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6º Simpósio Regional de Biomedicina
COMO ESCOLHER
COMO ESCOLHER
ANTIBI
ANTIBIÓ
ÓTICOS?
TICOS?
Dra Juliana Lamaro Cardoso
Laboratório de Microbiologia
Clínica
IPTSP-UFG/GO
julamaro@hotmail.com
Goiânia 2008
INTRODUÇÃO
 Os antibióticos são um grupo heterogêneo
de substâncias produzidas por fungos e
bactérias ou são total ou parcialmente sintetizados
que provocam morte ou inibição do crescimento
de microrganismos.
Quimioterapia Moderna
- Paul Ehrlich
- Alexander Fleming: antibiose antibiótico
INTRODUÇÃO
 Sua descoberta foi acompanhada de muitos progressos ao
longo da história
 1936 


 introdução das sulfonamidas (quimioterápicos)
 1941 


 penicilina (antibiótico)
Declínio da incidência e das consequência
de numerosas infecções bacterianas
(gonorréia, meningites, endocartites,
sepse...)
Microrganismo
Microrganismo Antibi
Antibió
ótico
tico
Bacillus Gram-Positivos
Bacillus subtilis Bacitracina
Bacillus polymyxa Polimixina
Actinomicetos
Streptomices nodosus Anfotecinia B
Streptomices venezuelae Cloranfenicol
Streptomices aureofaciens Clortetraciclina e tetracic.
Streptomices erythraues Eritromicina
Streptomices fradie Neomicina
Streptomices griseus Estreptomicina
Micromonospora purpurea Gentamicina
Fungos
Cephalosporium spp. Cefalotina
Penicillium griseofulvum Griseofulvina
Penicillium notatum Penicilina
CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS
 Diferem entre si quanto:
 propriedades físicas e químicas
 mecanismo de ação
 espectro de atividade microbiana
(antibióticos de largo espectro)
CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS
 Por microrganismos suscetíveis:
 Antibacterianos;
 Antifúngicos;
 Antivirais;
 Antiparasitários;
 Por origem do Antimicrobiano, antibacteriano:
 Antibióticos;
 Quimioterápicos Anti- infecciosos;
Por efeito nos microrganismos, os antibacterianos
podem ser:
 Bactericidas;
 Bacteriostáticos;
 Esses efeitos podem não ser absolutos:
 Cloranfenicol (bacteriostático→bactericida):
Haemophilus e Neisseria meningitides.
 Cefaclor (bactericida→bacteriostático): alguns
Haemophilus.

 A obten
A obtenç
ção do efeito bactericida m
ão do efeito bactericida má
áximo geralmente
ximo geralmente
ocorre quando as bact
ocorre quando as bacté
érias estão em fase exponencial de
rias estão em fase exponencial de
crescimento e os antibi
crescimento e os antibió
óticos atuam na parede celular como
ticos atuam na parede celular como
em especial, os beta
em especial, os beta-
-lactâmicos.
lactâmicos.
CARACTERÍSTICAS DO
ANTIMICROBIANO
 Espectro de ação;
 Vias de administração;
 Vias de eliminação;
 Mecanismos de ação;
 Toxicidade;
 Eficiência;
 Custo x Benefício
TOXICIDADE SELETIVA
 Esse termo significa que o fármaco é
prejudicial para o parasita, mas não para o
hospedeiro.
 A toxicidade seletiva é mais relativa que
absoluta, isso significa que a droga, numa
concentração tolerada pelo hospedeiro, tem a
capacidade de lesar um microrganismo
infectante.
MECANISMOS DE AÇÃO DOS
ANTIMICROBIANOS
 Os antimicrobianos podem atuar de
diversas maneiras:
 processos metabólicos
 estruturas dos microrganismos.
MECANISMOS DE AÇÃO DOS
ANTIBIÓTICOS
1. Inibição da síntese da Parede celular
 Bactericidas - bloqueiam a síntese do peptídeoglicano
 Beta-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos e
monobactâmicos), Glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina)
Gram-positivas Gram-negativas
ANTIBIÓTICOS β-LACTÂMICOS
Monobactâmicos
 Se liga covalentemente às PBPs, inibem a etapa final da
síntese de peptideoglicano
Penicilinas
N
O
S
Carbapenemos
N
O
N
O
N
O
S Cefalosporinas
 1a ger: GP, algumas GN
 2a ger: alguns GN +
anaeróbios
 3a ger: muitas GN, GP
ESTRUTURA DO PEPTIDEOGLICANO
|
L-Ala
|
D-Glu
|
L-diA
|
D-Ala
|
D-Ala
NAG-NAM-NAG-NAM
-(AA)n-NH2
|
L-Ala
|
D-Glu
|
L-diA
|
D-Ala
|
D-Ala
NAG-NAM-NAG-NAM
-(AA)n-
NH2
citoplasma
Transpeptidação
M
G
M
G M
G M
G
Vancomicina
Vancomicina se liga
ao D-Ala-D-Ala;
impedindo a
transpeptidação
MECANISMO DE AÇÃO DA
VANCOMICINA
Resistência
Vancomicina
M
G
M
G
+
+
vanA
ddl
vanX
D-Ala
D-Lac
Vancomicina não se
liga ao peptideoglicano
modificado
piruvato
vanH
Mecanismo de ação dos β-lactâmicos e Glicopeptideos
2. Inibição da função da Membrana celular

 Destroem a permeabilidade seletiva, rompem o fosfolip
Destroem a permeabilidade seletiva, rompem o fosfolipí
ídio
dio

 Destroem tanto a c
Destroem tanto a cé
élula bacteriana quanto a humana
lula bacteriana quanto a humana
 Polimixina B, Colistina, Tirotricina, Nistatina, Anfotericina B,
Miconazol, Cetoconazol, Fluconazol, Itraconazol.
3. Inibição da síntese de proteínas
 Atuam seletivamente em vários estágios da síntese protéica
 Afetam o ribossomo 70S
 Apresentam toxicidade seletiva
30S: impede a ligação com 50S
30S: impede ligação RNAt
50S: elongação e translocação
3. Inibição da síntese de proteínas
 Aminoglicosídeos 


 formação de proteínas
defeituosas 


 bactericidas
 30S – mRNA
 Neomicina, canamicina, amicacina, gentamicina,
tobramicina, netilmicina, estreptomicina,
espectinomicina
 Tetraciclinas
 30S – tRNA
3. Inibição da síntese de proteínas
 Demais antimicrobianos 


