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Dossier 1
ESPECIAL
COACHING
Enquanto processo de desenvolvimento pessoal e profissional, o coaching é uma
ferramenta fundamental para todos os líderes, indivíduos, equipas e organizações que
pretendam atingir níveis mais altos de rendimento.
As aplicações desta metodologia são inúmeras e, na abertura deste especial, a ICF
expõe alguns dos desafios que os vários tipos de coaching se propõem a ultrapassar,
dependendo dos diferentes contextos dos coachees.
Seguem-se cinco contributos de empresas de coaching que abordam esta metodologia
como uma forma de ultrapassar barreiras, sejam elas físicas ou psicológicas, mesmo
quando pensamos já ter atingido o limite das nossas capacidades e/ou competências.
Através de vários testemunhos de coachees, descortinamos ainda algumas das
razões que levam um líder ou uma empresa a apostar no coaching e se os resultados
ultrapassam ou frustram as expectativas iniciais.
PROMOVER A AUTOTRANSFORMAÇÃO
DOSSIER 1
32 JANEIRO | FEVEREIRO
O
João quer melhorar
a sua condição física
para poder acompa-
nhar as corridas de
bicicleta dos filhos!
Há já mais de um mês que a Ma-
ria consegue ser ela a ir buscar
as crianças à escola! A Sara está
mesmo a transformar a sua equipa
numa equipa de alto desempe-
nho! O Eduardo é outro… firme
e assertivo a gerir esta empresa!
A Inês… finalmente a frequen-
tar o curso de História que tanto
COACHING: QUE DESAFIO?
queria! O Paulo, esse, tem con-
seguido resultados surpreenden-
tes no crescimento do seu novo
negócio!
Health, life, team, executive, ca-
reer ou business coaching são
exemplos de alguns nichos desta
atividade profissional, detalhada-
mente descritos no recente livro
que comemora os 10 anos da
International Coach Federation
(ICF) em Portugal, Coaching: Ir
mais Longe cá Dentro.
Porém, embora seja muito asso-
ciado ao desenvolvimento das
ditas soft skills, pelo que hoje
sabemos, torna-se demasiado li-
mitador procurar compreender
o coaching apenas na perspetiva
de tipologias específicas, seja
em função dos objetivos específi-
cos do cliente, seja com base nas
preferências do coach em termos
do(s) modelo(s) que utiliza. De
acordo com a definição da ICF, o
coaching consiste numa parceria
com os clientes, num processo
criativo e reflexivo que inspi-
©photon_photo–Fotolia
33 JANEIRO | FEVEREIRO
COACHING
Por Mara Castro Correia, membro do quadro de
diretores (cargo tesoureiro) da ICF Portugal
ra os clientes a maximizar o seu
potencial pessoal e profissional.
Trata-se de alcançar objetivos,
que sejam os objetivos identi-
ficados pelo cliente, desde que
significativos e extraordinários.
E, naquele que é um conjunto de
competências desenvolvidas ao
longo da sua formação contínua, o
coach apoia, desafia, congratula e
desenvolve essa relação próxima,
de forma a melhorar os benefícios
e resultados obtidos, e a assegurar
a transferência de aprendizagem
para o cenário que é a realidade
do cliente. Ao longo desse traba-
lho, e de entre várias ferramentas
possíveis, o questionamento e o
uso da pergunta assumem parti-
cular destaque, porque se alinham
com pressupostos deste processo,
nomeadamente, a criação de auto-
consciência, de aprendizagem e
de compromisso (motivação).
Na sua natureza complexa – que
é, aliás, um dos seus melhores
e mais saudáveis atributos – as
práticas de coaching foram-se de-
níveis socioeconómicos, cargos,
géneros e culturas. Esta abran-
gência, a par do seu desenvolvi-
mento exponencial acentuado
nos últimos 30 anos e dos mais de
20 anos de evidências resultantes
de investigação, permite susten-
tar esta declaração: trata-se de
uma das atividades profissionais
atualmente mais relevantes ao
serviço da humanidade. E, nesse
propósito, a excelência do e no
coaching distingue-se pela medi-
da do seu desafio: promover auto-
transformacionalidade humana.
O coaching consiste (...) num
processo criativo e reflexivo que
inspira os clientes a maximizar
o seu potencial pessoal
e profissional
senvolvendo em vários contextos,
sobretudo a partir da multidisci-
plinaridade, da complementari-
dade e da ligação entre três áreas
e campos de atuação: o treino
desportivo, a gestão/negócios
e a psicologia. Dois propósitos
comuns continuam a ligá-las e a
dar corpo ao desafio diário do tra-
balho de coaching: 1) contribuir
para libertar o potencial inexplo-
rado em cada pessoa; 2) contri-
buir para a consciência sobre as
nossas limitações/condicionan-
tes criadas pelas crenças e pers-
petivas que tomamos.
Existindo para servir objetivos
que são os do cliente, o coaching
aplica-se aos mais variados níveis
de escolaridade, áreas de vida,
DOSSIER 1
34 JANEIRO | FEVEREIRO
O
coaching é uma fer-
ramenta poderosa
e essencial que tem
por objetivo atingir
os melhores resul-
tados tanto a nível pessoal, como
profissional/empresarial, tal como
acontece no desporto.
Dependendo do estado emocio-
nal, físico ou profissional, e tipo
e dimensão do negócio em que a
pessoa se encontra, o coaching
aparece como a aposta certa para
ultrapassar as barreiras e tor-
ná-las em desafios tangíveis. A
escolha pela área de coaching as-
senta nos objetivos a concretizar:
lucro, melhor equipa, mais tempo
ou qualidade de vida? O cliente é
que sabe!
Numa perspetiva mais orientada
para os negócios, onde se aplica
o business coaching, o dever do
“treinador” é apoiar o empresá-
ACREDITA QUE O SEU
NEGÓCIO AINDA NÃO
ALCANÇOU TODO O
SEU POTENCIAL?
rio a concentrar-se no desenvol-
vimento do próprio negócio, a
delegar algumas tarefas e, através
disso, obter um menor desgaste,
não existindo por esta via a obri-
gação de “apagar todos os fogos”
na sua organização. Quando tal
acontece é no espaço da sua vida
pessoal que este irá desenvolver
as suas tarefas de desenvolvi-
mento de negócio, privando-se
de uma vida social ativa e, muitas
vezes, familiar.
O business coaching ajuda essen-
cialmente o empresário a definir
metas e objetivos com esta ação,
quer nos momentos em que ne-
cessita de uma mão para elevar o
potencial da empresa, como nos
momentos em que podemos ser
um bom apoio para que a empresa
possa dar um novo passo rumo ao
seu desenvolvimento, rumo a uma
atividade lucrativa e rumo à satis-
fação dos seus clientes e de todos
os envolvidos no quotidiano da
organização.
Não atuamos apenas num contex-
to operacional, pelo contrário,
trabalhamos princípios e valores
que estão intrínsecos em qual-
quer empreendedor. Entendam-
-se valores como a liderança, o
equilíbrio e a inteligência, que em
algumas circunstâncias são desva-
lorizados pelo gestor quando este
define outras prioridades que não
a gestão do seu próprio negócio.
Na ActionCOACH, através da
filosofia “testar e medir”, apoia-
mos a empresa e o gestor a toma-
rem as melhores decisões para o
desenvolvimento do seu negócio.
