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A RESPOSTA IMUNE
ADAPTATIVA
Prof. Esp. Silas Gouveia
silasgouveiasilva@gmail.com
• Resposta imune inata
I. Barreiras contra
infecções como a pele;
II. Células fagocitárias e
sistema complemento;
III. Proteínas de fase aguda
(PCR)
IV. Citosinas inflamatórias;
V. Células natural Killer
(NK);
VI. Eosinófilos
• Resposta imune
adaptativa
I. Estrutura e função de
anticorpos;
II. Anticorpos alguns
componentes do S.C.
III. Base celular de
formação de anticorpos
IV. Memória imunológica
V. Vacinas
VI. Respostas, primária e
secundária
Respostas Imunes Adaptativas
• O sistema imune adaptativo existe como uma
forma de bloqueio aos microrganismos que
tenham conseguido escapar do ataque
promovido pelo sistema inato;
– Microrganismos mutantes que não ativam a via
alternativa do complemento;
– Microrganismos ao serem capturados pelos
macrófagos desenvolvem reações que são capazes de
neutralizar as substâncias liberados no vacúolo;
– Vírus que são insensíveis a ação das células NK
(natural Killer) e vírus que quase não estimulam a
produção celular de interferon, deste modo não
havendo a comunicação célula célula capaz de
evitar a propagação viral;
• As células do sistema imunológico adquirido em
geral estão presentes no sangue e na linfa como
células circulantes, em coleções celulares
anatomicamente definidas nos órgãos linfoides
disseminadas em quase todos os tecidos;
• A organização anatômica dessas células e sua
capacidade de circulação e troca entre o sangue,
a linfa e os tecidos são de importância crítica para
a geração de respostas imunológicas.
Imunidade Ativa
• A imunidade protetora contra um microrganismo
normalmente é induzida pela resposta do
hospedeiro ao microrganismo;
• A forma de imunidade que é induzida pela
exposição a um antígeno estranho é chamada de
imunidade ativo;
– O indivíduo tem papel ativo na resposta ao antígeno.
– Indivíduos e linfócitos que não encontram um
antígeno particular são ditos como sendo inativos
(imaturos ou naïve)
Abbas, 2015
Imunidade Passiva
• Conferida a um indivíduo pela transferência
de soro ou linfócitos de um indivíduo
especificamente imunizado em situações
experimentais. (transferência adaptativa)
• O recebedor de tal transferência se torna
imune a um antígeno particular sem nunca ter
sido exposto ou ter respondido àquele
antígeno.
Abbas, 2015
Imunidade Passiva
• Método útil para conferir rapidamente
resistência, sem ter que esperar pelo
desenvolvimento de uma resposta imune.
• Exe. Transferência de anticorpos maternos
através da placenta para o feto, o que permite
aos recém nascidos o combate a infecções
antes de eles próprios desenvolverem a
habilidade de produzir anticorpos.
Abbas, 2015
Abbas, 2015
O sistema imunológico se depara com inúmeros desafios para gerar respostas
protetoras eficazes contra patógenos infecciosos.
1. O sistema deve ser capaz de responder a pequenos números de
diferentes microrganismos que podem ser introduzidos em qualquer
lugar do corpo;
2. Poucos linfócitos naïves reconhecem e respondem especificamente a
qualquer antígeno.
3. Os mecanismos efetores do sistema imunológico (anticorpos e células T
efetoras) podem precisar localizar e destruir microrganismos em locais
distantes do local de infecção inicial;
A habilidade do sistema imunológico para enfrentar esses desafios e
desempenhar as suas funções protetoras de maneira eficaz depende de
várias propriedades de suas células e tecidos
A entrada das células T virgens das células apresentadoras de antígenos
nos órgãos linfóides periféricos
• O início da resposta imune ocorre nos órgãos linfóides periféricos
• Nestes locais, células T virgens específicas para um antígeno
adequado deve encontrar células dendríticas apresentando tal
antígeno
• Antígenos livres podem ser capturados nestes locais e apresentados
às células T
• Ao encontrar seu antígeno específico, essas células T se proliferam e
diferenciam em células T efetoras
• Caso não encontre seus antígenos deixam o linfonodo e voltam a
circular o organismo
Abbas, 2015
• Os antígenos introduzidos no sangue são aprisionados
pelas células apresentadoras de antígeno no baço
• Patógenos que infectam outros locais são transportados
pela linfa e aprisionados pela linfa;
• Patógenos que infectam as mucosas são transportados
diretamente através da mucosa para os tecidos linfóides
(tonsila, placas de Peyer);
• O transporte dos antígeno é auxiliado pelo sistema imune
inato;
Abbas, 2015
Abbas, 2015
Tipos de Resposta Imune Adaptativa
Resposta Imune adaptativa
 celular – linfócitos T
 humoral – linfócitos B (anticorpos)
Abbas, 2015
• Especificidade e diversidade
– Respostas imunes são específicas para antígenos
distintos;
– Para diferentes porções de um único complexo de
proteína, polissacarídeo ou outras
macromoléculas;
As partes dos antígenos que são especificamente
reconhecidas por linfócitos individuais são
denominadas determinantes ou epítopos;
• Diversidade – existência de muitos clones de linfócitos que
diferem nas estruturas de seus receptores de antígenos, e
assim nas suas especificidades para antígenos;
• Memória – exposição do sistema imune a um antígeno
estranho aumenta a sua habilidade em responder
novamente àquele antígenos. Resposta a uma segunda
exposição ou exposições subsequentes ao mesmo
antígeno.
