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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL
Atividade: A Multimodalidade na sala de aula: Os desafios da educação na
sociedade contemporânea.
Mediador pedagógico: Helo/Neiva Valadares
Cursista: Lindomar Cavalcante de Lacerda Lima
A Multimodalidade na sala de aula:
Os desafios da educação na sociedade contemporânea.
Intertexto, Hipertexto,dialogismo, Paratexto, agora a moda é multimodalidade,
que ao meu ver não passa de variante, pois a ideia bakhtiniana de diálogo entre
escritura e autoria permanece. Para entendermos o imbricamento desses
conceitos, que atravessam e norteiam a educação e as novas tecnologias na sala de
aula1
precisamos compreender que essa produção não é resultante do advento do
computadores ou da Internet. De acordo com Cisneiros( 1999) toda nova tecnologia
carrega consigo uma nova filosofia.
Em um certo momento quando Thomas Edison disse que o cinema e o rádio
substituíram os livros didáticos :
Prevendo, em 1913, que os livros didáticos se tornariam obsoletos nas
escolas e que, usando filmes, seria possível instruir sobre qualquer ramo do
conhecimento humano. Em 1922, Edison ainda afirmava que “ ... o filme
está destinado a revolucionar nosso sistema educacional e em poucos
anos suplantará em muito, senão inteiramente, o uso dos livros didáticos”. (
CISNEIROS, 1999, p. 13)
E passaram-se décadas, anos e os livros didáticos continuam servindo a
educação. E muitas falácias foram ditas e novas tecnologias surgiram e os livros
continuam nas escolas e nas bibliotecas. e as editoras nunca venderam tantos livros
como em nossa contemporaneidade.
Toda nova tecnologia traz consigo suas vantagens e comodidades como em
contra partidas seus prejuízos. Santos Drumont inventou o avião, porém junto com o
avião veio o desastre aéreo e seu uso como arma de guerra.
1
Cf. CISNEIROS, 1999
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A todos esses fatos eu chamo de referências cruzadas, característica de toda
nova tecnologia e assim ocorre na educação:
Vejo as novas tecnologias como mais um dos elementos que podem
contribuir para a melhoria de algumas atividades nas nossas salas de aula.
Por outro [ devemos ter cuidado ] atualmente [com ] a inovação
conservadora. ( CISNEIROS, 1999, p. 14)
À inovação conservadora Cisneiros ( 1999), exemplifica o uso exacerbado do
Power Point, não como um recurso para apresentar aspectos do conteúdo estudado
em sala em sala de uma forma que trabalhe a criatividade do aluno, mas segundo o
autor, esse recurso é usado como uma forma de transferência da aula com quadro
e giz para uma aula no ambiente virtual, mudando apenas o canal, mas o elemento
continua sendo o mesmo:
Atualmente a inovação conservadora é o uso de programas de projeção de
tela de computadores, notadamente o Power Point, com o qual o espetáculo
visual ( e auditivo) pode torna-se um elemento de divagação, enquanto o
professor solitário na frente da sala recita sua lição com a ajuda de efeitos
especiais. ( CISNEIROS, 1999, p. 14)
Ressalta-se que essa recorrência de programas educativos das tecnologias
da informação nas salas de aulas de uma forma tradicionalista tem por base o canal
metodológico de onde foram inspirados, ou seja, não adianta colocar o motor de
uma Ferrari num carro que sua aerodinâmica foi projetada para o motor de um fusca
Um texto modal seria a escrita onde múltiplas semioses coexistem, ou seja, é
um texto onde os vários signos da linguagem esta em rotação, falando de uma
forma mais didática. Um texto multimodal é um texto, no qual os vários canais de
linguagens estariam dialogando entre si.
A linguagem do mundo atual privilegia modalidades diferentes da escrita,
portanto, esses eventos devem ser vistos sob nova perspectiva. Essa modalidade
torna-se, cada vez mais, apenas um dos modos de representação cultural. Mesmo
ao constatar a pluralidade de linguagens, em termos de estudos lingüísticos, o que
se verifica é o enfoque na escrita, que não basta mais para revelar a totalidade dos
usos da língua e de seus fenômenos.
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Essas mudanças significativas trazem à tona um novo tipo de texto, bastante
recorrente nas práticas sociais pós-modernas: o texto multimodal. Para a Teoria da
Multimodalidade, o texto multimodal é aquele cujo significado se realiza por mais de
um código semiótico, ou seja, segundo Kress & van Leeuwen2
:
um conjunto de modos semióticos está envolvido em toda produção ou
leitura dos textos; cada modalidade tem suas potencialidades de
representação e de comunicação, produzidas culturalmente; tanto os
produtores quanto os leitores têm poder sobre esses textos; o interesse do
produtor implica a convergência de um complexo de fatores; histórias
sociais e culturais, contextos sociais atuais, inclusive perspectivas do
produtor do signo sobre o contexto comunicativo. O constante surgimento
de avanços tecnológicos confere às práticas sociais mais diversas novas
configurações lingüísticas, que lançam mão de multisemioses. Os reflexos
dessas mudanças apontam novos direcionamentos para disciplinas. (
Kress & van Leeuwen, 1996).
