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EspinhaBífida
UFRJ -Faculdade de Fisioterapia
Disciplina: Fisioterapia na saúde da criança e do adolescente
Docente: Jocelene
Discentes: Ana Clara Porto, Anne Bondarczuk
e Rafael Pugliesi
A espinha bífida é uma má formação
congênita que pertence à família dos (DFTN),
Defeitos de Fechamento do Tubo Neural.
A placa neural, originada do ectoderma de
revestimento do embrião, tem, ao final da 3º
semana de gestação, suas bordas laterais
elevadas, enquanto no seu centro aparece
um sulco neural.
Gradualmente, as bordas se aproximam uma
da outra e se fundem originando o tubo
neural.
A espinha bífida ocorre quando há falha no
fechamento do tubo neural em algum ponto
da futura coluna vertebral.
Nesse defeito, medula e nervos podem ficar
expostos ao líquido amniótico e sofrer lesões
irreversíveis.
DEFINIÇÃO
Fonte: Moore, 2018
Dados
Mais comum na torácica inferior, lombar ou sacral
No mundo, varia de 0,1 a 10 casos a cada 1000
nascidos vivos (variam conforme a questão
socioeconômica do país)
No brasil constitui a segunda maior causa
de deficiência motora infantil segundo o
Ministério da Saúde
Incidência nacional de 1 a cada 1000 nascidos vivos
4 países entre os 41 pesquisados
Geralmente se estende de 3 a 6 segmentos
vertebrais
Defeito do tubo neural mais incidente
Fonte: SINASC, 2020.
De 3 a 5% de recorrência
de mielomeningocele
após a gestação prévia
O mesmo risco ocorre para parentes
cossanguíneos de 1° grau
De 1 a 2% em parentes
cossanguíneos de 2° grau
Há menor incidência
entre asiáticos e negros
Etiologia - Fatores genéticos
Etiologia - Fatores ambientais
Baixa escolaridade
Baixas condições
socioeconômicas
idade materna
superior a 40 anos
idade materna
inferior a 19 anos
origem hispânica
Etiologia - Fatores ambientais
exposição
hipertérmica no
início da gestação
hiperglicemia ou
diabetes
obesidade materna
medicamentos antagonistas
do ácido fólico e anticonvulsionantes
consumo de álcool
e drogas
Decorrente de uma
deficiência materna de
ácido fólico (vitamina B9)-
participa da síntese de
DNA e consequente
desenvolvimento celular
Etiologia -Fatores nutricionais
O metabolismo do folato
regula vias metabólicas
de crescimento,
proliferação e
diferenciação celular
Deficiência
materna de zinco
Controle e prevenção
de diabetes
Prevenção - Combate
aos fatores de risco
Monitoramento dos níveis de
ácido fólico materno e
suplementacao 3 meses antes
da concepção e no primeiro
trimestre da gravidez
(4000mcg diariamente)
Dieta balaceada
Controle do peso
Prevenção - Combate
aos fatores de risco
Evitar
superaquecimento
Não utilizar
medicamentos sem
recomendação médica
Realizar pré natal
Não consumir
álcool e drogas
Prognóstico
O prognóstico da espinha bífida vem melhorando
nos últimos 60 anos devido à:
-pesquisas e aperfeicoamentos no tratamento
-métodos de diagnóstico e novas técnicas
- cirurgicas que diminuem o agravamento de lesões
neurológicas
-redução de incidência e complicações
Associação da Espinha
Bífida de Mato Grosso
recebe cobertores
Radiografia simples
Diagnóstico
Ultrassonografia pré-natal
Altos níveis de alfa-fetoproteina em
líquido aminiótico ou soro materno
Ressonância magnética
Tomografia
computadorizada Observação: visível no dorso
Classificação quanto ao tipo de lesão
Espinha Bífida
Espinha Bífida
Oculta
Com Mielomeningocele
Com Meningocele
Espinha Bífida
Cística Com Mielosquise
Com Raquisquise
Fechamento incompleto do arco vertebral
posterior que nao acomete medula espinhal,
meninges e raízes nervosas, portanto nao ha
hierniação ou deslocamento do SNC
Pode ser inperceptível
Geralmente acomete entre as vertebras L5 e
S1
Nao apresenta sinais e sintomas neurológicos
Pode-se observar presença anormal de cabelo
ou mancha na região
Espinha Bífida Oculta
Espinha Bífida
Espinha Bífida
Oculta
Com Mielomeningocele
Com Meningocele
Espinha Bífida
Cística Com Mielosquise
Com Raquisquise
Classificação quanto ao tipo de lesão
Fechamento incompleto do
arco vertebral posterior com
acometimento de medula
espinhal e/ou meninges, e
raízes nervosas
Observada a saliência nas
costas do bebê, uma
protusão cística
Pode ser meningocele ou
mielomeningocele
Espinha Bífida
Cística
Espinha Bífida
Espinha Bífida
Oculta
Com Mielomeningocele
Com Meningocele
Espinha Bífida
Cística Com Mielosquise
Com Raquisquise
Classificação quanto ao tipo de lesão
Forma mais leve da espinha bífida cística
Acomete apenas as etruturas que envolvem a
medula espinhal
Ha protusão de um cisto com líquido
cefalorraquidiano e as meninges, ambos cobertos
por epitélio
Saliência interna e pele
Bebê não apresenta problema pois a condução dos
impulsos nervosos ocorre normalmente
Perceptúvel por uma bolsa de líquido cerebro-
espinhal no local da lesão
Meningocele
Espinha Bífida
Espinha Bífida
Oculta
Com Mielomeningocele
Com Meningocele
Espinha Bífida
Cística Com Mielosquise
Com Raquisquise
Classificação quanto ao tipo de lesão
Forma mais grave que a anterior da
espinha bífida cística
Ha a protusão de um cisto com
líquido cefalorraquidiano,
meninges e medula espinhal
cobertos por epitélio
Paciente apresenta problemas
neurológicos devido a nao
condução do impulso nervoso
abaixo da lesão
Mielomeningocele
Espinha Bífida
Espinha Bífida
Oculta
Com Mielomeningocele
Com Meningocele
Espinha Bífida
Cística Com Mielosquise
Com Raquisquise
Classificação quanto ao tipo de lesão
De todas as formas é a mais gravde da
espinha bífida
O defeito se encontra na abertura da
medula espinal, pois houve uma falha
na fusão das pregas neurais.
