SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 1
ACONDROPLASIA FETAL - RELATO DE CASO
• Introdução: A acondroplasia, também conhecida como
doença de Parrot, é a principal causa do nanismo genético,
sendo uma enfermidade dominante clássica, na qual a
incidência e a taxa de mutação é de aproximadamente 2 em
10.000 nascimentos e 1 por 100.000 genomas. Além da
baixa estatura, o paciente apresenta como sinais clínicos:
deformidades da coluna vertebral, macrocefalia, hidrocefalia
e mãos com dedos curtos e grossos em tridente. As
características da acondroplasia podem ser suspeitadas já no
exame de ultrassonografia pré-natal de 2°e 3° trimestres.
• Relato de caso: ABS, 28 anos, O+, G2PC1, IG 23s+1d procura a
maternidade do HUSFP, conveniado a UCPEL, por perda de
força súbita em membros inferiores há 8 dias sem pré-natal.
Realizado ultrassom obstétrico (US) sugestivo de
acondroplasia fetal. Realizado ressônancia magnética (RMN)
toraco-lombar que apresentou hérnias protusas centrais
entre T8 e T11, discopatias degenerativas de L3 a S1, artrose
incipiente em L4-L5, espondilólise bilateral em L5, com
espondilolestese grau I. Realizado eletroneuromiografia
sugestiva de lesão central. Condições que não justificavam os
sintomas. Realizado RNM de encéfalo sem alterações.
Repetido US obstétrico com 27s+2d confirmando a displasia
esquelética do feto. Paciente evoluiu com melhora gradual e
espontânea dos sintomas motores, deambulando
satisfatoriamente após 38 dias de internação. Seguiu
acompanhamento pré-natal, US obstétrico com doppler a
cada 15d, mantendo comprimento do fêmur com percentil
menor que 5 e doppler normal. O nascimento ocorreu de
parto cesáreo dia 29/04/2019 com IG 39s. RNUV, sexo
feminino, peso 2950g, apgar 6/8, com hérnia umbilical, e
achados compatíveis com displasia esquelética tipo
acondroplásica.
• Discussão: A acondroplasia ocorre devido a mutações no gene
do receptor 3 do fator de crescimento fibroblástico (FGFR3),
que codifica um receptor na regulação do crescimento ósseo
linear. O desenvolvimento motor é mais lento devido aos
membros e pescoço curtos e cabeça grande. Os aparelhos de
US atuais facilitam o diagnóstico de anomalias fetais. O
profissional deve avaliar possíveis sinais de letalidade, entre
elas, dimensões torácicas reduzidas, ossos longos
extremamente encurtados, ossificação craniana deficiente e
volume de líquido amniótico inadequado. O diagnóstico pré-
natal auxilia no aconselhamento genéticos para futuras
concepções. Adultos acondroplásicos atingem uma altura de
131±5,6 cm (homens) e 124±5,9 (mulheres). Os afetados
podem optar por procedimentos de alongamentos dos
membros. A terapia da fala pode ser útil na dicção. O
tratamento da apnéia do sono obstrutiva pode incluir
amigdalo-adenoidectomia, perda de peso e/ou usar pressão
positiva contínua das vias respiratórias (CPAP). A curvatura
das pernas pode ser reparada por meio de procedimentos
cirúrgicos. Adultos podem necessitar laminectomia lombar
para tratar a estenose espinhal.
Hospital Universitário São Francisco de Paula – Pelotas-RS
Amaral, R.P.; Nicola, G.Z.; Haical, P.H.; Castoldi, M.R.; Fogaça, T.B.; Mendes, R.M.;
Silva, E.; Mendes, E.B.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Deficiência motora espinha bífida
Deficiência motora espinha bífidaDeficiência motora espinha bífida
Deficiência motora espinha bífidacordeiroana
 
Osteocondrites e osteocondroses
Osteocondrites e osteocondrosesOsteocondrites e osteocondroses
Osteocondrites e osteocondrosesAndré Cipriano
 
Mielomeningocele - Mariana Rialto
Mielomeningocele - Mariana RialtoMielomeningocele - Mariana Rialto
Mielomeningocele - Mariana Rialtofetalufpr
 
Tratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricos
Tratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricosTratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricos
Tratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricosFrancisco H C Felix
 
Anomalias do sistema urogenital
Anomalias do sistema urogenitalAnomalias do sistema urogenital
Anomalias do sistema urogenitalIgor Maurer
 
Sindrome de legg calvés perthes- Por Gisele Sena(Flor Radioativa)
Sindrome de legg calvés perthes- Por Gisele Sena(Flor Radioativa)Sindrome de legg calvés perthes- Por Gisele Sena(Flor Radioativa)
Sindrome de legg calvés perthes- Por Gisele Sena(Flor Radioativa)Gisele Sena
 
Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )
Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )
Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )blogped1
 
Apresentação genética médica Evolução médica com base na genética
Apresentação genética médica Evolução médica com base na genéticaApresentação genética médica Evolução médica com base na genética
Apresentação genética médica Evolução médica com base na genéticadnei
 
Novo Germinoma Localizado Nos Tálamos e Pedúnculos Cerebrais
Novo Germinoma Localizado Nos Tálamos e Pedúnculos CerebraisNovo Germinoma Localizado Nos Tálamos e Pedúnculos Cerebrais
Novo Germinoma Localizado Nos Tálamos e Pedúnculos CerebraisUltrimagem Diagnósticos
 
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 33
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 33Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 33
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 33Professor Robson
 

Mais procurados (20)

Deficiência motora espinha bífida
Deficiência motora espinha bífidaDeficiência motora espinha bífida
Deficiência motora espinha bífida
 
Osteocondrites e osteocondroses
Osteocondrites e osteocondrosesOsteocondrites e osteocondroses
Osteocondrites e osteocondroses
 
Mielomeningocele - Mariana Rialto
Mielomeningocele - Mariana RialtoMielomeningocele - Mariana Rialto
Mielomeningocele - Mariana Rialto
 
Herança Mitocondrial
Herança MitocondrialHerança Mitocondrial
Herança Mitocondrial
 
Microcefalia e/ou alterações do snc e a relação com vírus zika
Microcefalia e/ou alterações do snc e a relação com vírus zikaMicrocefalia e/ou alterações do snc e a relação com vírus zika
Microcefalia e/ou alterações do snc e a relação com vírus zika
 
Tratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricos
Tratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricosTratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricos
Tratamento clínico dos gliomas de baixo grau em pacientes pediátricos
 
Anomalias do sistema urogenital
Anomalias do sistema urogenitalAnomalias do sistema urogenital
Anomalias do sistema urogenital
 
Sindrome de legg calvés perthes- Por Gisele Sena(Flor Radioativa)
Sindrome de legg calvés perthes- Por Gisele Sena(Flor Radioativa)Sindrome de legg calvés perthes- Por Gisele Sena(Flor Radioativa)
Sindrome de legg calvés perthes- Por Gisele Sena(Flor Radioativa)
 
Mielomeningocele
MielomeningoceleMielomeningocele
Mielomeningocele
 
Aula ppt biologia
Aula ppt biologiaAula ppt biologia
Aula ppt biologia
 
Síndrome de Kartagener
Síndrome de KartagenerSíndrome de Kartagener
Síndrome de Kartagener
 
Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )
Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )
Doença de von Recklinghausen's ( Neurofibromatose Tipo I )
 
76236 20070518082129
76236 2007051808212976236 20070518082129
76236 20070518082129
 
Apresentação genética médica Evolução médica com base na genética
Apresentação genética médica Evolução médica com base na genéticaApresentação genética médica Evolução médica com base na genética
Apresentação genética médica Evolução médica com base na genética
 
Tumores supratentoriais .
Tumores supratentoriais .Tumores supratentoriais .
Tumores supratentoriais .
 
Novo Germinoma Localizado Nos Tálamos e Pedúnculos Cerebrais
Novo Germinoma Localizado Nos Tálamos e Pedúnculos CerebraisNovo Germinoma Localizado Nos Tálamos e Pedúnculos Cerebrais
Novo Germinoma Localizado Nos Tálamos e Pedúnculos Cerebrais
 
Sindrome de apert
Sindrome de apertSindrome de apert
Sindrome de apert
 
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 33
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 33Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 33
Serviço de infectologia pediátrica caso clínico 33
 
CORDOMA E CONDROSSARCOMA CRANIANO
CORDOMA E CONDROSSARCOMA CRANIANOCORDOMA E CONDROSSARCOMA CRANIANO
CORDOMA E CONDROSSARCOMA CRANIANO
 
Anencefalia 2.0
Anencefalia 2.0Anencefalia 2.0
Anencefalia 2.0
 

Semelhante a Acondroplasia fetal

Principais malformações cerebrais no RN
Principais malformações cerebrais no RNPrincipais malformações cerebrais no RN
Principais malformações cerebrais no RNgisa_legal
 
Ultrassonografia morfológica e malformações do sistema nervoso central
Ultrassonografia morfológica e malformações do sistema nervoso centralUltrassonografia morfológica e malformações do sistema nervoso central
Ultrassonografia morfológica e malformações do sistema nervoso centralUiliam Santos
 