– A memoria imunológica ocorre porque cada exposição a um
antígeno gera células de memória de vida longa e específica
para aquele antígeno.
• Expansão clona – linfócitos específicos para
um antígeno se submetem a considerável
proliferação após a exposição a um antígeno.
– Aumento do número de células que expressam
receptores idênticos para o antígeno e, assim,
pertencem a um clone.
• Especialização - resposta diferente a
diferentes microrganismos. Humoral x celular
• Contração e homeostasia – todas as respostas imunes
normais diminuem com o tempo após a estimulação pelo
antígeno, retornando, assim, ao seu estado de repouso
basal. (homeostasia)
• Não reatividade ao próprio – habilidade em reconhecer,
responder e eliminar muitos antígenos estranhos (não
próprios) enquanto reagem negativamente às suas próprias
substâncias antigênicas.
– A toletancia aos próprios antígenos, ou autotolerância, é
mantida por vários mecanismos. Anormalidades na indução ou
manutenção da autotolerância levam a respostas imunes
contra os próprios antígenos (autólogos) – DOENÇAS
AUTOIMUNES
Imunidade Humoral
• Mediada por moléculas no sangue e nas secreções das
mucosas, denominadas anticorpos, que são produzidos
por células denominadas linfócito B (também
conhecidas como células B).
– Os anticorpos reconhecem antígenos microbianos,
neutralizam a capacidade dos micro-organismos de
infectar e promovem a sua eliminação através de diversos
mecanismos efetores;
– A imunidade humoral é o principal mecanismo de defesa
contra microrganismos extracelulares e suas toxinas;
Imunidade Celular
• Imunidade mediada por células – linfócitos T(células T);
– Os microrganismos intracelulares, como os vírus e algumas
bactérias, sobrevivem e proliferam no interior dos
fagócitos e de outras células do hospedeiro, onde são
inacessíveis aos anticorpos circulantes.
– A defesa contra essas infecções constitui uma função da
imunidade celular, que promove a destruição dos
microrganismos que residem nos macrófagos ou a
destruição das células infectadas para eliminar os
reservatórios da infecção.
Abbas, 2015
• Os linfócitos, as células apresentadores de
antígenos e as células efetoras são as principais
células do sistema imunológico.
– Os linfócitos são as células que reconhecem e
respondem especificamente a antígenos estranhos e
que atuam, portanto, como mediadores da imunidade
humoral e celular.
– Existem subpopulações distintas de linfócitos, que
diferem em sua maneira de reconhecer os antígenos e
nas suas funções.
Linfócitos B – são as únicas células capazes de
produzir anticorpos. Essas células reconhecem
antígenos extracelulares (inclusive de superfície
celular) e diferenciam-se em plasmócitos
secretores de anticorpos, atuando, assim, como
mediadores da imunidade humoral.
Linfocitos T – reconhecimento de antígenos
(microrganismos) intracelulares - auxiliar dos
fagócitos.
linfócito T helper (auxiliar) – CD4
linfócito T citotóxico – CD8
Abbas, 2015
Abbas, 2015
Referências
MARTINEZ, Alfredo Córdova & ALVAREZ-MON, Melchor. O sistema
imunológico (II): importância dos imunomoduladores na recuperação do
desportista. Rev Bras Med Esporte [online]. 1999, vol.5, n.4, pp.159-166.
ISSN 1517-8692.
