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MICROBIOLOGIA
AULA 03
AVISO AOS ALUNOS:
A MAIOR PARTE DO CONTEÚDO DESSA AULA PODERÁ SER ENCONTRADO
NAS (PÁGINAS 75 A 105) DO MATERIAL DIDÁTICO. QUAISQUER MATERIAIS
SUPLEMENTARES ADICIONADOS A ESTA AULA SERÃO DISPONIBILIZADOS
PELO PROFESSOR DA DISCIPLINA.
UTILIZE O SEU LIVRO PARA ACOMPANHAMENTO DO CONTEÚDO, BEM
COMO PARA REVISÃO E ESTUDO PARA AS AVALIAÇÕES. BOA AULA!
Primeiros Experimentos em Microbiologia
Os grandes primeiros experimentos feitos em microbiologia ocorreram nos
séculos XIX e XX. Entre as várias descobertas que abriram um horizonte
mais promissor no campo da microbiologia encontram-se:
- Descoberta da penicilina, em 1928, por Alexander Fleming (Escócia), a
partir do fungo Penicillium notatum; - Descoberta, por volta de 1870, do bacilo
(bactéria) causador da tuberculose,
o Mycobacterium tuberculosis (conhecido popularmente por Bacilo de
Koch), por Robert Koch;
- Descoberta dos microrganismos causadores do azedamento do vinho, em
1864, por Louis Pasteur (França);
- No final do Século XIX Robert Koch conseguiu provar que as doenças
infecciosas eram causadas por microrganismos patogênicos, cada um
responsável por uma determinada enfermidade ou patologia.
Bactérias
Características
- Pertencem ao Reino Monera e são seres unicelulares.
- São procariontes (células desprovidas de mitocôndrias, complexo de Golgi,
retículo endoplasmático e sobretudo cariomembrana o que faz com que o
DNA fique disperso no citoplasma. A este grupo pertencem seres
unicelulares ou coloniais: Bactérias).
• Núcleo – disperso no citoplasma (ausência carioteca).
• Ribossomos – responsável pela síntese de proteínas.
• Parede celular – recobre a membrana plasmática, composta por
peptidoglicanos e carboidratos com função protetora.
• Membrana celular – camada envoltória da célula rica em proteínas
com a função de permeabilidade seletiva.
• Cápsula – envoltório viscoso, encontrada em bactérias gram negativas
com a função de proteger a bactéria contra células fagocíticas.
• Pili – são microfibrilas que se estendem com a função de ancoramento
e troca de material genético.
• Flagelo – estrutura proteica com função de locomoção.
• Vacúolos – são grânulos de reservatório de açúcar.
• Plasmídeos – são pequenas moléculas de DNA, serão trocadas na
reprodução sexual.
• Esporos – são processos físicos e químicos ligados a sobrevivência em
condições adversas.
Quanto a reprodução:
• Cissiparidade - Geralmente, os organismos
bacterianos reproduzem se assexuadamente
por cissiparidade. É a duplicação do DNA
bacteriano e uma posterior divisão em duas
células.
• Transformação - A bactéria absorve
moléculas de DNA dispersas na
natureza. Esse DNA pode ser proveniente, por
exemplo, de bactérias
mortas. Este processo ocorre naturalmente na
natureza. Exemplo:
Streptococcus pneumoniae.
• Conjugação - pedaços de DNA passam
diretamente de uma bactéria
doadora para uma receptora. Isso ocorre
através do pili (tubo
proteico). Exemplo: A bactéria Escherichia coli
tem servido de
modelo para estudar esse fenômeno.
• Transdução - Na transdução, moléculas de
DNA são transferidas de
uma bactéria a outra usando vírus como
vetores (bactériófagos).
Quanto a locomoção:
• Cílios e flagelos possuem função de locomoção.
• Pili tem função de ancoramento ao meio e ligar uma bactéria a outra
no ato da reprodução.
- Nutrição:
Para crescerem e se multiplicarem, as bactérias necessitam de
carbono, nitrogênio, glicose, aminoácidos, ferro e uma temperatura
ideal. Existem bactérias que sintetizam suas próprias substâncias
chamadas de autotróficas. Outras necessitam de substâncias para
nutrir – se, estas são chamadas de heterotróficas. As bactérias
heterotróficas podem ser:
• Saprófitas – alimentam – se de matéria orgânica em decomposição.
