SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 52
Reunião Científica – Clínica Médica
Especialidade: Hematologia
Residentes: R2 – Raul Pessanha
R1 – Durval Ribas Neto
Docente: Dra. Maria Isabel (Hematologia)
Caso Clínico
• ID: R.P.A, 55a, feminino,negra, natural de
Catanduva [prontuário: 9295862]
• QD: Paciente com diagnóstico de Artrite
Reumatoide desde maio/2015, iniciou
tratamento com anti-TNFalfa
(adalimumabi) + metotrexate em São
Paulo.
Caso Clínico
• Internações:
• JULHO/2015 (11/07/2015 – 07/08/2015):
• Paciente apresentou Insuf Renal Aguda
• Cr: 1,9 PCR: 5
• Ur: 71 FR: 6
• Hb: 9,1 ác. Úrico: 8,2
• Leucócitos: 11.100 complemento: 38,9
• Cálcio ion.: 1,28
Caso Clínico
• HMA:
• 22/10/15: Ambulatório de Reumatologia.
• Paciente veio em consulta médica relatando
poliartralgia migratória e progressiva; edema
em articulações, astenia e inapetência.
• Tratamento para AR não eficiente, e exames
de imagem antigos demonstrando lesões de
características osteolíticas
Caso Clínico
• Avaliação da HEMATOLOGIA
(15/02/2016):
• Paciente vem encaminhado do
ambulatorio de Reumatologia onde foi
realizado BX de medula óssea e
imunohistoquímico com urgência
• Sem queixas importantes no momento.
Caso Clínico
BIÓPSIA DE MEDULA (01/02/2016):
Série eritrocítica: hipocelular e normomaturativa
Série granulocítica: hipercelular e normomaturativa
Série megacariocítica: normocelular, presença de
atipia arquitetural
Presença de quantidade aumentada de plasmócitos
(30%), positivos para cadeia leve Lambda.
Caso Clínico
• IMUNOHISTOQUIÍMICO (17/02/2016):
POSITIVO: CD34 (3% das células); CD138;
CD45LCA; CD71; LAMBDA
Caso Clínico
• Cintilografia óssea (16/02/2016): lesões
osteoblásticas em arcos costais. Mãos, pés,
crânio e joelhos.
• TC Crânio (08/04/2016): imagens ovaladas
hipodensas difusas na calota craniana
(osteolíticas?)
• Radiografia de crânio: lesões líticas multifocais
em “sal e pimenta”
• *osteolíticas e osteoblásticas: lesões ósseas onde há perda da regulação do processo de remodelação óssea.
Radiografia crânio:
Radiografia crânio:
Radiografia crânio:
Eletroforese no diagnóstico
(30/11/2016)
albumina
Beta-2 globulina
Eletroforese após 2º ciclo
quimioterápico (19/01/2017)
Hipóteses Diagnósticas
• Gamopatia monoclonal de significado
indeterminado
• Mieloma Assintomático (Smoldering
Myeloma)
• Mieloma Múltiplo
• Amiloidose
• Plasmocitoma Solitário
• Mieloma não Secretor
• Macroglobulinemia de Waldenström
Tratamento:
• QUIMIOTERAPIA COM BORTEZOMIBE*
• CICLOFOSFAMIDA
• DEXAMETASONA
• ÁCIDO ZOLEDRÔNICO
• *O bortezomibe é um inibidor reversível da atividade do tipo quimiotripsina do proteassoma 26S em células de mamíferos. O
proteassoma 26S é um complexo proteico grande que degrada proteínas ubiquitinadas. A via da ubiquitina-proteassoma representa um
papel essencial na regulação da concentração intracelular de proteínas específicas, mantendo, desta forma, a homeostase intracelular. A
inibição do proteassoma 26S impede esta proteólise dirigida o que pode afetar as cascatas múltiplas de sinalização dentro da célula.
MIELOMA MULTIPLOMIELOMA MULTIPLO ..
UMA SÍNDROMEUMA SÍNDROME
PARANEOPLÁSICAPARANEOPLÁSICA
MIMETIZANDO SINTOMASMIMETIZANDO SINTOMAS
REUMATOLOGICOSREUMATOLOGICOS
DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA
SINDROME PARANEOPLASICA
• DEF : Conjunto de sinais e sintomas
desencadeados por tumores benignos ou
malignos , diagnosticados ou indolentes , em
qualquer orgão ou sistema, sem ter relação
direta com os efeitos de massa/
metástases .
• Ocorrem em 15% dos pacientes com
neoplasias indolentes .
• 2/3 dos sintomas precedem as
Síndromes paraneoplásicas
Etiopatogenia :Etiopatogenia :
•HHormônios ou
•Fenômenos auto- imunesFenômenos auto- imunes ouou
•Fatores de crescimentoFatores de crescimento
Provocam ações biológicas , gerando
alterações reumatológicas, hematológicas,
vasculares, dermatológicas, neurológicas,
gastrointestinais, renais , etc...
PISTAS CLÍNICAS
• IDADE ??
• HIST FAMILIAR
• SD. CONSUMPTIVA-
ANOREXIA-CAQUEXIA
( < 5 % PESO 3 M ou
< 10 % PESO 6 M )
• DÇAS PSIQUIATRICAS