 ação reversível 



nível de antibiótico ↓ 


 síntese protéica iniciada



 bacteriostático
 Cloranfenicol, tiafenicol
 50S – elongamento da proteína
 Macrolídeos, azalídeos (eritromicina, azitromicina,
claritromicina, diritromicina, miocamicina)
 50S – translocação
 Lincomicinas (clindamicina)
 Rifampicina
 Arbecacina
 Oxazolidinonas
Exemplos de drogas que interferem com a síntese protéica
4. Inibição da síntese de ácidos nucléicos
RNA polimerase
 Inibida pela Rifamicina
Estrutura do DNA
 Rompida pela ação de
nitroimidazóis
Topoisomerase
 Bloqueada por quinolonas
Quinolonas (ác. nalidíxico, norfloxacina, ciprofloxacina)
 Metronidazol;
 Novobiocina;
 Griseofulvinas;
 Flucitocina;
 Ribavirina;
 Vidarabina;
 Aciclovir;
4. Inibição da síntese de ácidos nucléicos
5. Inibição de vias metabólicas
 Sulfonamidas,
 sulfonas,
 trimetoprim,
 pirimetamina,
 primaquina,
Á
Ácido f
cido fó
ólico
lico
 Precursor das purinas e pirimidinas sintetizado
apenas por microrganismos
 Os seres humanos obtêm pela alimentação
PABA
Sulfametoxazol
Ác. Diidrofólico
Trimetoprim
Ác. Tetraidrofólico
Precurssores de
pnas, DNA, RNA
RNA
DNA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E
SAÚDE PÚBLICA
Ms Juliana Lamaro Cardoso
Goiânia 2008
ANTIMICROBIANOS:
ANTIMICROBIANOS:
ANTIMICROBIANOS:
ANTIMICROBIANOS:
ANTIMICROBIANOS:
ANTIMICROBIANOS:
ANTIMICROBIANOS:
ANTIMICROBIANOS:
BEN
BEN
BEN
BEN
BEN
BEN
BEN
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Ç
Ç
Ç
Ç
Ç
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ÃO
ÃO
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ÃO
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OU
OU
OU
OU
OU
OU
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MALDI
MALDI
MALDI
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MALDI
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Ç
Ç
Ç
Ç
Ç
ÇÃO?
ÃO?
ÃO?
ÃO?
ÃO?
ÃO?
ÃO?
ÃO?
Resistência microbiana:
um problema que excede...
 … 2 milhões de pacientes americanos adquirem
anualmente episódios de infecção hospitalar
 … 90.000 óbitos anuais são devidos a estes
episódios
 … 70% dos microrganismos que causam estas
infecções são resistentes aos antimicrobianos
habitualmente empregados
 … a duração da hospitalização, levando à
utilização de drogas mais tóxicas e mais
dispendiosas
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA
X
Efluxo
Inativação
Diminuição da
permeabilidade
Alteração
de alvo
 Os antibióticos aplicam uma pressão seletiva que
favorece a emergência de organismos resistentes.
 As bactérias desenvolvem diversas estratégias
bioquímicas para se tornarem resistentes.
BASES GENÉTICAS DA
RESISTÊNCIA
 Mutações espontâneas nos genes endógenos
 Genes estruturais: espectro expandido da atividade
enzimática, modificação do alvo, defeito no transporte
 Genes regulatórios: aumento da expressão
 Aquisição de sequências exógenas
 Geralmente genes que codificam enzimas
inativadoras ou alvos modificados, genes reguladores
 Mecanismos de transferência de DNA: conjugação;
transformação; transdução
 Expressão de genes de resistência
 Biofilmes
RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS
RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS
Natural ou intrínseca
ou Constitutiva
Aeróbios
Anaeróbios Aminoglicosídeos
Adquirida Cromossômica
Mutação de genes
Resistência única-
não é transmitida de
célula para célula a
menos que o gene
esteja em integron
Plasmidial
Transmissível Resistência múltipla
Produção: ß-
lactamases,
fosfotransferases,
hidrolases, redutases.
Metronidazol
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA
ANTIBACTERIANA (1)
 Sítio alvo do antibiótico é modificado
estruturalmente, resultando em:
 Ligação reduzida do antibiótico
 Formação de uma nova via metabólica
que impede o metabolismo do antibótico
Sítio alvo do antibiótico modificado
estruturalmente
citoplasma
Parede celular
Sítio alvo
Ligação
Antibiótico
Os antibióticos se ligam a proteínas específicas
na superfície celuar
Cell wall
Sítio alvo modificado
Antibiotic
Sítio modificado: ligação bloqueada
Os antibióticos não conseguem se ligar às proteínas
modificadas na superfície celuar
citoplasma
Sítio alvo do antibiótico modificado
estruturalmente
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA
ANTIBACTERIANA (2)
 Alteração da entrada dos
antibióticos resultante de:
 Diminuição da permeabilidade
 Efluxo aumentado
Alteração da entrada dos antibióticos:
diminuição da permeabilidade
Citoplasma
Parede celular
Canal de porina
Antibiótico
Os antibióticos normalmente entram nas células
bacterianas pelos canais de porinas na parede celular
Citoplasma
Novos canais de
porinas
Novos canais de porinas na parede celular não
permitem a entrada de antibióticos
Antibiótico
Parede celular
Alteração da entrada dos antibióticos:
diminuição da permeabilidade
Citoplasma
Parede celular
Canal de porina
Na parede
Antibiótico
Entrada Entrada
Os antibióticos entram na célula bacteriana
pelos canais de porina na parede celular
Alteração da entrada dos antibióticos:
aumento de efluxo
Citoplasma
Parede celular
Canal de porina na
parede celular
Antibiótico
Entrada Saída
Bomba ativa
Uma vez dentro da célula, os antibióticos são
mandados para fora imediatamente por bombas ativas
Alteração da entrada dos antibióticos:
aumento de efluxo
MECANISMOS DE RESISTÊNCIA
ANTIBACTERIANA (3)
 Inativação do antibiótico
 As bactérias adquirem genes que codificam
enzimas que inativam os antibióticos
 Exemplos:
 β
β
β
β-lactamases
 Enzimas modificadoras dos aminoglicosídeos
 Cloranfenicol acetil transferase
INATIVAÇÃO DO ANTIBIÓTICO
Citoplasma
Parede celular
Antibiótico
Sítio alvo
Ligação
Enzima
Enzimas inativadoras direcionadas aos antibióticos
INATIVAÇÃO DO ANTIBIÓTICO
Ligação da
enzima
Enzimas inativadoras direcionadas aos antibióticos
Antibiótico
Enzima
Parede celular
Ligação
Interior do organismo
INATIVAÇÃO DO ANTIBIÓTICO
Parede Celular
Sítio alvo
Enzima
Destruição do
antibiótico
Alteração do antibiótico,
ligação impedida
As enzimas destroem os antibióticos ou previnem que se liguem
aos sítios alvos
Antibiótico
Interior do organismo
Muitos patógenos possuem vários
mecanismos de resistência antibacteriana
+
–
Quinolonas
–
++
Trimetoprim
–
++
Sulfonamida
++
Macrolídeo
+
–
Cloranfenicol
+
–
Tetraciclina
++
+
–
Aminoglicosídeo
+
Glicopeptídeo
++
+
+
β
β
β
β-lactâmico
Alvo
modificado
Alteração de
entrada
Inativação da
droga
PRINCIPAIS CLASSES DE ANTIBIÓTICOS
Mecanismos de ação
Principais mecanismos de
resistência
Beta-lactâmicos
Inativa PBPs (síntese do
peptideoglicano)
• Beta-lactamases
• PBPs de baixa afinidade
• Diminução de transporte
• Bomba de Efluxo
Glicopeptídeos
Se liga a precursores do
peptideoglicano
• Modificação do precursor
• Diminução de transporte
• Bomba de Efluxo
Aminoglicosídeos
Inibe síntese protéica (se
liga à subunidade 30S)
• Enzimas modificadoras (adição
de adenil or PO4)
Macrolídeos
Inibe síntese protéica (se
liga à subunidade 50S)
• Metilação do rRNA
• Bombas de efluxo
Quinolonas
Inibe topoisomerases
(síntese de DNA)
• Alteração da enzima alvo
• Bombas de Efluxo
Evolu
Evoluç
ção Cl
ão Clí
ínica
nica
Microrganismo Antimicrobiano
Paciente
Teste de
sensibilidade
Imunidade Farmacologia
O que podemos obter com os dados
O que podemos obter com os dados
laboratoriais ?
laboratoriais ?
Para o paciente:
 Identificação do patógeno potencial, , antibiograma, sítio de infecção
para terapia definitiva;
 Parte da avaliação de risco para terapia empírica;
 Monitoramento da terapêutica, redução do risco e toxicidade,
otimização dos resultados microbiológicos.
Informaçãoes epidemiológicas:
 Fatores de risco para a resistência, evolução, extensão, geografia da
resistência
 Baseado nos dados gerados pelo lab, baseado nos isolados clínicos
derivados do lab.
Questões
Questões-
-chave para sele
chave para seleç
ção de
ão de
antimicrobianos
antimicrobianos
 Dados são epidemiologicamente relevantes
 Prediz resultados clínicos
 Eficácia microbiológica
 Eficácia farmacológico-clínica
Testes de suscetibilidade podem
Testes de suscetibilidade podem
predizer resultados?
predizer resultados?
 Terapia antimicrobiana:
 Adequada: terapia que é efetiva contra o
microrganismo causador da infecção
 Inadequada: infecção microbiologicamente
documentada que não está sendo tratada
adequadamente
Testes de suscetibilidade podem
Testes de suscetibilidade podem
predizer resultados?
predizer resultados?
SIM
 ITU
 Sepse intra-abdominal
 MRSA
 Produção de ESBL
NÃO