• Parasitas – alimentam – se de animais ou vegetais vivos que causam
doenças.
• Simbióticas – associam – se a outros organismos onde encontram
alimento.
Bactérias Gram Positivas e Bactérias Gram
Negativas
Christian Gram foi um grande pesquisador de bactérias, ele desenvolveu esta
técnica de identificação em 1884. A coloração de Gram classifica as
bactérias em Gram positivas ou Gram negativas e continua a ser um dos
métodos mais úteis para classificar as bactérias.
Neste processo de coloração, as bactérias são submetidas primeiro à ação de
um corante violeta, seguido de fixação com iodo e depois um agente de
descoloração, como o metanol. Seguidamente, são novamente coradas com
safranina. As bactérias Gram positivas fixam o primeiro corante, devido à
maior espessura da parede celular, e ficam coradas de azul ou violeta,
enquanto as bactérias Gram negativas, após a descoloração pelo metanol, são
coradas pela safranina e ficam vermelhas. As bactérias que retêm a coloração
violeta são designadas por Gram positivo.
Mecanismos de patogenicidade e defesa bacteriana
A capacidade que tem um agente infeccioso de uma vez instalado no
organismo do homem e de outros animais, produzir sintomas em maior ou
menor proporção, chama-se patogenicidade. Portanto, microrganismos
patogênicos são aqueles capazes de causar enfermidades em condições
apropriadas. O grau de patogenicidade dentro de um determinado gênero ou
espécie é chamado de virulência. A virulência não está atribuída a um único
fator, e sim, dependerá de vários fatores relacionados com o microrganismo,
ao hospedeiro e à interação entre os dois. A virulência envolve duas
características de um microrganismo patogênico: infecciosidade
(capacidade de poder iniciar uma infecção) e a gravidade de condição da
infecção. Podemos caracterizar as cepas em: com alto grau de virulência,
com médio grau de virulência ou sem virulência (avirulentas), dentro de um
gênero ou espécies de microrganismos que na maioria das vezes são
considerados patogênicos.
Como se inicia a patogenicidade?
Para se estabelecer um processo infeccioso, o microrganismo deverá penetrar
no hospedeiro e iniciar uma infecção. A capacidade do microrganismo de se
aderir e sobreviver nas superfícies das mucosas do hospedeiro leva ao
primeiro contato. A união dos microrganismos em superfícies epiteliais,
muita das vezes não invade os tecidos mais profundos. Nesses casos, uma ou
mais toxinas produzidas pelo patógeno são responsáveis pela patologia. Os
microrganismos aderem às células das mucosas epiteliais e em seguida
atravessam esta barreira, posteriormente à multiplicação em tecidos
subepiteliais, causando a destruição dos tecidos. Há organismos altamente
invasivos que podem aderir e atravessar a superfície epitelial, multiplicando
se e invadindo tecidos mais profundos, podendo eventualmente chegar à
corrente sanguínea e causar infecção generalizada. Existem bactérias que se
aderem, invadem, multiplicam-se, e se adaptam para continuarem no
hospedeiro, mas normalmente dentro das células do sistema
reticuloendotelial.
Ex.: Micobactérias.
Há algumas bactérias que
são específicas, pois
infectam um determinado
tipo
de tecido. O Streptococcus
pneumoniae, por exemplo,
pode habitar a
garganta e a nasofaringe,
mas quando causa doença,
infecta
preferencialmente o trato
respiratório inferior.
Principais doenças bacterianas
Infecções Urinárias
A infecção do trato urinário (ITU) é uma patologia extremamente frequente
que pode ocorrer em todas as idades, em ambos os sexos, e que pode ser
definida como infecção que acomete qualquer parte do sistema urinário,
desde os rins até a bexiga e a uretra sendo causada por microrganismos em
alguma parte desse sistema.
