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CRIOCIRURGIA
NEOPLASIAS CUTÂNEAS
Prof. Carlos Eduardo Rocha
Fone: (19) 99659-9243 – Dr. Carlos Eduardo Rocha
www.facebook.com/criocirurgiaveterinaria.kriovet
CRIOCIRURGIA
Hemangiomas
Hemangiossarcomas-HSA
Carcinomas de células escamosas- CEC
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Hemangiomas
Definição
• É uma neoplasia benigna das células
endoteliais dos vasos sanguíneos,
possivelmente induzida por ação
crônica da radiação solar em cães com
pele clara e pelos finos. Esta neoplasia
é relativamente comum em cães e rara
no gato, afetando animais de meia
idade e também geriátricos (LEMARIE,
2007).
MELANOSES SOLARES
Hemangiomas
Lesões
pré
neoplásicas.
Hemangiosarcomas-HSA
Definição
• O Hemangiosarcoma (HSA) é uma neoplasia
malígna que pode atingir um único órgão,
desenvolver metástases regionais ou distantes,
ou ainda apresentar-se sob a forma
multicêntrica cujo sítio primário é o baço. Sua
causa é desconhecida embora cães levemente
pigmentados e de pelagem esparsa,
principalmente em região abdominal, expostos
à radiação solar crônica, possam apresentar
maior risco de desenvolverem a forma cutânea
(BELLEI et al.,2004; WARREN SUMMERS, 2007;
FERRAZ, 2008).
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MELANOSES SOLARES
HEMANGIOSSARCOMA HSA
Lesão
neoplásica.
HSA
• O HSA cutâneo no cão é clinicamente
classificado de acordo com a profundidade
tecidual que a formação neoplásica atinge. As
neoplasias do estadiamento I envolvem a derme,
no estadiamento II envolvem o tecido
subcutâneo e no estadiamento III o músculo
subjacente. Neoplasias com estadiamento II e III
, a quimioterapia deve ser instituída como
tratamento adjunto ao procedimento cirúrgico.
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Carcinoma de Célula Escamosa CEC
Definição
O CEC é uma neoplasia maligna de origem epitelial,
que afeta cães e gatos. Sua etiologia não é bem
esclarecida, porém sua ocorrência seja maior na pele
clara e lesada pela radiação solar (SCOTT; MILLER;
GRIFFIN, 2001).
Os gatos de pelagem branca são mais propensos a
apresentar a doença que os pigmentados; nesses
últimos, o tumor se desenvolve em áreas com pouco
pelo e sem pigmento (RUSLANDER et al., 1997).
Carcinoma de Célula Escamosa CEC
Etiologia
A exposição à irradiação ultravioleta da luz solar
contribui para o desenvolvimento da neoplasia
(BURROWS et al., 1994; RUSLANDER et al., 1997;
STRAW, 1998). A maioria das lesões está localizada na
cabeça, mais freqüentemente no plano nasal, seguida
pelas aurículas e pálpebras (BURROWS et al., 1994;
MOORE & OGILVIE, 2001). . No início, as lesões são
proliferativas, hiperêmicas, crostosas e posteriormente
evoluem para úlceras com invasão de tecidos
adjacentes (RUSLANDER et al., 1997; STRAW, 1998)
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Carcinoma de Célula Escamosa CEC
Tratamento
A criocirurgia é indicada para tumores superficiais
não-invasivos com, ou quando a cirurgia não pode
ser realizada por limitações anatômicas ou devido à
não concordância do proprietário (RUSLANDER et al.,
1997).
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CRIOCIRURGIA
Conceito:
• A Criocirurgia está consolidada na Medicina
Veterinária como uma importante opção no
tratamento de doenças infecciosas, inflamatórias e
neoplásicas da pele, tanto benígnas como malígnas,
em diferentes órgãos.
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VANTAGENS DA TÉCNICA
• É uma técnica segura, pouco cruenta, que apresenta
raras ocorrências de infecções secundárias, o que é
importante no tratamento em pacientes debilitados,
idosos ou de risco anestésico .
• Também possibilita a abordagem de lesões de difícil
acesso, como as de cavidade oral, conduto auditivo e
nasal, região palpebral , região interdigital, reto,
períneo e áreas extensas para suturas.
VANTAGENS DA TÉCNICA
VANTAGENS DA TÉCNICA
Tratamento não invasivo!!
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SENSIBILIDADE
Melanocitos
Alta celularidade
Tecido córneo
Tecido fibroso
vasos
cartilagem
osso
Melanoses solares
AÇÃO SOBRE A CÉLULA
Células e tecidos com grande conteúdo de água são
mais suscetíveis ao congelamento do que aqueles
com menos (tendões e ossos).
