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Docência no ensino superior
Autoras: Selma Garrido Pimenta e
Léa das Graças Camargos Anastasiou
Docência e ensino: ensinar a quem?
• Pesquisas sobre o ensino superior têm
relevado alguns fatores intrínsecos ao ensino
nesse nível de escolaridade, os quais podem
explicar alguns de seus problemas, como a
EVASÃO, a DESISTÊNCIA e os RESULTADOS
PRECÁRIOS DAS APRENDIZAGENS.
Sem entrar em considerações a
respeito de fatores externos (...)
podemos apresentar três grupos de
fatores:
Os referentes a uma concepção e prática
tradicional de ensino, comportando uma
separação entre ensino e pesquisa;
Os referentes aos resultados da escolaridade
prévia e ao universo cultural dos alunos;
E os referentes às condições de trabalho dos
docentes no ensino superior.
Panorama do ensino em todos os
níveis de escolaridade:
 Herança trazidas pelos jesuítas.
Centrado quase exclusivamente na ação do
professor, o ensinar reduz-se a expor os
conteúdos nas aulas; ao aluno, resta ouvir com
atenção.
Portanto, uma didática “tecnicista” que não se
associa com o dinamismo próprio aos processos
de pesquisa, centrados na historicidade,
problematização, na elaboração e levantamento
de hipóteses, na busca do novo.
Quem são os alunos
• Jovens com faixa etária em 17 anos em média,
bastante diferentes do que, possivelmente,
esperava encontrar.
• Situação /Problema: Muitas vezes, as
características reais desses jovens não são
objeto de preocupação por parte do professor.
Visão do Professor:
• Identifica seus alunos como futuros
profissionais da área referente ao curso e
esperando deles um desempenho direcionado
à futura profissão.
• Saudosismo. São lembranças que o docente
guarda de si, de quando era um jovem
universitário.
• E por isso, muitas vezes, se decepciona com as
manifestações dos alunos.
Chauí afirma:
• Os alunos vêm sendo submetidos a processos de
ensino que consideram a ciência pronta e acabada, à
espera de aplicação.
• Portanto, assim condicionados, abdicam da
necessidade de pensar e de desentranhar o sentido de
uma experiência nova.
• “não é apenas o trabalho do pensamento que se
perde, mas a própria ideia de ação como práxis social,
uma vez que a atividade, longe de ser a criação de um
possível histórico, se consome numa pura técnica de
agir circunscrita ao campo do provável e do previsto”
Meios para alterar essa situação:
 Professores, institucionalmente organizados,
proceder ao conhecimento e à identificação
de quem são seus alunos, o que pensam, o
que sabem, suas expectativas, a visão que têm
do que é ser profissional na área “escolhida”.
professores de uma instituição de
educação superior, descrevem os
problemas percebidos em relação aos
seus alunos:
falta de interesse, de motivação com a própria
aprendizagem;
passividade, individualismo. Interesse na nota
e em passar de ano/ obter diploma;
 falta de disciplina, hábitos de estudo
insuficientes.
Somados a esses, acrescentem-se
fatores referentes à escolaridade
anterior:
• nível de conhecimento ou pré- requisitos
insuficientes para acompanhar a graduação;
• dificuldades na interpretação, redação, leitura;
• dificuldades de raciocínio, falta de criticidade;
• alta heterogeneidade em casa classe e
diversidade de maturidade geral;
• aluno trabalhador.
Três autores foram citados com
referentes dados de pesquisas sobre o
jovem no ensino superior.
Machado (1995), analisando pesquisa sobre
os alunos do curso superior noturno, destaca
os seguintes dados:
 São jovens, com idade inferior a 25 anos, solteiros, 30%
deles dormem menos de seis horas diárias e 63% entre
seis e oito horas; 61% declaram que se alimentam mal
e 34% relatam que o tempo para repouso é
insuficiente.