Osteocondroma cervical
Osteocondroma cervicalOsteocondroma cervical
Osteocondroma cervicalzanamarques
 
Picnodisostose
PicnodisostosePicnodisostose
Picnodisostoseblogped1
 
CRESCER E BAIXA ESTATURA EM CRIANÇA, INFANTIL E JUVENIL INCLUINDO ADOLESCÊNCI...
CRESCER E BAIXA ESTATURA EM CRIANÇA, INFANTIL E JUVENIL INCLUINDO ADOLESCÊNCI...CRESCER E BAIXA ESTATURA EM CRIANÇA, INFANTIL E JUVENIL INCLUINDO ADOLESCÊNCI...
CRESCER E BAIXA ESTATURA EM CRIANÇA, INFANTIL E JUVENIL INCLUINDO ADOLESCÊNCI...Van Der Häägen Brazil
 
Doenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromesDoenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromesElda Aguiar Gama
 
Doenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: SíndromesDoenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: SíndromesMatheus Fellipe
 
Artigo relato de caso
Artigo relato de casoArtigo relato de caso
Artigo relato de casoAna Vieira
 
Congresso Anual ASRM 2014: melhores aulas
Congresso Anual ASRM 2014: melhores aulasCongresso Anual ASRM 2014: melhores aulas
Congresso Anual ASRM 2014: melhores aulasRenato Tomioka, MD
 
Artigo sindrome de_leigh_v31_n3_2013_p330a334
Artigo sindrome de_leigh_v31_n3_2013_p330a334Artigo sindrome de_leigh_v31_n3_2013_p330a334
Artigo sindrome de_leigh_v31_n3_2013_p330a334Nathanael Amparo
 
Um caso de meduloblastoma e piora neurológica tardia
Um caso de meduloblastoma e piora neurológica tardiaUm caso de meduloblastoma e piora neurológica tardia
Um caso de meduloblastoma e piora neurológica tardiaFrancisco H C Felix
 
Esclerose lateral amiotrófica pronto [2525]
Esclerose lateral amiotrófica pronto [2525]Esclerose lateral amiotrófica pronto [2525]
Esclerose lateral amiotrófica pronto [2525]Gilmar Roberto Batista
 
BAIXA ESTATURA E CRESCER INFANTIL E JUVENIL; ANORMALIDADES CROMOSSÔMICAS E SÍ...
BAIXA ESTATURA E CRESCER INFANTIL E JUVENIL; ANORMALIDADES CROMOSSÔMICAS E SÍ...BAIXA ESTATURA E CRESCER INFANTIL E JUVENIL; ANORMALIDADES CROMOSSÔMICAS E SÍ...
BAIXA ESTATURA E CRESCER INFANTIL E JUVENIL; ANORMALIDADES CROMOSSÔMICAS E SÍ...Van Der Häägen Brazil
 
Hérnia de disco lombar diretrizes
Hérnia de disco lombar diretrizesHérnia de disco lombar diretrizes
Hérnia de disco lombar diretrizesadrianomedico
 
Fratura supracondiliana-do-umero-na-crianca AMB
Fratura supracondiliana-do-umero-na-crianca AMBFratura supracondiliana-do-umero-na-crianca AMB
Fratura supracondiliana-do-umero-na-crianca AMBDiego Félix
 
Abordagem da fisioterapia na espinha bifida - Original.pdf
Abordagem da fisioterapia na espinha bifida - Original.pdfAbordagem da fisioterapia na espinha bifida - Original.pdf
Abordagem da fisioterapia na espinha bifida - Original.pdfpedro199229
 

Semelhante a Acondroplasia fetal (20)

Principais malformações cerebrais no RN
Principais malformações cerebrais no RNPrincipais malformações cerebrais no RN
Principais malformações cerebrais no RN
 
Ultrassonografia morfológica e malformações do sistema nervoso central
Ultrassonografia morfológica e malformações do sistema nervoso centralUltrassonografia morfológica e malformações do sistema nervoso central
Ultrassonografia morfológica e malformações do sistema nervoso central
 
Osteocondroma cervical
Osteocondroma cervicalOsteocondroma cervical
Osteocondroma cervical
 
Picnodisostose
PicnodisostosePicnodisostose
Picnodisostose
 
CRESCER E BAIXA ESTATURA EM CRIANÇA, INFANTIL E JUVENIL INCLUINDO ADOLESCÊNCI...
CRESCER E BAIXA ESTATURA EM CRIANÇA, INFANTIL E JUVENIL INCLUINDO ADOLESCÊNCI...CRESCER E BAIXA ESTATURA EM CRIANÇA, INFANTIL E JUVENIL INCLUINDO ADOLESCÊNCI...
CRESCER E BAIXA ESTATURA EM CRIANÇA, INFANTIL E JUVENIL INCLUINDO ADOLESCÊNCI...
 
