O documento descreve um caso em que uma enfermeira aplicou medicação errada em uma paciente que morreu. A imprensa entrevistou a enfermeira, seu advogado e representantes da polícia, conselho de enfermagem e sindicato para obter diferentes perspectivas sobre o caso. O documento analisa como a imprensa lidou com a situação e oferece lições sobre como porta-vozes devem ser preparados para lidar com a mídia durante crises.
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1. Media Training – BR www.mediatrainingbr.com.br Dicas para o bom desempenho dos porta-vozes em seus contatos com a imprensa 026 Dezembro de 2010 Visite também o nosso blog no http://mediatrainingbr.blogspot.com ; siga-nos no [email_address] ; faça parte de nossa comunidade no www.orkut.com e diga se esta curtindo ou não o nosso trabalho no www.facebook.com
2. Hoje pela manhã o telejornal "Bom Dia Brasil" reproduziu matéria apresentada ontem à noite no "Fantástico", programa de variedades, ambos transmitidos pela Rede Globo de Televisão, uma entrevista exclusiva com a auxiliar de enfermagem que por engano aplicou medicação errada numa paciente do hospital em que trabalha. Esta, apesar de socorrida pelos médicos, veio a falecer minutos depois. O caso, como era de se esperar, comoveu país e, com justa razão, revoltou parentes e amigos da família da vítima, uma criança de 9 anos de idade. Lamentável este episódio. Erros deste tipo jamais deveriam acontecer! O caso, do ponto de vista do gerenciamento da comunicação em situações de crise, oferece uma lição interessante que deve ser aprendida pelos porta-vozes de empresas de qualquer setor de atuação. Vale observar atentamente a movimentação da imprensa. O seu 1º movimento foi o de convencer a jovem que cometeu o erro a conceder, de forma exclusiva, uma entrevista ao programa (Qualquer funcionário de uma empresa poder ser procurado pela imprensa e "convencido" a dar uma entrevista). Certamente a aparição foi negociada, inclusive com seus advogados. Acompanhe-nos no http://mediatriningbr.blogspot.com ; twitter, Facebook, Yoomp, Flickr, blogblogsbr
3. Ela, ao que parece, apenas exigiu que seu rosto não fosse mostrado em câmera aberta (Qualquer funcionário de uma empresa poderia aceitar o convite da imprensa nas condições do anonimato). Foi respeitada. Depois dos argumentos apresentados pela jovem, que revelou-se emocionada, o repórter foi, na seqüência e como "manda o manual" - 2º movimento - ouvir o posicionamento de seu advogado. Ele logicamente tentou minimizar o erro da sua cliente. O 3º movimento do jornalista foi o da repercussão: o repórter foi buscar a opinião do presidente do Conselho Regional de Enfermagem que classificou o erro como inadmissível. Antes do "Bom Dia Brasil" mudar de tema, houve uma conversa entre a âncora do programa, que é transmitido do Rio de Janeiro, com a sua colega de São Paulo, onde o fato foi registrado. A jornalista de São Paulo informou que o caso esta sendo tratado pela polícia como "crime culposo", ou seja, sem a intenção de matar e forneceu ainda o parecer do sindicato dos profissionais de enfermagem. Este justificou o fato oferecendo três considerações: má formação profissional, baixos salários e excesso de trabalho. Como se percebe, a emissora ouviu praticamente todos os envolvidos ( a família foi apenas mostrada). Acompanhe-nos no http://mediatriningbr.blogspot.com ; twitter, Facebook, Yoomp, Flickr, blogblogsbr
4. A imprensa, como se pode observar nitidamente neste caso, não se contenta com uma única explicação e tem várias maneiras de conseguir a informação que deseja. Uma delas, como bem mostra este caso, é a "negociação". Dificilmente uma "reportagem" se encerrará apenas com a palavra do porta-voz. E ele deve responder aos questionamentos do jornalista tendo este ponto bastante claro na sua consciência. Tudo o que falar será utilizado na repercussão, conforme manda o bom jornalismo e que certamente, numa situação de crise, o jornalista irá realizar. Por isso, é de extrema importância o Media Training. O porta-voz tem que saber o que falar, quando falar e as conseqüências possíveis da sua fala. Não dá para usar aquele argumento amador do tipo "deixa que na hora eu vejo que falar". Não é assim que funciona. Além do que trata-se de um grave desrespeito ao profissional e a sua audiência. E hoje, com os meios interligados e "superazeitados", basta um click para um fato, que poderia ficar restrito, expandir-se e ganhar o mundo. E macular de forma contundente a imagem de uma organização.