrão e
  amplitude
 Medidas de situação - Média, moda, mediana

 Medidas de simetria

 Medidas de achatamento
MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES.


 Quando o número de medidas da mesma
  grandeza é grande, o resultado mais comum de
  tais medidas, isto é, a tendência "central", é
  dada pela média aritmética das medidas.
 Média aritmética = X1 + X2 + ...+ Xn

                        n
MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA


 Média aritmética ponderada = N1X1 + N2X2 +
  ...+ NnXn
                                N
 onde Ni é o "peso" ou número de vezes que
  ocorreu o resultado observado
MEDIANA E MODA


 É o valor de variável que divide o conjunto de
  observações em duas partes iguais.
 É o valor da variável que corresponde à
  observação mais freqüente, isto é, o valor da
  variável cuja freqüência é máxima.
ERRO ABSOLUTO E ERRO RELATIVO

 Numa medida expressa na forma 7,25 ± 0,03, o
  valor ± 0,03 representa o erro sobre o valor
  absoluto da medida. Esse erro é independente
  do valor absoluto da medida.
 O erro relativo é definido como sendo a fração
  do erro cometido na medida. Ele depende do
  valor absoluto da medida.
 Exemplos: 7,35 ± 0,03 Er = 0,03/7,35 x 100 =
  0,21%
COMBINAÇÃO DE ERROS


 Quando uma quantidade de "a" pode ser
  somente medida indiretamente a partir de
  medidas "b" e "c", uma boa aproximação dos
  erros sobre "a" é dada por:
 Se a = b ± c, o erro absoluto sobre "a" é a soma
  dos erros absolutos sobre b e c.
 Se a = b.c ou a = b/c o erro relativo sobre "a" é
  a soma dos erros relativos sobre b e c.
VALOR MAIS PROVÁVEL DE UMA GRANDEZA


   É a média das medidas encontradas , desde
    que mereçam a mesma confiança. Mesma
    confiança significa execução de medições pelo
    mesmo observador, mesmo instrumento e
    mesmo método.
QUALIFICAÇÃO DAS MEDIDAS

   Exatas: Quando o erro sistemático é pequeno. A exatidão da medida indica
    quão próximo o valor médio experimental está próximo do valor
    verdadeiro.
   Precisas: Quando o erro acidental é pequeno. A precisão de uma medida
    tem duplo significado; referindo-se à reprodutibilidade de uma medida e ao
    número de algarismos significativos envolvidos com segurança na referida
    medida.
   A exatidão de um método científico será tanto maior quanto menor o erro
    constante.
   Uma vez calculadas as estimativas dos parâmetros estatísticos necessários
    para caracterizar a exatidão e a precisão, é necessário ainda saber
    interpretar os dados colhidos a fim de poder esclarecer certas questões
    como as enumeradas a seguir. Assim, se a média de uma série de
    observações diferir algo do valor verdadeiro, será necessário verificar se a
    diferença simplesmente reflete a flutuação dos erros indeterminados ou
    deve ser atribuída a um erro constante.
QUALIFICAÇÃO DAS MEDIDAS

   A exatidão de um método científico será tanto maior
    quanto menor o erro constante.
   Uma vez calculadas as estimativas dos parâmetros
    estatísticos necessários para caracterizar a exatidão e a
    precisão, é necessário ainda saber interpretar os dados
    colhidos a fim de poder esclarecer certas questões
    como as enumeradas a seguir. Assim, se a média de uma
    série de observações diferir algo do valor verdadeiro,
    será necessário verificar se a diferença simplesmente
    reflete a flutuação dos erros indeterminados ou deve
    ser atribuída a um erro constante.
DESVIO E ERRO MÉDIO

 Como o erro de uma medida é difícil de ser
  determinado, porque o "valor verdadeiro"
  raramente é conhecido, é necessário definir um
  erro de tal modo que não seja necessário o
  conhecimento desses "valores verdadeiros". Isto é
  feito utilizando-se o conceito de desvio.
 Quando se toma a média aritmética como valor
  real, pode-se fazer um exame crítico dos
  resultados, começando pela verificação do desvio
  Di ou pelo afastamento que cada medida
  apresenta em relação à média aritmética. Assim:
EXPLICANDO ...