Castanho (1989)
Demonstra que, ao contrário do que se pensa,
não há defasagem excessiva entre a faixa etária
dos alunos do noturno e os do diurno, o que
desfaz o mito de que aqueles são mais velhos. Em
sua maioria, cursaram a escola pública noturna
no segundo grau, têm pouca história de
reprovação e nutrem a expectativa de que o
diploma lhes trará mais habilitações. São alunos
trabalhadores, o que permite aos professores, no
curso superior, aproveitar-se dessa experiência
para facilitar a aprendizagem em sala de aula.
Furlani (1998)
Identifica a questão de gênero, constatando a
preferência masculina pelas áreas da
engenharia e a feminina pelas ciências
humanas.
Estabelece a diferença entre trabalhador-
estudante, que depende unicamente de sua
renda salarial, e estudante- trabalhador, que
conta com a ajuda da família.
Portanto, esses dados relevam a
importância de identificar quem são os
alunos...
• Proposta: um processo de ensinagem, tomar o
aluno como sujeito desse processo é
fundamental para que construa como sujeito.
• Se faz necessário elaborar e analisar, também
com os alunos, instrumentos que permitam
caracterizar o grupo em termos de origem
geográfica e social, experiências anteriores de
escolarização, faixa etária, turno diurno ou
noturno, trabalhador ou estudante...
Quem são os alunos que chegam ao
ensino superior
• “Passar no vestibular”, a memorização foi a
tônica dominante.
• O próprio sistema de ensino reforçou um
comportamento baseado na lógica da
exclusão, em pouco criticidade, voltado para
os produtos e NÃO para a aprendizagem.
• São alunos sem uma escolha profissional
amadurecida.
Pesquisas realizadas, onde o docente
apontam os para problemas em
relação ao aluno:
• baixo nível de conhecimento e a ausência dos
pré- requisitos necessários para acompanhar a
graduação;
• falta de domínio da língua e as dificuldades na
interpretação, redação e leitura dos textos.
Caminhos propostos:
• Ações a serem conjuntamente efetivadas
pelos professores e alunos em vista da
superação das insuficiências.
• Diagnósticos simples aplicados como
atividades e corrigidos coletivamente, na
própria sala de aula.
• Adiar a programação inicialmente pretendida,
por uma ou duas semanas.
Sobre desinteresse, falta de
comprometimento, passividade,
individualismo e outros
• É preciso considerar que essas posturas estão
inseridas num contexto social cuja lógica
dominante- que muitas vezes é adotada pelas
próprias instituições e as estrutura- é a de
considerar o aluno como “cliente”, que ali está
pagando por um “produto”, sendo a função do
professor tornar esse produto “atraente”, numa
situação em que o importante é o certificado, e
não necessariamente a qualidade das ensinagens.
Transformar essa lógica do lucro na da
educação...
• Discussão de valores com o alunato.
• Explicitar as finalidades sociais da
universidade.
• Despertar ao EU dos sujeitos alunos e
professores.
• Processos de reflexão: trata-se da construção
do memorial pelos docentes participantes.
Sobre heterogeneidade, diversidade
de maturidade e aluno trabalhador
• Sobre a heterogeneidade em cada classe, a
diversidade de maturidade dos alunos e o
aluno trabalhador, convém admitir que lidar
com o diferente não é fácil.
• Acreditar nas “Riqueza das trocas”.
• Importância do mediador nos processos de
aprendizagem.
• O aluno trabalhador pode atuar como
excelente aliado ao processo (teoria/prática).
Sobre hábitos de estudo, dificuldades
de raciocínio e falta de tempo para
estudar
• O colegiado docente pode se organizar em cada fase
do curso para propor ações conjuntas que auxiliem na
construção de uma autonomia crescente, em vista da
competência necessária ao profissional que sairá do
curso.
• Conhecer as dificuldades e programar, o mais
coletivamente possível, ações entre docentes e
discentes a fim de superarem as dificuldades.
• Inadmissível professores percebam as dificuldades
encontradas nos alunos e NÃO deem sua contribuição.
