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Instituto de Educação à Distância
Meios de ensino-aprendizagem
Planificação do processo de ensino-aprendizagem
Níveis de Planificação do processo de ensino-aprendizagem
Componentes de planificação do processo de ensino-aprendizagem
Etapas do processo de planificação
Jenifa Simão Filipe
Código: 708215573
Curso: Licenciatura em ensino de Português
Disciplina: Didáctica Geral
Ano de Frequência: 1ᵒ Ano
Turma: F
Chimoio, Janeiro, 2022
Folha de Feedback
Categorias Indicadores Padrões
Classificação
Pontuação
máxima
Nota
do
tutor
Subtotal
Estruturas
Aspectos
organizacionais
• Capa 0.5
• Índice 0.5
• Introdução 0.5
• Passos da
resolução
0.5
Conteúdos
Actividades
por unidade
• Resultados
obtidos
17.0
• Indicação
correcta da
fórmula
•
•
Aspectos
gerais
Formatação
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
paragrafa, espaçamento
entre linhas
1.0
Docente: MCS: Diamantino Issufo Assane
1 . A cotação pode ser distribuída de acordo com o peso da actividade.
2. O número das actividades pode variar em função ao docente .
Índice
Introdução ....................................................................................................................................... 1
Objectivo Geral............................................................................................................................... 2
Objectivos Específicos.................................................................................................................... 2
Metodologia de trabalho ................................................................................................................. 2
ANALISE E DISCUSSÃO............................................................................................................. 2
Meios de Ensino e Aprendizagem .................................................................................................. 2
I. Meios de ensino-aprendizagem ................................................................................................... 2
Classificação dos meios de ensino-aprendizagem;......................................................................... 2
Os critérios de utilização dos meios de ensino-aprendizagem; ...................................................... 4
A importância do uso dos meios de ensino-aprendizagem............................................................. 5
II. Planificação do processo de ensino-aprendizagem.................................................................... 6
Definir a planificação do Processo de Ensino – Aprendizagem..................................................... 6
Importância da planificação do PEA .............................................................................................. 6
III. Níveis de Planificação do processo de ensino-aprendizagem................................................... 7
Níveis de Planificação do PEA....................................................................................................... 7
Os elementos constantes nos modelos de plano de aula que normalmente são utilizados pelos
professores; ..................................................................................................................................... 7
Os diferentes níveis de planificação no PEA.................................................................................. 8
IV. Componentes de planificação do processo de ensino-aprendizagem....................................... 8
Os componentes que se devem ter em conta para a planificação do PEA;..................................... 8
A utilidade de se ter em conta cada um desses componentes......................................................... 8
V. Etapas do processo de planificação.......................................................................................... 11
As etapas do processo de Planificação; ....................................................................................... 11
A essência de cada etapa no processo de planificação; ................................................................ 12
Diferença entre plano e planificação............................................................................................. 13
Conclusão...................................................................................................................................... 14
Referência bibliográfica................................................................................................................ 15
1
Introdução
O presente trabalho trata de meios de Ensino e Aprendizagem. Ainda aborda sobre a Planificação
do processo de ensino-aprendizagem. Esta é uma participação inerente a todas actividades
humanas que, para a sua realização, um mínimo de recursos materiais e humanos (para além de
financeiros, em certos casos) serem indispensável. No caso do ensino trata-se sobretudo de
meios que se devem utilizar para despertar e motivar as actividades dos alunos, ao mesmo tempo
que puderam representar forma através da qual os conteúdos são representados e concretizados,
tornando-os reais e palpáveis, próximos dos alunos. Portanto, são estes meios de ensino que
iremos tratar nesta unidade.
2
Objectivo Geral
Compreender os Meios de Ensino e Aprendizagem
Objectivos Específicos
Definir meios de ensino-aprendizagem;
Classificar os meios de ensino-aprendizagem;
Explicar a Planificação do processo de ensino-aprendizagem.
Metodologia de trabalho
A metodologia usada neste trabalho, foi o método de revisão de literatura, consulta de livros, a
internet, onde baixou-se artigos relevantes ao tema, em seguida o uso do computador para a sua
execução.
ANALISE E DISCUSSÃO
Meios de Ensino e Aprendizagem
I. Meios de ensino-aprendizagem
Conceito de meios de ensino-aprendizagem;
Os recursos de ensino são componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem a
estimulação para o aluno (Piletti, 2004). Esses componentes podem ser, o professor, os livros, os
mapas, os objectos físicos, as fotografias, as fitas gravadas, as gravuras, os filmes, os recursos da
comunidade, os recursos materiais e assim por diante.
Para Libâneo, (1994), meios de ensino são meios e recursos materiais utilizados pelo professor e
pelos alunos para a realização e condução metódica do processo de ensino-aprendizagem. O
material didáctico é uma exigência daquilo que está sendo estudado por meio de palavras, a fim
de torná-lo concreto e intuitivo.
Classificação dos meios de ensino-aprendizagem;
Existem muitas classificações de meios de ensino-aprendizagem e, de igual modo, constata-se
que cada disciplina exige também seu material específico, como ilustrações, gravuras, filmes,
mapas e globo terrestre, discos e fitas, livros, enciclopédias, dicionários, revistas, álbum seriado,
manuais e livros didácticos, etc, ao mesmo tempo que temos equipamentos ou meios de ensino
3
gerais necessários para todas as disciplinas (exemplo, carteiras ou mesas, quadro - negro,
projector de slides ou filmes, gravador, flanelógrafo etc.).
Piletti (2004), explica que tradicionalmente os meios de ensino são classificados em visuais
(projecções, cartazes, gravuras) auditivos (rádio, gravação) e audiovisuais (cinema, televisão),
apesar de se reconhecer que, na prática, as expressões verbais, sonoras e visuais se
complementam, fazendo com que os recursos/meios visuais, auditivos e audiovisuais muitas
vezes sejam funcionais quando se utilizam de forma complementar. Uma outra classificação de
meios de ensino considera existirem:
Meios/recursos humanos
Professores
Alunos
Pessoal escolar
Comunicante
Para além da classificação acima, uma outra que podemos registar apresenta as seguintes
categorias de meios de ensino-aprendizagem:
Categoria/tipo Exemplos
Meios simples de trabalho Cadernos, lápis, esferográfica, régua,
escantilhão, compasso, giz, apagador, etc.
Móveis e equipamento geral das salas de aula Carteiras e mesa do professor,
armários/estantes, etc.
Objectos originais/naturais Partes de seres vivos ou na sua totalidade,
vivos ou mortos, exemplos mineralógicos,
matérias-primas, etc.