 S. pneumoniae
resistentes a penicilina
 P. aeruginosa
Perspectivas baseadas em Laborat
Perspectivas baseadas em Laborató
ório:
rio:
Sele
Seleç
ção antimicrobiana
ão antimicrobiana
 Fornecer dados epidemiológicos para terapia
empírica;
 Fornecer dados individuais para otimizar os
resultados;
 Fornecer isolados para estudos futuros.
Clinical and Laboratory Standards Institute
Clinical and Laboratory Standards Institute
CLSI
CLSI -
- antigo
antigo“
“NCCLS
NCCLS”
”
Organização internacional,
interdisciplinar e
educacional que promove o
desenvolvimento e a ampla
utilização de normas e
procedimentos laboratoriais
padronizados.
www.clsi.org
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade
 Organismo que cause um processo infeccioso que
requer terapia antimicrobiana
 Diversos métodos laboratoriais podem ser utilizados
para medir a sensibilidade in vitro das bactérias aos
agentes antimicrobianos
• Isolado requer terapia antimicrobiana
• Isolado cuja suscetibilidade não é preditiva
• Isolado capaz de exibir resistência
• Orientação terapêutica
• Permite individualizar padrões de resistência
Teste de sensibilidade
Teste de sensibilidade
aos antimicrobianos
aos antimicrobianos
Quando e porquê realizar o antibiograma?
Quando e porquê realizar o antibiograma?
•
• Processos Padronizados (POPs)
Processos Padronizados (POPs)
•
• Controle de qualidade dos itens:
Controle de qualidade dos itens:
meios
pH
temperatura
incubação
discos (ATCCs)
fitas de Etest
TESTE DE SENSISIBILIDADE AOS ANTIBI
TESTE DE SENSISIBILIDADE AOS ANTIBIÓ
ÓTICOS
TICOS
Padronização
Teste de sensibilidade
Teste de sensibilidade
aos antimicrobianos
aos antimicrobianos
• Laboratório Clínico
• Infectologistas
• Comissão de Infecção Hospitalar
• Comissão de Controle de Antimicrobianos
• Farmácia
Sele
Seleç
ção dos antibi
ão dos antibió
óticos
ticos
TESTE DE SENSIBILIDADE
TESTE DE SENSIBILIDADE
AOS ANTIMICROBIANOS
AOS ANTIMICROBIANOS
O que testar?
O que testar?
Como interpretar?
Como interpretar?
“
“CLSI
CLSI-
-2008
2008 ”
”
Quais são os antibióticos devemos utilizar?
Grupo A: 1ª escolha - testados e
reportados
Grupo B: 1ª escolha - testados e
reportados seletivamente
Grupo C: suplementares e reportados
seletivamente
Grupo U: testados em isolados de urina
Grupo O: outros não rotineiramente
utilizados
Grupo inv: em investigação
A lista de cada
A lista de cada
microrganismo
microrganismo
compreende
compreende
agentes de
agentes de
efic
eficá
ácia
cia
comprovada e que
comprovada e que
tem um
tem um
comportamento
comportamento
aceit
aceitá
ável nas
vel nas
provas
provas in vitro.
in vitro.
·
· Recomenda
Recomendaç
ções na escolha dos antimicrobianos
ões na escolha dos antimicrobianos
·
· Padroniza
Padronizaç
ção das t
ão das té
écnicas
cnicas
·
· Crit
Crité
érios para a interpreta
rios para a interpretaç
ção dos resultados
ão dos resultados
·
· Parâmetros para o controle qualidade do teste.
Parâmetros para o controle qualidade do teste.
“
“CLSI
CLSI”
”
Interpreta
Interpretaç
ção de Resultados
ão de Resultados
Suscet
Suscetí
ível (S)
vel (S)
A categoria suscet
A categoria suscetí
ível implica que a infec
vel implica que a infecç
ção causada
ão causada
pela cepa bacteriana isolada pode ser adequadamente
pela cepa bacteriana isolada pode ser adequadamente
tratada com a dosagem do antimicrobiano recomendada
tratada com a dosagem do antimicrobiano recomendada
para o tipo de infec
para o tipo de infecç
ção e o agente infeccioso.
ão e o agente infeccioso.
Desde que não haja contra indica
Desde que não haja contra indicaç
ção.
ão.
Interpreta
Interpretaç
ção do Resultado
ão do Resultado
Intermedi
Intermediá
ária (I)
ria (I)
A categoria intermediária inclui isolados cujos
MICs são próximos aos do sangue e tecidos. Ela
permite a aplicabilidade do antimicrobiano em
infecções em sítios onde as drogas são
fisiologicamente concentradas ou quando doses
maiores podem ser utilizadas.
Interpreta
Interpretaç
ção de Resultados
ão de Resultados
Resistente (R)
Resistente (R)
A categoria resistente inclui isolados que não são
inibidos pelas concentrações usuais do antimicrobiano
na dosagem padrão e/ou falha quando um específico
mecanismo de resistência é expressado.
TESTE DE SENSIBILIDADE AOS
TESTE DE SENSIBILIDADE AOS
ANTIMICROBIANOS
ANTIMICROBIANOS
METODOLOGIAS
METODOLOGIAS
Avalia
Avaliaç
ção QUALITATIVA
ão QUALITATIVA
•
• DISCO DIFUSÃO EM
DISCO DIFUSÃO EM Á
ÁGAR
GAR
Avalia
Avaliaç
ção QUANTITATIVA
ão QUANTITATIVA
•
• DILUI
DILUIÇ
ÇÃO EM CALDO
ÃO EM CALDO
Macrodilui
Macrodiluiç
ção
ão
Microdilui
Microdiluiç
ção
ão
•
• DILUI
DILUIÇ
ÇÃO EM
ÃO EM Á
ÁGAR
GAR
•
• AUTOMATIZADOS
AUTOMATIZADOS
•
• ETEST
ETEST
TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM
TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM Á
ÁGAR
GAR
M
Mé
étodo de Kirby
todo de Kirby-
-Bauer
Bauer
•
• Utilizado rotineiramente
• Fácil execução
• Flexibilidade na escolha dos antibióticos
• Reprodutibilidade nos resultados
• Padronização dos resultados
• Baixo custo
TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM
TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM Á
ÁGAR
GAR
Princ
Princí
ípio do m
pio do mé
étodo
todo
TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM
TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM Á
ÁGAR
GAR
Leitura e Interpreta
Leitura e Interpretaç
ção
ão
mm
mm
TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM
TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM Á
ÁGAR
GAR
Teste padronizado recomendado pelo CLSI
Meio de Ágar Müeller-Hinton
Controle de Turbidez para a Preparação do Inóculo
Preparação do Inóculo
Inoculação das Placas de Teste
Aplicação de Discos a Placas de Ágar Inoculadas
Leitura das Placas e Interpretação dos Resultados
TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM
TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM Á
ÁGAR
GAR
 Controle de Qualidade
 Precisão (e reprodutibilidade) e acurácia dos testes
de sensibilidade
Desempenho dos reagentes usados nos testes
Desempenho das pessoas que realizam os testes e
fazem a leitura dos resultados
 Cepas de Referência para o Controle de
Qualidade
Controlar a precisão (reprodutibilidade) e acurácia dos
testes de disco-difusão
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade
• Enterococcus faecalis ATCC® 29212
• Escherichia coli ATCC® 25922
• Escherichia coli ATCC® 35218
• Haemophilus influenzae ATCC® 49247
• Haemophilus influenzae ATCC® 49766
• Klebsiella pneumoniae ATCC® 700603
• Neisseria gonorrhoeae ATCC® 49226
• Pseudomonas aeruginosa ATCC® 27853;
• Staphylococcus aureus ATCC® 25923
• Streptococcus pneumoniae ATCC® 49619
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade
 Teste de indução (Teste de D)
Estafilococos – apresentam fenótipo MLSB de
indução
Macrolídeos, Lincosaminas e Estreptograminas
3 mecanismos de ação:
1. Modificação pós-transcricional do sítio-alvo
2.Protéinas do sistema de efluxo
3.Enzimas inativadoras dos antimicrobianos MLS
Expressão do fenótipo:
a. Constitutiva
b.Induzível
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade
Degradam todos os beta-lactâmicos com exceção dos
carbapenens
“Sensíveis” (in vitro) aos inibidores de beta-lactamases
(ácido clavulânico, sulbactam e tazobactam)
Não são normalmente detectadas por testes de
sensibilidade
Mediadas por genes plasmidiais não induzíveis
Derivadas das enzimas TEM-1 e SHV-1
Beta-Lactamases de Espectro Ampliado - ESBL
Escherichia coli - Klebsiella pneumoniae
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade
Testes para Detec
Testes para Detecç
ção de
ão de
Cepas Produtoras de ESBL
Cepas Produtoras de ESBL
• Disco difusão ou MIC com diferentes
“breakpoints” (CLSI)
• Dupla Difusão ou Disco Aproximação
• ESBL Etest®
• Adição de clavulanato em discos
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade
Ceftazidima Cefotaxima
Amoxicilina/ácido clavulânico
Ciprofloxacina Tobramicina
Cefoxitina
20 mm
Teste de Disco Aproximação
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade
Disco -aproximação
Klebsiella spp. e Escherichia coli
· Teste de cefotaxima e ceftazidima,
sozinhos e associados à ác. clavulânico
· Adição de 10µ
µ
µ
µL de uma solução de ác.
clavulânico de 1000µ
µ
µ
µg/mL a discos
contendo 30µ
µ
µ
µg dos antimicrobianos
· Aumento ≥
≥
≥
≥5mm indica produção de
ESBL
Teste confirmat
Teste confirmató
ório da produ
rio da produç
ção de
ão de
ESBL
ESBL
Adição de clavulanato a discos de antimicrobianos
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade
 Testes Quantitativos
	 Concentração Inibitória Mínima (CIM)
	 Concentração Bactericida Mínima (CBM)
 Macrodiluição em Caldo
 Microdiluição em Caldo
 Diluição em agar
 Etest®
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade

 Macrodilui
Macrodiluiç
ção em Caldo
ão em Caldo
 Diluições seriadas do agente antimicrobiano em caldo
 Adição da suspensão bacteriana padronizada
 Solução de antibiótico diluída: 100 µg/mL a 0,4 µg/mL
 Tubos examinados visualmente para comprovar turvação
100 50 25 12.5 6.25 3.
100 50 25 12.5 6.25 3.12 .16 .8 .4 controle
12 .16 .8 .4 controle
µ
µ
µ
µ
µ
µ
µ
µg/mL
g/mL
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade

 Microdilui
Microdiluiç
ção em Caldo
ão em Caldo
 Série de microtubos moldados em uma placa plástica
 Painel da prova de sensibilidade – 80 a 96 microtubos
 Pequenos volumes de reagentes
 Avaliação de grande núemro de bactérias frente a um
painel de antimicrobianos
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade

 Dilui
Diluiç
ção em agar
ão em agar
 Série de placas de agar, concentrações seriadas do
antimicrobiano
 Suspensões bacterianas padronizadas semeadas na superfície
do agar
 Repicador de Steers – grande número de cultivos
Testes de Sensibilidade
Testes de Sensibilidade
 Prova Epsilométrica (Etest®)
 Tiras impregnadas com concentrações seriadas de antibiótico
 Ampliação do método de disco-difusão
 Gradiente estável e contínuo se forma ao redor da fita
 CIM: ponto que intersecciona a fita – inibição do crescimento
Curva de regressão
Curva de regressão
100
50
25
12
6.25
3.12
1.6
0.8
0.4
6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40
Diâmetro de zona de inibição (mm)
MICs (µg/mL)
Rela
Relaç
ção entre o MIC, Zona de inibi
ão entre o MIC, Zona de inibiç
ção
ão
e
e “
“Breakpoints
Breakpoints”
”.
.
MIC
MIC ⇔
⇔
⇔
⇔
⇔
⇔
⇔
⇔ DIFUSÃO
DIFUSÃO
30
30
100 50 25 12.5 6.25 3.
100 50 25 12.5 6.25 3.12 .16 . 8 .4 contro
12 .16 . 8 .4 controle
le
50
50
25
25
12.5
12.5
6.25
6.25
3.12
3.12
18 mm
18 mm
µ
µ
µ
µ
µ
µ
µ
µg/mL
g/mL
Interpreta
Interpretaç
ção do Etest
ão do Etest
Testes de Sensibilidade a
Testes de Sensibilidade a
Antimicrobianos
Antimicrobianos

 A avaliação da sensibilidade aos antimicrobianos representa uma das
tarefas mais importantes do laboratório de microbiologia.

