SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 46
Anemia Ferropriva
Doutorandos:
Alyson Halley
Antônio Anderson
Antônio Maxsuelton
Filipe Medeiros
Marcela Samille
Priscilla Melo
Orientador: Dr. Hélcio Maranhão
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA
INTERNATO EM PEDIATRIA I – PED I
Anemia Ferropriva
• Anemia Ferropriva e Deficiência de Ferro
• Carência nutricional mais prevalente do
mundo
– OMS: mais de 50% nos < 4 anos
– População mais susceptível: baixa
renda, desnutrição
intrauterina, prematuridade, baixo peso ao
nascer, gemelaridade, abandono prematuro do
leite materno, substituição do leite materno pelo
leite de vaca sem reposição de ferro, parasitismo...
Anemia Ferropriva
• RNT em AME
– Aporte suficiente de ferro até 4-6 meses
• RNPT e BP
– Reservas pobres de ferro, que se esgotam
rapidamente, mesmo em AME
– Necessidade de suplementação de ferro
Anemia Ferropriva
• 6-18 meses
– Maior risco deficiência de ferro
• Período de crescimento rápido
• Estoques reduzidos de ferro, ingestão inadequada, perda
gastrointestinal crônica
• Período pré-escolar/escolar
– Diminuição do risco
• Diminuição da velocidade de crescimento
• Dietas mais equilibradas
• Adolescência
– Aumento do risco
• Crescimento púbere
• Alimentação inadequada
Hematopoiese
Hematopoiese
• Eritropoetina
• Reticulócitos após 3 dias na medula ganham a
circulação – após 1 dia: hemácia
• Vida média hemácias: 120 dias
Hematopoiese
• Eritropoiese
– Período mesoblástico (1ªs semanas de vida
embrionária)
• Saco vitelino
– Período Hepático (2º T da gestação)
• Fígado (baço e linfonodos)
– Período Mielóide (Estágios finais da vida fetal)
• MO
– Após o nascimento: MO (exclusivamente)
• Até os 5 anos: todos os ossos do corpo
• Idade adulta: pelve, esterno, crânio, arcos costais, vértebras
e epífises femorais e umerais
Hematopoiese
• Eritropoetina
– Alta produção no período fetal
• St O2 = 45%
– Ao nascimento – Queda dos níveis de
eritropoetina
• St O2 > 95%
Anemia Fisiológica da Infância
• Queda dos níveis de eritropoetina
• A partir do 7º dia
– Diminuição da Hb, hemácias e reticulócitos
• Não existe déficit de oxigenação celular
– HbA x HbF
– 2,3 bifosfoglicerato
Anemia Fisiológica da Infância
• Nadir: 6-8ª semana
– Hb 9-11 mg/dl
– Estímulo síntese eritropoetina
• Todos os estoques de ferro são utilizados
nesta fase de eritropoiese ativa e se esgostam
em torno da 15-20ª semana se não forem
repostos
Metabolismo do Ferro
• Ferritina:
– Produção hepática; reagente de fase aguda
– Compartimento armazenador (25%)
– Concentração sérica diretamente proporcional às reservas de
ferro
– 20 a 200 ng/mL
• Hemossiderina:
– Derivado da ferritina, também armazenador
– Mobiliza lentamente
• Transferrina:
– Produção hepática
– Transporte, liga os compartimentos armazenadores
– 2%
Metabolismo do Ferro
• Ferro alimentar
– Forma heme: animal; 30%, absorvido
diretamente, sem influências
– Forma não-heme: vegetal; absorvido como
Fe+2, 10%.
– Conversão férrico->ferroso: ácidos
estimulam, cereais prejudicam (quelantes)
Metabolismo do Ferro
• Ciclo do ferro
FERRO
ABSORVIDO
FERROPORTINAFERRITINA
MUCOSA INTESTINAL
RECEPTORES
MEDULA E FIGADO
DESCAMAÇÃO
E ELIMINAÇÃO
TRANSFERRINA
PLASMÁTICA
Metabolismo do Ferro
• Ciclo do ferro
TRANSFERRINA FERRO
FERRITINA
PROTOPORFIRINA
ENDOCITOSE-
EXOCITOSE
MEDULA ÓSSEA
HEMOGLOBINA
HEME MITOCÔNDRIA
Metabolismo do Ferro
• Ciclo do ferro
HEMOGLOBINA
FERRO+BILIVERDINA
FERRITINATRANSFERRINA
PLASMÁTICA
GLOBINA+HEME
BAÇO
Metabolismo do Ferro
• Ciclo do ferro:
– Como regular a necessidade?
• Hepcidina
Laboratório do Ferro
Depleção de estoques de Ferritina
Elevação da Transferrina
Elevação do TIBC
Fe Sérico diminuído
Diminuição da quant./qual. Hb
(hipo/micro)
Laboratório do Ferro
• Ferritina
- VR: 20 – 200ng/ml
- Armazenamento
- Primeira a se alterar
- Diminui nas condições que reduz o ferro corporal
Laboratório do Ferro
• Transferrina
- VR: 200 – 400 mg/dl
- Cada molécula capta 2 moléculas de Fe
- Aumenta produção hepática na anemia ferropriva