Reprodução ou imitações tridimensionais Modelos didácticos: modelo do sistema solar,
máquinas simplificadas
Aparelhos e aparelhagens para experiências e
produção
Aparelhos de demonstração e mediação,
máquinas e ferramentas de produção, estojos
de dissecação, microscópios, aparelhos em
vidro (tubos de ensaio, pipetas, provetas,
4
buretas, alambique, etc)
Meios visuais, auditivos e audiovisuais Veja a classificação anterior
Os critérios de utilização dos meios de ensino-aprendizagem;
Os meios de ensino que acabamos de apresentar, podemos destacar aqueles cuja acção se faz
mediante o uso da visão (meios visuais), da audição (meios auditivos) e, finalmente, aqueles que
estimulam simultaneamente a visão e audição (meios audiovisuais, colaborando para aproximar a
aprendizagem de situações reais.
Quanto a utilização dos meios audiovisuais na sala de aula, devemos ter presente que o homem
toma conhecimento do mundo exterior através de cinco sentidos. Pesquisas revelam que
aprendemos:
1 % - Através do gosto
1.5 % - Do tacto
11 % - Através do ouvido
83 % - Através da vista
E retemos:
10 % Que lemos
20 % Que escutamos
30 % Que vemos
50 % Que vemos e escutamos
70 % Que ouvimos e logo discutimos
90 % Do que ouvimos e logo realizamos, (Piletti, 2004: 156)
A partir destes dados concluímos que os cinco sentidos não têm a mesma importância para a
aprendizagem. Concluímos também que a percepção através de um sentido isolado é menos
eficaz do que a percepção através de dois ou mais sentidos. Por isso é importante utilizar método
e ensino que utilizem simultaneamente os meios orais e visuais. Para reforçar esta importância
dos recursos audiovisuais, apresentamos os dados do quadro abaixo que nos ilustra de que retêm
mais informações/dados por muito mais tempo se tiverem sido assimilados através de método de
ensino que combinem a estimulação da visão e da audição dos alunos.
5
A importância do uso dos meios de ensino-aprendizagem
A partir dos conceitos de “meios de ensino-aprendizagem”, que vimos anteriormente, facilmente
podemos chegar a conclusão de que os meios de ensino-aprendizagem são usados com vista a
determinadas finalidades, dentre as quais:
“Aproximar o aluno a realidade;
✓ Desenvolver a capacidade de observação;
✓ Desenvolver a experimentação concreta;
✓ Visualizar, ou concretizar os conteúdos de aprendizagem;
✓ Permitem a fixação da aprendizagem.” (Schmitz, 1993:47)
Em resumo, pode dizer-se que, na escola actual, o material didáctico mais do que ilustrar, tem
por fim levar o aluno a trabalhar, a investigar, a descobrir e a construir, pois é neste sentido que
ele aprende. Assume assim, aspecto funcional e dinâmico, proporcionando oportunidade de
enriquecer a experiência do aluno, aproximando-o da realidade e oferendo-lhe oportunidade de
actuação.
Entretanto, para que o material didáctico seja realmente auxiliar eficiente do ensino, deve
obedecer as seguintes condições:
✓ Ser adequado ao assunto da aula
✓ Ser de facil apreensão e manejo
✓ Estar em perfeito estado de funcionamento quando, principalmente, se trata de aparelhos.
E por outro lado, a utilização dos recursos de ensino de acordo com Piletti (2004:154) deve ter
em conta alguns critérios e princípios, nomeadamente:
Seleccionar um recurso de ensino deve-se ter em vista os objectivos a serem alcançados.
Nunca se deve utilizar um recurso de ensino so porque esta na moda.
Nunca se deve utilizar um recurso que não seja conhecido suficientemente de forma a poder
empregar correctamente.
A eficácia dos recursos dependerá da interacção entre eles e os alunos”.
Por isso, devemos estimular nos alunos certos comportamentos que aumentam a sua
receptividade, tais como a atenção, a percepção, o interesse, a sua participação activa, etc.
6
II. Planificação do processo de ensino-aprendizagem
Definir a planificação do Processo de Ensino – Aprendizagem
De acordo com Libâneo (1992, p. 222), “é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das
actividades didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos
propostos, quanto a sua visão revisão e adequação no decorrer do processo de ensino.
Segundo Bento (2003) “a planificação é o elo de ligação entre as pretensões, imanentes ao
sistema de ensino e aos programas das respectivas disciplinas, e a sua realização prática”. É uma
actividade prospectiva, directamente situada e empenhada na realização do ensino que se
consuma na sequência: “Elaboração do plano → realização do plano → controla do plano →
confirmação ou alteração do plano, etc.” (Bento 2003, pp. 15-16) Este autor refere ainda que a
planificação, “é também ligar a própria qualificação e formação permanente do professor ao
processo de ensino, a procura de melhores resultados no ensino como resultante do confronto
diário com problemas teóricos e práticos” BENTO 2003, p.16) “Neste sentido o professor é
então considerado um agente de ensino que, além de outros papéis, tem a responsabilidade de
desenvolver o currículo ao nível micro, adequando a sua acção ao Currículo Nacional e aos
programas das disciplinas (elaborados a nível macro), às características do meio social da escola
e dos alunos e ao Projecto Curricular da escola. Desta forma mostra que no processo de
planificação o professor estará sempre confrontado com: o programa de ensino, a população a
leccionar tendo em conta as suas características sociais e culturais, a satisfação das expectativas
dos alunos bem como os recursos disponíveis na escola e as orientações definidas no projecto
curricular de Escola”. (BENTO, 2003, p. 16)
Importância da planificação do PEA
A planificação da aula é a sistematização de todas as actividades que se desenvolvem no período
de tempo em que o professor e aluno interagem numa dinâmica de ensino e aprendizagem. Mas
porquê é importante planificar as actividades de ensino-aprendizagem? Para responder essa
questão solicitamos a visão de Piletti (2004:75), para este autor a planificação,
“- Evita a rotina e a imprevisão;
-Contribui para a realização dos objectivos visados;
-Promove a eficiência do ensino;
7
-Garante maior segurança na direcção do ensino;
-Garante economia de tempo e energia”
De acordo com Libâneo (1992, p. 223) o planejamento escolar exerce várias funções que são:
Explicitar princípios, directrizes e procedimentos do trabalho docente;
Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, politico – pedagógico e
profissional e as acções efectivas que o professor ira’ realizar na sala de aula.
Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente.
Prever objectivos, conteúdos e métodos, a partir da consideração das exigências postas pela
realidade social, no âmbito de preparo e das condições socioculturais e individuais dos
alunos.
Assegurar a unidade e coerência do trabalho docente;
Actualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto;
Facilitar a preparação das aulas.
III. Níveis de Planificação do processo de ensino-aprendizagem
Níveis de Planificação do PEA
Na perspectiva de NIVAGARA (s/d;232), a planificação do PEA realiza-se em dois níveis
fundamentais:
Nível central e nível de planificação pelo professor, passando por um nível intermediário, o da
planificação pela escola.
