SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
“Posse e conflito pela terra em
Jauru – MT: 1980-1990”
(Análise do texto de José Carlos Leite, IN: Barrozo, João
Carlos (org). Mato Grosso: do sonho à utopia da terra.
´Cuiabá: EdUFMT/Carlini & Caniato Editorial, 2008. pp.
231-260)


           Apresentado por:
           Prof. silvânio
             barcelos
Município de JAURÚ



   Mesorregião Sudoeste Mato-Grossense
   Microrregião Jaurú
   Região metropolitana Cáceres
   Municípios limítrofes Ao norte:
    Barra do Bugres, ao Sul: Porto Esperidião, a
    Leste: Figueirópolis d'Oeste, Indiavaí e
    Araputanga e, a Oeste:
    Vale de São Domingos e Pontes e Lacerda
   Distância até a capital 420 quilômetros
Características geográficas
      Conforme estimativas do IBGE em 2008


   Área 1.217,480 km²

   População 10.972 hab.

   Densidade 8,9 hab./km²

   Altitude 450 metros

   Clima Tropical subúmido
Breve histórico
   O nome Jauru é referência ao rio do mesmo nome que percorre o município no
    sentido nordeste/sudeste.

   Em 1953, Francisco Ângelo Montalar e outros membros da família adquiriram terras e
    instalaram-se na região. Estas terras foram divididas em quatro glebas. Uma das
    partes formou a área urbana nomeada de Gleba Paulista, posteriormente alterada
    para Cidade de Deus e mais tarde Jauru. Em 1979 é criado oficialmente o município
    de Jauru pela Lei Estadual nº 4.164.

   A igreja teve especial participação no desenvolvimento do município, através
    da atuação dos padres José Riva e Nazareno Lanciotte.

   Possui várias usinas hidrelétricas localizadas no rio Jauru, sendo que na época da
    construção dessas usinas foi construído uma pista de pouso asfaltada em parceria
    com os órgãos governamentais do município e estado.

   O acesso à cidade pode ser feito por diversas rodovias estaduais e municipais. As
    principais são: MT-250 (pavimentada, ligando Jauru à Figueirópolis D'Oeste), MT-248
    (não-pavimentada, ligando Jauru à BR-174), MT-247 (não-pavimentada, ligando
    Jauru ao Vale do São Domingos) e MT-388 (não-pavimentada, ligando Jauru ao
    distrito de Lucialva).
Em destaque no mapa: Micro região de Jauru
Presença da igreja no cenário político/social de
                    Jauru
http://www.jauru.mt.gov.br/103/10302005.asp?ttCD_CHAVE=5636
Vista panorâmica
http://www.jauru.mt.gov.br/103/10302005.asp?
              ttCD_CHAVE=5636
Foto aérea da cidade de Jauru
http://www.jauru.mt.gov.br/103/10302005.asp?
              ttCD_CHAVE=5636
Bandeira de Jauru
(Detalhe no centro da bandeira: Brasão)
Posse e conflito pela terra em Jauru-MT: 1980-
                          1990

      - Durante a década de 80 do século XX, na região Sudoeste de Mato
     Grosso (as microrregiões do Alto Guaporé e Jauru) houveram vários
     conflitos ocasionados pela posse da terra.

    - Agropecuária Mirassol, localizada no município de Jauru, entre a BR-
     174 e a sede do município, este espaço foi palco dos conflitos que
     envolveram, de um lado, produtores familiares (posseiros) e, do outro,
     agentes armados a serviço da empresa (jagunços), e policiais estaduais
     que foram acionados pela Agropecuária, no início dos anos 80.

    - A Agropecuária Mirassol, possuía uma vistosa sede, na altura do km
     180, ao lado da BR-174, próximo à sede havia casas utilizadas pelos
     proprietários, pelos empregados ligados à administração e pelos
     trabalhadores braçais, uma pista de pouso, currais e galpões. Seu
     território compreendia cerca de 30.000 ha.
Características físicas e utilização do
      espaço pela Agropecuária Mirassol
   80 % era coberto de mata, 10 % de cerrado, 10 % de campo

   Recursos hídricos: Não há nenhum rio, mas existem inúmeros
    córregos; os mais conhecidos são Bagre ( cerca de 25 km ) Buriti (22
    km ) Salvação ( 13 km ).

   7.750 ha formado com capim colonião e braquiária.

    60 ha, que estavam sendo cultivado com lavouras de milho, arroz e
    feijão.

    A atividade principal da Agropecuária Mirassol estava voltada para
    cria,recria e engorda de bovinos de raça nelore. Com um rebanho de
    4.400 cabeças. A fazenda ainda possuía mais de 350 animais de
    grande porte: eqüinos, asininos e muares.
Os conflitos pela terra em torno de
                    Jauru

   - O município de Jauru está localizado em uma área onde eclodiram vários conflitos
    sociais, com destaques para aqueles pela disputa da terra. Principalmente a partir da
    década de 70, com a expansão das atividades econômicas, especialmente a
    pecuária, vindo produtores familiares do Centro-Sul e Nordeste do país, que
    passariam a disputar o chamado “espaço vazio da região.

   - São Domingos foi uma dessas áreas (naquele momento no município de Pontes e
    Lacerda), ficava bem próximo da Agropecuária Mirassol.

   - Na Amazônia legal como um todo, nas décadas de 70 e até meados de 80, o
    movimento social, tendo os camponeses posseiros como protagonistas, traziam para
    o cotidiano daquele momento da história brasileira, a discutida “reforma agrária.”
    Com relação a essa questão, Carvalho (1989, p.4) diz: “os movimentos sociais
    populares no campo não só reivindicavam a terra como executavam molecularmente
    o processo redistributivista de terras”. ( não era uma luta ideológica )
A  Ocupação e a Origem dos Camponeses da Gleba 
                 Mirassolzinho


   - Em levantamento realizado, em 1984, por técnicos do INCRA,
    apontaram aproximadamente 80 camponeses na maioria oriundas de
    Jauru e Araputanga, o restante dos municípios de Quatro Marcos,
    Mirassol d’Oeste e Pontes e Lacerda.

   - Os primeiros ocupantes entravam em grupos que variavam de 3 a 20
    pessoas; só trabalhavam nas posses os adultos masculinos,
    principalmente chefes de família.

   - O fato de os posseiros serem “ os donos do terreno”, possibilitou-
    lhes escapar ilesos das primeiras “batidas” dos “fiscais” e dos policiais
    que tentavam surpreendê-los.
Os primeiros conflitos na Gleba Mirassolzinho:


      Em meados de 1983, já chegavam a 500 o número de famílias que
     trabalhavam e/ou fixavam sua residência na Gleba. O STR de Jauru, fez
     várias denúncias à imprensa, alertando as autoridades para a iminência de
     uma convulsão social de grandes proporções

     - Como era difícil surpreender os posseiros dentro da mata, uma vez que os
     mesmos a conheciam melhor do que seus oponentes, os posseiros eram
     abordados nas estradas que davam acesso às suas posses.

    - O senhor  Ventoir de Oliveira, vulgo Vandinho, foi espancado com
     coronhadas de revolver e carabina, por dez elementos que andavam numa
     D10 vermelha de propriedade da fazenda. Os espancamentos e seqüestros
     dos trabalhadores, assim como o confisco de suas armas de caça, por parte
     dos jagunços, não impediu que os posseiros continuassem a fazer suas
     roçadas.
Os primeiros conflitos na Gleba Mirassolzinho:
                    (Continuação)

   - A primeira vítima fatal foi um sitiante morador nas proximidades das posses, o senhor 
    Custódio Fidélis de Lana.