Laboratório do Ferro
• TIBC
- VR: 250 -360 mcg/dl
- Capacidade de ligação total do ferro pela
transferrina
- Aumenta em situações que eleva-se a Transferrina
Laboratório do Ferro
Laboratório do Ferro
Laboratório do Ferro
• Índice de saturação de transferrina
- VR: 30 – 40%
- Sítio da transferrina ligadas ao ferro/ Sítios totais
da transferrina
=
- Fe Sérico/ TIBC
Laboratório do Ferro
• Ferro sérico
• Ferritina
• Transferrina
• TIBC
• Sat. Transferrina
Manifestações Clínicas
• Relacionados à anemia
– astenia, fadiga indisposição física, insônia, palpitações e
cefaleia;
– pode descompensar uma patologia de base, cursando angina
pectoris, insuficiência cardíaca, dispneia e rebaixamento do
nível de consciencia;
– o exame físico revela: palidez cutaneomucosa e sopro sistólico
de hiperfluxo.
• Relacionados a Ferropenia
– anorexia, irritabilidade, prejuízo no DNPM, glossite, queilite
angular, coiloníquia, escleras azuladas
(15%), esplenomegalia, perversão do apetite;
– síndrome de Plummer- Vinson
Diagnóstico laboratorial
• Hemograma:
- inicialmente anemia “normo-
normo”, convertendo-se em “hipo-micro”
- hemoglobina média de 8g/dl, VCM médio
74 fL, CHCM 28g/dl
-RDW elevado > 14%
• Ferro sérico
- Em média < 30mg/dl (eleva-se rapidamente
após reposição oral e parenteral)
• Ferritina sérica
- Tipicamente < 15 ng/ml
• TIBC elevado ( > 400)
• Saturação de transferrina diminuída (15%)
Diagnóstico laboratorial
Tratamento
• Oral
– 3-5 mg/kg/dia de ferro elementar
– 30 min antes ou 2 horas após dieta
– Manter 3-4 meses ou 2 meses após normalização Hb
• Parenteral
– Síndrome de má absorção
– Refratariedade
– Reposição imediata
• Transfusão
Profilaxia
Anemia Ferropriva
TREINAMENTO
(Questões- Casos clínicos)
1. Criança de 3 anos, com palidez intensa e astenia
há um mês. Ao exame:
hipocorado, anictérico, taquicárdico e taquipnéico.
ACV com sopro sistólico em foco mitral.
Hb=4,5g/dl, VCM=52, RDW=25, leucócitos=4500(N40
5/L45%/E15%), plaquetas=650.000. O diagnóstico e
tratamento imediato recomendado, são:
a) Talassemia e transfusão de concentrado de hemácias
b) Anemia ferropriva e sulfato ferroso endovenoso
c) Anemia ferropriva e transfusão de concentrado de hemácias
d) Anemia falciforme e transfusão de concentrado de hemácias
1. Criança de 3 anos, com palidez intensa e astenia
há um mês. Ao exame: hipocorado, anictérico,
taquicárdico e taquipnéico. ACV com sopro sistólico
em foco mitral. Hb=4,5g/dl, VCM=52, RDW=25,
leucócitos=4500(N405/L45%/E15%),
plaquetas=650.000. O diagnóstico e tratamento
imediato recomendado, são:
a) Talassemia e transfusão de concentrado de hemácias
b) Anemia ferropriva e sulfato ferroso endovenoso
c) Anemia ferropriva e transfusão de concentrado de
hemácias
d) Anemia falciforme e transfusão de concentrado de hemácias
2. A anemia por deficiência de ferro
caracteriza-se por:
a)macrocitose, hipocromia e neutrófilos grandes com
núcleo hipersegmentado.
b)microcitose, hipocromia e RDW alto
c)microcitose, hipocromia, células em alvo e pontilhado
basófilo no esfregaçõ de sangue periférico
d)microcitose, hipocromia e RDW normal
e)normocitose, hipocromia e RDW alto
2. A anemia por deficiência de ferro
caracteriza-se por:
a)macrocitose, hipocromia e neutrófilos grandes com
núcleo hipersegmentado.
b)microcitose, hipocromia e RDW alto
c)microcitose, hipocromia, células em alvo e pontilhado
basófilo no esfregaçõ de sangue periférico
d)microcitose, hipocromia e RDW normal
e)normocitose, hipocromia e RDW alto
3. Em relação a anemia ferropriva
podemos afirmar:
a) Níveis séricos de ferritina normais afastam a
possibilidade de doença
b) A prevenção de anemia ferropriva, de acordo com o
MS, deverá ser iniciada no desmame e ser continuada
até os 18 meses, sendo utilizado ferro oral em dose
única diária
c) As faixas etárias de maior risco são pré-escolar e
adolescentes
d) NDA
3. Em relação a anemia ferropriva
podemos afirmar:
a) Níveis séricos de ferritina normais afastam a
possibilidade de doença