Acreditamos que é através disso
que conseguimos assegurar que
o crescimento da empresa este-
ja garantido, crescendo sempre
conjuntamente com o capital hu-
mano e com a confiança.
O cansaço físico e psicológico é
significado de uma gestão preo-
cupada e complexa. Cada negócio
é um negócio. Nós desenvolve-
mos uma estratégia conjunta para
cada caso em concreto, ajudan-
do a minimizar os seus impactos
na vida social e profissional do
gestor, regrando as suas tarefas
e criando uma maior disciplina e
divisão de tarefas no interior das
organizações.
Qual é o empresário que não quer
ver o seu negócio a crescer? Na
nossa visão, o negócio cresce
com as pessoas e com todo o seu
envolvimento e integração na
empresa e nas decisões que dela
proveem.
Por Ken Gielen, master business coach
e CEO ActionCOACH Portugal
©cacaroot–Fotolia
35 JANEIRO | FEVEREIRO
A
noçãodeatingimento/
superação de limites
tem sido uma constan-
te ao longo dos cerca
de 200 000 anos de
existência da nossa espécie (huma-
nos modernos). George Mallory,
um dos primeiros alpinistas a tentar
escalar o Evereste1
, disse numa en-
trevista em Nova Iorque que o fazia
porque“ela(amontanha)estavalá”.
A superação de “montanhas”, efeti-
vas ou simbólicas, tem sido um forte
gerador de sentido para a existência
eumtriggerdocoaching.
Como seres gregários e relacionais
que, com o outro, nos vamos cons-
truindo e reinventando ao longo do
O COACHING É
UMA RELAÇÃO
COLABORATIVA
tempo, a evolução acontece, por
norma, num contexto de relação
colaborativa entre dois ou mais in-
divíduos.
O coaching é uma relação colabo-
rativa, orientada para resultados,
através dum processo dual entre um
coach e um coachee que visa a me-
lhoria de desempenhos profissio-
nais/pessoais e o desenvolvimento
pessoal (Grant, 2003)2
. Superação
e mudança são, assim, duas neces-
sidadesmobilizadorasdaprocurade
coaching.
Sendo o coaching um ato psicoló-
gico, será fundamental que o coach
tenha formação académica em Psi-
cologia e formação pós-graduada
em coaching psicológico, de forma
a deter os conhecimentos, os ins-
trumentos de avaliação e as técnicas
atitudinais e comportamentais que
assegurem ao coachee um suporte
competente, indispensável ao pro-
cessodesuperaçãoemudança.
Sem este background formativo, há
um risco potencial de o coaching
conduzido por neófitos ter conse-
quências graves, fruto da conju-
gação de ignorância com wishful
thinking.Noanopassado,nosEUA,
um autonomeado “coach” motiva-
cionalinstigouosparticipantesnum
dos seus encontros, a caminharem
sobre brasas, embalados pelo mote
“Unleash the power within”3
. O
resultado final saldou-se em várias
dezenas de pessoas a requerem tra-
tamentohospitalar4
.
A atratividade que o coaching tem
merecido no mundo corporativo,
e não só, criou apetência em mui-
tos profissionais das mais variadas
proveniências, em tentarem a sua
“sorte” como coaches. A concor-
rência crescente criou condições
favoráveis ao crescimento irrealista
das promessas, desvirtuando, em
muitos casos, o realismo dos obje-
tivos, os prazos de consolidação/
treino das competências envolvidas,
assimcomoavisãogeraldosprogra-
masdecoaching.
É tempo de separar o trigo do joio,
promovendo o coaching como
aquilo que ele é, uma especialidade
avançadadaPsicologia,reconhecida
pela Ordem dos Psicólogos Portu-
gueses!
Por Jaime Ferreira da Silva, managing partner
da Dave Morgan
O coaching é uma relação
colaborativa (...) através dum
processo dual entre um coach
e um coachee
1
Anos 20 do séc.
passado.
2
Greene, J., & Grant,
A. (2003). Solution-fo-
cused coaching:
managing people
in a complex world.
Harlow: Pearson
Education Limited.
3
“Liberte o poder
interior”.
4
Jornal de Notícias de
25.06.2016.
COACHING
©DR©bakhtiarzein–Fotolia
DOSSIER 1
36 JANEIRO | FEVEREIRO
O
trabalho não corre
tão bem como an-
tes, há mudanças em
curso nos processos
da empresa que afe-
tam a sua função. São-lhe pedidas
novas responsabilidades, novas
maneiras de fazer as coisas. E acha
que não consegue. Ou o trabalho
até corre bem como antes, sim-
plesmente você sente que não tem
mais para dar. Justamente agora
que se abre a possibilidade de
evolução de carreira que estava à
espera, sente que atingiu o limite
das suas competências. Será que o
coaching o pode ajudar a superar
esse impasse?
É importante começar por assu-
mir que somos limitados. Faz par-
te da condição humana ter limites
físicos e psicológicos definitivos,
inultrapassáveis. Não veremos um
ser humano geneticamente não
adulterado correr 100 metros em
quatro segundos, por exemplo.
Tendo dito isto, os nossos limites
não estão onde achamos que estão.
A maior parte das vezes, há uma
diferença muito grande entre o li-
mite real e o percebido. E é nessa
diferença que o coaching trabalha.
O que nos leva a sentir mais limi-
tados do que na verdade somos?
O que nos leva a reduzir as nossas
capacidades simplesmente por
não as exercitarmos? A maior par-
te das vezes, trata-se de crenças
limitadoras. Aprendemos a não
nos expor, a não sobressair, a não
“ficar em bicos dos pés”. E se isso
pode ser desejável em algumas
situações, na maioria dos casos
encolhe progressivamente a nossa
zona de conforto.
Noutras situações, queremos me-
lhorar as nossas competências,
mas desconhecemos o modo de o
conseguir. Ou não temos as ferra-
mentas. Ou o contexto não é favo-
rável. Ou os recursos não existem.
Ou precisamos de orientação.
É nestes casos que o coaching
pode catalisar o desenvolvimento
de competências. Transformar
crenças limitadoras em crenças
poderosas. Promover a geração de
alternativas. Apoiar a resolução
de problemas. Agilizar a aprendi-
zagem. Flexibilizar a necessidade
de recursos. Estabelecer planos
individualizados.
Por vezes, há questões de perso-
nalidade envolvidas. Défices de
autoestima, hábitos de aprendi-
zagem ineficazes, cognições ne-
gativas, traços de personalidade
“inconvenientes”. Nestes casos,
a pessoa não consegue aumentar
as suas competências porque tem
um nível de sofrimento subjacente
que tem de ser trabalhado antes.
Nestes casos, só um bom coach
psicológico, credenciado para o
efeito, é aconselhável.
Tarde ou cedo, todas as pessoas
atingem o limite das suas capaci-
dades. Umas ficam por aí, outras
forçam esse limite a afastar-se um
pouco mais todos os dias. Todos
os dias.
DO QUE ACHA POSSÍVEL
Por Ricardo Vargas, CEO da Consulting House,
Professional Certified Coach pela ICF,
especialista em Coaching Psicológico pela
Ordem dos Psicólogos Portugueses
Há uma diferença muito grande
entre o limite real e o percebido.