Podemos assim constatar como são importantes os hábitos de higiene
adequados para a prevenção das infecções urinárias. A infecção urinária
pode ser sintomática ou assintomática, sendo chamada neste último caso, de
“bacteriúria assintomática”. A ITU pode acometer somente o trato urinário
baixo, sendo chamada de “cistite”, ou afetar também o trato urinário superior
(infecção urinária alta), sendo chamada de “pielonefrite”.
Bactérias causadoras das infecções urinárias
Os agentes etiológicos dominantes, responsáveis pelos casos de infecção das
vias urinárias, são os bacilos Gram-negativos, que são habitantes normais do
trato intestinal. O mais comum é a Escherichia coli, seguida dos gêneros
Proteus, Klebsiella e Enterobacter. Entre as bactérias Gram positivas
encontram-se o Enterococcus faecalis, e espécies do gênero Staphylococcus.
Mas praticamente todos os outros agentes bacterianos e fúngicos também
podem ser causadores de ITU.
Pielonefrite
Se inicia após um quadro de cistite. Ocorre frequentemente febre alta
(geralmente superior a 38°C), associada a calafrios e dor lombar de um ou
de ambos os lados. Febre, calafrios e dor lombar são os sintomas
característicos na pielonefrite.
Para o diagnóstico são necessários exame de urina rotina, urocultura (Exame
definidor do diagnóstico), e antibiograma. Estes dois últimos exames
permitem saber qual a bactéria específica está acometendo o paciente, e a
qual antibiótico ela é sensível. Mesmo que o tratamento seja iniciado antes
dos seus resultados, o médico poderá confirmar ou modificar sua decisão
inicial, com respaldo adequado.
Infecções bacterianas da pele
As infecções bacterianas da pele caracterizam-se pela presença de sinais de
inflamação como eritema, edema, calor, dor ou hipersensibilidade local
associados ou não a outras manifestações, como febre, ulceração,
exulceração ou bolhas.
A maioria dos casos de infecção cutânea bacteriana é causada por bactérias
dos gêneros Staphylococcus e Streptococcus. Outras espécies de Gram
positivos que também colonizam a pele, como Corynebacterium spp e
Staphylococcus epidermidis, podem ser causadoras de infecções cutâneas,
em menor proporção.
Foliculite
Foliculite refere-se à inflamação da porção superficial ou profunda
do
folículo piloso. Os achados clínicos clássicos de foliculite superficial
são
pústulas foliculares e pápulas eritematosas foliculares na pele
rolamento
cabelo. Nódulos são uma característica de profunda inflamação
folicular. As
bactérias mais comuns são Staphylococcus aureus e
gram negativas(Pseudominas, Klebsiella, Enterobacter e Proteus
Aeromonas
hydrophila.
As lesões normalmente são pruriginosas e dolorosas.
O diagnóstico é
baseado na história clínica e no exame físico.
Em caso de dúvida quanto ao agente bacteriano causador, pode-se
solicitar pesquisa com coloração pelo Gram e cultura da secreção. Se
houver necessidade de esclarecimento de outro diagnóstico, a biópsia da
lesão fornece informações importantes tendo na histologia um infiltrado
neutrofílico no folículo piloso.
O tratamento de primeira escolha cobre o germe S. Aureus, pois o é o
agente etiológico mais comum. O tratamento com antibióticos tópicos
geralmente é suficiente para combater a infecção.
Os medicamentos de primeira linha são mupirocina e clindamicina
seguidos de ácido fusídico e eritromicina.
Abscesso e furunculose
Abscessos na pele são coleções de pus na derme e tecidos mais profundas da
pele. Um furúnculo é uma infecção do folículo capilar na qual o material
purulento estende-se através da derme para dentro do tecido subcutâneo,
onde é formado um pequeno abcesso.
ABSCESOS FURUNCULOSOS
Os abcessos e furúnculos podem acometer paciente saudáveis e normalmente
são causados por S. aureus.
Fatores de risco são: ser portador na pele ou nariz de S. aureus; contato com
pacientes com abscessos de pele ou furúnculos, distúrbios imunológicos,
diabetes melitus, mecanismo que quebre a barreira cutânea (dermatite,
barbear, injeções, traumas e picadas de inseto).