A medula espinal é representada por
uma massa plana de tecido nervoso,
não há elevação das pregas neurais,
ocasionando, geralmente, a paralisia
permanente ou fraqueza nos membros
inferiores.
Mielosquise
Espinha Bífida
Espinha Bífida
Oculta
Com Mielomeningocele
Com Meningocele
Espinha Bífida
Cística Com Mielosquise
Com Raquisquise
Classificação quanto ao tipo de lesão
A forma mais grave da espinha bífida
Uma abertura completa da coluna
vertebral que, ao colocar em
comunicação direta a medula espinal
com o exterior
Provoca a morte da vítima.
Raquisquiquise
Nivel cervical: pode gerar lesão fatal
Nivel torácico: sem movimentos ativos de membros
inferiores
Nível lombar alto: apresenta atividade dos músculos psoas,
adutores e eventualmente quadríceps
Nivel lombar baixo: apresenta atividade dos músculos
psoas, adutores, quadriceps, flexores mediais do joelho e
eventualmente tibial anterior e/ou glúteo médio
Nivel sacral: além dos músculos do nível lombar baixo,
apresentam atividade de flexores plantares e/ou
extensores de quadril
Classificação quanto ao
nível da lesão
.
.
.
.
.
Uso de órteses em cada
nível da lesão
Nível Lombar Alto (L1-L3): apresenta alguma
sensibilidade abaixo dos quadris e alguma força
nos músculos flexores e adutores dos quadris
ou dos extensores do joelho com controle de
tronco normal. As órteses indicadas para esse
tipo de lesão são: RGO, ParaWalquer, HKAFO ou
parapódio.
Nivel Torácico: Poderão se sustentar em pé com
o auxílio de órteses (ROG, ParaWalquer, HKAFO,
parapódio ou andador articulado), porém serão
dependentes de cadeira de rodas Essa criança
dependerá de força em seus membros
superiores e ajuda para suas atividades de vida
diária.
Nível Lombar Baixo (L4-L5): tem a presença da
musculatura já descrita acima e também de
força muscular dos flexores dos joelhos ou dos
dorsiflexores dos pés ou dos abdutores dos
quadris. Necessitaram de órteses abaixo do
joelho (KAFO ou AFO).
Nível Sacral: além de toda a musculatura já
descrita, apresenta força flexora plantar dos
pés ou dos artelhos ou dos extensores dos
quadris. Tem as maiores chances de deambular
com o uso de uma AFO ou nenhum aparelho
ortopédico. (Malvarez e Lampropulos, 1994;
Teloken, 1993; Solar e Ibánez, 1987; McDonald,
1999).
Uso de órteses em cada
nível da lesão
Uso de órteses em cada
nível da lesão
Os sinais e sintomas variam conforme o
tipo e local da lesão
De forma progressiva, os pacientes
acometidos respectivamente por espinha
bifida oculta, meningocele,
mielomeningocele ,mielosquise e
raquisquise tem maior gravidade de
sinais e sintomas
Quanto ao local da lesão, quanto mais
superior maior o número de estruturas e
funções afetadas
Sinais e sintomas
Formação de mancha na pele das
costas
Formação de tufo de cabelo nas
costas
Ligeira depressão nas costas (como
uma cova)
Ligeiro volume devido ao acúmulo de
gordura na região
Sinais e sintomas
Espinha bífida oculta
Sinais e sintomas
Meningocele
Perda parcial ou total de controle da bexiga
e do intestino
Anestesia e paralisia parcial ou completa de
membros inferiores
Estenose do canal vertebral
Deformidades ortopédicas
Hidrocefalia
Alterações no controle de equilíbrio
(cerebelo)
Sinais e sintomas
Mielomeningocele
Convulsões
Pode apresentar dificuldades de
aprendizado, problemas de coordenação,
problemas visuais e epilepsia
Úlceras de pressão
Mal perfurante plantar
Síndrome da medula presa
Infecções de repetição
Refluxos
Obesidade
Apneia do sono
Alergia ao látex
Riscos de desajustes psicossociais
Sinais e sintomas
Mielomeningocele
Paraplegia flácia
Alterações sensitivas abaixo da lesão (anestesia ou
parestesia)
Paralisia total ou completa dos membros inferiores
Dificuldade ou incapacidade de manutenção da
postura ortostática e deambulação
Distúrbios esqueléticos, em tecidos moles e
periarticulares
Incontinência urinária ou fecal e disfunção sexual
Sinais e sintomas
Mielomeningocele
Cifose e Escoliose
Pé torto
Artrogripose das pernas
Deslocamento do quadril
Deformidade dos membros inferiores
Déficits sensoriais, cognitivos, tróficos e tônicos
Alteração da densidade mineral ossea
Paresia
Movimentos descontrolados
:
Sinais e sintomas
Mielosquise
Paralisa ou fraqueza
abaixo da lesão
:
A espinha bifida, seja ela
oculta ou dos tipos
miningocele,
mielomeningocele e
mielosquise não possui cura
O tratamento cirúrgico deve
ocorrer 24 horas apos o
nascimento, com o objetivo de
reconstituição anatomica do
tecido nervoso viável e a
redução ou prevenção de
riscos de lesão ao SNC
A fisioterapia atua no pós
cirúrgico e desde o nascimento
oferecendo funcionalidade ao
paciente
:
Tratamento
Inspeção da mal formação:
-formato
-tamanho da falha
-integridade da pele adjacente
Abordagem
multiprofissional
Prevenção - conscientização
sobre saúde gestacional
Pós-natal: prevenindo pioras
clínicas e ajudando na
conquista de habilidades
Orientação a família - desafios
físicos, emocionais e sociais
Presente durante toda a vida
garantindo funcionalidade ao
paciente
Abordagem
multiprofissional
Logo após o nascimento
-objetivo deve ser estabilizacao do
recem nascido
-Avaliação das condições cardíacas
e respiratórias
-Criança deve ser mantida em
decúbito ventral ou lateral
evitando a pressão sobre o tecido
exposto
Abordagem
multiprofissional
Avaliação neurológica inicial:
-observar nível medular (sensitivo e
motor)
-sensitivo: recém-nascido relaxado e
calmo com estímulo cutaneo
