SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 90
Baixar para ler offline
Liga Acadêmica de Emergências Clínicas
CASO 1
Caso Clínico 1
Homem, 56 anos
Hipertenso
 Sedentário, dislipidêmico, ex tabagista
(fumou por 30 anos)
Em uso de: Atenolol; Losartana; Sinvastatina;
Sertralina
Caso Clínico 1
Admitido no HNSG com quadro de dor
precordial atípica.
HMA: paciente relata quadro de dor em
aperto, de pequenas intensidade e duração, em
hemitórax direito durante banho. Foi à
farmácia para medida da PA encontrando
valores de 180 x 100 mmHg. Procurou
imediatamente atendimento médico.
Caso Clínico 1
Quais exames deveriam ser solicitados nesse
caso para se esclarecer o diagnóstico?
A. Ecocardiograma e marcadores de necrose
miocárdica;
B. Cintilografia miocárdica e ECG;
C. ECG e dosagem de marcadores de necrose
miocárdica;
D. Rx de tórax e ECG
Caso Clínico 1
Quais exames deveriam ser solicitados nesse
caso para se esclarecer o diagnóstico?
A. Ecocardiograma e marcadores de necrose
miocárdica;
B. Cintilografia miocárdica e ECG;
C. ECG e dosagem de marcadores de
necrose miocárdica;
D. Rx de tórax e ECG
Caso Clínico 1
Foram realizados esses exames com o
seguintes resultados:
1) ECG: sem alterações;
2) Dosagem de marcadores de necrose
miocárdica: elevação de CK-MB e
mioglobina, troponina normal
Caso Clínico 1
 Diante desse quadro, quais os possíveis
diagnósticos desse paciente?
A. Angina estável;
B. Angina instável;
C. IAM;
D. Vasoespasmo de coronária;
E. Todas elas
Caso Clínico 1
 Diante desse quadro, quais os possíveis
diagnósticos desse paciente?
A. Angina estável;
B. Angina instável;
C. IAM;
D. Vasoespasmo de coronária;
E. Todas elas
Caso Clínico 1
Qual a conduta mais adequada nesse
momento?
Caso Clínico 1
Qual a conduta mais adequada nesse
momento?
1. Encaminhamento à unidade coronariana;
2. Início de heparina EV;
3. Solicitação de CATE
Caso Clínico 1
O paciente foi submetido a cateterismo que
não revelou alterações importantes, somente
ateromatose difusa leve.
Caso Clínico 1
 Após realização do CATE, qual o possível
diagnóstico?
A. Angina estável;
B. IAM;
C. Angina instável;
D. Vasoespasmo de coronária
Caso Clínico 1
 Após realização do CATE, qual o possível
diagnóstico?
A. Angina estável;
B. IAM;
C. Angina instável;
D. Vasoespasmo de coronária
Caso Clínico 1
O paciente recebeu alta após 2 dias
de internação, mantendo as mesmas
medicações que já fazia uso, porém
com acréscimo de AAS.
CASO 2
Caso clínico 2
Homem, 68 anos
Hipertenso há 8 anos
Obeso, sedentário, dislipidêmico
Dor epigástrica intensa súbita e sudorese profunda
Caso Clínico 2
Quais exames deveriam ser solicitados para
facilitar o diagnóstico?
A. Cintilografia miocárdica, Rx de tórax e
ECG;
B. Ecocardiograma, cintilografia miocárdica e
CATE;
C. ECG, Ecocardiograma e CATE;
D. Rx de tórax, Holter e Eco
Caso clínico 2
Quais exames deveriam ser solicitados para
facilitar o diagnóstico?
A. A- Cintilografia miocárdica, Rx de tórax e
ECG;
B. Ecocardiograma, cintilografia miocárdica e
CATE;
C. ECG, Ecocardiograma e CATE;
D. Rx de tórax, Holter e Eco
Caso Clínico 2
Caso Clínico 2
Caso Clínico 2
Foram realizados esses exames com os
seguintes resultados:
1. ECG: supradesnivelamento de ST
2. Eco: hipocinesia ântero-septal discreta
3. CATE: DA – 100%; MgE – 60%, DP CD –
70%
Caso Clínico 2
Caso Clínico 2
 Diante dos exames realizados, qual o
diagnóstico desse paciente?
A. Angina estável;
B. IAM;
C. Angina instável;
D. Vasoespasmo de coronária
Caso Clínico 2
 Diante dos exames realizados, qual o
diagnóstico desse paciente?
A. Angina estável;
B. IAM;
C. Angina instável;
D. Vasoespasmo de coronária
Caso Clínico 2
Diante do diagnóstico alcançado, qual a melhor
conduta a se tomar?
A. Realizar CRVM;
B. Realizar angioplastia com implante de
stents;
C. Deixar o paciente em observação na UCO
com medicação trombolítica endovenosa;
D. Deixar paciente em observação na UCO
com medicação oral.
Caso Clínico 2
Diante do diagnóstico alcançado, qual a melhor
conduta a se tomar?
A. Realizar CRVM;
B. Realizar angioplastia com implante de
stents;
C. Deixar o paciente em observação na UCO
com medicação trombolítica endovenosa;
D. Deixar paciente em observação na UCO
com medicação oral.
Caso Clínico 2
 O paciente, então, foi submetido a ATC (Angioplastia
tranluminal coronariana) – implante de 2 stents com sucesso.
Caso Clínico 2
Evoluiu de maneira satisfatória.
Porém, 8 horas após a angioplastia,
referiu mal estar intenso, seguido de
taquicardia e hipotensão arterial
(85/50 mmHg)
Caso Clínico 2
Caso Clínico 2
Como tratar essa arritmia e quanto tempo esse
paciente deve ficar no hospital?
A. Amiodarona EV e 1 semana de internação p/
controle do ritmo c/ monitorização contínua;
B. Cardioversão elétrica e 15 dias de internação
p/ acompanhamento c/ Holter/Looper e Eco;
C. Resposta B + implante de CDI;
D. Ablação do foco arritmogênico e 1 semana de
internação c/ monitorização contínua
Caso Clínico 2
Como tratar essa arritmia e quanto tempo esse
paciente deve ficar no hospital?
A. Amiodarona EV e 1 semana de internação p/
controle do ritmo c/ monitorização contínua;
B. Cardioversão elétrica e 15 dias de
internação p/ acompanhamento c/
Holter/Looper e Eco;
C. Resposta B + implante de CDI;
D. Ablação do foco arritmogênico e 1 semana de
internação c/ monitorização contínua
Caso Clínico 2
 O paciente foi então submetido a CVE
sincronizada, recobrando ritmo sincronizado
após o segundo choque (200J – 300J).
 Os dias seguintes à CVE transcorreram sem
intercorrências, em uso de betabloqueador,
IECA, AAS, clopidogrel, diurético,
sinvastatina e omeprazol.
Caso Clínico 2
Eco: (primeiro dia após IAM): Acinesia apical
e médio lateral; Hipocinesia difusa; IM leve;
IT leve; FEVE: 0,30
Cintilografia Miocárdica (5 dias pós IAM)
1. Hipoperfusão acentuada ântero-apical;
2. Miocardiopatia dilatada
3. FE: 0,31 – compatível com IAM recente
Caso Clínico 2
Looper: (1 semana após IAM – por sete dias)
1. Ritmo sinusal;
2. EV monomórficas, isoladas, pareadas e raras;
3. Assintomático
Eco: (15 dias após IAM): IM leve; IT leve;
FEVE: 0,39
Caso Clínico 2
 Frente às boas condições clínicas,
ausência de novos episódios de
arritmia e melhora da função
ventricular (FEVE: 0,30 – 0,39), o
paciente recebeu alta hospitalar e foi
acompanhado clinicamente.
Caso Clínico 2
Quais medicações e procedimentos são essenciais
após a alta hospitalar?
A. Amiodarona por 6 meses. Monitorar ritmo
com Holter/Looper mensais;
B. Betabloqueador por 6 meses. Eco e
Holter/Looper a cada 2 meses