No entanto, Libâneo (2008) define a planificação tendo em conta os três níveis: Macro,
Meso e Micro planificação. Os dois autores estabelecem uma relação entre si na medida em que
Nivagara aglutina no nível central a planificação a longo e médio prazo, mantendo o nível do
professor a que Libâneo apelidou de planificação a curto prazo.
Os elementos constantes nos modelos de plano de aula que normalmente são utilizados
pelos professores;
Nos modelos de plano de aula que normalmente são utilizados pelos professores comporta
actividades do professor e dos alunos (traduzindo os métodos “ variantes métodicas básicas “ de
ensino a utilizar), os meios de ensino, o tempo, o conteúdo, os objectivos e as funções didácticas
(na sua integralidade, incluindo momentos de introdução e motivação, mediação assimilação,
domínio e consolidação e, finalmente, controlo e avaliação).
8
Os diferentes níveis de planificação no PEA
Conceito
➢ Nível Central - Neste nível faz-se a planificação curricular a nível da nação que abrange a
todos os níveis e graus de ensino-aprendizagem e, na base disso, procede-se a definição do
perfil de saída do nível, grau, curso, disciplina, ano, a partir do qual se faz:
A definição dos objectivos gerais, conteúdos e métodos;
A distribuição destes pelos anos, semestres ou trimestre e pelas unidades do PEA;
Elaboração dos programas detalhados por disciplina. Com base nos programas detalhados
elabora-se o livro dos alunos, o manual do professor e outros meios de ensino-
aprendizagem.
➢ Nível do Professor - A planificação do professor começa juntamente com os outros colegas,
com a elaboração do plano anual da disciplina (Dosificação). Em seguida o professor
individualmente ou em grupo elabora o seu plano de aula, métodos e técnicas de ensino,
objectivos e meios; isto é, das condições concretas que se realiza o ensino aprendizagem.
IV. Componentes de planificação do processo de ensino-aprendizagem
Os componentes que se devem ter em conta para a planificação do PEA;
a) O meio ambiente;
b) Recursos/meios de ensino existentes;
c) O aluno;
d) Conteúdos;
e) Objectivos;
f) Procedimentos de ensino;
g) Avaliação.
A utilidade de se ter em conta cada um desses componentes.
a. O meio ambiente
Só artificialmente se pode considerar a escola separada do meio. As paredes da sala de aula são
unicamente barreiras físicas, totalmente permeáveis aos problemas, interesses e hábitos culturais
da zona em que ela está inserida. Se estes factores, aparentemente estranhos não são
considerados nas propostas de aprendizagem, corre-se risco de não interessarem ou de serem
9
inacessíveis aos alunos. Os exemplos que se dão, os exercícios a que se vão propor, as
motivações que se utilizam, a linguagem que se usa, tudo têm de ser adequado ao meio. E
evidentemente, esta adequação tem muito a ver com as limitações e com os recursos quer
materiais quer humanos que a escola e o meio oferecem. Com efeito, as condições em que se
trabalha são por vezes tão fortemente imitantes que será utópico não se tomar em consideração.
E assim, frequentemente o professor é forçado, por exemplo, a mudar de estratégia porque não é
mesmo possível concretiza-la com o material e que dispõe.
b. Recursos/meios de ensino existentes
É importante conseguir o aproveitamento óptimo dos recursos existentes. Desde o quadro preto a
árvore do pátio da escola, a mão do professor que pousa amigavelmente no ombro do aluno, as
experiências vividas podem contribuir para que a aprendizagem se torne mais rica e gratificante.
O facto de a escola ter ou não máquina de projectar, filmes, slides, retroprojectores, ter
laboratórios bem ou mal equipados, o facto de a região ter ou não indústrias, explorações
mineiras, etc, abertas a uma colaboração com a escola, ou ainda mercados ou feiras, artesanatos
característicos que se possam explorar, irá ser decisivo na escolha de estratégias. Há pois que
contar com a riqueza de que são portadores os professores, os alunos, os familiares dos alunos,
bem como os elementos da comunidade.
Finalmente, pensando nos recursos, é importante que o professor pense também que ele constitui
um excelente recurso de ensino, pois tudo depende do seu “empenhamento, das atitudes, da
natureza e da qualidade de relação pedagógica investida no processo educativo”. O professor ao
planificar a sua acção tem, pois de estar bem consciente dos seus aspectos positivos e das suas
limitações como pessoa e como profissional, a fim de que possa delas tirar o maior partido
possível.
c. O aluno
Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência de vida, de um saber,
cujo aproveitamento é um recurso económico e eficaz (a compreensão de um determinado
assunto é muitas vezes mais fácil se esse assunto for tratado por um colega em vez do professor),
é o facto de permitir ao aluno trazer o contributo do seu próprio mundo ao PEA permite-lhe
sentir que é um dos protagonistas desse processo e fá-lo-á sentir-se digno de crédito, confiante
em si mesmo e nos outros.
10
Por outro lado, uma componente importante na planificação do PEA é a sua adequação ao aluno.
Realmente, para além da compreensão das características próprias do nível etário do aluno e das
características da população escolar, certamente tidas na elaboração dos programas, é
fundamental que o professor conheça as características pessoais do aluno.
O conhecimento do comportamento da turma irá ainda ter uma influência decisiva no tipo de
trabalho que se irá propor: a uma turma irrequieta será preciso fazer propostas mais dinâmicas
que canalizam aquela energia excessiva para actividade produtiva. Para alunos excessivamente
competitiva terá de insistir em propostas assentes no trabalho de grupo.
d. Conteúdos
Os conteúdos a se ter em conta na planificação do PEA pelo professor já vêm indicados, em
linhas gerais, pelos programas de ensino que se baseiam nos esquemas conceptuais que os
presidem e os temas organizadores.
Neste sentido, quando os professores duma mesma escola não trabalham em conjunto sobre um
mesmo programa pode haver diferenças de interpretação. Este facto poderá aparentemente não
ser importante, mas a discrepância de situações em que inevitavelmente aos alunos se
encontrarão ao enfrentarem os exames, naturalmente, a nível da classificação.