-estimulação no dorso ou membros
superioes com estímulo pontiagudo
-hidrocefalia (se presente)
Abordagem
multiprofissional
Possíveis complicações nas
primeiras semanas pós cirurgica:
-hidrocefalia
-necrose
-fístula liquórica
-infecçao com ou sem meninge
-deiscência da ferida operatória
Abordagem
multiprofissional
Síndrome da medula presa:
-piora da marcha
-fraqueza progressiva
-escoliose
-dor
-deformidades ortopédica
-disfunção urológica
-se desenvolve durante o crescimento (até os
20 anos)
-diagnóstico precoce e liberação cirúrgica da
medula presa
Abordagem multiprofissional
Possível atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor:
-dificuldade do controle de cabeça, tórax
(principalmente associado a hidrocefalia)
-dificuldade no início de processos como
sentar, levantar e deambular
-necessidade de implementar tďcnicas de
auxílio no desenvolvimento
neuropsicomotor, no intuito de promover
aquisição de habilidades nesse aspecto
Abordagem
multiprofissional
O papel na prevencão da progressão
dos sinais e sintomas:
-Incidência de dependência da cadeira de
rodas de 20 a 50% de crianças que
deambulavam
-atuação como profissional de saúde no
estimulo a funcionalidade/habilidade e
independência na educação, formação
profissional, atividades físicas, orientação
sexual e atividades em geral
Abordagem
multiprofissional
Evitar encurtamentos musculares e
deformidades/ contraturas
Melhorar o condicionamento respiratório
Promover o aprendizado de habilidades
motoras
Adequação do tônus muscular
Ajustar a postura
Promover deambulação ou mobilidade
independentes
Melhorar a força muscular
Abordagem
multiprofissional
Objetivos e
condutas
Prevenção de encurtamento
muscular e contraturas
Alongamentos, exercícios passivos,
pompages, trações manuais nas
estruturas, mobilizações intra-
articulares e massoterapia
Objetivos e
condutas
Fortalecimento muscular e
aumento de tônus
Estimulação elétrica neuromuscular;
exercícios resistidos (com theraband e
halteres ); exercícios de facilitação
neuromuscular propioceptiva com
resistência
Objetivos e
condutas
Incentivo a marcha
Utilização de órteses, associadas ao
andador, treinos de estabilização e
posteriormente de marcha
Para equilíbrio estático e
dinâmico
Objetivos e
condutas
Exercícios na bola e no rolo, com o
paciente mantendo a mão na bola e o
fisioterapeuta gerando desequilíbrio
na bola suiça e realização de força
contra a resistência oposta ao
fisioterapeuta
Treinos de transferência
Objetivos e
condutas
No tatame com o uso de suporte (push up);
treino de aquisição da postura de gatos
com auxilio de apoio anterior do rolo; treino
de aquisição da postura sentada com
estabilização do fisioteraputa; treino de
apoio na posição bípede com auxílio da
bola ; treino de transferência de peso
lateralmente sentado no rolo
Dissociação pélvica
Objetivos e
condutas Mobilização em rotação, anteversão,
retroversão, sentado na bola bobath
mobilizando a pelve
Objetivos e
condutas
Estimulação de coordenacão,
força e concentração
Utilização de brinquedos;
considerando as diagonais
funcionais de membros
superiores e inferiores
Ganho de habilidades motoras/
funcionais
Objetivos e
condutas
Treinos de tarefas e habilidades
Melhora do condicionamento
cardiorrespiratório
Objetivos e
condutas
Exercícios aeróbicos
CIF
Importante considerar sempre que a
base da fisioterapia é a funcionalidade
O objetivo final do tratamento é
promover ou devolver funcionalidade ao
paciente
Por isso, considerar e utilizar a CIF como
base do tratamento torna-se
fundamental
Cada conduta, exercício e orientação
deve considerar os aspectos da CIF:
função e estrutura corpórea; atividade e
participação (fatores ambientais e
pessoais)
A ciência na Espinha bífida
Impacto no estresse familiar e parental do reparo pré-
natal versus pós-natal da mielomeningocele
ARTIGO DE 2016
A ciência na Espinha bífida
Introdução:
Neste artigo, descrevem o impacto nas famílias
que cuidam de uma criança com espinha bífida e
comparam a diferença de impacto entre aqueles
que foram randomizados para reparo pré-natal
versus pós-natal. Além disso, exploram outros
fatores associados ao impacto nas famílias e ao
estresse parental.
Mulheres randomizadas (mulheres grávidas entre 19 e 25 semanas
de gestação com um feto diagnosticado com mielomeningocele
que preenchiam os critérios de elegibilidade foram aleatoriamente
designadas para cirurgia pré-natal ou pós-natal)completaram a
Escala de Impacto na Família (IFS) de 24 itens e o Formulário Curto
do Índice de Estresse Parental de 36 itens (PSI-SF) aos 12 e 30 meses
após o parto.
Uma pontuação revisada de 15 itens do IFS (RIFS) descrevendo o
impacto geral também foi computada. Pontuações mais altas
refletem mais impactos negativos ou maior estresse. Além disso,
examinamos os escores da Family Support Scale (FSS) e da Family
Resource Scale (FRS), juntamente com vários resultados neonatais.
A análise de medidas repetidas foi realizada para cada escala e
subescala.
A ciência na Espinha bífida
Métodos:
A ciência na Espinha bífida
Resultados:
Um total de 183 pacientes foram randomizados,
91 no grupo de cirurgia pré-natal e 92 no grupo
de cirurgia pós-natal.
Houve diferenças estatisticamente significativas
entre os dois grupos em relação à pontuação da
subescala de impacto familiar/social ao longo do
tempo, bem como as pontuações gerais do RIFS
ao longo do tempo.