Para o tratamento, o antibiótico deve ser dado por cerca de 5-7 dias. O tipo
de antibiótico e a forma de administração(oral ou venosa) vai depender da
gravidade do quadro e da resistência da cepa de S. aureus. O tratamento
empírico oral pode ser com: Cefalexina, clindamicina,
sulfametoxazol/trimetroprima, doxycyclina, minoxiclina e linezolida para
adultos e crianças.
Observação: Em relação ao microrganismo o potencial infeccioso está
também relacionado com a patogenicidade e o grau de virulência que
decorrem, fundamentalmente, do potencial invasivo determinado pela
presença de elementos antifagocitários na superfície da bactéria e da sua
capacidade de produção de toxinas.
Antibiograma função e importância
O antibiograma é um teste laboratorial realizado para detectar com mais
precisão a bactéria a ser eliminada, é um exame que irá verificar por meios
de técnicas especificas a bactéria que está hospedada no paciente e causando
sintomas específicos. Antibiograma é um teste laboratorial de suma
importância para auxiliar o médico a ter uma melhor direção para saber qual
o medicamento correto a prescrever para o paciente, pois, com este exame
ele saberá se a bactéria pesquisada está sensível ou resistente aos
antimicrobianos testados no antibiograma. Com este teste, o médico tem
menos chances a erros de prescrição, de não prescrever um medicamento em
que a bactéria já seja resistente a este, e obtendo assim um tratamento
eficiente e rápido.
As amostras que podem ser utilizadas para realização do teste são: saliva,
sangue, urina, fezes, tecidos ou expectoração.
Uma bactéria pode se tornar resistente a um determinado antimicrobiano,
isso ocorre porque os pacientes fazem o ato da automedicação, o médico às
vezes não pede o antibiograma para verificar qual o antimicrobiano está
sensível e resistente. Por isso a resistência bacteriana tem relação com o teste
de antibiograma. Com este teste o médico tem base para evitar que passe o
medicamento que a bactéria já esteja resistente e aumentando assim mais
ainda a resistência desta.
REFERÊNCIA
https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/biomonera3.php
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/Biograf/ilustres/alexander.htm
https://www.planetabiologico.com.br /microbiologia/a-célula-bacteriana/
https://www.todamateria.com.br/celula/
http://www.biomedicinaemacao.com.br/2015/08/coloracao-de-gram microbiologia-dia1.html
https://www.sanarsaude.com/blog/penicilinas-artigo-farmacia-tudo-que voce-precisa-saber
https://brainly.com.br/tarefa/13870127
http://www.rets.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/arquivos/biblioteca/volu
me_4_c.pf
http://www.hospvirt.org.br/enfermagem/port/esporo.htm

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AULA 3 MICROBIOLOGIA DA AREA DA ENFERMAGEM

  • 2. AULA 03 AVISO AOS ALUNOS: A MAIOR PARTE DO CONTEÚDO DESSA AULA PODERÁ SER ENCONTRADO NAS (PÁGINAS 75 A 105) DO MATERIAL DIDÁTICO. QUAISQUER MATERIAIS SUPLEMENTARES ADICIONADOS A ESTA AULA SERÃO DISPONIBILIZADOS PELO PROFESSOR DA DISCIPLINA. UTILIZE O SEU LIVRO PARA ACOMPANHAMENTO DO CONTEÚDO, BEM COMO PARA REVISÃO E ESTUDO PARA AS AVALIAÇÕES. BOA AULA!
  • 3. Primeiros Experimentos em Microbiologia Os grandes primeiros experimentos feitos em microbiologia ocorreram nos séculos XIX e XX. Entre as várias descobertas que abriram um horizonte mais promissor no campo da microbiologia encontram-se: - Descoberta da penicilina, em 1928, por Alexander Fleming (Escócia), a partir do fungo Penicillium notatum; - Descoberta, por volta de 1870, do bacilo (bactéria) causador da tuberculose, o Mycobacterium tuberculosis (conhecido popularmente por Bacilo de Koch), por Robert Koch; - Descoberta dos microrganismos causadores do azedamento do vinho, em 1864, por Louis Pasteur (França); - No final do Século XIX Robert Koch conseguiu provar que as doenças infecciosas eram causadas por microrganismos patogênicos, cada um responsável por uma determinada enfermidade ou patologia.