Neste sentido, o importante consiste em perceber que para além da organização do conhecimento
em si, com base nas sua regras, o conteúdo abrange todas as experiências educativas do
conhecimento, devidamente seleccionadas e organizadas pela escola. E na selecção da matéria
deve-se ter em conta o valor funcional que mais se liga aos problemas da actualidade e tenha
valor social. A selecção deve ter em conta os interesses regionais bem como as necessidades e
fases do desenvolvimento do aluno.
e. Objectivos
Os objectivos consistem na descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa
actividade. Os objectivos nascem da própria situação (comunidade, da família, da escola, da
disciplina, do professor e, principalmente, do aluno).
f. Procedimentos de ensino
Trata-se de acções, processos ou comportamentos planeados pelo professor para colocar o aluno
em contacto directo com coisas, factos e fenómenos que possibilitam modificar sua conduta, em
11
funçõ dos objectivos previstos. Eles se relacionam com os recursos didácticos, teóricos e
materiais que o professor tem de utilizar para alcançar os objectivos da aprendizagem dos seus
alunos: compreende método e técnicas de ensino e de todos os recursos auxiliares usados para
estimular a aprendizagem do aluno.
g. Avaliação
A avaliação se justifica como componente essencial do plano de ensino pelo facto de ajudar na
determinação do grau e quantidade de resultados alcançados em relação aos objectivos definidos.
Nesta ordem de ideias, quando terminam os trabalhos previstos para o ano lectivo, para aquela
unidade de ensino ou para aquela lição, bem como as actividades que, por se ter de atender a
qualquer acontecimento inesperado substituíram ou complementaram o que estava planificado, a
próxima etapa são avaliar o plano executado, referindo determinadas perspectivas: a sua eficácia,
o seu rendimento e optimização, a sua maximização
O ambiente escolar. Esse sim, é o elemento primordial a considerar para a planificação do PEA.
O Professor, qualquer disciplina que seja, não poderia dar aula indistintamente quer esteja nesta
unidade naquela escola, neste ou naquele ponto do pais, sobretudo em função das condições de
que dispõe: é uma questão de pragmatismo e de adequação as condições locais, para que,
efectivamente o plano seja funcional sob o ponto de conseguir levar ao alunos a atingirem os
objectivos de aprendizagem que se desejam.
Igualmente diríamos para o caso doutros componentes de que acabamos de retratar: meios ou
recursos de ensino, conteúdos e aluno. E como poderemos ver na aula que se segue, o exercício
tem que ser sempre o mesmo em relação a outros componentes, nomeadamente objectivos,
procedimentos (métodos) de ensino e a avaliação do plano de ensino.
V. Etapas do processo de planificação
As etapas do processo de Planificação;
As etapas do processo de planifico, são principalmente quatro etapas: a sondagem, a elaboração,
a execução do plano e a avaliação do mesmo. Vejamos detalhadamente essas etapas.
➢ Sondagem
➢ Elaboração
➢ Execução
➢ Avaliação
12
A essência de cada etapa no processo de planificação;
Sondagem
Essa etapa é crucial, para começar qualquer tipo de planeamento, trata-se do conhecimento da
realidade, realidade em que esse plano vai ser realizado; sobre a pertinência desta etapa, Schmitz
(1993:105), observa que “conhecendo o aluno em seu ambiente, com seus elementos integrantes,
com suas aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades pode-se planificar para ele. A
falta de sondagem e diagnóstico, muitas vezes se propõe ou o que é impossível alcançar, ou o
que não interessa, ou até o que já foi alcançado”. A observação deste autor é importante para a
compreensão da necessidade de olhar sempre para o destinatário desse processo de planificação,
incluindo as condições ambientais e materiais, bem como os métodos, os recursos didácticos
necessários para o cumprimento das actividades de aprendizagem planificadas.
Elaboração
Comecemos a distinguir o plano da planificação. A planificação refere-se ao processo em que o
professor ou os profissionais da educação, senta para esse exercício em que prevém o que deverá
acontecer na prática, no terreno pensando nas condições físicas, sociais e mentais dos alunos, nas
condições da sala de aula ou da escola, condições da comunidade, no conteúdo que será
trabalhado, nos objectivos a atingir, nos procedimentos a empregar, na forma de avaliação, isso
tudo faz parte da planificação.
Essas actividades serão colocadas a disposição sob forma de um documento escrito, a esse
documento é que se chama de plano. Quer dizer, um é processo (planificação) e o outro é
produto deste processo (plano). Penso que o nosso estudante, já compreendeu a diferença, agora
vamos explicar em que consiste a elaboração do plano.
Execução
Essa etapa faz a transposição da teoria para a prática, isto é, das idealizações para a concretização
das acções previstas, é colocar em prática as ideias esboçadas nas etapas anteriores. Aqui a
semelhança da elaboração há sempre um elemento não previsto desde que não coloque em causa
os objectivos planificados daí que se refere que a planificação exige flexibilidade, uma das
características do plano. Ao longo deste processo é sempre importante ter em conta a avaliação
dessas actividades.
Avaliação
13
Igualmente importante na planificação, pois é a garantia dos resultados Schmitz (1993), importa
referir, que a avaliação dos resultados da planificação exige também estabelecimento de critérios
claros para não correr o risco de pensarmos que tudo anda bem quando na verdade estamos longe
de cumprir com os objectivos previstos.
Essa etapa envolve todo o processo de planificação. As etapas aqui descritas não podem ser
consideradas de forma separada porque sendo um processo, elas são dinâmicas e interligadas,
quer dizer o processo não para na avaliação, pois a avaliação vai permitir a replanificação,
tornando um ciclo vicioso
Diferença entre plano e planificação
A planificação é o processo de reflexão para se tomar uma decisão, e é permanente enquanto o
plano é um guia de orientação, que deve se estabelecer ordem sequencial, progressiva, para que
se alcance seus objectivos ou objectividade e flexibilidade. (Vasconcellos, 1995)
14
Conclusão
Um ensino activo, participativo requer inevitavelmente o só de meios de ensino-aprendizagem.
Será com base nestes meios que o professor facilmente guiará as experimentações, a observação
e a manipulação dos alunos, podendo, estes, descrever os factos e fenómenos representados pelos
meios de ensino-aprendizagem. De facto, eles constituem um grande suporte para a actividade do
professor, no sentido de, através da intuição, dos órgãos de sentido, aproxima-se o aluno a
realidade do que se pretende aprender, visto que estes meios representam sempre um conteúdo
específico.
15
Referência bibliográfica
1. Bento, J. O. Planeamento e avaliação em educação física. Lisboa, 2003.
2. Libâneo, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério 2° grau. Série
formação do professor).
3. Libâneo, José Carlos. Didáctica, São Paulo, Cortez Editora, 2008.
4. Nivagara, D. Daniel, Didáctica Geral. Aprender a ensinar. Ensino a distância, UP-Maputo
s/d.
5. Piletti, C. Didáctica; Cortez editora; SP, 1990.
6. Piletti, N. Sociologia da Educação. São Paulo: Ática, 2004.
7. Schmitz, Egídio Francisco. Fundamentos da Didáctica, São Leopold, RS: Ed.UNISINOS,
1993.