 Onde X barrado é a média aritmética.
 O erro médio u desvio médio, Dm, é a média
  aritmética do valor absoluto do desvio. Para N
  medidas:
 Dm = [D1] + [D2] + ...+ [Dn]

            N
DESVIO -PADRÃO E ERRO PROVÁVEL

 A qualidade de uma medida é dada conhecendo-
  se o desvio-padrão, Ds, que dá uma idéia de
  quanto a medida difere da média, e o erro
  provável, P, que são definidos pelas relações:
 Ds = ± Ö å n D2
 N e P = Ds / Ö N
 Para um número de medidas igual ou superior a
  cinco:
 Ds = ± Ö å n(Xi - média)2
               N
DESVIO -PADRÃO E ERRO PROVÁVEL


 Para um pequeno número de medidas, inferior
  a cinco:
 Ds = ± Ö å nDi2

           N-1
 O resultado das medidas é dado por:
OBRIGADA !!!

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Tratamento estatístico de resultados experimentais

  • 1. TRATAMENTO ESTATÍSTICO DE RESULTADOS EXPERIMENTAIS Professora : Adrianne Mendonça
  • 2. INTRODUÇÃO  O estudo dos fenômenos naturais pela elaboração de modelos matemáticos e a medida de sua adequação à realidade é a finalidade das aulas práticas de ciências naturais, que constituem, na realidade, o efetivo exercício do método científico. Durante as aulas práticas o estudante aprende a reduzir a oposição entre o real e o possível e encontrar a região mista, a chamada região do provável: medida de uma grandeza e teoria das incertezas, por exemplo. Tal é a função específica das aulas práticas no desenvolvimento do pensamento científico do estudante.
  • 3. INTRODUÇÃO À NOÇÃO DE MEDIDA  Fazer uma medida é comparar duas grandezas de mesma espécie, uma sendo conhecida e a outra desconhecida: medida de comprimento com uma escala, por exemplo. Geralmente esta comparação consiste em associar o conjunto de grandezas da mesma natureza a um espaço vetorial unidimensional. A escolha de uma unidade corresponde à definição do número que mede uma certa grandeza deste conjunto não é outra coisa que a determinação da componente (na verdade componente contra variante) de um vetor particular do espaço considerado.
  • 4. INTRODUÇÃO À NOÇÃO DE MEDIDA  A comparação direta não é sempre possível; em conseqüência deve-se considerar uma relação (lei física) entre a grandeza a ser medida e outras grandezas conhecidas ou mensuráveis diretamente. Fazer uma medida consiste em "cercar" um valor verdadeiro Vv. Assim se pode entender porque um valor medido só tem sentido quando acompanhado de sua incerteza que representa o intervalo de confiança que se pode atribuir ao resultado.
  • 5. INTRODUÇÃO À NOÇÃO DE MEDIDA  Antes de fazer uma medida, é necessário questionar sobre:  a natureza da grandeza a ser medida.  a escolha dos métodos e aparelhos, em função da precisão desejada.  Para isso é importante falar sobre a natureza da grandeza física, os métodos de medida e as qualidades dos instrumentos de medida.
  • 6. A NATUREZA DA GRANDEZA FÍSICA  Antes de começar uma medida, é importante conhecer bem a grandeza cujo valor é procurado (unidade, ordem de grandeza, estabilidade no tempo e no espaço, etc.) Essa grandeza pode ser mal definida em função de um parâmetro exterior que varia:
  • 7. GRANDEZA FÍSICA MAL DEFINIDA POR NATUREZA  A espessura de uma tábua de madeira não é tão bem definida como a espessura de uma peça metálica retificada. A medida, com precisão, do volume de um sólido de forma qualquer nem sempre é possível com um instrumento que permite a medida das dimensões (paquímetro, por exemplo). Em certos casos é inútil procurar medir com uma precisão melhor do que permita a definição da grandeza física considerada.