 O constante aparecimento de novos mecanismos bacterianos de
resistência e novos antimicrobianos tornam os testes cada vez mais
complexos

 É necessário uma atualização constante dos protocolos e a freqüente
implementação de novos testes e metodologias.

 Microbiologistas, patologistas clínicos e médicos assistentes são
obrigados a estarem em constante atualização
Sequência de perguntas
Sequência de perguntas
1. Com base nos achados clínicos, está indicado um
antimicrobiano?
2. Foram obtidas amostras apropriadas para bacterioscopia
e cultura antes de iniciar terapia empírica?
3. Qual o microrganismo mais provável?
4. Qual o melhor agente antimicrobiano para este
paciente?
5. É apropriada associação de antimicrobianos?
6. Fatores do hospedeiro podem modificar a escolha ou o
esquema terapêutico?
7. Qual a melhor via?
8. Qual é a dose apropriada?
9. Deverá ser modificado o esquema inicial após o
resultado das culturas?
10. Tempo de tratamento
A porta está fechando
 A ameaça da resistência microbiana
 a resistência é um fenômeno natural
 o alto preço da negligência
 Podemos perder para sempre a oportunidade de
controlar ou eliminar doenças
 As novidades rareiam
 pesquisa: 10 a 20 anos
 comercialização: US 500.000.000
O desafio emergente da
resistência microbiana
 Pneumonia
 Doenças diarréicas
 AIDS
 Tuberculose
 Malária
 Hepatite viral
 Infecções hospitalares
 Leishmaniose
 DST
 Parasitoses intestinais
Fatores que contribuem para
a resistência (1)
 Como a resistência se desenvolve e expande
 a “vitória definitiva” contra os germes
 a resistência como uma seleção natural
 a expansão da resistência
 O paradigma da pobreza
 deficiências onde a assistência seria mais necessária
 Erro diagnóstico e resistência
 comunidade: até 70%
 hospitais: até 50%
Fatores que contribuem para
a resistência (2)
 Medicamentos falsificados (OMS 1992-94)
 10-25% dos antibióticos são falsificados
	 70% em nações subdesenvolvidas
	 51% sem princípio ativo
	 17% princípio ativo errado
	 11% concentração insuficiente
	 4% equivalente ao original
 A preferência por medicamentos caros
 antibióticos de amplo espectro
 deficiências de formação profissional
 deficiências no suporte diagnóstico
Fatores que contribuem para
a resistência (3)
 A publicidade em favor da resistência
 “milagres na mídia”
 pressão dos pacientes
	 70% prescreve antibiótico por pressão (EUA)
 pressão da indústria farmacêutica
 uso popular
	 Filipinas: isoniazida é “vitamina” para os pulmões
 Deficiências na formação dos profissionais
de saúde
 médicos, farmacêuticos e varejistas
Fatores que contribuem para
a resistência (4)
 Resistência em hospitais
 influências nas prescrições
	 formadores de opinião e representantes da
indústria
	 prescrições impróprias: 41 a 91%
	 transmissão cruzada
– Falhas na lavagem das mãos e
reprocessamento de artigos
Fatores que contribuem para
a resistência (5)
 Alimentos e resistência microbiana
 só metade dos antibióticos em consumo
humano
 agropecuária
	 medicina veterinária
	 promotores de crescimento
	 preservação e conservação de alimentos
 avoparcina X VRE
 surtos de Salmonella e Campylobacter
 Globalização e resistência
Uma proposta mundial
 Adotar as estratégias da OMS
 Educar profissionais de saúde e o público
 Conter a resistência nos hospitais
 Pesquisar novas drogas e vacinas
 Aumentar o acesso aos produtos de
qualidade (medicamentos essenciais)
 Firmar parcerias para diagnóstico e
tratamento
Campanha para
prevenir a resistência
microbiana
Centers for Disease Control and Prevention
National Center for Infectious Diseases
Division of Healthcare Quality Promotion
Os profissionais de saúde detêm a
solução!
Resistência antimicrobiana:
estratégias para prevenção
Saber
utilizar
ATB
Prevenir a
transmissão
Prevenir
Infecção
Diagnóstico
Tratamento
efetivos
Patógeno
Microrganismo resistente
Resistência
microbiana
Uso de
antimicrobianos
Infecção
Campaign to Prevent Antimicrobial Resistance in Healthcare Settings
Microrganismo susceptível
12 passos para prevenir a
resistência microbiana:
adultos hospitalizados
12 Bloquear transmissão
11 Isolar o patógeno
10 Cessar ATB na cura
9 Dizer não a vanco
8 Não tratar colonização
7 Não tratar contaminação
6 Apoio de especialistas
5 Dados locais
4 Praticar o controle de antimicrobianos
3 Identificar o patógeno
2 Retirar os cateteres
1 Imunização
Prevenir a transmissão
Uso sábio de antibióticos
Diagnóstico e tratamento
efetivos
Prevenir infecção
Campaign to Prevent Antimicrobial Resistance in Healthcare Settings
Fato:
Imunização pré-alta de pacientes de risco
contra influenza e pneumoco E imunização dos
profissionais de saúde contra influenza pode
prevenir infecções.
Prevenir infecção
Passo 1: Imunizar
12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
Fato:
Cateteres e outros procedimentos
invasivos são a principal causa de
infecções hospitalares exógenas
(preveníveis)
Prevenir infecção
Passo 2:
Retirar os cateteres
12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
Fato:
A terapia antimicrobiana efetiva
(regime adequado, tempo, dose, via
e duração) salva vidas.
Diagnóstico e tratamento
Efetivos da infecção
Passo 3:
Identificar o patógeno
12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
Fato: Equipe multidisciplinar
aprimora o resultado do
tratamento de infecções
graves.
Diagnóstico e tratamento
efetivos
Passo 4:
Apoio de especialistas
12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
Fato: Programas que controlam
antibióticos podem ser
efetivos.
Uso sábio
Dos antibióticos
Passo 5: Realizar
o controle de
antimicrobianos
12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
Fato: A prevalência da resistência pode variar
com o tempo, local, população de
pacientes, unidade hospitalar e duração
da hospitalização.
12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
Uso sábio de antibióticos
Passo 6: Utilizar
dados locais
Fato: Uma das principais causas do
uso inadequado de
antibióticos é o tratamento de
culturas contaminadas
12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
Uso sábio de antibióticos
Passo 7: Tratar infecção,
não contaminação
Fato: Outra grande causa do uso
inadequado de antibióticos é o
tratamento da colonização.
12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
Uso sábio de
Antibióticos
Passo 8: Tratar
infecção, não
colonização
Fato: O abuso de vancomicina
promove a emergência, seleção
e disseminação de patógenos
resistentes.
12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
Uso sábio de
antimicrobianos
Passo 9: Saber quando
dizer não à vancomicina
S. aureus
Penicilina
[1950s]
Penicilina-resistente
S. aureus
Evolução da resistência microbiana do S. aureus
Meticilina
[1970s]
Oxacilina-
resistente
S. aureus (MRSA)
Enterococo resistente
À vancomicina (VRE)
Vancomicina
[1990s]
[1997]
Vancomicina
Resistência
intermediária
S. aureus
(VISA)
[ 2002 ]
Vancomicina
resistente
S. aureus
12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
Step 9: Know when to say “no” to vanco
Fato: Não suspender o tratamento
antimicrobiano desnecessário contribui
para seu uso exagerado e com a
resistência microbiana.
12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
Uso sábio de
antimicrobianos
Passo 10: Interromper o
tratamento quando a
tnfecção está curada ou
é improvável
Fato: A transmissão cruzada pode
ser previnida.
Previnir a transmissão
Passo 11:
Isolar o patógeno
12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
Fato: Profissionais de saúde podem
disseminar microrganismos
multiR para os pacientes.
Previnir a transmissão
Passo 12:
Não seja fonte
de contaminação
12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
A história dos medicamentos
 2.000 AC: agora, coma esta raiz
 1.000 AC: aquela raiz é pagã. Agora, reze esta
prece.
 1.850 DC: aquela prece é superstição. Agora, beba
esta poção
 1.920 DC: aquela poção é óleo de serpente. Agora,
tome esta pílula
 1.945 DC: aquela pílula é ineficaz. Agora, leve esta
penicilina
 1955 DC: “oops”... Os micróbios mudaram! Agora,
leve esta tetraciclina.
 1960 - 1999: mais 39 “oops”... Agora, leve este
antibiótico mais poderoso.
 2.000 DC: os micróbios venceram! Agora, coma
esta raiz.
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
 Koneman, EW et al., 2001. Diagnóstico Microbiológico – Texto e Atlas
Colorido. 5ª edição. MEDSI Editora Médica e Científica. 1464 pp.
 Clinical and Laboratory Standards Institute. Padronização dos Testes de
Sensibilidade a Antimicrobianos por Disco-difusão: Norma Aprovada – Nona
Edição. M2-A9, 2006.
 Clinical and Laboratory Standards Institute. Metodologia dos Testes de
Sensibilidade a Agentes Antimicrobianos por Diluição para Bactéria de
Crescimento Aeróbico: Norma Aprovada – Sétima Edição. M2-A7, 2006.
 Clinical and Laboratory Standards Institute. Normas de Desempenho para
Testes de Sensibilidade Antimicrobiana: 18º Suplemento Informativo. M100-
S18, 2008.
 Moreira, LB 2004. Princípios para uso racional de antimicrobianos. Rev.
AMRIGS, 48: 118-120.
 APUA - Aliança Para o Uso Prudente de Antibióticos. Conceitos e Normas,
2004.
 Taubes, G 2008. The bacteria fight back. Science, 321: 356-361.
 Bantar, C 2007. Are laboratory-based antibiograms reliable to guide the
selection of empirical antimicrobial treatment in patients with hospital-
acquired infections? JAC 59: 140-143.
BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA
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of antimicrobial treatment is needed to overcome the threat of
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 Perfeito L et al 2007. Adaptive Mutations in Bacteria: High Rate and
Small effects. Science 317: 813-815.
 Waldor, MK 2006. Disarming Pathogens — A New Approach for
Antibiotic Development. N Engl J Med 354: 296-297.
 Groopman J 2008. SUPERBUGS. The new generation of resistant
infections is almost impossible to treat. Medical Dispatch:
Superbugs: Reporting  Essays: The New Yorker.
http://www.newyorker.com/reporting/2008/08/11/080811fa_fact_g
roop...
 Silveira et al 2006. Estratégias utilizadas no combate a resistência
bacteriana. Quim Nova 29.
“ O que nós
precisamos
entender é que cada
problema força a
busca de uma
solução.
”
Herbert London
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Como escolher antibioticos