8. Universidade Católica de Moçambique (UCM) (s/d) Manual de Curso de licenciatura
em Ensino de Português – 1ᵒ ano. Didáctica Geral .Código A0008. Moçambique –
Beira;

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  • 1. Universidade Católica de Moçambique Instituto de Educação à Distância Meios de ensino-aprendizagem Planificação do processo de ensino-aprendizagem Níveis de Planificação do processo de ensino-aprendizagem Componentes de planificação do processo de ensino-aprendizagem Etapas do processo de planificação Jenifa Simão Filipe Código: 708215573 Curso: Licenciatura em ensino de Português Disciplina: Didáctica Geral Ano de Frequência: 1ᵒ Ano Turma: F Chimoio, Janeiro, 2022
  • 2. Folha de Feedback Categorias Indicadores Padrões Classificação Pontuação máxima Nota do tutor Subtotal Estruturas Aspectos organizacionais • Capa 0.5 • Índice 0.5 • Introdução 0.5 • Passos da resolução 0.5 Conteúdos Actividades por unidade • Resultados obtidos 17.0 • Indicação correcta da fórmula • • Aspectos gerais Formatação Paginação, tipo e tamanho de letra, paragrafa, espaçamento entre linhas 1.0 Docente: MCS: Diamantino Issufo Assane 1 . A cotação pode ser distribuída de acordo com o peso da actividade. 2. O número das actividades pode variar em função ao docente .
  • 3. Índice Introdução ....................................................................................................................................... 1 Objectivo Geral............................................................................................................................... 2 Objectivos Específicos.................................................................................................................... 2 Metodologia de trabalho ................................................................................................................. 2 ANALISE E DISCUSSÃO............................................................................................................. 2 Meios de Ensino e Aprendizagem .................................................................................................. 2 I. Meios de ensino-aprendizagem ................................................................................................... 2 Classificação dos meios de ensino-aprendizagem;......................................................................... 2 Os critérios de utilização dos meios de ensino-aprendizagem; ...................................................... 4 A importância do uso dos meios de ensino-aprendizagem............................................................. 5 II. Planificação do processo de ensino-aprendizagem.................................................................... 6 Definir a planificação do Processo de Ensino – Aprendizagem..................................................... 6 Importância da planificação do PEA .............................................................................................. 6 III. Níveis de Planificação do processo de ensino-aprendizagem................................................... 7 Níveis de Planificação do PEA....................................................................................................... 7 Os elementos constantes nos modelos de plano de aula que normalmente são utilizados pelos professores; ..................................................................................................................................... 7 Os diferentes níveis de planificação no PEA.................................................................................. 8 IV. Componentes de planificação do processo de ensino-aprendizagem....................................... 8 Os componentes que se devem ter em conta para a planificação do PEA;..................................... 8 A utilidade de se ter em conta cada um desses componentes......................................................... 8 V. Etapas do processo de planificação.......................................................................................... 11 As etapas do processo de Planificação; ....................................................................................... 11 A essência de cada etapa no processo de planificação; ................................................................ 12 Diferença entre plano e planificação............................................................................................. 13 Conclusão...................................................................................................................................... 14 Referência bibliográfica................................................................................................................ 15
  • 4. 1 Introdução O presente trabalho trata de meios de Ensino e Aprendizagem. Ainda aborda sobre a Planificação do processo de ensino-aprendizagem. Esta é uma participação inerente a todas actividades humanas que, para a sua realização, um mínimo de recursos materiais e humanos (para além de financeiros, em certos casos) serem indispensável. No caso do ensino trata-se sobretudo de meios que se devem utilizar para despertar e motivar as actividades dos alunos, ao mesmo tempo que puderam representar forma através da qual os conteúdos são representados e concretizados, tornando-os reais e palpáveis, próximos dos alunos. Portanto, são estes meios de ensino que iremos tratar nesta unidade.
  • 5. 2 Objectivo Geral Compreender os Meios de Ensino e Aprendizagem Objectivos Específicos Definir meios de ensino-aprendizagem; Classificar os meios de ensino-aprendizagem; Explicar a Planificação do processo de ensino-aprendizagem. Metodologia de trabalho A metodologia usada neste trabalho, foi o método de revisão de literatura, consulta de livros, a internet, onde baixou-se artigos relevantes ao tema, em seguida o uso do computador para a sua execução. ANALISE E DISCUSSÃO Meios de Ensino e Aprendizagem I. Meios de ensino-aprendizagem Conceito de meios de ensino-aprendizagem; Os recursos de ensino são componentes do ambiente da aprendizagem que dão origem a estimulação para o aluno (Piletti, 2004). Esses componentes podem ser, o professor, os livros, os mapas, os objectos físicos, as fotografias, as fitas gravadas, as gravuras, os filmes, os recursos da comunidade, os recursos materiais e assim por diante. Para Libâneo, (1994), meios de ensino são meios e recursos materiais utilizados pelo professor e pelos alunos para a realização e condução metódica do processo de ensino-aprendizagem. O material didáctico é uma exigência daquilo que está sendo estudado por meio de palavras, a fim de torná-lo concreto e intuitivo. Classificação dos meios de ensino-aprendizagem; Existem muitas classificações de meios de ensino-aprendizagem e, de igual modo, constata-se que cada disciplina exige também seu material específico, como ilustrações, gravuras, filmes, mapas e globo terrestre, discos e fitas, livros, enciclopédias, dicionários, revistas, álbum seriado, manuais e livros didácticos, etc, ao mesmo tempo que temos equipamentos ou meios de ensino
  • 6. 3 gerais necessários para todas as disciplinas (exemplo, carteiras ou mesas, quadro - negro, projector de slides ou filmes, gravador, flanelógrafo etc.). Piletti (2004), explica que tradicionalmente os meios de ensino são classificados em visuais (projecções, cartazes, gravuras) auditivos (rádio, gravação) e audiovisuais (cinema, televisão), apesar de se reconhecer que, na prática, as expressões verbais, sonoras e visuais se complementam, fazendo com que os recursos/meios visuais, auditivos e audiovisuais muitas vezes sejam funcionais quando se utilizam de forma complementar. Uma outra classificação de meios de ensino considera existirem: Meios/recursos humanos Professores Alunos Pessoal escolar Comunicante Para além da classificação acima, uma outra que podemos registar apresenta as seguintes categorias de meios de ensino-aprendizagem: Categoria/tipo Exemplos Meios simples de trabalho Cadernos, lápis, esferográfica, régua, escantilhão, compasso, giz, apagador, etc. Móveis e equipamento geral das salas de aula Carteiras e mesa do professor, armários/estantes, etc. Objectos originais/naturais Partes de seres vivos ou na sua totalidade, vivos ou mortos, exemplos mineralógicos, matérias-primas, etc. Reprodução ou imitações tridimensionais Modelos didácticos: modelo do sistema solar, máquinas simplificadas Aparelhos e aparelhagens para experiências e produção Aparelhos de demonstração e mediação, máquinas e ferramentas de produção, estojos de dissecação, microscópios, aparelhos em vidro (tubos de ensaio, pipetas, provetas,
  • 7. 4 buretas, alambique, etc) Meios visuais, auditivos e audiovisuais Veja a classificação anterior Os critérios de utilização dos meios de ensino-aprendizagem; Os meios de ensino que acabamos de apresentar, podemos destacar aqueles cuja acção se faz mediante o uso da visão (meios visuais), da audição (meios auditivos) e, finalmente, aqueles que estimulam simultaneamente a visão e audição (meios audiovisuais, colaborando para aproximar a aprendizagem de situações reais. Quanto a utilização dos meios audiovisuais na sala de aula, devemos ter presente que o homem toma conhecimento do mundo exterior através de cinco sentidos. Pesquisas revelam que aprendemos: 1 % - Através do gosto 1.5 % - Do tacto 11 % - Através do ouvido 83 % - Através da vista E retemos: 10 % Que lemos 20 % Que escutamos 30 % Que vemos 50 % Que vemos e escutamos 70 % Que ouvimos e logo discutimos 90 % Do que ouvimos e logo realizamos, (Piletti, 2004: 156) A partir destes dados concluímos que os cinco sentidos não têm a mesma importância para a aprendizagem. Concluímos também que a percepção através de um sentido isolado é menos eficaz do que a percepção através de dois ou mais sentidos. Por isso é importante utilizar método e ensino que utilizem simultaneamente os meios orais e visuais. Para reforçar esta importância dos recursos audiovisuais, apresentamos os dados do quadro abaixo que nos ilustra de que retêm mais informações/dados por muito mais tempo se tiverem sido assimilados através de método de ensino que combinem a estimulação da visão e da audição dos alunos.