  • 8. GRANDEZA FÍSICA FUNÇÃO DOS PARÂMETROS EXTERIORES  Chama-se "parâmetros exteriores" qualquer causa (temperatura, pressão, campo elétrico, campo magnético, tempo, tipo de aparelho utilizado, etc.) que pode afetar o valor da grandeza física. Por exemplo, uma variação de temperatura de 50 ºC produz uma variação de valor de uma resistência. Um amperímetro e um voltímetro introduzidos num circuito perturbam os valores das correntes e das d.d.p.
  • 9. OS MÉTODOS DE MEDIDA  Quando uma medida relativa (comparação de uma grandeza desconhecida com uma grandeza conhecida da mesma espécie) é impossível, deve-se usar uma relação entre a grandeza estudada e outras grandezas mensuráveis, isto é uma lei física.  Definir um sistema de unidades consiste em escolher um certo número de grandezas básicas materializadas por padrões físicos. As outras unidades são determinadas a partir de leis, uma vez fixado o valor dos coeficientes numéricos ainda não determinados pela experiência. O sistema mais utilizado no mundo é o Sistema Internacional de Unidades, estabelecido em convenções internacionais.  O sistema internacional (SI) tem 6 unidades fundamentais: o metro, o quilograma, o segundo, o ampère, o kelvin e a candela.
  • 10. QUALIDADES DOS INSTRUMENTOS DE MEDIDA  Para se utilizar um instrumento de medida algumas de suas características podem ser importantes, como, por exemplo, seu peso, seu volume, o tipo de alimentação, o princípio de funcionamento, a facilidade de instalação, a confiabilidade, etc. Mas as características mais importantes são aquelas que definem os vínculos entre o instrumento e a grandeza que ele mede.
  • 11. O INTERVALO DE MENSURAÇÃO  Um termômetro clínico, por exemplo, possui um intervalo de mensuração entre 34 e 52 ºC. Este intervalo pode ser limitado por causa das "grandezas de influência" que modificam as características do instrumento e que são geralmente mencionadas pelo fabricante (temperatura, campo elétrico, campo magnético, etc.)
  • 12. SENSIBILIDADE  Quanto mais facilmente um instrumento detecta pequenas variações da grandeza que ele mede tanto mais sensível ele é. Exemplo: se uma balança só for desequilibrada com uma carga maior ou igual a 0,01 grama, sua sensibilidade é 0,01 grama.
  • 13. FINEZA  A fineza se refere à influência do aparelho de medida sobre a grandeza sendo medida. Exemplo: A resistência interna de um voltímetro produz um desvio que modifica a d.d.p. medida. A fineza de um instrumento é boa quando sua reação sobre a medida é pequena, isto é, desprezível em comparação à precisão da medida.
  • 14. RAPIDEZ DE RESPOSTA  A rapidez de resposta de um instrumento de medida é a qualidade que expressa sua aptidão de seguir as variações temporais de um grandeza física medida. Esta rapidez é limitada pelas massas, momento de inércia, viscosidade dos fluidos, capacidades caloríficas e elétricas, indutância e as correntes induzidas.
  • 15. UTILIZAÇÃO E ESTUDO DAS MEDIDAS ATRAVÉS DE PROCEDIMENTOS ESTATÍSTICOS.  A execução de uma série de medidas constitui o primeiro passo no exame de um determinado fenômeno natural. A seguir os resultados obtidos devem ser organizados, interpretados e criticados a partir de um tratamento estatístico. Este geralmente permite a extração de maior número de informações e de conclusões mais realistas sobre o fenômeno estudado. Desse modo, são apresentadas a seguir, algumas noções elementares sobre o tratamento estatístico dos dados experimentais.