Esclerose multipla1
Esclerose multipla1Esclerose multipla1
Esclerose multipla1
 
Doenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromesDoenças geneticas sindromes
Doenças geneticas sindromes
 
Doenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: SíndromesDoenças genéticas: Síndromes
Doenças genéticas: Síndromes
 
Artigo relato de caso
Artigo relato de casoArtigo relato de caso
Artigo relato de caso
 
10.2 pneumologia
10.2 pneumologia10.2 pneumologia
10.2 pneumologia
 
Congresso Anual ASRM 2014: melhores aulas
Congresso Anual ASRM 2014: melhores aulasCongresso Anual ASRM 2014: melhores aulas
Congresso Anual ASRM 2014: melhores aulas
 
Artigo sindrome de_leigh_v31_n3_2013_p330a334
Artigo sindrome de_leigh_v31_n3_2013_p330a334Artigo sindrome de_leigh_v31_n3_2013_p330a334
Artigo sindrome de_leigh_v31_n3_2013_p330a334
 
Um caso de meduloblastoma e piora neurológica tardia
Um caso de meduloblastoma e piora neurológica tardiaUm caso de meduloblastoma e piora neurológica tardia
Um caso de meduloblastoma e piora neurológica tardia
 
Esclerose lateral amiotrófica pronto [2525]
Esclerose lateral amiotrófica pronto [2525]Esclerose lateral amiotrófica pronto [2525]
Esclerose lateral amiotrófica pronto [2525]
 
Síndrome de duchenne.point.poetha
Síndrome de duchenne.point.poethaSíndrome de duchenne.point.poetha
Síndrome de duchenne.point.poetha
 
Tocotraumatismo
TocotraumatismoTocotraumatismo
Tocotraumatismo
 
BAIXA ESTATURA E CRESCER INFANTIL E JUVENIL; ANORMALIDADES CROMOSSÔMICAS E SÍ...
BAIXA ESTATURA E CRESCER INFANTIL E JUVENIL; ANORMALIDADES CROMOSSÔMICAS E SÍ...BAIXA ESTATURA E CRESCER INFANTIL E JUVENIL; ANORMALIDADES CROMOSSÔMICAS E SÍ...
BAIXA ESTATURA E CRESCER INFANTIL E JUVENIL; ANORMALIDADES CROMOSSÔMICAS E SÍ...
 
Hérnia de disco lombar diretrizes
Hérnia de disco lombar diretrizesHérnia de disco lombar diretrizes
Hérnia de disco lombar diretrizes
 
Fratura supracondiliana-do-umero-na-crianca AMB
Fratura supracondiliana-do-umero-na-crianca AMBFratura supracondiliana-do-umero-na-crianca AMB
Fratura supracondiliana-do-umero-na-crianca AMB
 
Abordagem da fisioterapia na espinha bifida - Original.pdf
Abordagem da fisioterapia na espinha bifida - Original.pdfAbordagem da fisioterapia na espinha bifida - Original.pdf
Abordagem da fisioterapia na espinha bifida - Original.pdf
 

Último

Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfGiza Carla Nitz
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARBelinha Donatti
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfGiza Carla Nitz
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDEErikajosiane
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeLviaResende3
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAgabriella462340
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxEmanuellaFreitasDiog
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfGiza Carla Nitz
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfGiza Carla Nitz
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfThiagoAlmeida458596
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdfGiza Carla Nitz
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxWilliamPratesMoreira
 

Último (20)

Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdfAula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal  - Parte 1.pdf
Aula 3- Biologia Celular - Componente da Celula Eucarionte Animal - Parte 1.pdf
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo -  PARTE 2.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 2.pdf
 
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdfAula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
Aula 9 - Doenças Transmitidas Por Vetores.pdf
 
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdfAula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
Aula 2- CME - Central de Material Esterelizado - Parte 1.pdf
 
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALARdispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
dispneia NA sala emergência E URGENCIA HOSPITALAR
 
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdfAula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
Aula 4- Biologia Celular - Membrana Plasmática. pptx.pdf
 
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDECULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
CULMINANCIA DA ELETIVA BEM ESTAR E SAUDE
 
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúdeAula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
Aula Processo de Enfermagem na atenção primária a saúde
 
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLAAULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
AULA NUTRIÇÃO EM ENFERMAGEM.2024 PROF GABRIELLA
 
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptxPRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
PRINCIPAIS DOENÇAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO (1).pptx
 