b) A prevenção de anemia ferropriva, de acordo com o
MS, deverá ser iniciada no desmame e ser continuada
até os 18 meses, sendo utilizado ferro oral em dose
única diária
c) As faixas etárias de maior risco são pré-escolar e
adolescentes
d) NDA
4. Na dieta pobre em ferro qual o primeiro
exame a alterar-se?
a) Hemoglobina
b) Ferritina
c) TIBC
d) Hepcidina
e) Volume corpuscular médio
4. Na dieta pobre em ferro qual o primeiro
exame a alterar-se?
a) Hemoglobina
b) Ferritina
c) TIBC
d) Hepcidina
e) Volume corpuscular médio
5. Qual alternativa melhor descreve as etapas
envolvidas na instalação de um quadro de anemia
ferropriva na ordem cronológica:
a) Balanço de ferro negativo, anemia por deficiência de ferro e
eritropoiese deficiente em ferro.
b) Anemia por deficiência de ferro, balanço de ferro negativo e
eritropoiese deficiente em ferro.
c) Anemia por deficiência de ferro, eritropoiese deficiente em ferro
e balanço de ferro negativo.
d) Eritropoiese deficiente em ferro, balanço de ferro negativo e
anemia por deficiência de ferro
e) Balanço de ferro negativo, eritropoiese deficiente em ferro e
anemia por deficiência de ferro
5. Qual alternativa melhor descreve as etapas
envolvidas na instalação de um quadro de anemia
ferropriva na ordem cronológica:
a) Balanço de ferro negativo, anemia por deficiência de ferro e
eritropoiese deficiente em ferro.
b) Anemia por deficiência de ferro, balanço de ferro negativo e
eritropoiese deficiente em ferro.
c) Anemia por deficiência de ferro, eritropoiese deficiente em ferro
e balanço de ferro negativo.
d) Eritropoiese deficiente em ferro, balanço de ferro negativo e
anemia por deficiência de ferro
e) Balanço de ferro negativo, eritropoiese deficiente em ferro e
anemia por deficiência de ferro
6. Paciente de 14 meses de idade, sexo
masculino, história de palidez cutaneo-
mucosa, sem icterícia ou hepatoesplenomegalia;
Ht=35%,Hb=11,7g/dl,sem
reticulocitose,leucócitos=8000(N40%/L60%),plaqu
etas=235.000/mm3, ferritina=9ng/ml. Qual a
principal hipótese diagnóstica?
a) Anemia fisiológica
b) Anemia ferropriva
c) Anemia aplástica
d) Traço talassêmico
e) Deficiência de ferro
6. Paciente de 14 meses de idade, sexo
masculino, história de palidez cutaneo-
mucosa, sem icterícia ou hepatoesplenomegalia;
Ht=35%,Hb=11,7g/dl,sem
reticulocitose,leucócitos=8000(N40%/L60%),plaqu
etas=235.000/mm3, ferritina=9ng/ml. Qual a
principal hipótese diagnóstica?
a) Anemia fisiológica
b) Anemia ferropriva
c) Anemia aplástica
d) Traço talassêmico
e) Deficiência de ferro
7. Em relação à anemia ferropriva, podemos afirmar que:
a) A OMS considera anemia ferropriva quando a Hb<9g/dl para
crianças menores de 5 anos.
b) O pico de reticulócitos após o início do tratamento ocorre após um
mês do uso de ferro
c) A dose terapêutica do ferro é calculada na forma de ferro
elementar e varia nos diferentes sais
d) O aumento da Hb de 1 g/dl ocorre 3 meses após o inpicio do
tratamento, quando deverá ser reavaliada a dose
e) A anemia ferropriva é do tipo macrocítica e hipocrômica e faz
diagnóstico diferencial apenas com as infecções crônicas.
7. Em relação à anemia ferropriva, podemos afirmar que:
a) A OMS considera anemia ferropriva quando a Hb<9g/dl para
crianças menores de 5 anos.
b) O pico de reticulócitos após o início do tratamento ocorre após um
mês do uso de ferro
c) A dose terapêutica do ferro é calculada na forma de ferro
elementar e varia nos diferentes sais
d) O aumento da Hb de 1 g/dl ocorre 3 meses após o inicio do
tratamento, quando deverá ser reavaliada a dose
e) A anemia ferropriva é do tipo macrocítica e hipocrômica e faz
diagnóstico diferencial apenas com as infecções crônicas.
Bibliografia
• Cecil Medicine, 24ª ed. Philadelphia.
Saunders. 2012.
• Harrison´s Principles of Iternal Medicine, 18ª
edição, McGraw-Hill, 2012
• SBP, Tratado de Pediatria
Obrigado.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Anemia Ferropriva
Anemia FerroprivaAnemia Ferropriva
Anemia FerroprivaMairimed
 