   - A impunidade dos executores e dos mandantes dos crimes praticados contra 
    trabalhadores do campo tem sido uma constante em nosso país. Nos últimos 7 anos de 
    1984 a 1991 somente 25 de um total de 1.684 homicídios de trabalhadores rurais, índios, 
    camponeses e agentes ligados ( advogados, religiosos, entre outros) foram a julgamento. 
    Destes apenas 14 foram condenados. 

   - A partir do assassinato de Fidelis de Lana, e da impunidade, a disputa passou a ser 
    como o jogo da caça e do caçador. Dias após a soltura dos assassinos de Fidelis houve 
    confronto e morreram  cinco jagunços.

   - Em 22/05/1984, o jornal O Estado de  São Paulo traz novamente cenas do conflito, 
    informando que na referida data, a polícia militar -46 soldados, espancou lavradores, 
    incendiando seus barracos.

   - Relato da p.243

   - Os posseiros revoltados diante de tanta humilhação resolveram enfrentar os bandidos. 
    No dia 22/10, houve confronto dos posseiros, policiais e jagunços-: 2 mortos e 7 feridos. A 
    violência e insegurança no interior da Gleba tornaram-se insuportáveis para os posseiros.
 
A ocupação da sede do município pelos posseiros

•   22/outubro/1984 os posseiros ocupam a sede do município de Jauru:

•   Carta aberta dos posseiros de Mirassolzinho à população de Jauru, 
    divulgada pelos serviços de auto-falante da prefeitura:  “Os posseiros 
    das posses da Fazenda Mirassolzinho comunicam a esta população 
    que no dia 19/04/84 fomos agredidos em nossos barracos, mataram 
    criações, agrediram nossas mulheres e filhas, deram tiros em 
    posseiros, espancaram e nos expulsaram da terra onde tiramos o 
    sustento para nossos filhos, e ainda roubaram os nossos cereais. 
    Queremos esclarecer a esta população que estamos reunidos no 
    sindicato, de forma ordeira para negociar a nossa volta às posses pra 
    que possamos trabalhar. Por que a terra deve ser para quem nela 
    trabalha. Queremos documento de direito na terra.”

•   O grande apoio da população de Jauru à causa dos posseiros (20% 
    aproximadamente) não foram suficientes para evitar o surto de 
    violências que se seguiram.
A ocupação da sede do município pelos posseiros
                         (continuação)
   Diante da gravidade dos fatos o prefeito de Jauru solicita o envio de uma
    autoridade para intermediar o conflito. Chega à região 60 policiais fortemente
    armados.
   (Parágrafo 2º do artigo 1º da Lei 4.504, Estatuto da Terra): Entende-se por
    Política Agrícola o conjunto de providências de amparo à propriedade da
    terra, que se destinem a orientar, no interesse da economia rural, as atividades
    agropecuárias, seja no sentido de garantir-lhes o pleno emprego, seja no de
    harmonizá-las com o processo de industrialização do país.
   24/outubro/1984: Jauru vive momentos de pânico e terror, uma terra sem
    Lei e sem justiça:
   Na ação os policiais confrontam os posseiros desarmados: Três pessoas
    morreram, nove ficaram feridas e dez posseiros foram presos. No dia 26 os
    policiais e jagunços vasculharam o mato próximo a Jauru e houve novo
    tiroteio culminando com a morte de mais 10 pessoas.
O acordo para tentar acabar com o conflito

•   Após a abertura do diálogo entre as partes conflitantes um acordo foi assinado envolvendo a
    FETAGRI (representando os interesses dos posseiros) e a Agropecuária Mirassol S/A.

•   O acordo foi conseqüência da forte pressão a que estavam submetidos a FETAGRI e o STR de
    Jauru resultando no que Leite chamou de “encurralamento” dos organismos de representação
    dos trabalhadores.

•   A cláusula “C” do acordo revela manobras bem sucedidas de engodo e imposição arbitrária de
    interesses escusos: “Que os posseiros pagarão à Agropecuária Mirassol S/A, por alqueire de
    terra alienada, 30 (trinta) sacas de arroz ou seu equivalente em outras espécies, anuais e
    sucessivas, após a colheita, pelo prazo de cinco anos, a partir do ano de 1986...”

•   PANOS QUENTES: Isso é o que o autor do texto afirma com relação à prática deste acordo,
    pois na verdade os posseiros, por vias legais, assinaram um contrato de compra e venda
    imposto unilateralmente.

•   Pereira da Silva afirma que “A atuação do movimento sindical diante dos conflitos de terra, de
    um modo geral no Brasil, e em Mato Grosso em particular, se pautou pelo cumprimento estrito
    da lei e pela dubiedade”

•   O INCRA, com relação ao acordo, numa posição mais cômoda de “mediador”, assumiu 
    sem “papel de Pilatos” repassando à FETAGRI e ao STR a responsabilidade pelo 
    remanejamento e seleção dos posseiros que ocupariam a pequena área de 3910 ha.
Segunda fase: 1985 a 1987 – A chacina dos posseiros

•    O acordo não resolveu os problemas dos posseiros e a cada dia que passava mais a
     situação se tornava insuportável. O conflito era inevitável na Gleba Mirassolzinho.

•    Os posseiros continuaram ocupando a área remanescente do acordo e outras famílias
     continuaram adentrar nas matas virgens da fazenda.

•    A dupla proximidade das posses com a sede da fazenda e a BR-174 facilitaram a ação dos
     vigilantes, tanto pela facilidade da locomoção como pela distância da cidade de Jauru
     (cerca de 25 km).

•    No final do ano de 1986 os representantes da Agropecuária Mirassol S/A requereram por
     vias legais a manutenção de posse da área recém-ocupada. O juiz Sebastião Barbosa de
     Farias (Comarca de Pontes e Lacerda) arbitrou em favor da Agropecuária. Polícia e
     jagunços da fazenda deflagraram mais uma vez a violência generalizada contra os
     posseiros.

•    Chacina, suplicio e ocultação de cadáveres ocorreu em represália à morte e ferimentos de
     policiais durante o confronto. (Requintes de crueldade).
Segunda fase: 1985 a 1987 – A chacina dos posseiros
                       (continuação)

•    Para intimidação dos posseiros foi utilizado o que se conhecia como “castigo exemplar”,
     aplicado ao posseiro conhecido por Chapéu de Couro (um ícone do movimento de
     resistência à ordem estabelecida destacando-se por sua performance na defesa armada):
     Ele foi amarrado à uma montaria e arrastado pelos campos.

•    CRIMES SELETIVOS: segundo hipótese corrente entre analistas dos conflitos pela terra a
     violência praticada não era aleatória, havendo uma seleção das pessoas que deveriam
     morrer, via de regra responsáveis por famílias e líderes políticos.

•    Essas práticas, segundo Almeida (1990, p.15), não derivam de impulsos irracionais, mas
     sim de planejamentos bem concebidos, refletidos, visando desestabilizar e desagregar
     movimentos de resistência.

•    Contabilidade do terror: Só no ano de 1986 cerca de 15 camponeses foram mortos, sem
     contar a morte de jagunços, pistoleiros e policiais.