Ainda segundo os autores, um conjunto de modos semióticos estão
envolvidos em toda produção ou leitura dos textos; cada modalidade tem suas
potencialidades de representação e de comunicação, produzidas culturalmente;
tanto os produtores quanto os leitores têm poder sobre esses textos; o interesse do
ser humano em ilustrar seus pensamentos através de outros canais semióticos não
é atual. Perceber que ao utilizarmos esses recursos de aprendizagem, na tentativa
de buscar formas de falar com imagens, vídeos e outras formas de dialogar,
estabelecemos uma relação/link/ multimodalidade, ou seja, como os homens das
cavernas e suas pinturas rupestres que até hoje são fontes de estudo:
Vejo as novas tecnologias como mais um dos elementos que podem
contribuir para a melhoria de algumas atividades nas nossas salas de aula.
Por outro lado, também não adoto o discurso dos defensores da nova
tecnologia educacional, que mostram as mazelas da escolas ( algo muito
fácil de se fazer), deixando implícito que nossos professores são
dinossauros avessos a mudanças. ( CISNEIROS, 1999, p. 14)
Dentro dessa perspectiva linguística percebemos claramente, que
2
Cf. KRESS, G. R. e van LEEUWEN, , 2001.
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praticamos velhos costumes, mas com outro aparato tecnológico e assim
conseguimos uma nova concepção daquela antiga ação,e, outrossim, extrair muita
aprendizagem e conhecimento delas. Podemos citar exemplos de código Morse ou
comunicação dos índios norte- americanos pela fumaça, a comunicação dos navios
pelo sinal de luz dos faróis dos portos. e não é preciso ir muito longe, ultimamente o
vaticano elegeu um novo papa e qual o meio que escolheram para comunicar ao
mundo que o papel havia sido eleito:
As "fumatas", ou seja, o fumo que sai de uma chaminé instalada numa
estufa do tipo salamandra na Capela Sistina, são, pela sua cor, o sinal dado
ao exterior de um processo conclusivo ou não conclusivo. Se o escrutínio
não for concludente, isto é, se o nome de um candidato não somar dois
terços dos votos, volta tudo à primeira forma. ( CONCLAVE,2013)
Tudo isso são formas multimodais de se falar sem palavras, o termo pode ser
novo, mas as formas de comunicação humana são muito antigas. E assim é o ofício
da ciência, através de uma realidade observada o cientista, aqui no caso os
pesquisadores da linguagem nomeiam fatos linguísticos de uma realidade existente. O
ser humano nasceu programado para falar, ou seja, somos um ser de linguagem e
podemos ver isso em nossas primeiras manifestações em expressar nossos
pensamentos, ou seja, uma criança mesmo antes de aprender a transcrever para
fala seus pensamentos, essa criança consegue reconhecer signos, ou seja,
imagens:
Todo ser humano saudável já nasce programado para falar, com uma
propensão inata para a linguagem25 26
. As crianças adquirem a língua ou
as línguas que são empregadas pelas pessoas que convivem perto delas3
.
Este processo de aprendizagem é algo complexo. Por isso, acredita-se que
a aquisição da primeira língua é a maior façanha que podemos realizar
durante toda a vida. [ ou seja], Todas as línguas contam com o processo
de semiose [multimodalidade] que relacionam um sinal c o m u m
determinado significado. (CHOMSKY. 1957)
A aproximação entre as mídias tornou-se uma constante nas discussões
relativas às interdisciplinaridades. Assim trabalhar com as novas mídias nas aulas,
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mais especificamente, de Língua Inglesa vai muito além de um cruzamento entre
disciplinas, mas algo que se apropria da ideia de multimodalidade e consegue, num
movimento autofágico, ir além, do ensino gramatical e das traduções estéreis.