E é nessa diferença que
o coaching trabalha
©JakubJirsák–Fotolia
MUITO PARA ALÉM
37 JANEIRO | FEVEREIRO
COACHING
U
samos com fre-
quência a frase, “o
que conseguiste
até hoje não é nada
comparado com o
que ainda vais conseguir”. Que-
remos com isto dizer que o limite
somos nós que o estabelecemos e,
obviamente, que o conhecimento,
entretanto adquirido, será impor-
tante. As soft skills adquiridas sê-
-lo-ão também.
Naverdade,comocoaching,pode-
mos ajudar o coachee a estabele-
cer se está satisfeito onde está ou,
por outro lado, a definir para onde
quer ir – através de perguntas que
o ajudarão a encontrar o que quer,
dentro do contexto em que “vive”
ou quer “viver” e, nesse sentido,
conseguiravaliarseusa(empleno)
o que sabe ou, ainda, se precisa de
procurar mais conhecimento e que
COACHING, HERÓIS
DE CARNE E OSSO
tipo de conhecimento. Passar-se-á
o mesmo com as suas habilidades.
Que fica a faltar neste referencial?
A ATITUDE!
Num primeiro momento, o coach
ajuda o coachee a descobrir-se, a
tomar consciência de quem é, o
que faz e como atua. Claro que o
processo funciona se o coachee
aceitar o coach e, em consequên-
cia, aceitará que, a partir desse
quadro de referência, conceba,
desenvolva e esteja disponível para
implementar um PDPP - Plano de
Desenvolvimento Pessoal e Profis-
sional,usandotodasasferramentas
que já conhece e/ou outras, que o
processo lhe possa proporcionar.
Trata-se de uma questão de atitude
e de perceção de que tem algo a ga-
nhar no processo.
O coachee tem sempre “O PO-
DER” de decidir o que quer ser e
fazer futuramente. As decisões que
tome levarão aos caminhos que
quer percorrer. Cabe, então, ape-
nas ao coach ajudá-lo nessa cami-
nhada, validando continuamente a
convicção com que está nesse ca-
minho, pedindo e dando feedback.
Todas as alternativas consideradas,
essa crença cresce se, na prossecu-
ção do planeado pelo coachee, os
resultados forem aparecendo den-
tro do que pretende.
Veja-se que se fala de um plano
pessoal e profissional.
Tem de existir equilíbrio: o coa-
chee ao mover-se num dado sen-
tido tem de se sentir bem consigo
e com quem o rodeia, seja o pe-
queno núcleo familiar ou um gru-
po mais alargado de profissionais
com quem interage. O seu mindset
tem de ser e estar emocionalmente
equilibrado, pois só assim apro-
veita o processo e se liberta dos
limites supracitados. Afinal, quem
comanda o processo é o coachee.
Se pode ser física e emocionalmen-
te esgotante? Claro que sim, sem-
pre. Os heróis são de carne e osso,
por isso, o prazer de chegar onde
antes não pensava sequer existir tal
lugar, acontece porque aceita que
pode mudar, que comanda essa
mudança e faz acontecer.
Está automotivado. Essa decisão
tem uma consequência fantástica:
a fruição do obtido.
O quilómetro extra é, pois, possí-
vel com a atitude certa, fazendo o
que é certo, no momento certo.
O coachee tem sempre
“O PODER” de decidir o que quer
ser e fazer futuramente
Por José António Balau, IHTP HR & Coaching
Academy manager
©olly–Fotolia
DOSSIER 1
38 JANEIRO | FEVEREIRO
A
s organizações fu-
turas e competitivas
pretendem que os
seus líderes e as suas
equipas estejam cada
vez mais focados em alcançar altos
desempenhos, obtendo resultados
de excelência. É importante que um
líderidentifiqueaspressõeseosme-
dos que as equipas possam ter, pois
são fatores que prejudicam as suas
performances. A superação é, por
isso, uma competência emergente
deliderançafutura,adesenvolverno
líderenaequipa.
A competitividade leva a que os lí-
deres e as equipas sejam exigentes e
sintam pressão, podendo, em casos
extremos, não ser saudável para a
equipa. É fundamental a orientação
e o desenvolvimento destas equipas
através de coaching estratégico,
permitindo que ganhem resiliência,
entendam os seus limites mentais e
ultrapassemsituaçõesdemedo.
A condição para um colaborador ser
mais vulnerável ou mais resiliente
depende da maneira como avalia e
responde aos acontecimentos, isto
é, depende dos seus recursos dis-
poníveisparaenfrentardeterminada
situação.
O coach utiliza técnicas e orienta-
ções específicas de modo a ampliar
os recursos positivos desse cola-
borador, de forma a que este possa
enfrentar os seus limites mentais,
e fornece ferramentas ao líder para
que este se torne num líder coach –
quesedesenvolveedesenvolveasua
equipa.
A promoção da resiliência numa or-
ganização é uma estratégia capaz de
minimizar os efeitos das pressões,
uma vez que promove o aumento
da autoconfiança e da autoestima,
fazendo com que as exigências ou
as autoexigências fiquem ao serviço
da motivação e da superação, e não
apenasdapressão.
Ao utilizar ferramentas de coaching
estratégico alinhadas com a cultura,
valores e missão da organização, o
líderestabeleceobjetivoscomasequi-
pas, traçando metas, acompanhando
essas metas e ultrapassando barreiras,
desenvolvendo todo o seu potencial,
atravésdapromoçãodaresiliência.
Focado nesta metodologia, o líder
permitirá a cada colaborador e à
equipa, o seu desenvolvimento e
conhecimento, a orientação e ex-
ploração do potencial, a motivação
e envolvimento, o alcance de metas,
umbomrelacionamento,eapromo-
ção e vivência dos valores e missão
da organização, mantendo equipas
resilientesesaudáveis.
As equipas necessitam de uma lide-
rança com superação, que as acom-
panhe, que as mantenha engaged
com a organização, adaptadas às
mudanças e altamente produtivas.
As lideranças futuras estão focadas
nodesenvolvimentodepessoas.
RESULTADOS DE EXCELÊNCIA:
LIDERANÇA COM SUPERAÇÃO
Por Carla Vaz Paulo, corporate coach
da e-Estratégico, Empowering People
Há uma diferença muito
grande entre o limite real
e o percebido. E é nessa
diferença que o coaching
trabalha
©faithie–Fotolia
39 JANEIRO | FEVEREIRO
COACHING
Namaioriadoscasos,oquenoslevaaapostarnocoaching
é,semdúvida,afrustraçãodesaberquetemosumnegócio
do qual vivemos para ele e não dele. Normalmente, as em-
presas são constituídas e iniciadas pelo próprio dono no
qualopróprioéum“PTO”(pauparatodaaobra).Podendo
haver necessidade disso no início de qualquer negócio, as
coisas vão-se arrastando e a dificuldade de delegar tarefas
torna-semuitodifícilou,porvezes,quaseimpossível.Acha-
mo-nosos“Super-Homens”,somoscapazesdefazertudo
semprecisarde“ninguém”econvencemo-nosdeque“nin-
guém”faztãobemcomonós!Énestafasequepercebemos
anecessidadedeterumcoach quenosajudaairmaislonge.