•    A população de Jauru também sofreu seqüelas psicológicas pelo terror vivido naqueles
     dias.
Final do conflito e desapropriação da parte da
                    Agropecuária Mirassol S/A


•   As denúncias do final de 1986, pelo seu amplo espectro, ganhou foros internacionais, ao
    contrário das denúncias de 1984 de alcance regional e limitado. Essa diferença foi
    decisiva na sensibilização do grande público e na conseqüente pressão aos órgãos
    públicos para a solução dos conflitos em Jauru.

•   Cedendo à enorme pressão externa (Igreja e órgãos de apoio e defesa dos direitos
    humanos) o MIRAD desapropriou cerca de um terço (20.000 ha) da Agropecuária Mirassol
    S/A. Já em 1987 a posse foi regularizada em nome do INCRA.

•   GENEROSIDADE entre aspas: O estado disponibilizou recursos para a manutenção do
    desenvolvimento da área pertencente aos posseiros, tendo como foco a produção e
    comercialização agrícola
Considerações finais: “Do sonho à utopia da terra”
   A cifra de 1% de condenações registradas em fórum, num total de 1684
    homicídios de trabalhadores rurais e de pessoas ligadas ao movimento pela
    posse de terras no campo, entre os anos de 1984 a 1991, constitui-se em dados
    reveladores das políticas voltadas aos interesses da elite dominante.
   Neste contexto sócio-político e econômico a figura do “coronel” se reveste de
    uma aura de modernidade: O cavalo foi trocado por jatos executivos de luxo, seu
    habitat natural já não é mais a “casa grande da fazenda”, mas suntuosos
    escritórios em áreas urbanas de grande valor imobiliário. Poder, ostentação e
    riqueza.
   Se por um lado a rusticidade de outrora, agora travestida em regras sociais de
    convívio ao sabor de modas e modismos urbanos, característica daqueles
    homens poderosos de outrora já não traduz seu perfil, por outro lado, na contra-
    balança do poder pouca coisa mudou. Capatazes zelosos ainda reproduzem
    velhas práticas de imposição e coerção pelo uso da força bruta visando a
    manutenção do modo de produção capitalista, via de regra legitimada pelos
    sistemas de policiamento estatais.
   O grande capital na torrente de mutações econômicas descarta aos poucos o
    elemento humano no campo: As máquinas tomam o lugar dos braços na produção
    de riquezas, minando assim o último quinhão de esperança de grande parcela da
    população rural do Brasil, cujos trabalhadores despojados do direito moral do uso
    da terra vão perdendo, também, o direito à semi-escravidão que constitui-se na
    infinitesimal parcela de sua sobrevivência desumana.
   Porém, e isso é crucial para o futuro da nação, junto aos milhões de
    despossuídos coabitam inconteste outra parcela igual de crianças que,
    inocentemente, brincam compassivas à espera de dias melhores.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

O Processo de Industrialização do Brasil - 7º Ano (2017)
O Processo de Industrialização do Brasil - 7º Ano (2017)O Processo de Industrialização do Brasil - 7º Ano (2017)
O Processo de Industrialização do Brasil - 7º Ano (2017)Nefer19
 
Trabalho ao longo da história
Trabalho ao longo da históriaTrabalho ao longo da história
Trabalho ao longo da históriaKamila Peixotto
 
PEA e Setores da Economia
PEA e Setores da EconomiaPEA e Setores da Economia
PEA e Setores da EconomiaEduardo Mendes
 
Espaço geográfico brasileiro
Espaço geográfico  brasileiroEspaço geográfico  brasileiro
Espaço geográfico brasileironefthales
 
Fundamentos da geografia (conceitos básicos)
Fundamentos da geografia (conceitos básicos)Fundamentos da geografia (conceitos básicos)
Fundamentos da geografia (conceitos básicos)Paulo Roberto Oliveira
 
ONU - Organização das Nações Unidas
ONU - Organização das Nações UnidasONU - Organização das Nações Unidas
ONU - Organização das Nações UnidasAndré Luiz Marques
 
A Urbanização Brasileira Milton Santos
A Urbanização Brasileira   Milton SantosA Urbanização Brasileira   Milton Santos
A Urbanização Brasileira Milton SantosLeidiana Oliveira
 
teorias do desenvolvimento
teorias do desenvolvimentoteorias do desenvolvimento
teorias do desenvolvimentomundica broda
 
Brasil conjuracao baiana
Brasil conjuracao baianaBrasil conjuracao baiana
Brasil conjuracao baianaCarlos Zaranza
 

Mais procurados (20)

O Processo de Industrialização do Brasil - 7º Ano (2017)
O Processo de Industrialização do Brasil - 7º Ano (2017)O Processo de Industrialização do Brasil - 7º Ano (2017)
O Processo de Industrialização do Brasil - 7º Ano (2017)
 
Slide revoluçao tecnologica
Slide revoluçao tecnologicaSlide revoluçao tecnologica
Slide revoluçao tecnologica
 
Modulo 11 - O modo de produção industrial
Modulo 11 - O modo de produção industrialModulo 11 - O modo de produção industrial
Modulo 11 - O modo de produção industrial
 
2° ano EM - Revolução Industrial.
2° ano EM - Revolução Industrial.2° ano EM - Revolução Industrial.
2° ano EM - Revolução Industrial.
 
Globalização e trabalho
Globalização e trabalhoGlobalização e trabalho
Globalização e trabalho
 
Regionalização
RegionalizaçãoRegionalização
Regionalização
 
A AMÉRICA LATINA
A AMÉRICA LATINAA AMÉRICA LATINA
A AMÉRICA LATINA
 
Urbanização
UrbanizaçãoUrbanização
Urbanização
 
Trabalho ao longo da história
Trabalho ao longo da históriaTrabalho ao longo da história
Trabalho ao longo da história
 
Globalizacao (1)
Globalizacao (1)Globalizacao (1)
Globalizacao (1)
 
Trabalho e sociedade no brasil
Trabalho e sociedade no brasilTrabalho e sociedade no brasil
Trabalho e sociedade no brasil
 
PEA e Setores da Economia
PEA e Setores da EconomiaPEA e Setores da Economia
PEA e Setores da Economia
 
Revoltas Emancipacionistas
Revoltas EmancipacionistasRevoltas Emancipacionistas
Revoltas Emancipacionistas
 
Espaço geográfico brasileiro
Espaço geográfico  brasileiroEspaço geográfico  brasileiro
Espaço geográfico brasileiro
 
Fundamentos da geografia (conceitos básicos)
Fundamentos da geografia (conceitos básicos)Fundamentos da geografia (conceitos básicos)
Fundamentos da geografia (conceitos básicos)
 
ONU - Organização das Nações Unidas
ONU - Organização das Nações UnidasONU - Organização das Nações Unidas
ONU - Organização das Nações Unidas
 
A Urbanização Brasileira Milton Santos
A Urbanização Brasileira   Milton SantosA Urbanização Brasileira   Milton Santos
A Urbanização Brasileira Milton Santos
 
Geopolítica e ordens mundiais I
Geopolítica e ordens mundiais IGeopolítica e ordens mundiais I
Geopolítica e ordens mundiais I
 
teorias do desenvolvimento
teorias do desenvolvimentoteorias do desenvolvimento
teorias do desenvolvimento
 
Brasil conjuracao baiana
Brasil conjuracao baianaBrasil conjuracao baiana
Brasil conjuracao baiana
 

Destaque

O atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroy
O atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroyO atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroy
O atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroySilvânio Barcelos
 