Com toda gama de aparatos tecnológicos o ensino de inglês vem se
modificando, as aulas deixaram de ter um foco voltado para o resultado, ou seja, a
velha ‘ decoreba’ de tempos verbais e a listagem de frases para traduzir, vem
desaparecendo. E com isso novas metodologias estão surgindo e incitando a
criatividade de muitos professores e os convencendo a tomar um novo rumo
metodológico:
A reação das novas gerações cresce ( TAPSCOTT, 2009) frontalmente, por
conta de vivências diárias com novas tecnologias, nas quais a atitude
passiva de consumidor atrelado não caberia mais. Na assim dita web 2.0 a
participação do usuário é determinante, razão pela qual é tida como espaço
de promoção da autoria ( blogs, Wikipédia, Myspace, Second Life etc.). Há
vídeos que parodiam de modo inclemente nossas aulas ( A Vision, 2009),
demonstrando o que se tem chamado de “professor desconectado” ( sem
noção das novas tecnologias, ensinando à La antiga). (DEMO, 2010, p. 01)
As velhas aulas que viam e reviam o verbo to be estão,ou, senão já
desapareceram por completo. Tudo bem que o verbo to be é a base da gramática
inglesa, mas a carta capital aqui é como o professor vai ensinar esse jogo aos novos
alunos que cada vez mais se tornam independentes cognitivamente. Já ouvimos em
reportagens, lemos até em revistas matérias que mostram pessoas aprendendo
inglês de várias maneiras; on line, games e até de forma dramática, por intermédio
do teatro em arte e educação:
" A sociedade da comunicação tenta formar sua identidade nas possíveis e
instáveis mudançcas acarretadas pelo seu próprio processo de
desenvolvimento cybercultural e pós moderno, ... acenada pelo seu próprio
processo de industrialização." ( LIMA, 2012, p 2. ).
A dificuldade em aprender o inglês é mais preocupante do que se pensa.
"Segundo o estudo publicado em agosto de 2012 pela British Council, ONG do
Reino Unido" ( CARTA-NA-ESCOLA, 2013, p. 16-19), apenas 5% da população
brasileira pode ser considerada fluente na língua:
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A baixa desenvoltura dos brasileiros também foi comprovada pelo
EPI 2012 – Índice de Proficiência em Inglês, realizado pela EF
Education First, escola especializada no ensino de idiomas e
intercâmbios, que avaliou a gramática, vocabulário, leitura e
compreensão de 1,7 milhão de adultos de 54 países. O Brasil figurou
na 46º posição do ranking com uma avaliação de proficiência muito
baixa. ( CARTA-na-ESCOLA, 2013, p.16).
AULA INSTRUCIONAL
O governo lança todos os anos campanhas em prol da educação, nas quais
mostram escolas de várias regiões do país realizando projetos e aulas
diversificadas, porém se lançarmos um olhar crítico, em todas essas campanhas o
que vemos é salas de aulas tradicionais com carteiras dispostas em padrões
estereotipados de filas como um circuito integrado que ao mínimo contato com
outros alunos entra em colapso, curto – circuitando todo um sistema maquiado.
A primeira questão que me vem à baila em tudo isso é, se todos os anos o
governo investe milhões em programas de desenvolvimento da educação (PDE).
Por que a educação continua em estado catatônico, será que o problemas está
realmente na falta de tecnologias adequadas para se trabalhar, ou, está na falta de
uma metodologia que alcance essa nova geração.
Nossos alunos passam praticamente de 7 a 12 anos estudando a Língua
Inglesa e não conseguem sair do ensino regular nem pronunciando, nem ao menos
compreendendo um texto em Língua Inglesa, falando então nem se cogita. Então a
sociedade diz que isso acontece por que as aulas de Inglês nas escolas públicas
são desinteressantes. Isso é um preconceito cultural que acabou se enraizando em
nossa cultura, que tudo que vem da educação pública é ruim.
Estudei em vários cursos de inglês considerados como os Tops do município
de Campo Grande e observei os mesmos modelos de aulas ministradas na escola
pública, a velha aula instrucional, o diferenciava eram que exposição do conteúdo,
ao invés de ser português eram em inglês. Outrossim o direcionamento da aula
numa imersão total em inglês mostrava um outro problema, a falta de conhecimento
gramatical do professor e assim para esconder isso maquiavam a aula apenas com
conversação.
Em outro curso, porém de um dos centros de línguas mais conceituados do
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estado, no qual lançam na mídia, semana após semana propagandas, no qual
alunos ironizam professores do ensino regular, como dizendo que inglês só se
aprende em escolas especializadas.
Esse curso, porém, seguia o mesmo padrão instrucional aulas de gramática
e redação, com uma agravante as produções textuais em inglês não tinham autoria,
e sim, eram na metodologia da decoreba, ou seja, o professor em cada aula
explicava três redações, com três opções de parágrafos.
Em todas as situações o aluno para se considerar capaz tinha que copiar um
dos três modelos de parágrafos, ou seja, a professora disponibilizava três opções de
parágrafos para a introdução, para o desenvolvimento e para conclusão. Assim no
fim de aula ela fazia as “correções”.