Anemia ferropriva e perniciosa
Anemia ferropriva e perniciosaAnemia ferropriva e perniciosa
Anemia ferropriva e perniciosaNadjadBarros
 
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)João Marcos
 
Distúrbios hematológicos
Distúrbios hematológicosDistúrbios hematológicos
Distúrbios hematológicosJulai1991
 
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunosEstrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunosGildo Crispim
 
Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)
Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)
Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)cuidadoaoadulto
 
Disfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofilia
Disfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofiliaDisfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofilia
Disfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofiliaNEELLITON SANTOS
 
Exames de Laboratório
Exames de LaboratórioExames de Laboratório
Exames de LaboratórioSheyla Amorim
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônicaivanaferraz
 
Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434
Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434
Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434Wilson Guedes
 
Leucemia Mielóide Crônica
Leucemia Mielóide CrônicaLeucemia Mielóide Crônica
Leucemia Mielóide CrônicaJoão Marcos
 

Mais procurados (20)

Apresentação anemia
Apresentação anemiaApresentação anemia
Apresentação anemia
 
Anemia Ferropriva
Anemia FerroprivaAnemia Ferropriva
Anemia Ferropriva
 
Anemia 20
Anemia 20Anemia 20
Anemia 20
 
Anemia ferropriva e perniciosa
Anemia ferropriva e perniciosaAnemia ferropriva e perniciosa
Anemia ferropriva e perniciosa
 
Hemograma
HemogramaHemograma
Hemograma
 
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
Hemograma em idosos (pacientes geriátricos)
 
3 Anemias Carenciais Megaloblásticas
3  Anemias Carenciais Megaloblásticas3  Anemias Carenciais Megaloblásticas
3 Anemias Carenciais Megaloblásticas
 
Dislipidemias
DislipidemiasDislipidemias
Dislipidemias
 
Distúrbios hematológicos
Distúrbios hematológicosDistúrbios hematológicos
Distúrbios hematológicos
 
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunosEstrutura e funções dos anticorpos para alunos
Estrutura e funções dos anticorpos para alunos
 
Metabolismo do ferro
Metabolismo do ferroMetabolismo do ferro
Metabolismo do ferro
 
Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)
Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)
Seminário: Anemia (cuidado ao adulto)
 
Disfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofilia
Disfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofiliaDisfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofilia
Disfunções hematológicas - anemias - leucemia - homofilia
 
Carências Nutricionais: Anemia Ferropriva
Carências Nutricionais: Anemia FerroprivaCarências Nutricionais: Anemia Ferropriva
Carências Nutricionais: Anemia Ferropriva
 
2 anemias - visão geral
2  anemias - visão geral2  anemias - visão geral
2 anemias - visão geral
 
Exames de Laboratório
Exames de LaboratórioExames de Laboratório
Exames de Laboratório
 
Insuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal CrônicaInsuficiência Renal Crônica
Insuficiência Renal Crônica
 
Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434
Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434
Anemiasporalteracoesdasglobinas2015 20150414135434
 
Leucemia Mielóide Crônica
Leucemia Mielóide CrônicaLeucemia Mielóide Crônica
Leucemia Mielóide Crônica
 
Anemias carenciais
Anemias carenciaisAnemias carenciais
Anemias carenciais
 

Semelhante a Anemia Ferropriva

Anemias microciticas
Anemias microciticasAnemias microciticas
Anemias microciticasdapab
 
Anemias carenciais na infância
Anemias carenciais na infânciaAnemias carenciais na infância
Anemias carenciais na infânciaHenrique Fiorillo
 
Deficiência de ferro na mulher
Deficiência de ferro na mulher Deficiência de ferro na mulher
Deficiência de ferro na mulher PatriciadeRossi1
 
Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01
Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01
Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01Maristela Lima
 
Anemia carencial
Anemia carencialAnemia carencial
Anemia carencialGomes Cumbe
 
DISTURBIOS DE CALCIO DE MAGNÉSIO
DISTURBIOS DE CALCIO DE MAGNÉSIODISTURBIOS DE CALCIO DE MAGNÉSIO
DISTURBIOS DE CALCIO DE MAGNÉSIOFrancisco Fernandes
 