Globalização releitura da obra de zigmunt bauman
Globalização releitura da obra de zigmunt baumanGlobalização releitura da obra de zigmunt bauman
Globalização releitura da obra de zigmunt baumanSilvânio Barcelos
 
Colonos, migrantes e projetos de colonização em mato grosso
Colonos, migrantes e projetos de colonização em mato grossoColonos, migrantes e projetos de colonização em mato grosso
Colonos, migrantes e projetos de colonização em mato grossoSilvânio Barcelos
 
A sociedade de corte considerações gerais
A sociedade de corte considerações geraisA sociedade de corte considerações gerais
A sociedade de corte considerações geraisSilvânio Barcelos
 
O latifúndio e a hegemonia do capital no contexto da história agrária da regi...
O latifúndio e a hegemonia do capital no contexto da história agrária da regi...O latifúndio e a hegemonia do capital no contexto da história agrária da regi...
O latifúndio e a hegemonia do capital no contexto da história agrária da regi...Silvânio Barcelos
 
RevoluçãO Francesa Power Point
RevoluçãO Francesa Power PointRevoluçãO Francesa Power Point
RevoluçãO Francesa Power PointSilvânio Barcelos
 
A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1
A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1
A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1Silvânio Barcelos
 
Fronteira. a degradação do outro nos confins do humano
Fronteira. a degradação do outro nos confins do humanoFronteira. a degradação do outro nos confins do humano
Fronteira. a degradação do outro nos confins do humanoSilvânio Barcelos
 
A arte como princípio educativo
A arte como princípio educativo A arte como princípio educativo
A arte como princípio educativo Silvânio Barcelos
 
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...Silvânio Barcelos
 
Globalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelos
Globalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelosGlobalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelos
Globalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelosSilvânio Barcelos
 
Cuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelos
Cuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelosCuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelos
Cuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelosSilvânio Barcelos
 
Escravidão racial o legado do racismo aula de história prof. silvânio barcelos
Escravidão racial o legado do racismo  aula de história prof. silvânio barcelosEscravidão racial o legado do racismo  aula de história prof. silvânio barcelos
Escravidão racial o legado do racismo aula de história prof. silvânio barcelosSilvânio Barcelos
 
Quilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidãoQuilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidãoSilvânio Barcelos
 
Educação na pós modernidade
Educação na pós modernidade Educação na pós modernidade
Educação na pós modernidade Silvânio Barcelos
 
Cidadania, inclusão e ética na educação de jovens e adultos
Cidadania, inclusão e ética na educação de jovens e adultosCidadania, inclusão e ética na educação de jovens e adultos
Cidadania, inclusão e ética na educação de jovens e adultosSilvânio Barcelos
 
Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010
Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010
Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010Fabio Rogerio Nepomuceno
 

Destaque (20)

O atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroy
O atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroyO atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroy
O atlântico negro, uma releitura da obra de paul gilroy
 
Globalização releitura da obra de zigmunt bauman
Globalização releitura da obra de zigmunt baumanGlobalização releitura da obra de zigmunt bauman
Globalização releitura da obra de zigmunt bauman
 
Colonos, migrantes e projetos de colonização em mato grosso
Colonos, migrantes e projetos de colonização em mato grossoColonos, migrantes e projetos de colonização em mato grosso
Colonos, migrantes e projetos de colonização em mato grosso
 
A sociedade de corte considerações gerais
A sociedade de corte considerações geraisA sociedade de corte considerações gerais
A sociedade de corte considerações gerais
 
O latifúndio e a hegemonia do capital no contexto da história agrária da regi...
O latifúndio e a hegemonia do capital no contexto da história agrária da regi...O latifúndio e a hegemonia do capital no contexto da história agrária da regi...
O latifúndio e a hegemonia do capital no contexto da história agrária da regi...
 
RevoluçãO Francesa Power Point
RevoluçãO Francesa Power PointRevoluçãO Francesa Power Point
RevoluçãO Francesa Power Point
 
A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1
A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1
A hegemonia do latifundio na regiao norte de mato grosso 1
 
Fronteira. a degradação do outro nos confins do humano
Fronteira. a degradação do outro nos confins do humanoFronteira. a degradação do outro nos confins do humano
Fronteira. a degradação do outro nos confins do humano
 
A arte como princípio educativo
A arte como princípio educativo A arte como princípio educativo
A arte como princípio educativo
 
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
Diáspora negra, um olhar para além da visão idealizada do africano na bibliog...
 
Globalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelos
Globalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelosGlobalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelos
Globalização e pós modernidade aula de geografia prof. silvânio barcelos
 
Cuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelos
Cuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelosCuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelos
Cuiabá antiga "um novo olhar" prof. silvânio barcelos
 
Quilombo mata cavalo
Quilombo mata cavaloQuilombo mata cavalo
Quilombo mata cavalo
 
Escravidão racial o legado do racismo aula de história prof. silvânio barcelos
Escravidão racial o legado do racismo  aula de história prof. silvânio barcelosEscravidão racial o legado do racismo  aula de história prof. silvânio barcelos
Escravidão racial o legado do racismo aula de história prof. silvânio barcelos
 
A educação quilombola
A educação quilombolaA educação quilombola
A educação quilombola
 
Quilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidãoQuilombos um legado da escravidão
Quilombos um legado da escravidão
 
Educação na pós modernidade
Educação na pós modernidade Educação na pós modernidade
Educação na pós modernidade
 
Cidadania, inclusão e ética na educação de jovens e adultos
Cidadania, inclusão e ética na educação de jovens e adultosCidadania, inclusão e ética na educação de jovens e adultos
Cidadania, inclusão e ética na educação de jovens e adultos
 
Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010
Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010
Captacao Edicao e Divulgacao de Video 2010
 
Seminário Dr Silene Kuin
Seminário Dr Silene KuinSeminário Dr Silene Kuin
Seminário Dr Silene Kuin
 

Semelhante a Posse e conflito pela terra em Jauru-MT: 1980-1990

Resumo para Tópicos Regionais de MS
Resumo para Tópicos Regionais de MSResumo para Tópicos Regionais de MS
Resumo para Tópicos Regionais de MSMarielly Parrela
 
Tribos indígenas no ms atual, 8ºb
Tribos indígenas no ms atual, 8ºbTribos indígenas no ms atual, 8ºb
Tribos indígenas no ms atual, 8ºbjuzaurizio
 
História indígena e o povo terena em ms
História indígena e o povo terena em msHistória indígena e o povo terena em ms
História indígena e o povo terena em msMarinaMarcos
 
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS DE BOM JARDIM - MARANHÃO
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS  DE BOM JARDIM - MARANHÃO   HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS  DE BOM JARDIM - MARANHÃO
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS DE BOM JARDIM - MARANHÃO Adilson P Motta Motta
 
Resumo Pré História de MS
Resumo Pré História de MSResumo Pré História de MS
Resumo Pré História de MSMarielly Parrela
 
Mato Grosso do Sul e as mudanças agrícolas
Mato Grosso do Sul e as mudanças agrícolasMato Grosso do Sul e as mudanças agrícolas
Mato Grosso do Sul e as mudanças agrícolasAnne Feld
 
Mato grosso do sul-Nossa história nossa gente
Mato grosso do sul-Nossa história nossa genteMato grosso do sul-Nossa história nossa gente
Mato grosso do sul-Nossa história nossa genteJanicélia Feijó Garcia
 