• DÇAS INFECCIOSAS RECORRENTES
• DÇAS METABOLICAS
PISTAS CLINICAS
ANEMIA FADIGA
HDA / HDB
F
O
I
PISTAS CLINICAS
SD DISPEPTICA
DOR ÓSSEA
ICTERICIA
GENGIVORRAGIA
Síndromes paraneoplásicas
SUBTIPOS
ARTRITE REUMATOIDE X MIELOMA MULTIPLO
MIELOMA MULTIPLO
UMA BREVE SÍNTESEUMA BREVE SÍNTESE
MIELOMA MULTIPLO
Neoplasia hematológica medular maligna de plasmócitos
(Linfócitos B maduros produtores de imunoglobulinas).
EPIDEMIOLOGIA
AFRODESCENDENTES
( 3 H :1 M )
DIAGNOSTICOS REALIZADOS : MEDIANA> 65
ANOS ; 50- 60 ANOS : 10 % ; <40 ANOS : 2 %
DEF
• 1% NEOPLASIAS GERAIS
• 10 % NEOPLASIAS
HEMATOLOGICAS
PARENTES DE 1ºGRAU : 4 x RISCO
MIELOMA MULTIPLO
ANAMNESE
Dor óssea
Sintomas constitucionais
Sintomas neurológicos
Infecções repetição
Exame físico
Exame neurológico detalhado
PATOGENESE
Resultante de 2 processos
sequenciais :
1 -MGUS (monoclonal
gammopathy of undetermined
significance).
Clone plasmocitário
resultante de uma excessiva
estimulação antigênica dos
linfócitos B.
2- Progressão de MGUS para
MM , gerada por insultos
adicionais ao clone plasmocitário
ou mudanças no microambiente
medular
MIELOMA MULTIPLO
MIELOMA MULTIPLO
MIELOMA MULTIPLO
ANEMIA
NORMO
/NORMO
.
Resultante de ocupação medular ; < EPO ;
ou diluição pela proteína M . VHS >
DOR ÓSSEA
Lesão lítica em coluna lombar ,
craneo ,costela e esterno podem
causar DOR ÓSSEA e FRATURA
PATOLÓGICA .
HIPERCALCEMIA
(Ca >11mg/dL em 13%)
-Ativação do
Osteoclasto /Inibição do
Osteoblasto
-Expansão Tumoral
MIELOMA MULTIPLO
INSUFICIENCIA
RENAL
NEFROPATIA POR CADEIAS LEVES - LESÃO
TUBULAR RENAL PELAS CADEIAS LEVES DE
IG( PROTEINAS BENCE JONES ) . PRINCIPAL
CAUSA DE IRC NO MM ( RIM DO MIELOMA)
NEFROPATIA CRONICA OBSTRUTIVA : CADEIAS
LEVES SE LIGAM A PROTEINAS TAMM HORSFALL ,
FORMAM-SE CILINDROS HEMÁTICOS
OBSTRUÇÃO TUBULAR
NEFROCALCINOSE - 2 º HIPERCALCEMIA
NEFROPATIA POR URATO – 2 ° ALTO TURN OVER
CELULAR
MIELOMA MULTIPLO
ALTERAÇÕES
NEUROLÓGICAS
(EMERGENCIA
MEDICA)
1- COMPRESSÃO
MEDULAR
2
POLINEUROPATIA
PERIFÉRICA
3-
HIPERCALCEMIA
MANIFESTAÇÕES DE HIPERCALCEMIA
MIELOMA MULTIPLO
HIPERVISCOSIDADE
- OCORRE POR HIPERPROTEINEMIA
MONOCLONAL (PROTEINA M > 5 g/dl)
- SANGRAMENTO DE MUCOSAS
( PROTEINA M SE LIGA AOS
FATORES DE COAGULAÇÃO E AS
PLAQUETAS )
MIELOMA MULTIPLO
QUAL A
PRINCIPAL
CAUSA DE
MORTE NO
MM ?
INFECÇÕES RECORRENTES
(PIELONEFRITE/PNEUMONIA )
AGENTES : PNEUMOCOCO , S. AUREUS ,
Klebsiela Pnm , E.Coli , Herpes Zoster
Gênese : Hipogamaglobulinemia , Diminuição de
CD4 e alteração na função dos neutrófilos
,monócitos, macrófagos e Complemento .
MIELOMA MULTIPLO
RASTREIO
DIAGNÓSTICO
- Hemograma, VHS
Cálcio sérico, creatinina, albumina, lactato desidrogenase, β-2
microglobulina, proteína C reativa
- Eletroforese de proteínas séricas e urinárias com imunofixação e
quantificação de imunoglobulinas
Mielograma e biópsia de medula óssea com estudo
citogenético(Cariótipo)
Radiografia
tórax(PA)
coluna cervical, torácica e lombar (AP e perfil)
Fêmur e úmero (AP e perfil)
crânio(AP e perfil)
Pelve (AP)
MIELOMA MULTIPLO
CRITÉRIOS
DIAGNÓSTICOS
ESPECÍFICOS
MM
PLASMÓCITOS CLONAIS > 10 % NA MEDULA ÓSSEA
OU PLASMOCITOMA(INFILTRAÇÃO TECIDUAL DE
PLASMÓCITOS ) COMPROVADO POR BIÓPSIA .
(ASSOCIADO A 1 OU MAIS : LESÃO DE ÓRGAO
ALVO /BIOMARCADORES DE MALIGNIDADE )
LESÕES DE ÓRGÃO ALVO
C- CALCIO > 11 mg/dl
R – INSUF RENAL ( Creat > 2 ou Clcr < 40 ml/min )
A – ANEMIA ( HB < 10 g/dl )
B – BONE LESION ( 1 OU MAIS LESOES LITICAS EM RX
, TC OU PET TC
BIOMARCADORES DE MALIGNIDADE
- > 60 % PLASMÓCITOS ( PELA BIÓPSIA DE MEDULA ÓSSEA )
-CADEIA LEVE ENVOLVIDA / CADEIA LEVE NÃO ENVOLVIDA > 100
- RNM COM LESÃO LITICA > 5mm
OU
MIELOMA MULTIPLO
O QUE É A COMPONENTE M ?? É UM TIPO DE
PROTEÍNA(IMUNOGLOBULINA ) MONOCLONAL . NÃO É CRITÉRIO DIAG !!
COMO DETECTA-LO ? Na Eletroforese de proteína sérica ou
urinária demonstra pico monoclonal ( M ) que esta presente em 82% dos
pacientes com MM .
Se Adicionar a imunofixação aumenta sensibilidade para 92% .
QUAL O TIPO MAIS COMUM DE IMUNOGLOBULINA ? IgG , e este
é de melhor prognostico
Envolvimento extra
-osseo
Lesão renal grave !!!
+ Frequente +
Benigno
MIELOMA MULTIPLO