  • 4. Bactérias Características - Pertencem ao Reino Monera e são seres unicelulares. - São procariontes (células desprovidas de mitocôndrias, complexo de Golgi, retículo endoplasmático e sobretudo cariomembrana o que faz com que o DNA fique disperso no citoplasma. A este grupo pertencem seres unicelulares ou coloniais: Bactérias). • Núcleo – disperso no citoplasma (ausência carioteca). • Ribossomos – responsável pela síntese de proteínas. • Parede celular – recobre a membrana plasmática, composta por peptidoglicanos e carboidratos com função protetora. • Membrana celular – camada envoltória da célula rica em proteínas com a função de permeabilidade seletiva. • Cápsula – envoltório viscoso, encontrada em bactérias gram negativas com a função de proteger a bactéria contra células fagocíticas. • Pili – são microfibrilas que se estendem com a função de ancoramento e troca de material genético. • Flagelo – estrutura proteica com função de locomoção. • Vacúolos – são grânulos de reservatório de açúcar. • Plasmídeos – são pequenas moléculas de DNA, serão trocadas na reprodução sexual. • Esporos – são processos físicos e químicos ligados a sobrevivência em condições adversas.
  • 5. Quanto a reprodução: • Cissiparidade - Geralmente, os organismos bacterianos reproduzem se assexuadamente por cissiparidade. É a duplicação do DNA bacteriano e uma posterior divisão em duas células. • Transformação - A bactéria absorve moléculas de DNA dispersas na natureza. Esse DNA pode ser proveniente, por exemplo, de bactérias mortas. Este processo ocorre naturalmente na natureza. Exemplo: Streptococcus pneumoniae. • Conjugação - pedaços de DNA passam diretamente de uma bactéria doadora para uma receptora. Isso ocorre através do pili (tubo proteico). Exemplo: A bactéria Escherichia coli tem servido de modelo para estudar esse fenômeno. • Transdução - Na transdução, moléculas de DNA são transferidas de uma bactéria a outra usando vírus como vetores (bactériófagos).
  • 6. Quanto a locomoção: • Cílios e flagelos possuem função de locomoção. • Pili tem função de ancoramento ao meio e ligar uma bactéria a outra no ato da reprodução. - Nutrição: Para crescerem e se multiplicarem, as bactérias necessitam de carbono, nitrogênio, glicose, aminoácidos, ferro e uma temperatura ideal. Existem bactérias que sintetizam suas próprias substâncias chamadas de autotróficas. Outras necessitam de substâncias para nutrir – se, estas são chamadas de heterotróficas. As bactérias heterotróficas podem ser: • Saprófitas – alimentam – se de matéria orgânica em decomposição. • Parasitas – alimentam – se de animais ou vegetais vivos que causam doenças. • Simbióticas – associam – se a outros organismos onde encontram alimento.
  • 7. Bactérias Gram Positivas e Bactérias Gram Negativas Christian Gram foi um grande pesquisador de bactérias, ele desenvolveu esta técnica de identificação em 1884. A coloração de Gram classifica as bactérias em Gram positivas ou Gram negativas e continua a ser um dos métodos mais úteis para classificar as bactérias. Neste processo de coloração, as bactérias são submetidas primeiro à ação de um corante violeta, seguido de fixação com iodo e depois um agente de descoloração, como o metanol. Seguidamente, são novamente coradas com safranina. As bactérias Gram positivas fixam o primeiro corante, devido à maior espessura da parede celular, e ficam coradas de azul ou violeta, enquanto as bactérias Gram negativas, após a descoloração pelo metanol, são coradas pela safranina e ficam vermelhas. As bactérias que retêm a coloração violeta são designadas por Gram positivo.