Impactos da Indústria da Celulose em Comunidades Tradicionais
Impactos da Indústria da Celulose em Comunidades TradicionaisImpactos da Indústria da Celulose em Comunidades Tradicionais
Impactos da Indústria da Celulose em Comunidades TradicionaisIsabella Aragão Araújo
 
Repressão no Campo em São Paulo
Repressão no Campo em São PauloRepressão no Campo em São Paulo
Repressão no Campo em São Paulocomissaodaverdadesp
 
Microrregião da Borborema Potiguar
Microrregião da Borborema PotiguarMicrorregião da Borborema Potiguar
Microrregião da Borborema PotiguarJailma Oliveira
 
CONSTRUÇÃO DE ITAIPU
CONSTRUÇÃO DE ITAIPUCONSTRUÇÃO DE ITAIPU
CONSTRUÇÃO DE ITAIPUamiltonp
 
Tl n7 a luta dos povos da floresta (chico mendes)
Tl n7   a luta dos povos da floresta (chico mendes)Tl n7   a luta dos povos da floresta (chico mendes)
Tl n7 a luta dos povos da floresta (chico mendes)eduardo carneiro
 
03 conhecimentos gerais
03 conhecimentos gerais03 conhecimentos gerais
03 conhecimentos geraisAmilton Bastos
 
Movimentos sociais e ruarais no brasil
Movimentos sociais e ruarais no brasilMovimentos sociais e ruarais no brasil
Movimentos sociais e ruarais no brasilTiago Manoel Carlos
 

Semelhante a Posse e conflito pela terra em Jauru-MT: 1980-1990 (20)

federal reserve
federal reservefederal reserve
federal reserve
 
Resumo para Tópicos Regionais de MS
Resumo para Tópicos Regionais de MSResumo para Tópicos Regionais de MS
Resumo para Tópicos Regionais de MS
 
Tribos indígenas no ms atual, 8ºb
Tribos indígenas no ms atual, 8ºbTribos indígenas no ms atual, 8ºb
Tribos indígenas no ms atual, 8ºb
 
História indígena e o povo terena em ms
História indígena e o povo terena em msHistória indígena e o povo terena em ms
História indígena e o povo terena em ms
 
Geografia de Mato Grosso 3
Geografia de Mato Grosso 3Geografia de Mato Grosso 3
Geografia de Mato Grosso 3
 
reforma agraria-.ppt
reforma agraria-.pptreforma agraria-.ppt
reforma agraria-.ppt
 
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS DE BOM JARDIM - MARANHÃO
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS  DE BOM JARDIM - MARANHÃO   HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS  DE BOM JARDIM - MARANHÃO
HISTÓRICO DOS PRINCIPAIS POVOADOS DE BOM JARDIM - MARANHÃO
 
Resumo Pré História de MS
Resumo Pré História de MSResumo Pré História de MS
Resumo Pré História de MS
 
Mato Grosso do Sul e as mudanças agrícolas
Mato Grosso do Sul e as mudanças agrícolasMato Grosso do Sul e as mudanças agrícolas
Mato Grosso do Sul e as mudanças agrícolas
 
Mato grosso do sul-Nossa história nossa gente
Mato grosso do sul-Nossa história nossa genteMato grosso do sul-Nossa história nossa gente
Mato grosso do sul-Nossa história nossa gente
 
Impactos da Indústria da Celulose em Comunidades Tradicionais
Impactos da Indústria da Celulose em Comunidades TradicionaisImpactos da Indústria da Celulose em Comunidades Tradicionais
Impactos da Indústria da Celulose em Comunidades Tradicionais
 
Repressão no Campo em São Paulo
Repressão no Campo em São PauloRepressão no Campo em São Paulo
Repressão no Campo em São Paulo
 
Estrutura fundiária brasileira
Estrutura fundiária brasileiraEstrutura fundiária brasileira
Estrutura fundiária brasileira
 
Microrregião da Borborema Potiguar
Microrregião da Borborema PotiguarMicrorregião da Borborema Potiguar
Microrregião da Borborema Potiguar
 
CONSTRUÇÃO DE ITAIPU
CONSTRUÇÃO DE ITAIPUCONSTRUÇÃO DE ITAIPU
CONSTRUÇÃO DE ITAIPU
 
Tl n7 a luta dos povos da floresta (chico mendes)
Tl n7   a luta dos povos da floresta (chico mendes)Tl n7   a luta dos povos da floresta (chico mendes)
Tl n7 a luta dos povos da floresta (chico mendes)
 
História de Sinop
História de SinopHistória de Sinop
História de Sinop
 
03 conhecimentos gerais
03 conhecimentos gerais03 conhecimentos gerais
03 conhecimentos gerais
 
Temas atuais
Temas atuaisTemas atuais
Temas atuais
 
Movimentos sociais e ruarais no brasil
Movimentos sociais e ruarais no brasilMovimentos sociais e ruarais no brasil
Movimentos sociais e ruarais no brasil
 

Mais de Silvânio Barcelos

Adolescência a complexidade do ser na visão espírita
Adolescência a complexidade do ser na visão espíritaAdolescência a complexidade do ser na visão espírita
Adolescência a complexidade do ser na visão espíritaSilvânio Barcelos
 
Não se pode servir a deus e a mamon ppt
Não se pode servir a deus e a mamon pptNão se pode servir a deus e a mamon ppt
Não se pode servir a deus e a mamon pptSilvânio Barcelos
 
A lei de deus cap. 16 e 17 ppt
A lei de deus cap. 16 e 17 pptA lei de deus cap. 16 e 17 ppt
A lei de deus cap. 16 e 17 pptSilvânio Barcelos
 
Os dragões (apresentação Power Point)
Os dragões (apresentação Power Point)Os dragões (apresentação Power Point)
Os dragões (apresentação Power Point)Silvânio Barcelos
 
Dragões (baseado na obra de wanderley oliveira)
Dragões (baseado na obra de wanderley oliveira)Dragões (baseado na obra de wanderley oliveira)
Dragões (baseado na obra de wanderley oliveira)Silvânio Barcelos
 
A lei de deus (revisitando pietro ubaldi 4)
A lei de deus (revisitando pietro ubaldi   4)A lei de deus (revisitando pietro ubaldi   4)
A lei de deus (revisitando pietro ubaldi 4)Silvânio Barcelos
 
A lei de deus (pietro ubaldi revisitado 3)
A lei de deus (pietro ubaldi revisitado   3)A lei de deus (pietro ubaldi revisitado   3)
A lei de deus (pietro ubaldi revisitado 3)Silvânio Barcelos
 
A lei de deus (revisitando pietro ubaldi 2)
A lei de deus (revisitando pietro ubaldi   2)A lei de deus (revisitando pietro ubaldi   2)
A lei de deus (revisitando pietro ubaldi 2)Silvânio Barcelos
 
A grande síntese (revisitando pietro ubaldi)
A grande síntese (revisitando pietro ubaldi)A grande síntese (revisitando pietro ubaldi)
A grande síntese (revisitando pietro ubaldi)Silvânio Barcelos
 
A lei de deus revisitando pietro ubaldi 1
A lei de deus revisitando pietro ubaldi 1A lei de deus revisitando pietro ubaldi 1
A lei de deus revisitando pietro ubaldi 1Silvânio Barcelos
 
A educação da nova era silvânio barcelos
A educação da nova era silvânio barcelosA educação da nova era silvânio barcelos
A educação da nova era silvânio barcelosSilvânio Barcelos
 