Sobre falta de criticidade e
questionamento
• Indivíduos acriticos.
• As autoras realizaram uma avaliação institucional
em instituições de ensino superior isoladas,
verificou-se que os alunos classificados por seus
docentes como “não críticos” realizaram
interessante avaliação institucional, registrando
pareceres referentes a todas as categorias
questionadas, desde o funcionamento
institucional até o desempenho docente.
Indivíduos acríticos teriam dificuldades
em registrar estes dados:
• Sinto-me desmotivado, pois o ambiente encontrado
em sala de aula é muitas vezes parecido com um curso
de nível secundário...
• Mais reunião pedagógica entre professores para
integrar conteúdos...
• Inflexibilidade docente prejudica a manifestação...
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• Integrar mais o curso X com outros cursos da
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melhor as fases que virão. Escolher profissionais com
melhor didática de ensino...
Portanto...
• Um ponto de partida fundamental ao trabalho
docente é o conhecimento do aluno
universitário real, para organização do projeto
pedagógico institucional e do consequente
trabalho docente, visando à superação desse
real existente, em direção do desejável e
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• Uma mudança na postura de professores e alunos diante da ciência e do
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professores no ensino superior tanto no que concerne à jornada de
trabalho- para permitir maior envolvimento institucional, projeto
pedagógico coletivo, discussão, avaliação e proposição de novas praticas...
• Faz-se necessário organizar os currículos e os percursos formativos dos
alunos de modo que se ampliem as oportunidades de inserção pedagógica
dos professores e dos alunos no curso que frequentam...
• Faz-se necessário, enfim, que as instituições de ensino superior
possibilitem oportunidades de desenvolvimento profissional de seus
professores por meio de programas de pós- graduação stricto sensu e de
programas institucionais de formação contínua, no âmbito da própria
instituição, com base nos problemas e nas necessidades que são ali
identificados, seja mediante avaliações externas, seja, principalmente,
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  • 1. Docência no ensino superior Autoras: Selma Garrido Pimenta e Léa das Graças Camargos Anastasiou
  • 2. Docência e ensino: ensinar a quem? • Pesquisas sobre o ensino superior têm relevado alguns fatores intrínsecos ao ensino nesse nível de escolaridade, os quais podem explicar alguns de seus problemas, como a EVASÃO, a DESISTÊNCIA e os RESULTADOS PRECÁRIOS DAS APRENDIZAGENS.
  • 3. Sem entrar em considerações a respeito de fatores externos (...) podemos apresentar três grupos de fatores: Os referentes a uma concepção e prática tradicional de ensino, comportando uma separação entre ensino e pesquisa; Os referentes aos resultados da escolaridade prévia e ao universo cultural dos alunos; E os referentes às condições de trabalho dos docentes no ensino superior.
  • 4. Panorama do ensino em todos os níveis de escolaridade:  Herança trazidas pelos jesuítas. Centrado quase exclusivamente na ação do professor, o ensinar reduz-se a expor os conteúdos nas aulas; ao aluno, resta ouvir com atenção. Portanto, uma didática “tecnicista” que não se associa com o dinamismo próprio aos processos de pesquisa, centrados na historicidade, problematização, na elaboração e levantamento de hipóteses, na busca do novo.
  • 5. Quem são os alunos • Jovens com faixa etária em 17 anos em média, bastante diferentes do que, possivelmente, esperava encontrar. • Situação /Problema: Muitas vezes, as características reais desses jovens não são objeto de preocupação por parte do professor.
  • 6. Visão do Professor: • Identifica seus alunos como futuros profissionais da área referente ao curso e esperando deles um desempenho direcionado à futura profissão. • Saudosismo. São lembranças que o docente guarda de si, de quando era um jovem universitário. • E por isso, muitas vezes, se decepciona com as manifestações dos alunos.