  • 1. 6º Simpósio Regional de Biomedicina COMO ESCOLHER COMO ESCOLHER ANTIBI ANTIBIÓ ÓTICOS? TICOS? Dra Juliana Lamaro Cardoso Laboratório de Microbiologia Clínica IPTSP-UFG/GO julamaro@hotmail.com Goiânia 2008
  • 2. INTRODUÇÃO Os antibióticos são um grupo heterogêneo de substâncias produzidas por fungos e bactérias ou são total ou parcialmente sintetizados que provocam morte ou inibição do crescimento de microrganismos. Quimioterapia Moderna - Paul Ehrlich - Alexander Fleming: antibiose antibiótico
  • 3. INTRODUÇÃO Sua descoberta foi acompanhada de muitos progressos ao longo da história 1936 introdução das sulfonamidas (quimioterápicos) 1941 penicilina (antibiótico) Declínio da incidência e das consequência de numerosas infecções bacterianas (gonorréia, meningites, endocartites, sepse...)
  • 4. Microrganismo Microrganismo Antibi Antibió ótico tico Bacillus Gram-Positivos Bacillus subtilis Bacitracina Bacillus polymyxa Polimixina Actinomicetos Streptomices nodosus Anfotecinia B Streptomices venezuelae Cloranfenicol Streptomices aureofaciens Clortetraciclina e tetracic. Streptomices erythraues Eritromicina Streptomices fradie Neomicina Streptomices griseus Estreptomicina Micromonospora purpurea Gentamicina Fungos Cephalosporium spp. Cefalotina Penicillium griseofulvum Griseofulvina Penicillium notatum Penicilina
  • 5. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS Diferem entre si quanto: propriedades físicas e químicas mecanismo de ação espectro de atividade microbiana (antibióticos de largo espectro)
  • 6. CLASSIFICAÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS Por microrganismos suscetíveis: Antibacterianos; Antifúngicos; Antivirais; Antiparasitários; Por origem do Antimicrobiano, antibacteriano: Antibióticos; Quimioterápicos Anti- infecciosos;
  • 7. Por efeito nos microrganismos, os antibacterianos podem ser: Bactericidas; Bacteriostáticos; Esses efeitos podem não ser absolutos: Cloranfenicol (bacteriostático→bactericida): Haemophilus e Neisseria meningitides. Cefaclor (bactericida→bacteriostático): alguns Haemophilus. A obten A obtenç ção do efeito bactericida m ão do efeito bactericida má áximo geralmente ximo geralmente ocorre quando as bact ocorre quando as bacté érias estão em fase exponencial de rias estão em fase exponencial de crescimento e os antibi crescimento e os antibió óticos atuam na parede celular como ticos atuam na parede celular como em especial, os beta em especial, os beta- -lactâmicos. lactâmicos.
  • 8. CARACTERÍSTICAS DO ANTIMICROBIANO Espectro de ação; Vias de administração; Vias de eliminação; Mecanismos de ação; Toxicidade; Eficiência; Custo x Benefício
  • 9. TOXICIDADE SELETIVA Esse termo significa que o fármaco é prejudicial para o parasita, mas não para o hospedeiro. A toxicidade seletiva é mais relativa que absoluta, isso significa que a droga, numa concentração tolerada pelo hospedeiro, tem a capacidade de lesar um microrganismo infectante.
  • 10. MECANISMOS DE AÇÃO DOS ANTIMICROBIANOS Os antimicrobianos podem atuar de diversas maneiras: processos metabólicos estruturas dos microrganismos.
  • 11. MECANISMOS DE AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS
  • 12. 1. Inibição da síntese da Parede celular Bactericidas - bloqueiam a síntese do peptídeoglicano Beta-lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas, carbapenêmicos e monobactâmicos), Glicopeptídeos (vancomicina e teicoplanina) Gram-positivas Gram-negativas
  • 13. ANTIBIÓTICOS β-LACTÂMICOS Monobactâmicos Se liga covalentemente às PBPs, inibem a etapa final da síntese de peptideoglicano Penicilinas N O S Carbapenemos N O N O N O S Cefalosporinas 1a ger: GP, algumas GN 2a ger: alguns GN + anaeróbios 3a ger: muitas GN, GP
  • 15. M G M G M G M G Vancomicina Vancomicina se liga ao D-Ala-D-Ala; impedindo a transpeptidação MECANISMO DE AÇÃO DA VANCOMICINA
  • 17. Mecanismo de ação dos β-lactâmicos e Glicopeptideos
  • 18. 2. Inibição da função da Membrana celular Destroem a permeabilidade seletiva, rompem o fosfolip Destroem a permeabilidade seletiva, rompem o fosfolipí ídio dio Destroem tanto a c Destroem tanto a cé élula bacteriana quanto a humana lula bacteriana quanto a humana Polimixina B, Colistina, Tirotricina, Nistatina, Anfotericina B, Miconazol, Cetoconazol, Fluconazol, Itraconazol.
  • 19. 3. Inibição da síntese de proteínas Atuam seletivamente em vários estágios da síntese protéica Afetam o ribossomo 70S Apresentam toxicidade seletiva 30S: impede a ligação com 50S 30S: impede ligação RNAt 50S: elongação e translocação
  • 20. 3. Inibição da síntese de proteínas Aminoglicosídeos formação de proteínas defeituosas bactericidas 30S – mRNA Neomicina, canamicina, amicacina, gentamicina, tobramicina, netilmicina, estreptomicina, espectinomicina Tetraciclinas 30S – tRNA
  • 21. 3. Inibição da síntese de proteínas Demais antimicrobianos ação reversível nível de antibiótico ↓ síntese protéica iniciada bacteriostático Cloranfenicol, tiafenicol 50S – elongamento da proteína Macrolídeos, azalídeos (eritromicina, azitromicina, claritromicina, diritromicina, miocamicina) 50S – translocação Lincomicinas (clindamicina) Rifampicina Arbecacina Oxazolidinonas
  • 22. Exemplos de drogas que interferem com a síntese protéica
  • 23. 4. Inibição da síntese de ácidos nucléicos RNA polimerase Inibida pela Rifamicina Estrutura do DNA Rompida pela ação de nitroimidazóis Topoisomerase Bloqueada por quinolonas
  • 24. Quinolonas (ác. nalidíxico, norfloxacina, ciprofloxacina) Metronidazol; Novobiocina; Griseofulvinas; Flucitocina; Ribavirina; Vidarabina; Aciclovir; 4. Inibição da síntese de ácidos nucléicos
  • 25. 5. Inibição de vias metabólicas Sulfonamidas, sulfonas, trimetoprim, pirimetamina, primaquina, Á Ácido f cido fó ólico lico Precursor das purinas e pirimidinas sintetizado apenas por microrganismos Os seres humanos obtêm pela alimentação PABA Sulfametoxazol Ác. Diidrofólico Trimetoprim Ác. Tetraidrofólico Precurssores de pnas, DNA, RNA RNA DNA
  • 26. UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS INSTITUTO DE PATOLOGIA TROPICAL E SAÚDE PÚBLICA Ms Juliana Lamaro Cardoso Goiânia 2008 ANTIMICROBIANOS: ANTIMICROBIANOS: ANTIMICROBIANOS: ANTIMICROBIANOS: ANTIMICROBIANOS: ANTIMICROBIANOS: ANTIMICROBIANOS: ANTIMICROBIANOS: BEN BEN BEN BEN BEN BEN BEN BENÇ Ç Ç Ç Ç Ç Ç ÇÃO ÃO ÃO ÃO ÃO ÃO ÃO ÃO OU OU OU OU OU OU OU OU MALDI MALDI MALDI MALDI MALDI MALDI MALDI MALDIÇ Ç Ç Ç Ç Ç Ç ÇÃO? ÃO? ÃO? ÃO? ÃO? ÃO? ÃO? ÃO?
  • 27. Resistência microbiana: um problema que excede... … 2 milhões de pacientes americanos adquirem anualmente episódios de infecção hospitalar … 90.000 óbitos anuais são devidos a estes episódios … 70% dos microrganismos que causam estas infecções são resistentes aos antimicrobianos habitualmente empregados … a duração da hospitalização, levando à utilização de drogas mais tóxicas e mais dispendiosas
  • 28. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA X Efluxo Inativação Diminuição da permeabilidade Alteração de alvo Os antibióticos aplicam uma pressão seletiva que favorece a emergência de organismos resistentes. As bactérias desenvolvem diversas estratégias bioquímicas para se tornarem resistentes.
  • 29. BASES GENÉTICAS DA RESISTÊNCIA Mutações espontâneas nos genes endógenos Genes estruturais: espectro expandido da atividade enzimática, modificação do alvo, defeito no transporte Genes regulatórios: aumento da expressão Aquisição de sequências exógenas Geralmente genes que codificam enzimas inativadoras ou alvos modificados, genes reguladores Mecanismos de transferência de DNA: conjugação; transformação; transdução Expressão de genes de resistência Biofilmes
  • 30. RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS RESISTÊNCIA BACTERIANA AOS ANTIMICROBIANOS Natural ou intrínseca ou Constitutiva Aeróbios Anaeróbios Aminoglicosídeos Adquirida Cromossômica Mutação de genes Resistência única- não é transmitida de célula para célula a menos que o gene esteja em integron Plasmidial Transmissível Resistência múltipla Produção: ß- lactamases, fosfotransferases, hidrolases, redutases. Metronidazol
  • 31. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA ANTIBACTERIANA (1) Sítio alvo do antibiótico é modificado estruturalmente, resultando em: Ligação reduzida do antibiótico Formação de uma nova via metabólica que impede o metabolismo do antibótico
  • 32. Sítio alvo do antibiótico modificado estruturalmente citoplasma Parede celular Sítio alvo Ligação Antibiótico Os antibióticos se ligam a proteínas específicas na superfície celuar