C. Betabloqueador em dose máxima tolerada.
D. Monitorar com Holter/Looper e Eco
E. Amiodarona e betabloqueador. Desfibrilador
implantável, 30 dias após a alta.
Caso Clínico 2
Quais medicações e procedimentos são essenciais
após a alta hospitalar?
A. Amiodarona por 6 meses. Monitorar ritmo
com Holter/Looper mensais;
B. Betabloqueador por 6 meses. Eco e
Holter/Looper a cada 2 meses
C. Betabloqueador em dose máxima tolerada.
Monitorar com Holter/Looper e Eco
D. Amiodarona e betabloqueador. Desfibrilador
implantável, 30 dias após a alta.
Caso Clínico 2
 Assim, o paciente continuou em
acompanhamento clínico, c/ a mesma
medicação da alta (betabloqueador,
IECA, AAS, clopidogrel, diurético,
sinvastatina e omeprazol). Como
recomendado, fez Eco e Looper.
Caso Clínico 2
Eco(1 mês após IAM): IM leve; IT leve;
FEVE 0,39
Looper(1 mês após alta – por 7 dias)
1. Ritmo sinusal;
2. ES monomórficas isoladas raras;
3. Assintomático durante todo o período
Caso Clínico 2
Quais os marcadores de risco para a morte
súbita?
A. Extensão da isquemia e focos
arritmogênicos (CATE + EEF);
B. Taquiarritmia ventricular (Holter/Looper);
C. Função ventricular (Eco);
D. Função ventricular e taquiarritmia
ventricular (Eco + Holter/Looper)
Caso Clínico 2
Quais os marcadores de risco para a morte
súbita?
A. Extensão da isquemia e focos
arritmogênicos (CATE + EEF);
B. Taquiarritmia ventricular (Holter/Looper);
C. Função ventricular (Eco);
D. Função ventricular e taquiarritmia
ventricular (Eco + Holter/Looper)
Caso Clínico 2
Eco(3 meses após IAM): IM leve;IT leve;FEVE:
0,47!
Frente à melhora, não somente dos parâmetros
hemodinâmicos, mas sobretudo clínica, o paciente
passou a ser acompanhado a cada 3 meses.
 Após 8 meses do IAM, retomou todas as suas
atividades, inclusive a prática de exercícios
físicos, e não apresentou nenhum outro evento
cardiovascular.
CASO 3
Caso Clínico 3
Homem de 48 anos, raça negra, se apresenta no plantão
da noite acusando dor intensa que apareceu de repente,
retroesternal. Os parentes que acompanham-lhe relatam
que a ela foi tão forte que "desmaiou de tanta dor".
Apresenta dispnéia expiratória com taquipneia, tosse
com hemoptise e hemiplegia esquerda.
A pele do rosto do paciente está úmida e gelada.
PA = 240/130 mm Hg, o pulso radial e fraco, quase
impalpável.
O paciente tomou um comprimido de nifedipina e um
de isocordil, mas nada melhorou.
Caso Clínico 3
Caso Clínico 3
Dor intensa retrosternal com caráter
lancinante pode aparecer no infarto de
miocárdio, mas neste caso ela apareceu de
repente (em IMA tem caráter progressivo).
Embolia pulmonar ou pneumotorax
espontâneo poderiam entrar em discussão,
por causa da dor brusca + hemoptise, mas
raramente evoluem com dor retrosternal -
geralmente a dor e torácica, com caráter de
pontada
Caso Clínico 3
A primeira suspeita seria uma disecção de
aorta, havendo hipertensão sistolo-
diastolica. Os fenômenos vaso-vagais
(transpirações geladas, desmaio, fraqueza)
não são específicos.
Caso Clínico 3
Exames:
1. Suspeitando disecção aórtica, tem que considerar o
diagnostico de infarto agudo de miocárdio, mas por
isso precisamos de eletrocardiograma, já que, se for
infarto, tem que ter modificações elétricas (Q
patologico (>20 ms), supradenivelação do ST com
onda Pardée.). Se o paciente não apresentará
modificações de EKG, a suspeita de disecção
aumenta.
2. Radiografia do tórax à procura de alargamento de
mediastino ou obliteração do botão aórtico e presença
de derrame pleural.
Caso Clínico 3
A eletrocardiografia pode ate sugerir um infarto, sendo as modificações: ST
supradenivelada em II, III, AVF, e subdenivelação "em espelho" do ST nas derivações I,
aVL, V6. O diagnostico poderia ser de infarto agudo de miocardio, mas considerando a
sintomatologia (dor surgida de repente, ausência do pulso, o carácter da dor) ainda não
podemos eliminar a possibilidade da disecção de aorta, especialmente porque se for
disecção coronariana associada o EKG teria mesmo modificações de tipo infartoide.
Caso Clínico 3
A radiografia de tórax, obtida
no leito, e sugestiva de
cardiomegalia e alargamento
do mediastino, observando-se
ainda ateroma calcificado na
croça da aorta, projetando-se
a 2 cm do bordo externo do
vaso, sugerindo dupla luz
aórtica
Praticamente, confirma-se a
suspeita de dissecção aórtica
tipo A Stanford (com
envolvimento da aorta
ascendente)
O desconforto ou dor torácica
na emergência representa um
grande desafio para o médico,
pois, além de queixa frequente,
compreende uma variedade de
causas, com ampla gama de
implicações clínicas, algumas
potencialmente fatais se não
prontamente reconhecidas.
ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA
SOMÁTICA VISCERAL
ANATOMIA As fibras entram na medula
espinal em níveis
específicos e são
distribuídas em
dermátomos
As fibras entram na
medulas em múltiplos
níveis
CARACTERÍSTICAS A dor costuma ser
precisamente descrita, com
forte intensidade e bem
lozalizada
Pode se apresentar como
desconforto, peso, mal-
estar. Não tem localização
precisa
EXEMPLOS Pleurite, costocondrite,
zóster
Síndrome coraniana aguda,
espasmo esofágico.
ANGINAS
Angina estável  coração está trabalhando mais forte
do que o usual. Aumenta a probabilidade de ataque
cardíaco futuro. Segue um padrão episódico regular
Angina instável  condição emergencial. Sinal
sugestivo de ataque cardíaco ocorrerá logo. Não segue
um padrão episódico.
Angina variante (Prinzmetal)  durante o repouso.
PRINCIPAIS CAUSAS
Síndrome Coronariana Aguda
Dissecção Aórtica
Embolismo Pulmonar
Pneumotórax Hipertensivo
Ruptura de Esôfago
“Grupo dos 5”
Ao abordar um paciente no pronto-socorro
com dor ou desconforto precordial, o
emergencista deve:
1) Priorizar o atendimento.
2) Fornecer estratégia diagnóstica e
terapêutica organizada na sala de
emergência, objetivando rapidez, alta
qualidade de cuidados, eficiência e
redução de custos.
ABORDAGEM INICIAL
ABORDAGEM INICIAL
ECG
Todo paciente com dor torácica na sala de
emergência deve ser submetido imediatamente ao
ECG.
A história e o ECG são os dados mais importantes
na avaliação de paciente com um quadro de dor
torácica em um departamento de emergência.
Em razão de sua baixa sensibilidade para o
diagnóstico de insuficiência coronária aguda, o
ECG nunca deve ser o único exame
complementar utilizado para confirmar ou afastar
o diagnóstico dessa doença.
DESCRIÇÃO DA DOR TORÁCICA
Dor, desconforto, queimação ou sensação
opressiva localizada em região precordial ou
retroesternal, que pode irradiar-se
Dor desencadeada por estresse físico ou emocional,