  • 7. Chauí afirma: • Os alunos vêm sendo submetidos a processos de ensino que consideram a ciência pronta e acabada, à espera de aplicação. • Portanto, assim condicionados, abdicam da necessidade de pensar e de desentranhar o sentido de uma experiência nova. • “não é apenas o trabalho do pensamento que se perde, mas a própria ideia de ação como práxis social, uma vez que a atividade, longe de ser a criação de um possível histórico, se consome numa pura técnica de agir circunscrita ao campo do provável e do previsto”
  • 8. Meios para alterar essa situação:  Professores, institucionalmente organizados, proceder ao conhecimento e à identificação de quem são seus alunos, o que pensam, o que sabem, suas expectativas, a visão que têm do que é ser profissional na área “escolhida”.
  • 9. professores de uma instituição de educação superior, descrevem os problemas percebidos em relação aos seus alunos: falta de interesse, de motivação com a própria aprendizagem; passividade, individualismo. Interesse na nota e em passar de ano/ obter diploma;  falta de disciplina, hábitos de estudo insuficientes.
  • 10. Somados a esses, acrescentem-se fatores referentes à escolaridade anterior: • nível de conhecimento ou pré- requisitos insuficientes para acompanhar a graduação; • dificuldades na interpretação, redação, leitura; • dificuldades de raciocínio, falta de criticidade; • alta heterogeneidade em casa classe e diversidade de maturidade geral; • aluno trabalhador.
  • 11. Três autores foram citados com referentes dados de pesquisas sobre o jovem no ensino superior. Machado (1995), analisando pesquisa sobre os alunos do curso superior noturno, destaca os seguintes dados:  São jovens, com idade inferior a 25 anos, solteiros, 30% deles dormem menos de seis horas diárias e 63% entre seis e oito horas; 61% declaram que se alimentam mal e 34% relatam que o tempo para repouso é insuficiente.
  • 12. Castanho (1989) Demonstra que, ao contrário do que se pensa, não há defasagem excessiva entre a faixa etária dos alunos do noturno e os do diurno, o que desfaz o mito de que aqueles são mais velhos. Em sua maioria, cursaram a escola pública noturna no segundo grau, têm pouca história de reprovação e nutrem a expectativa de que o diploma lhes trará mais habilitações. São alunos trabalhadores, o que permite aos professores, no curso superior, aproveitar-se dessa experiência para facilitar a aprendizagem em sala de aula.
  • 13. Furlani (1998) Identifica a questão de gênero, constatando a preferência masculina pelas áreas da engenharia e a feminina pelas ciências humanas. Estabelece a diferença entre trabalhador- estudante, que depende unicamente de sua renda salarial, e estudante- trabalhador, que conta com a ajuda da família.
  • 14. Portanto, esses dados relevam a importância de identificar quem são os alunos... • Proposta: um processo de ensinagem, tomar o aluno como sujeito desse processo é fundamental para que construa como sujeito. • Se faz necessário elaborar e analisar, também com os alunos, instrumentos que permitam caracterizar o grupo em termos de origem geográfica e social, experiências anteriores de escolarização, faixa etária, turno diurno ou noturno, trabalhador ou estudante...
  • 15. Quem são os alunos que chegam ao ensino superior • “Passar no vestibular”, a memorização foi a tônica dominante. • O próprio sistema de ensino reforçou um comportamento baseado na lógica da exclusão, em pouco criticidade, voltado para os produtos e NÃO para a aprendizagem. • São alunos sem uma escolha profissional amadurecida.
  • 16. Pesquisas realizadas, onde o docente apontam os para problemas em relação ao aluno: • baixo nível de conhecimento e a ausência dos pré- requisitos necessários para acompanhar a graduação; • falta de domínio da língua e as dificuldades na interpretação, redação e leitura dos textos.
  • 17. Caminhos propostos: • Ações a serem conjuntamente efetivadas pelos professores e alunos em vista da superação das insuficiências. • Diagnósticos simples aplicados como atividades e corrigidos coletivamente, na própria sala de aula. • Adiar a programação inicialmente pretendida, por uma ou duas semanas.
