2. ANATOMIA DA PELE
A pele reveste e protege todo o corpo, corresponde15 – 16% do
nosso peso (10 – 11 kg para uma pessoa de 70 kg).
Responsáveis pela boa adaptação do organismo no ambiente.
Capacidade de regeneração, cicatrizando com facilidade e
prestando-se muito bem à realização de transplantes, especialmente
em casos de queimaduras graves.
Proteção contra o meio externo
Regulação de líquidos
Termorregulação
Adaptação metabólica.
3. 3
QUEIMADURAS
As queimaduras são lesões da
pele, provocadas pelo calor,
radiação, produtos químicos,
fatores físicos ou certos animais
e vegetais que causam dores
fortes e podem levar as
infecções.
Tem o potencial de desfigurar,
causar incapacitações
temporária ou permanente ou
até mesmo a morte.
•
Pessoas de todas as faixas
etárias estão sujeitas às
queimaduras, sendo as
crianças vítimas freqüentes e,
muitas vezes, por descuido dos
pais ou responsáveis.
4. EPIDEMIOLOGIA
• 4ª causa de morte por trauma.
• 20% de todas as vítimas de
queimaduras são crianças,
• Vitimas de lesão intencional ou abuso
infantil. É comum também ver mulheres
queimadas em casos de violência
doméstica, bem como pessoas idosas,
em casos de abuso de idosos.
• Mesmo quando não levam a óbito, as
queimaduras severas produzem grande
sofrimento físico e requerem tratamentos
que duram meses ou anos. Sequelas
físicas e psicológicas são comuns.
8. QUEIMADURAS
ELÉTRICAS
• Alta voltage: causa extensa
destruição muscular, isso
resulta em liberação de
potássio e mioglobina.
• Paciente pode apresentar
lesão em orgãos internos;
• Avaliar se além da
queimadura existem outros
tipos de traumas ex: TCE,
trauma torácico, fraturas etc.
9. Queimadura
Elétricas • Raio- matam 50 a 300
pessoa/ano.
• As principais ameaças são as
lesões neurológicas e
cardiopulmonares.
10. • Ácidos.
• Álcalis.
• Derivados de
petróleo.
• Álcool.
• Fumaça- há três
elementos: lesão
térmica, asfixia e
lesão pulmonar
tardia produzida
por toxina.
QUEIMADURAS POR
SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS
11. PROFUNDIDADE DA
QUEIMADURA
• Envolvem somente a epiderme
e caracterizam-se por serem
avermelhadas e dolorosas.
• Queimaduras solares extensas
– suscetível à desidratação.
1º Grau
12. 2º GRAU
• Envolvem a epiderme e porções
variadas da derme subjacente.
• Podem ser superficiais ou
profundas.
• Formam flictemas (bolhas), com
aparência brilhante ou base úmida,
porque a epiderme descolou.
• Causam dor.
• Cicatrização de duas ou três
semanas.
• Ex. água fervendo.
13. 3º GRAU
• Dano completo de toda
derme e epiderme.
• Lesões são espessas, secas,
esbranquiçadas, aparência de
couro.
• Em casos graves a pele
aparece chamuscada.
• Sentem dor, pois a espessura
pode ser parcial e superficial.
14. 4º GRAU
• Lesão extensa, quem
compromete a
musculatura e ossos;
• Necrose tecidual intensa;
• Presença de
encurtamento do
membro afetado ou
amputação do mesmo
15. CLASSIFICAÇÃO
DO PACIENTE
QUEIMADO
• Pequeno queimado:
Tratamento ambulatorial,
sem indicação de
internação: < 10%
• Médio queimado: Internação
em enfermarias: entre 10 a
25% queimaduras de 2º grau
e 10% de 3º grau.
• Grande queimado: Maior
que 30% e crianças maior
que 20%
16. EXTENSÃO
• Necessária determinar a
gravidade da lesão, o melhor
local para tratamento do doente
e para repor fluidos, de maneira
apropriada e evitar
complicações associadas ao
choque hipovolêmico decorrente
da queimadura.
17. REGRA DOS 9 DE
WALLACE
• A “regra dos nove” é uma
maneira rápida de estimar a
extensão de queimaduras
em adultos.
• O sistema divide o corpo em
múltiplos de nove.
• A soma total dessas partes é
igual à área de superfície
corporal total e é uma
importante medida de
gravidade da lesão (HINKLE;
CHEEVER, 2020).
18. AVALIAÇÃO DO
PACIENTE QUEIMADO
• Profundidade e extensão (pela
regra dos nove).
• Envolvimento de áreas críticas
(mãos, pés, face e genitália).
• Idade da vítima (crianças e
idosos possuem maior risco).
• Presença de lesão pulmonar por
inalação.
• Presença de lesões associadas
(outros traumatismos).
• Doenças preexistentes (diabetes
melito, insuficiência renal etc.).