ESTADIAMENTO ( 4 ) -
DURIE E SALMON / ISS(DESUSO) /
CARIOTIPO
ESTÁGIO
III B .
PIOR
PROG !!
MIELOMA MULTIPLO
SINTETIZANDO
MIELOMA MULTIPLO
TRATAMENTO
DE
ESCOLHA ?
TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE MEDULA
ÓSSEA
ESQUEMAS DE
TRATAMENTO
GOLD
STANDARD
(NÃO
CANDIDATOS
AO
TRANSPLANTE )
M P
T
V A
D
CI BOR
D
M ELFALAN – P REDNISONA-
T ALIDOMIDA
V INCRISTINA – A DRIAMICINA-
D EXAMETASONA
C ICLOSFOSFAMIDA– BOR TEZOMIB
D EXAMETASONA
MIELOMA MULTIPLO
T
R
A
T
A
M
E
N
T
O
SUS
TRATAMENTO PARA COMPLICAÇÕES
DO MIELOMA MULTIPLO
Anemia
Insuficiência
Renal
Hidratação, alopurinol, corrigir hipercalcemia e
hemodiálise (10%)
Hiperviscosidad e Plasmaférese , < Ptn Circulante
Infecção
Antibioticoterapia (microorganismos mais frequentes
depende da fase da doença), profilaxia (vacina anti-
influenza, anti-pneumocócica, imunoglobulinas)
Hemotransfusão , e eritropoetina recombinante humana
( se Hb > 9 g/dl (50 a 75% de resposta)
Hipercalcemia Hidratação, corticoide, bifosfonados
Dores ósseas Analgésico, Cirurgia descompressiva , radioterapia, bifosfonados
CASO CLINICO
CASO CLINICO
UFRJ 2004:
• Paciente com dor óssea (coluna lombar), apresenta eletroforese de
proteínas séricas com pico monoclonal em gama. O exame que
auxiliaria o diagnóstico é:
• A) aspirado de medula óssea mostrando infiltração por plasmócitos
• B) cintilografia óssea mostrando múltiplos pontos de captação
• C) dosagem sérica da fosfatase alcalina que se encontra elevada
• D) pesquisa citogenética da translocação t(9;22)
Unifesp 2010:
• Homem de 60 anos, diabético e hipertenso controlado, procura atendimento médico
por apresentar urina espumosa há 15 dias, associada a vômitos e sonolência. Ao
exame físico: consciente, letárgico, hálito urêmico, descorado (2+/4+). Exames
subsidiários: Hb 8,3g/dL, Ht 24%, leucócitos 5.600mm³ (70% neutrófilos, 28%
linfócitos, 2% plasmócitos e plasmablastos), cr: 10,3g/dL, cálcio sérico e cálcio
ionizável aumentados. Para definição do diagnóstico, os exames que precisam ser
realizados no momento são:
• A) bópsia de medula óssea com imuno-histoquímica, eletroforese de proteínas
séricas, imunofixação da urina de 24h
• B) PSA, rx de ossos longos, pelve, crânio, proteinúria de 24h
• C) tomografia de crânio, rx ossos longos, pelve, crânio, dosagem de
imunogloblulinas no soro
• D) biópsia renao, proteinúria 24h, microalbuminúria
• E) rx de ossos longos, pelve, crânio, mielograma e biópsia renal
UNESP 2015:
• Homem de 67 anos está em tratamento de anemia há 10 mses sem melhora. Há 02
meses, refere dor lombar persistente com piora progressiva. Foi medicado com anti-
inflamatórios em 3 momentos, mas sem melhora efetiva do sintoma. Exames
complementares: Hb: 10g/dL, Ht 30%, VCM 88, HCM 32, sem alterações de glóbulos
brancos e plaquetas, cr 2,7mg/dL, ur 98mg/dL, TGO 45U/L, TGP 38U/L, RX de coluna
lombar: osteopenia difusa e fraturas parciais de L3 e L4 por encunhamento. O diagnóstico
mais provável e de investigação são, respectivamente:
• A) mieloma múltiplo; eletroforese de proteínas séricas e urinárias e avaliação de medula
óssea (mielograma e biópsia)
• B) mieloma múltiplo; proteinúria de Bence-Jones e cintilografia óssea
• C) anemia ferropriva e insuficiência renal pelo uso de AINH; endoscopia digestiva alta e
colonoscopia
• D) anemia associada à inflamação crônica e à insuficiência renao; perfil do ferro
MIELOMA MULTIPLO
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Abdi J, Chen G , Chang H. Drug resistance in multiple myeloma: latest findings
and new concepts on molecular mechanisms. Oncotarget 2013; 4: 2186-2207.
Kuhn DJ, Berkova Z, Jones RJ, et al. Targeting the insulin-like growth factor-1
receptor to overcome bortezomib resistance in preclinical models of multiple
myeloma. Blood. 2012; 120(16): 3260-3270.
Shain KH, Yarde DN, Meads MB, et al. Beta1 integrin adhesion enhances IL-6-
mediated STAT3 signaling in myeloma cells: implications for microenvironment
influence on tumor survival and proliferation. Cancer Res. 2009; 69(3): 1009-
1015.
MIELOMA MULTIPLO
MIELOMA MULTIPLO
MIELOMA MULTIPLO
MIELOMA MULTIPLO

