2. Definições importantes Consciência: estado de alerta no qual o
indivíduo apresenta conhecimento de si
mesmo e do ambiente, com respostas
adequadas aos estímulos
Coma: estado de inconsciência de si mesmo
e do ambiente, mesmo após estímulos de
diversas modalidades e intensidades, em
que o paciente permanece de olhos
fechados
3. Definições importantes
SISTEMA (ou FORMAÇÃO) RETICULAR
ATIVADOR ASCENDENTE
• Formado por sistema
multissináptico que recebe
colaterais ascendentes e
descendentes.
• Projeta-se principalmente ao
córtex cerebral,
predominantemente através de
núcleos talâmicos inespecíficos
• Situa-se na junção mesencéfalo-
diencefálica
• Coma seria causado pela
interrupção dos estímulos tônicos
ao córtex , ou por disfunção
cerebral difusa
4. Principais alterações
Alterações do nível de consciência
Coma
Estado vegetativo persistente
Estados confusionais agudos
Morte encefálica
Falsas alterações de nível de
consciência
Retirada psíquica
Estado deeferentado ou locked-in
Catatonia
5. Estados prolongados de
alteração do nível de consciência
Estado vegetativo persistente: pode emergir
em lesões graves ao sistema nervoso central, após o coma.
Há retorno do estado de alerta, mas o paciente permanece
com uma incapacidade de reagir ou interagir com estímulos
ambientais. Há retorno do padrão de sono-vigília e
manutenção das funções vegetativas, mas com quase
completa ausência de funções cognitivas. O prognóstico
funcional é reservado.
Estado de consciência mínima: há
recuperação de algumas funções cognitivas, como a
habilidade de seguir comandos simples, presença de gestos
ou respostas tipo sim ou não ou verbalização ininteligível. O
prognóstico é ainda bastante reservado, apesar de um
pouco melhor do que o estado vegetativo persistente
6. Morte encefálica
Situação de ausência de funções
encefálicas em caráter irreversível
Quatro princípios fundamentais
1. Conhecimento preciso da etiologia da
causa do coma
2. Irreversibilidade do coma
3. Ausência de reflexos de tronco
encefálico
4. Ausência de atividade cortical cerebral
7. Causas do coma
Causas que podem levar a alterações do nível de
consciência ou coma podem ser:
alterações simétricas, não estruturais:
1. intoxicações / uso de drogas (álcool, sedativos, barbitúricos,
anfetaminas)
2. distúbios metabólicos (hipo ou hipernatremia, hipoxia,
hipercapnia, hipoglicemia, hiperglicemia, hiper ou hipocalcemia,
hipertermia, hipotermia, uremia, encefalopatia hepática e outros),
3. infecções (meningite, encefalite)
8. Causas do coma
Podem decorrer de:
lesão difusa do córtex cerebral
lesão direta do sistema (formação)
reticular ativador ascendente (SARA)
A avaliação neurológica é fundamental
nesta definição, para definir a causa e
os possíveis tratamentos do coma
9. Coma: avaliação
(1) nível de consciência;
(2) padrão respiratório;
(3) tamanho e resposta pupilar a luz;
(4) motricidade ocular espontânea e
reflexa
(5) resposta motora esquelética.
10. Avaliação Neurológica Inicial
Nível de consciência
Glasgow
Padrão Respiratório
Tamanho e Reatividade das Pupilas
Movimento Ocular e Respostas óculo-
vestibulares
Resposta Motora
Emergências Clínicas , 2013
11. Escala de coma de Glasgow
A escala de coma de
Glasgow é uma escala
padronizada utilizada
para avaliação do nível
de consciência em
pacientes vítimas de
traumatismo
cranioencefálico.
12.
13.
14.
15. Coma: avaliação pupilar
A motricidade pupilar é
regulada pelo sistema
nervoso autônomo,
senda a atividade
simpática responsável
pela dilatação pupilar, e
a atividade
parassimpática pela
constrição pupilar
Via parassimpática:
nervo oculomotor.
Áreas relacionadas ao
controle da consciência
encontra-se adjacentes
às vias simpáticas e
parassimpáticas.
16. Coma: avaliação pupilar
Pupilas mióticas com reflexo fotomotor presente:
encefalopatias metabólicas ou disfunção diencefálica
bilateral
Pupilas na síndrome de Horner: anisocoria às custas de
miose com reflexo fotomotor preservado. Secundária à
lesão de vias simpáticas homolaterais.
Pupilas médias fixas: 4-5mm, reflexo fotomotor abolido.
Padrão na morte encefálica
17. Coma: avaliação pupilar
Pupila tectal: 5-6mm, Pupilas de diâmetro médio ou
discretamente aumentado (5 ou 6 mm), fixas à luz,
podendo apresentar reação à acomodação e à
estimulação dolorosa (reflexo cilioespinhal). Pode haver
flutuação espontânea do diâmetro (hippus)
Pupilas pontinas: extremamente mióticas, mas com
reflexo fotomotor preservado (mesmo que mínimo).
Ocorre em lesões da ponte.
18. Conduta
Manter via aérea pérvia
Garantir oxigenação e perfusão
Realizar glicemia capilar
Obter acesso calibroso
Definir a provável causa da alteração:
Estrutural ou Metabólica?
○ Estrutural focal ou difusa?
21. AEIOU TIPS
Principais alterações tratáveis de alteração do estado mental
A Álcool (Intoxicação, abstinência)
E Epilepsia, Eletrólitos, Encefalopatias (hepática, hipertensiva, wernicke,
Endócrino (tireoide, adrenais)
I Insulina (hipo e hiperglicemia)
O Oxigênio, Opióides
U Uréia (metabólico)
T Trauma, Temperatura
I Infecção (Sistêmica, SNV), ingestão (drogas, toxinas, veneno)
P Psiquiátrico, Porfiria
S Shock (choque), Subaracnoide hemorragia, Snake bite (cobra), stroke
(Derrame), Seizure (Convulsão)
Lange, 2013