Hiperferritinemia jovem gastro 2020
Hiperferritinemia   jovem gastro 2020Hiperferritinemia   jovem gastro 2020
Hiperferritinemia jovem gastro 2020Liliana Mendes
 
aula 1A Eritrograma e suas alterações.pptx
aula 1A Eritrograma e suas alterações.pptxaula 1A Eritrograma e suas alterações.pptx
aula 1A Eritrograma e suas alterações.pptxCamila Amato Montalbano
 
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasDiagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasSEMUSA
 
Introdução às Anemias
Introdução às AnemiasIntrodução às Anemias
Introdução às AnemiasMairimed
 
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...fernandoalvescosta3
 

Semelhante a Anemia Ferropriva (20)

Anemias microciticas
Anemias microciticasAnemias microciticas
Anemias microciticas
 
Anemias na infância
Anemias na infânciaAnemias na infância
Anemias na infância
 
Anemias
AnemiasAnemias
Anemias
 
Anemias carenciais na infância
Anemias carenciais na infânciaAnemias carenciais na infância
Anemias carenciais na infância
 
Deficiência de ferro na mulher
Deficiência de ferro na mulher Deficiência de ferro na mulher
Deficiência de ferro na mulher
 
Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01
Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01
Anemiascarenciaisnainfncia 111106150815-phpapp01
 
Casos
CasosCasos
Casos
 
3 Anemias Carenciais Ferropenia
3  Anemias Carenciais Ferropenia3  Anemias Carenciais Ferropenia
3 Anemias Carenciais Ferropenia
 
Anemia carencial
Anemia carencialAnemia carencial
Anemia carencial
 
Anemias em pediatria
Anemias em pediatriaAnemias em pediatria
Anemias em pediatria
 
DISTURBIOS DE CALCIO DE MAGNÉSIO
DISTURBIOS DE CALCIO DE MAGNÉSIODISTURBIOS DE CALCIO DE MAGNÉSIO
DISTURBIOS DE CALCIO DE MAGNÉSIO
 
Hiperferritinemia jovem gastro 2020
Hiperferritinemia   jovem gastro 2020Hiperferritinemia   jovem gastro 2020
Hiperferritinemia jovem gastro 2020
 
aula 1A Eritrograma e suas alterações.pptx
aula 1A Eritrograma e suas alterações.pptxaula 1A Eritrograma e suas alterações.pptx
aula 1A Eritrograma e suas alterações.pptx
 
@nemia
@nemia@nemia
@nemia
 
Tudo sobre Anemia
Tudo sobre AnemiaTudo sobre Anemia
Tudo sobre Anemia
 
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - AnemiasDiagnóstico Laboratorial - Anemias
Diagnóstico Laboratorial - Anemias
 
Anemia
AnemiaAnemia
Anemia
 
Anemia
AnemiaAnemia
Anemia
 
Introdução às Anemias
Introdução às AnemiasIntrodução às Anemias
Introdução às Anemias
 
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
Alguns dos utilizados para confirmar a anemia são: hemograma; esfregaço sangu...
 

Mais de blogped1

Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tannerblogped1
 
Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericulturablogped1
 
Febre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota InformativaFebre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota Informativablogped1
 
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...blogped1
 
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016blogped1
 
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de VidaABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vidablogped1
 
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciaDiagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciablogped1
 
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN blogped1
 
Psoríase na infância
Psoríase na infânciaPsoríase na infância
Psoríase na infânciablogped1
 
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesRevised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesblogped1
 
Sinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana AgudaSinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana Agudablogped1
 
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites MediaOtite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Mediablogped1
 
Paralisia Facial
Paralisia FacialParalisia Facial
Paralisia Facialblogped1
 
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016blogped1
 
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomaGiant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomablogped1
 
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.blogped1
 
Hipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia  Neonatal Hipoglicemia  Neonatal
Hipoglicemia Neonatal blogped1
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitualblogped1
 
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...blogped1
 
Icterícia neonatal
 Icterícia neonatal  Icterícia neonatal
Icterícia neonatal blogped1
 

Mais de blogped1 (20)

Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
 
Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericultura
 
Febre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota InformativaFebre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota Informativa
 
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
 
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
 
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de VidaABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
 
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciaDiagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
 
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
 
Psoríase na infância
Psoríase na infânciaPsoríase na infância
Psoríase na infância
 
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesRevised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
 
Sinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana AgudaSinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana Aguda
 
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites MediaOtite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
 
Paralisia Facial
Paralisia FacialParalisia Facial
Paralisia Facial
 
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
 
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomaGiant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
 
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
 
Hipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia  Neonatal Hipoglicemia  Neonatal
Hipoglicemia Neonatal
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
 