  • 8. 5 A importância do uso dos meios de ensino-aprendizagem A partir dos conceitos de “meios de ensino-aprendizagem”, que vimos anteriormente, facilmente podemos chegar a conclusão de que os meios de ensino-aprendizagem são usados com vista a determinadas finalidades, dentre as quais: “Aproximar o aluno a realidade; ✓ Desenvolver a capacidade de observação; ✓ Desenvolver a experimentação concreta; ✓ Visualizar, ou concretizar os conteúdos de aprendizagem; ✓ Permitem a fixação da aprendizagem.” (Schmitz, 1993:47) Em resumo, pode dizer-se que, na escola actual, o material didáctico mais do que ilustrar, tem por fim levar o aluno a trabalhar, a investigar, a descobrir e a construir, pois é neste sentido que ele aprende. Assume assim, aspecto funcional e dinâmico, proporcionando oportunidade de enriquecer a experiência do aluno, aproximando-o da realidade e oferendo-lhe oportunidade de actuação. Entretanto, para que o material didáctico seja realmente auxiliar eficiente do ensino, deve obedecer as seguintes condições: ✓ Ser adequado ao assunto da aula ✓ Ser de facil apreensão e manejo ✓ Estar em perfeito estado de funcionamento quando, principalmente, se trata de aparelhos. E por outro lado, a utilização dos recursos de ensino de acordo com Piletti (2004:154) deve ter em conta alguns critérios e princípios, nomeadamente: Seleccionar um recurso de ensino deve-se ter em vista os objectivos a serem alcançados. Nunca se deve utilizar um recurso de ensino so porque esta na moda. Nunca se deve utilizar um recurso que não seja conhecido suficientemente de forma a poder empregar correctamente. A eficácia dos recursos dependerá da interacção entre eles e os alunos”. Por isso, devemos estimular nos alunos certos comportamentos que aumentam a sua receptividade, tais como a atenção, a percepção, o interesse, a sua participação activa, etc.
  • 9. 6 II. Planificação do processo de ensino-aprendizagem Definir a planificação do Processo de Ensino – Aprendizagem De acordo com Libâneo (1992, p. 222), “é uma tarefa docente que inclui tanto a previsão das actividades didácticas em termos da sua organização e coordenação em face dos objectivos propostos, quanto a sua visão revisão e adequação no decorrer do processo de ensino. Segundo Bento (2003) “a planificação é o elo de ligação entre as pretensões, imanentes ao sistema de ensino e aos programas das respectivas disciplinas, e a sua realização prática”. É uma actividade prospectiva, directamente situada e empenhada na realização do ensino que se consuma na sequência: “Elaboração do plano → realização do plano → controla do plano → confirmação ou alteração do plano, etc.” (Bento 2003, pp. 15-16) Este autor refere ainda que a planificação, “é também ligar a própria qualificação e formação permanente do professor ao processo de ensino, a procura de melhores resultados no ensino como resultante do confronto diário com problemas teóricos e práticos” BENTO 2003, p.16) “Neste sentido o professor é então considerado um agente de ensino que, além de outros papéis, tem a responsabilidade de desenvolver o currículo ao nível micro, adequando a sua acção ao Currículo Nacional e aos programas das disciplinas (elaborados a nível macro), às características do meio social da escola e dos alunos e ao Projecto Curricular da escola. Desta forma mostra que no processo de planificação o professor estará sempre confrontado com: o programa de ensino, a população a leccionar tendo em conta as suas características sociais e culturais, a satisfação das expectativas dos alunos bem como os recursos disponíveis na escola e as orientações definidas no projecto curricular de Escola”. (BENTO, 2003, p. 16) Importância da planificação do PEA A planificação da aula é a sistematização de todas as actividades que se desenvolvem no período de tempo em que o professor e aluno interagem numa dinâmica de ensino e aprendizagem. Mas porquê é importante planificar as actividades de ensino-aprendizagem? Para responder essa questão solicitamos a visão de Piletti (2004:75), para este autor a planificação, “- Evita a rotina e a imprevisão; -Contribui para a realização dos objectivos visados; -Promove a eficiência do ensino;
  • 10. 7 -Garante maior segurança na direcção do ensino; -Garante economia de tempo e energia” De acordo com Libâneo (1992, p. 223) o planejamento escolar exerce várias funções que são: Explicitar princípios, directrizes e procedimentos do trabalho docente; Expressar os vínculos entre o posicionamento filosófico, politico – pedagógico e profissional e as acções efectivas que o professor ira’ realizar na sala de aula. Assegurar a racionalização, organização e coordenação do trabalho docente. Prever objectivos, conteúdos e métodos, a partir da consideração das exigências postas pela realidade social, no âmbito de preparo e das condições socioculturais e individuais dos alunos. Assegurar a unidade e coerência do trabalho docente; Actualizar o conteúdo do plano sempre que é revisto; Facilitar a preparação das aulas. III. Níveis de Planificação do processo de ensino-aprendizagem Níveis de Planificação do PEA Na perspectiva de NIVAGARA (s/d;232), a planificação do PEA realiza-se em dois níveis fundamentais: Nível central e nível de planificação pelo professor, passando por um nível intermediário, o da planificação pela escola. No entanto, Libâneo (2008) define a planificação tendo em conta os três níveis: Macro, Meso e Micro planificação. Os dois autores estabelecem uma relação entre si na medida em que Nivagara aglutina no nível central a planificação a longo e médio prazo, mantendo o nível do professor a que Libâneo apelidou de planificação a curto prazo. Os elementos constantes nos modelos de plano de aula que normalmente são utilizados pelos professores; Nos modelos de plano de aula que normalmente são utilizados pelos professores comporta actividades do professor e dos alunos (traduzindo os métodos “ variantes métodicas básicas “ de ensino a utilizar), os meios de ensino, o tempo, o conteúdo, os objectivos e as funções didácticas (na sua integralidade, incluindo momentos de introdução e motivação, mediação assimilação, domínio e consolidação e, finalmente, controlo e avaliação).