ABBAS, A. K., Lichtman, A. H. Imunologia Celular e Molecular, 5º ed. Rio
de Janeiro: Elsevier, 2005.
BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo - Patologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Gen,
Guanabara Koogan, 2011.
CALICH, V.; VAZ, C. Imunologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2001.

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Imunidade adaptativa

  • 1. A RESPOSTA IMUNE ADAPTATIVA Prof. Esp. Silas Gouveia silasgouveiasilva@gmail.com
  • 2.
  • 3. • Resposta imune inata I. Barreiras contra infecções como a pele; II. Células fagocitárias e sistema complemento; III. Proteínas de fase aguda (PCR) IV. Citosinas inflamatórias; V. Células natural Killer (NK); VI. Eosinófilos • Resposta imune adaptativa I. Estrutura e função de anticorpos; II. Anticorpos alguns componentes do S.C. III. Base celular de formação de anticorpos IV. Memória imunológica V. Vacinas VI. Respostas, primária e secundária
  • 4. Respostas Imunes Adaptativas • O sistema imune adaptativo existe como uma forma de bloqueio aos microrganismos que tenham conseguido escapar do ataque promovido pelo sistema inato; – Microrganismos mutantes que não ativam a via alternativa do complemento; – Microrganismos ao serem capturados pelos macrófagos desenvolvem reações que são capazes de neutralizar as substâncias liberados no vacúolo;
  • 5. – Vírus que são insensíveis a ação das células NK (natural Killer) e vírus que quase não estimulam a produção celular de interferon, deste modo não havendo a comunicação célula célula capaz de evitar a propagação viral;
  • 6. • As células do sistema imunológico adquirido em geral estão presentes no sangue e na linfa como células circulantes, em coleções celulares anatomicamente definidas nos órgãos linfoides disseminadas em quase todos os tecidos; • A organização anatômica dessas células e sua capacidade de circulação e troca entre o sangue, a linfa e os tecidos são de importância crítica para a geração de respostas imunológicas.
  • 7. Imunidade Ativa • A imunidade protetora contra um microrganismo normalmente é induzida pela resposta do hospedeiro ao microrganismo; • A forma de imunidade que é induzida pela exposição a um antígeno estranho é chamada de imunidade ativo; – O indivíduo tem papel ativo na resposta ao antígeno. – Indivíduos e linfócitos que não encontram um antígeno particular são ditos como sendo inativos (imaturos ou naïve)
  • 9. Imunidade Passiva • Conferida a um indivíduo pela transferência de soro ou linfócitos de um indivíduo especificamente imunizado em situações experimentais. (transferência adaptativa) • O recebedor de tal transferência se torna imune a um antígeno particular sem nunca ter sido exposto ou ter respondido àquele antígeno.
  • 11. Imunidade Passiva • Método útil para conferir rapidamente resistência, sem ter que esperar pelo desenvolvimento de uma resposta imune. • Exe. Transferência de anticorpos maternos através da placenta para o feto, o que permite aos recém nascidos o combate a infecções antes de eles próprios desenvolverem a habilidade de produzir anticorpos.
  • 14.
  • 15. O sistema imunológico se depara com inúmeros desafios para gerar respostas protetoras eficazes contra patógenos infecciosos. 1. O sistema deve ser capaz de responder a pequenos números de diferentes microrganismos que podem ser introduzidos em qualquer lugar do corpo; 2. Poucos linfócitos naïves reconhecem e respondem especificamente a qualquer antígeno. 3. Os mecanismos efetores do sistema imunológico (anticorpos e células T efetoras) podem precisar localizar e destruir microrganismos em locais distantes do local de infecção inicial; A habilidade do sistema imunológico para enfrentar esses desafios e desempenhar as suas funções protetoras de maneira eficaz depende de várias propriedades de suas células e tecidos
  • 16. A entrada das células T virgens das células apresentadoras de antígenos nos órgãos linfóides periféricos • O início da resposta imune ocorre nos órgãos linfóides periféricos • Nestes locais, células T virgens específicas para um antígeno adequado deve encontrar células dendríticas apresentando tal antígeno • Antígenos livres podem ser capturados nestes locais e apresentados às células T • Ao encontrar seu antígeno específico, essas células T se proliferam e diferenciam em células T efetoras • Caso não encontre seus antígenos deixam o linfonodo e voltam a circular o organismo
  • 17.