Funcionacomoum“treinador”quenosdáavisãodesaber
e aprender como delegar e reconhecer o “poder” nas pes-
soasquetrabalhamconnosco,comaorientaçãocerta.Basta
acreditarnissoedar-lhestempoquetudoacontece.
Em relação aos resultados, gosto de me considerar como
casoespecíficodesucessoque,comaajudadomeucoach,
em menos de três anos, consegui dar uma volta de 180º à
minha vida, quer em termos pessoais, quer em termos
profissionais.
Hojetrabalhocompletamente“o”negócio,emvezde“no”
negócio.ÉumprivilégiotrabalharcomaActionCOACHe
veraevoluçãodosacontecimentos,sempreacelebrar.
Deixo como conselho a quem queira mudar a sua vida, ou
quepensequepodemelhorarouatémesmoalterarorumo
dos seus objetivos de vida, a procurar um businesscoache
escutá-lo,escutá-lo,escutá-lo.
É fundamental para qualquer líder ter uma visão cla-
ra de todas as vertentes da empresa, conseguir man-
ter o foco e ter capacidade de resposta face a todos
os desafios que enfrenta diariamente.
Para que tudo isso ocorra de forma consistente é
fundamental que existam objetivos bem definidos e
que haja prestação de contas.
O coach desempenha um papel fundamental, é a ele
que semanalmente prestamos contas das atividades
que desenvolvemos com vista a alcançar os objetivos
definidos, é com ele que estabelecemos novos obje-
tivos e discutimos e delineamos novas estratégias.
Neste processo somos treinados a utilizar de forma
mais eficaz todas as ferramentas de gestão que te-
mos ao nosso dispor.
Este processo funciona como uma parceria, pelo
que, quando o nosso “treinador” é exigente e tem
a capacidade de nos manter focados e nós conse-
guimos corresponder, os resultados só podem ser
excelentes.
HÉLIO GASPAR,
diretor-geral
O Bacorinho
(Coachee da ActionCOACH)
MAGDA
GONÇALVES,
diretora-geral
Colégio do Vale
(Coachee da ActionCOACH)
PEDRO SANTOS,diretor-geralOcyan (Coachee da ActionCOACH)
Gerir uma organização, tenha ela a dimensão que tiver, é um ato de grande responsabilidade. Liderar
um conjunto de pessoas, com personalidades, ambições e motivações diferentes é dos maiores desa-
fios que um gestor pode ter. E nem todos nascem para o fazer. Ter capacidade natural para ser um líder,
é um atributo que nem todos temos. E isso impede-nos de podermos ser um bom gestor, um bom líder?
Na minha opinião, não é um fator impeditivo, desde que tenhamos a noção do que temos de fazer para atingirmos
um patamar de excelência. No meu caso pessoal senti, como gestor com mais de 20 anos de experiência, que podia e devia
acrescentar valor à minha forma de gerir a minha organização. Sentia que precisava de ter mais tempo para gerir em vez de
executar, que precisava de mais tempo para motivar, mas ao mesmo tempo exigir aos outros aquilo que exigia de mim. Que
precisava de delegar tarefas “menores” que me ocupavam muito tempo, para me preocupar com estratégias e cumprimento
de objetivos. E tudo isto se começou a desenvolver, a partir do momento em que comecei a trabalhar com um coach, há cerca
de um ano.
A partir daí, os meus níveis de motivação, organização e orientação subiram exponencialmente.
Hoje sinto que tenho a minha equipa alinhada comigo e com os reais interesses da empresa, e mais bem preparada para en-
frentar os desafios que um mercado cada vez mais competitivo exige.
DOSSIER 1
40 JANEIRO | FEVEREIRO
Quando decidi, em plena crise, há cerca de três
anos, encontrar soluções que otimizassem os meus
resultados pessoais e profissionais, o coaching sur-
giu no topo hierárquico das ferramentas que o mer-
cado nos oferece para maximizar esses resultados,
advenham estes ao nível da liderança ou da otimiza-
ção dos processos operacionais e comerciais.
Os resultados obtidos ultrapassaram expectativas
iniciais, ajudando a alavancar de forma determi-
nante os meus resultados pessoais, os resultados da
empresa e os resultados dos nossos colaboradores,
pelo impacto que este tipo de ferramentas permite
obter na vida pessoal e profissional. Este processo
permite tornar-nos melhores pessoas e, melhores
pessoas obtêm, necessariamente, melhores resul-
tados.
Na minha perspetiva, o que leva um líder a apostar no
coaching, incide, sobretudo, no sentido de impul-
sionar o desenvolvimento de competências, através
de novos procedimentos e ferramentas, mais moder-
nos, que facilitem e ajudem a alcançar os objetivos
definidos.
Parece-me que o coaching se constitui cada vez mais
determinante na concretização dos objetivos defini-
dos pelas empresas.
Creio que os resultados ultrapassam claramente as
expectativas, o que leva um líder a aderir ao coa-
ching. Está claro que, perante isto, o coaching, seja
em que área for, é fator de sucesso quase garantido, e
é, por isso, que existem cada vez mais líderes a apos-
tar nesta ferramenta, essencialmente porque lhes
permite alcançar os objetivos eficazmente.
JORGE
VIDEIRA,
Empresário e
consultor para as áreas
da Banca & Seguros
(Coachee da IHTP)
PEDRO
MENDO,
GestãoFinanceira
UNILABS
(Coachee da IHTP)
BRANDÃO GUERREIRO, sócio-gerente, consultor, formador e auditor
Brangue – Engenharia, Consultoria e Formação
(Coachee da IHTP)
O coaching sempre me fascinou, mesmo sem saber exatamente do que se tratava.
Lido diariamente com muitas pessoas e a comunicação é assunto importante demais para ser tratado de ânimo leve.
Resolvi tirar uma formação em coaching, em primeiro lugar porque tinha a intuição de que iria aprender algo que me
ajudaria a comunicar melhor.
Durante o curso na Solfut/IHTP fui tomando consciência das potencialidades desta ferramenta. Foi uma experiência
fantástica.
Embora a experiência de aplicação ainda seja restrita, os resultados ultrapassam as expectativas. Escutar alguém que
tem um problema, fazer as perguntas certas e concluir que conseguimos ajudar essa pessoa a ultrapassar o problema é a
melhor recompensa.
Valeu a pena.
41 JANEIRO | FEVEREIRO
COACHING
O coaching é uma ferramenta particularmente útil nas
situações em que um profissional pretende implemen-
tar uma mudança ao nível comportamental e/ou de
processosdetrabalho.Nestascircunstâncias,odiálogo
com um coach que apoie e incentive o processo refle-
xivo para chegar a conclusões ou para tomar opções, é
valioso. Alcançam ou superam as expectativas quando
as metas estão claramente definidas e o coachee está
envolvido e motivado para o processo de coaching e
para implementar a mudança. Frustram expectativas
quandotalnãoacontece,ouquandoécriadaailusãode
que o processo de coaching equivale a um processo te-
rapêutico ou a um processo formativo. São duas ideias
erradas que ainda subsistem.