Células mesenquimais são mais resistentes quando
comparadas as epiteliais. Os melanócitos são células
de grande sensibilidade, mesmo em um tempo curto
de congelamento , seguidas, em ordem decrescente,
por células epiteliais, do estroma fibroso, das grandes
artérias, dos nervos, de cartilagens e do tecido ósseo.
Sabe-se,ainda, que os tecidos neoplásicos possuem
muito mais água que os normais.
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AÇÃO SOBRE A CÉLULA
Estudos demonstram que quando expostos à
temperaturas negativas entre -20ºC -40ºC e , todos
os tecidos vivos sofrem crionecrose e, quanto mais
longo for o período de congelamento, maior será a
área necrosada.
Células neoplásicas de distintas origens são
destruídas completamente entre -38ºC e -40ºC
consideram como -50ºC a temperatura ideal para
tratamento das neoplasias malignas.
Objetivo de ação
CONGELAMENTO
+ DESCONGELAMENTO
CICLO
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CICLO
Definição:
Ciclo é o nome dado à sequencia de congelamento e
descongelamento, cuja velocidade irá determinar se
ocorrerá ou não destruição tecidual.
Quanto maior o número de ciclos, maior será a
crionecrose, ou seja, lesão tissular.
TEMPO DE CONGELAMENTO
Quanto mais rápido for o congelamento e lento o
descongelamento, maior será a necrose celular.
Sabendo disso, é possível em caso de congelamento
acidental de tecidos sadios, promover um
descongelamento rápido impedindo assim a
destruição tecidual indesejada.
CONGELAMENTO RÁPIDO
DESCONGELAMENTO LENTO
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Mecanismos do dano e da morte celular
Crionecrose
1 - Fase Imediata - injúria celular direta:
Formação de cristais de gelo extracelulares e
intracelulares – ruptura de membrana e organelas.
Desidratação da célula e concetração de solutos.
Desnaturação dos complexos lipoproteicos e dos
sistemas enzimáticos
Choque térmico
2 - Fase Retardada – estase vascular (microcirculação):
Aglutinação, tamponamento e aderência de células
vermelhas entre si e à parede vascular
Trombose, isquemia e anóxia
Mudança de pH
Morte celular
Infarto
Mecanismos do dano e da morte celular
Crionecrose
DESCONGELAMENTO
LENTO
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Mecanismos do dano e da morte celular
Crionecrose
3 - Fase Tardia – imunológica:
Liberação de antígenos – alvo intracelulares
Formação de anticorpos antineoplásicos*
CRIOCIRURGIA
RESPOSTA DO PACIENTE
– Desconforto (dor), edema, eritema
– Sangramento (1 a 2 h após aplicação)
– Secreção – 1 semana
– Formação de crosta – 10 a 21 dias
– Osso – pode ser necessário debridamento
Mecanismos do dano
e da morte celular
Fase Pós tratamento: NECROSE
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Fase
Pós tratamento
FORMAÇÃO DE
CROSTAS
EPITELIZAÇÃO
Mecanismos do dano
e da morte celular
EPITELIZAÇÃO
Mecanismos do dano
e da morte celular
TEMPO DE CONGELAMENTO
• O tempo em que o tecido deve permanecer
congelado é também discutido pelos autores, e pode
variar de 30 segundos a 20 minutos . Já em
neoplasias de órgãos internos, como fígado,
pâncreas, próstata e ossos, o tempo para o
congelamento varia entre 5 e 40 minutos .
• Na verdade o tempo que o tecido mantém o
congelamento não é tão importante, porque uma vez
atingida à temperatura de destruição, não há
necessidade de esforço para mantê-la.
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A crionecrose é a injúria celular direta, que ocorre em
resposta à exposição à temperatura negativa extrema.
A célula desidrata ocorrendo alta concentração dos
solutos que causam danos à membrana celular e às
enzimas e proteínas intracelulares.
Outro mecanismo é a injúria vascular, uma vez que ao
congelar ocorre estase vascular, principalmente na
microcirculação, resultando isquemia com posterior
necrose tissular.
Mecanismos do dano
e da morte celular - Crionecrose
FASE RETARDADA
Fase retardada ocorre algumas horas após o fim do ciclo, na
área de exposição ao criógeno e é caracterizada pelos efeitos
da estase vascular. A principal alteração que ocorre nesta fase
é a aglutinação, tamponamento e aderência de células
vermelhas entre si e à parede do vaso.
Como resultado da estase vascular ocorre trombose e
isquemia, seguidas de hipóxia ou até mesmo anóxia,
mudança de pH e morte celular.
As alterações histológicas no tecido congelado se assemelham
às do infarto. A anóxia celular consequente da perda da
circulação é considerada o principal mecanismo de lesão na
criocirurgia.
AGENTES CRIÓGENOS
Os agentes criogênicos são gases que podem ser convertidos
ao estado líquido e têm a capacidade de extrair calor de
tecidos vivos. Diferentes gases atingem diferentes
temperaturas e pontos de ebulição e estas características.