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Anemia Ferropriva
Anemia FerroprivaAnemia Ferropriva
Anemia Ferroprivablogped1
 
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdf
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdfatencao-farmaceutica farmacia clinica.pdf
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdfNaidilene Aguilar
 
Carcinogenese e Bases Moleculares Da Oncologia
Carcinogenese e Bases  Moleculares Da OncologiaCarcinogenese e Bases  Moleculares Da Oncologia
Carcinogenese e Bases Moleculares Da OncologiaCarlos Frederico Pinto
 
Doença Arterial Obstrutiva Periférica
Doença Arterial Obstrutiva PeriféricaDoença Arterial Obstrutiva Periférica
Doença Arterial Obstrutiva PeriféricaDaniel Mendes Pinto
 
Lupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso SistêmicoLupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso SistêmicoPaulo Alambert
 
Insuficiência Mitral e Aortica
Insuficiência Mitral e AorticaInsuficiência Mitral e Aortica
Insuficiência Mitral e AorticaRicardo Del Cistia
 
Anemia hemolitica
Anemia hemoliticaAnemia hemolitica
Anemia hemoliticadapab
 
LNH - Linfoma não-Hodgkin
LNH - Linfoma não-HodgkinLNH - Linfoma não-Hodgkin
LNH - Linfoma não-HodgkinJessica Monteiro
 
SINDROME CORONARIANA AGUDA
SINDROME CORONARIANA AGUDASINDROME CORONARIANA AGUDA
SINDROME CORONARIANA AGUDAFernanda Marinho
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOLÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOpauloalambert
 
Meu Prontuário - O prontuario medico orientado por problemas
Meu Prontuário - O prontuario medico orientado por problemasMeu Prontuário - O prontuario medico orientado por problemas
Meu Prontuário - O prontuario medico orientado por problemasLeonardo Alves
 
Avaliação Cardiovascular
Avaliação CardiovascularAvaliação Cardiovascular
Avaliação Cardiovascularresenfe2013
 
Hipertensao Arterial Caso Clínico Professor Robson
Hipertensao Arterial   Caso Clínico    Professor RobsonHipertensao Arterial   Caso Clínico    Professor Robson
Hipertensao Arterial Caso Clínico Professor RobsonProfessor Robson
 
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicosAp5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicosLABIMUNO UFBA
 
Estudo da velocidade de hemossedimentação (vhs)
Estudo da velocidade de hemossedimentação (vhs)Estudo da velocidade de hemossedimentação (vhs)
Estudo da velocidade de hemossedimentação (vhs)Julai1991
 
Semiologia 02 roteiro prático de anamnese e exame físico
Semiologia 02   roteiro prático de anamnese e exame físicoSemiologia 02   roteiro prático de anamnese e exame físico
Semiologia 02 roteiro prático de anamnese e exame físicoJucie Vasconcelos
 

Mais procurados (20)

Anemia Ferropriva
Anemia FerroprivaAnemia Ferropriva
Anemia Ferropriva
 
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdf
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdfatencao-farmaceutica farmacia clinica.pdf
atencao-farmaceutica farmacia clinica.pdf
 
Carcinogenese e Bases Moleculares Da Oncologia
Carcinogenese e Bases  Moleculares Da OncologiaCarcinogenese e Bases  Moleculares Da Oncologia
Carcinogenese e Bases Moleculares Da Oncologia
 
Doença Arterial Obstrutiva Periférica
Doença Arterial Obstrutiva PeriféricaDoença Arterial Obstrutiva Periférica
Doença Arterial Obstrutiva Periférica
 
Lupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso SistêmicoLupus Eritematoso Sistêmico
Lupus Eritematoso Sistêmico
 
Insuficiência Mitral e Aortica
Insuficiência Mitral e AorticaInsuficiência Mitral e Aortica
Insuficiência Mitral e Aortica
 
Prevenção Quaternária - Sobrediagnóstico
Prevenção Quaternária - SobrediagnósticoPrevenção Quaternária - Sobrediagnóstico
Prevenção Quaternária - Sobrediagnóstico
 
Anemia hemolitica
Anemia hemoliticaAnemia hemolitica
Anemia hemolitica
 
LNH - Linfoma não-Hodgkin
LNH - Linfoma não-HodgkinLNH - Linfoma não-Hodgkin
LNH - Linfoma não-Hodgkin
 
Lupus
LupusLupus
Lupus
 
SINDROME CORONARIANA AGUDA
SINDROME CORONARIANA AGUDASINDROME CORONARIANA AGUDA
SINDROME CORONARIANA AGUDA
 
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICOLÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
 
O CORAÇÃO DO IDOSO
O CORAÇÃO DO IDOSOO CORAÇÃO DO IDOSO
O CORAÇÃO DO IDOSO
 
Meu Prontuário - O prontuario medico orientado por problemas
Meu Prontuário - O prontuario medico orientado por problemasMeu Prontuário - O prontuario medico orientado por problemas
Meu Prontuário - O prontuario medico orientado por problemas
 
Avaliação Cardiovascular
Avaliação CardiovascularAvaliação Cardiovascular
Avaliação Cardiovascular
 