aliviada com repouso.
A dor pode durar alguns minutos (geralmente entre
10 e 20 minutos) ou mais que 30 minutos, no
infarto.
Cuidado: em algumas ocasiões, n dor pode se loca
lizar em região epigástrica e cessar com
eructações, acompanhada de indigestão, sendo
erroneamente interpretada como dispepsia.
Não esquecer: dor torácica mais intensa e
com duração acima de 20 minutos,
acompanhada de dispneia, sudorese,
palidez cutânea e náuseas, frequentemente
representa IAM.
DEFINIÇÃO
Elevação típica e queda gradual (Troponina)
ou elevação e queda mais rápida (CK-MB)
dos marcadores séricos de necrose miocárdica;
Sintoma de isquemia miocárdica;
Desenvolvimento de onda Q patológica no
ECG;
Alteração ECG indicativa de isquemia:
elevação ST.
TRÍADE CLÁSSICA
ISQUEMIA  alteração na onda T
Isquemia Subepicárdica:
1) onda T INVERTIDA simétrica à onda T normal
2) Porém NEGATIVA
Isquemia Subendocárdica:
1) Onda T POSITIVA e PONTIAGUDA
 Ondas melhores detectadas nas derivações
precordiais (V1 A V6)
LESÃO  elevação do segmento ST
R
P
Q
ST
INFARTO  Necrose: alteração do
complexo QRS
FASES DO INFARTO
A  ondas T hiperagudas (primeiros minutos)
B  supradesnível do segmento ST (± 30 minutos)
C  surgimento de ondas Q (± 6 horas)
D  inversão da onda T (± 2 horas)
E  regressão do supradesnivelamento ( pouco menos de 1 semana)
 A onda Q aumenta a partir de 6 horas de evolução, enquanto o
supradesnivelamento de ST diminui progressivamente; a onda T, muito
ampla e positiva no inicio, torna-se achatada e depois negativa, e a
profundidade aumenta.
LOCALIZAÇÃO PELAS
DERIVAÇÕES
Local do IAM Supra de ST Local no ECO Coronária
ANTERIOR V1-4 Apical e ântero-
septal média
DA
ANTERIOR
EXTENSO
V1-V6 (D1, AVL) Apical e ântero-
septal
DA
INFERIOR D2, D3, AVF Inferior e dorsal CD ou Cx
POSTERIOR V7-8 e infra de ST
na parede
anterior
Posterior e/ou
lateral
Cx ou CD
LATERAL
ALTO
D1, AVL Lateral e/ou
dorsal
Cx
VD DV3-5, V1 Posterior e lateral
do VD
CD
Escore TIMI para estratificação de risco no IAMCST
 Por definição, pacientes com síndrome coronária aguda e supradesnível
do segmento ST são classificados como de alto risco para eventos,
embora exista ainda muita heterogeneidade neste grupo.
AVALIAÇÃO HOSPITALAR
Killip I Ausculta cardíaca normal. Ausculta pulmonar normal.
FC < 100 bpm. PAS > 90 mmHg. FR < 20 irpm.
Killip II Presença de B3 ou estertoração nas bases
pulmonares.
FC < 100 bpm. PAS > 90 mmHg. FR < 20 irpm.
Killip III
(Congestão
pulmonar)
Presença de B3. Estertoração > 50% nos hemitóraces.
FC > 100 bpm. PAS > 90 mmHg. FR > 20 irpm.
Killip IV
(Choque
cardiogênico)
Presença de B3. Estertoração > 50% nos hemitóraces.
FC > 100 bpm. PAS < 90 mmHg. FR > 20 irpm.
Perfusão capilar lentificada. Oligúria.
1) ECG
2) Nitrato Sublingual
3) Marcadores de Necrose Miocárdica
4) Ecocardiograma
5) Teste de esforço – ergometria (TE)
6) Cintilografia miocárdica de repouso
7) Radiografia de tórax e tomografia de tórax
NITRATO SUBLINGUAL
No pronto-socorro, quando o paciente
apresenta melhora da sua dor com o nitrato
sublingual, há a tendência de valorizar esse
dado como indício de doença cardíaca
isquêmica.
Entretanto, estudos recentes não têm
confirmado esse valor diagnóstico do nitrato
sublingual.
MARCADORES DE NECROSE
MIOCÁRDICA
Marcadores Elevação
inicial
Pirco sem
trombolise
Normalizaçã
o SEM
trombólise
Pico com
trombólise
Normalizaçã
o COM
trobmbólise
MIOGLOBINA 1-3 horas 6-7 horas 24horas - -
CKMB 3-12 horas 20-24 horas 48-72 horas 10-12 horas 24 horas
cTnI 3-12 horas 24-48 horas 5-10 dias 18-24 horas 4 dias
cTnT 3-12 horas 24-48 horas 5-14 dias 12-48 horas 4-5 dias
ECOCARDIOGRAMA
Quando negativo, não afasta IAM
Importante para: Eao e Dissecção aortica
O tratamento precoce dos pacientes com IAM é
medida salvadora de vidas e deve ser iniciado,
quando indicado, em até 30 minutos a partir da
chegada do paciente no hospital para
trombólise química, e de 1 hora para
angioplastia primária.
Da mesma forma, mesmo que os paciente
tenham contraindicações para receber o
trombolítico ou não haja angioplastia, eles se
beneficiarão de tratamento medicamentoso
para isquemia.
TROMBÓLISE QUÍMICA
Estreptoquinase
Dose: 1.500.000 UI IV em 30-60 minutos.
Alteplase – rtPA
Dose: 100 mg IV divididos em 15 mg em bolus,
50 mg em 30 minutos e 35 mg em 60 minutos.
Obrigatoriamente deve ser seguido da infusão de heparina
não-fracionada IV na dose de 12 UI/Kg/h até no máximo
1000 UI/h por 48-72 horas.
Tenecteplase – TNK-PA
Dose: 0,5 mg/Kg IV em bolus (Máximo 50 mg).
Também deve ser seguido da infusão de heparina IV por
48-72 horas.
ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA
 Laboratório de hemodinâmica
disponível com backup
cirúrgico
 IAM de alto risco
1) Choque cardiogênico
2) Killip class ≥ 3
 Contra-indicações para
fibrinólise
 Apresentação tardia: Início dos
sintomas ≥ 3 horas
 Diagnóstico de IAM é duvidoso
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Ácido acetilsalicílico
Trombolíticos
Medicamentos semelhantes ao ácido acetilsalicílico para
ajudar a prevenir a formação de coágulos novos,
incluem clopidogrel e outros, chamados inibidores da
agregação plaquetária
Outros medicamentos para afinar o sangue
Analgésicos
Nitroglicerina
Betabloqueadores
Inibidores de ECA
Medicamentos para baixar o colesterol.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
 Se o ECG mostrar uma elevação do segmento ST em duas
derivações contíguas > 1 mm  indicar trombólise ou
angioplastia primária e transferi-lo para uma unidade
coronariana (UCO).
 Da mesma forma, pacientes com aumento de enzimas (IAM sem
elevação do segmento ST) e angina de alto risco devem ser
internados em UCO.
 Pacientes com diagnóstico de dor torácica definitivamente
não isquêmica  avaliados para uma causa específica
(embolia pulmonar, pneumonia etc.).
 Esses pacientes terão alta da UDT e serão encaminhados conforme
a causa (alta hospitalar, tratamento antimicrobiano, outros exames
complementares etc.).
 Pacientes com baixo risco de eventos  submetidos a um TE
(ou cintilografia se não for possível realizar o TE); e se
normal, terão alta hospitalar. Alternativamente, eles poderão
ter alta hospitalar e realizar o TE em até 72 horas.
INSTABILIDADE HEMODINÂMICA
1) Hipotensão, choque cardiogênico
2) Edema agudo de pulmão
3) Insuficiência cardíaca congestiva
ARRITMIAS
1) Taquicardias ventriculares
2) Fibrilação ventricular
3) Bloqueios atrioventriculares avançados
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Liga acadêmica de emergências clinicas   dor torácica