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdfAula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
Aula 11 - Prevenção e Controle da Hanseníase e Tuberculose - Parte II.pdf
 
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdfAula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
Aula 3 - Epidemiologia - Conceito e História.pdf
 
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdfAula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
Aula 3 - Sistema Esquelético - Anatomia Humana.pdf
 
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdfAula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
Aula 7 - Sistema Linfático - Anatomia humana.pdf
 
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdfAula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
Aula 1 - Clínica Cirurgica -organização, estrutura, funcionamento.pdf
 
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdfAula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
Aula 7 - Tempos Cirurgicos - A Cirurgia Passo A Passo - PARTE 1.pdf
 
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdfAula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
Aula 4 - Sistema Articular- Anatomia Humana.pdf
 
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdfNutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
Nutrição Enteral e parenteral para enfermagem .pdf
 
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdfAula 3- CME - Tipos de Instrumentais -  Pacotes -.pdf
Aula 3- CME - Tipos de Instrumentais - Pacotes -.pdf
 
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptxNR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
NR32 - Treinamento Perfurocortantes - 2023.pptx
 

Acondroplasia fetal

  • 1. ACONDROPLASIA FETAL - RELATO DE CASO • Introdução: A acondroplasia, também conhecida como doença de Parrot, é a principal causa do nanismo genético, sendo uma enfermidade dominante clássica, na qual a incidência e a taxa de mutação é de aproximadamente 2 em 10.000 nascimentos e 1 por 100.000 genomas. Além da baixa estatura, o paciente apresenta como sinais clínicos: deformidades da coluna vertebral, macrocefalia, hidrocefalia e mãos com dedos curtos e grossos em tridente. As características da acondroplasia podem ser suspeitadas já no exame de ultrassonografia pré-natal de 2°e 3° trimestres. • Relato de caso: ABS, 28 anos, O+, G2PC1, IG 23s+1d procura a maternidade do HUSFP, conveniado a UCPEL, por perda de força súbita em membros inferiores há 8 dias sem pré-natal. Realizado ultrassom obstétrico (US) sugestivo de acondroplasia fetal. Realizado ressônancia magnética (RMN) toraco-lombar que apresentou hérnias protusas centrais entre T8 e T11, discopatias degenerativas de L3 a S1, artrose incipiente em L4-L5, espondilólise bilateral em L5, com espondilolestese grau I. Realizado eletroneuromiografia sugestiva de lesão central. Condições que não justificavam os sintomas. Realizado RNM de encéfalo sem alterações. Repetido US obstétrico com 27s+2d confirmando a displasia esquelética do feto. Paciente evoluiu com melhora gradual e espontânea dos sintomas motores, deambulando satisfatoriamente após 38 dias de internação. Seguiu acompanhamento pré-natal, US obstétrico com doppler a cada 15d, mantendo comprimento do fêmur com percentil menor que 5 e doppler normal. O nascimento ocorreu de parto cesáreo dia 29/04/2019 com IG 39s. RNUV, sexo feminino, peso 2950g, apgar 6/8, com hérnia umbilical, e achados compatíveis com displasia esquelética tipo acondroplásica. • Discussão: A acondroplasia ocorre devido a mutações no gene do receptor 3 do fator de crescimento fibroblástico (FGFR3), que codifica um receptor na regulação do crescimento ósseo linear. O desenvolvimento motor é mais lento devido aos membros e pescoço curtos e cabeça grande. Os aparelhos de US atuais facilitam o diagnóstico de anomalias fetais. O profissional deve avaliar possíveis sinais de letalidade, entre elas, dimensões torácicas reduzidas, ossos longos extremamente encurtados, ossificação craniana deficiente e volume de líquido amniótico inadequado. O diagnóstico pré- natal auxilia no aconselhamento genéticos para futuras concepções. Adultos acondroplásicos atingem uma altura de 131±5,6 cm (homens) e 124±5,9 (mulheres). Os afetados podem optar por procedimentos de alongamentos dos membros. A terapia da fala pode ser útil na dicção. O tratamento da apnéia do sono obstrutiva pode incluir amigdalo-adenoidectomia, perda de peso e/ou usar pressão positiva contínua das vias respiratórias (CPAP). A curvatura das pernas pode ser reparada por meio de procedimentos cirúrgicos. Adultos podem necessitar laminectomia lombar para tratar a estenose espinhal. Hospital Universitário São Francisco de Paula – Pelotas-RS Amaral, R.P.; Nicola, G.Z.; Haical, P.H.; Castoldi, M.R.; Fogaça, T.B.; Mendes, R.M.; Silva, E.; Mendes, E.B.