Mata cavalo o sagrado e a identidade quilombola
Mata cavalo    o sagrado e a identidade quilombolaMata cavalo    o sagrado e a identidade quilombola
Mata cavalo o sagrado e a identidade quilombolaSilvânio Barcelos
 
Mata cavalo a fênix negra (revista documento monumento)
Mata cavalo  a fênix negra (revista documento monumento)Mata cavalo  a fênix negra (revista documento monumento)
Mata cavalo a fênix negra (revista documento monumento)Silvânio Barcelos
 
Escravidão atlântica uma nova leitura (artigo publicado rea abril 2011).mht
Escravidão atlântica uma nova leitura (artigo publicado rea abril 2011).mhtEscravidão atlântica uma nova leitura (artigo publicado rea abril 2011).mht
Escravidão atlântica uma nova leitura (artigo publicado rea abril 2011).mhtSilvânio Barcelos
 
Assine aventuras na história saladino
Assine aventuras na história saladinoAssine aventuras na história saladino
Assine aventuras na história saladinoSilvânio Barcelos
 

Mais de Silvânio Barcelos (20)

Adolescência a complexidade do ser na visão espírita
Adolescência a complexidade do ser na visão espíritaAdolescência a complexidade do ser na visão espírita
Adolescência a complexidade do ser na visão espírita
 
Não se pode servir a deus e a mamon ppt
Não se pode servir a deus e a mamon pptNão se pode servir a deus e a mamon ppt
Não se pode servir a deus e a mamon ppt
 
A lei de deus cap's 21 à 25
A lei de deus cap's 21 à 25A lei de deus cap's 21 à 25
A lei de deus cap's 21 à 25
 
A lei de deus cap. 16 e 17 ppt
A lei de deus cap. 16 e 17 pptA lei de deus cap. 16 e 17 ppt
A lei de deus cap. 16 e 17 ppt
 
Os dragões cap. 12 ppt
Os dragões cap. 12 pptOs dragões cap. 12 ppt
Os dragões cap. 12 ppt
 
Os dragões (apresentação Power Point)
Os dragões (apresentação Power Point)Os dragões (apresentação Power Point)
Os dragões (apresentação Power Point)
 
A lei de amor ppt
A lei de amor pptA lei de amor ppt
A lei de amor ppt
 
Dragões (baseado na obra de wanderley oliveira)
Dragões (baseado na obra de wanderley oliveira)Dragões (baseado na obra de wanderley oliveira)
Dragões (baseado na obra de wanderley oliveira)
 
A lei de deus (revisitando pietro ubaldi 4)
A lei de deus (revisitando pietro ubaldi   4)A lei de deus (revisitando pietro ubaldi   4)
A lei de deus (revisitando pietro ubaldi 4)
 
A lei de deus (pietro ubaldi revisitado 3)
A lei de deus (pietro ubaldi revisitado   3)A lei de deus (pietro ubaldi revisitado   3)
A lei de deus (pietro ubaldi revisitado 3)
 
A lei de deus (revisitando pietro ubaldi 2)
A lei de deus (revisitando pietro ubaldi   2)A lei de deus (revisitando pietro ubaldi   2)
A lei de deus (revisitando pietro ubaldi 2)
 
A grande síntese (revisitando pietro ubaldi)
A grande síntese (revisitando pietro ubaldi)A grande síntese (revisitando pietro ubaldi)
A grande síntese (revisitando pietro ubaldi)
 
A lei de deus revisitando pietro ubaldi 1
A lei de deus revisitando pietro ubaldi 1A lei de deus revisitando pietro ubaldi 1
A lei de deus revisitando pietro ubaldi 1
 
A educação da nova era silvânio barcelos
A educação da nova era silvânio barcelosA educação da nova era silvânio barcelos
A educação da nova era silvânio barcelos
 
Mata cavalo o sagrado e a identidade quilombola
Mata cavalo    o sagrado e a identidade quilombolaMata cavalo    o sagrado e a identidade quilombola
Mata cavalo o sagrado e a identidade quilombola
 
Mulheres do mata cavalo
Mulheres do mata cavaloMulheres do mata cavalo
Mulheres do mata cavalo
 
Mata cavalo a fênix negra (revista documento monumento)
Mata cavalo  a fênix negra (revista documento monumento)Mata cavalo  a fênix negra (revista documento monumento)
Mata cavalo a fênix negra (revista documento monumento)
 
Escravidão atlântica uma nova leitura (artigo publicado rea abril 2011).mht
Escravidão atlântica uma nova leitura (artigo publicado rea abril 2011).mhtEscravidão atlântica uma nova leitura (artigo publicado rea abril 2011).mht
Escravidão atlântica uma nova leitura (artigo publicado rea abril 2011).mht
 
Assine aventuras na história saladino
Assine aventuras na história saladinoAssine aventuras na história saladino
Assine aventuras na história saladino
 
Catedral de chartres
Catedral de chartresCatedral de chartres
Catedral de chartres
 

Último

GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumAugusto Costa
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?Rosalina Simão Nunes
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOColégio Santa Teresinha
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 

Último (20)

CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - CartumGÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
GÊNERO TEXTUAL - TIRINHAS - Charges - Cartum
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
E agora?! Já não avalio as atitudes e valores?
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, Betel, Ordenança quanto à contribuição financeira, 2Tr24.pptx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃOLEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
LEMBRANDO A MORTE E CELEBRANDO A RESSUREIÇÃO
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 2 Etapa  - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 2 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 