  • 16. ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS , ALGARISMOS EXATOS E ALGARISMOS INCERTOS  São os algarismos necessários para expressar os resultados obtidos, durante um experimento científico, com a mesma precisão que as medidas realizadas.  Constituem os algarismos de uma leitura que estão isentos de qualquer dúvida ou estimativa.  Constituem-se, os algarismos de uma medida que estão sujeitos a estimativas. O último algarismo significativo, e apenas ele, deve ser incerto. A soma, divisão ou multiplicação de um algarismo incerto com algarismos exatos é um algarismo incerto.
  • 17. ERROS  A análise do erro num resultado numérico é fundamental. Os dados disponíveis são raramente exatos, pois são baseados em experiências ou estimativas. Os processos numéricos empregados na obtenção dos resultados, introduzem erros dos seguintes tipos:
  • 18. ERRO SISTEMÁTICO  É devido, principalmente, a fatos independentes do operador, por exemplo, um aparelho com escala mal padronizada. Os erros sistemáticos são constantes em grandeza e sinal, nunca se compensam e podem ser eliminados, em parte, usando-se um aparelho de boa qualidade e padronizando-o da melhor maneira possível.
  • 19. ERROS ACIDENTAIS OU INDETERMINADOS  É o erro devido ao operador. Estes erros são variáveis em grandeza e sinal e se compensam quando o número de medidas é grande. Quando se repete uma medida os erros acidentais geralmente não conservam a mesma magnitude e o mesmo sinal. Em conseqüência, com a ajuda de cálculos aproximados, de informações suficientes sobre as características dos instrumentos utilizados e de métodos adequados, é possível então obter para uma grandeza um conjunto de valores no qual se admite encontrar o "valor verdadeiro".
  • 20. ERROS SEMI-ACIDENTAIS  São devidos à maneira de trabalhar ou devidos à aparelhagem. Por exemplo, o esvaziamento incompleto de um béquer. Estes erros são constantes em sinal, mas de grandeza variável.
  • 21. ERRO VERDADEIRO  É a diferença entre o valor medido de uma grandeza e o valor real  Ei = Xi - X
  • 22. ERRO APARENTE, AFASTAMENTO, DISCREPÂNCIA OU RESÍDUO  É a diferença entre o valor medido e o valor mais provável.  Ea = Xi - Xvmp
  • 23. CURVA DE DISTRIBUIÇÃO DE ERROS  Quando se dispõe de uma série muito numerosa de medidas de uma grandeza, pode- se construir uma curva de erros ou curva de probabilidades de Gauss.  A curva de Gauss resulta do registro dos valores das medidas Xi na abscissa, enquanto na ordenada se assinala a freqüência Ni em que o mesmo resultado ocorre.
  • 25. CURVA DE DISTRIBUIÇÃO DE ERROS  No caso de um instrumento de medida cuja precisão não permite detectar as flutuações da grandeza medida (instrumento sensível às flutuações) basta levar em conta a precisão do instrumento para determinar a incerteza na medida. No caso contrário é preciso efetuar várias medidas e calcular o valor médio provável. O valor médio da grandeza X possui um domínio de incerteza D X > 0 chamado de INCERTEZA ABSOLUTA e determinado a partir da precisão dos instrumentos ou a partir das medidas repetidas.
  • 26. CURVA DE DISTRIBUIÇÃO DE ERROS  Seja um gráfico (figura acima) da probabilidade de se obter o valor verdadeiro de uma grandeza X. Obtém-se uma curva em forma de sino e simétrica em relação ao valor verdadeiro de X indicado por Xv na figura (isto para um grande número de medidas e só considerando os valores aceitáveis). Mostra-se que a probabilidade de se obter um valor Xe exterior ao intervalo Xv - dX e Xv + dX é dado pela razão entre a área cinza na figura e a área total sob a curva da mesma figura.. É determinando um valor considerado para esta probabilidade (em geral 10%) que se escolhe D X. Deste modo, o valor Xe medido se encontra entre Xv- D X e Xv + D X, com uma probabilidade igual a 90%.