Vivemos na era da incerteza: o amanhã rapidamente se
transformanoontem.Asorganizaçõesassentamemestru-
turas matriciais complexas; o conhecimento é o principal
ativo e as pessoas o seu fluido vital. A rapidez a que tudo
sedesenrolarequerumaenormecapacidadedeadaptação
à mudança, nem sempre fácil, seja por resistência, receio
ou medo. O coaching ajuda a pessoa a melhorar e/ou
desenvolvercompetências,aelevaroseudesempenhoea
atingiroseupotencialmáximo,ageriramudança,adesa-
fiarpressupostosantigos,aencontrarnovasabordagense
estimulaopensamentocriativo.Osresultadossuperamas
expectativas: as interações colaborativas saem reforçadas,
a gestão dos talentos é mais bem-sucedida e a realização
profissionalepessoaldocolaboradoréumarealidade.
SUSANAALMEIDALOPES,
diretora de Desenvolvimento Organizacional
da Vieira de Almeida & Associados
(Cliente da Dave Morgan)
MARGARIDA FERREIRA,
Oncologylead da Pfizer Portugal
(Cliente da Dave Morgan)

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Como o coaching ajuda a ultrapassar limites

  • 1. Dossier 1 ESPECIAL COACHING Enquanto processo de desenvolvimento pessoal e profissional, o coaching é uma ferramenta fundamental para todos os líderes, indivíduos, equipas e organizações que pretendam atingir níveis mais altos de rendimento. As aplicações desta metodologia são inúmeras e, na abertura deste especial, a ICF expõe alguns dos desafios que os vários tipos de coaching se propõem a ultrapassar, dependendo dos diferentes contextos dos coachees. Seguem-se cinco contributos de empresas de coaching que abordam esta metodologia como uma forma de ultrapassar barreiras, sejam elas físicas ou psicológicas, mesmo quando pensamos já ter atingido o limite das nossas capacidades e/ou competências. Através de vários testemunhos de coachees, descortinamos ainda algumas das razões que levam um líder ou uma empresa a apostar no coaching e se os resultados ultrapassam ou frustram as expectativas iniciais. PROMOVER A AUTOTRANSFORMAÇÃO
  • 2. DOSSIER 1 32 JANEIRO | FEVEREIRO O João quer melhorar a sua condição física para poder acompa- nhar as corridas de bicicleta dos filhos! Há já mais de um mês que a Ma- ria consegue ser ela a ir buscar as crianças à escola! A Sara está mesmo a transformar a sua equipa numa equipa de alto desempe- nho! O Eduardo é outro… firme e assertivo a gerir esta empresa! A Inês… finalmente a frequen- tar o curso de História que tanto COACHING: QUE DESAFIO? queria! O Paulo, esse, tem con- seguido resultados surpreenden- tes no crescimento do seu novo negócio! Health, life, team, executive, ca- reer ou business coaching são exemplos de alguns nichos desta atividade profissional, detalhada- mente descritos no recente livro que comemora os 10 anos da International Coach Federation (ICF) em Portugal, Coaching: Ir mais Longe cá Dentro. Porém, embora seja muito asso- ciado ao desenvolvimento das ditas soft skills, pelo que hoje sabemos, torna-se demasiado li- mitador procurar compreender o coaching apenas na perspetiva de tipologias específicas, seja em função dos objetivos específi- cos do cliente, seja com base nas preferências do coach em termos do(s) modelo(s) que utiliza. De acordo com a definição da ICF, o coaching consiste numa parceria com os clientes, num processo criativo e reflexivo que inspi- ©photon_photo–Fotolia
  • 3. 33 JANEIRO | FEVEREIRO COACHING Por Mara Castro Correia, membro do quadro de diretores (cargo tesoureiro) da ICF Portugal ra os clientes a maximizar o seu potencial pessoal e profissional. Trata-se de alcançar objetivos, que sejam os objetivos identi- ficados pelo cliente, desde que significativos e extraordinários. E, naquele que é um conjunto de competências desenvolvidas ao longo da sua formação contínua, o coach apoia, desafia, congratula e desenvolve essa relação próxima, de forma a melhorar os benefícios e resultados obtidos, e a assegurar a transferência de aprendizagem para o cenário que é a realidade do cliente. Ao longo desse traba- lho, e de entre várias ferramentas possíveis, o questionamento e o uso da pergunta assumem parti- cular destaque, porque se alinham com pressupostos deste processo, nomeadamente, a criação de auto- consciência, de aprendizagem e de compromisso (motivação). Na sua natureza complexa – que é, aliás, um dos seus melhores e mais saudáveis atributos – as práticas de coaching foram-se de- níveis socioeconómicos, cargos, géneros e culturas. Esta abran- gência, a par do seu desenvolvi- mento exponencial acentuado nos últimos 30 anos e dos mais de 20 anos de evidências resultantes de investigação, permite susten- tar esta declaração: trata-se de uma das atividades profissionais atualmente mais relevantes ao serviço da humanidade. E, nesse propósito, a excelência do e no coaching distingue-se pela medi- da do seu desafio: promover auto- transformacionalidade humana. O coaching consiste (...) num processo criativo e reflexivo que inspira os clientes a maximizar o seu potencial pessoal e profissional senvolvendo em vários contextos, sobretudo a partir da multidisci- plinaridade, da complementari- dade e da ligação entre três áreas e campos de atuação: o treino desportivo, a gestão/negócios e a psicologia. Dois propósitos comuns continuam a ligá-las e a dar corpo ao desafio diário do tra- balho de coaching: 1) contribuir para libertar o potencial inexplo- rado em cada pessoa; 2) contri- buir para a consciência sobre as nossas limitações/condicionan- tes criadas pelas crenças e pers- petivas que tomamos. Existindo para servir objetivos que são os do cliente, o coaching aplica-se aos mais variados níveis de escolaridade, áreas de vida,
  • 4. DOSSIER 1 34 JANEIRO | FEVEREIRO O coaching é uma fer- ramenta poderosa e essencial que tem por objetivo atingir os melhores resul- tados tanto a nível pessoal, como profissional/empresarial, tal como acontece no desporto. Dependendo do estado emocio- nal, físico ou profissional, e tipo e dimensão do negócio em que a pessoa se encontra, o coaching aparece como a aposta certa para ultrapassar as barreiras e tor- ná-las em desafios tangíveis. A escolha pela área de coaching as- senta nos objetivos a concretizar: lucro, melhor equipa, mais tempo ou qualidade de vida? O cliente é que sabe! Numa perspetiva mais orientada para os negócios, onde se aplica o business coaching, o dever do “treinador” é apoiar o empresá- ACREDITA QUE O SEU NEGÓCIO AINDA NÃO ALCANÇOU TODO O SEU POTENCIAL? rio a concentrar-se no desenvol- vimento do próprio negócio, a delegar algumas tarefas e, através disso, obter um menor desgaste, não existindo por esta via a obri- gação de “apagar todos os fogos” na sua organização. Quando tal acontece é no espaço da sua vida pessoal que este irá desenvolver as suas tarefas de desenvolvi- mento de negócio, privando-se de uma vida social ativa e, muitas vezes, familiar. O business coaching ajuda essen- cialmente o empresário a definir metas e objetivos com esta ação, quer nos momentos em que ne- cessita de uma mão para elevar o potencial da empresa, como nos momentos