Este documento discute o uso do teatro crítico pós-dramático no ensino de inglês para promover práticas decoloniais. O estudo analisa como o teatro pode ajudar os alunos a perceberem a leitura e escrita como reflexos de visões decolonizadas e desmistificar a ideia de superioridade linguística. Os resultados mostraram que os alunos, ao participarem do teatro, saíram da posição passiva de receptores para se tornarem mais autorais em seu aprendizado.
TEATRO E ENSINO DE LÍNGUA INGLESA: LETRAMENTO TEATRAL CRÍTICO PÓS-DRAMÁTICO NA SALA DE AULA DA EDUCAÇÃO BÁSICA
1. TEATRO E ENSINO DE LÍNGUA INGLESA:
LETRAMENTO TEATRAL CRÍTICO PÓS-DRAMÁTICO NA SALA DE
AULA DA EDUCAÇÃO BÁSICA
Eixo: 2. Ensino-aprendizagem de línguas e literaturas estrangeiras e o ensino remoto: relatos de experiências
Lindomar Cavalcante de Lacerda Lima. Doutorando, PPGEL.UFMS.
Rosivaldo Gomes. Orientador-PPGEL,UFMS.
2. Contextualização:
Nesta comunicação, o objetivo principal é apresentar algumas análises, geradas
a partir de uma pesquisa de doutorado (em andamento), centrada no ensino de
língua estrangeira, inglês.
Assim com a realização deste estudo buscamos sulear e pensar práticas
decoloniais na educação linguística crítica para e no ensino de línguas
3. Objetivos:
Problematizar, em sala de aula, questões de submissão e de
subordinação.
Demonstrar o quanto a questão da colonialidade ainda está presente no
ensino da língua inglesa de hoje em dia, às vezes reforçada pela ideia de
um modelo de falante nativo a ser imitado.
4. Fundamentação Teórica:
O estudo sustenta-se teoricamente em epistemologias dos estudos do
letramento crítico (JANKS, 2010; 2016; JORDÃO, 2013), da aprendizagem e
educação transformadora (FREIRE, 1970; BAPTISTA, 2019), nos estudos
decoloniais no ensino de literatura e língua inglesa (CARBONIERE, 2016;
GROSFOGUEL, 2016; MALDONADOTORRES, 2007; MIGNOLO, 2006) e nas
discussões sobre teatro pós-dramático de Lehmann (2007).
5. Metodologia:
O estudo é de caráter interpretativista que congrega uma pesquisa
participante, desenvolvida no campo da Linguística Aplicada;
Participantes e corpus: alunos e alunas de primeiros anos do Ensino
Médio da Escola Estadual Joaquim Murtinho, localizada no município de
Campo Grande, no estado de Mato Grosso do Sul.
6. ANÁLISE DE DADOS: Divisão metodológica da sala de aula em grupos para
a produção textual dos diálogos que serão usados nos esquetes.
7. vc
ANÁLISE DE DADOS: Produção dos cenários e dos figurinos baseados nos
textos produzidos.
8. ANÁLISE DE DADOS:
Ensaios para a legitimação da pronúncia própria de cada aluno,
descolonizando a padronização reforçada por uma ideia europeizante
de falante nativo a ser imitado.
https://youtu.be/lQEQMIQfVTA
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Os resultados demonstram que, a partir de uma proposta de ensino pautada
no letramento teatral crítico, os alunos, partindo dessa visão outra de ensino
de inglês através de uma abordagem teatral, que corrobora para uma prática
de aprendizagem social, tira o aluno da sua zona de conforto, da posição de
receptor de conteúdo para uma orientação mais autoral do seu
conhecimento/aprendizado.
Com efeito, um letramento teatral crítico pode auxiliar a aprendizes da língua
inglesa a perceberem essas práticas de leitura e escrita como um reflexo de
uma visão que possa se configurar de forma decolonial, desmestificando-se
assim uma visão de aprendizagem de língua estrangeira voltada unicamente
para o desenvolvimento de capacidades/competências línguísticas e centrada
na ideia de superioridade linguística.
13. Referências
JANKS, Hilary. Panorama sobre letramento crítico In: JESUS, Dánie Marcelo
de; CARBONIERI, Divanize (Orgs.) Práticas de Multiletramentos e Letramento
Crítico: Outros sentidos para a Sala de aula de Línguas. Campinas, SP:
Pontes Editores, 2016, p. 21-39.
JORDÃO, C. M. No tabuleiro da professora tem...letramento crítico? In:
JESUS, D. M. de; CARBONIERI, D. Práticas de multiletramentos e letramento
crítico: outros sentidos para a sala de aula de línguas estrangeiras. Campinas-
SP; Pontes, 2016.
Freire, P. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro, RJ: Paz e Terra, 1970.
BAPTISTA, Lívia Márcia Tiba Rádis. (De)Colonialidade da linguagem, lócus
enunciativo e constituição identitária em Gloria Anzaldúa: uma “new mestiza”.
Polifonia, Cuiabá: PPGEL/UFMT, v. 26, n. 44, p. 123-145, out./dez. 2019.