Posse e conflito pela terra em Jauru-MT: 1980-1990

  • 1. “Posse e conflito pela terra em Jauru – MT: 1980-1990” (Análise do texto de José Carlos Leite, IN: Barrozo, João Carlos (org). Mato Grosso: do sonho à utopia da terra. ´Cuiabá: EdUFMT/Carlini & Caniato Editorial, 2008. pp. 231-260) Apresentado por: Prof. silvânio barcelos
  • 2. Município de JAURÚ  Mesorregião Sudoeste Mato-Grossense  Microrregião Jaurú  Região metropolitana Cáceres  Municípios limítrofes Ao norte: Barra do Bugres, ao Sul: Porto Esperidião, a Leste: Figueirópolis d'Oeste, Indiavaí e Araputanga e, a Oeste: Vale de São Domingos e Pontes e Lacerda  Distância até a capital 420 quilômetros
  • 3. Características geográficas Conforme estimativas do IBGE em 2008  Área 1.217,480 km²  População 10.972 hab.  Densidade 8,9 hab./km²  Altitude 450 metros  Clima Tropical subúmido
  • 4. Breve histórico  O nome Jauru é referência ao rio do mesmo nome que percorre o município no sentido nordeste/sudeste.  Em 1953, Francisco Ângelo Montalar e outros membros da família adquiriram terras e instalaram-se na região. Estas terras foram divididas em quatro glebas. Uma das partes formou a área urbana nomeada de Gleba Paulista, posteriormente alterada para Cidade de Deus e mais tarde Jauru. Em 1979 é criado oficialmente o município de Jauru pela Lei Estadual nº 4.164.  A igreja teve especial participação no desenvolvimento do município, através da atuação dos padres José Riva e Nazareno Lanciotte.  Possui várias usinas hidrelétricas localizadas no rio Jauru, sendo que na época da construção dessas usinas foi construído uma pista de pouso asfaltada em parceria com os órgãos governamentais do município e estado.  O acesso à cidade pode ser feito por diversas rodovias estaduais e municipais. As principais são: MT-250 (pavimentada, ligando Jauru à Figueirópolis D'Oeste), MT-248 (não-pavimentada, ligando Jauru à BR-174), MT-247 (não-pavimentada, ligando Jauru ao Vale do São Domingos) e MT-388 (não-pavimentada, ligando Jauru ao distrito de Lucialva).
  • 5. Em destaque no mapa: Micro região de Jauru
  • 6. Presença da igreja no cenário político/social de Jauru http://www.jauru.mt.gov.br/103/10302005.asp?ttCD_CHAVE=5636
  • 8. Foto aérea da cidade de Jauru http://www.jauru.mt.gov.br/103/10302005.asp? ttCD_CHAVE=5636
  • 9. Bandeira de Jauru (Detalhe no centro da bandeira: Brasão)
  • 10. Posse e conflito pela terra em Jauru-MT: 1980- 1990  - Durante a década de 80 do século XX, na região Sudoeste de Mato Grosso (as microrregiões do Alto Guaporé e Jauru) houveram vários conflitos ocasionados pela posse da terra.  - Agropecuária Mirassol, localizada no município de Jauru, entre a BR- 174 e a sede do município, este espaço foi palco dos conflitos que envolveram, de um lado, produtores familiares (posseiros) e, do outro, agentes armados a serviço da empresa (jagunços), e policiais estaduais que foram acionados pela Agropecuária, no início dos anos 80.  - A Agropecuária Mirassol, possuía uma vistosa sede, na altura do km 180, ao lado da BR-174, próximo à sede havia casas utilizadas pelos proprietários, pelos empregados ligados à administração e pelos trabalhadores braçais, uma pista de pouso, currais e galpões. Seu território compreendia cerca de 30.000 ha.
  • 11. Características físicas e utilização do espaço pela Agropecuária Mirassol  80 % era coberto de mata, 10 % de cerrado, 10 % de campo  Recursos hídricos: Não há nenhum rio, mas existem inúmeros córregos; os mais conhecidos são Bagre ( cerca de 25 km ) Buriti (22 km ) Salvação ( 13 km ).  7.750 ha formado com capim colonião e braquiária.  60 ha, que estavam sendo cultivado com lavouras de milho, arroz e feijão.  A atividade principal da Agropecuária Mirassol estava voltada para cria,recria e engorda de bovinos de raça nelore. Com um rebanho de 4.400 cabeças. A fazenda ainda possuía mais de 350 animais de grande porte: eqüinos, asininos e muares.
  • 12. Os conflitos pela terra em torno de Jauru  - O município de Jauru está localizado em uma área onde eclodiram vários conflitos sociais, com destaques para aqueles pela disputa da terra. Principalmente a partir da década de 70, com a expansão das atividades econômicas, especialmente a pecuária, vindo produtores familiares do Centro-Sul e Nordeste do país, que passariam a disputar o chamado “espaço vazio da região.  - São Domingos foi uma dessas áreas (naquele momento no município de Pontes e Lacerda), ficava bem próximo da Agropecuária Mirassol.  - Na Amazônia legal como um todo, nas décadas de 70 e até meados de 80, o movimento social, tendo os camponeses posseiros como protagonistas, traziam para o cotidiano daquele momento da história brasileira, a discutida “reforma agrária.” Com relação a essa questão, Carvalho (1989, p.4) diz: “os movimentos sociais populares no campo não só reivindicavam a terra como executavam molecularmente o processo redistributivista de terras”. ( não era uma luta ideológica )
  • 13. A  Ocupação e a Origem dos Camponeses da Gleba  Mirassolzinho  - Em levantamento realizado, em 1984, por técnicos do INCRA, apontaram aproximadamente 80 camponeses na maioria oriundas de Jauru e Araputanga, o restante dos municípios de Quatro Marcos, Mirassol d’Oeste e Pontes e Lacerda.  - Os primeiros ocupantes entravam em grupos que variavam de 3 a 20 pessoas; só trabalhavam nas posses os adultos masculinos, principalmente chefes de família.  - O fato de os posseiros serem “ os donos do terreno”, possibilitou- lhes escapar ilesos das primeiras “batidas” dos “fiscais” e dos policiais que tentavam surpreendê-los.
  • 14. Os primeiros conflitos na Gleba Mirassolzinho:  Em meados de 1983, já chegavam a 500 o número de famílias que trabalhavam e/ou fixavam sua residência na Gleba. O STR de Jauru, fez várias denúncias à imprensa, alertando as autoridades para a iminência de uma convulsão social de grandes proporções  - Como era difícil surpreender os posseiros dentro da mata, uma vez que os mesmos a conheciam melhor do que seus oponentes, os posseiros eram abordados nas estradas que davam acesso às suas posses.  - O senhor  Ventoir de Oliveira, vulgo Vandinho, foi espancado com coronhadas de revolver e carabina, por dez elementos que andavam numa D10 vermelha de propriedade da fazenda. Os espancamentos e seqüestros dos trabalhadores, assim como o confisco de suas armas de caça, por parte dos jagunços, não impediu que os posseiros continuassem a fazer suas roçadas.
  • 15. Os primeiros conflitos na Gleba Mirassolzinho: (Continuação)  - A primeira vítima fatal foi um sitiante morador nas proximidades das posses, o senhor  Custódio Fidélis de Lana.  - A impunidade dos executores e dos mandantes dos crimes praticados contra  trabalhadores do campo tem sido uma constante em nosso país. Nos últimos 7 anos de  1984 a 1991 somente 25 de um total de 1.684 homicídios de trabalhadores rurais, índios,  camponeses e agentes ligados ( advogados, religiosos, entre outros) foram a julgamento.  Destes apenas 14 foram condenados.   - A partir do assassinato de Fidelis de Lana, e da impunidade, a disputa passou a ser  como o jogo da caça e do caçador. Dias após a soltura dos assassinos de Fidelis houve  confronto e morreram  cinco jagunços.  - Em 22/05/1984, o jornal O Estado de  São Paulo traz novamente cenas do conflito,  informando que na referida data, a polícia militar -46 soldados, espancou lavradores,  incendiando seus barracos.  - Relato da p.243  - Os posseiros revoltados diante de tanta humilhação resolveram enfrentar os bandidos.  No dia 22/10, houve confronto dos posseiros, policiais e jagunços-: 2 mortos e 7 feridos. A  violência e insegurança no interior da Gleba tornaram-se insuportáveis para os posseiros.  