em que podemos ser um bom apoio para que a empresa possa dar um novo passo rumo ao seu desenvolvimento, rumo a uma atividade lucrativa e rumo à satis- fação dos seus clientes e de todos os envolvidos no quotidiano da organização. Não atuamos apenas num contex- to operacional, pelo contrário, trabalhamos princípios e valores que estão intrínsecos em qual- quer empreendedor. Entendam- -se valores como a liderança, o equilíbrio e a inteligência, que em algumas circunstâncias são desva- lorizados pelo gestor quando este define outras prioridades que não a gestão do seu próprio negócio. Na ActionCOACH, através da filosofia “testar e medir”, apoia- mos a empresa e o gestor a toma- rem as melhores decisões para o desenvolvimento do seu negócio. Acreditamos que é através disso que conseguimos assegurar que o crescimento da empresa este- ja garantido, crescendo sempre conjuntamente com o capital hu- mano e com a confiança. O cansaço físico e psicológico é significado de uma gestão preo- cupada e complexa. Cada negócio é um negócio. Nós desenvolve- mos uma estratégia conjunta para cada caso em concreto, ajudan- do a minimizar os seus impactos na vida social e profissional do gestor, regrando as suas tarefas e criando uma maior disciplina e divisão de tarefas no interior das organizações. Qual é o empresário que não quer ver o seu negócio a crescer? Na nossa visão, o negócio cresce com as pessoas e com todo o seu envolvimento e integração na empresa e nas decisões que dela proveem. Por Ken Gielen, master business coach e CEO ActionCOACH Portugal ©cacaroot–Fotolia
  • 5. 35 JANEIRO | FEVEREIRO A noçãodeatingimento/ superação de limites tem sido uma constan- te ao longo dos cerca de 200 000 anos de existência da nossa espécie (huma- nos modernos). George Mallory, um dos primeiros alpinistas a tentar escalar o Evereste1 , disse numa en- trevista em Nova Iorque que o fazia porque“ela(amontanha)estavalá”. A superação de “montanhas”, efeti- vas ou simbólicas, tem sido um forte gerador de sentido para a existência eumtriggerdocoaching. Como seres gregários e relacionais que, com o outro, nos vamos cons- truindo e reinventando ao longo do O COACHING É UMA RELAÇÃO COLABORATIVA tempo, a evolução acontece, por norma, num contexto de relação colaborativa entre dois ou mais in- divíduos. O coaching é uma relação colabo- rativa, orientada para resultados, através dum processo dual entre um coach e um coachee que visa a me- lhoria de desempenhos profissio- nais/pessoais e o desenvolvimento pessoal (Grant, 2003)2 . Superação e mudança são, assim, duas neces- sidadesmobilizadorasdaprocurade coaching. Sendo o coaching um ato psicoló- gico, será fundamental que o coach tenha formação académica em Psi- cologia e formação pós-graduada em coaching psicológico, de forma a deter os conhecimentos, os ins- trumentos de avaliação e as técnicas atitudinais e comportamentais que assegurem ao coachee um suporte competente, indispensável ao pro- cessodesuperaçãoemudança. Sem este background formativo, há um risco potencial de o coaching conduzido por neófitos ter conse- quências graves, fruto da conju- gação de ignorância com wishful thinking.Noanopassado,nosEUA, um autonomeado “coach” motiva- cionalinstigouosparticipantesnum dos seus encontros, a caminharem sobre brasas, embalados pelo mote “Unleash the power within”3 . O resultado final saldou-se em várias dezenas de pessoas a requerem tra- tamentohospitalar4 . A atratividade que o coaching tem merecido no mundo corporativo, e não só, criou apetência em mui- tos profissionais das mais variadas proveniências, em tentarem a sua “sorte” como coaches. A concor- rência crescente criou condições favoráveis ao crescimento irrealista das promessas, desvirtuando, em muitos casos, o realismo dos obje- tivos, os prazos de consolidação/ treino das competências envolvidas, assimcomoavisãogeraldosprogra- masdecoaching. É tempo de separar o trigo do joio, promovendo o coaching como aquilo que ele é, uma especialidade avançadadaPsicologia,reconhecida pela Ordem dos Psicólogos Portu- gueses! Por Jaime Ferreira da Silva, managing partner da Dave Morgan O coaching é uma relação colaborativa (...) através dum processo dual entre um coach e um coachee 1 Anos 20 do séc. passado. 2 Greene, J., & Grant, A. (2003). Solution-fo- cused coaching: managing people in a complex world. Harlow: Pearson Education Limited. 3 “Liberte o poder interior”. 4 Jornal de Notícias de 25.06.2016. COACHING ©DR©bakhtiarzein–Fotolia
  • 6. DOSSIER 1 36 JANEIRO | FEVEREIRO O trabalho não corre tão bem como an- tes, há mudanças em curso nos processos da empresa que afe- tam a sua função. São-lhe pedidas novas responsabilidades, novas maneiras de fazer as coisas. E acha que não consegue. Ou o trabalho até corre bem como antes, sim- plesmente você sente que não tem mais para dar. Justamente agora que se abre a possibilidade de evolução de carreira que estava à espera, sente que atingiu o limite das suas competências. Será que o coaching o pode ajudar a superar esse impasse? É importante começar por assu- mir que somos limitados. Faz par- te da condição humana ter limites físicos e psicológicos definitivos, inultrapassáveis. Não veremos um ser humano geneticamente não adulterado correr 100 metros em quatro segundos, por exemplo. Tendo dito isto, os nossos limites não estão onde achamos que estão. A maior parte das vezes, há uma diferença muito grande entre o li- mite real e o percebido. E é nessa diferença que o coaching trabalha. O que nos leva a sentir mais limi- tados do que na verdade somos? O que nos leva a reduzir as nossas capacidades simplesmente por não as exercitarmos? A maior par- te das vezes, trata-se de crenças limitadoras. Aprendemos a não nos expor, a não sobressair, a não “ficar em bicos dos pés”. E se isso pode ser desejável em algumas situações, na maioria dos casos encolhe progressivamente a nossa zona de conforto. Noutras situações, queremos me- lhorar as nossas competências, mas desconhecemos o modo de o conseguir. Ou não temos as ferra- mentas. Ou o contexto não é favo- rável. Ou os recursos não existem. Ou precisamos de orientação. É nestes casos que o coaching pode catalisar o desenvolvimento de competências. Transformar crenças limitadoras em crenças poderosas. Promover a geração de alternativas. Apoiar a resolução de problemas. Agilizar a aprendi- zagem. Flexibilizar a necessidade de recursos. Estabelecer planos individualizados. Por vezes, há questões de perso- nalidade envolvidas. Défices de autoestima, hábitos de aprendi- zagem ineficazes, cognições ne- gativas, traços de personalidade “inconvenientes”. Nestes casos, a pessoa não consegue aumentar as suas competências porque tem um nível de sofrimento subjacente que tem de ser trabalhado antes. Nestes casos, só um bom coach psicológico, credenciado para o efeito, é aconselhável. Tarde ou cedo, todas as pessoas atingem o limite das suas capaci- dades. Umas ficam por aí, outras forçam esse limite a afastar-se um pouco mais todos os dias. Todos os dias. DO QUE ACHA POSSÍVEL Por Ricardo Vargas, CEO da Consulting House, Professional Certified Coach pela ICF, especialista em Coaching Psicológico pela Ordem dos Psicólogos Portugueses Há uma diferença muito grande entre o limite real e o percebido. E é nessa diferença que o coaching trabalha ©JakubJirsák–Fotolia MUITO PARA ALÉM