A ciência na Espinha bífida
Resultados:
Os escores médios do PSI-SF aos 12 e 30 meses foram
56,3 (DP = 13,7) e 61,3 (DP = 21,3) para o grupo de
cirurgia pré-natal e 59,4 (DP = 14,2) e 60,3 (DP = 15,4)
para o grupo de cirurgia pós-natal, respectivamente
(p=0,89). Não houve diferenças estatisticamente
significativas entre os dois grupos para o PSI-SF total
nem em nenhum dos três domínios de estresse:
angústia parental, interação disfuncional e criança
difícil. Além disso, não houve diferença significativa nos
escores de resposta defensiva entre os dois grupos.
A ciência na Espinha bífida Resultados:
Houve diferenças estatisticamente significativas entre
os dois grupos em relação à pontuação da subescala
de impacto familiar/social ao longo do tempo, bem
como as pontuações gerais do RIFS ao longo do tempo.
Esta subescala mede a extensão da interrupção das
interações sociais normais dentro e fora do sistema
familiar devido à deficiência da criança. Os subescores
médios de impacto familiar/social aos 12 e 30 meses
foram 13,8 (DP = 3,6) e 14,0 (DP = 3,8) para o grupo de
cirurgia pré-natal e 15,2 (DP = 4,1) e 15,3 (DP = 3,7)
para o grupo pós-natal. Não houve diferença nas
outras três pontuações da subescala (impacto
financeiro, tensão pessoal, falta de domínio) entre os
dois grupos de cirurgia.
A ciência na Espinha bífida
O impacto familiar negativo geral de cuidar de uma criança com
espinha bífida, até 30 meses de idade, foi significativamente
menor no grupo de cirurgia pré-natal em comparação com o
grupo de cirurgia pós-natal. O reparo pré-natal resultou em
menor impacto familiar/social. As demais subescalas de
impacto familiar, bem como o estresse parental geral, não
foram diferentes entre os dois grupos. Portanto, apesar do
investimento significativo de reparo pré-natal, essas famílias
relatam melhor impacto familiar ou igual impacto
familiar/estresse parental em comparação com aquelas que
realizaram reparo pós-natal. Finalmente, caminhar
independentemente aos 30 meses e os recursos familiares aos
12 meses estão associados ao impacto familiar e ao estresse
dos pais
Discussão:
Os achados nesta análise podem desempenhar um papel importante no
aconselhamento de pacientes sobre como o momento do reparo cirúrgico
pré-natal versus pós-natal pode afetar o funcionamento familiar. Este é um
achado importante devido aos significativos custos pessoais e familiares
envolvidos na cirurgia materno-fetal. Apesar dos encargos significativos
envolvidos com a cirurgia pré-natal, esses cuidadores relatam menos
impacto familiar/social e impacto familiar geral do que as mulheres
randomizadas para o grupo de cirurgia pós-natal aos 12 e 30 meses após o
parto. E não houve diferenças entre os grupos para as demais subescalas
de impacto familiar e para as escalas de estresse parental. Além do
aconselhamento pré-natal, esses achados destacam a necessidade de
atender à experiência das famílias e encontrar áreas de intervenção para
ajudar as famílias a se ajustarem ao cuidado de uma criança com
deficiência. Os pais podem se beneficiar do apoio do assistente social,
encaminhamento a um especialista em saúde mental quando indicado e
assistência de recursos.
A ciência na Espinha bífida
Discussão:
A cirurgia pré-natal para mielomeningocele demonstrou ter benefícios
sobre a cirurgia pós-natal. No entanto, é importante enfatizar que nem
todas as famílias foram beneficiadas e o benefício potencial deve ser
ponderado contra os riscos maternos e fetais. Além disso, a cirurgia
materno-fetal exige um comprometimento emocional, físico e financeiro
significativo da gestante e de sua família. A capacidade da mulher de se
submeter à cirurgia materno-fetal depende dos recursos sociais que
promovem a resiliência familiar. As mulheres que são candidatas à
cirurgia materno-fetal devem ser informadas de que o reparo pré-natal
está associado a um impacto familiar menos negativo do que o reparo
pós-natal e que o momento do reparo não está associado ao aumento
do estresse parental aos 12 ou 30 meses. Esses dados reforçam a
importância de uma avaliação abrangente para identificar e reconhecer
estressores dentro da unidade familiar e fornecer suporte social às
famílias que cuidam de crianças com espinha bífida.
A ciência na Espinha bífida
Conclusão:
A falta de informação é mais comum que a
própria patologia, e pode preveni-lá.
AGOSTO LARANJ
Mês de Conscientização
da Mielomeningocele
Referências bibliográficas
https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/anomalias-neurol%C3%B3gicas-cong%C3%AAnitas/espinha-
b%C3%ADfida#:~:text=%C3%89%20um%20defeito%20no%20fechamento,disfun%C3%A7%C3%A3o%20neurol%C3%B3gica%20abaixo%20da%20les%C3%A3o.
https://noeh.com.br/espinha-bifida/
https://www.sanarmed.com/resumo-espinha-bifida-ligas
https://www.danonenutricia.com.br/infantil/primeiros-meses/saude/espinha-bifida-problema-na-coluna-vertebral
https://www.christopherreeve.org/pt/international/portuguese-hub/sa%C3%BAde/causas-de-paralisia/espinha-b%C3%ADfida
https://www.amato.com.br/meningocele-mielomenigocele-espinha-bifida/
https://www.google.com/search?
q=sinais+e+sintomas+da+espinha+bifida+oculta&oq=sinais+e+sintomas+da+espinha+bifida+oculta&aqs=chrome..69i57j0i22i30.6716j0j9&sourceid=chrome&ie=UTF-8
https://opas.org.br/espinha-bifida-causas-sintomas-e-tratamentos/
https://www.christopherreeve.org/pt/international/portuguese-hub/sa%C3%BAde/causas-de-paralisia/espinha-b%C3%ADfida
http://blog.santaclinica.com.br/fisioterapia-na-espinha-
bifida/#:~:text=%2DTRATAMENTO%20FISIOTERAP%C3%8AUTICO%3A%20Nos%20pacientes%20com,e%20otimiza%C3%A7%C3%A3o%20do%20desenvolvimento%20infantil.