  • 33. Cell wall Sítio alvo modificado Antibiotic Sítio modificado: ligação bloqueada Os antibióticos não conseguem se ligar às proteínas modificadas na superfície celuar citoplasma Sítio alvo do antibiótico modificado estruturalmente
  • 34. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA ANTIBACTERIANA (2) Alteração da entrada dos antibióticos resultante de: Diminuição da permeabilidade Efluxo aumentado
  • 35. Alteração da entrada dos antibióticos: diminuição da permeabilidade Citoplasma Parede celular Canal de porina Antibiótico Os antibióticos normalmente entram nas células bacterianas pelos canais de porinas na parede celular
  • 36. Citoplasma Novos canais de porinas Novos canais de porinas na parede celular não permitem a entrada de antibióticos Antibiótico Parede celular Alteração da entrada dos antibióticos: diminuição da permeabilidade
  • 37. Citoplasma Parede celular Canal de porina Na parede Antibiótico Entrada Entrada Os antibióticos entram na célula bacteriana pelos canais de porina na parede celular Alteração da entrada dos antibióticos: aumento de efluxo
  • 38. Citoplasma Parede celular Canal de porina na parede celular Antibiótico Entrada Saída Bomba ativa Uma vez dentro da célula, os antibióticos são mandados para fora imediatamente por bombas ativas Alteração da entrada dos antibióticos: aumento de efluxo
  • 39. MECANISMOS DE RESISTÊNCIA ANTIBACTERIANA (3) Inativação do antibiótico As bactérias adquirem genes que codificam enzimas que inativam os antibióticos Exemplos: β β β β-lactamases Enzimas modificadoras dos aminoglicosídeos Cloranfenicol acetil transferase
  • 40. INATIVAÇÃO DO ANTIBIÓTICO Citoplasma Parede celular Antibiótico Sítio alvo Ligação Enzima Enzimas inativadoras direcionadas aos antibióticos
  • 41. INATIVAÇÃO DO ANTIBIÓTICO Ligação da enzima Enzimas inativadoras direcionadas aos antibióticos Antibiótico Enzima Parede celular Ligação Interior do organismo
  • 42. INATIVAÇÃO DO ANTIBIÓTICO Parede Celular Sítio alvo Enzima Destruição do antibiótico Alteração do antibiótico, ligação impedida As enzimas destroem os antibióticos ou previnem que se liguem aos sítios alvos Antibiótico Interior do organismo
  • 43. Muitos patógenos possuem vários mecanismos de resistência antibacteriana + – Quinolonas – ++ Trimetoprim – ++ Sulfonamida ++ Macrolídeo + – Cloranfenicol + – Tetraciclina ++ + – Aminoglicosídeo + Glicopeptídeo ++ + + β β β β-lactâmico Alvo modificado Alteração de entrada Inativação da droga
  • 44. PRINCIPAIS CLASSES DE ANTIBIÓTICOS Mecanismos de ação Principais mecanismos de resistência Beta-lactâmicos Inativa PBPs (síntese do peptideoglicano) • Beta-lactamases • PBPs de baixa afinidade • Diminução de transporte • Bomba de Efluxo Glicopeptídeos Se liga a precursores do peptideoglicano • Modificação do precursor • Diminução de transporte • Bomba de Efluxo Aminoglicosídeos Inibe síntese protéica (se liga à subunidade 30S) • Enzimas modificadoras (adição de adenil or PO4) Macrolídeos Inibe síntese protéica (se liga à subunidade 50S) • Metilação do rRNA • Bombas de efluxo Quinolonas Inibe topoisomerases (síntese de DNA) • Alteração da enzima alvo • Bombas de Efluxo
  • 45. Evolu Evoluç ção Cl ão Clí ínica nica Microrganismo Antimicrobiano Paciente Teste de sensibilidade Imunidade Farmacologia
  • 46. O que podemos obter com os dados O que podemos obter com os dados laboratoriais ? laboratoriais ? Para o paciente: Identificação do patógeno potencial, , antibiograma, sítio de infecção para terapia definitiva; Parte da avaliação de risco para terapia empírica; Monitoramento da terapêutica, redução do risco e toxicidade, otimização dos resultados microbiológicos. Informaçãoes epidemiológicas: Fatores de risco para a resistência, evolução, extensão, geografia da resistência Baseado nos dados gerados pelo lab, baseado nos isolados clínicos derivados do lab.
  • 47. Questões Questões- -chave para sele chave para seleç ção de ão de antimicrobianos antimicrobianos Dados são epidemiologicamente relevantes Prediz resultados clínicos Eficácia microbiológica Eficácia farmacológico-clínica
  • 48. Testes de suscetibilidade podem Testes de suscetibilidade podem predizer resultados? predizer resultados? Terapia antimicrobiana: Adequada: terapia que é efetiva contra o microrganismo causador da infecção Inadequada: infecção microbiologicamente documentada que não está sendo tratada adequadamente
  • 49. Testes de suscetibilidade podem Testes de suscetibilidade podem predizer resultados? predizer resultados? SIM ITU Sepse intra-abdominal MRSA Produção de ESBL NÃO S. pneumoniae resistentes a penicilina P. aeruginosa
  • 50. Perspectivas baseadas em Laborat Perspectivas baseadas em Laborató ório: rio: Sele Seleç ção antimicrobiana ão antimicrobiana Fornecer dados epidemiológicos para terapia empírica; Fornecer dados individuais para otimizar os resultados; Fornecer isolados para estudos futuros.
  • 51. Clinical and Laboratory Standards Institute Clinical and Laboratory Standards Institute CLSI CLSI - - antigo antigo“ “NCCLS NCCLS” ” Organização internacional, interdisciplinar e educacional que promove o desenvolvimento e a ampla utilização de normas e procedimentos laboratoriais padronizados. www.clsi.org
  • 52. Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade Organismo que cause um processo infeccioso que requer terapia antimicrobiana Diversos métodos laboratoriais podem ser utilizados para medir a sensibilidade in vitro das bactérias aos agentes antimicrobianos
  • 53. • Isolado requer terapia antimicrobiana • Isolado cuja suscetibilidade não é preditiva • Isolado capaz de exibir resistência • Orientação terapêutica • Permite individualizar padrões de resistência Teste de sensibilidade Teste de sensibilidade aos antimicrobianos aos antimicrobianos Quando e porquê realizar o antibiograma? Quando e porquê realizar o antibiograma?
  • 54. • • Processos Padronizados (POPs) Processos Padronizados (POPs) • • Controle de qualidade dos itens: Controle de qualidade dos itens: meios pH temperatura incubação discos (ATCCs) fitas de Etest TESTE DE SENSISIBILIDADE AOS ANTIBI TESTE DE SENSISIBILIDADE AOS ANTIBIÓ ÓTICOS TICOS Padronização
  • 55. Teste de sensibilidade Teste de sensibilidade aos antimicrobianos aos antimicrobianos • Laboratório Clínico • Infectologistas • Comissão de Infecção Hospitalar • Comissão de Controle de Antimicrobianos • Farmácia Sele Seleç ção dos antibi ão dos antibió óticos ticos
  • 56. TESTE DE SENSIBILIDADE TESTE DE SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS AOS ANTIMICROBIANOS O que testar? O que testar? Como interpretar? Como interpretar?
  • 57. “ “CLSI CLSI- -2008 2008 ” ” Quais são os antibióticos devemos utilizar? Grupo A: 1ª escolha - testados e reportados Grupo B: 1ª escolha - testados e reportados seletivamente Grupo C: suplementares e reportados seletivamente Grupo U: testados em isolados de urina Grupo O: outros não rotineiramente utilizados Grupo inv: em investigação A lista de cada A lista de cada microrganismo microrganismo compreende compreende agentes de agentes de efic eficá ácia cia comprovada e que comprovada e que tem um tem um comportamento comportamento aceit aceitá ável nas vel nas provas provas in vitro. in vitro.
  • 58. · · Recomenda Recomendaç ções na escolha dos antimicrobianos ões na escolha dos antimicrobianos · · Padroniza Padronizaç ção das t ão das té écnicas cnicas · · Crit Crité érios para a interpreta rios para a interpretaç ção dos resultados ão dos resultados · · Parâmetros para o controle qualidade do teste. Parâmetros para o controle qualidade do teste. “ “CLSI CLSI” ”
  • 59. Interpreta Interpretaç ção de Resultados ão de Resultados Suscet Suscetí ível (S) vel (S) A categoria suscet A categoria suscetí ível implica que a infec vel implica que a infecç ção causada ão causada pela cepa bacteriana isolada pode ser adequadamente pela cepa bacteriana isolada pode ser adequadamente tratada com a dosagem do antimicrobiano recomendada tratada com a dosagem do antimicrobiano recomendada para o tipo de infec para o tipo de infecç ção e o agente infeccioso. ão e o agente infeccioso. Desde que não haja contra indica Desde que não haja contra indicaç ção. ão.
  • 60. Interpreta Interpretaç ção do Resultado ão do Resultado Intermedi Intermediá ária (I) ria (I) A categoria intermediária inclui isolados cujos MICs são próximos aos do sangue e tecidos. Ela permite a aplicabilidade do antimicrobiano em infecções em sítios onde as drogas são fisiologicamente concentradas ou quando doses maiores podem ser utilizadas.