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Doenças cerebrovasculares
Doenças cerebrovascularesDoenças cerebrovasculares
Doenças cerebrovasculares
Thiago Cancio
 
Ecg básico
Ecg básicoEcg básico
Ecg básico
dapab
 
Interpretação de ECG
Interpretação de ECGInterpretação de ECG
Interpretação de ECG
HIURYGOMES
 
Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]
LAC
 
Aula 3 arritmias
Aula 3  arritmiasAula 3  arritmias
Aula 3 arritmias
profsempre
 
Monitorização Hemodinamica
Monitorização HemodinamicaMonitorização Hemodinamica
Monitorização Hemodinamica
Rodrigo Biondi
 
PRONTO SOCORRO LIDERANÇA PARTE 1.pptx
PRONTO SOCORRO LIDERANÇA PARTE 1.pptxPRONTO SOCORRO LIDERANÇA PARTE 1.pptx
PRONTO SOCORRO LIDERANÇA PARTE 1.pptx
tuttitutti1
 
Cardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasCardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitas
dapab
 

Mais procurados (20)

Doenças cerebrovasculares
Doenças cerebrovascularesDoenças cerebrovasculares
Doenças cerebrovasculares
 
Critérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
Critérios de admissão em Unidade de Terapia IntensivaCritérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
Critérios de admissão em Unidade de Terapia Intensiva
 
Insuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshareInsuficiencia cardiaca.slideshare
Insuficiencia cardiaca.slideshare
 
Ecg básico
Ecg básicoEcg básico
Ecg básico
 
Interpretação de ECG
Interpretação de ECGInterpretação de ECG
Interpretação de ECG
 
Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019Semiologia das arritmias 2019
Semiologia das arritmias 2019
 
Edema Agudo de Pulmão
Edema Agudo de PulmãoEdema Agudo de Pulmão
Edema Agudo de Pulmão
 
Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]Aula cardiopatia completa[1]
Aula cardiopatia completa[1]
 
Curso MEDICINA PUCLON - Aula 03 semiologia da dor toracica v2
Curso MEDICINA PUCLON - Aula 03   semiologia da dor toracica v2Curso MEDICINA PUCLON - Aula 03   semiologia da dor toracica v2
Curso MEDICINA PUCLON - Aula 03 semiologia da dor toracica v2
 
Aula 3 arritmias
Aula 3  arritmiasAula 3  arritmias
Aula 3 arritmias
 
Urgências e Emergências na Atenção Básica - SCA e AVC
Urgências e Emergências na Atenção Básica - SCA e AVC Urgências e Emergências na Atenção Básica - SCA e AVC
Urgências e Emergências na Atenção Básica - SCA e AVC
 
Monitorização Hemodinamica
Monitorização HemodinamicaMonitorização Hemodinamica
Monitorização Hemodinamica
 
PRONTO SOCORRO LIDERANÇA PARTE 1.pptx
PRONTO SOCORRO LIDERANÇA PARTE 1.pptxPRONTO SOCORRO LIDERANÇA PARTE 1.pptx
PRONTO SOCORRO LIDERANÇA PARTE 1.pptx
 
Cardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitasCardiopatias congenitas
Cardiopatias congenitas
 
Aula sobre prevenção da tromboembolia venosa
Aula sobre prevenção da tromboembolia venosaAula sobre prevenção da tromboembolia venosa
Aula sobre prevenção da tromboembolia venosa
 
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de caso
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de casoAssistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de caso
Assistência de enfermagem ao paciente com IAM com SST: estudo de caso
 
INFARTO AGUDO MIOCÁRDIO E ANGINA PECTÓRIS
INFARTO AGUDO MIOCÁRDIO E ANGINA PECTÓRISINFARTO AGUDO MIOCÁRDIO E ANGINA PECTÓRIS
INFARTO AGUDO MIOCÁRDIO E ANGINA PECTÓRIS
 
Insuficiência Cardiaca - Tulio Frazão (DX,TX)
Insuficiência Cardiaca - Tulio Frazão (DX,TX)Insuficiência Cardiaca - Tulio Frazão (DX,TX)
Insuficiência Cardiaca - Tulio Frazão (DX,TX)
 
Cardioversão x-desfibrilação-guilherme-goldfeder
Cardioversão x-desfibrilação-guilherme-goldfederCardioversão x-desfibrilação-guilherme-goldfeder
Cardioversão x-desfibrilação-guilherme-goldfeder
 
Pericardite
PericarditePericardite
Pericardite
 

Semelhante a Liga acadêmica de emergências clinicas dor torácica

Apresentação de caso clínico 3
Apresentação de caso clínico 3Apresentação de caso clínico 3
Apresentação de caso clínico 3
lacuit
 
Caso clinico simpósio fa
Caso clinico simpósio faCaso clinico simpósio fa
Caso clinico simpósio fa
Felipe Motta
 
Apresentação de caso clínico 2
Apresentação de caso clínico 2Apresentação de caso clínico 2
Apresentação de caso clínico 2
lacuit
 
QUADRIX_006_IAMSPE-RM-2022_Prova_Objetiva_ESPECIALIDADES CLINICAS.pdf
QUADRIX_006_IAMSPE-RM-2022_Prova_Objetiva_ESPECIALIDADES CLINICAS.pdfQUADRIX_006_IAMSPE-RM-2022_Prova_Objetiva_ESPECIALIDADES CLINICAS.pdf
QUADRIX_006_IAMSPE-RM-2022_Prova_Objetiva_ESPECIALIDADES CLINICAS.pdf
Lohana Vidaurre
 
Pós operatório de cirurgia cardiovascular
Pós operatório de cirurgia cardiovascularPós operatório de cirurgia cardiovascular
Pós operatório de cirurgia cardiovascular
Paulo Sérgio
 
Prova Bimestral I paciente critico lincon (1).pdf
Prova Bimestral I paciente critico lincon (1).pdfProva Bimestral I paciente critico lincon (1).pdf
Prova Bimestral I paciente critico lincon (1).pdf
jessica276304
 
Avaliação cardiológica anotações de aula
Avaliação cardiológica  anotações de aulaAvaliação cardiológica  anotações de aula
Avaliação cardiológica anotações de aula
Rose Viviane Bezerra
 

Semelhante a Liga acadêmica de emergências clinicas dor torácica (20)

Apresentação de caso clínico 3
Apresentação de caso clínico 3Apresentação de caso clínico 3
Apresentação de caso clínico 3
 
Caso clinico simpósio fa
Caso clinico simpósio faCaso clinico simpósio fa
Caso clinico simpósio fa
 
Apresentação de caso clínico 2
Apresentação de caso clínico 2Apresentação de caso clínico 2
Apresentação de caso clínico 2
 