  • 16. A ocupação da sede do município pelos posseiros • 22/outubro/1984 os posseiros ocupam a sede do município de Jauru: • Carta aberta dos posseiros de Mirassolzinho à população de Jauru,  divulgada pelos serviços de auto-falante da prefeitura:  “Os posseiros  das posses da Fazenda Mirassolzinho comunicam a esta população  que no dia 19/04/84 fomos agredidos em nossos barracos, mataram  criações, agrediram nossas mulheres e filhas, deram tiros em  posseiros, espancaram e nos expulsaram da terra onde tiramos o  sustento para nossos filhos, e ainda roubaram os nossos cereais.  Queremos esclarecer a esta população que estamos reunidos no  sindicato, de forma ordeira para negociar a nossa volta às posses pra  que possamos trabalhar. Por que a terra deve ser para quem nela  trabalha. Queremos documento de direito na terra.” • O grande apoio da população de Jauru à causa dos posseiros (20%  aproximadamente) não foram suficientes para evitar o surto de  violências que se seguiram.
  • 17. A ocupação da sede do município pelos posseiros (continuação)  Diante da gravidade dos fatos o prefeito de Jauru solicita o envio de uma autoridade para intermediar o conflito. Chega à região 60 policiais fortemente armados.  (Parágrafo 2º do artigo 1º da Lei 4.504, Estatuto da Terra): Entende-se por Política Agrícola o conjunto de providências de amparo à propriedade da terra, que se destinem a orientar, no interesse da economia rural, as atividades agropecuárias, seja no sentido de garantir-lhes o pleno emprego, seja no de harmonizá-las com o processo de industrialização do país.  24/outubro/1984: Jauru vive momentos de pânico e terror, uma terra sem Lei e sem justiça:  Na ação os policiais confrontam os posseiros desarmados: Três pessoas morreram, nove ficaram feridas e dez posseiros foram presos. No dia 26 os policiais e jagunços vasculharam o mato próximo a Jauru e houve novo tiroteio culminando com a morte de mais 10 pessoas.
  • 18. O acordo para tentar acabar com o conflito • Após a abertura do diálogo entre as partes conflitantes um acordo foi assinado envolvendo a FETAGRI (representando os interesses dos posseiros) e a Agropecuária Mirassol S/A. • O acordo foi conseqüência da forte pressão a que estavam submetidos a FETAGRI e o STR de Jauru resultando no que Leite chamou de “encurralamento” dos organismos de representação dos trabalhadores. • A cláusula “C” do acordo revela manobras bem sucedidas de engodo e imposição arbitrária de interesses escusos: “Que os posseiros pagarão à Agropecuária Mirassol S/A, por alqueire de terra alienada, 30 (trinta) sacas de arroz ou seu equivalente em outras espécies, anuais e sucessivas, após a colheita, pelo prazo de cinco anos, a partir do ano de 1986...” • PANOS QUENTES: Isso é o que o autor do texto afirma com relação à prática deste acordo, pois na verdade os posseiros, por vias legais, assinaram um contrato de compra e venda imposto unilateralmente. • Pereira da Silva afirma que “A atuação do movimento sindical diante dos conflitos de terra, de um modo geral no Brasil, e em Mato Grosso em particular, se pautou pelo cumprimento estrito da lei e pela dubiedade” • O INCRA, com relação ao acordo, numa posição mais cômoda de “mediador”, assumiu  sem “papel de Pilatos” repassando à FETAGRI e ao STR a responsabilidade pelo  remanejamento e seleção dos posseiros que ocupariam a pequena área de 3910 ha.
  • 19. Segunda fase: 1985 a 1987 – A chacina dos posseiros • O acordo não resolveu os problemas dos posseiros e a cada dia que passava mais a situação se tornava insuportável. O conflito era inevitável na Gleba Mirassolzinho. • Os posseiros continuaram ocupando a área remanescente do acordo e outras famílias continuaram adentrar nas matas virgens da fazenda. • A dupla proximidade das posses com a sede da fazenda e a BR-174 facilitaram a ação dos vigilantes, tanto pela facilidade da locomoção como pela distância da cidade de Jauru (cerca de 25 km). • No final do ano de 1986 os representantes da Agropecuária Mirassol S/A requereram por vias legais a manutenção de posse da área recém-ocupada. O juiz Sebastião Barbosa de Farias (Comarca de Pontes e Lacerda) arbitrou em favor da Agropecuária. Polícia e jagunços da fazenda deflagraram mais uma vez a violência generalizada contra os posseiros. • Chacina, suplicio e ocultação de cadáveres ocorreu em represália à morte e ferimentos de policiais durante o confronto. (Requintes de crueldade).
  • 20. Segunda fase: 1985 a 1987 – A chacina dos posseiros (continuação) • Para intimidação dos posseiros foi utilizado o que se conhecia como “castigo exemplar”, aplicado ao posseiro conhecido por Chapéu de Couro (um ícone do movimento de resistência à ordem estabelecida destacando-se por sua performance na defesa armada): Ele foi amarrado à uma montaria e arrastado pelos campos. • CRIMES SELETIVOS: segundo hipótese corrente entre analistas dos conflitos pela terra a violência praticada não era aleatória, havendo uma seleção das pessoas que deveriam morrer, via de regra responsáveis por famílias e líderes políticos. • Essas práticas, segundo Almeida (1990, p.15), não derivam de impulsos irracionais, mas sim de planejamentos bem concebidos, refletidos, visando desestabilizar e desagregar movimentos de resistência. • Contabilidade do terror: Só no ano de 1986 cerca de 15 camponeses foram mortos, sem contar a morte de jagunços, pistoleiros e policiais. • A população de Jauru também sofreu seqüelas psicológicas pelo terror vivido naqueles dias.
  • 21. Final do conflito e desapropriação da parte da Agropecuária Mirassol S/A • As denúncias do final de 1986, pelo seu amplo espectro, ganhou foros internacionais, ao contrário das denúncias de 1984 de alcance regional e limitado. Essa diferença foi decisiva na sensibilização do grande público e na conseqüente pressão aos órgãos públicos para a solução dos conflitos em Jauru. • Cedendo à enorme pressão externa (Igreja e órgãos de apoio e defesa dos direitos humanos) o MIRAD desapropriou cerca de um terço (20.000 ha) da Agropecuária Mirassol S/A. Já em 1987 a posse foi regularizada em nome do INCRA. • GENEROSIDADE entre aspas: O estado disponibilizou recursos para a manutenção do desenvolvimento da área pertencente aos posseiros, tendo como foco a produção e comercialização agrícola
  • 22. Considerações finais: “Do sonho à utopia da terra”  A cifra de 1% de condenações registradas em fórum, num total de 1684 homicídios de trabalhadores rurais e de pessoas ligadas ao movimento pela posse de terras no campo, entre os anos de 1984 a 1991, constitui-se em dados reveladores das políticas voltadas aos interesses da elite dominante.  Neste contexto sócio-político e econômico a figura do “coronel” se reveste de uma aura de modernidade: O cavalo foi trocado por jatos executivos de luxo, seu habitat natural já não é mais a “casa grande da fazenda”, mas suntuosos escritórios em áreas urbanas de grande valor imobiliário. Poder, ostentação e riqueza.  Se por um lado a rusticidade de outrora, agora travestida em regras sociais de convívio ao sabor de modas e modismos urbanos, característica daqueles homens poderosos de outrora já não traduz seu perfil, por outro lado, na contra- balança do poder pouca coisa mudou. Capatazes zelosos ainda reproduzem velhas práticas de imposição e coerção pelo uso da força bruta visando a manutenção do modo de produção capitalista, via de regra legitimada pelos sistemas de policiamento estatais.  O grande capital na torrente de mutações econômicas descarta aos poucos o elemento humano no campo: As máquinas tomam o lugar dos braços na produção de riquezas, minando assim o último quinhão de esperança de grande parcela da população rural do Brasil, cujos trabalhadores despojados do direito moral do uso da terra vão perdendo, também, o direito à semi-escravidão que constitui-se na infinitesimal parcela de sua sobrevivência desumana.  Porém, e isso é crucial para o futuro da nação, junto aos milhões de despossuídos coabitam inconteste outra parcela igual de crianças que, inocentemente, brincam compassivas à espera de dias melhores.