  • 61. Interpreta Interpretaç ção de Resultados ão de Resultados Resistente (R) Resistente (R) A categoria resistente inclui isolados que não são inibidos pelas concentrações usuais do antimicrobiano na dosagem padrão e/ou falha quando um específico mecanismo de resistência é expressado.
  • 62. TESTE DE SENSIBILIDADE AOS TESTE DE SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS ANTIMICROBIANOS METODOLOGIAS METODOLOGIAS Avalia Avaliaç ção QUALITATIVA ão QUALITATIVA • • DISCO DIFUSÃO EM DISCO DIFUSÃO EM Á ÁGAR GAR Avalia Avaliaç ção QUANTITATIVA ão QUANTITATIVA • • DILUI DILUIÇ ÇÃO EM CALDO ÃO EM CALDO Macrodilui Macrodiluiç ção ão Microdilui Microdiluiç ção ão • • DILUI DILUIÇ ÇÃO EM ÃO EM Á ÁGAR GAR • • AUTOMATIZADOS AUTOMATIZADOS • • ETEST ETEST
  • 63. TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM Á ÁGAR GAR M Mé étodo de Kirby todo de Kirby- -Bauer Bauer • • Utilizado rotineiramente • Fácil execução • Flexibilidade na escolha dos antibióticos • Reprodutibilidade nos resultados • Padronização dos resultados • Baixo custo
  • 64. TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM Á ÁGAR GAR Princ Princí ípio do m pio do mé étodo todo
  • 65. TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM Á ÁGAR GAR Leitura e Interpreta Leitura e Interpretaç ção ão mm mm
  • 66. TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM Á ÁGAR GAR Teste padronizado recomendado pelo CLSI Meio de Ágar Müeller-Hinton Controle de Turbidez para a Preparação do Inóculo Preparação do Inóculo Inoculação das Placas de Teste Aplicação de Discos a Placas de Ágar Inoculadas Leitura das Placas e Interpretação dos Resultados
  • 67. TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM TESTE DE DISCO DIFUSÃO EM Á ÁGAR GAR Controle de Qualidade Precisão (e reprodutibilidade) e acurácia dos testes de sensibilidade Desempenho dos reagentes usados nos testes Desempenho das pessoas que realizam os testes e fazem a leitura dos resultados Cepas de Referência para o Controle de Qualidade Controlar a precisão (reprodutibilidade) e acurácia dos testes de disco-difusão
  • 68. Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade • Enterococcus faecalis ATCC® 29212 • Escherichia coli ATCC® 25922 • Escherichia coli ATCC® 35218 • Haemophilus influenzae ATCC® 49247 • Haemophilus influenzae ATCC® 49766 • Klebsiella pneumoniae ATCC® 700603 • Neisseria gonorrhoeae ATCC® 49226 • Pseudomonas aeruginosa ATCC® 27853; • Staphylococcus aureus ATCC® 25923 • Streptococcus pneumoniae ATCC® 49619
  • 69. Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade Teste de indução (Teste de D) Estafilococos – apresentam fenótipo MLSB de indução Macrolídeos, Lincosaminas e Estreptograminas 3 mecanismos de ação: 1. Modificação pós-transcricional do sítio-alvo 2.Protéinas do sistema de efluxo 3.Enzimas inativadoras dos antimicrobianos MLS Expressão do fenótipo: a. Constitutiva b.Induzível
  • 70. Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade
  • 71. Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade Degradam todos os beta-lactâmicos com exceção dos carbapenens “Sensíveis” (in vitro) aos inibidores de beta-lactamases (ácido clavulânico, sulbactam e tazobactam) Não são normalmente detectadas por testes de sensibilidade Mediadas por genes plasmidiais não induzíveis Derivadas das enzimas TEM-1 e SHV-1 Beta-Lactamases de Espectro Ampliado - ESBL Escherichia coli - Klebsiella pneumoniae
  • 72. Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade Testes para Detec Testes para Detecç ção de ão de Cepas Produtoras de ESBL Cepas Produtoras de ESBL • Disco difusão ou MIC com diferentes “breakpoints” (CLSI) • Dupla Difusão ou Disco Aproximação • ESBL Etest® • Adição de clavulanato em discos
  • 73. Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade Ceftazidima Cefotaxima Amoxicilina/ácido clavulânico Ciprofloxacina Tobramicina Cefoxitina 20 mm Teste de Disco Aproximação
  • 74. Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade Disco -aproximação
  • 75. Klebsiella spp. e Escherichia coli · Teste de cefotaxima e ceftazidima, sozinhos e associados à ác. clavulânico · Adição de 10µ µ µ µL de uma solução de ác. clavulânico de 1000µ µ µ µg/mL a discos contendo 30µ µ µ µg dos antimicrobianos · Aumento ≥ ≥ ≥ ≥5mm indica produção de ESBL Teste confirmat Teste confirmató ório da produ rio da produç ção de ão de ESBL ESBL
  • 76. Adição de clavulanato a discos de antimicrobianos Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade
  • 77. Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade Testes Quantitativos Concentração Inibitória Mínima (CIM) Concentração Bactericida Mínima (CBM) Macrodiluição em Caldo Microdiluição em Caldo Diluição em agar Etest®
  • 78. Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade Macrodilui Macrodiluiç ção em Caldo ão em Caldo Diluições seriadas do agente antimicrobiano em caldo Adição da suspensão bacteriana padronizada Solução de antibiótico diluída: 100 µg/mL a 0,4 µg/mL Tubos examinados visualmente para comprovar turvação 100 50 25 12.5 6.25 3. 100 50 25 12.5 6.25 3.12 .16 .8 .4 controle 12 .16 .8 .4 controle µ µ µ µ µ µ µ µg/mL g/mL
  • 79. Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade Microdilui Microdiluiç ção em Caldo ão em Caldo Série de microtubos moldados em uma placa plástica Painel da prova de sensibilidade – 80 a 96 microtubos Pequenos volumes de reagentes Avaliação de grande núemro de bactérias frente a um painel de antimicrobianos
  • 80. Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade Dilui Diluiç ção em agar ão em agar Série de placas de agar, concentrações seriadas do antimicrobiano Suspensões bacterianas padronizadas semeadas na superfície do agar Repicador de Steers – grande número de cultivos
  • 81. Testes de Sensibilidade Testes de Sensibilidade Prova Epsilométrica (Etest®) Tiras impregnadas com concentrações seriadas de antibiótico Ampliação do método de disco-difusão Gradiente estável e contínuo se forma ao redor da fita CIM: ponto que intersecciona a fita – inibição do crescimento
  • 82. Curva de regressão Curva de regressão 100 50 25 12 6.25 3.12 1.6 0.8 0.4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24 26 28 30 32 34 36 38 40 Diâmetro de zona de inibição (mm) MICs (µg/mL)
  • 83. Rela Relaç ção entre o MIC, Zona de inibi ão entre o MIC, Zona de inibiç ção ão e e “ “Breakpoints Breakpoints” ”. .
  • 84. MIC MIC ⇔ ⇔ ⇔ ⇔ ⇔ ⇔ ⇔ ⇔ DIFUSÃO DIFUSÃO 30 30 100 50 25 12.5 6.25 3. 100 50 25 12.5 6.25 3.12 .16 . 8 .4 contro 12 .16 . 8 .4 controle le 50 50 25 25 12.5 12.5 6.25 6.25 3.12 3.12 18 mm 18 mm µ µ µ µ µ µ µ µg/mL g/mL
  • 86. Testes de Sensibilidade a Testes de Sensibilidade a Antimicrobianos Antimicrobianos A avaliação da sensibilidade aos antimicrobianos representa uma das tarefas mais importantes do laboratório de microbiologia. O constante aparecimento de novos mecanismos bacterianos de resistência e novos antimicrobianos tornam os testes cada vez mais complexos É necessário uma atualização constante dos protocolos e a freqüente implementação de novos testes e metodologias. Microbiologistas, patologistas clínicos e médicos assistentes são obrigados a estarem em constante atualização
  • 87. Sequência de perguntas Sequência de perguntas 1. Com base nos achados clínicos, está indicado um antimicrobiano? 2. Foram obtidas amostras apropriadas para bacterioscopia e cultura antes de iniciar terapia empírica? 3. Qual o microrganismo mais provável? 4. Qual o melhor agente antimicrobiano para este paciente? 5. É apropriada associação de antimicrobianos? 6. Fatores do hospedeiro podem modificar a escolha ou o esquema terapêutico? 7. Qual a melhor via? 8. Qual é a dose apropriada? 9. Deverá ser modificado o esquema inicial após o resultado das culturas? 10. Tempo de tratamento
  • 88. A porta está fechando A ameaça da resistência microbiana a resistência é um fenômeno natural o alto preço da negligência Podemos perder para sempre a oportunidade de controlar ou eliminar doenças As novidades rareiam pesquisa: 10 a 20 anos comercialização: US 500.000.000
  • 89.
  • 90. O desafio emergente da resistência microbiana Pneumonia Doenças diarréicas AIDS Tuberculose Malária Hepatite viral Infecções hospitalares Leishmaniose DST Parasitoses intestinais
  • 91. Fatores que contribuem para a resistência (1) Como a resistência se desenvolve e expande a “vitória definitiva” contra os germes a resistência como uma seleção natural a expansão da resistência O paradigma da pobreza deficiências onde a assistência seria mais necessária Erro diagnóstico e resistência comunidade: até 70% hospitais: até 50%