  • 11. 8 Os diferentes níveis de planificação no PEA Conceito ➢ Nível Central - Neste nível faz-se a planificação curricular a nível da nação que abrange a todos os níveis e graus de ensino-aprendizagem e, na base disso, procede-se a definição do perfil de saída do nível, grau, curso, disciplina, ano, a partir do qual se faz: A definição dos objectivos gerais, conteúdos e métodos; A distribuição destes pelos anos, semestres ou trimestre e pelas unidades do PEA; Elaboração dos programas detalhados por disciplina. Com base nos programas detalhados elabora-se o livro dos alunos, o manual do professor e outros meios de ensino- aprendizagem. ➢ Nível do Professor - A planificação do professor começa juntamente com os outros colegas, com a elaboração do plano anual da disciplina (Dosificação). Em seguida o professor individualmente ou em grupo elabora o seu plano de aula, métodos e técnicas de ensino, objectivos e meios; isto é, das condições concretas que se realiza o ensino aprendizagem. IV. Componentes de planificação do processo de ensino-aprendizagem Os componentes que se devem ter em conta para a planificação do PEA; a) O meio ambiente; b) Recursos/meios de ensino existentes; c) O aluno; d) Conteúdos; e) Objectivos; f) Procedimentos de ensino; g) Avaliação. A utilidade de se ter em conta cada um desses componentes. a. O meio ambiente Só artificialmente se pode considerar a escola separada do meio. As paredes da sala de aula são unicamente barreiras físicas, totalmente permeáveis aos problemas, interesses e hábitos culturais da zona em que ela está inserida. Se estes factores, aparentemente estranhos não são considerados nas propostas de aprendizagem, corre-se risco de não interessarem ou de serem
  • 12. 9 inacessíveis aos alunos. Os exemplos que se dão, os exercícios a que se vão propor, as motivações que se utilizam, a linguagem que se usa, tudo têm de ser adequado ao meio. E evidentemente, esta adequação tem muito a ver com as limitações e com os recursos quer materiais quer humanos que a escola e o meio oferecem. Com efeito, as condições em que se trabalha são por vezes tão fortemente imitantes que será utópico não se tomar em consideração. E assim, frequentemente o professor é forçado, por exemplo, a mudar de estratégia porque não é mesmo possível concretiza-la com o material e que dispõe. b. Recursos/meios de ensino existentes É importante conseguir o aproveitamento óptimo dos recursos existentes. Desde o quadro preto a árvore do pátio da escola, a mão do professor que pousa amigavelmente no ombro do aluno, as experiências vividas podem contribuir para que a aprendizagem se torne mais rica e gratificante. O facto de a escola ter ou não máquina de projectar, filmes, slides, retroprojectores, ter laboratórios bem ou mal equipados, o facto de a região ter ou não indústrias, explorações mineiras, etc, abertas a uma colaboração com a escola, ou ainda mercados ou feiras, artesanatos característicos que se possam explorar, irá ser decisivo na escolha de estratégias. Há pois que contar com a riqueza de que são portadores os professores, os alunos, os familiares dos alunos, bem como os elementos da comunidade. Finalmente, pensando nos recursos, é importante que o professor pense também que ele constitui um excelente recurso de ensino, pois tudo depende do seu “empenhamento, das atitudes, da natureza e da qualidade de relação pedagógica investida no processo educativo”. O professor ao planificar a sua acção tem, pois de estar bem consciente dos seus aspectos positivos e das suas limitações como pessoa e como profissional, a fim de que possa delas tirar o maior partido possível. c. O aluno Qualquer criança, adolescente ou jovem é portador de uma experiência de vida, de um saber, cujo aproveitamento é um recurso económico e eficaz (a compreensão de um determinado assunto é muitas vezes mais fácil se esse assunto for tratado por um colega em vez do professor), é o facto de permitir ao aluno trazer o contributo do seu próprio mundo ao PEA permite-lhe sentir que é um dos protagonistas desse processo e fá-lo-á sentir-se digno de crédito, confiante em si mesmo e nos outros.