  • 27. CURVA DE DISTRIBUIÇÃO DE ERROS  A incerteza absoluta permite então a definição do conjunto de valores entre os quais se encontr o valor verdadeiro, pois Xe - D X < Xv < Xe + D X.  A incerteza absoluta não ressalta a perfeição de uma medida pois medir um comprimento de 1 metro com incerteza de 1 centímetro não apresenta a mesma dificuldade que medir um comprimento da ordem de 10 km com a mesma incerteza: este última medida requer uma aparelhagem muito mais precisa, por isto introduz-se a incerteza relativa que é a razão entre a incerteza absoluta D X e o valor absoluto X da medida. Ela caracteriza a precisão da medida, é independente das unidades escolhidas e é sempre positiva.
  • 28. CURVA DE DISTRIBUIÇÃO DE ERROS  Nos exemplos citados no parágrafo anterior temos as incertezas relativas de -1/100 e 1/106 respectivamente. Diz-se que a segunda medida é 10,000 vezes mais precisa que a primeira.
  • 29. POSTULADOS DE GAUSS  A probabilidade de se encontrar ou cometer um erro compreendido entre os valores X e X + dX é uma função de X.  Entre os espaços de -¥ a + ¥ a probabilidade de se cometer um erro é igual a 1, isto é, existe a certeza do erro.  O valor mais provável (VMP) de uma grandeza medida N vezes é a média aritmética das medidas realizadas.  São iguais as possibilidades de se cometer erros com o mesmo valor absoluto desde que sejam de sinais contrários.
  • 30.  Com base nos postulados acima e traçando-se um gráfico no qual as abscissas sejam proporcionais aos valores das medidas Xi e a ordenada proporcional às freqüências, obtem- se a curva em forma de sino. A expressão analítica da referida curva é:  -h2.x2  F(x) = K e
  • 31. onde K e h são constantes a determinar. Nota-se que quando x é igual a zero, tem-se F(x) = K ou seja, K é ordenada máxima, a qual representa o número de medidas que não diferem do valor mais provável.  Freqüência e probabilidade - Teorema de Bernouille  Freqüência: É a razão entre o número de vezes que um evento determinado ocorreu pelo número de vezes que poderia ter ocorrido.  Probabilidade: É a razão entre o número de eventos favoráveis pelo número de eventos possíveis.  Teorema de Bernouille: Quando o número de eventos tende para o infinito a freqüência tende para a probabilidade
  • 32. PARÂMETROS ESTATÍSTICOS  Uma série de dados contém informações que podem ser traduzidas através de alguns parâmetros classificados abaixo:  Medidas de dispersão - Desvio padrão e amplitude  Medidas de situação - Média, moda, mediana  Medidas de simetria  Medidas de achatamento
  • 33. MÉDIA ARITMÉTICA SIMPLES.  Quando o número de medidas da mesma grandeza é grande, o resultado mais comum de tais medidas, isto é, a tendência "central", é dada pela média aritmética das medidas.  Média aritmética = X1 + X2 + ...+ Xn  n
  • 34. MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA  Média aritmética ponderada = N1X1 + N2X2 + ...+ NnXn  N  onde Ni é o "peso" ou número de vezes que ocorreu o resultado observado
  • 35. MEDIANA E MODA  É o valor de variável que divide o conjunto de observações em duas partes iguais.  É o valor da variável que corresponde à observação mais freqüente, isto é, o valor da variável cuja freqüência é máxima.