  • 18. Sobre desinteresse, falta de comprometimento, passividade, individualismo e outros • É preciso considerar que essas posturas estão inseridas num contexto social cuja lógica dominante- que muitas vezes é adotada pelas próprias instituições e as estrutura- é a de considerar o aluno como “cliente”, que ali está pagando por um “produto”, sendo a função do professor tornar esse produto “atraente”, numa situação em que o importante é o certificado, e não necessariamente a qualidade das ensinagens.
  • 19. Transformar essa lógica do lucro na da educação... • Discussão de valores com o alunato. • Explicitar as finalidades sociais da universidade. • Despertar ao EU dos sujeitos alunos e professores. • Processos de reflexão: trata-se da construção do memorial pelos docentes participantes.
  • 20. Sobre heterogeneidade, diversidade de maturidade e aluno trabalhador • Sobre a heterogeneidade em cada classe, a diversidade de maturidade dos alunos e o aluno trabalhador, convém admitir que lidar com o diferente não é fácil. • Acreditar nas “Riqueza das trocas”. • Importância do mediador nos processos de aprendizagem. • O aluno trabalhador pode atuar como excelente aliado ao processo (teoria/prática).
  • 21. Sobre hábitos de estudo, dificuldades de raciocínio e falta de tempo para estudar • O colegiado docente pode se organizar em cada fase do curso para propor ações conjuntas que auxiliem na construção de uma autonomia crescente, em vista da competência necessária ao profissional que sairá do curso. • Conhecer as dificuldades e programar, o mais coletivamente possível, ações entre docentes e discentes a fim de superarem as dificuldades. • Inadmissível professores percebam as dificuldades encontradas nos alunos e NÃO deem sua contribuição.
  • 22. Sobre falta de criticidade e questionamento • Indivíduos acriticos. • As autoras realizaram uma avaliação institucional em instituições de ensino superior isoladas, verificou-se que os alunos classificados por seus docentes como “não críticos” realizaram interessante avaliação institucional, registrando pareceres referentes a todas as categorias questionadas, desde o funcionamento institucional até o desempenho docente.
  • 23. Indivíduos acríticos teriam dificuldades em registrar estes dados: • Sinto-me desmotivado, pois o ambiente encontrado em sala de aula é muitas vezes parecido com um curso de nível secundário... • Mais reunião pedagógica entre professores para integrar conteúdos... • Inflexibilidade docente prejudica a manifestação... • Banir uso de celular (professores e alunos) em aula... • Integrar mais o curso X com outros cursos da instituição. Não nos tratar como cobais. Planejar melhor as fases que virão. Escolher profissionais com melhor didática de ensino...
  • 24. Portanto... • Um ponto de partida fundamental ao trabalho docente é o conhecimento do aluno universitário real, para organização do projeto pedagógico institucional e do consequente trabalho docente, visando à superação desse real existente, em direção do desejável e necessário ensino que resulta em formação científica, profissional e humana dos alunos.
  • 25. Faz-se necessária... • Uma mudança na postura de professores e alunos diante da ciência e do conhecimento. • Fazem-se necessárias alterações nas condições de trabalho dos professores no ensino superior tanto no que concerne à jornada de trabalho- para permitir maior envolvimento institucional, projeto pedagógico coletivo, discussão, avaliação e proposição de novas praticas... • Faz-se necessário organizar os currículos e os percursos formativos dos alunos de modo que se ampliem as oportunidades de inserção pedagógica dos professores e dos alunos no curso que frequentam... • Faz-se necessário, enfim, que as instituições de ensino superior possibilitem oportunidades de desenvolvimento profissional de seus professores por meio de programas de pós- graduação stricto sensu e de programas institucionais de formação contínua, no âmbito da própria instituição, com base nos problemas e nas necessidades que são ali identificados, seja mediante avaliações externas, seja, principalmente, mediante avaliações internas.