https://interfisio.com.br/a-intervencao-fisioterapeutica-em-criancas-portadora-de-mielomeningocele/
https://blogfisioterapia.com.br/reabilitacao-da-mielomeningocele/
https://www.medbookeditora.com.br/post/blogujte-ze-sv%C3%A9ho-zve%C5%99ejn%C4%9Bn%C3%A9ho-webu-a-z-mobilu
https://blogfisioterapia.com.br/reabilitacao-da-mielomeningocele/

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Abordagem da fisioterapia na Espinha Bífida

  • 1. Abordagemdafisioterapiana EspinhaBífida UFRJ -Faculdade de Fisioterapia Disciplina: Fisioterapia na saúde da criança e do adolescente Docente: Jocelene Discentes: Ana Clara Porto, Anne Bondarczuk e Rafael Pugliesi
  • 2. A espinha bífida é uma má formação congênita que pertence à família dos (DFTN), Defeitos de Fechamento do Tubo Neural. A placa neural, originada do ectoderma de revestimento do embrião, tem, ao final da 3º semana de gestação, suas bordas laterais elevadas, enquanto no seu centro aparece um sulco neural. Gradualmente, as bordas se aproximam uma da outra e se fundem originando o tubo neural. A espinha bífida ocorre quando há falha no fechamento do tubo neural em algum ponto da futura coluna vertebral. Nesse defeito, medula e nervos podem ficar expostos ao líquido amniótico e sofrer lesões irreversíveis. DEFINIÇÃO Fonte: Moore, 2018
  • 3. Dados Mais comum na torácica inferior, lombar ou sacral No mundo, varia de 0,1 a 10 casos a cada 1000 nascidos vivos (variam conforme a questão socioeconômica do país) No brasil constitui a segunda maior causa de deficiência motora infantil segundo o Ministério da Saúde Incidência nacional de 1 a cada 1000 nascidos vivos 4 países entre os 41 pesquisados Geralmente se estende de 3 a 6 segmentos vertebrais Defeito do tubo neural mais incidente Fonte: SINASC, 2020.
  • 4. De 3 a 5% de recorrência de mielomeningocele após a gestação prévia O mesmo risco ocorre para parentes cossanguíneos de 1° grau De 1 a 2% em parentes cossanguíneos de 2° grau Há menor incidência entre asiáticos e negros Etiologia - Fatores genéticos
  • 5. Etiologia - Fatores ambientais Baixa escolaridade Baixas condições socioeconômicas idade materna superior a 40 anos idade materna inferior a 19 anos origem hispânica
  • 6. Etiologia - Fatores ambientais exposição hipertérmica no início da gestação hiperglicemia ou diabetes obesidade materna medicamentos antagonistas do ácido fólico e anticonvulsionantes consumo de álcool e drogas
  • 7. Decorrente de uma deficiência materna de ácido fólico (vitamina B9)- participa da síntese de DNA e consequente desenvolvimento celular Etiologia -Fatores nutricionais O metabolismo do folato regula vias metabólicas de crescimento, proliferação e diferenciação celular Deficiência materna de zinco
  • 8. Controle e prevenção de diabetes Prevenção - Combate aos fatores de risco Monitoramento dos níveis de ácido fólico materno e suplementacao 3 meses antes da concepção e no primeiro trimestre da gravidez (4000mcg diariamente) Dieta balaceada Controle do peso
  • 9. Prevenção - Combate aos fatores de risco Evitar superaquecimento Não utilizar medicamentos sem recomendação médica Realizar pré natal Não consumir álcool e drogas
  • 10. Prognóstico O prognóstico da espinha bífida vem melhorando nos últimos 60 anos devido à: -pesquisas e aperfeicoamentos no tratamento -métodos de diagnóstico e novas técnicas - cirurgicas que diminuem o agravamento de lesões neurológicas -redução de incidência e complicações Associação da Espinha Bífida de Mato Grosso recebe cobertores
  • 11. Radiografia simples Diagnóstico Ultrassonografia pré-natal Altos níveis de alfa-fetoproteina em líquido aminiótico ou soro materno Ressonância magnética Tomografia computadorizada Observação: visível no dorso
  • 12. Classificação quanto ao tipo de lesão Espinha Bífida Espinha Bífida Oculta Com Mielomeningocele Com Meningocele Espinha Bífida Cística Com Mielosquise Com Raquisquise
  • 13. Fechamento incompleto do arco vertebral posterior que nao acomete medula espinhal, meninges e raízes nervosas, portanto nao ha hierniação ou deslocamento do SNC Pode ser inperceptível Geralmente acomete entre as vertebras L5 e S1 Nao apresenta sinais e sintomas neurológicos Pode-se observar presença anormal de cabelo ou mancha na região Espinha Bífida Oculta
  • 14. Espinha Bífida Espinha Bífida Oculta Com Mielomeningocele Com Meningocele Espinha Bífida Cística Com Mielosquise Com Raquisquise Classificação quanto ao tipo de lesão
  • 15. Fechamento incompleto do arco vertebral posterior com acometimento de medula espinhal e/ou meninges, e raízes nervosas Observada a saliência nas costas do bebê, uma protusão cística Pode ser meningocele ou mielomeningocele Espinha Bífida Cística
  • 16. Espinha Bífida Espinha Bífida Oculta Com Mielomeningocele Com Meningocele Espinha Bífida Cística Com Mielosquise Com Raquisquise Classificação quanto ao tipo de lesão
  • 17. Forma mais leve da espinha bífida cística Acomete apenas as etruturas que envolvem a medula espinhal Ha protusão de um cisto com líquido cefalorraquidiano e as meninges, ambos cobertos por epitélio Saliência interna e pele Bebê não apresenta problema pois a condução dos impulsos nervosos ocorre normalmente Perceptúvel por uma bolsa de líquido cerebro- espinhal no local da lesão Meningocele
  • 18. Espinha Bífida Espinha Bífida Oculta Com Mielomeningocele Com Meningocele Espinha Bífida Cística Com Mielosquise Com Raquisquise Classificação quanto ao tipo de lesão
  • 19. Forma mais grave que a anterior da espinha bífida cística Ha a protusão de um cisto com líquido cefalorraquidiano, meninges e medula espinhal cobertos por epitélio Paciente apresenta problemas neurológicos devido a nao condução do impulso nervoso abaixo da lesão Mielomeningocele
  • 20. Espinha Bífida Espinha Bífida Oculta Com Mielomeningocele Com Meningocele Espinha Bífida Cística Com Mielosquise Com Raquisquise Classificação quanto ao tipo de lesão
  • 21. De todas as formas é a mais gravde da espinha bífida O defeito se encontra na abertura da medula espinal, pois houve uma falha na fusão das pregas neurais. A medula espinal é representada por uma massa plana de tecido nervoso, não há elevação das pregas neurais, ocasionando, geralmente, a paralisia permanente ou fraqueza nos membros inferiores. Mielosquise
  • 22. Espinha Bífida Espinha Bífida Oculta Com Mielomeningocele Com Meningocele Espinha Bífida Cística Com Mielosquise Com Raquisquise Classificação quanto ao tipo de lesão
  • 23. A forma mais grave da espinha bífida Uma abertura completa da coluna vertebral que, ao colocar em comunicação direta a medula espinal com o exterior Provoca a morte da vítima. Raquisquiquise
  • 24. Nivel cervical: pode gerar lesão fatal Nivel torácico: sem movimentos ativos de membros inferiores Nível lombar alto: apresenta atividade dos músculos psoas, adutores e eventualmente quadríceps Nivel lombar baixo: apresenta atividade dos músculos psoas, adutores, quadriceps, flexores mediais do joelho e eventualmente tibial anterior e/ou glúteo médio Nivel sacral: além dos músculos do nível lombar baixo, apresentam atividade de flexores plantares e/ou extensores de quadril Classificação quanto ao nível da lesão . . . . .