Hipertensao Arterial Caso Clínico Professor Robson
Hipertensao Arterial   Caso Clínico    Professor RobsonHipertensao Arterial   Caso Clínico    Professor Robson
Hipertensao Arterial Caso Clínico Professor Robson
 
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicosAp5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
Ap5 - Critérios de validação dos testes sorológicos
 
Estudo da velocidade de hemossedimentação (vhs)
Estudo da velocidade de hemossedimentação (vhs)Estudo da velocidade de hemossedimentação (vhs)
Estudo da velocidade de hemossedimentação (vhs)
 
Caso clínico cg 5
Caso clínico cg 5Caso clínico cg 5
Caso clínico cg 5
 
Semiologia 02 roteiro prático de anamnese e exame físico
Semiologia 02   roteiro prático de anamnese e exame físicoSemiologia 02   roteiro prático de anamnese e exame físico
Semiologia 02 roteiro prático de anamnese e exame físico
 

Semelhante a Mieloma multiplo relato de caso clinico

Questionário de hemogramas - arquivo de revisão.pptx
Questionário de hemogramas - arquivo de revisão.pptxQuestionário de hemogramas - arquivo de revisão.pptx
Questionário de hemogramas - arquivo de revisão.pptxssuserf1aeac2
 
Alguns slides sobre mieloma multiplo (mm)
Alguns slides sobre mieloma multiplo (mm) Alguns slides sobre mieloma multiplo (mm)
Alguns slides sobre mieloma multiplo (mm) Carlos Volponi
 
Seminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.ppt
Seminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.pptSeminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.ppt
Seminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.pptAineSophie
 
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...fernandoalvescosta3
 
Exames complementares
Exames complementaresExames complementares
Exames complementaresRamon Mendes
 
Doença de Chagas
Doença de ChagasDoença de Chagas
Doença de ChagasITPAC PORTO
 
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasDiagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasSEMUSA
 
Hematologia_clinica_e_laboratorial_dos_leucocitos_III.pdf
Hematologia_clinica_e_laboratorial_dos_leucocitos_III.pdfHematologia_clinica_e_laboratorial_dos_leucocitos_III.pdf
Hematologia_clinica_e_laboratorial_dos_leucocitos_III.pdfMariaAparecida103394
 
Cuidados Odontológicos com Pacientes com Doença Hematológica e Infartos Frequ...
Cuidados Odontológicos com Pacientes com Doença Hematológica e Infartos Frequ...Cuidados Odontológicos com Pacientes com Doença Hematológica e Infartos Frequ...
Cuidados Odontológicos com Pacientes com Doença Hematológica e Infartos Frequ...casadurvalpaiva
 

Semelhante a Mieloma multiplo relato de caso clinico (20)

Leucemias agudas
Leucemias agudasLeucemias agudas
Leucemias agudas
 
Questionário de hemogramas - arquivo de revisão.pptx
Questionário de hemogramas - arquivo de revisão.pptxQuestionário de hemogramas - arquivo de revisão.pptx
Questionário de hemogramas - arquivo de revisão.pptx
 
Alguns slides sobre mieloma multiplo (mm)
Alguns slides sobre mieloma multiplo (mm) Alguns slides sobre mieloma multiplo (mm)
Alguns slides sobre mieloma multiplo (mm)
 
QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICAQUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
QUIMIOTERAPIA ANTINEOPLÁSICA
 
Seminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.ppt
Seminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.pptSeminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.ppt
Seminario-Purpuras-Trombocitopenicas-Sem-1-2005.ppt
 
Anemias lourdes2
Anemias lourdes2Anemias lourdes2
Anemias lourdes2
 
4. anemias anticoagulantes etc
4. anemias anticoagulantes etc4. anemias anticoagulantes etc
4. anemias anticoagulantes etc
 
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
 
Exames complementares
Exames complementaresExames complementares
Exames complementares
 
Mielomas
MielomasMielomas
Mielomas
 
Doença de Chagas
Doença de ChagasDoença de Chagas
Doença de Chagas
 
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasDiagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
 
Hemograma
HemogramaHemograma
Hemograma
 
Leucócitos e Leucemias
Leucócitos e LeucemiasLeucócitos e Leucemias
Leucócitos e Leucemias
 
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)
Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA)
 
Hematologia_clinica_e_laboratorial_dos_leucocitos_III.pdf
Hematologia_clinica_e_laboratorial_dos_leucocitos_III.pdfHematologia_clinica_e_laboratorial_dos_leucocitos_III.pdf
Hematologia_clinica_e_laboratorial_dos_leucocitos_III.pdf
 
Tumores renais
Tumores renaisTumores renais
Tumores renais
 
Anemias
AnemiasAnemias
Anemias
 
Aula 4 - B
Aula 4 - BAula 4 - B
Aula 4 - B
 
Cuidados Odontológicos com Pacientes com Doença Hematológica e Infartos Frequ...
Cuidados Odontológicos com Pacientes com Doença Hematológica e Infartos Frequ...Cuidados Odontológicos com Pacientes com Doença Hematológica e Infartos Frequ...
Cuidados Odontológicos com Pacientes com Doença Hematológica e Infartos Frequ...
 