  • 8. Mecanismos de patogenicidade e defesa bacteriana A capacidade que tem um agente infeccioso de uma vez instalado no organismo do homem e de outros animais, produzir sintomas em maior ou menor proporção, chama-se patogenicidade. Portanto, microrganismos patogênicos são aqueles capazes de causar enfermidades em condições apropriadas. O grau de patogenicidade dentro de um determinado gênero ou espécie é chamado de virulência. A virulência não está atribuída a um único fator, e sim, dependerá de vários fatores relacionados com o microrganismo, ao hospedeiro e à interação entre os dois. A virulência envolve duas características de um microrganismo patogênico: infecciosidade (capacidade de poder iniciar uma infecção) e a gravidade de condição da infecção. Podemos caracterizar as cepas em: com alto grau de virulência, com médio grau de virulência ou sem virulência (avirulentas), dentro de um gênero ou espécies de microrganismos que na maioria das vezes são considerados patogênicos.
  • 9. Como se inicia a patogenicidade? Para se estabelecer um processo infeccioso, o microrganismo deverá penetrar no hospedeiro e iniciar uma infecção. A capacidade do microrganismo de se aderir e sobreviver nas superfícies das mucosas do hospedeiro leva ao primeiro contato. A união dos microrganismos em superfícies epiteliais, muita das vezes não invade os tecidos mais profundos. Nesses casos, uma ou mais toxinas produzidas pelo patógeno são responsáveis pela patologia. Os microrganismos aderem às células das mucosas epiteliais e em seguida atravessam esta barreira, posteriormente à multiplicação em tecidos subepiteliais, causando a destruição dos tecidos. Há organismos altamente invasivos que podem aderir e atravessar a superfície epitelial, multiplicando se e invadindo tecidos mais profundos, podendo eventualmente chegar à corrente sanguínea e causar infecção generalizada. Existem bactérias que se aderem, invadem, multiplicam-se, e se adaptam para continuarem no hospedeiro, mas normalmente dentro das células do sistema reticuloendotelial. Ex.: Micobactérias.
  • 10. Há algumas bactérias que são específicas, pois infectam um determinado tipo de tecido. O Streptococcus pneumoniae, por exemplo, pode habitar a garganta e a nasofaringe, mas quando causa doença, infecta preferencialmente o trato respiratório inferior. Principais doenças bacterianas Infecções Urinárias A infecção do trato urinário (ITU) é uma patologia extremamente frequente que pode ocorrer em todas as idades, em ambos os sexos, e que pode ser definida como infecção que acomete qualquer parte do sistema urinário, desde os rins até a bexiga e a uretra sendo causada por microrganismos em alguma parte desse sistema. Podemos assim constatar como são importantes os hábitos de higiene adequados para a prevenção das infecções urinárias. A infecção urinária pode ser sintomática ou assintomática, sendo chamada neste último caso, de “bacteriúria assintomática”. A ITU pode acometer somente o trato urinário baixo, sendo chamada de “cistite”, ou afetar também o trato urinário superior (infecção urinária alta), sendo chamada de “pielonefrite”. Bactérias causadoras das infecções urinárias Os agentes etiológicos dominantes, responsáveis pelos casos de infecção das vias urinárias, são os bacilos Gram-negativos, que são habitantes normais do trato intestinal. O mais comum é a Escherichia coli, seguida dos gêneros Proteus, Klebsiella e Enterobacter. Entre as bactérias Gram positivas encontram-se o Enterococcus faecalis, e espécies do gênero Staphylococcus. Mas praticamente todos os outros agentes bacterianos e fúngicos também podem ser causadores de ITU.
  • 11.
  • 12. Pielonefrite Se inicia após um quadro de cistite. Ocorre frequentemente febre alta (geralmente superior a 38°C), associada a calafrios e dor lombar de um ou de ambos os lados. Febre, calafrios e dor lombar são os sintomas característicos na pielonefrite. Para o diagnóstico são necessários exame de urina rotina, urocultura (Exame definidor do diagnóstico), e antibiograma. Estes dois últimos exames permitem saber qual a bactéria específica está acometendo o paciente, e a qual antibiótico ela é sensível. Mesmo que o tratamento seja iniciado antes dos seus resultados, o médico poderá confirmar ou modificar sua decisão inicial, com respaldo adequado. Infecções bacterianas da pele As infecções bacterianas da pele caracterizam-se pela presença de sinais de inflamação como eritema, edema, calor, dor ou hipersensibilidade local associados ou não a outras manifestações, como febre, ulceração, exulceração ou bolhas. A maioria dos casos de infecção cutânea bacteriana é causada por bactérias dos gêneros Staphylococcus e Streptococcus. Outras espécies de Gram positivos que também colonizam a pele, como Corynebacterium spp e Staphylococcus epidermidis, podem ser causadoras de infecções cutâneas, em menor proporção.