  • 19. • Os antígenos introduzidos no sangue são aprisionados pelas células apresentadoras de antígeno no baço • Patógenos que infectam outros locais são transportados pela linfa e aprisionados pela linfa; • Patógenos que infectam as mucosas são transportados diretamente através da mucosa para os tecidos linfóides (tonsila, placas de Peyer); • O transporte dos antígeno é auxiliado pelo sistema imune inato;
  • 22. Tipos de Resposta Imune Adaptativa Resposta Imune adaptativa  celular – linfócitos T  humoral – linfócitos B (anticorpos)
  • 24. • Especificidade e diversidade – Respostas imunes são específicas para antígenos distintos; – Para diferentes porções de um único complexo de proteína, polissacarídeo ou outras macromoléculas; As partes dos antígenos que são especificamente reconhecidas por linfócitos individuais são denominadas determinantes ou epítopos;
  • 25. • Diversidade – existência de muitos clones de linfócitos que diferem nas estruturas de seus receptores de antígenos, e assim nas suas especificidades para antígenos; • Memória – exposição do sistema imune a um antígeno estranho aumenta a sua habilidade em responder novamente àquele antígenos. Resposta a uma segunda exposição ou exposições subsequentes ao mesmo antígeno. – A memoria imunológica ocorre porque cada exposição a um antígeno gera células de memória de vida longa e específica para aquele antígeno.
  • 26. • Expansão clona – linfócitos específicos para um antígeno se submetem a considerável proliferação após a exposição a um antígeno. – Aumento do número de células que expressam receptores idênticos para o antígeno e, assim, pertencem a um clone. • Especialização - resposta diferente a diferentes microrganismos. Humoral x celular
  • 27. • Contração e homeostasia – todas as respostas imunes normais diminuem com o tempo após a estimulação pelo antígeno, retornando, assim, ao seu estado de repouso basal. (homeostasia) • Não reatividade ao próprio – habilidade em reconhecer, responder e eliminar muitos antígenos estranhos (não próprios) enquanto reagem negativamente às suas próprias substâncias antigênicas. – A toletancia aos próprios antígenos, ou autotolerância, é mantida por vários mecanismos. Anormalidades na indução ou manutenção da autotolerância levam a respostas imunes contra os próprios antígenos (autólogos) – DOENÇAS AUTOIMUNES
  • 28. Imunidade Humoral • Mediada por moléculas no sangue e nas secreções das mucosas, denominadas anticorpos, que são produzidos por células denominadas linfócito B (também conhecidas como células B). – Os anticorpos reconhecem antígenos microbianos, neutralizam a capacidade dos micro-organismos de infectar e promovem a sua eliminação através de diversos mecanismos efetores; – A imunidade humoral é o principal mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e suas toxinas;
  • 29. Imunidade Celular • Imunidade mediada por células – linfócitos T(células T); – Os microrganismos intracelulares, como os vírus e algumas bactérias, sobrevivem e proliferam no interior dos fagócitos e de outras células do hospedeiro, onde são inacessíveis aos anticorpos circulantes. – A defesa contra essas infecções constitui uma função da imunidade celular, que promove a destruição dos microrganismos que residem nos macrófagos ou a destruição das células infectadas para eliminar os reservatórios da infecção.
  • 31. • Os linfócitos, as células apresentadores de antígenos e as células efetoras são as principais células do sistema imunológico. – Os linfócitos são as células que reconhecem e respondem especificamente a antígenos estranhos e que atuam, portanto, como mediadores da imunidade humoral e celular. – Existem subpopulações distintas de linfócitos, que diferem em sua maneira de reconhecer os antígenos e nas suas funções.
  • 32. Linfócitos B – são as únicas células capazes de produzir anticorpos. Essas células reconhecem antígenos extracelulares (inclusive de superfície celular) e diferenciam-se em plasmócitos secretores de anticorpos, atuando, assim, como mediadores da imunidade humoral.
  • 33. Linfocitos T – reconhecimento de antígenos (microrganismos) intracelulares - auxiliar dos fagócitos. linfócito T helper (auxiliar) – CD4 linfócito T citotóxico – CD8
  • 36. Referências MARTINEZ, Alfredo Córdova & ALVAREZ-MON, Melchor. O sistema imunológico (II): importância dos imunomoduladores na recuperação do desportista. Rev Bras Med Esporte [online]. 1999, vol.5, n.4, pp.159-166. ISSN 1517-8692. ABBAS, A. K., Lichtman, A. H. Imunologia Celular e Molecular, 5º ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo - Patologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Gen, Guanabara Koogan, 2011. CALICH, V.; VAZ, C. Imunologia. Rio de Janeiro: Revinter, 2001.