19. QUEIMADURAS DE 1º E 2º
GRAU
• Em queimaduras e 1º
grau, hidratar o
paciente via oral ou EV;
• Realizar meios físicos
para diminuir a
temperatura corporal do
paciente;
• Hidratação;
• Não romper as bolhas;
• Orientar o paciente a
não colocar produtos
químicos sobre a
queimadura;
• Não cobrir o local da
lesão;
• Administrar analgésicos
20. ATENDIMENTO AO PACIENTE
QUEIMADO
• Acolhimento do
paciente;
• Realizar avaliaão do
Trauma (X, A,B,C,D,E)
• Classificar a extensão e
tipo de queimadura;
• Monitorizar sinais vitais;
• Puncionar acesso
periférico calibroso;
• Reposição hídrica;
• Aspiração orotraqueal;
• Passar SNG e SVD;
• Controle da dor;
• Balneoterapia;
• Escarotomia;
• Curativo;
• Debridamento;
• Transplante
21. ATENDIMENTO AO
PACIENTE QUEIMADO
• Dar banho no paciente se possível.
• Administrar analgésicos e sedativos –
morfina – somente EV.
• Obrigatório sondagem vesical e
nasogástrica.
• Infundir volume de solução
cristalóide (Ringer Lactato)
atingindo débito urinário:
• Bebê: 2ml/kg/h
• Criança – 1ml/kg/h
• Adulto – 30 a 50 ml/h.
• Em queimaduras elétricas aumentar a
oferta de líquidos para garantir diurese no
adulto de 100ml/h.
22. E- Expor a vitima investigando cada centímetro da pessoa.
Atenção para exposição da hipotermia. Retirar apenas
as vestes solta e adereços.
D - Avaliar efeito de toxinas inaladas, como monóxido
de carbono e o cianeto de hidrogênio.
C- Puncionar 2 acessos venosos calibroso, coleta de exames
e reposiçãi volêmica agressiva
B - Respiração Ventilação mecânica – as queimaduras
contraem a parede do tórax.
A - Vias aéreas – intubar precocemente – calor de um
incêndio pode causar edema de glote.
SALA DE EMERGÊNCIA
23. CUIDADOS COM
QUEIMADO
Usar agentes antibacterianos
tópicos para reduzir a população
bacteriana – Sulfadiazina de prata
(Silvadene), Nitrato de Prata e
Acetato de Mafenide (Sulfamylon)
e Acticoat (curativo pronto)
Curativo oclusivo – função diminuir
a dor, diminuir a contaminação e
evitar a perda de calor.
Lavar com água e SF, enfaixar
em “escama de peixe” com morim
ou raion embebido com vaselina
líquida estéril, enfaixar com gaze
de rolo (se possível estéril), algodão
ortopédico e atadura crepe.
Mão – lesões nas mãos, colocar
morim dedo à dedo, as gazes entre
os dedos, e enfaixar inteiro
tampando sempre as
extremidades, tanto nas mãos,
quanto nos pés, mesmo se os
dedos não estejam lesados, e
sempre enfaixar com os dedos
totalmente esticados.
Face - lavar orelha, boca, fazer
tricotomia do crânio, colocar gazes
com SF nos olhos. Observar o
paciente em relação à respiração.
25. ESCAROTOMIA
É a incisão cirúrgica através da escara
para liberar a constrição, restaurando
assim a circulação distal e
possibilitando ventilação adequada.
Em geral, realiza-se a escarotomia nas
primeiras 2 a 6 horas da lesão por
queimadura.
26. • Indicadores de
lesão pulmonar por
inalação de
fumaça
• História indicando que a
queimadura ocorreu em
área restrita;
• Queimadura de face e
pescoço;
• Pêlos nasais
chamuscados;
• Rouquidão, alteração na
voz, tosse seca, estridor,
escarro com fuligem,
escarro saguinolento;
• Respiração difícil ou
taquipnéia.
33. TRATAMENTO
• Há casos onde é preciso
enxertos, tirando pele de
uma área sadia e
recobrindo a lesão, há
casos que precisam de
reconstituição plástica,
e há lesões de
extremidades onde há
necrose levando a
amputar.
37. REFERÊNCIAS
• CANTARELLI-KANTORSKI, K. J. et al. Cara
cterização d os atendimentos por
queimaduras em um serviço de p ronto -
socorro. Rev Bras Queimaduras, v. 13, n. 1, p.
38-43, 2014.
• DANGELO, J.G., FATINI, C.A ., Sistema
Tegumentar. In : Anatomia Humana Sistêmica
e Segmentar. 2. ed. São Paulo: Atheneu,
2005.
• FRAZÃO, J.M., REIS, M.N.S., SILVA, S.L., M., REIS,
F.T., Abordagem do enfermeiro na
prevenção de feridas em pacientes
hospitaliza dos , 2019.
• ISMAEL, I.C.G., A importância do papel da
enfermagem no processo assistencial em
pacientes com queimaduras, 2019
• ROSA, P.H. VIEIRA, T.G., ILHA, S., SALES,
A.B., Tratamento de queimaduras no
serviço de emergência: o enfermeiro inserido
nesse contexto, 2018