  • 25. Uso de órteses em cada nível da lesão Nível Lombar Alto (L1-L3): apresenta alguma sensibilidade abaixo dos quadris e alguma força nos músculos flexores e adutores dos quadris ou dos extensores do joelho com controle de tronco normal. As órteses indicadas para esse tipo de lesão são: RGO, ParaWalquer, HKAFO ou parapódio. Nivel Torácico: Poderão se sustentar em pé com o auxílio de órteses (ROG, ParaWalquer, HKAFO, parapódio ou andador articulado), porém serão dependentes de cadeira de rodas Essa criança dependerá de força em seus membros superiores e ajuda para suas atividades de vida diária. Nível Lombar Baixo (L4-L5): tem a presença da musculatura já descrita acima e também de força muscular dos flexores dos joelhos ou dos dorsiflexores dos pés ou dos abdutores dos quadris. Necessitaram de órteses abaixo do joelho (KAFO ou AFO). Nível Sacral: além de toda a musculatura já descrita, apresenta força flexora plantar dos pés ou dos artelhos ou dos extensores dos quadris. Tem as maiores chances de deambular com o uso de uma AFO ou nenhum aparelho ortopédico. (Malvarez e Lampropulos, 1994; Teloken, 1993; Solar e Ibánez, 1987; McDonald, 1999).
  • 26. Uso de órteses em cada nível da lesão
  • 27. Uso de órteses em cada nível da lesão
  • 28. Os sinais e sintomas variam conforme o tipo e local da lesão De forma progressiva, os pacientes acometidos respectivamente por espinha bifida oculta, meningocele, mielomeningocele ,mielosquise e raquisquise tem maior gravidade de sinais e sintomas Quanto ao local da lesão, quanto mais superior maior o número de estruturas e funções afetadas Sinais e sintomas
  • 29. Formação de mancha na pele das costas Formação de tufo de cabelo nas costas Ligeira depressão nas costas (como uma cova) Ligeiro volume devido ao acúmulo de gordura na região Sinais e sintomas Espinha bífida oculta
  • 30. Sinais e sintomas Meningocele Perda parcial ou total de controle da bexiga e do intestino Anestesia e paralisia parcial ou completa de membros inferiores Estenose do canal vertebral Deformidades ortopédicas Hidrocefalia Alterações no controle de equilíbrio (cerebelo)
  • 31. Sinais e sintomas Mielomeningocele Convulsões Pode apresentar dificuldades de aprendizado, problemas de coordenação, problemas visuais e epilepsia Úlceras de pressão Mal perfurante plantar Síndrome da medula presa Infecções de repetição Refluxos Obesidade Apneia do sono Alergia ao látex Riscos de desajustes psicossociais
  • 32. Sinais e sintomas Mielomeningocele Paraplegia flácia Alterações sensitivas abaixo da lesão (anestesia ou parestesia) Paralisia total ou completa dos membros inferiores Dificuldade ou incapacidade de manutenção da postura ortostática e deambulação Distúrbios esqueléticos, em tecidos moles e periarticulares Incontinência urinária ou fecal e disfunção sexual
  • 33. Sinais e sintomas Mielomeningocele Cifose e Escoliose Pé torto Artrogripose das pernas Deslocamento do quadril Deformidade dos membros inferiores Déficits sensoriais, cognitivos, tróficos e tônicos Alteração da densidade mineral ossea Paresia Movimentos descontrolados :
  • 34. Sinais e sintomas Mielosquise Paralisa ou fraqueza abaixo da lesão :
  • 35. A espinha bifida, seja ela oculta ou dos tipos miningocele, mielomeningocele e mielosquise não possui cura O tratamento cirúrgico deve ocorrer 24 horas apos o nascimento, com o objetivo de reconstituição anatomica do tecido nervoso viável e a redução ou prevenção de riscos de lesão ao SNC A fisioterapia atua no pós cirúrgico e desde o nascimento oferecendo funcionalidade ao paciente : Tratamento
  • 36. Inspeção da mal formação: -formato -tamanho da falha -integridade da pele adjacente Abordagem multiprofissional
  • 37. Prevenção - conscientização sobre saúde gestacional Pós-natal: prevenindo pioras clínicas e ajudando na conquista de habilidades Orientação a família - desafios físicos, emocionais e sociais Presente durante toda a vida garantindo funcionalidade ao paciente Abordagem multiprofissional
  • 38. Logo após o nascimento -objetivo deve ser estabilizacao do recem nascido -Avaliação das condições cardíacas e respiratórias -Criança deve ser mantida em decúbito ventral ou lateral evitando a pressão sobre o tecido exposto Abordagem multiprofissional
  • 39. Avaliação neurológica inicial: -observar nível medular (sensitivo e motor) -sensitivo: recém-nascido relaxado e calmo com estímulo cutaneo -estimulação no dorso ou membros superioes com estímulo pontiagudo -hidrocefalia (se presente) Abordagem multiprofissional
  • 40. Possíveis complicações nas primeiras semanas pós cirurgica: -hidrocefalia -necrose -fístula liquórica -infecçao com ou sem meninge -deiscência da ferida operatória Abordagem multiprofissional
  • 41. Síndrome da medula presa: -piora da marcha -fraqueza progressiva -escoliose -dor -deformidades ortopédica -disfunção urológica -se desenvolve durante o crescimento (até os 20 anos) -diagnóstico precoce e liberação cirúrgica da medula presa Abordagem multiprofissional