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
 
Icterícia neonatal
 Icterícia neonatal  Icterícia neonatal
Icterícia neonatal
 

Anemia Ferropriva

  • 1. Anemia Ferropriva Doutorandos: Alyson Halley Antônio Anderson Antônio Maxsuelton Filipe Medeiros Marcela Samille Priscilla Melo Orientador: Dr. Hélcio Maranhão UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA INTERNATO EM PEDIATRIA I – PED I
  • 2. Anemia Ferropriva • Anemia Ferropriva e Deficiência de Ferro • Carência nutricional mais prevalente do mundo – OMS: mais de 50% nos < 4 anos – População mais susceptível: baixa renda, desnutrição intrauterina, prematuridade, baixo peso ao nascer, gemelaridade, abandono prematuro do leite materno, substituição do leite materno pelo leite de vaca sem reposição de ferro, parasitismo...
  • 3. Anemia Ferropriva • RNT em AME – Aporte suficiente de ferro até 4-6 meses • RNPT e BP – Reservas pobres de ferro, que se esgotam rapidamente, mesmo em AME – Necessidade de suplementação de ferro
  • 4. Anemia Ferropriva • 6-18 meses – Maior risco deficiência de ferro • Período de crescimento rápido • Estoques reduzidos de ferro, ingestão inadequada, perda gastrointestinal crônica • Período pré-escolar/escolar – Diminuição do risco • Diminuição da velocidade de crescimento • Dietas mais equilibradas • Adolescência – Aumento do risco • Crescimento púbere • Alimentação inadequada
  • 6. Hematopoiese • Eritropoetina • Reticulócitos após 3 dias na medula ganham a circulação – após 1 dia: hemácia • Vida média hemácias: 120 dias
  • 7. Hematopoiese • Eritropoiese – Período mesoblástico (1ªs semanas de vida embrionária) • Saco vitelino – Período Hepático (2º T da gestação) • Fígado (baço e linfonodos) – Período Mielóide (Estágios finais da vida fetal) • MO – Após o nascimento: MO (exclusivamente) • Até os 5 anos: todos os ossos do corpo • Idade adulta: pelve, esterno, crânio, arcos costais, vértebras e epífises femorais e umerais
  • 8. Hematopoiese • Eritropoetina – Alta produção no período fetal • St O2 = 45% – Ao nascimento – Queda dos níveis de eritropoetina • St O2 > 95%
  • 9. Anemia Fisiológica da Infância • Queda dos níveis de eritropoetina • A partir do 7º dia – Diminuição da Hb, hemácias e reticulócitos • Não existe déficit de oxigenação celular – HbA x HbF – 2,3 bifosfoglicerato
  • 10. Anemia Fisiológica da Infância • Nadir: 6-8ª semana – Hb 9-11 mg/dl – Estímulo síntese eritropoetina • Todos os estoques de ferro são utilizados nesta fase de eritropoiese ativa e se esgostam em torno da 15-20ª semana se não forem repostos
  • 11. Metabolismo do Ferro • Ferritina: – Produção hepática; reagente de fase aguda – Compartimento armazenador (25%) – Concentração sérica diretamente proporcional às reservas de ferro – 20 a 200 ng/mL • Hemossiderina: – Derivado da ferritina, também armazenador – Mobiliza lentamente • Transferrina: – Produção hepática – Transporte, liga os compartimentos armazenadores – 2%
  • 12. Metabolismo do Ferro • Ferro alimentar – Forma heme: animal; 30%, absorvido diretamente, sem influências – Forma não-heme: vegetal; absorvido como Fe+2, 10%. – Conversão férrico->ferroso: ácidos estimulam, cereais prejudicam (quelantes)
  • 13. Metabolismo do Ferro • Ciclo do ferro FERRO ABSORVIDO FERROPORTINAFERRITINA MUCOSA INTESTINAL RECEPTORES MEDULA E FIGADO DESCAMAÇÃO E ELIMINAÇÃO TRANSFERRINA PLASMÁTICA
  • 14. Metabolismo do Ferro • Ciclo do ferro TRANSFERRINA FERRO FERRITINA PROTOPORFIRINA ENDOCITOSE- EXOCITOSE MEDULA ÓSSEA HEMOGLOBINA HEME MITOCÔNDRIA
  • 15. Metabolismo do Ferro • Ciclo do ferro HEMOGLOBINA FERRO+BILIVERDINA FERRITINATRANSFERRINA PLASMÁTICA GLOBINA+HEME BAÇO
  • 16. Metabolismo do Ferro • Ciclo do ferro: – Como regular a necessidade? • Hepcidina
  • 17. Laboratório do Ferro Depleção de estoques de Ferritina Elevação da Transferrina Elevação do TIBC Fe Sérico diminuído Diminuição da quant./qual. Hb (hipo/micro)
  • 18. Laboratório do Ferro • Ferritina - VR: 20 – 200ng/ml - Armazenamento - Primeira a se alterar - Diminui nas condições que reduz o ferro corporal