Desta forma o aluno tinha que decorar os três modelos de texto, pois a prova
contemplava um deles. Mas o interessante de tudo eram o tamanho dos smartboards
que ocupavam toda a extensão da parede e serviam para dar um upgrade a mais na
metodologia, ou seja, deixava a aula ainda mais maquiada.
Nessa metodologia não existe autoria, é apenas reprodução de um modelo.
O aluno se torna um consumidor passivo, não aprende usar a gramática, e, nem ao
menos aprendeu a produzir o seu texto partindo dos modelos apresentados pela
metodologia do curso.
AULA MULTIMODAL
O mercado dos cursos de línguas é amplo e as metodologias são
diversamente maquiadas, é curso que oferece caneta com tradutor, outros que
oferecem livros com óculos em 3D e ainda há os que oferecem o milagre de
aprender inglês em 12 ou 18 meses. Só pode ser milagres, ou então, eu que tenho
o raciocínio lento, pois falo o português à 40 anos e ainda escorrego na gramática:
A [ metodologia de] alfabetização que se oferece já está obsoleta, por que
ela não passa de pressuposto daquela alfabetização que se exige na
sociedade intensiva de conhecimento. Ler, escrever e contar é muito pouco,
por mais que seja necessário. ( DEMO, 2013, p4)
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Vários fatores contribuem para esse déficit no aprendizado do Inglês e não é
o investimento em tecnologia ou a implantação de laboratórios de línguas em todas
as escolas que irá mudar isso. A falta de identidade da disciplina e de uma política
nacional capaz de articulá-la é , apenas, um dos entraves do ensino de inglês.
Outrossim o que falta, realmente, é uma metodologia abrangente que
trabalhe ao mesmo tempo o processo e produto final do aprendizado do aluno. Uma
metodologia que explore a capacidade natural e lúdica da aquisição da linguagem
de uma forma que o aluno sinta os resultados do seu aprendizado.
É senso comum dizermos que a TV e Internet está educando nossos alunos
tal perspectiva se torna verdade,por que a escola e as aulas de inglês são,
totalmente, enfadonhas e sem propósito. Na era da cultura de massa, o
ponto de sombria exaustão do ensino de línguas é a reprodução em massa
de metodologias estéreis.
Partindo das concepções de pensadores como Demo ( 2013), me assegura
que a ideia de explorar a multimodalidade em sala de aula é bem coerente e, como
o teatro nada mais é que um puro texto multimodal, ou seja, representação de várias
modalidades de linguagem numa realidade cênica.
Dr um enfoque teatral as aulas de inglês pode ser uma forma de usar a
multimodalização como forma metodológica de se trabalhar a multimodalização que
Demo chama de “remix” ( construir algo a partir do que já existe). Aliás vivemos
numa sociedade multimodal.
E o uso dessa multimodalidade como metodologia de ensino enriquece a
aprendizagem do aluno. Pois vai de encontro com a forma de cognição da criança,
que aprende várias coisas ao mesmo tempo de maneira multimodal/ fragmentária.
.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
BAUDRILLARD, Jean. De um fragmento ao outro. Trad. Guilherme João de
Freitas Teixeira. São Paulo: Zouk, 2003. 149 p.
CYSNEIROS, Paulo Gileno. Novas Tecnologias na Sala de Aula: Melhoria do
Ensino ou Inovação Conservadora. Vol 12, No, 1, 1999.
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DEMO, Pedro. Textos discutíveis. Educação Hoje, 2010.
KRESS, G. R. e van LEEUWEN, T. Multimodal Discourse: the modes and media of
contemporary communication. London: Arnold, 2001.
CHOMSKY, Noam. Syntactic Structures . Hague: Mouton, 1957;
LIMA, Lindomar C.L. A linguística aplicada ao teatro no ensino de inglês: do
fragmento à uma hiper-realidade. Diálogos Educ. R., Campo Grande, MS, v. 3, n. 1,
p. 14-25, jun. 2012 – ISSN: 2179-9989
___________________ . Plays With English: teatro em língua inglesa. Dísponivel
e m : http://www.youtube.com/watch?
v=_AHOXEdD46s&feature=mfu_in_order&list=UL, Acesso em 15 jun. 2012.
PAIVA, T. e OLIVEIRA, T. Nação Monoglota in Carta-na-Escola. Ed.n.75, p. 16- 19,
maio, 2013 – ISSN 1808-6012.
PRENSKY, Marc. O aluno virou especialista. Revista Época, Editora Globo,
0 8 / 0 7 / 2 0 1 0 . D i s p o n í v e l
em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI153918-15224,00-
MARC+PRENSKY+O+ALUNO+VIROU+O+ESPECIALISTA.html, acesso em 02 jun.
