O documento discute os mecanismos da patogenicidade bacteriana, incluindo como bactérias invadem o corpo humano, colonizam tecidos e causam doenças. Detalha fatores como adesão, toxinas, biofilmes e resistência aos antibióticos que permitem a sobrevivência e disseminação de bactérias patogênicas.
4. DOENÇA E INFECÇÃO Fatores: Tamanho do inóculo e patogenicidade da cepa Da resposta imunológica do paciente Sinais e sintomas determinados pela agressão ao tecido afetado (produção de citocinas, toxinas)
5. ENTRADA DE MICRORGANISMOS INGESTÃO INALAÇÃO TRAUMATISMO PUNÇÃO SANGUÍNEA TRANSMISSÃO SEXUAL PICADA DE INSETOS
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7. PATOGENIA X DOENÇA Patogenia s.f. Exame e pesquisa do mecanismo pelo qual os agentes mórbidos provocam as doenças. O mesmo que patogênese, patogenesia. modo como os agentes etiopatogénicos agridem o nosso organismo e os sistemas naturais de defesa reagem, surgindo mesmo assim, lesões e disfunções das células e tecidos agredidos, produzindo-se a doença. A patogênese também relaciona-se com as defesas do nosso organismo.
8. PATOGENIA X DOENÇA Doença Distúrbios de funções de um órgão. Ausência de bem estar. Virulência Capacidade, poder de invasãode um microorganismo causador de doenças. Capacidadede infectar um organismo e provocar a doença.
9. INVADIR ADERIR COLONIZAR OBTER NUTRIENTES EVADIR DA RESPOSTA IMUNE (produção de citocinas, toxinas e enzimas) BACTÉRIAS EM AMBIENTE FAVORÁVEL
11. Barreiras físicas PELE – Bactérias, pH5,5, presença de ác. Graxos. Quebra de barreiras – mudança de pH, cortes. MUCOSAS – Película protetora de mucina, células ciliadas - barreira menos potente
12. SISTEMA RESPIRATÓRIO Função - facultar ao organismo uma troca de gases com o ar atmosférico, assegurando permanente concentração de oxigênio no sangue e em contrapartida servindo como via de eliminação de gases residuais, que resultam dessas reações e que são representadas pelo gás carbônico. O trato respiratório superior é formado por órgãos localizados fora da caixa torácica: nariz externo, cavidade nasal, faringe, laringe e parte superior da traquéia.
13. SISTEMA RESPIRATÓRIO O trato respiratório inferior consiste em órgãos localizados na cavidade torácica: parte inferior da traquéia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmões. As camadas das pleura e os músculos que formam a cavidade torácica também fazem parte do trato respiratório inferior. As vias aéreas são revestidas por muco, uma substância lisa, aderente e gelatinosa que atua como barreira protetora e pode capturar corpos estranhos inalados. Os movimentos dos cílios (finos filamentos das células que revestem as vias aéreas) transportam então o muco com os corpos estranhos em direção à faringe (garganta), onde normalmente é deglutido. Obstruções maiores das vias aéreas causam uma irritação que desencadeia tosse com o fim de expelir a matéria obstrutiva.
17. RESPOSTA INATA E ADAPTATIVA Sistemas imunes inato e adaptativo funcionam na proteção de organismos invasores. O sistema imune adaptativo requer algum tempo para reagir contra um organismo invasor, enquanto que o sistema imune inato inclui sistemas de defesa que, em sua maior parte, estão constitutivamente presentes e prontos para serem mobilizados em uma infecção. O sistema imune adaptativo é específico para um antígeno e reage somente contra o organismo que induz a resposta. Em contraposição, o sistema imune inato não é específico para um antígeno e reage da mesma maneira para uma variedade de organismos. O sistema adaptativo possui memória imunológica. Ele “lembra” que já encontrou um organismo invasor e reage mais rapidamente à exposição subseqüente do mesmo organismo. Ao contrário, o sistema imune inato não possui memória imunológica.
18. INVASÃO Substâncias da superfície da bactéria estimulam o sistema imune (IL-1, IL-6 e TNF). Estes podem proteger o indivíduo ou causar sintomas e a sepse. Bactérias oportunistas – aproveitam vulnerabilidade do paciente Quando a microbiota pode causar infecção?
19. DESTRUIÇÃO TISSULAR Entrada do microrganismo – barreiras fisiológicas (pele, mucosas, epitélio ciliado, lisozima). BGN – resistentes a lisozima – por isso conseguem atuar no intestino Crescimento bacteriano produção de gases, toxinas e ácidos. Produção de enzimas degradativas.
20. DESTRUIÇÃO TISSULAR C. perfringes – microbiota digestiva – causador de gangrena em tensão de O2. Estafilococos – hialuronidase, fibrinolisinae lipases. Estreptococos – estreptolisinasS e O, hialuronidases, DNAses e estreptocinases.
21. INFECÇÃO SINAIS E SINTOMAS – Determinado pela função do tecido afetado. RESPOSTAS SISTÊMICAS – Ação de citocinas e toxinas produzidas pela resposta a infecção. INFECÇÕES DO SNC SÃO SEMPRE GRAVES?