QUADRIX_006_IAMSPE-RM-2022_Prova_Objetiva_ESPECIALIDADES CLINICAS.pdf
QUADRIX_006_IAMSPE-RM-2022_Prova_Objetiva_ESPECIALIDADES CLINICAS.pdfQUADRIX_006_IAMSPE-RM-2022_Prova_Objetiva_ESPECIALIDADES CLINICAS.pdf
QUADRIX_006_IAMSPE-RM-2022_Prova_Objetiva_ESPECIALIDADES CLINICAS.pdf
 
100% Medicina Questões de Cardiologia
100% Medicina Questões de Cardiologia100% Medicina Questões de Cardiologia
100% Medicina Questões de Cardiologia
 
923696
923696923696
923696
 
Pós operatório de cirurgia cardiovascular
Pós operatório de cirurgia cardiovascularPós operatório de cirurgia cardiovascular
Pós operatório de cirurgia cardiovascular
 
Fast Hug
Fast HugFast Hug
Fast Hug
 
Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1
 
Casoclinico geriaria
Casoclinico geriariaCasoclinico geriaria
Casoclinico geriaria
 
Casos clinicos laec exame de imagem
Casos clinicos laec   exame de imagemCasos clinicos laec   exame de imagem
Casos clinicos laec exame de imagem
 
PRÉ-OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICA
PRÉ-OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICAPRÉ-OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICA
PRÉ-OPERATÓRIO DA CIRURGIA GINECOLÓGICA
 
Apresentação artigo clínica joao xxiii
Apresentação artigo clínica joao xxiiiApresentação artigo clínica joao xxiii
Apresentação artigo clínica joao xxiii
 
Suseme emergência 2014
Suseme   emergência 2014Suseme   emergência 2014
Suseme emergência 2014
 
Sessão clínica do cti hsl 2 06
Sessão clínica do  cti hsl   2 06Sessão clínica do  cti hsl   2 06
Sessão clínica do cti hsl 2 06
 
Curso Cardiology4All - Módulo 3
Curso Cardiology4All - Módulo 3Curso Cardiology4All - Módulo 3
Curso Cardiology4All - Módulo 3
 
Prova Bimestral I paciente critico lincon (1).pdf
Prova Bimestral I paciente critico lincon (1).pdfProva Bimestral I paciente critico lincon (1).pdf
Prova Bimestral I paciente critico lincon (1).pdf
 
InsuficiêNcia CardíAca Descompensada
InsuficiêNcia CardíAca DescompensadaInsuficiêNcia CardíAca Descompensada
InsuficiêNcia CardíAca Descompensada
 
Casos clinicos aleatorios 2
Casos clinicos aleatorios 2 Casos clinicos aleatorios 2
Casos clinicos aleatorios 2
 
Avaliação cardiológica anotações de aula
Avaliação cardiológica  anotações de aulaAvaliação cardiológica  anotações de aula
Avaliação cardiológica anotações de aula
 

Mais de LAEC UNIVAG (6)

Abordagem inicial ao paciente grave
Abordagem inicial ao paciente graveAbordagem inicial ao paciente grave
Abordagem inicial ao paciente grave
 
Acesso venoso central
Acesso venoso centralAcesso venoso central
Acesso venoso central
 
Laec liga acadêmica de emergências clínicas - rcp 2015 atualizado
Laec   liga acadêmica de emergências clínicas - rcp 2015 atualizadoLaec   liga acadêmica de emergências clínicas - rcp 2015 atualizado
Laec liga acadêmica de emergências clínicas - rcp 2015 atualizado
 
Liga acadêmica de emergências clínicas - EXAMES LABORATORIAIS COMO AUXILIO EM...
Liga acadêmica de emergências clínicas - EXAMES LABORATORIAIS COMO AUXILIO EM...Liga acadêmica de emergências clínicas - EXAMES LABORATORIAIS COMO AUXILIO EM...
Liga acadêmica de emergências clínicas - EXAMES LABORATORIAIS COMO AUXILIO EM...
 
Liga acadêmica de emergências clínicas - GASOMETRIA APLICADAS ÀS EMERGÊNCIAS ...
Liga acadêmica de emergências clínicas - GASOMETRIA APLICADAS ÀS EMERGÊNCIAS ...Liga acadêmica de emergências clínicas - GASOMETRIA APLICADAS ÀS EMERGÊNCIAS ...
Liga acadêmica de emergências clínicas - GASOMETRIA APLICADAS ÀS EMERGÊNCIAS ...
 
LAEC - Liga Acadêmica de Emergências Clínicas - ZIKA, DENGUE e CHIKUNGUNYA
LAEC - Liga Acadêmica de Emergências Clínicas - ZIKA, DENGUE e CHIKUNGUNYALAEC - Liga Acadêmica de Emergências Clínicas - ZIKA, DENGUE e CHIKUNGUNYA
LAEC - Liga Acadêmica de Emergências Clínicas - ZIKA, DENGUE e CHIKUNGUNYA
 

Último

Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
sh5kpmr7w7
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
Autonoma
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
marlene54545
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
RogrioGonalves41
 

Último (20)

Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptxEducação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
Educação Financeira - Cartão de crédito665933.pptx
 
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemáticaSlide - SAEB. língua portuguesa e matemática
Slide - SAEB. língua portuguesa e matemática
 
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
Introdução às Funções 9º ano: Diagrama de flexas, Valor numérico de uma funçã...
 
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
Aula 25 - A america espanhola - colonização, exploraçãp e trabalho (mita e en...
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º anoCamadas da terra -Litosfera  conteúdo 6º ano
Camadas da terra -Litosfera conteúdo 6º ano
 
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdfAula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
Aula prática JOGO-Regencia-Verbal-e-Nominal.pdf
 
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
3 2 - termos-integrantes-da-oracao-.pptx
 
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
Apresentação | Dia da Europa 2024 - Celebremos a União Europeia!
 
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
Historia de Portugal - Quarto Ano - 2024
 
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptxSlides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
Slides Lição 6, Betel, Ordenança para uma vida de obediência e submissão.pptx
 
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptxMonoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
Monoteísmo, Politeísmo, Panteísmo 7 ANO2.pptx
 
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .pptAula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
Aula 1 - Psicologia Cognitiva, aula .ppt
 
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de LedAula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
Aula 67 e 68 Robótica 8º ano Experimentando variações da matriz de Led
 
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptxCópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
Cópia de AULA 2- ENSINO FUNDAMENTAL ANOS INICIAIS - LÍNGUA PORTUGUESA.pptx
 
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdfatividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
atividade-de-portugues-paronimos-e-homonimos-4º-e-5º-ano-respostas.pdf
 
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
19- Pedagogia (60 mapas mentais) - Amostra.pdf
 
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*P P P 2024  - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
P P P 2024 - *CIEJA Santana / Tucuruvi*
 
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.pptArtigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
Artigo Científico - Estrutura e Formatação.ppt
 
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmicoPesquisa Ação René Barbier Livro  acadêmico
Pesquisa Ação René Barbier Livro acadêmico
 

Liga acadêmica de emergências clinicas dor torácica

  • 1. Liga Acadêmica de Emergências Clínicas
  • 2.
  • 4. Caso Clínico 1 Homem, 56 anos Hipertenso  Sedentário, dislipidêmico, ex tabagista (fumou por 30 anos) Em uso de: Atenolol; Losartana; Sinvastatina; Sertralina
  • 5. Caso Clínico 1 Admitido no HNSG com quadro de dor precordial atípica. HMA: paciente relata quadro de dor em aperto, de pequenas intensidade e duração, em hemitórax direito durante banho. Foi à farmácia para medida da PA encontrando valores de 180 x 100 mmHg. Procurou imediatamente atendimento médico.
  • 6. Caso Clínico 1 Quais exames deveriam ser solicitados nesse caso para se esclarecer o diagnóstico? A. Ecocardiograma e marcadores de necrose miocárdica; B. Cintilografia miocárdica e ECG; C. ECG e dosagem de marcadores de necrose miocárdica; D. Rx de tórax e ECG
  • 7. Caso Clínico 1 Quais exames deveriam ser solicitados nesse caso para se esclarecer o diagnóstico? A. Ecocardiograma e marcadores de necrose miocárdica; B. Cintilografia miocárdica e ECG; C. ECG e dosagem de marcadores de necrose miocárdica; D. Rx de tórax e ECG
  • 8. Caso Clínico 1 Foram realizados esses exames com o seguintes resultados: 1) ECG: sem alterações; 2) Dosagem de marcadores de necrose miocárdica: elevação de CK-MB e mioglobina, troponina normal
  • 9. Caso Clínico 1  Diante desse quadro, quais os possíveis diagnósticos desse paciente? A. Angina estável; B. Angina instável; C. IAM; D. Vasoespasmo de coronária; E. Todas elas
  • 10. Caso Clínico 1  Diante desse quadro, quais os possíveis diagnósticos desse paciente? A. Angina estável; B. Angina instável; C. IAM; D. Vasoespasmo de coronária; E. Todas elas
  • 11. Caso Clínico 1 Qual a conduta mais adequada nesse momento?
  • 12. Caso Clínico 1 Qual a conduta mais adequada nesse momento? 1. Encaminhamento à unidade coronariana; 2. Início de heparina EV; 3. Solicitação de CATE
  • 13. Caso Clínico 1 O paciente foi submetido a cateterismo que não revelou alterações importantes, somente ateromatose difusa leve.
  • 14. Caso Clínico 1  Após realização do CATE, qual o possível diagnóstico? A. Angina estável; B. IAM; C. Angina instável; D. Vasoespasmo de coronária
  • 15. Caso Clínico 1  Após realização do CATE, qual o possível diagnóstico? A. Angina estável; B. IAM; C. Angina instável; D. Vasoespasmo de coronária
  • 16. Caso Clínico 1 O paciente recebeu alta após 2 dias de internação, mantendo as mesmas medicações que já fazia uso, porém com acréscimo de AAS.
  • 18. Caso clínico 2 Homem, 68 anos Hipertenso há 8 anos Obeso, sedentário, dislipidêmico Dor epigástrica intensa súbita e sudorese profunda
  • 19. Caso Clínico 2 Quais exames deveriam ser solicitados para facilitar o diagnóstico? A. Cintilografia miocárdica, Rx de tórax e ECG; B. Ecocardiograma, cintilografia miocárdica e CATE; C. ECG, Ecocardiograma e CATE; D. Rx de tórax, Holter e Eco
  • 20. Caso clínico 2 Quais exames deveriam ser solicitados para facilitar o diagnóstico? A. A- Cintilografia miocárdica, Rx de tórax e ECG; B. Ecocardiograma, cintilografia miocárdica e CATE; C. ECG, Ecocardiograma e CATE; D. Rx de tórax, Holter e Eco
  • 23. Caso Clínico 2 Foram realizados esses exames com os seguintes resultados: 1. ECG: supradesnivelamento de ST 2. Eco: hipocinesia ântero-septal discreta 3. CATE: DA – 100%; MgE – 60%, DP CD – 70%
  • 25. Caso Clínico 2  Diante dos exames realizados, qual o diagnóstico desse paciente? A. Angina estável; B. IAM; C. Angina instável; D. Vasoespasmo de coronária
  • 26. Caso Clínico 2  Diante dos exames realizados, qual o diagnóstico desse paciente? A. Angina estável; B. IAM; C. Angina instável; D. Vasoespasmo de coronária
  • 27. Caso Clínico 2 Diante do diagnóstico alcançado, qual a melhor conduta a se tomar? A. Realizar CRVM; B. Realizar angioplastia com implante de stents; C. Deixar o paciente em observação na UCO com medicação trombolítica endovenosa; D. Deixar paciente em observação na UCO com medicação oral.
  • 28. Caso Clínico 2 Diante do diagnóstico alcançado, qual a melhor conduta a se tomar? A. Realizar CRVM; B. Realizar angioplastia com implante de stents; C. Deixar o paciente em observação na UCO com medicação trombolítica endovenosa; D. Deixar paciente em observação na UCO com medicação oral.
  • 29. Caso Clínico 2  O paciente, então, foi submetido a ATC (Angioplastia tranluminal coronariana) – implante de 2 stents com sucesso.
  • 30. Caso Clínico 2 Evoluiu de maneira satisfatória. Porém, 8 horas após a angioplastia, referiu mal estar intenso, seguido de taquicardia e hipotensão arterial (85/50 mmHg)
  • 32. Caso Clínico 2 Como tratar essa arritmia e quanto tempo esse paciente deve ficar no hospital? A. Amiodarona EV e 1 semana de internação p/ controle do ritmo c/ monitorização contínua; B. Cardioversão elétrica e 15 dias de internação p/ acompanhamento c/ Holter/Looper e Eco; C. Resposta B + implante de CDI; D. Ablação do foco arritmogênico e 1 semana de internação c/ monitorização contínua
  • 33. Caso Clínico 2 Como tratar essa arritmia e quanto tempo esse paciente deve ficar no hospital? A. Amiodarona EV e 1 semana de internação p/ controle do ritmo c/ monitorização contínua; B. Cardioversão elétrica e 15 dias de internação p/ acompanhamento c/ Holter/Looper e Eco; C. Resposta B + implante de CDI; D. Ablação do foco arritmogênico e 1 semana de internação c/ monitorização contínua
  • 34. Caso Clínico 2  O paciente foi então submetido a CVE sincronizada, recobrando ritmo sincronizado após o segundo choque (200J – 300J).  Os dias seguintes à CVE transcorreram sem intercorrências, em uso de betabloqueador, IECA, AAS, clopidogrel, diurético, sinvastatina e omeprazol.
  • 35. Caso Clínico 2 Eco: (primeiro dia após IAM): Acinesia apical e médio lateral; Hipocinesia difusa; IM leve; IT leve; FEVE: 0,30 Cintilografia Miocárdica (5 dias pós IAM) 1. Hipoperfusão acentuada ântero-apical; 2. Miocardiopatia dilatada 3. FE: 0,31 – compatível com IAM recente
  • 36. Caso Clínico 2 Looper: (1 semana após IAM – por sete dias) 1. Ritmo sinusal; 2. EV monomórficas, isoladas, pareadas e raras; 3. Assintomático Eco: (15 dias após IAM): IM leve; IT leve; FEVE: 0,39
  • 37. Caso Clínico 2  Frente às boas condições clínicas, ausência de novos episódios de arritmia e melhora da função ventricular (FEVE: 0,30 – 0,39), o paciente recebeu alta hospitalar e foi acompanhado clinicamente.
  • 38. Caso Clínico 2 Quais medicações e procedimentos são essenciais após a alta hospitalar? A. Amiodarona por 6 meses. Monitorar ritmo com Holter/Looper mensais; B. Betabloqueador por 6 meses. Eco e Holter/Looper a cada 2 meses C. Betabloqueador em dose máxima tolerada. D. Monitorar com Holter/Looper e Eco E. Amiodarona e betabloqueador. Desfibrilador implantável, 30 dias após a alta.
  • 39. Caso Clínico 2 Quais medicações e procedimentos são essenciais após a alta hospitalar? A. Amiodarona por 6 meses. Monitorar ritmo com Holter/Looper mensais; B. Betabloqueador por 6 meses. Eco e Holter/Looper a cada 2 meses C. Betabloqueador em dose máxima tolerada. Monitorar com Holter/Looper e Eco D. Amiodarona e betabloqueador. Desfibrilador implantável, 30 dias após a alta.
  • 40. Caso Clínico 2  Assim, o paciente continuou em acompanhamento clínico, c/ a mesma medicação da alta (betabloqueador, IECA, AAS, clopidogrel, diurético, sinvastatina e omeprazol). Como recomendado, fez Eco e Looper.
  • 41. Caso Clínico 2 Eco(1 mês após IAM): IM leve; IT leve; FEVE 0,39 Looper(1 mês após alta – por 7 dias) 1. Ritmo sinusal; 2. ES monomórficas isoladas raras; 3. Assintomático durante todo o período
  • 42. Caso Clínico 2 Quais os marcadores de risco para a morte súbita? A. Extensão da isquemia e focos arritmogênicos (CATE + EEF); B. Taquiarritmia ventricular (Holter/Looper); C. Função ventricular (Eco); D. Função ventricular e taquiarritmia ventricular (Eco + Holter/Looper)
  • 43. Caso Clínico 2 Quais os marcadores de risco para a morte súbita? A. Extensão da isquemia e focos arritmogênicos (CATE + EEF); B. Taquiarritmia ventricular (Holter/Looper); C. Função ventricular (Eco); D. Função ventricular e taquiarritmia ventricular (Eco + Holter/Looper)
  • 44. Caso Clínico 2 Eco(3 meses após IAM): IM leve;IT leve;FEVE: 0,47! Frente à melhora, não somente dos parâmetros hemodinâmicos, mas sobretudo clínica, o paciente passou a ser acompanhado a cada 3 meses.  Após 8 meses do IAM, retomou todas as suas atividades, inclusive a prática de exercícios físicos, e não apresentou nenhum outro evento cardiovascular.
  • 46. Caso Clínico 3 Homem de 48 anos, raça negra, se apresenta no plantão da noite acusando dor intensa que apareceu de repente, retroesternal. Os parentes que acompanham-lhe relatam que a ela foi tão forte que "desmaiou de tanta dor". Apresenta dispnéia expiratória com taquipneia, tosse com hemoptise e hemiplegia esquerda. A pele do rosto do paciente está úmida e gelada. PA = 240/130 mm Hg, o pulso radial e fraco, quase impalpável. O paciente tomou um comprimido de nifedipina e um de isocordil, mas nada melhorou.
  • 48. Caso Clínico 3 Dor intensa retrosternal com caráter lancinante pode aparecer no infarto de miocárdio, mas neste caso ela apareceu de repente (em IMA tem caráter progressivo). Embolia pulmonar ou pneumotorax espontâneo poderiam entrar em discussão, por causa da dor brusca + hemoptise, mas raramente evoluem com dor retrosternal - geralmente a dor e torácica, com caráter de pontada
  • 49. Caso Clínico 3 A primeira suspeita seria uma disecção de aorta, havendo hipertensão sistolo- diastolica. Os fenômenos vaso-vagais (transpirações geladas, desmaio, fraqueza) não são específicos.
  • 50. Caso Clínico 3 Exames: 1. Suspeitando disecção aórtica, tem que considerar o diagnostico de infarto agudo de miocárdio, mas por isso precisamos de eletrocardiograma, já que, se for infarto, tem que ter modificações elétricas (Q patologico (>20 ms), supradenivelação do ST com onda Pardée.). Se o paciente não apresentará modificações de EKG, a suspeita de disecção aumenta. 2. Radiografia do tórax à procura de alargamento de mediastino ou obliteração do botão aórtico e presença de derrame pleural.
  • 51. Caso Clínico 3 A eletrocardiografia pode ate sugerir um infarto, sendo as modificações: ST supradenivelada em II, III, AVF, e subdenivelação "em espelho" do ST nas derivações I, aVL, V6. O diagnostico poderia ser de infarto agudo de miocardio, mas considerando a sintomatologia (dor surgida de repente, ausência do pulso, o carácter da dor) ainda não podemos eliminar a possibilidade da disecção de aorta, especialmente porque se for disecção coronariana associada o EKG teria mesmo modificações de tipo infartoide.
  • 52. Caso Clínico 3 A radiografia de tórax, obtida no leito, e sugestiva de cardiomegalia e alargamento do mediastino, observando-se ainda ateroma calcificado na croça da aorta, projetando-se a 2 cm do bordo externo do vaso, sugerindo dupla luz aórtica Praticamente, confirma-se a suspeita de dissecção aórtica tipo A Stanford (com envolvimento da aorta ascendente)
  • 53.
  • 54. O desconforto ou dor torácica na emergência representa um grande desafio para o médico, pois, além de queixa frequente, compreende uma variedade de causas, com ampla gama de implicações clínicas, algumas potencialmente fatais se não prontamente reconhecidas.
  • 55. ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA SOMÁTICA VISCERAL ANATOMIA As fibras entram na medula espinal em níveis específicos e são distribuídas em dermátomos As fibras entram na medulas em múltiplos níveis CARACTERÍSTICAS A dor costuma ser precisamente descrita, com forte intensidade e bem lozalizada Pode se apresentar como desconforto, peso, mal- estar. Não tem localização precisa EXEMPLOS Pleurite, costocondrite, zóster Síndrome coraniana aguda, espasmo esofágico.
  • 56. ANGINAS Angina estável  coração está trabalhando mais forte do que o usual. Aumenta a probabilidade de ataque cardíaco futuro. Segue um padrão episódico regular Angina instável  condição emergencial. Sinal sugestivo de ataque cardíaco ocorrerá logo. Não segue um padrão episódico. Angina variante (Prinzmetal)  durante o repouso.
  • 57. PRINCIPAIS CAUSAS Síndrome Coronariana Aguda Dissecção Aórtica Embolismo Pulmonar Pneumotórax Hipertensivo Ruptura de Esôfago “Grupo dos 5”
  • 58. Ao abordar um paciente no pronto-socorro com dor ou desconforto precordial, o emergencista deve: 1) Priorizar o atendimento. 2) Fornecer estratégia diagnóstica e terapêutica organizada na sala de emergência, objetivando rapidez, alta qualidade de cuidados, eficiência e redução de custos. ABORDAGEM INICIAL
  • 60.
  • 61. ECG Todo paciente com dor torácica na sala de emergência deve ser submetido imediatamente ao ECG. A história e o ECG são os dados mais importantes na avaliação de paciente com um quadro de dor torácica em um departamento de emergência. Em razão de sua baixa sensibilidade para o diagnóstico de insuficiência coronária aguda, o ECG nunca deve ser o único exame complementar utilizado para confirmar ou afastar o diagnóstico dessa doença.
  • 62.
