- A Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) afeta os membros inferiores devido à obstrução das artérias. Os principais fatores de risco são diabetes, tabagismo e obesidade.
- Existem dois estágios clínicos principais: claudicação intermitente e isquemia crítica. A claudicação causa dor ao andar que cessa com o repouso e o tratamento é reabilitação muscular. Já a isquemia crítica é grave e pode levar à perda tecidual e amput
2. Doença Arterial Obstrutiva Periférica
OBJETIVOS
• Identificar a DAOP
• Quantificar a doença arterial periférica
• Conhecer as indicações para revascularização do membro
7. Fisiopatologia DAOP
Mecanismo de obstrução das artérias
• Acúmulo de lipídeos
• Migração de células inflamatórias
• Ativação das células inflamatórias e endoteliais
• Proliferação e síntese de matriz
• Formação da placa aterosclerótica
• Ruptura da placa
• Agregação plaquetária
8. Fatores de risco para DAOP
MODIFICÁVEIS NÃO MODIFICÁVEIS
Tabagismo Diabetes
Obesidade Hipertensão
Sedentarismo Idade
Dieta inadequada Sexo
Estresse Raça ou etnia
9. DAOP – Evolução em estágios
CLAUDICAÇÃO
DOR EM REPOUSO
PERDA TECIDUAL
ISQUEMIA
CRÍTICA
12. Claudicação Intermitente
Definição
Dor ao andar referida em grupos musculares que
ocorre devido a obstruções arteriais
• depende do nível de obstrução arterial
• mais comum: panturrilha (obstrução da artéria femoral superficial)
• início: sensação de cansaço, fraqueza nas pernas
• constrição, cãimbra, dor intensa
• dor resolve rapidamente após parar de andar (em menos de 5
min)
14. Diagnóstico diferencial - Claudicação intermitente
Osteoartrite do quadril ou do joelho
• Prevalência: comum
• Dor à deambulação
• Quantidade de exercício que leva ao sintomas é variável
• A dor não desaparece ao repouso
15. Diagnóstico diferencial - Claudicação intermitente
Compressão neuroespinhal
• Prevalência: comum
• Dor à deambulação ou ao ortostatismo
• Dor difusa em todo o membro
• Não é aliviada quando para de andar
• Só melhora quando o paciente evita a posição álgica
• Fraqueza nas pernas, parestesias
16. 100 pacientes com
claudicação intermitente
Destino do paciente claudicante (5 anos)
TASC, JVS 31(1),2000
75 estabilizam ou
melhoram claudicação
25 pioram
claudicação
5 – revascularização
2 - amputação
17. 100 pacientes com
isquemia crítica
Destino do paciente com isquemia crítica (1 ano)
TASC, JVS 31(1),2000
45 vivos, com
dois membros 30 amputados 25 óbitos
26. Medida da Pressão de Tornozelo com
Doppler portátil
• Mensuração da
pressão em:
• a. pediosa
• a. tibial posterior
• Índice tornozelo/braço
• pressão tornozelo/
pressão braquial
32. Prognóstico- amputação abaixo do joelho
Cicatrização
completa
75%
Óbito
perioperat
ório
10%
Amputação
acima do
joelho
15%
Mobilidade
total
40%
Óbito
30%
Amputação
acima do
joelho
15%
Amputação contralateral
15%
Precoce Após 2 anos
33. Pontos importantes!
Diagnóstico da DAOP:
1. Anamnese
- Sintomas, fatores de risco
2. Exame físico
- Palpação de pulsos
- Avaliação das lesões tróficas
- Exame com Doppler portátil
36. Reabilitação física
• Tratamento mais eficaz para claudicação
• 20 estudos prospectivos randomizados publicados
• Mecanismo
• Melhora da taxa de extração de O2 pelas cels musculares
• Limitações
• Motivação
• Cardiopatias, artroses
37. Tratamento medicamentoso para DAOP
• Controle dos fatores de risco
• Controle da diabetes, dislipidemia, auxílio anti-tabagismo
• Anti-plaquetários
• Vasodilatadores
38. Quais pacientes devem ser vascularizados?
Claudicação
incapacitante
Isquemia crítica:
• dor em repouso
• perda tecidual
39. Tratamento Cirúrgico da DAOP
OBJETIVOS
MELHORA FUNCIONALPRESERVAR O MEMBRO
• redução da dor
• melhora da capacidade de marcha
• preservação da função do pé
52. Salvamento do membro
MANEJO MULTIDISCIPLINAR
• Cuidados com as feridas
• Controle da infecção nos pés
• desbridamento precoce
• antibioticoterapia específica
• Controle metabólico
• otimizar o controle glicêmico
• suspensão do hipoglicemiante
oral e troca por insulina
• Revascularização
• endovascular
• cirurgia convencional
• Reabilitação
53. Prevenção da Doença Arterial
Controle da diabetes
Evitar tabagismo
Identificar precocemente a
isquemia crítica
54. Sumário - DAOP
• Prevalência da DAOP está aumentando
• Fatores de risco principais são: diabetes, tabagismo e
obesidade
• Claudicação é a queixa mais comum. Tratamento principal é
a reabilitação muscular.
• Isquemia crítica é uma doença grave e ameaçadora ao
membro. Importante identificar os estágios iniciais