Último

cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxMarcosRicardoLeite
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointwylliamthe
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesFrente da Saúde
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaFrente da Saúde
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfFidelManuel1
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelVernica931312
 

Último (6)

cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptxcuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
cuidados ao recem nascido ENFERMAGEM .pptx
 
Modelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power pointModelo de apresentação de TCC em power point
Modelo de apresentação de TCC em power point
 
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e AplicabilidadesTerapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
 
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia HiperbáricaUso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
Uso de Células-Tronco Mesenquimais e Oxigenoterapia Hiperbárica
 
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdfManual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
Manual-de-protocolos-de-tomografia-computadorizada (1).pdf
 
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudávelSaúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
Saúde Intestinal - 5 práticas possíveis para manter-se saudável
 

Mieloma multiplo relato de caso clinico

  • 1. Reunião Científica – Clínica Médica Especialidade: Hematologia Residentes: R2 – Raul Pessanha R1 – Durval Ribas Neto Docente: Dra. Maria Isabel (Hematologia)
  • 2. Caso Clínico • ID: R.P.A, 55a, feminino,negra, natural de Catanduva [prontuário: 9295862] • QD: Paciente com diagnóstico de Artrite Reumatoide desde maio/2015, iniciou tratamento com anti-TNFalfa (adalimumabi) + metotrexate em São Paulo.
  • 3. Caso Clínico • Internações: • JULHO/2015 (11/07/2015 – 07/08/2015): • Paciente apresentou Insuf Renal Aguda • Cr: 1,9 PCR: 5 • Ur: 71 FR: 6 • Hb: 9,1 ác. Úrico: 8,2 • Leucócitos: 11.100 complemento: 38,9 • Cálcio ion.: 1,28
  • 4. Caso Clínico • HMA: • 22/10/15: Ambulatório de Reumatologia. • Paciente veio em consulta médica relatando poliartralgia migratória e progressiva; edema em articulações, astenia e inapetência. • Tratamento para AR não eficiente, e exames de imagem antigos demonstrando lesões de características osteolíticas
  • 5. Caso Clínico • Avaliação da HEMATOLOGIA (15/02/2016): • Paciente vem encaminhado do ambulatorio de Reumatologia onde foi realizado BX de medula óssea e imunohistoquímico com urgência • Sem queixas importantes no momento.
  • 6. Caso Clínico BIÓPSIA DE MEDULA (01/02/2016): Série eritrocítica: hipocelular e normomaturativa Série granulocítica: hipercelular e normomaturativa Série megacariocítica: normocelular, presença de atipia arquitetural Presença de quantidade aumentada de plasmócitos (30%), positivos para cadeia leve Lambda.
  • 7. Caso Clínico • IMUNOHISTOQUIÍMICO (17/02/2016): POSITIVO: CD34 (3% das células); CD138; CD45LCA; CD71; LAMBDA
  • 8. Caso Clínico • Cintilografia óssea (16/02/2016): lesões osteoblásticas em arcos costais. Mãos, pés, crânio e joelhos. • TC Crânio (08/04/2016): imagens ovaladas hipodensas difusas na calota craniana (osteolíticas?) • Radiografia de crânio: lesões líticas multifocais em “sal e pimenta” • *osteolíticas e osteoblásticas: lesões ósseas onde há perda da regulação do processo de remodelação óssea.
  • 13. Eletroforese após 2º ciclo quimioterápico (19/01/2017)
  • 14. Hipóteses Diagnósticas • Gamopatia monoclonal de significado indeterminado • Mieloma Assintomático (Smoldering Myeloma) • Mieloma Múltiplo • Amiloidose • Plasmocitoma Solitário • Mieloma não Secretor • Macroglobulinemia de Waldenström
  • 15. Tratamento: • QUIMIOTERAPIA COM BORTEZOMIBE* • CICLOFOSFAMIDA • DEXAMETASONA • ÁCIDO ZOLEDRÔNICO • *O bortezomibe é um inibidor reversível da atividade do tipo quimiotripsina do proteassoma 26S em células de mamíferos. O proteassoma 26S é um complexo proteico grande que degrada proteínas ubiquitinadas. A via da ubiquitina-proteassoma representa um papel essencial na regulação da concentração intracelular de proteínas específicas, mantendo, desta forma, a homeostase intracelular. A inibição do proteassoma 26S impede esta proteólise dirigida o que pode afetar as cascatas múltiplas de sinalização dentro da célula.
  • 16. MIELOMA MULTIPLOMIELOMA MULTIPLO .. UMA SÍNDROMEUMA SÍNDROME PARANEOPLÁSICAPARANEOPLÁSICA MIMETIZANDO SINTOMASMIMETIZANDO SINTOMAS REUMATOLOGICOSREUMATOLOGICOS