  • 63. DESCRIÇÃO DA DOR TORÁCICA Dor, desconforto, queimação ou sensação opressiva localizada em região precordial ou retroesternal, que pode irradiar-se Dor desencadeada por estresse físico ou emocional, aliviada com repouso. A dor pode durar alguns minutos (geralmente entre 10 e 20 minutos) ou mais que 30 minutos, no infarto. Cuidado: em algumas ocasiões, n dor pode se loca lizar em região epigástrica e cessar com eructações, acompanhada de indigestão, sendo erroneamente interpretada como dispepsia.
  • 64. Não esquecer: dor torácica mais intensa e com duração acima de 20 minutos, acompanhada de dispneia, sudorese, palidez cutânea e náuseas, frequentemente representa IAM.
  • 65. DEFINIÇÃO Elevação típica e queda gradual (Troponina) ou elevação e queda mais rápida (CK-MB) dos marcadores séricos de necrose miocárdica; Sintoma de isquemia miocárdica; Desenvolvimento de onda Q patológica no ECG; Alteração ECG indicativa de isquemia: elevação ST.
  • 66.
  • 67. TRÍADE CLÁSSICA ISQUEMIA  alteração na onda T
  • 68. Isquemia Subepicárdica: 1) onda T INVERTIDA simétrica à onda T normal 2) Porém NEGATIVA Isquemia Subendocárdica: 1) Onda T POSITIVA e PONTIAGUDA  Ondas melhores detectadas nas derivações precordiais (V1 A V6)
  • 69.
  • 70.
  • 71. LESÃO  elevação do segmento ST R P Q ST
  • 72. INFARTO  Necrose: alteração do complexo QRS
  • 74. A  ondas T hiperagudas (primeiros minutos) B  supradesnível do segmento ST (± 30 minutos) C  surgimento de ondas Q (± 6 horas) D  inversão da onda T (± 2 horas) E  regressão do supradesnivelamento ( pouco menos de 1 semana)  A onda Q aumenta a partir de 6 horas de evolução, enquanto o supradesnivelamento de ST diminui progressivamente; a onda T, muito ampla e positiva no inicio, torna-se achatada e depois negativa, e a profundidade aumenta.
  • 75. LOCALIZAÇÃO PELAS DERIVAÇÕES Local do IAM Supra de ST Local no ECO Coronária ANTERIOR V1-4 Apical e ântero- septal média DA ANTERIOR EXTENSO V1-V6 (D1, AVL) Apical e ântero- septal DA INFERIOR D2, D3, AVF Inferior e dorsal CD ou Cx POSTERIOR V7-8 e infra de ST na parede anterior Posterior e/ou lateral Cx ou CD LATERAL ALTO D1, AVL Lateral e/ou dorsal Cx VD DV3-5, V1 Posterior e lateral do VD CD
  • 76. Escore TIMI para estratificação de risco no IAMCST  Por definição, pacientes com síndrome coronária aguda e supradesnível do segmento ST são classificados como de alto risco para eventos, embora exista ainda muita heterogeneidade neste grupo.
  • 77. AVALIAÇÃO HOSPITALAR Killip I Ausculta cardíaca normal. Ausculta pulmonar normal. FC < 100 bpm. PAS > 90 mmHg. FR < 20 irpm. Killip II Presença de B3 ou estertoração nas bases pulmonares. FC < 100 bpm. PAS > 90 mmHg. FR < 20 irpm. Killip III (Congestão pulmonar) Presença de B3. Estertoração > 50% nos hemitóraces. FC > 100 bpm. PAS > 90 mmHg. FR > 20 irpm. Killip IV (Choque cardiogênico) Presença de B3. Estertoração > 50% nos hemitóraces. FC > 100 bpm. PAS < 90 mmHg. FR > 20 irpm. Perfusão capilar lentificada. Oligúria.
  • 78. 1) ECG 2) Nitrato Sublingual 3) Marcadores de Necrose Miocárdica 4) Ecocardiograma 5) Teste de esforço – ergometria (TE) 6) Cintilografia miocárdica de repouso 7) Radiografia de tórax e tomografia de tórax
  • 79. NITRATO SUBLINGUAL No pronto-socorro, quando o paciente apresenta melhora da sua dor com o nitrato sublingual, há a tendência de valorizar esse dado como indício de doença cardíaca isquêmica. Entretanto, estudos recentes não têm confirmado esse valor diagnóstico do nitrato sublingual.
  • 80. MARCADORES DE NECROSE MIOCÁRDICA Marcadores Elevação inicial Pirco sem trombolise Normalizaçã o SEM trombólise Pico com trombólise Normalizaçã o COM trobmbólise MIOGLOBINA 1-3 horas 6-7 horas 24horas - - CKMB 3-12 horas 20-24 horas 48-72 horas 10-12 horas 24 horas cTnI 3-12 horas 24-48 horas 5-10 dias 18-24 horas 4 dias cTnT 3-12 horas 24-48 horas 5-14 dias 12-48 horas 4-5 dias
  • 81. ECOCARDIOGRAMA Quando negativo, não afasta IAM Importante para: Eao e Dissecção aortica
  • 82. O tratamento precoce dos pacientes com IAM é medida salvadora de vidas e deve ser iniciado, quando indicado, em até 30 minutos a partir da chegada do paciente no hospital para trombólise química, e de 1 hora para angioplastia primária. Da mesma forma, mesmo que os paciente tenham contraindicações para receber o trombolítico ou não haja angioplastia, eles se beneficiarão de tratamento medicamentoso para isquemia.
  • 83. TROMBÓLISE QUÍMICA Estreptoquinase Dose: 1.500.000 UI IV em 30-60 minutos. Alteplase – rtPA Dose: 100 mg IV divididos em 15 mg em bolus, 50 mg em 30 minutos e 35 mg em 60 minutos. Obrigatoriamente deve ser seguido da infusão de heparina não-fracionada IV na dose de 12 UI/Kg/h até no máximo 1000 UI/h por 48-72 horas. Tenecteplase – TNK-PA Dose: 0,5 mg/Kg IV em bolus (Máximo 50 mg). Também deve ser seguido da infusão de heparina IV por 48-72 horas.
  • 84. ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA  Laboratório de hemodinâmica disponível com backup cirúrgico  IAM de alto risco 1) Choque cardiogênico 2) Killip class ≥ 3  Contra-indicações para fibrinólise  Apresentação tardia: Início dos sintomas ≥ 3 horas  Diagnóstico de IAM é duvidoso
  • 85. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Ácido acetilsalicílico Trombolíticos Medicamentos semelhantes ao ácido acetilsalicílico para ajudar a prevenir a formação de coágulos novos, incluem clopidogrel e outros, chamados inibidores da agregação plaquetária Outros medicamentos para afinar o sangue Analgésicos Nitroglicerina Betabloqueadores Inibidores de ECA Medicamentos para baixar o colesterol.
  • 87.  Se o ECG mostrar uma elevação do segmento ST em duas derivações contíguas > 1 mm  indicar trombólise ou angioplastia primária e transferi-lo para uma unidade coronariana (UCO).  Da mesma forma, pacientes com aumento de enzimas (IAM sem elevação do segmento ST) e angina de alto risco devem ser internados em UCO.  Pacientes com diagnóstico de dor torácica definitivamente não isquêmica  avaliados para uma causa específica (embolia pulmonar, pneumonia etc.).  Esses pacientes terão alta da UDT e serão encaminhados conforme a causa (alta hospitalar, tratamento antimicrobiano, outros exames complementares etc.).  Pacientes com baixo risco de eventos  submetidos a um TE (ou cintilografia se não for possível realizar o TE); e se normal, terão alta hospitalar. Alternativamente, eles poderão ter alta hospitalar e realizar o TE em até 72 horas.
  • 88. INSTABILIDADE HEMODINÂMICA 1) Hipotensão, choque cardiogênico 2) Edema agudo de pulmão 3) Insuficiência cardíaca congestiva ARRITMIAS 1) Taquicardias ventriculares 2) Fibrilação ventricular 3) Bloqueios atrioventriculares avançados