2013.
LYONS, John . Linguagem e Linguística: uma Introdução. São Paulo: LTC, 1987.

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A Multimodalidade na sala de aula: Os desafios da educação na sociedade  contemporânea.

  • 1. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL Atividade: A Multimodalidade na sala de aula: Os desafios da educação na sociedade contemporânea. Mediador pedagógico: Helo/Neiva Valadares Cursista: Lindomar Cavalcante de Lacerda Lima A Multimodalidade na sala de aula: Os desafios da educação na sociedade contemporânea. Intertexto, Hipertexto,dialogismo, Paratexto, agora a moda é multimodalidade, que ao meu ver não passa de variante, pois a ideia bakhtiniana de diálogo entre escritura e autoria permanece. Para entendermos o imbricamento desses conceitos, que atravessam e norteiam a educação e as novas tecnologias na sala de aula1 precisamos compreender que essa produção não é resultante do advento do computadores ou da Internet. De acordo com Cisneiros( 1999) toda nova tecnologia carrega consigo uma nova filosofia. Em um certo momento quando Thomas Edison disse que o cinema e o rádio substituíram os livros didáticos : Prevendo, em 1913, que os livros didáticos se tornariam obsoletos nas escolas e que, usando filmes, seria possível instruir sobre qualquer ramo do conhecimento humano. Em 1922, Edison ainda afirmava que “ ... o filme está destinado a revolucionar nosso sistema educacional e em poucos anos suplantará em muito, senão inteiramente, o uso dos livros didáticos”. ( CISNEIROS, 1999, p. 13) E passaram-se décadas, anos e os livros didáticos continuam servindo a educação. E muitas falácias foram ditas e novas tecnologias surgiram e os livros continuam nas escolas e nas bibliotecas. e as editoras nunca venderam tantos livros como em nossa contemporaneidade. Toda nova tecnologia traz consigo suas vantagens e comodidades como em contra partidas seus prejuízos. Santos Drumont inventou o avião, porém junto com o avião veio o desastre aéreo e seu uso como arma de guerra. 1 Cf. CISNEIROS, 1999
  • 2. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL A todos esses fatos eu chamo de referências cruzadas, característica de toda nova tecnologia e assim ocorre na educação: Vejo as novas tecnologias como mais um dos elementos que podem contribuir para a melhoria de algumas atividades nas nossas salas de aula. Por outro [ devemos ter cuidado ] atualmente [com ] a inovação conservadora. ( CISNEIROS, 1999, p. 14) À inovação conservadora Cisneiros ( 1999), exemplifica o uso exacerbado do Power Point, não como um recurso para apresentar aspectos do conteúdo estudado em sala em sala de uma forma que trabalhe a criatividade do aluno, mas segundo o autor, esse recurso é usado como uma forma de transferência da aula com quadro e giz para uma aula no ambiente virtual, mudando apenas o canal, mas o elemento continua sendo o mesmo: Atualmente a inovação conservadora é o uso de programas de projeção de tela de computadores, notadamente o Power Point, com o qual o espetáculo visual ( e auditivo) pode torna-se um elemento de divagação, enquanto o professor solitário na frente da sala recita sua lição com a ajuda de efeitos especiais. ( CISNEIROS, 1999, p. 14) Ressalta-se que essa recorrência de programas educativos das tecnologias da informação nas salas de aulas de uma forma tradicionalista tem por base o canal metodológico de onde foram inspirados, ou seja, não adianta colocar o motor de uma Ferrari num carro que sua aerodinâmica foi projetada para o motor de um fusca Um texto modal seria a escrita onde múltiplas semioses coexistem, ou seja, é um texto onde os vários signos da linguagem esta em rotação, falando de uma forma mais didática. Um texto multimodal é um texto, no qual os vários canais de linguagens estariam dialogando entre si. A linguagem do mundo atual privilegia modalidades diferentes da escrita, portanto, esses eventos devem ser vistos sob nova perspectiva. Essa modalidade torna-se, cada vez mais, apenas um dos modos de representação cultural. Mesmo ao constatar a pluralidade de linguagens, em termos de estudos lingüísticos, o que se verifica é o enfoque na escrita, que não basta mais para revelar a totalidade dos usos da língua e de seus fenômenos.