Os agentes mais utilizados são o nitrogênio líquido e o argônio,
e o nitrogênio líquido é o agente de escolha na criocirurgia,
por ter ponto de ebulição extremamente baixo (-195,8 ºC) e
ser efetivo em lesões benignas e malignas. Ele é incolor,
inodoro, não inflamável, atóxico, inerte e, embora seja
extremamente potente, é seguro à manipulação, desde que
precauções básicas sejam tomadas.
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O nitrogênio líquido pode ser aplicado através de spray
por sondas abertas, sondas fechadas, e, menos
frequentemente, por swabs e derramamento direto na
lesão. A escolha da forma de aplicação é feita através
da avaliação da lesão, porém na rotina clínica, o spray
tem sido o mais comumente utilizado, devido sua
praticidade, e por apresentar taxas de sucesso tanto
em lesões benignas quanto malignas.
AGENTES CRIÓGENOS
Equipamentos para a
Criocirurgia
AGENTES CRIÓGENOS
Nitrogênio líquido
Pode ser aplicado por probes, agulhas ou spray.
Temperatura: -196oC
Precisa de um contêiner de armazenamento (botijão de
sêmen) . 10 a 20litros.
Não é inflamável.
Fácil aquisição.
Custo/benefício.
O equipamento utilizado é um recipiente cilíndrico com
capacidade para 300, 350 e 500ml de nitrogênio
líquido. Na aplicação através de spray, o nitrogênio
líquido, quando confinado em recipiente fechado, tem
sua pressão aumentada, e tende a buscar a abertura
existente.
A velocidade de saída do nitrogênio é controlada por
um gatilho, e o gás é liberado através de uma cânula
onde são acopladas ponteiras com diferentes
diâmetros.
Unidades de aplicação
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CRIOCIRURGIA
unidades de aplicação
Equipamentos
ponteiras e sondas
O uso do spray pode ser em sistema aberto, ou seja, o
jato é direcionado para a lesão, sem nenhum aparato
para contê-lo; confinado, quando se utiliza ponteiras de
cone confinado para direcionar o jato ou para se
controlar o diâmetro do congelamento; ou fechado
quando se recorre a cilindros fechados, em uma das
extremidades, denominados de sondas
As sondas são menos eficazes que o spray por
fornecerem menor penetração, porém são tidas como
o meio mais seguro de aplicação do nitrogênio.
CASO CLÍNICO
Canino,Pit Bull, fêmea, 8 anos
HEMANGIOMA ( Lesão Pré neoplásica)
19. 23/02/2016
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CASO CLÍNICO
Canino,Pit Bull, fêmea, 8 anos
HEMANGIOMA ( Lesão Pré neoplásica)
CASO CLÍNICO
Canino,Pit Bull, fêmea, 8 anos
HEMANGIOMA ( Lesão Pré neoplásica)
CASO CLÍNICO
Canino,Pit Bull, fêmea, 8 anos
HEMANGIOMA ( Lesão Pré neoplásica)
Área de
epítelização
15 dias após a sessão
20. 23/02/2016
19
CASO CLÍNICO
Canino,srd, fêmea, 13 anos
HEMANGIOSSARCOMA
(Lesão neoplásica)
CASO CLÍNICO
Canino,srd, fêmea, 13 anos
HEMANGIOSSARCOM
(Lesão neoplásica)
1ª Sessão de Crio 20 DIAS APÓS
CASO CLÍNICO
Felino, macho, srd, 7 anos
Carcinoma de Células Escamosas
(CEC)
21. 23/02/2016
20
CASO CLÍNICO
Felino, macho, srd, 7 anos
Carcinoma de Células Escamosas
(CEC)
CASO CLÍNICO
Felino, fêmea, srd, 9 anos
Carcinoma de Células Escamosas
(CEC)
CASO CLÍNICO
Felino, fêmea, srd, 9 anos
Carcinoma de Células Escamosas
(CEC)
dia 18
2ª Sessão de Criocirurgia
22. 23/02/2016
21
CASO CLÍNICO
Felino, fêmea, srd, 9 anos
Carcinoma de Células Escamosas
(CEC)
dia 34
3ª Sessão de Criocirurgia
dia 52
Fase final do tratamento
CASO CLÍNICO
Felino, macho,srd, 6 anos
Carcinoma de Células Escamosas
(CEC)
CASO CLÍNICO
Felino, macho, srd, 6 anos
Carcinoma de Células Escamosas
(CEC)
23. 23/02/2016
22
CASO CLÍNICO
Felino, macho, srd, 6 anos
Carcinoma de Células Escamosas
(CEC)
CASO CLÍNICO
Felino, macho, srd, 6 anos
Carcinoma de Células Escamosas
(CEC)
c.e.oncovet@gmail.com
(19) 99659-9243
Prof. Carlos Eduardo Rocha
OBRIGADO!!!