  • 7. 37 JANEIRO | FEVEREIRO COACHING U samos com fre- quência a frase, “o que conseguiste até hoje não é nada comparado com o que ainda vais conseguir”. Que- remos com isto dizer que o limite somos nós que o estabelecemos e, obviamente, que o conhecimento, entretanto adquirido, será impor- tante. As soft skills adquiridas sê- -lo-ão também. Naverdade,comocoaching,pode- mos ajudar o coachee a estabele- cer se está satisfeito onde está ou, por outro lado, a definir para onde quer ir – através de perguntas que o ajudarão a encontrar o que quer, dentro do contexto em que “vive” ou quer “viver” e, nesse sentido, conseguiravaliarseusa(empleno) o que sabe ou, ainda, se precisa de procurar mais conhecimento e que COACHING, HERÓIS DE CARNE E OSSO tipo de conhecimento. Passar-se-á o mesmo com as suas habilidades. Que fica a faltar neste referencial? A ATITUDE! Num primeiro momento, o coach ajuda o coachee a descobrir-se, a tomar consciência de quem é, o que faz e como atua. Claro que o processo funciona se o coachee aceitar o coach e, em consequên- cia, aceitará que, a partir desse quadro de referência, conceba, desenvolva e esteja disponível para implementar um PDPP - Plano de Desenvolvimento Pessoal e Profis- sional,usandotodasasferramentas que já conhece e/ou outras, que o processo lhe possa proporcionar. Trata-se de uma questão de atitude e de perceção de que tem algo a ga- nhar no processo. O coachee tem sempre “O PO- DER” de decidir o que quer ser e fazer futuramente. As decisões que tome levarão aos caminhos que quer percorrer. Cabe, então, ape- nas ao coach ajudá-lo nessa cami- nhada, validando continuamente a convicção com que está nesse ca- minho, pedindo e dando feedback. Todas as alternativas consideradas, essa crença cresce se, na prossecu- ção do planeado pelo coachee, os resultados forem aparecendo den- tro do que pretende. Veja-se que se fala de um plano pessoal e profissional. Tem de existir equilíbrio: o coa- chee ao mover-se num dado sen- tido tem de se sentir bem consigo e com quem o rodeia, seja o pe- queno núcleo familiar ou um gru- po mais alargado de profissionais com quem interage. O seu mindset tem de ser e estar emocionalmente equilibrado, pois só assim apro- veita o processo e se liberta dos limites supracitados. Afinal, quem comanda o processo é o coachee. Se pode ser física e emocionalmen- te esgotante? Claro que sim, sem- pre. Os heróis são de carne e osso, por isso, o prazer de chegar onde antes não pensava sequer existir tal lugar, acontece porque aceita que pode mudar, que comanda essa mudança e faz acontecer. Está automotivado. Essa decisão tem uma consequência fantástica: a fruição do obtido. O quilómetro extra é, pois, possí- vel com a atitude certa, fazendo o que é certo, no momento certo. O coachee tem sempre “O PODER” de decidir o que quer ser e fazer futuramente Por José António Balau, IHTP HR & Coaching Academy manager ©olly–Fotolia
  • 8. DOSSIER 1 38 JANEIRO | FEVEREIRO A s organizações fu- turas e competitivas pretendem que os seus líderes e as suas equipas estejam cada vez mais focados em alcançar altos desempenhos, obtendo resultados de excelência. É importante que um líderidentifiqueaspressõeseosme- dos que as equipas possam ter, pois são fatores que prejudicam as suas performances. A superação é, por isso, uma competência emergente deliderançafutura,adesenvolverno líderenaequipa. A competitividade leva a que os lí- deres e as equipas sejam exigentes e sintam pressão, podendo, em casos extremos, não ser saudável para a equipa. É fundamental a orientação e o desenvolvimento destas equipas através de coaching estratégico, permitindo que ganhem resiliência, entendam os seus limites mentais e ultrapassemsituaçõesdemedo. A condição para um colaborador ser mais vulnerável ou mais resiliente depende da maneira como avalia e responde aos acontecimentos, isto é, depende dos seus recursos dis- poníveisparaenfrentardeterminada situação. O coach utiliza técnicas e orienta- ções específicas de modo a ampliar os recursos positivos desse cola- borador, de forma a que este possa enfrentar os seus limites mentais, e fornece ferramentas ao líder para que este se torne num líder coach – quesedesenvolveedesenvolveasua equipa. A promoção da resiliência numa or- ganização é uma estratégia capaz de minimizar os efeitos das pressões, uma vez que promove o aumento da autoconfiança e da autoestima, fazendo com que as exigências ou as autoexigências fiquem ao serviço da motivação e da superação, e não apenasdapressão. Ao utilizar ferramentas de coaching estratégico alinhadas com a cultura, valores e missão da organização, o líderestabeleceobjetivoscomasequi- pas, traçando metas, acompanhando essas metas e ultrapassando barreiras, desenvolvendo todo o seu potencial, atravésdapromoçãodaresiliência. Focado nesta metodologia, o líder permitirá a cada colaborador e à equipa, o seu desenvolvimento e conhecimento, a orientação e ex- ploração do potencial, a motivação e envolvimento, o alcance de metas, umbomrelacionamento,eapromo- ção e vivência dos valores e missão da organização, mantendo equipas resilientesesaudáveis. As equipas necessitam de uma lide- rança com superação, que as acom- panhe, que as mantenha engaged com a organização, adaptadas às mudanças e altamente produtivas. As lideranças futuras estão focadas nodesenvolvimentodepessoas. RESULTADOS DE EXCELÊNCIA: LIDERANÇA COM SUPERAÇÃO Por Carla Vaz Paulo, corporate coach da e-Estratégico, Empowering People Há uma diferença muito grande entre o limite real e o percebido. E é nessa diferença que o coaching trabalha ©faithie–Fotolia
  • 9. 39 JANEIRO | FEVEREIRO COACHING Namaioriadoscasos,oquenoslevaaapostarnocoaching é,semdúvida,afrustraçãodesaberquetemosumnegócio do qual vivemos para ele e não dele. Normalmente, as em- presas são constituídas e iniciadas pelo próprio dono no qualopróprioéum“PTO”(pauparatodaaobra).Podendo haver necessidade disso no início de qualquer negócio, as coisas vão-se arrastando e a dificuldade de delegar tarefas torna-semuitodifícilou,porvezes,quaseimpossível.Acha- mo-nosos“Super-Homens”,somoscapazesdefazertudo semprecisarde“ninguém”econvencemo-nosdeque“nin- guém”faztãobemcomonós!Énestafasequepercebemos anecessidadedeterumcoach quenosajudaairmaislonge. Funcionacomoum“treinador”quenosdáavisãodesaber e aprender como delegar e reconhecer o “poder” nas pes- soasquetrabalhamconnosco,comaorientaçãocerta.Basta acreditarnissoedar-lhestempoquetudoacontece. Em relação aos resultados, gosto de me considerar como casoespecíficodesucessoque,comaajudadomeucoach, em menos de três anos, consegui dar uma volta de 180º à minha vida, quer em termos pessoais, quer em termos profissionais. Hojetrabalhocompletamente“o”negócio,emvezde“no” negócio.