22. PATOGENICIDADE FATORES DE COLONIZAÇÃO: Adesinas, invasinas, evasinas e fatores nutricionais. FATORES DE LESÃO: Exotoxinas e endotoxinas. Atuam na membrana ou dentro da célula – enzimas q se ligam a receptores Parte integrande da parede bacteriana (Ex: LPS)
23. TOXINAS - Componentes bacterianos S. aureus (toxinas entéricas – A a G)– 2 horas ENDOTOXINAS – Só são liberados quando há lise do antígeno, são formados por componentes integrantes das bactérias. Só produzido por Gram negativas, podem levar a CIDV, sepse e choque. LPS (porção lip. A) – poderoso ativador de fase aguda (liberam IL-1, IL-6 e TNF e ativam Linfócitos B) - PAMP (Padrões moleculares associados a patógeno) se unem a toll (TLRec) das células mielóides. ANTÍGENO (PAMP) CÉLULAS MIELÓIDES Rec. Cél T - toll Peptideoglucano, ác. Teicóico e lipoteicóico resposta pirógena de fase aguda.
24. EXOTOXINAS – Substância química solúvel liberada para a corrente sanguínea pela bactéria – Dímeros. Ex: Toxinas liberadas pelo C. tetanii SUPERANTÍGENOS – ativam linfócitos T se unindo ao receptor e ao complexo de histocompatibilidade principal. IL-1 e IL-2 destruição de LT. Ex: toxina del síndrome del shock tóxico por S. aureus, enterotoxinas estafilocócicas e toxina A e C de S. pyogenes.
25. FATORES DE VIRULÊNCIA CÁPSULA – Inibe a fagocitose, protege ao ressecamento (água e fonte de nutrientes) S. pyogenes, se compõe de ácido hialurónico, imita tecidoconectivo humano. S. pneumoniae, N. meningitidis
26. FLAGELOS, FIMBRIAS E PILI Flagelos – estruturas longas, delgadas e rígidas (mobilidade). Pili– fímbria sexual, menos rígida (transferência genética). Fímbrias – apêndices proteicos (adesão).
27. Outros exemplos de fatores de virulência E. coli(pielonefritis) - fimbria P. Streptococcuspyogenes– ácido lipoteicoico e proteína F + fibronectina. Shigella, Salmonellae Yersinia- fimbrias que se unem a células M do cólon. Podem atravessar a mucosa e causar infecção sistêmica
28. SISTEMA DE SECREÇÃO TIPO III 20 proteínas formam uma seringa que auxilia a secreção dos fatores de virulência. Yersinia, Salmonella, Shigella, Escherichiaenteropatogênica, Pseudomonas, Chlamydia
29. EXEMPLOS DE FUGA DO SISTEMA IMUNE N. gonorrhoeae– modifica a estructura de antígenos de superficie para iludir os Acs e produzprotease que degrada a IgA. Streptococcuspyogenes – destróiC5a do complemento. Estafilococos produzem catalase – reduz sistema mieloperoxidase. Apósfagocitose a bactéria utiliza a célula para se proliferar.
30. EXEMPLOS DE FUGA DO SISTEMA IMUNE S. aureus- produz coagulase - convertefibrina en fibrinogenio - barrera tipo coágulo; M. tuberculosis- capaz de sobreviver criando umgranuloma – bactéria pode subsistir durante toda a vida do individuo infectado.
31. BIOFILMES BIOFILMES – Associação de microrganismos aderidos à superfícies. Ecossistema estruturado, dinâmico e coordenado através de matriz exopolissacarídica. BIOFILMES – Infecções recorrentes. Podem ser 1000X MAIS RESISTENTES que formas solitárias.
32. QUORUM-SENSIG Processo de comunicação intra e inter espécies microbianas, que permite aos microrganismos apresentarem alterações fenotípicas marcantes quando estes se encontram em altas densidades populacionais. “A bactéria percebe quando outra está nas redondezas.”
46. Método de crescimento0,5 McFarland 1a 2x108 UFC/mL
47. TSA - ANTIBIOGRAMA PEGAR AS COLÔNIAS AJUSTAR NA SALINA A 0,5 MCFARLAND (15 MIN PARA ESTABILIZAR) COLOCAR O SWAB E TIRAR O EXCESSO NA PAREDE DO TUBO ABRIR A PLACA DE MH PASSAR O SWAB DE FORMA DELICADA COM ESTRIAS BEM PRÓXIMAS EM 3 DIREÇÕES DIFERENTES (NÃO ULTRAPASSAR 15 MINUTOS PARA INCUBAR) ANOTAR O HORÁRIO E INCUBAR.
68. Interpretação do Resultado Intermediária (I) A categoria intermediária inclui isolados cujos MICs são próximos aos do sangue e tecidos. Ela permite a aplicabilidade do antimicrobiano em infecções em sítios onde as drogas são fisiologicamente concentradas ou quando doses maiores podem ser utilizadas.
69. Interpretação do Resultado Resistente (R) A categoria resistente inclui isolados que não são inibidos pelas concentrações usuais do antimicrobiano na dosagem padrão e/ou falha quando um específico mecanismo de resistência é expressado.
70. ANTIBIÓTICOS BETA-LACTÂMICOS – PENICILINAS (AMP, PEN, AMO), CEFALOSPORINAS (CFL, CFZ, Cefuroxima, Cefaclor,CAZ, CRO, CTX, CPm,Ceftobiprole) MONOBACTANS (ATM) E CARBAPENENS (IPM, MER e ERT) FLUORQUINOLONAS (CIP, LEV, NOR, OFL) AMINOGLICOSÍDEOS (AMI, GEN) MACROLÍDEOS (ERI, AZI, CLAR) GLICOPEPTÍDEOS (VAN, TEC) OUTROS (POL, LZD, CLO, TET)
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72. Responda Explique a diferença de patogenia, doença e virulência. Como o sistema respiratório pode representar uma barreira para os patógenos? Qual a diferença de endotoxinas e exotoxinas e superantígenos? Como a cápsula protege o microrganismo? O que são Biofilmes? O que é o MIC? Como é feito? Cite 2 classes de antibióticos e onde agem?