  • 13. Foliculite Foliculite refere-se à inflamação da porção superficial ou profunda do folículo piloso. Os achados clínicos clássicos de foliculite superficial são pústulas foliculares e pápulas eritematosas foliculares na pele rolamento cabelo. Nódulos são uma característica de profunda inflamação folicular. As bactérias mais comuns são Staphylococcus aureus e gram negativas(Pseudominas, Klebsiella, Enterobacter e Proteus Aeromonas hydrophila. As lesões normalmente são pruriginosas e dolorosas. O diagnóstico é baseado na história clínica e no exame físico.
  • 14. Em caso de dúvida quanto ao agente bacteriano causador, pode-se solicitar pesquisa com coloração pelo Gram e cultura da secreção. Se houver necessidade de esclarecimento de outro diagnóstico, a biópsia da lesão fornece informações importantes tendo na histologia um infiltrado neutrofílico no folículo piloso. O tratamento de primeira escolha cobre o germe S. Aureus, pois o é o agente etiológico mais comum. O tratamento com antibióticos tópicos geralmente é suficiente para combater a infecção. Os medicamentos de primeira linha são mupirocina e clindamicina seguidos de ácido fusídico e eritromicina. Abscesso e furunculose Abscessos na pele são coleções de pus na derme e tecidos mais profundas da pele. Um furúnculo é uma infecção do folículo capilar na qual o material purulento estende-se através da derme para dentro do tecido subcutâneo, onde é formado um pequeno abcesso.
  • 16. Os abcessos e furúnculos podem acometer paciente saudáveis e normalmente são causados por S. aureus. Fatores de risco são: ser portador na pele ou nariz de S. aureus; contato com pacientes com abscessos de pele ou furúnculos, distúrbios imunológicos, diabetes melitus, mecanismo que quebre a barreira cutânea (dermatite, barbear, injeções, traumas e picadas de inseto). Para o tratamento, o antibiótico deve ser dado por cerca de 5-7 dias. O tipo de antibiótico e a forma de administração(oral ou venosa) vai depender da gravidade do quadro e da resistência da cepa de S. aureus. O tratamento empírico oral pode ser com: Cefalexina, clindamicina, sulfametoxazol/trimetroprima, doxycyclina, minoxiclina e linezolida para adultos e crianças. Observação: Em relação ao microrganismo o potencial infeccioso está também relacionado com a patogenicidade e o grau de virulência que decorrem, fundamentalmente, do potencial invasivo determinado pela presença de elementos antifagocitários na superfície da bactéria e da sua capacidade de produção de toxinas.
  • 17. Antibiograma função e importância O antibiograma é um teste laboratorial realizado para detectar com mais precisão a bactéria a ser eliminada, é um exame que irá verificar por meios de técnicas especificas a bactéria que está hospedada no paciente e causando sintomas específicos. Antibiograma é um teste laboratorial de suma importância para auxiliar o médico a ter uma melhor direção para saber qual o medicamento correto a prescrever para o paciente, pois, com este exame ele saberá se a bactéria pesquisada está sensível ou resistente aos antimicrobianos testados no antibiograma. Com este teste, o médico tem menos chances a erros de prescrição, de não prescrever um medicamento em que a bactéria já seja resistente a este, e obtendo assim um tratamento eficiente e rápido. As amostras que podem ser utilizadas para realização do teste são: saliva, sangue, urina, fezes, tecidos ou expectoração.
  • 18. Uma bactéria pode se tornar resistente a um determinado antimicrobiano, isso ocorre porque os pacientes fazem o ato da automedicação, o médico às vezes não pede o antibiograma para verificar qual o antimicrobiano está sensível e resistente. Por isso a resistência bacteriana tem relação com o teste de antibiograma. Com este teste o médico tem base para evitar que passe o medicamento que a bactéria já esteja resistente e aumentando assim mais ainda a resistência desta.