  • 42. Possível atraso no desenvolvimento neuropsicomotor: -dificuldade do controle de cabeça, tórax (principalmente associado a hidrocefalia) -dificuldade no início de processos como sentar, levantar e deambular -necessidade de implementar tďcnicas de auxílio no desenvolvimento neuropsicomotor, no intuito de promover aquisição de habilidades nesse aspecto Abordagem multiprofissional
  • 43. O papel na prevencão da progressão dos sinais e sintomas: -Incidência de dependência da cadeira de rodas de 20 a 50% de crianças que deambulavam -atuação como profissional de saúde no estimulo a funcionalidade/habilidade e independência na educação, formação profissional, atividades físicas, orientação sexual e atividades em geral Abordagem multiprofissional
  • 44. Evitar encurtamentos musculares e deformidades/ contraturas Melhorar o condicionamento respiratório Promover o aprendizado de habilidades motoras Adequação do tônus muscular Ajustar a postura Promover deambulação ou mobilidade independentes Melhorar a força muscular Abordagem multiprofissional
  • 45. Objetivos e condutas Prevenção de encurtamento muscular e contraturas Alongamentos, exercícios passivos, pompages, trações manuais nas estruturas, mobilizações intra- articulares e massoterapia
  • 46. Objetivos e condutas Fortalecimento muscular e aumento de tônus Estimulação elétrica neuromuscular; exercícios resistidos (com theraband e halteres ); exercícios de facilitação neuromuscular propioceptiva com resistência
  • 47. Objetivos e condutas Incentivo a marcha Utilização de órteses, associadas ao andador, treinos de estabilização e posteriormente de marcha
  • 48. Para equilíbrio estático e dinâmico Objetivos e condutas Exercícios na bola e no rolo, com o paciente mantendo a mão na bola e o fisioterapeuta gerando desequilíbrio na bola suiça e realização de força contra a resistência oposta ao fisioterapeuta
  • 49. Treinos de transferência Objetivos e condutas No tatame com o uso de suporte (push up); treino de aquisição da postura de gatos com auxilio de apoio anterior do rolo; treino de aquisição da postura sentada com estabilização do fisioteraputa; treino de apoio na posição bípede com auxílio da bola ; treino de transferência de peso lateralmente sentado no rolo
  • 50. Dissociação pélvica Objetivos e condutas Mobilização em rotação, anteversão, retroversão, sentado na bola bobath mobilizando a pelve
  • 51. Objetivos e condutas Estimulação de coordenacão, força e concentração Utilização de brinquedos; considerando as diagonais funcionais de membros superiores e inferiores
  • 52. Ganho de habilidades motoras/ funcionais Objetivos e condutas Treinos de tarefas e habilidades
  • 54. CIF Importante considerar sempre que a base da fisioterapia é a funcionalidade O objetivo final do tratamento é promover ou devolver funcionalidade ao paciente Por isso, considerar e utilizar a CIF como base do tratamento torna-se fundamental Cada conduta, exercício e orientação deve considerar os aspectos da CIF: função e estrutura corpórea; atividade e participação (fatores ambientais e pessoais)
  • 55. A ciência na Espinha bífida Impacto no estresse familiar e parental do reparo pré- natal versus pós-natal da mielomeningocele ARTIGO DE 2016
  • 56. A ciência na Espinha bífida Introdução: Neste artigo, descrevem o impacto nas famílias que cuidam de uma criança com espinha bífida e comparam a diferença de impacto entre aqueles que foram randomizados para reparo pré-natal versus pós-natal. Além disso, exploram outros fatores associados ao impacto nas famílias e ao estresse parental.
  • 57. Mulheres randomizadas (mulheres grávidas entre 19 e 25 semanas de gestação com um feto diagnosticado com mielomeningocele que preenchiam os critérios de elegibilidade foram aleatoriamente designadas para cirurgia pré-natal ou pós-natal)completaram a Escala de Impacto na Família (IFS) de 24 itens e o Formulário Curto do Índice de Estresse Parental de 36 itens (PSI-SF) aos 12 e 30 meses após o parto. Uma pontuação revisada de 15 itens do IFS (RIFS) descrevendo o impacto geral também foi computada. Pontuações mais altas refletem mais impactos negativos ou maior estresse. Além disso, examinamos os escores da Family Support Scale (FSS) e da Family Resource Scale (FRS), juntamente com vários resultados neonatais. A análise de medidas repetidas foi realizada para cada escala e subescala. A ciência na Espinha bífida Métodos:
  • 58. A ciência na Espinha bífida Resultados: Um total de 183 pacientes foram randomizados, 91 no grupo de cirurgia pré-natal e 92 no grupo de cirurgia pós-natal. Houve diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos em relação à pontuação da subescala de impacto familiar/social ao longo do tempo, bem como as pontuações gerais do RIFS ao longo do tempo.
  • 59. A ciência na Espinha bífida Resultados: Os escores médios do PSI-SF aos 12 e 30 meses foram 56,3 (DP = 13,7) e 61,3 (DP = 21,3) para o grupo de cirurgia pré-natal e 59,4 (DP = 14,2) e 60,3 (DP = 15,4) para o grupo de cirurgia pós-natal, respectivamente (p=0,89). Não houve diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos para o PSI-SF total nem em nenhum dos três domínios de estresse: angústia parental, interação disfuncional e criança difícil. Além disso, não houve diferença significativa nos escores de resposta defensiva entre os dois grupos.
  • 60. A ciência na Espinha bífida Resultados: Houve diferenças estatisticamente significativas entre os dois grupos em relação à pontuação da subescala de impacto familiar/social ao longo do tempo, bem como as pontuações gerais do RIFS ao longo do tempo. Esta subescala mede a extensão da interrupção das interações sociais normais dentro e fora do sistema familiar devido à deficiência da criança. Os subescores médios de impacto familiar/social aos 12 e 30 meses foram 13,8 (DP = 3,6) e 14,0 (DP = 3,8) para o grupo de cirurgia pré-natal e 15,2 (DP = 4,1) e 15,3 (DP = 3,7) para o grupo pós-natal. Não houve diferença nas outras três pontuações da subescala (impacto financeiro, tensão pessoal, falta de domínio) entre os dois grupos de cirurgia.
  • 61. A ciência na Espinha bífida O impacto familiar negativo geral de cuidar de uma criança com espinha bífida, até 30 meses de idade, foi significativamente menor no grupo de cirurgia pré-natal em comparação com o grupo de cirurgia pós-natal. O reparo pré-natal resultou em menor impacto familiar/social. As demais subescalas de impacto familiar, bem como o estresse parental geral, não foram diferentes entre os dois grupos. Portanto, apesar do investimento significativo de reparo pré-natal, essas famílias relatam melhor impacto familiar ou igual impacto familiar/estresse parental em comparação com aquelas que realizaram reparo pós-natal. Finalmente, caminhar independentemente aos 30 meses e os recursos familiares aos 12 meses estão associados ao impacto familiar e ao estresse dos pais Discussão:
  • 62. Os achados nesta análise podem desempenhar um papel importante no aconselhamento de pacientes sobre como o momento do reparo cirúrgico pré-natal versus pós-natal pode afetar o funcionamento familiar. Este é um achado importante devido aos significativos custos pessoais e familiares envolvidos na cirurgia materno-fetal. Apesar dos encargos significativos envolvidos com a cirurgia pré-natal, esses cuidadores relatam menos impacto familiar/social e impacto familiar geral do que as mulheres randomizadas para o grupo de cirurgia pós-natal aos 12 e 30 meses após o parto. E não houve diferenças entre os grupos para as demais subescalas de impacto familiar e para as escalas de estresse parental. Além do aconselhamento pré-natal, esses achados destacam a necessidade de atender à experiência das famílias e encontrar áreas de intervenção para ajudar as famílias a se ajustarem ao cuidado de uma criança com deficiência. Os pais podem se beneficiar do apoio do assistente social, encaminhamento a um especialista em saúde mental quando indicado e assistência de recursos. A ciência na Espinha bífida Discussão:
  • 63. A cirurgia pré-natal para mielomeningocele demonstrou ter benefícios sobre a cirurgia pós-natal. No entanto, é importante enfatizar que nem todas as famílias foram beneficiadas e o benefício potencial deve ser ponderado contra os riscos maternos e fetais. Além disso, a cirurgia materno-fetal exige um comprometimento emocional, físico e financeiro significativo da gestante e de sua família. A capacidade da mulher de se submeter à cirurgia materno-fetal depende dos recursos sociais que promovem a resiliência familiar. As mulheres que são candidatas à cirurgia materno-fetal devem ser informadas de que o reparo pré-natal está associado a um impacto familiar menos negativo do que o reparo pós-natal e que o momento do reparo não está associado ao aumento do estresse parental aos 12 ou 30 meses. Esses dados reforçam a importância de uma avaliação abrangente para identificar e reconhecer estressores dentro da unidade familiar e fornecer suporte social às famílias que cuidam de crianças com espinha bífida. A ciência na Espinha bífida Conclusão:
  • 64. A falta de informação é mais comum que a própria patologia, e pode preveni-lá. AGOSTO LARANJ Mês de Conscientização da Mielomeningocele
  • 65. Referências bibliográficas https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/pediatria/anomalias-neurol%C3%B3gicas-cong%C3%AAnitas/espinha- b%C3%ADfida#:~:text=%C3%89%20um%20defeito%20no%20fechamento,disfun%C3%A7%C3%A3o%20neurol%C3%B3gica%20abaixo%20da%20les%C3%A3o. https://noeh.com.br/espinha-bifida/ https://www.sanarmed.com/resumo-espinha-bifida-ligas https://www.danonenutricia.com.br/infantil/primeiros-meses/saude/espinha-bifida-problema-na-coluna-vertebral https://www.christopherreeve.org/pt/international/portuguese-hub/sa%C3%BAde/causas-de-paralisia/espinha-b%C3%ADfida https://www.amato.com.br/meningocele-mielomenigocele-espinha-bifida/ https://www.google.com/search? q=sinais+e+sintomas+da+espinha+bifida+oculta&oq=sinais+e+sintomas+da+espinha+bifida+oculta&aqs=chrome..69i57j0i22i30.6716j0j9&sourceid=chrome&ie=UTF-8 https://opas.org.br/espinha-bifida-causas-sintomas-e-tratamentos/ https://www.christopherreeve.org/pt/international/portuguese-hub/sa%C3%BAde/causas-de-paralisia/espinha-b%C3%ADfida http://blog.santaclinica.com.br/fisioterapia-na-espinha- bifida/#:~:text=%2DTRATAMENTO%20FISIOTERAP%C3%8AUTICO%3A%20Nos%20pacientes%20com,e%20otimiza%C3%A7%C3%A3o%20do%20desenvolvimento%20infantil. https://interfisio.com.br/a-intervencao-fisioterapeutica-em-criancas-portadora-de-mielomeningocele/ https://blogfisioterapia.com.br/reabilitacao-da-mielomeningocele/ https://www.medbookeditora.com.br/post/blogujte-ze-sv%C3%A9ho-zve%C5%99ejn%C4%9Bn%C3%A9ho-webu-a-z-mobilu https://blogfisioterapia.com.br/reabilitacao-da-mielomeningocele/