  • 3. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL Essas mudanças significativas trazem à tona um novo tipo de texto, bastante recorrente nas práticas sociais pós-modernas: o texto multimodal. Para a Teoria da Multimodalidade, o texto multimodal é aquele cujo significado se realiza por mais de um código semiótico, ou seja, segundo Kress & van Leeuwen2 : um conjunto de modos semióticos está envolvido em toda produção ou leitura dos textos; cada modalidade tem suas potencialidades de representação e de comunicação, produzidas culturalmente; tanto os produtores quanto os leitores têm poder sobre esses textos; o interesse do produtor implica a convergência de um complexo de fatores; histórias sociais e culturais, contextos sociais atuais, inclusive perspectivas do produtor do signo sobre o contexto comunicativo. O constante surgimento de avanços tecnológicos confere às práticas sociais mais diversas novas configurações lingüísticas, que lançam mão de multisemioses. Os reflexos dessas mudanças apontam novos direcionamentos para disciplinas. ( Kress & van Leeuwen, 1996). Ainda segundo os autores, um conjunto de modos semióticos estão envolvidos em toda produção ou leitura dos textos; cada modalidade tem suas potencialidades de representação e de comunicação, produzidas culturalmente; tanto os produtores quanto os leitores têm poder sobre esses textos; o interesse do ser humano em ilustrar seus pensamentos através de outros canais semióticos não é atual. Perceber que ao utilizarmos esses recursos de aprendizagem, na tentativa de buscar formas de falar com imagens, vídeos e outras formas de dialogar, estabelecemos uma relação/link/ multimodalidade, ou seja, como os homens das cavernas e suas pinturas rupestres que até hoje são fontes de estudo: Vejo as novas tecnologias como mais um dos elementos que podem contribuir para a melhoria de algumas atividades nas nossas salas de aula. Por outro lado, também não adoto o discurso dos defensores da nova tecnologia educacional, que mostram as mazelas da escolas ( algo muito fácil de se fazer), deixando implícito que nossos professores são dinossauros avessos a mudanças. ( CISNEIROS, 1999, p. 14) Dentro dessa perspectiva linguística percebemos claramente, que 2 Cf. KRESS, G. R. e van LEEUWEN, , 2001.
  • 4. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL praticamos velhos costumes, mas com outro aparato tecnológico e assim conseguimos uma nova concepção daquela antiga ação,e, outrossim, extrair muita aprendizagem e conhecimento delas. Podemos citar exemplos de código Morse ou comunicação dos índios norte- americanos pela fumaça, a comunicação dos navios pelo sinal de luz dos faróis dos portos. e não é preciso ir muito longe, ultimamente o vaticano elegeu um novo papa e qual o meio que escolheram para comunicar ao mundo que o papel havia sido eleito: As "fumatas", ou seja, o fumo que sai de uma chaminé instalada numa estufa do tipo salamandra na Capela Sistina, são, pela sua cor, o sinal dado ao exterior de um processo conclusivo ou não conclusivo. Se o escrutínio não for concludente, isto é, se o nome de um candidato não somar dois terços dos votos, volta tudo à primeira forma. ( CONCLAVE,2013) Tudo isso são formas multimodais de se falar sem palavras, o termo pode ser novo, mas as formas de comunicação humana são muito antigas. E assim é o ofício da ciência, através de uma realidade observada o cientista, aqui no caso os pesquisadores da linguagem nomeiam fatos linguísticos de uma realidade existente. O ser humano nasceu programado para falar, ou seja, somos um ser de linguagem e podemos ver isso em nossas primeiras manifestações em expressar nossos pensamentos, ou seja, uma criança mesmo antes de aprender a transcrever para fala seus pensamentos, essa criança consegue reconhecer signos, ou seja, imagens: Todo ser humano saudável já nasce programado para falar, com uma propensão inata para a linguagem25 26 . As crianças adquirem a língua ou as línguas que são empregadas pelas pessoas que convivem perto delas3 . Este processo de aprendizagem é algo complexo. Por isso, acredita-se que a aquisição da primeira língua é a maior façanha que podemos realizar durante toda a vida. [ ou seja], Todas as línguas contam com o processo de semiose [multimodalidade] que relacionam um sinal c o m u m determinado significado. (CHOMSKY. 1957) A aproximação entre as mídias tornou-se uma constante nas discussões relativas às interdisciplinaridades. Assim trabalhar com as novas mídias nas aulas,