  • 19. Laboratório do Ferro • Transferrina - VR: 200 – 400 mg/dl - Cada molécula capta 2 moléculas de Fe - Aumenta produção hepática na anemia ferropriva
  • 20. Laboratório do Ferro • TIBC - VR: 250 -360 mcg/dl - Capacidade de ligação total do ferro pela transferrina - Aumenta em situações que eleva-se a Transferrina
  • 23. Laboratório do Ferro • Índice de saturação de transferrina - VR: 30 – 40% - Sítio da transferrina ligadas ao ferro/ Sítios totais da transferrina = - Fe Sérico/ TIBC
  • 24. Laboratório do Ferro • Ferro sérico • Ferritina • Transferrina • TIBC • Sat. Transferrina
  • 25. Manifestações Clínicas • Relacionados à anemia – astenia, fadiga indisposição física, insônia, palpitações e cefaleia; – pode descompensar uma patologia de base, cursando angina pectoris, insuficiência cardíaca, dispneia e rebaixamento do nível de consciencia; – o exame físico revela: palidez cutaneomucosa e sopro sistólico de hiperfluxo. • Relacionados a Ferropenia – anorexia, irritabilidade, prejuízo no DNPM, glossite, queilite angular, coiloníquia, escleras azuladas (15%), esplenomegalia, perversão do apetite; – síndrome de Plummer- Vinson
  • 26. Diagnóstico laboratorial • Hemograma: - inicialmente anemia “normo- normo”, convertendo-se em “hipo-micro” - hemoglobina média de 8g/dl, VCM médio 74 fL, CHCM 28g/dl -RDW elevado > 14%
  • 27. • Ferro sérico - Em média < 30mg/dl (eleva-se rapidamente após reposição oral e parenteral) • Ferritina sérica - Tipicamente < 15 ng/ml • TIBC elevado ( > 400) • Saturação de transferrina diminuída (15%) Diagnóstico laboratorial
  • 28. Tratamento • Oral – 3-5 mg/kg/dia de ferro elementar – 30 min antes ou 2 horas após dieta – Manter 3-4 meses ou 2 meses após normalização Hb • Parenteral – Síndrome de má absorção – Refratariedade – Reposição imediata • Transfusão
  • 31. 1. Criança de 3 anos, com palidez intensa e astenia há um mês. Ao exame: hipocorado, anictérico, taquicárdico e taquipnéico. ACV com sopro sistólico em foco mitral. Hb=4,5g/dl, VCM=52, RDW=25, leucócitos=4500(N40 5/L45%/E15%), plaquetas=650.000. O diagnóstico e tratamento imediato recomendado, são: a) Talassemia e transfusão de concentrado de hemácias b) Anemia ferropriva e sulfato ferroso endovenoso c) Anemia ferropriva e transfusão de concentrado de hemácias d) Anemia falciforme e transfusão de concentrado de hemácias
  • 32. 1. Criança de 3 anos, com palidez intensa e astenia há um mês. Ao exame: hipocorado, anictérico, taquicárdico e taquipnéico. ACV com sopro sistólico em foco mitral. Hb=4,5g/dl, VCM=52, RDW=25, leucócitos=4500(N405/L45%/E15%), plaquetas=650.000. O diagnóstico e tratamento imediato recomendado, são: a) Talassemia e transfusão de concentrado de hemácias b) Anemia ferropriva e sulfato ferroso endovenoso c) Anemia ferropriva e transfusão de concentrado de hemácias d) Anemia falciforme e transfusão de concentrado de hemácias
  • 33. 2. A anemia por deficiência de ferro caracteriza-se por: a)macrocitose, hipocromia e neutrófilos grandes com núcleo hipersegmentado. b)microcitose, hipocromia e RDW alto c)microcitose, hipocromia, células em alvo e pontilhado basófilo no esfregaçõ de sangue periférico d)microcitose, hipocromia e RDW normal e)normocitose, hipocromia e RDW alto
  • 34. 2. A anemia por deficiência de ferro caracteriza-se por: a)macrocitose, hipocromia e neutrófilos grandes com núcleo hipersegmentado. b)microcitose, hipocromia e RDW alto c)microcitose, hipocromia, células em alvo e pontilhado basófilo no esfregaçõ de sangue periférico d)microcitose, hipocromia e RDW normal e)normocitose, hipocromia e RDW alto
  • 35. 3. Em relação a anemia ferropriva podemos afirmar: a) Níveis séricos de ferritina normais afastam a possibilidade de doença b) A prevenção de anemia ferropriva, de acordo com o MS, deverá ser iniciada no desmame e ser continuada até os 18 meses, sendo utilizado ferro oral em dose única diária c) As faixas etárias de maior risco são pré-escolar e adolescentes d) NDA