  • 92. Fatores que contribuem para a resistência (2) Medicamentos falsificados (OMS 1992-94) 10-25% dos antibióticos são falsificados 70% em nações subdesenvolvidas 51% sem princípio ativo 17% princípio ativo errado 11% concentração insuficiente 4% equivalente ao original A preferência por medicamentos caros antibióticos de amplo espectro deficiências de formação profissional deficiências no suporte diagnóstico
  • 93. Fatores que contribuem para a resistência (3) A publicidade em favor da resistência “milagres na mídia” pressão dos pacientes 70% prescreve antibiótico por pressão (EUA) pressão da indústria farmacêutica uso popular Filipinas: isoniazida é “vitamina” para os pulmões Deficiências na formação dos profissionais de saúde médicos, farmacêuticos e varejistas
  • 94. Fatores que contribuem para a resistência (4) Resistência em hospitais influências nas prescrições formadores de opinião e representantes da indústria prescrições impróprias: 41 a 91% transmissão cruzada – Falhas na lavagem das mãos e reprocessamento de artigos
  • 95. Fatores que contribuem para a resistência (5) Alimentos e resistência microbiana só metade dos antibióticos em consumo humano agropecuária medicina veterinária promotores de crescimento preservação e conservação de alimentos avoparcina X VRE surtos de Salmonella e Campylobacter Globalização e resistência
  • 96. Uma proposta mundial Adotar as estratégias da OMS Educar profissionais de saúde e o público Conter a resistência nos hospitais Pesquisar novas drogas e vacinas Aumentar o acesso aos produtos de qualidade (medicamentos essenciais) Firmar parcerias para diagnóstico e tratamento
  • 97. Campanha para prevenir a resistência microbiana Centers for Disease Control and Prevention National Center for Infectious Diseases Division of Healthcare Quality Promotion Os profissionais de saúde detêm a solução!
  • 98. Resistência antimicrobiana: estratégias para prevenção Saber utilizar ATB Prevenir a transmissão Prevenir Infecção Diagnóstico Tratamento efetivos Patógeno Microrganismo resistente Resistência microbiana Uso de antimicrobianos Infecção Campaign to Prevent Antimicrobial Resistance in Healthcare Settings Microrganismo susceptível
  • 99. 12 passos para prevenir a resistência microbiana: adultos hospitalizados 12 Bloquear transmissão 11 Isolar o patógeno 10 Cessar ATB na cura 9 Dizer não a vanco 8 Não tratar colonização 7 Não tratar contaminação 6 Apoio de especialistas 5 Dados locais 4 Praticar o controle de antimicrobianos 3 Identificar o patógeno 2 Retirar os cateteres 1 Imunização Prevenir a transmissão Uso sábio de antibióticos Diagnóstico e tratamento efetivos Prevenir infecção Campaign to Prevent Antimicrobial Resistance in Healthcare Settings
  • 100. Fato: Imunização pré-alta de pacientes de risco contra influenza e pneumoco E imunização dos profissionais de saúde contra influenza pode prevenir infecções. Prevenir infecção Passo 1: Imunizar 12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
  • 101. Fato: Cateteres e outros procedimentos invasivos são a principal causa de infecções hospitalares exógenas (preveníveis) Prevenir infecção Passo 2: Retirar os cateteres 12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
  • 102. Fato: A terapia antimicrobiana efetiva (regime adequado, tempo, dose, via e duração) salva vidas. Diagnóstico e tratamento Efetivos da infecção Passo 3: Identificar o patógeno 12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
  • 103. Fato: Equipe multidisciplinar aprimora o resultado do tratamento de infecções graves. Diagnóstico e tratamento efetivos Passo 4: Apoio de especialistas 12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
  • 104. Fato: Programas que controlam antibióticos podem ser efetivos. Uso sábio Dos antibióticos Passo 5: Realizar o controle de antimicrobianos 12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
  • 105. Fato: A prevalência da resistência pode variar com o tempo, local, população de pacientes, unidade hospitalar e duração da hospitalização. 12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults Uso sábio de antibióticos Passo 6: Utilizar dados locais
  • 106. Fato: Uma das principais causas do uso inadequado de antibióticos é o tratamento de culturas contaminadas 12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults Uso sábio de antibióticos Passo 7: Tratar infecção, não contaminação
  • 107. Fato: Outra grande causa do uso inadequado de antibióticos é o tratamento da colonização. 12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults Uso sábio de Antibióticos Passo 8: Tratar infecção, não colonização
  • 108. Fato: O abuso de vancomicina promove a emergência, seleção e disseminação de patógenos resistentes. 12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults Uso sábio de antimicrobianos Passo 9: Saber quando dizer não à vancomicina
  • 109. S. aureus Penicilina [1950s] Penicilina-resistente S. aureus Evolução da resistência microbiana do S. aureus Meticilina [1970s] Oxacilina- resistente S. aureus (MRSA) Enterococo resistente À vancomicina (VRE) Vancomicina [1990s] [1997] Vancomicina Resistência intermediária S. aureus (VISA) [ 2002 ] Vancomicina resistente S. aureus 12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults Step 9: Know when to say “no” to vanco
  • 110. Fato: Não suspender o tratamento antimicrobiano desnecessário contribui para seu uso exagerado e com a resistência microbiana. 12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults Uso sábio de antimicrobianos Passo 10: Interromper o tratamento quando a tnfecção está curada ou é improvável
  • 111. Fato: A transmissão cruzada pode ser previnida. Previnir a transmissão Passo 11: Isolar o patógeno 12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
  • 112. Fato: Profissionais de saúde podem disseminar microrganismos multiR para os pacientes. Previnir a transmissão Passo 12: Não seja fonte de contaminação 12 Steps to Prevent Antimicrobial Resistance: Hospitalized Adults
  • 113. A história dos medicamentos 2.000 AC: agora, coma esta raiz 1.000 AC: aquela raiz é pagã. Agora, reze esta prece. 1.850 DC: aquela prece é superstição. Agora, beba esta poção 1.920 DC: aquela poção é óleo de serpente. Agora, tome esta pílula 1.945 DC: aquela pílula é ineficaz. Agora, leve esta penicilina 1955 DC: “oops”... Os micróbios mudaram! Agora, leve esta tetraciclina. 1960 - 1999: mais 39 “oops”... Agora, leve este antibiótico mais poderoso. 2.000 DC: os micróbios venceram! Agora, coma esta raiz.
  • 114. BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA Koneman, EW et al., 2001. Diagnóstico Microbiológico – Texto e Atlas Colorido. 5ª edição. MEDSI Editora Médica e Científica. 1464 pp. Clinical and Laboratory Standards Institute. Padronização dos Testes de Sensibilidade a Antimicrobianos por Disco-difusão: Norma Aprovada – Nona Edição. M2-A9, 2006. Clinical and Laboratory Standards Institute. Metodologia dos Testes de Sensibilidade a Agentes Antimicrobianos por Diluição para Bactéria de Crescimento Aeróbico: Norma Aprovada – Sétima Edição. M2-A7, 2006. Clinical and Laboratory Standards Institute. Normas de Desempenho para Testes de Sensibilidade Antimicrobiana: 18º Suplemento Informativo. M100- S18, 2008. Moreira, LB 2004. Princípios para uso racional de antimicrobianos. Rev. AMRIGS, 48: 118-120. APUA - Aliança Para o Uso Prudente de Antibióticos. Conceitos e Normas, 2004. Taubes, G 2008. The bacteria fight back. Science, 321: 356-361. Bantar, C 2007. Are laboratory-based antibiograms reliable to guide the selection of empirical antimicrobial treatment in patients with hospital- acquired infections? JAC 59: 140-143.
  • 115. BIBLIOGRAFIA BIBLIOGRAFIA Daves, J 2007. Microbes have the last word. A drastic re-evaluation of antimicrobial treatment is needed to overcome the threat of antibiotic-resistant bacteria. EMBO reports 8: 616-621. Onga, AK Heymannb, DL 2007. Microbes and humans: the long dance. Bulletin of the World Health Organization 85: 422-423. Perfeito L et al 2007. Adaptive Mutations in Bacteria: High Rate and Small effects. Science 317: 813-815. Waldor, MK 2006. Disarming Pathogens — A New Approach for Antibiotic Development. N Engl J Med 354: 296-297. Groopman J 2008. SUPERBUGS. The new generation of resistant infections is almost impossible to treat. Medical Dispatch: Superbugs: Reporting Essays: The New Yorker. http://www.newyorker.com/reporting/2008/08/11/080811fa_fact_g roop... Silveira et al 2006. Estratégias utilizadas no combate a resistência bacteriana. Quim Nova 29.
  • 116. “ O que nós precisamos entender é que cada problema força a busca de uma solução. ” Herbert London