  • 13. 10 Por outro lado, uma componente importante na planificação do PEA é a sua adequação ao aluno. Realmente, para além da compreensão das características próprias do nível etário do aluno e das características da população escolar, certamente tidas na elaboração dos programas, é fundamental que o professor conheça as características pessoais do aluno. O conhecimento do comportamento da turma irá ainda ter uma influência decisiva no tipo de trabalho que se irá propor: a uma turma irrequieta será preciso fazer propostas mais dinâmicas que canalizam aquela energia excessiva para actividade produtiva. Para alunos excessivamente competitiva terá de insistir em propostas assentes no trabalho de grupo. d. Conteúdos Os conteúdos a se ter em conta na planificação do PEA pelo professor já vêm indicados, em linhas gerais, pelos programas de ensino que se baseiam nos esquemas conceptuais que os presidem e os temas organizadores. Neste sentido, quando os professores duma mesma escola não trabalham em conjunto sobre um mesmo programa pode haver diferenças de interpretação. Este facto poderá aparentemente não ser importante, mas a discrepância de situações em que inevitavelmente aos alunos se encontrarão ao enfrentarem os exames, naturalmente, a nível da classificação. Neste sentido, o importante consiste em perceber que para além da organização do conhecimento em si, com base nas sua regras, o conteúdo abrange todas as experiências educativas do conhecimento, devidamente seleccionadas e organizadas pela escola. E na selecção da matéria deve-se ter em conta o valor funcional que mais se liga aos problemas da actualidade e tenha valor social. A selecção deve ter em conta os interesses regionais bem como as necessidades e fases do desenvolvimento do aluno. e. Objectivos Os objectivos consistem na descrição clara do que se pretende alcançar como resultado da nossa actividade. Os objectivos nascem da própria situação (comunidade, da família, da escola, da disciplina, do professor e, principalmente, do aluno). f. Procedimentos de ensino Trata-se de acções, processos ou comportamentos planeados pelo professor para colocar o aluno em contacto directo com coisas, factos e fenómenos que possibilitam modificar sua conduta, em
  • 14. 11 funçõ dos objectivos previstos. Eles se relacionam com os recursos didácticos, teóricos e materiais que o professor tem de utilizar para alcançar os objectivos da aprendizagem dos seus alunos: compreende método e técnicas de ensino e de todos os recursos auxiliares usados para estimular a aprendizagem do aluno. g. Avaliação A avaliação se justifica como componente essencial do plano de ensino pelo facto de ajudar na determinação do grau e quantidade de resultados alcançados em relação aos objectivos definidos. Nesta ordem de ideias, quando terminam os trabalhos previstos para o ano lectivo, para aquela unidade de ensino ou para aquela lição, bem como as actividades que, por se ter de atender a qualquer acontecimento inesperado substituíram ou complementaram o que estava planificado, a próxima etapa são avaliar o plano executado, referindo determinadas perspectivas: a sua eficácia, o seu rendimento e optimização, a sua maximização O ambiente escolar. Esse sim, é o elemento primordial a considerar para a planificação do PEA. O Professor, qualquer disciplina que seja, não poderia dar aula indistintamente quer esteja nesta unidade naquela escola, neste ou naquele ponto do pais, sobretudo em função das condições de que dispõe: é uma questão de pragmatismo e de adequação as condições locais, para que, efectivamente o plano seja funcional sob o ponto de conseguir levar ao alunos a atingirem os objectivos de aprendizagem que se desejam. Igualmente diríamos para o caso doutros componentes de que acabamos de retratar: meios ou recursos de ensino, conteúdos e aluno. E como poderemos ver na aula que se segue, o exercício tem que ser sempre o mesmo em relação a outros componentes, nomeadamente objectivos, procedimentos (métodos) de ensino e a avaliação do plano de ensino. V. Etapas do processo de planificação As etapas do processo de Planificação; As etapas do processo de planifico, são principalmente quatro etapas: a sondagem, a elaboração, a execução do plano e a avaliação do mesmo. Vejamos detalhadamente essas etapas. ➢ Sondagem ➢ Elaboração ➢ Execução ➢ Avaliação
  • 15. 12 A essência de cada etapa no processo de planificação; Sondagem Essa etapa é crucial, para começar qualquer tipo de planeamento, trata-se do conhecimento da realidade, realidade em que esse plano vai ser realizado; sobre a pertinência desta etapa, Schmitz (1993:105), observa que “conhecendo o aluno em seu ambiente, com seus elementos integrantes, com suas aspirações, frustrações, necessidades e possibilidades pode-se planificar para ele. A falta de sondagem e diagnóstico, muitas vezes se propõe ou o que é impossível alcançar, ou o que não interessa, ou até o que já foi alcançado”. A observação deste autor é importante para a compreensão da necessidade de olhar sempre para o destinatário desse processo de planificação, incluindo as condições ambientais e materiais, bem como os métodos, os recursos didácticos necessários para o cumprimento das actividades de aprendizagem planificadas. Elaboração Comecemos a distinguir o plano da planificação. A planificação refere-se ao processo em que o professor ou os profissionais da educação, senta para esse exercício em que prevém o que deverá acontecer na prática, no terreno pensando nas condições físicas, sociais e mentais dos alunos, nas condições da sala de aula ou da escola, condições da comunidade, no conteúdo que será trabalhado, nos objectivos a atingir, nos procedimentos a empregar, na forma de avaliação, isso tudo faz parte da planificação. Essas actividades serão colocadas a disposição sob forma de um documento escrito, a esse documento é que se chama de plano. Quer dizer, um é processo (planificação) e o outro é produto deste processo (plano). Penso que o nosso estudante, já compreendeu a diferença, agora vamos explicar em que consiste a elaboração do plano. Execução Essa etapa faz a transposição da teoria para a prática, isto é, das idealizações para a concretização das acções previstas, é colocar em prática as ideias esboçadas nas etapas anteriores. Aqui a semelhança da elaboração há sempre um elemento não previsto desde que não coloque em causa os objectivos planificados daí que se refere que a planificação exige flexibilidade, uma das características do plano. Ao longo deste processo é sempre importante ter em conta a avaliação dessas actividades. Avaliação
  • 16. 13 Igualmente importante na planificação, pois é a garantia dos resultados Schmitz (1993), importa referir, que a avaliação dos resultados da planificação exige também estabelecimento de critérios claros para não correr o risco de pensarmos que tudo anda bem quando na verdade estamos longe de cumprir com os objectivos previstos. Essa etapa envolve todo o processo de planificação. As etapas aqui descritas não podem ser consideradas de forma separada porque sendo um processo, elas são dinâmicas e interligadas, quer dizer o processo não para na avaliação, pois a avaliação vai permitir a replanificação, tornando um ciclo vicioso Diferença entre plano e planificação A planificação é o processo de reflexão para se tomar uma decisão, e é permanente enquanto o plano é um guia de orientação, que deve se estabelecer ordem sequencial, progressiva, para que se alcance seus objectivos ou objectividade e flexibilidade. (Vasconcellos, 1995)
  • 17. 14 Conclusão Um ensino activo, participativo requer inevitavelmente o só de meios de ensino-aprendizagem. Será com base nestes meios que o professor facilmente guiará as experimentações, a observação e a manipulação dos alunos, podendo, estes, descrever os factos e fenómenos representados pelos meios de ensino-aprendizagem. De facto, eles constituem um grande suporte para a actividade do professor, no sentido de, através da intuição, dos órgãos de sentido, aproxima-se o aluno a realidade do que se pretende aprender, visto que estes meios representam sempre um conteúdo específico.
  • 18. 15 Referência bibliográfica 1. Bento, J. O. Planeamento e avaliação em educação física. Lisboa, 2003. 2. Libâneo, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994 (Coleção magistério 2° grau. Série formação do professor). 3. Libâneo, José Carlos. Didáctica, São Paulo, Cortez Editora, 2008. 4. Nivagara, D. Daniel, Didáctica Geral. Aprender a ensinar. Ensino a distância, UP-Maputo s/d. 5. Piletti, C. Didáctica; Cortez editora; SP, 1990. 6. Piletti, N. Sociologia da Educação. São Paulo: Ática, 2004. 7. Schmitz, Egídio Francisco. Fundamentos da Didáctica, São Leopold, RS: Ed.UNISINOS, 1993. 8. Universidade Católica de Moçambique (UCM) (s/d) Manual de Curso de licenciatura em Ensino de Português – 1ᵒ ano. Didáctica Geral .Código A0008. Moçambique – Beira;