ÉumprivilégiotrabalharcomaActionCOACHe veraevoluçãodosacontecimentos,sempreacelebrar. Deixo como conselho a quem queira mudar a sua vida, ou quepensequepodemelhorarouatémesmoalterarorumo dos seus objetivos de vida, a procurar um businesscoache escutá-lo,escutá-lo,escutá-lo. É fundamental para qualquer líder ter uma visão cla- ra de todas as vertentes da empresa, conseguir man- ter o foco e ter capacidade de resposta face a todos os desafios que enfrenta diariamente. Para que tudo isso ocorra de forma consistente é fundamental que existam objetivos bem definidos e que haja prestação de contas. O coach desempenha um papel fundamental, é a ele que semanalmente prestamos contas das atividades que desenvolvemos com vista a alcançar os objetivos definidos, é com ele que estabelecemos novos obje- tivos e discutimos e delineamos novas estratégias. Neste processo somos treinados a utilizar de forma mais eficaz todas as ferramentas de gestão que te- mos ao nosso dispor. Este processo funciona como uma parceria, pelo que, quando o nosso “treinador” é exigente e tem a capacidade de nos manter focados e nós conse- guimos corresponder, os resultados só podem ser excelentes. HÉLIO GASPAR, diretor-geral O Bacorinho (Coachee da ActionCOACH) MAGDA GONÇALVES, diretora-geral Colégio do Vale (Coachee da ActionCOACH) PEDRO SANTOS,diretor-geralOcyan (Coachee da ActionCOACH) Gerir uma organização, tenha ela a dimensão que tiver, é um ato de grande responsabilidade. Liderar um conjunto de pessoas, com personalidades, ambições e motivações diferentes é dos maiores desa- fios que um gestor pode ter. E nem todos nascem para o fazer. Ter capacidade natural para ser um líder, é um atributo que nem todos temos. E isso impede-nos de podermos ser um bom gestor, um bom líder? Na minha opinião, não é um fator impeditivo, desde que tenhamos a noção do que temos de fazer para atingirmos um patamar de excelência. No meu caso pessoal senti, como gestor com mais de 20 anos de experiência, que podia e devia acrescentar valor à minha forma de gerir a minha organização. Sentia que precisava de ter mais tempo para gerir em vez de executar, que precisava de mais tempo para motivar, mas ao mesmo tempo exigir aos outros aquilo que exigia de mim. Que precisava de delegar tarefas “menores” que me ocupavam muito tempo, para me preocupar com estratégias e cumprimento de objetivos. E tudo isto se começou a desenvolver, a partir do momento em que comecei a trabalhar com um coach, há cerca de um ano. A partir daí, os meus níveis de motivação, organização e orientação subiram exponencialmente. Hoje sinto que tenho a minha equipa alinhada comigo e com os reais interesses da empresa, e mais bem preparada para en- frentar os desafios que um mercado cada vez mais competitivo exige.
  • 10. DOSSIER 1 40 JANEIRO | FEVEREIRO Quando decidi, em plena crise, há cerca de três anos, encontrar soluções que otimizassem os meus resultados pessoais e profissionais, o coaching sur- giu no topo hierárquico das ferramentas que o mer- cado nos oferece para maximizar esses resultados, advenham estes ao nível da liderança ou da otimiza- ção dos processos operacionais e comerciais. Os resultados obtidos ultrapassaram expectativas iniciais, ajudando a alavancar de forma determi- nante os meus resultados pessoais, os resultados da empresa e os resultados dos nossos colaboradores, pelo impacto que este tipo de ferramentas permite obter na vida pessoal e profissional. Este processo permite tornar-nos melhores pessoas e, melhores pessoas obtêm, necessariamente, melhores resul- tados. Na minha perspetiva, o que leva um líder a apostar no coaching, incide, sobretudo, no sentido de impul- sionar o desenvolvimento de competências, através de novos procedimentos e ferramentas, mais moder- nos, que facilitem e ajudem a alcançar os objetivos definidos. Parece-me que o coaching se constitui cada vez mais determinante na concretização dos objetivos defini- dos pelas empresas. Creio que os resultados ultrapassam claramente as expectativas, o que leva um líder a aderir ao coa- ching. Está claro que, perante isto, o coaching, seja em que área for, é fator de sucesso quase garantido, e é, por isso, que existem cada vez mais líderes a apos- tar nesta ferramenta, essencialmente porque lhes permite alcançar os objetivos eficazmente. JORGE VIDEIRA, Empresário e consultor para as áreas da Banca & Seguros (Coachee da IHTP) PEDRO MENDO, GestãoFinanceira UNILABS (Coachee da IHTP) BRANDÃO GUERREIRO, sócio-gerente, consultor, formador e auditor Brangue – Engenharia, Consultoria e Formação (Coachee da IHTP) O coaching sempre me fascinou, mesmo sem saber exatamente do que se tratava. Lido diariamente com muitas pessoas e a comunicação é assunto importante demais para ser tratado de ânimo leve. Resolvi tirar uma formação em coaching, em primeiro lugar porque tinha a intuição de que iria aprender algo que me ajudaria a comunicar melhor. Durante o curso na Solfut/IHTP fui tomando consciência das potencialidades desta ferramenta. Foi uma experiência fantástica. Embora a experiência de aplicação ainda seja restrita, os resultados ultrapassam as expectativas. Escutar alguém que tem um problema, fazer as perguntas certas e concluir que conseguimos ajudar essa pessoa a ultrapassar o problema é a melhor recompensa. Valeu a pena.
  • 11. 41 JANEIRO | FEVEREIRO COACHING O coaching é uma ferramenta particularmente útil nas situações em que um profissional pretende implemen- tar uma mudança ao nível comportamental e/ou de processosdetrabalho.Nestascircunstâncias,odiálogo com um coach que apoie e incentive o processo refle- xivo para chegar a conclusões ou para tomar opções, é valioso. Alcançam ou superam as expectativas quando as metas estão claramente definidas e o coachee está envolvido e motivado para o processo de coaching e para implementar a mudança. Frustram expectativas quandotalnãoacontece,ouquandoécriadaailusãode que o processo de coaching equivale a um processo te- rapêutico ou a um processo formativo. São duas ideias erradas que ainda subsistem. Vivemos na era da incerteza: o amanhã rapidamente se transformanoontem.Asorganizaçõesassentamemestru- turas matriciais complexas; o conhecimento é o principal ativo e as pessoas o seu fluido vital. A rapidez a que tudo sedesenrolarequerumaenormecapacidadedeadaptação à mudança, nem sempre fácil, seja por resistência, receio ou medo. O coaching ajuda a pessoa a melhorar e/ou desenvolvercompetências,aelevaroseudesempenhoea atingiroseupotencialmáximo,ageriramudança,adesa- fiarpressupostosantigos,aencontrarnovasabordagense estimulaopensamentocriativo.Osresultadossuperamas expectativas: as interações colaborativas saem reforçadas, a gestão dos talentos é mais bem-sucedida e a realização profissionalepessoaldocolaboradoréumarealidade. SUSANAALMEIDALOPES, diretora de Desenvolvimento Organizacional da Vieira de Almeida & Associados (Cliente da Dave Morgan) MARGARIDA FERREIRA, Oncologylead da Pfizer Portugal (Cliente da Dave Morgan)