  • 5. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL mais especificamente, de Língua Inglesa vai muito além de um cruzamento entre disciplinas, mas algo que se apropria da ideia de multimodalidade e consegue, num movimento autofágico, ir além, do ensino gramatical e das traduções estéreis. Com toda gama de aparatos tecnológicos o ensino de inglês vem se modificando, as aulas deixaram de ter um foco voltado para o resultado, ou seja, a velha ‘ decoreba’ de tempos verbais e a listagem de frases para traduzir, vem desaparecendo. E com isso novas metodologias estão surgindo e incitando a criatividade de muitos professores e os convencendo a tomar um novo rumo metodológico: A reação das novas gerações cresce ( TAPSCOTT, 2009) frontalmente, por conta de vivências diárias com novas tecnologias, nas quais a atitude passiva de consumidor atrelado não caberia mais. Na assim dita web 2.0 a participação do usuário é determinante, razão pela qual é tida como espaço de promoção da autoria ( blogs, Wikipédia, Myspace, Second Life etc.). Há vídeos que parodiam de modo inclemente nossas aulas ( A Vision, 2009), demonstrando o que se tem chamado de “professor desconectado” ( sem noção das novas tecnologias, ensinando à La antiga). (DEMO, 2010, p. 01) As velhas aulas que viam e reviam o verbo to be estão,ou, senão já desapareceram por completo. Tudo bem que o verbo to be é a base da gramática inglesa, mas a carta capital aqui é como o professor vai ensinar esse jogo aos novos alunos que cada vez mais se tornam independentes cognitivamente. Já ouvimos em reportagens, lemos até em revistas matérias que mostram pessoas aprendendo inglês de várias maneiras; on line, games e até de forma dramática, por intermédio do teatro em arte e educação: " A sociedade da comunicação tenta formar sua identidade nas possíveis e instáveis mudançcas acarretadas pelo seu próprio processo de desenvolvimento cybercultural e pós moderno, ... acenada pelo seu próprio processo de industrialização." ( LIMA, 2012, p 2. ). A dificuldade em aprender o inglês é mais preocupante do que se pensa. "Segundo o estudo publicado em agosto de 2012 pela British Council, ONG do Reino Unido" ( CARTA-NA-ESCOLA, 2013, p. 16-19), apenas 5% da população brasileira pode ser considerada fluente na língua:
  • 6. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL A baixa desenvoltura dos brasileiros também foi comprovada pelo EPI 2012 – Índice de Proficiência em Inglês, realizado pela EF Education First, escola especializada no ensino de idiomas e intercâmbios, que avaliou a gramática, vocabulário, leitura e compreensão de 1,7 milhão de adultos de 54 países. O Brasil figurou na 46º posição do ranking com uma avaliação de proficiência muito baixa. ( CARTA-na-ESCOLA, 2013, p.16). AULA INSTRUCIONAL O governo lança todos os anos campanhas em prol da educação, nas quais mostram escolas de várias regiões do país realizando projetos e aulas diversificadas, porém se lançarmos um olhar crítico, em todas essas campanhas o que vemos é salas de aulas tradicionais com carteiras dispostas em padrões estereotipados de filas como um circuito integrado que ao mínimo contato com outros alunos entra em colapso, curto – circuitando todo um sistema maquiado. A primeira questão que me vem à baila em tudo isso é, se todos os anos o governo investe milhões em programas de desenvolvimento da educação (PDE). Por que a educação continua em estado catatônico, será que o problemas está realmente na falta de tecnologias adequadas para se trabalhar, ou, está na falta de uma metodologia que alcance essa nova geração. Nossos alunos passam praticamente de 7 a 12 anos estudando a Língua Inglesa e não conseguem sair do ensino regular nem pronunciando, nem ao menos compreendendo um texto em Língua Inglesa, falando então nem se cogita. Então a sociedade diz que isso acontece por que as aulas de Inglês nas escolas públicas são desinteressantes. Isso é um preconceito cultural que acabou se enraizando em nossa cultura, que tudo que vem da educação pública é ruim. Estudei em vários cursos de inglês considerados como os Tops do município de Campo Grande e observei os mesmos modelos de aulas ministradas na escola pública, a velha aula instrucional, o diferenciava eram que exposição do conteúdo, ao invés de ser português eram em inglês. Outrossim o direcionamento da aula numa imersão total em inglês mostrava um outro problema, a falta de conhecimento gramatical do professor e assim para esconder isso maquiavam a aula apenas com conversação. Em outro curso, porém de um dos centros de línguas mais conceituados do