  • 36. 3. Em relação a anemia ferropriva podemos afirmar: a) Níveis séricos de ferritina normais afastam a possibilidade de doença b) A prevenção de anemia ferropriva, de acordo com o MS, deverá ser iniciada no desmame e ser continuada até os 18 meses, sendo utilizado ferro oral em dose única diária c) As faixas etárias de maior risco são pré-escolar e adolescentes d) NDA
  • 37. 4. Na dieta pobre em ferro qual o primeiro exame a alterar-se? a) Hemoglobina b) Ferritina c) TIBC d) Hepcidina e) Volume corpuscular médio
  • 38. 4. Na dieta pobre em ferro qual o primeiro exame a alterar-se? a) Hemoglobina b) Ferritina c) TIBC d) Hepcidina e) Volume corpuscular médio
  • 39. 5. Qual alternativa melhor descreve as etapas envolvidas na instalação de um quadro de anemia ferropriva na ordem cronológica: a) Balanço de ferro negativo, anemia por deficiência de ferro e eritropoiese deficiente em ferro. b) Anemia por deficiência de ferro, balanço de ferro negativo e eritropoiese deficiente em ferro. c) Anemia por deficiência de ferro, eritropoiese deficiente em ferro e balanço de ferro negativo. d) Eritropoiese deficiente em ferro, balanço de ferro negativo e anemia por deficiência de ferro e) Balanço de ferro negativo, eritropoiese deficiente em ferro e anemia por deficiência de ferro
  • 40. 5. Qual alternativa melhor descreve as etapas envolvidas na instalação de um quadro de anemia ferropriva na ordem cronológica: a) Balanço de ferro negativo, anemia por deficiência de ferro e eritropoiese deficiente em ferro. b) Anemia por deficiência de ferro, balanço de ferro negativo e eritropoiese deficiente em ferro. c) Anemia por deficiência de ferro, eritropoiese deficiente em ferro e balanço de ferro negativo. d) Eritropoiese deficiente em ferro, balanço de ferro negativo e anemia por deficiência de ferro e) Balanço de ferro negativo, eritropoiese deficiente em ferro e anemia por deficiência de ferro
  • 41. 6. Paciente de 14 meses de idade, sexo masculino, história de palidez cutaneo- mucosa, sem icterícia ou hepatoesplenomegalia; Ht=35%,Hb=11,7g/dl,sem reticulocitose,leucócitos=8000(N40%/L60%),plaqu etas=235.000/mm3, ferritina=9ng/ml. Qual a principal hipótese diagnóstica? a) Anemia fisiológica b) Anemia ferropriva c) Anemia aplástica d) Traço talassêmico e) Deficiência de ferro
  • 42. 6. Paciente de 14 meses de idade, sexo masculino, história de palidez cutaneo- mucosa, sem icterícia ou hepatoesplenomegalia; Ht=35%,Hb=11,7g/dl,sem reticulocitose,leucócitos=8000(N40%/L60%),plaqu etas=235.000/mm3, ferritina=9ng/ml. Qual a principal hipótese diagnóstica? a) Anemia fisiológica b) Anemia ferropriva c) Anemia aplástica d) Traço talassêmico e) Deficiência de ferro
  • 43. 7. Em relação à anemia ferropriva, podemos afirmar que: a) A OMS considera anemia ferropriva quando a Hb<9g/dl para crianças menores de 5 anos. b) O pico de reticulócitos após o início do tratamento ocorre após um mês do uso de ferro c) A dose terapêutica do ferro é calculada na forma de ferro elementar e varia nos diferentes sais d) O aumento da Hb de 1 g/dl ocorre 3 meses após o inpicio do tratamento, quando deverá ser reavaliada a dose e) A anemia ferropriva é do tipo macrocítica e hipocrômica e faz diagnóstico diferencial apenas com as infecções crônicas.
  • 44. 7. Em relação à anemia ferropriva, podemos afirmar que: a) A OMS considera anemia ferropriva quando a Hb<9g/dl para crianças menores de 5 anos. b) O pico de reticulócitos após o início do tratamento ocorre após um mês do uso de ferro c) A dose terapêutica do ferro é calculada na forma de ferro elementar e varia nos diferentes sais d) O aumento da Hb de 1 g/dl ocorre 3 meses após o inicio do tratamento, quando deverá ser reavaliada a dose e) A anemia ferropriva é do tipo macrocítica e hipocrômica e faz diagnóstico diferencial apenas com as infecções crônicas.
  • 45. Bibliografia • Cecil Medicine, 24ª ed. Philadelphia. Saunders. 2012. • Harrison´s Principles of Iternal Medicine, 18ª edição, McGraw-Hill, 2012 • SBP, Tratado de Pediatria