  • 17. DEFINIÇÃO E EPIDEMIOLOGIA SINDROME PARANEOPLASICA • DEF : Conjunto de sinais e sintomas desencadeados por tumores benignos ou malignos , diagnosticados ou indolentes , em qualquer orgão ou sistema, sem ter relação direta com os efeitos de massa/ metástases . • Ocorrem em 15% dos pacientes com neoplasias indolentes . • 2/3 dos sintomas precedem as
  • 18. Síndromes paraneoplásicas Etiopatogenia :Etiopatogenia : •HHormônios ou •Fenômenos auto- imunesFenômenos auto- imunes ouou •Fatores de crescimentoFatores de crescimento Provocam ações biológicas , gerando alterações reumatológicas, hematológicas, vasculares, dermatológicas, neurológicas, gastrointestinais, renais , etc...
  • 19. PISTAS CLÍNICAS • IDADE ?? • HIST FAMILIAR • SD. CONSUMPTIVA- ANOREXIA-CAQUEXIA ( < 5 % PESO 3 M ou < 10 % PESO 6 M ) • DÇAS PSIQUIATRICAS • DÇAS INFECCIOSAS RECORRENTES • DÇAS METABOLICAS
  • 21. PISTAS CLINICAS SD DISPEPTICA DOR ÓSSEA ICTERICIA GENGIVORRAGIA
  • 23. ARTRITE REUMATOIDE X MIELOMA MULTIPLO
  • 24. MIELOMA MULTIPLO UMA BREVE SÍNTESEUMA BREVE SÍNTESE
  • 25. MIELOMA MULTIPLO Neoplasia hematológica medular maligna de plasmócitos (Linfócitos B maduros produtores de imunoglobulinas). EPIDEMIOLOGIA AFRODESCENDENTES ( 3 H :1 M ) DIAGNOSTICOS REALIZADOS : MEDIANA> 65 ANOS ; 50- 60 ANOS : 10 % ; <40 ANOS : 2 % DEF • 1% NEOPLASIAS GERAIS • 10 % NEOPLASIAS HEMATOLOGICAS PARENTES DE 1ºGRAU : 4 x RISCO
  • 26. MIELOMA MULTIPLO ANAMNESE Dor óssea Sintomas constitucionais Sintomas neurológicos Infecções repetição Exame físico Exame neurológico detalhado
  • 27. PATOGENESE Resultante de 2 processos sequenciais : 1 -MGUS (monoclonal gammopathy of undetermined significance). Clone plasmocitário resultante de uma excessiva estimulação antigênica dos linfócitos B. 2- Progressão de MGUS para MM , gerada por insultos adicionais ao clone plasmocitário ou mudanças no microambiente medular
  • 30. MIELOMA MULTIPLO ANEMIA NORMO /NORMO . Resultante de ocupação medular ; < EPO ; ou diluição pela proteína M . VHS > DOR ÓSSEA Lesão lítica em coluna lombar , craneo ,costela e esterno podem causar DOR ÓSSEA e FRATURA PATOLÓGICA . HIPERCALCEMIA (Ca >11mg/dL em 13%) -Ativação do Osteoclasto /Inibição do Osteoblasto -Expansão Tumoral
  • 31. MIELOMA MULTIPLO INSUFICIENCIA RENAL NEFROPATIA POR CADEIAS LEVES - LESÃO TUBULAR RENAL PELAS CADEIAS LEVES DE IG( PROTEINAS BENCE JONES ) . PRINCIPAL CAUSA DE IRC NO MM ( RIM DO MIELOMA) NEFROPATIA CRONICA OBSTRUTIVA : CADEIAS LEVES SE LIGAM A PROTEINAS TAMM HORSFALL , FORMAM-SE CILINDROS HEMÁTICOS OBSTRUÇÃO TUBULAR NEFROCALCINOSE - 2 º HIPERCALCEMIA NEFROPATIA POR URATO – 2 ° ALTO TURN OVER CELULAR
  • 33. MIELOMA MULTIPLO HIPERVISCOSIDADE - OCORRE POR HIPERPROTEINEMIA MONOCLONAL (PROTEINA M > 5 g/dl) - SANGRAMENTO DE MUCOSAS ( PROTEINA M SE LIGA AOS FATORES DE COAGULAÇÃO E AS PLAQUETAS )
  • 34. MIELOMA MULTIPLO QUAL A PRINCIPAL CAUSA DE MORTE NO MM ? INFECÇÕES RECORRENTES (PIELONEFRITE/PNEUMONIA ) AGENTES : PNEUMOCOCO , S. AUREUS , Klebsiela Pnm , E.Coli , Herpes Zoster Gênese : Hipogamaglobulinemia , Diminuição de CD4 e alteração na função dos neutrófilos ,monócitos, macrófagos e Complemento .
  • 35. MIELOMA MULTIPLO RASTREIO DIAGNÓSTICO - Hemograma, VHS Cálcio sérico, creatinina, albumina, lactato desidrogenase, β-2 microglobulina, proteína C reativa - Eletroforese de proteínas séricas e urinárias com imunofixação e quantificação de imunoglobulinas Mielograma e biópsia de medula óssea com estudo citogenético(Cariótipo) Radiografia tórax(PA) coluna cervical, torácica e lombar (AP e perfil) Fêmur e úmero (AP e perfil) crânio(AP e perfil) Pelve (AP)
  • 36. MIELOMA MULTIPLO CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS ESPECÍFICOS MM PLASMÓCITOS CLONAIS > 10 % NA MEDULA ÓSSEA OU PLASMOCITOMA(INFILTRAÇÃO TECIDUAL DE PLASMÓCITOS ) COMPROVADO POR BIÓPSIA . (ASSOCIADO A 1 OU MAIS : LESÃO DE ÓRGAO ALVO /BIOMARCADORES DE MALIGNIDADE ) LESÕES DE ÓRGÃO ALVO C- CALCIO > 11 mg/dl R – INSUF RENAL ( Creat > 2 ou Clcr < 40 ml/min ) A – ANEMIA ( HB < 10 g/dl ) B – BONE LESION ( 1 OU MAIS LESOES LITICAS EM RX , TC OU PET TC BIOMARCADORES DE MALIGNIDADE - > 60 % PLASMÓCITOS ( PELA BIÓPSIA DE MEDULA ÓSSEA ) -CADEIA LEVE ENVOLVIDA / CADEIA LEVE NÃO ENVOLVIDA > 100 - RNM COM LESÃO LITICA > 5mm OU
  • 37. MIELOMA MULTIPLO O QUE É A COMPONENTE M ?? É UM TIPO DE PROTEÍNA(IMUNOGLOBULINA ) MONOCLONAL . NÃO É CRITÉRIO DIAG !! COMO DETECTA-LO ? Na Eletroforese de proteína sérica ou urinária demonstra pico monoclonal ( M ) que esta presente em 82% dos pacientes com MM . Se Adicionar a imunofixação aumenta sensibilidade para 92% . QUAL O TIPO MAIS COMUM DE IMUNOGLOBULINA ? IgG , e este é de melhor prognostico Envolvimento extra -osseo Lesão renal grave !!! + Frequente + Benigno