  • 36. ERRO ABSOLUTO E ERRO RELATIVO  Numa medida expressa na forma 7,25 ± 0,03, o valor ± 0,03 representa o erro sobre o valor absoluto da medida. Esse erro é independente do valor absoluto da medida.  O erro relativo é definido como sendo a fração do erro cometido na medida. Ele depende do valor absoluto da medida.  Exemplos: 7,35 ± 0,03 Er = 0,03/7,35 x 100 = 0,21%
  • 37. COMBINAÇÃO DE ERROS  Quando uma quantidade de "a" pode ser somente medida indiretamente a partir de medidas "b" e "c", uma boa aproximação dos erros sobre "a" é dada por:  Se a = b ± c, o erro absoluto sobre "a" é a soma dos erros absolutos sobre b e c.  Se a = b.c ou a = b/c o erro relativo sobre "a" é a soma dos erros relativos sobre b e c.
  • 38. VALOR MAIS PROVÁVEL DE UMA GRANDEZA  É a média das medidas encontradas , desde que mereçam a mesma confiança. Mesma confiança significa execução de medições pelo mesmo observador, mesmo instrumento e mesmo método.
  • 39. QUALIFICAÇÃO DAS MEDIDAS  Exatas: Quando o erro sistemático é pequeno. A exatidão da medida indica quão próximo o valor médio experimental está próximo do valor verdadeiro.  Precisas: Quando o erro acidental é pequeno. A precisão de uma medida tem duplo significado; referindo-se à reprodutibilidade de uma medida e ao número de algarismos significativos envolvidos com segurança na referida medida.  A exatidão de um método científico será tanto maior quanto menor o erro constante.  Uma vez calculadas as estimativas dos parâmetros estatísticos necessários para caracterizar a exatidão e a precisão, é necessário ainda saber interpretar os dados colhidos a fim de poder esclarecer certas questões como as enumeradas a seguir. Assim, se a média de uma série de observações diferir algo do valor verdadeiro, será necessário verificar se a diferença simplesmente reflete a flutuação dos erros indeterminados ou deve ser atribuída a um erro constante.
  • 40. QUALIFICAÇÃO DAS MEDIDAS  A exatidão de um método científico será tanto maior quanto menor o erro constante.  Uma vez calculadas as estimativas dos parâmetros estatísticos necessários para caracterizar a exatidão e a precisão, é necessário ainda saber interpretar os dados colhidos a fim de poder esclarecer certas questões como as enumeradas a seguir. Assim, se a média de uma série de observações diferir algo do valor verdadeiro, será necessário verificar se a diferença simplesmente reflete a flutuação dos erros indeterminados ou deve ser atribuída a um erro constante.
  • 41. DESVIO E ERRO MÉDIO  Como o erro de uma medida é difícil de ser determinado, porque o "valor verdadeiro" raramente é conhecido, é necessário definir um erro de tal modo que não seja necessário o conhecimento desses "valores verdadeiros". Isto é feito utilizando-se o conceito de desvio.  Quando se toma a média aritmética como valor real, pode-se fazer um exame crítico dos resultados, começando pela verificação do desvio Di ou pelo afastamento que cada medida apresenta em relação à média aritmética. Assim:
  • 42. EXPLICANDO ...  Onde X barrado é a média aritmética.  O erro médio u desvio médio, Dm, é a média aritmética do valor absoluto do desvio. Para N medidas:  Dm = [D1] + [D2] + ...+ [Dn]  N
  • 43. DESVIO -PADRÃO E ERRO PROVÁVEL  A qualidade de uma medida é dada conhecendo- se o desvio-padrão, Ds, que dá uma idéia de quanto a medida difere da média, e o erro provável, P, que são definidos pelas relações:  Ds = ± Ö å n D2  N e P = Ds / Ö N  Para um número de medidas igual ou superior a cinco:  Ds = ± Ö å n(Xi - média)2  N
  • 44. DESVIO -PADRÃO E ERRO PROVÁVEL  Para um pequeno número de medidas, inferior a cinco:  Ds = ± Ö å nDi2  N-1  O resultado das medidas é dado por: