Renascimento

José Miguel Gaspareto
Renascimento
Movimento cultural e
artístico que rompeu
com o padrão de
pensamento vigente
no mundo medieval,
introduzindo a
cultura laica (não
religiosa).
Foi um período marcado por transformações em muitas
áreas da vida humana, que assinalam o final da Idade
Média e o início da Idade Moderna.
O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização
européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650.
Transformações
Apesar destas transformações
serem bem evidentes na
cultura,sociedade,economia,
política e religião,
caracterizando a transição do
feudalismo para o capitalismo,
o termo é mais comumente
empregado para descrever
seus efeitos nas artes, na
filosofia e nas ciências.
Da Vinci – Maior nome do renascimento. Pintor, escultor,
urbanista, engenheiro, músico, físico, botânico,anatomista...
Contexto Histórico
 Aumento populacional
 Expansão das cidades
 Surgimento das
universidades
 O fortalecimento da
economia monetária e o
surgimento da burguesia.  Surgimento das rotas de
comércio, interligando o
continente europeu.
Principais Características do Renascimento
Individualismo
Racionalismo
Naturalismo
Humanismo
Cientificismo
Empirismo
Experimentalismo
Inspiração na cultura
clássica
Antropocentrismo - resgate da dimensão humana em todos os
seus aspectos, “ o Homem como medida de todas as coisas”.
Renascimento
Onde ocorre:
A Itália ficou
conhecida como o
berço do
Renascimento.
Porém, este movimento
cultural não se limitou
à Península Itálica,
espalhou-se para
outros países
europeus como, por
exemplo,Inglaterra,
Espanha,Portugal,
França e Países
Baixos.
A Arquitetura Renascentista
Deixou de ser dependente das
possibilidades técnicas, mas foi baseada
em princípios estéticos, conceitos
abstratos como simetria e proporção e
sobre a utilização de uma linguagem
regulada por regras:o sistema das ordens
Na arquitetura renascentista,
a ocupação do espaço pelo
edifício baseia-se em
relações matemáticas
estabelecidas de tal forma
que o observador possa
compreender a lei que o
organiza, de qualquer ponto
em que se coloque.
Perspectiva
O Sistema das Ordens
A arquitetura na
Renascença foi
caracterizada pela
tomada da arte da
antiguidade.
Colunas, capitéis,
entablamento,
cúpulas e todos os
ornamentos
formaram o novo
vocabulário do
estilo renascentista.
As ordens são, ao mesmo tempo um sistema de proporção e
de decoração, foram a estrutura básica da nova linguagem.
Estruturação
Não se preocupava com
a estrutura do edifício.
Uma arquitetura muito
mais “desenhada” do que
“construída”. Abandono
das pesquisas
estruturais.
Preferência pelas abóbadas de
berço e de arestas ao invés das
de cruzaria ogival. O uso
absoluto do arco pleno. Enfim
uma simplificação drástica de
todos os aspectos construtivos.
Os palácios, nos inícios do
renascimento, constituíam uma
edificação intermediária entre a
fortaleza e a casa senhorial. Era
a moradia urbana dos nobres ou
dos mercadores.
Tipologias
A villa nada mais era senão uma
adaptação da velha domus romana.
Com sua loggia(galeria) e seus
amplos terraços, situa-se no centro de
um imenso jardim. Era a residência
fora da cidade dos nobres e dos ricos.
Durante a renascença dois tipos de construção destacaram-se na
Itália: o palazzo ou palácio, e a villa.
Villa Medicea di Poggio a Caiano
Palazzo Rucellai, Florença
Os Palácios
Para atender as
premissas filosóficas do
novo estilo a solução
encontrada no que diz
respeito aos palácios foi
a de construir quatro
corpos em torno de um
pátio central.
As fachadas internas
eram constituídas de
uma ou mais séries de
arcadas, apoiadas nas
correspondentes séries
de colunas: ou então,
transformando a “loggia”
superior numa galeria.
Em geral, os pisos eram separados por um entablamento,
correspondente à ordem das colunas que separava um andar do
outro; e uma série de pilastras planas correspondia, nos andares
superiores, às colunas do pórtico.
O Interior do Palácio
Fachadas externas
Para as
fachadas
externas dos
palácios o
Renascimento
desenvolveu
três esquemas
diferentes numa
ordem
sucessiva de
tempo:
O primeiro teve sua maior expressão no século XV: Trata-se da fachada
com almofadados, um revestimento de pedra grosseiramente
esquadriadas, interrompido apenas pelas janelas e por uma estreita
cornija ornamentada que separa os andares. Esta irregularidade diminui
de andar para andar.
Palazzo Strozzi –Florenca (1538 por Giuliano da Sangallo/Baccio d'Agnolo)
Segundo modelo
Um segundo
tipo, de ordens
sobrepostas
surge logo em
seguida. Tendo
sido usado pela
primeira vez
por Alberti.
Tratava-se de uma fachada também com almofadados, mas em que as
janelas eram separadas por outras tantas pilastras planas, onde cada
piso corresponde a uma determinada ordem: no andar térreo, a ordem
toscana, no pavimento principal, a jônica; e no superior, a coríntia, onde
cada entablamento corresponde à ordem imediatamente inferior à sua
posição
Terceiro modelo
Um terceiro e mais
requintado surge bem
mais tarde, já no
século XVI, como
podemos ver no
Palácio Farnese de
Antonio Sangallo e
Miguel Ângelo.
Tratava-se de um edifício menos “ritmado” do que os de Alberti e no qual
os vários pisos eram indicados apenas por uma faixa ornamentada- uma
arquitrave contínua- e rematados por uma enorme cornija. As ordens se
apresentavam sobrepostas apenas nas janelas dos diversos andares,
constituindo um pequeno edifício independente,completado por cornijas e
tímpanos. Das três soluções, esta é a mais requintada.
As Igrejas
Apesar de racional e
antropocêntrica, a arte
renascentista continuou
cristã, porém as novas
igrejas adotaram um novo
estilo, caracterizado pela
funcionalidade e portanto
pela racionalidade,
representada pelo plano
centralizado, ou a cruz
grega.
Santa Maria da Consolacao
Todi- Italia
Igrejas
É valido dizer que a
maioria das igrejas
renascentistas foi
planejada segundo
as linhas de um
teatro, com o objetivo
de permitir que um
maior número de fiéis
vejam o "palco", ou
seja, o altar-mor. O
novo tipo de igreja,
inspirado nos
templos pagãos, era
ideal para levar a
religião às massas.
Em 1530 o estilo renascentista se transformara em algo totalmente
novo, baseado nos princípios clássicos. Ao contrário da bizantina,
românica e gótica, não tinha interesse estruturais, buscando mais
um sistema decorativo.
Santa Maria Novella - Alberti
As Villas
Uma nova residência, a Villa, foi
uma invencao do renascimento
italiano, em resposta ao desejo
de viver no campo Os primeiros
exemplos, as moradias de
Cosme I de'Medici, Cafaggiolo e
Careggi, desenhado por
Michelozzo, eram pequenos
castelos ou casas senhoriais
vestidas uma Fortaleza.
Logo os arquitectos foram
tentados a experimentar o plano
centralizado em habitações deste
tipo. Giuliano da Sangallo
projetando um quadrado, quase
centralizado:villa at Poggio a
Caiano para Lorenzo o magnífico,
Giuliano da Maiano projetando a
villa Pogio Reale para o rei de
Nápoles, com um pátio
quadrangular e pequenos
pavilhões em cada canto.
Principais Arquitetos
No renascimento os artistas
passam a ter convívio na
corte. Os mais cultos, mais
influentes e mais respeitados
são os arquitetos. Estes
participam das definições do
poder na cidade,participam
de projetos que expressam as
determinações do príncipe na
concepção a partir do estudo
sistemático do artista.
Na Arquitetura os nomes de maior
destaque foram:
Brunelleschi,Alberti,Bramante,
Michelangelo e Palladio.
Brunelleschi
Filippo Brunelleschi (1377
- 1446)
É um exemplo de artista
completo renascentista,
pois foi pintor, escultor e
arquiteto. Além de
dominar conhecimentos
de Matemática, Geometria
e de ser grande
conhecedor da poesia de
Dante. Restabeleceu na
prática o conceito de
ponto de fuga, e a relação
entre a distância e a
redução no tamanho dos
objetos.
Embora tenha se destacado em uma série de obras
importantes, o trabalho que lhe deu maior projeção foi a
cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiori (Santa Maria
das Flores), em Florença.
Leon Battista Alberti (1404 – 1472)
Alberti
Foi pintor, compositor, poeta e
filósofo, mas ficou mais conhecido
como “arquiteto” e autor da primeira
análise científica da perspectiva: o
"De Re Aedificatoria“
Até cerca dos 40 anos passou a
maior parte do tempo estudando as
civilizações antigas da Grécia e
Roma, tornando-se famoso como
humanista e latinista erudito.
Entre seus trabalhos de arquitetura
propriamente dita, sobressaíram a
Igreja de San Francesco em Rimini
(1447), Santa Maria Novella e as
igrejas de Sant'Andrea e de San
Sebastiano, em Mântua (1470),
entre vários outros projetos.
Santa Maria Novella
San Francesco em Rimini
Donato Bramante (1444/1514)
Na região da Lombardia
produz diversas obras
importantes da arquitectura do
renascimento, tais como a
Igreja de Santa Maria Delle
Grazie (1466) ou a Igreja de
Santa Maria Presso San Satiro
(1497), ambas em Milão. Com
a sua ida para Roma, a sua
obra sofre uma verdadeira
evolução. Tempieto de São
Pedro (1502) Em 1503, do
projeta um grande conjunto
monumental para o Vaticano.
Mas, a sua grande obra foi o
plano para a reconstrução da
Catedral de S. Pedro
Bramante
Andrea di Petro dalla Gôndola
(1508-1580)
Palladio
Sua obra nasce da análise exaustiva
de Vitrúvio e dos edifícios
remanescentes da antiguidade
clássica romana, quando os princípios
matemáticos regiam as construções.
Nela é visível a constante preocupação
com a harmonia do conjunto, simetria,
ritmo e unidade.
No requinte de seu
desenho os elementos
funcionais, estruturais
e ornamentais se
combinam entre si,
formando um conjunto
inegavelmente
harmônico.
Tempieto Bárbaro
Palazzo Chericatti
Palladio
Ao longo de sua vida
Palladio desenhou mais
de 60 obras (palácios,
igrejas, pontes,
intervenções, fachadas).
Mas foi como construtor
de “villas” (mais de 20)
que teve sua maior
produção e
reconhecimento
Sua obra mais conhecida e estudada é a
Vila Almerico Capra – Rotonda- (1566-
1571) Corresponde rigorosamente às
teorias fundamentais de Palladio:
simetria absoluta na disposição, desde
os quatro pórticos iguais que constituem
eixos com o mesmo motivo decorativo,
até a sóbria linearidade.
Tratados & Teóricos
A concepção científica do período
renascentista e sua linguagem
humanística criou, através de
teóricos arquitetos, o que hoje
denominamos:
“Princípios Arquitetônicos do
Renascimento”.
Ao longo do Renascimento, estes
princípios tomaram mais força,
tendo sido aplicados por outros
teóricos arquitetos como Filarete,
Giorgio Martini, Vignola,
Serlio,Vasari e Palladio.
O primeiro teórico que defendeu a ideia da
fundamentação destes princípios foi Leon Battista
Alberti.
Alberti
Leon Battista Alberti (1404 – 1472)
Considerado o maior teórico da
Renascença. Era além de arquiteto;
escritor, pintor e escultor. Escreveu
Tratados sobre todas as áreas em que
atuou, propondo que os artistas
buscassem no estudo científico, na
história e na matemática, fundamentos
para o seu trabalho.
Escreveu o primeiro manual sistematizado de
perspectiva, apresentando aos escultores normas de
proporções humanas ideais. Alberti teve como objetivo
principal, criar um método de concepção que permitisse
a construção, não a reprodução, criando uma nova
linguagem na arquitetura.
De Re Aedificatoria
O tratado de Alberti De Re Aedificatoria –( manuscrito 1452)
ainda que usando exaustivamente Vitrúvio, é uma obra
importante e original, que estabelece princípios da arquitetura
à luz da filosofia pessoal do autor e da sua análise de
edifícios romanos. Influenciou profundamente toda a teoria
italiana subsequente.
É de Alberti uma a mais conhecida
definição de beleza em arquitetura:
para Alberti a beleza consiste numa
integração racional das proporções
de todas as partes de um edifício, de
tal maneira que cada parte tenha um
tamanho e uma forma absolutamente
fixa, sem que nada a ela possa se
agregar ou retirar sem destruir a
harmonia do todo.
Tratado de Vitruvio, publicação de 1526, com o título
Medidas do Romano, impressa em Toledo.
Palladio
AndreaPalladio
(1508 – 1580)
Sem dúvida o grande legado
teórico de Palladio foi a sua
publicação de 1570:
I Quattro Libri dell’
Architettura, um verdadeiro
Tratado de Arquitetura, com
linguagem clara e concisa e
rico em ilustrações. Em
análise profunda aborda
temas como as ordens
arquitetônicas, a, arquitetura
e engenharia urbana,os
templos romanos e sua
própria obra.
Palladio adaptou a definição de beleza de Alberti: A beleza resulta da
forma bela e da correspondência do todo com as partes, das partes entre
si e destas com o todo, de modo que todas as construções pareçam
constituir um corpo inteiro e completo, em que cada membro concorda
com o outro e todos resultam necessários para a perfeição do edifício.
Outros Teóricos
Antonio di Pietro Averlino, o
Filarete (1400-1469)
Era além de escultor e
escritor, arquiteto. De 1461 a
1464 escreveu seu“Trattato di
Architettura”, no qual incluiu
uma visão do que seria a
primeira cidade planejada de
épocas modernas.
Filarete, Trattato d’architettura,
fragmento de la pag. 82
Francesco di Giorgio Martini (1439-1501)
Foi um pintor italiano da Escola Sienesa. Foi também
escultor, arquiteto, teórico e engenheiro de mais de
setenta fortificações militares para o Duque de Urbino.
Publicou um tratado chamado Trattato di architettura,
ingegneria e arte militare, em 1482. Foi também o
arquiteto responsável pelos trabalhos na Catedral de
Siena. Usou as seguintes duas imagens para capturar
a ideia do Homem de Vitruviano em sua edição
Giacomo Barozzi da Vignola (1507 – 1573)
Discípulo, porém mais refinado e erudito do
que Serlio escreveu “Regola delli Cinque
Ordini d’Architectura” -1562 – Conjunto de
excelentes gravuras em metal, de versões
das cinco ordens, baseadas em exemplos
romanos e com referências a Vitrúvio.
Sebastiano Serlio (1475 -1552)
Publicou 6 livros de arquitetura abundantemente
ilustrados. Tornou-se autoridade padrão para a
arquitetura e a mais popular fonte de modelos
em toda a Europa, em fins do século XVI e XVII,
sua versão das cinco ordens estão na raiz da
divulgação da linguagem clássica fora da Itália,
somente superada pelas versões de Palladio e
Vignola.
Cidades
• Não existe uma cidade
renascentista. Existem
cidades medievais
(Siena) e cidades
barrocas(Roma).
• As cidades dos séculos
XIII e XIV são centros
ativos de artesãos e
mercadores, densos
núcleos de habitações e
oficinas. Não tendo papel
político importante, seu
aparato militar resume-se
ao círculo das
fortificações.
No fim do século XVI, seu aspecto é outro. A cidade é um ativo
núcleo de forças em contraste. A cidade é um núcleo de força em
um sistema mais amplo e de um jogo de interesses mais complexo.
Há um poder real (famílias) acima de um poder municipal.
A Cidade Renascentista
Porém, os governos
renascentistas não têm
estabilidade política e
os meios financeiros
suficientes para realizar
programas longos e
comprometidos.
Deste modo, a arquitetura da
Renascença realiza seu ideal
de proporção e de
regularidade em alguns
edifícios isolados, e não está
em condição de fundar ou
transformar uma cidade
inteira.
Em toda a centralidade
adquirida pelo homem na
natureza, a cidade também
devia se tornar sob medida
para o homem e encerrar
em si as qualidades de
beleza e funcionalidade.
A Cidade (real)Renascentista
Uma vez estabelecidas, as cidades eram capazes de manter suas
posições por meio de suas políticas econômicas. As cidades
geralmente controlavam o campo em torno delas, seu contado, e
podiam, à custa do campo, impor uma política de comida barata para
seus habitantes.
As cidades se
desenvolveram em
resposta à demanda de
outros lugares, seja o
interior imediato, sejam
áreas mais distantes,
porque elas prestavam
serviços a esses outros
lugares.
A Cidade (real)Renascentista
Nos séculos XV e XVI, a Itália era
uma das sociedades mais urbanas
da Europa. Em 1550, cerca de 40
cidades italianas tinham população
superior a dez mil habitantes.
Dessas cerca de dezenove tinham
população de 25 mil ou mais, como:
Nápoles ............................ 210.000
Veneza ............................ 160.000
Milão .....................................70.000
Palermo .............................. .70.000
Bolonha .............................. 60.000
Florença .............................. 60.000
No resto da Europa, de Lisboa a
Moscou, não havia provavelmente
mais do que vinte cidades desse
tamanho.
O fato de as cidades serem maiores e
mais numerosas na Itália do que em
outras partes explica em grande parte
a importância da estrutura social das
diferentes “classes médias”, como
artesãos, comerciantes e advogados.
A Cidade (real) Renascentista
No caso da Europa pré-industrial, é útil distinguir três tipos de
serviços e três tipos de cidades:
Gênova - Seu papel no comércio de
grãos e madeira envolvia relações
comerciais com a França, Espanha e
América do Norte, tinha no fabrico da
seda o responsável por sua maior
reputação internacional
Veneza era provavelmente a maior
cidade mercante do mundo e
exportava bens no valor de dez
milhões de ducados por ano.
CIDADE COMERCIAL:
Geralmente um porto, como
Veneza e sua Rival, Gênova.
A Cidade (real) Renascentista
CIDADE ARTESÃ-INDUSTRIAL :
Como Milão ou Florença.
Florença era uma cidade industrial por excellence, e o tecido, sua
principal indústria. Também era famosa pelo seu vidro, navios e a partir
de 1490 por sua indústria de impressão.
A Cidade (real) Renascentista
CIDADE DE SERVIÇO:
Um dos serviços mais
lucrativos era o financeiro.
Do século XIV ao XVI, os
italianos dominaram o
movimento bancário
europeu. Capitais ofereciam
outros tipos de serviços:
Nápoles e Roma , por
exemplo, que eram cidades
de funcionários e centros de
poder.
Roma – o mercado era os Estados Papais, mas para algumas
funções era a totalidade do mundo católico. Roma era uma “loja de
religião”. Suas exportações invisíveis incluíam indulgências e
dispensas. Esse vasto negócio exigia gerenciamento, e um
importante papel era desempenhado pelos banqueiros papais,
desde os Médici até Agostino Chigi de Siena.
De fato, as idéias dos
arquitetos e humanistas,
sem força para alterar uma
realidade cotidiana, foram
relegadas aos livros e, na
melhor (ou pior) das
hipóteses,seus
conhecimentos de
geometria utilizados para o
desenvolvimento da
arquitetura militar, que
alterou apenas as
fortificações das cidades,
mantendo intacto o tecido
medieval.
A Cidade (ideal) Renascentista
Também existiram obras
que estavam diretamente
ligadas ao desejo dos
autores em glorificar os
seus patronos, o que
diminui em muito o caráter
“revolucionário” das idéias,
na verdade fruto da
bajulação e do servilismo,
como, por exemplo, a obra
de Antonio Averlino,
chamado Filareto,ora
dedicada a Francesco
Sforza , ora a Piero de
Médici.
A Cidade (ideal) Renascentista
A Cidade (ideal) Renascentista
Muitos foram os projetos de
cidades ideais concebidos com
este propósito, mas na prática
poucos foram concretizados
efetivamente.
Oito torres colocam-se como
bastiões nos pontos salientes da
estrela, e oito portas eram a saída
de avenidas radiais, a cada uma
das quais passava por uma praça
de mercado.
Em seu tratado de 1427 Filarete
propunha o desenho de uma
cidade ideal, denominada
Sforzinda.
A cidade, que ele comparava
com um corpo humano ideal, se
inscrevia dentro de uma estrela
de oito pontas de muros inscritos
dentro de um perfeito fosso
circular.
Palmanova
Das aplicações práticas das
ideias urbanísticas do
Renascimento vale lembrar a
cidade de Palmanova,
construída em 1593 na então
República de Veneza e que
realmente materializa a ideia
das cidades estreladas e
poligonais do Renascimento,
mas sua função principal foi
defensiva e não a criação de
uma utopia urbana.
Tendo seu plano atribuído a Vicenzo Scamozi, Palma Nova apresenta
como formato um polígono de nove lados, com traçado regular, tendo
suas principais ruas partindo de uma grande praça central, em direção
a pontos determinados junto às muralhas, sendo três delas a
continuação das vias de acesso.
Essa configuração resulta,
em um modelo harmonioso
graças a uma complexa
disposição de ruas radiais,
três anéis concêntricos,
doze ruas radiais adicionais
e de seis pequenas praças
secundárias situadas no
interior das quadras.
Palma Nova conseguiu chegar até os dias atuais conservando
seu traçado original, seu contorno fortificado e seus principais
edifícios, sem que tais elementos tenham sido
descaracterizados por desenvolvimentos posteriores.
Palmanova
Pienza
Tendo como provável projetista Bernardo
Rosselino, o Papa Pio II constrói no burgo
nativo de Corsiganoi, entre 1459 e 1462, o
Palácio Picolomini, a catedral, o palácio
público e o palácio do Cardeal Bórgia. Ao
redor deste centro monumental inserem-se
outros edifícios secundários: os cardeais
erigem seus palacetes; o papa manda
construir um bloco de casas enfileiradas;
atrás do palácio público abre-se uma praça
menor.
Assim, toda a pequena cidade é organizada,
de modo hierárquico, em torno da igreja e do
palácio papal. Os edifícios pequenos se
distinguem pela maior regularidade
arquitetônica, esta regularidade diminui nos
edifícios secundários.Desta maneira, a
combinação entre o antigo e o novo resulta
unitária: a nova cultura respeita o ambiente
tradicional e o corrige.
Almeida - Portugal
Vista aérea de Almeida,
próxima à fronteira com a
Espanha. O sistema
defensivo é do século
XVI, mas a estrutura
morfológica é a mesma
do período medieval
(século XIII).
Vista do ar, a vila de Almeida, classificada como Aldeia histórica, parece uma
estrela de 12 pontas, tantas quantos os baluartes e revelins que rodeiam um
espaço com um perímetro de 2500 metros. Esta notável praça-forte foi
edificada nos sécs. XVII-XVIII, em redor de um castelo medieval, num local
importantíssimo como ponto de defesa estratégico da região.
Referências
• SUMMERSON, John. A linguagem clássica da
arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 2006
• VEREDAS FAVIP - Revista Eletrônica de Ciências - v. 1, n.
1 - janeiro a junho de 2008
• WITTKOWER, Rudolf. La Arquitectura em la edad del
Humanismo
• BENÉVOLO, Leonardo -A História da Cidade
• NEVES, André Lemoine. Território O pensamento sobre
a cidade no Renascimenrto e seus reflexos em
Portugal – séculos XV-XVII. Humanae, v.1, n.3, p.27-43,
Dez.. 2009.
• JESTAZ, Bertrnand.Architecture of The
Renaissance:from Brunelleschi to Palladio. New
York:Harry N. Abrams, INC.,Publishers ,1996
• www.arelíquia.com.br
• www.historiadaarte.com.br
• www.bhpbrasil.spaces.live.com
• www.pitoresco.com
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do
Sul
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Teoria & História III
Monitor : José Miguel Gaspareto
Professora: Nara Helena N. Machado
10 / Agosto / 2010
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Renascimento

  • 2. Renascimento Movimento cultural e artístico que rompeu com o padrão de pensamento vigente no mundo medieval, introduzindo a cultura laica (não religiosa). Foi um período marcado por transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam o final da Idade Média e o início da Idade Moderna. O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650.
  • 3. Transformações Apesar destas transformações serem bem evidentes na cultura,sociedade,economia, política e religião, caracterizando a transição do feudalismo para o capitalismo, o termo é mais comumente empregado para descrever seus efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências. Da Vinci – Maior nome do renascimento. Pintor, escultor, urbanista, engenheiro, músico, físico, botânico,anatomista...
  • 4. Contexto Histórico  Aumento populacional  Expansão das cidades  Surgimento das universidades  O fortalecimento da economia monetária e o surgimento da burguesia.  Surgimento das rotas de comércio, interligando o continente europeu.
  • 5. Principais Características do Renascimento Individualismo Racionalismo Naturalismo Humanismo Cientificismo Empirismo Experimentalismo Inspiração na cultura clássica Antropocentrismo - resgate da dimensão humana em todos os seus aspectos, “ o Homem como medida de todas as coisas”.
  • 7. Onde ocorre: A Itália ficou conhecida como o berço do Renascimento. Porém, este movimento cultural não se limitou à Península Itálica, espalhou-se para outros países europeus como, por exemplo,Inglaterra, Espanha,Portugal, França e Países Baixos.
  • 8. A Arquitetura Renascentista Deixou de ser dependente das possibilidades técnicas, mas foi baseada em princípios estéticos, conceitos abstratos como simetria e proporção e sobre a utilização de uma linguagem regulada por regras:o sistema das ordens Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque. Perspectiva
  • 9. O Sistema das Ordens A arquitetura na Renascença foi caracterizada pela tomada da arte da antiguidade. Colunas, capitéis, entablamento, cúpulas e todos os ornamentos formaram o novo vocabulário do estilo renascentista. As ordens são, ao mesmo tempo um sistema de proporção e de decoração, foram a estrutura básica da nova linguagem.
  • 10. Estruturação Não se preocupava com a estrutura do edifício. Uma arquitetura muito mais “desenhada” do que “construída”. Abandono das pesquisas estruturais. Preferência pelas abóbadas de berço e de arestas ao invés das de cruzaria ogival. O uso absoluto do arco pleno. Enfim uma simplificação drástica de todos os aspectos construtivos.
  • 11. Os palácios, nos inícios do renascimento, constituíam uma edificação intermediária entre a fortaleza e a casa senhorial. Era a moradia urbana dos nobres ou dos mercadores. Tipologias A villa nada mais era senão uma adaptação da velha domus romana. Com sua loggia(galeria) e seus amplos terraços, situa-se no centro de um imenso jardim. Era a residência fora da cidade dos nobres e dos ricos. Durante a renascença dois tipos de construção destacaram-se na Itália: o palazzo ou palácio, e a villa. Villa Medicea di Poggio a Caiano Palazzo Rucellai, Florença
  • 12. Os Palácios Para atender as premissas filosóficas do novo estilo a solução encontrada no que diz respeito aos palácios foi a de construir quatro corpos em torno de um pátio central. As fachadas internas eram constituídas de uma ou mais séries de arcadas, apoiadas nas correspondentes séries de colunas: ou então, transformando a “loggia” superior numa galeria. Em geral, os pisos eram separados por um entablamento, correspondente à ordem das colunas que separava um andar do outro; e uma série de pilastras planas correspondia, nos andares superiores, às colunas do pórtico.
  • 13. O Interior do Palácio
  • 14. Fachadas externas Para as fachadas externas dos palácios o Renascimento desenvolveu três esquemas diferentes numa ordem sucessiva de tempo: O primeiro teve sua maior expressão no século XV: Trata-se da fachada com almofadados, um revestimento de pedra grosseiramente esquadriadas, interrompido apenas pelas janelas e por uma estreita cornija ornamentada que separa os andares. Esta irregularidade diminui de andar para andar. Palazzo Strozzi –Florenca (1538 por Giuliano da Sangallo/Baccio d'Agnolo)
  • 15. Segundo modelo Um segundo tipo, de ordens sobrepostas surge logo em seguida. Tendo sido usado pela primeira vez por Alberti. Tratava-se de uma fachada também com almofadados, mas em que as janelas eram separadas por outras tantas pilastras planas, onde cada piso corresponde a uma determinada ordem: no andar térreo, a ordem toscana, no pavimento principal, a jônica; e no superior, a coríntia, onde cada entablamento corresponde à ordem imediatamente inferior à sua posição
  • 16. Terceiro modelo Um terceiro e mais requintado surge bem mais tarde, já no século XVI, como podemos ver no Palácio Farnese de Antonio Sangallo e Miguel Ângelo. Tratava-se de um edifício menos “ritmado” do que os de Alberti e no qual os vários pisos eram indicados apenas por uma faixa ornamentada- uma arquitrave contínua- e rematados por uma enorme cornija. As ordens se apresentavam sobrepostas apenas nas janelas dos diversos andares, constituindo um pequeno edifício independente,completado por cornijas e tímpanos. Das três soluções, esta é a mais requintada.
  • 17. As Igrejas Apesar de racional e antropocêntrica, a arte renascentista continuou cristã, porém as novas igrejas adotaram um novo estilo, caracterizado pela funcionalidade e portanto pela racionalidade, representada pelo plano centralizado, ou a cruz grega. Santa Maria da Consolacao Todi- Italia
  • 18. Igrejas É valido dizer que a maioria das igrejas renascentistas foi planejada segundo as linhas de um teatro, com o objetivo de permitir que um maior número de fiéis vejam o "palco", ou seja, o altar-mor. O novo tipo de igreja, inspirado nos templos pagãos, era ideal para levar a religião às massas. Em 1530 o estilo renascentista se transformara em algo totalmente novo, baseado nos princípios clássicos. Ao contrário da bizantina, românica e gótica, não tinha interesse estruturais, buscando mais um sistema decorativo. Santa Maria Novella - Alberti
  • 19. As Villas Uma nova residência, a Villa, foi uma invencao do renascimento italiano, em resposta ao desejo de viver no campo Os primeiros exemplos, as moradias de Cosme I de'Medici, Cafaggiolo e Careggi, desenhado por Michelozzo, eram pequenos castelos ou casas senhoriais vestidas uma Fortaleza. Logo os arquitectos foram tentados a experimentar o plano centralizado em habitações deste tipo. Giuliano da Sangallo projetando um quadrado, quase centralizado:villa at Poggio a Caiano para Lorenzo o magnífico, Giuliano da Maiano projetando a villa Pogio Reale para o rei de Nápoles, com um pátio quadrangular e pequenos pavilhões em cada canto.
  • 20. Principais Arquitetos No renascimento os artistas passam a ter convívio na corte. Os mais cultos, mais influentes e mais respeitados são os arquitetos. Estes participam das definições do poder na cidade,participam de projetos que expressam as determinações do príncipe na concepção a partir do estudo sistemático do artista. Na Arquitetura os nomes de maior destaque foram: Brunelleschi,Alberti,Bramante, Michelangelo e Palladio.
  • 21. Brunelleschi Filippo Brunelleschi (1377 - 1446) É um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante. Restabeleceu na prática o conceito de ponto de fuga, e a relação entre a distância e a redução no tamanho dos objetos. Embora tenha se destacado em uma série de obras importantes, o trabalho que lhe deu maior projeção foi a cúpula da Catedral de Santa Maria del Fiori (Santa Maria das Flores), em Florença.
  • 22. Leon Battista Alberti (1404 – 1472) Alberti Foi pintor, compositor, poeta e filósofo, mas ficou mais conhecido como “arquiteto” e autor da primeira análise científica da perspectiva: o "De Re Aedificatoria“ Até cerca dos 40 anos passou a maior parte do tempo estudando as civilizações antigas da Grécia e Roma, tornando-se famoso como humanista e latinista erudito. Entre seus trabalhos de arquitetura propriamente dita, sobressaíram a Igreja de San Francesco em Rimini (1447), Santa Maria Novella e as igrejas de Sant'Andrea e de San Sebastiano, em Mântua (1470), entre vários outros projetos. Santa Maria Novella San Francesco em Rimini
  • 23. Donato Bramante (1444/1514) Na região da Lombardia produz diversas obras importantes da arquitectura do renascimento, tais como a Igreja de Santa Maria Delle Grazie (1466) ou a Igreja de Santa Maria Presso San Satiro (1497), ambas em Milão. Com a sua ida para Roma, a sua obra sofre uma verdadeira evolução. Tempieto de São Pedro (1502) Em 1503, do projeta um grande conjunto monumental para o Vaticano. Mas, a sua grande obra foi o plano para a reconstrução da Catedral de S. Pedro Bramante
  • 24. Andrea di Petro dalla Gôndola (1508-1580) Palladio Sua obra nasce da análise exaustiva de Vitrúvio e dos edifícios remanescentes da antiguidade clássica romana, quando os princípios matemáticos regiam as construções. Nela é visível a constante preocupação com a harmonia do conjunto, simetria, ritmo e unidade. No requinte de seu desenho os elementos funcionais, estruturais e ornamentais se combinam entre si, formando um conjunto inegavelmente harmônico. Tempieto Bárbaro Palazzo Chericatti
  • 25. Palladio Ao longo de sua vida Palladio desenhou mais de 60 obras (palácios, igrejas, pontes, intervenções, fachadas). Mas foi como construtor de “villas” (mais de 20) que teve sua maior produção e reconhecimento Sua obra mais conhecida e estudada é a Vila Almerico Capra – Rotonda- (1566- 1571) Corresponde rigorosamente às teorias fundamentais de Palladio: simetria absoluta na disposição, desde os quatro pórticos iguais que constituem eixos com o mesmo motivo decorativo, até a sóbria linearidade.
  • 26. Tratados & Teóricos A concepção científica do período renascentista e sua linguagem humanística criou, através de teóricos arquitetos, o que hoje denominamos: “Princípios Arquitetônicos do Renascimento”. Ao longo do Renascimento, estes princípios tomaram mais força, tendo sido aplicados por outros teóricos arquitetos como Filarete, Giorgio Martini, Vignola, Serlio,Vasari e Palladio. O primeiro teórico que defendeu a ideia da fundamentação destes princípios foi Leon Battista Alberti.
  • 27. Alberti Leon Battista Alberti (1404 – 1472) Considerado o maior teórico da Renascença. Era além de arquiteto; escritor, pintor e escultor. Escreveu Tratados sobre todas as áreas em que atuou, propondo que os artistas buscassem no estudo científico, na história e na matemática, fundamentos para o seu trabalho. Escreveu o primeiro manual sistematizado de perspectiva, apresentando aos escultores normas de proporções humanas ideais. Alberti teve como objetivo principal, criar um método de concepção que permitisse a construção, não a reprodução, criando uma nova linguagem na arquitetura.
  • 28. De Re Aedificatoria O tratado de Alberti De Re Aedificatoria –( manuscrito 1452) ainda que usando exaustivamente Vitrúvio, é uma obra importante e original, que estabelece princípios da arquitetura à luz da filosofia pessoal do autor e da sua análise de edifícios romanos. Influenciou profundamente toda a teoria italiana subsequente. É de Alberti uma a mais conhecida definição de beleza em arquitetura: para Alberti a beleza consiste numa integração racional das proporções de todas as partes de um edifício, de tal maneira que cada parte tenha um tamanho e uma forma absolutamente fixa, sem que nada a ela possa se agregar ou retirar sem destruir a harmonia do todo. Tratado de Vitruvio, publicação de 1526, com o título Medidas do Romano, impressa em Toledo.
  • 29. Palladio AndreaPalladio (1508 – 1580) Sem dúvida o grande legado teórico de Palladio foi a sua publicação de 1570: I Quattro Libri dell’ Architettura, um verdadeiro Tratado de Arquitetura, com linguagem clara e concisa e rico em ilustrações. Em análise profunda aborda temas como as ordens arquitetônicas, a, arquitetura e engenharia urbana,os templos romanos e sua própria obra. Palladio adaptou a definição de beleza de Alberti: A beleza resulta da forma bela e da correspondência do todo com as partes, das partes entre si e destas com o todo, de modo que todas as construções pareçam constituir um corpo inteiro e completo, em que cada membro concorda com o outro e todos resultam necessários para a perfeição do edifício.
  • 30. Outros Teóricos Antonio di Pietro Averlino, o Filarete (1400-1469) Era além de escultor e escritor, arquiteto. De 1461 a 1464 escreveu seu“Trattato di Architettura”, no qual incluiu uma visão do que seria a primeira cidade planejada de épocas modernas. Filarete, Trattato d’architettura, fragmento de la pag. 82 Francesco di Giorgio Martini (1439-1501) Foi um pintor italiano da Escola Sienesa. Foi também escultor, arquiteto, teórico e engenheiro de mais de setenta fortificações militares para o Duque de Urbino. Publicou um tratado chamado Trattato di architettura, ingegneria e arte militare, em 1482. Foi também o arquiteto responsável pelos trabalhos na Catedral de Siena. Usou as seguintes duas imagens para capturar a ideia do Homem de Vitruviano em sua edição
  • 31. Giacomo Barozzi da Vignola (1507 – 1573) Discípulo, porém mais refinado e erudito do que Serlio escreveu “Regola delli Cinque Ordini d’Architectura” -1562 – Conjunto de excelentes gravuras em metal, de versões das cinco ordens, baseadas em exemplos romanos e com referências a Vitrúvio. Sebastiano Serlio (1475 -1552) Publicou 6 livros de arquitetura abundantemente ilustrados. Tornou-se autoridade padrão para a arquitetura e a mais popular fonte de modelos em toda a Europa, em fins do século XVI e XVII, sua versão das cinco ordens estão na raiz da divulgação da linguagem clássica fora da Itália, somente superada pelas versões de Palladio e Vignola.
  • 32. Cidades • Não existe uma cidade renascentista. Existem cidades medievais (Siena) e cidades barrocas(Roma). • As cidades dos séculos XIII e XIV são centros ativos de artesãos e mercadores, densos núcleos de habitações e oficinas. Não tendo papel político importante, seu aparato militar resume-se ao círculo das fortificações. No fim do século XVI, seu aspecto é outro. A cidade é um ativo núcleo de forças em contraste. A cidade é um núcleo de força em um sistema mais amplo e de um jogo de interesses mais complexo. Há um poder real (famílias) acima de um poder municipal.
  • 33. A Cidade Renascentista Porém, os governos renascentistas não têm estabilidade política e os meios financeiros suficientes para realizar programas longos e comprometidos. Deste modo, a arquitetura da Renascença realiza seu ideal de proporção e de regularidade em alguns edifícios isolados, e não está em condição de fundar ou transformar uma cidade inteira. Em toda a centralidade adquirida pelo homem na natureza, a cidade também devia se tornar sob medida para o homem e encerrar em si as qualidades de beleza e funcionalidade.
  • 34. A Cidade (real)Renascentista Uma vez estabelecidas, as cidades eram capazes de manter suas posições por meio de suas políticas econômicas. As cidades geralmente controlavam o campo em torno delas, seu contado, e podiam, à custa do campo, impor uma política de comida barata para seus habitantes. As cidades se desenvolveram em resposta à demanda de outros lugares, seja o interior imediato, sejam áreas mais distantes, porque elas prestavam serviços a esses outros lugares.
  • 35. A Cidade (real)Renascentista Nos séculos XV e XVI, a Itália era uma das sociedades mais urbanas da Europa. Em 1550, cerca de 40 cidades italianas tinham população superior a dez mil habitantes. Dessas cerca de dezenove tinham população de 25 mil ou mais, como: Nápoles ............................ 210.000 Veneza ............................ 160.000 Milão .....................................70.000 Palermo .............................. .70.000 Bolonha .............................. 60.000 Florença .............................. 60.000 No resto da Europa, de Lisboa a Moscou, não havia provavelmente mais do que vinte cidades desse tamanho. O fato de as cidades serem maiores e mais numerosas na Itália do que em outras partes explica em grande parte a importância da estrutura social das diferentes “classes médias”, como artesãos, comerciantes e advogados.
  • 36. A Cidade (real) Renascentista No caso da Europa pré-industrial, é útil distinguir três tipos de serviços e três tipos de cidades: Gênova - Seu papel no comércio de grãos e madeira envolvia relações comerciais com a França, Espanha e América do Norte, tinha no fabrico da seda o responsável por sua maior reputação internacional Veneza era provavelmente a maior cidade mercante do mundo e exportava bens no valor de dez milhões de ducados por ano. CIDADE COMERCIAL: Geralmente um porto, como Veneza e sua Rival, Gênova.
  • 37. A Cidade (real) Renascentista CIDADE ARTESÃ-INDUSTRIAL : Como Milão ou Florença. Florença era uma cidade industrial por excellence, e o tecido, sua principal indústria. Também era famosa pelo seu vidro, navios e a partir de 1490 por sua indústria de impressão.
  • 38. A Cidade (real) Renascentista CIDADE DE SERVIÇO: Um dos serviços mais lucrativos era o financeiro. Do século XIV ao XVI, os italianos dominaram o movimento bancário europeu. Capitais ofereciam outros tipos de serviços: Nápoles e Roma , por exemplo, que eram cidades de funcionários e centros de poder. Roma – o mercado era os Estados Papais, mas para algumas funções era a totalidade do mundo católico. Roma era uma “loja de religião”. Suas exportações invisíveis incluíam indulgências e dispensas. Esse vasto negócio exigia gerenciamento, e um importante papel era desempenhado pelos banqueiros papais, desde os Médici até Agostino Chigi de Siena.
  • 39. De fato, as idéias dos arquitetos e humanistas, sem força para alterar uma realidade cotidiana, foram relegadas aos livros e, na melhor (ou pior) das hipóteses,seus conhecimentos de geometria utilizados para o desenvolvimento da arquitetura militar, que alterou apenas as fortificações das cidades, mantendo intacto o tecido medieval. A Cidade (ideal) Renascentista
  • 40. Também existiram obras que estavam diretamente ligadas ao desejo dos autores em glorificar os seus patronos, o que diminui em muito o caráter “revolucionário” das idéias, na verdade fruto da bajulação e do servilismo, como, por exemplo, a obra de Antonio Averlino, chamado Filareto,ora dedicada a Francesco Sforza , ora a Piero de Médici. A Cidade (ideal) Renascentista
  • 41. A Cidade (ideal) Renascentista Muitos foram os projetos de cidades ideais concebidos com este propósito, mas na prática poucos foram concretizados efetivamente. Oito torres colocam-se como bastiões nos pontos salientes da estrela, e oito portas eram a saída de avenidas radiais, a cada uma das quais passava por uma praça de mercado. Em seu tratado de 1427 Filarete propunha o desenho de uma cidade ideal, denominada Sforzinda. A cidade, que ele comparava com um corpo humano ideal, se inscrevia dentro de uma estrela de oito pontas de muros inscritos dentro de um perfeito fosso circular.
  • 42. Palmanova Das aplicações práticas das ideias urbanísticas do Renascimento vale lembrar a cidade de Palmanova, construída em 1593 na então República de Veneza e que realmente materializa a ideia das cidades estreladas e poligonais do Renascimento, mas sua função principal foi defensiva e não a criação de uma utopia urbana. Tendo seu plano atribuído a Vicenzo Scamozi, Palma Nova apresenta como formato um polígono de nove lados, com traçado regular, tendo suas principais ruas partindo de uma grande praça central, em direção a pontos determinados junto às muralhas, sendo três delas a continuação das vias de acesso.
  • 43. Essa configuração resulta, em um modelo harmonioso graças a uma complexa disposição de ruas radiais, três anéis concêntricos, doze ruas radiais adicionais e de seis pequenas praças secundárias situadas no interior das quadras. Palma Nova conseguiu chegar até os dias atuais conservando seu traçado original, seu contorno fortificado e seus principais edifícios, sem que tais elementos tenham sido descaracterizados por desenvolvimentos posteriores. Palmanova
  • 44. Pienza Tendo como provável projetista Bernardo Rosselino, o Papa Pio II constrói no burgo nativo de Corsiganoi, entre 1459 e 1462, o Palácio Picolomini, a catedral, o palácio público e o palácio do Cardeal Bórgia. Ao redor deste centro monumental inserem-se outros edifícios secundários: os cardeais erigem seus palacetes; o papa manda construir um bloco de casas enfileiradas; atrás do palácio público abre-se uma praça menor. Assim, toda a pequena cidade é organizada, de modo hierárquico, em torno da igreja e do palácio papal. Os edifícios pequenos se distinguem pela maior regularidade arquitetônica, esta regularidade diminui nos edifícios secundários.Desta maneira, a combinação entre o antigo e o novo resulta unitária: a nova cultura respeita o ambiente tradicional e o corrige.
  • 45. Almeida - Portugal Vista aérea de Almeida, próxima à fronteira com a Espanha. O sistema defensivo é do século XVI, mas a estrutura morfológica é a mesma do período medieval (século XIII). Vista do ar, a vila de Almeida, classificada como Aldeia histórica, parece uma estrela de 12 pontas, tantas quantos os baluartes e revelins que rodeiam um espaço com um perímetro de 2500 metros. Esta notável praça-forte foi edificada nos sécs. XVII-XVIII, em redor de um castelo medieval, num local importantíssimo como ponto de defesa estratégico da região.
  • 46. Referências • SUMMERSON, John. A linguagem clássica da arquitetura. São Paulo: Martins Fontes, 2006 • VEREDAS FAVIP - Revista Eletrônica de Ciências - v. 1, n. 1 - janeiro a junho de 2008 • WITTKOWER, Rudolf. La Arquitectura em la edad del Humanismo • BENÉVOLO, Leonardo -A História da Cidade • NEVES, André Lemoine. Território O pensamento sobre a cidade no Renascimenrto e seus reflexos em Portugal – séculos XV-XVII. Humanae, v.1, n.3, p.27-43, Dez.. 2009. • JESTAZ, Bertrnand.Architecture of The Renaissance:from Brunelleschi to Palladio. New York:Harry N. Abrams, INC.,Publishers ,1996 • www.arelíquia.com.br • www.historiadaarte.com.br • www.bhpbrasil.spaces.live.com • www.pitoresco.com
  • 47. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Teoria & História III Monitor : José Miguel Gaspareto Professora: Nara Helena N. Machado 10 / Agosto / 2010