  • 38. MIELOMA MULTIPLO ESTADIAMENTO ( 4 ) - DURIE E SALMON / ISS(DESUSO) / CARIOTIPO ESTÁGIO III B . PIOR PROG !!
  • 40. MIELOMA MULTIPLO TRATAMENTO DE ESCOLHA ? TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE MEDULA ÓSSEA ESQUEMAS DE TRATAMENTO GOLD STANDARD (NÃO CANDIDATOS AO TRANSPLANTE ) M P T V A D CI BOR D M ELFALAN – P REDNISONA- T ALIDOMIDA V INCRISTINA – A DRIAMICINA- D EXAMETASONA C ICLOSFOSFAMIDA– BOR TEZOMIB D EXAMETASONA
  • 42. TRATAMENTO PARA COMPLICAÇÕES DO MIELOMA MULTIPLO Anemia Insuficiência Renal Hidratação, alopurinol, corrigir hipercalcemia e hemodiálise (10%) Hiperviscosidad e Plasmaférese , < Ptn Circulante Infecção Antibioticoterapia (microorganismos mais frequentes depende da fase da doença), profilaxia (vacina anti- influenza, anti-pneumocócica, imunoglobulinas) Hemotransfusão , e eritropoetina recombinante humana ( se Hb > 9 g/dl (50 a 75% de resposta) Hipercalcemia Hidratação, corticoide, bifosfonados Dores ósseas Analgésico, Cirurgia descompressiva , radioterapia, bifosfonados
  • 45. UFRJ 2004: • Paciente com dor óssea (coluna lombar), apresenta eletroforese de proteínas séricas com pico monoclonal em gama. O exame que auxiliaria o diagnóstico é: • A) aspirado de medula óssea mostrando infiltração por plasmócitos • B) cintilografia óssea mostrando múltiplos pontos de captação • C) dosagem sérica da fosfatase alcalina que se encontra elevada • D) pesquisa citogenética da translocação t(9;22)
  • 46. Unifesp 2010: • Homem de 60 anos, diabético e hipertenso controlado, procura atendimento médico por apresentar urina espumosa há 15 dias, associada a vômitos e sonolência. Ao exame físico: consciente, letárgico, hálito urêmico, descorado (2+/4+). Exames subsidiários: Hb 8,3g/dL, Ht 24%, leucócitos 5.600mm³ (70% neutrófilos, 28% linfócitos, 2% plasmócitos e plasmablastos), cr: 10,3g/dL, cálcio sérico e cálcio ionizável aumentados. Para definição do diagnóstico, os exames que precisam ser realizados no momento são: • A) bópsia de medula óssea com imuno-histoquímica, eletroforese de proteínas séricas, imunofixação da urina de 24h • B) PSA, rx de ossos longos, pelve, crânio, proteinúria de 24h • C) tomografia de crânio, rx ossos longos, pelve, crânio, dosagem de imunogloblulinas no soro • D) biópsia renao, proteinúria 24h, microalbuminúria • E) rx de ossos longos, pelve, crânio, mielograma e biópsia renal
  • 47. UNESP 2015: • Homem de 67 anos está em tratamento de anemia há 10 mses sem melhora. Há 02 meses, refere dor lombar persistente com piora progressiva. Foi medicado com anti- inflamatórios em 3 momentos, mas sem melhora efetiva do sintoma. Exames complementares: Hb: 10g/dL, Ht 30%, VCM 88, HCM 32, sem alterações de glóbulos brancos e plaquetas, cr 2,7mg/dL, ur 98mg/dL, TGO 45U/L, TGP 38U/L, RX de coluna lombar: osteopenia difusa e fraturas parciais de L3 e L4 por encunhamento. O diagnóstico mais provável e de investigação são, respectivamente: • A) mieloma múltiplo; eletroforese de proteínas séricas e urinárias e avaliação de medula óssea (mielograma e biópsia) • B) mieloma múltiplo; proteinúria de Bence-Jones e cintilografia óssea • C) anemia ferropriva e insuficiência renal pelo uso de AINH; endoscopia digestiva alta e colonoscopia • D) anemia associada à inflamação crônica e à insuficiência renao; perfil do ferro
  • 48. MIELOMA MULTIPLO REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Abdi J, Chen G , Chang H. Drug resistance in multiple myeloma: latest findings and new concepts on molecular mechanisms. Oncotarget 2013; 4: 2186-2207. Kuhn DJ, Berkova Z, Jones RJ, et al. Targeting the insulin-like growth factor-1 receptor to overcome bortezomib resistance in preclinical models of multiple myeloma. Blood. 2012; 120(16): 3260-3270. Shain KH, Yarde DN, Meads MB, et al. Beta1 integrin adhesion enhances IL-6- mediated STAT3 signaling in myeloma cells: implications for microenvironment influence on tumor survival and proliferation. Cancer Res. 2009; 69(3): 1009- 1015.

Notas do Editor

  1. DANDO SEQUENCIA A PARTE TEORICA DA NOSSA SESSÃO CLINICA , APÓS A ILUSTRE APRESENTAÇAO DO DURVAL TEMOS ENTAO UMA PACIENTE COM DIAGNÓSTICO DE MIELOMA MULTIPLO , PORÉM COM APRESENTAÇÃO CLINICA DE DOENÇA REUMÁTICA . LOGO ENTÃO , INFERIMOS QUE O MIELOMA MULTIPLO SE APRESENTOU COMO UMA SINDROME PARANEOPLASICA MIMETIZANDO DOENÇA REUMATÓIDE O QUE RETARDOU O DIAGNOSTICO .