  • 7. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL estado, no qual lançam na mídia, semana após semana propagandas, no qual alunos ironizam professores do ensino regular, como dizendo que inglês só se aprende em escolas especializadas. Esse curso, porém, seguia o mesmo padrão instrucional aulas de gramática e redação, com uma agravante as produções textuais em inglês não tinham autoria, e sim, eram na metodologia da decoreba, ou seja, o professor em cada aula explicava três redações, com três opções de parágrafos. Em todas as situações o aluno para se considerar capaz tinha que copiar um dos três modelos de parágrafos, ou seja, a professora disponibilizava três opções de parágrafos para a introdução, para o desenvolvimento e para conclusão. Assim no fim de aula ela fazia as “correções”. Desta forma o aluno tinha que decorar os três modelos de texto, pois a prova contemplava um deles. Mas o interessante de tudo eram o tamanho dos smartboards que ocupavam toda a extensão da parede e serviam para dar um upgrade a mais na metodologia, ou seja, deixava a aula ainda mais maquiada. Nessa metodologia não existe autoria, é apenas reprodução de um modelo. O aluno se torna um consumidor passivo, não aprende usar a gramática, e, nem ao menos aprendeu a produzir o seu texto partindo dos modelos apresentados pela metodologia do curso. AULA MULTIMODAL O mercado dos cursos de línguas é amplo e as metodologias são diversamente maquiadas, é curso que oferece caneta com tradutor, outros que oferecem livros com óculos em 3D e ainda há os que oferecem o milagre de aprender inglês em 12 ou 18 meses. Só pode ser milagres, ou então, eu que tenho o raciocínio lento, pois falo o português à 40 anos e ainda escorrego na gramática: A [ metodologia de] alfabetização que se oferece já está obsoleta, por que ela não passa de pressuposto daquela alfabetização que se exige na sociedade intensiva de conhecimento. Ler, escrever e contar é muito pouco, por mais que seja necessário. ( DEMO, 2013, p4)
  • 8. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL Vários fatores contribuem para esse déficit no aprendizado do Inglês e não é o investimento em tecnologia ou a implantação de laboratórios de línguas em todas as escolas que irá mudar isso. A falta de identidade da disciplina e de uma política nacional capaz de articulá-la é , apenas, um dos entraves do ensino de inglês. Outrossim o que falta, realmente, é uma metodologia abrangente que trabalhe ao mesmo tempo o processo e produto final do aprendizado do aluno. Uma metodologia que explore a capacidade natural e lúdica da aquisição da linguagem de uma forma que o aluno sinta os resultados do seu aprendizado. É senso comum dizermos que a TV e Internet está educando nossos alunos tal perspectiva se torna verdade,por que a escola e as aulas de inglês são, totalmente, enfadonhas e sem propósito. Na era da cultura de massa, o ponto de sombria exaustão do ensino de línguas é a reprodução em massa de metodologias estéreis. Partindo das concepções de pensadores como Demo ( 2013), me assegura que a ideia de explorar a multimodalidade em sala de aula é bem coerente e, como o teatro nada mais é que um puro texto multimodal, ou seja, representação de várias modalidades de linguagem numa realidade cênica. Dr um enfoque teatral as aulas de inglês pode ser uma forma de usar a multimodalização como forma metodológica de se trabalhar a multimodalização que Demo chama de “remix” ( construir algo a partir do que já existe). Aliás vivemos numa sociedade multimodal. E o uso dessa multimodalidade como metodologia de ensino enriquece a aprendizagem do aluno. Pois vai de encontro com a forma de cognição da criança, que aprende várias coisas ao mesmo tempo de maneira multimodal/ fragmentária. . REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS BAUDRILLARD, Jean. De um fragmento ao outro. Trad. Guilherme João de Freitas Teixeira. São Paulo: Zouk, 2003. 149 p. CYSNEIROS, Paulo Gileno. Novas Tecnologias na Sala de Aula: Melhoria do Ensino ou Inovação Conservadora. Vol 12, No, 1, 1999.
  • 9. PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO E POLÍTICAS EDUCACIONAIS DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL DEMO, Pedro. Textos discutíveis. Educação Hoje, 2010. KRESS, G. R. e van LEEUWEN, T. Multimodal Discourse: the modes and media of contemporary communication. London: Arnold, 2001. CHOMSKY, Noam. Syntactic Structures . Hague: Mouton, 1957; LIMA, Lindomar C.L. A linguística aplicada ao teatro no ensino de inglês: do fragmento à uma hiper-realidade. Diálogos Educ. R., Campo Grande, MS, v. 3, n. 1, p. 14-25, jun. 2012 – ISSN: 2179-9989 ___________________ . Plays With English: teatro em língua inglesa. Dísponivel e m : http://www.youtube.com/watch? v=_AHOXEdD46s&feature=mfu_in_order&list=UL, Acesso em 15 jun. 2012. PAIVA, T. e OLIVEIRA, T. Nação Monoglota in Carta-na-Escola. Ed.n.75, p. 16- 19, maio, 2013 – ISSN 1808-6012. PRENSKY, Marc. O aluno virou especialista. Revista Época, Editora Globo, 0 8 / 0 7 / 2 0 1 0 . D i s p o n í v e l em http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI153918-15224,00- MARC+PRENSKY+O+ALUNO+VIROU+O+ESPECIALISTA.html, acesso em 02 jun. 2013. LYONS, John . Linguagem e Linguística: uma Introdução. São Paulo: LTC, 1987.