Desenvolvimento de uma abordagem de programação das atividades de um laboratório de controle de qualidade de uma usina de pelotização de minérios de ferro
1) O documento descreve uma abordagem para programar as atividades de um laboratório de controle de qualidade de uma siderúrgica, desenvolvendo um modelo conceitual e aplicativo de computador.
2) O modelo conceitual representa os recursos, atividades, testes e projetos do laboratório, e o aplicativo usa esse modelo para agendar as atividades considerando a disponibilidade dos recursos.
3) O artigo apresenta exemplos simples ilustrando o funcionamento do aplicativo e mostra como ele agenda as atividades de um teste, a
Semelhante a Desenvolvimento de uma abordagem de programação das atividades de um laboratório de controle de qualidade de uma usina de pelotização de minérios de ferro
Aplicação de técnicas de processamento de linguagem natural para ferramenta P...Laís Berlatto
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Aplicação de técnicas de processamento de linguagem natural para ferramenta P...
Desenvolvimento de uma abordagem de programação das atividades de um laboratório de controle de qualidade de uma usina de pelotização de minérios de ferro
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ENEGEP 2004 ABEPRO 179
Desenvolvimento de uma abordagem de programação das atividades de um
laboratório de controle de qualidade de uma usina de pelotização de
minérios de ferro
Rodrigo Alberto de Castilho (Liftech Sistemas) digo@vant.com.br
Luís Henrique Rodrigues (UNISINOS) lhr@produttare.com.br
Wellington Rodrigo Aparecido Ceciliano (Samarco Mineração SA) ceciliano@samarco.com.br
Ramiro Angulo Blacut (Samarco Mineração SA) ramiro@samarco.com.br
Mauricio Marcos Otaviano (Samarco Mineração SA) otaviano@samarco.com.br
Fernando Oliveira Boechat (Samarco Mineração SA) boechat@samarco.com.br
Luíz Henrique Pantaleão (UNISINOS) panta@produttare.com.br
Resumo
O atual trabalho apresenta uma abordagem de programação das atividades de um
laboratório de controle de qualidade de uma usina de pelotização de minérios de ferro. Para
tanto, desenvolveu-se uma abordagem conceitual do sistema produtivo, o qual possui um
conjunto de testes rotineiros (com demandas diárias) e especiais (com necessidades
esporádicas). Esse modelo conceitual foi codificado em um programa computacional, sendo
o mesmo implantado e testado em um caso real. O artigo apresentará os resultados dessa
aplicação.
Palavras chave: programação e processos de laboratório
1. Introdução
As crescentes pressões mundiais pela redução dos custos dos produtos siderúrgicos e
aproveitamento mais racional dos recursos energéticos não renováveis, vêm incentivando os
produtores mundiais de matéria-prima a desenvolver produtos que possuam uma relação
custo/benefício apropriado às demandas atuais.
A Samarco Mineração S/A vem buscando a otimização das operações dos seus laboratórios,
para atender às crescentes necessidades de garantia da qualidade e desempenho dos seus
processos e produtos.
Este esforço levou a adoção de novos parâmetros de controle e aumento na demanda por
testes para controle de processo e insumos. Uma estrutura especializada em desenvolvimento
de novos produtos e processos foi criada na incessante busca pela excelência ao atendimento
das necessidades dos clientes. Desta forma, a capacidade dos laboratórios e plantas piloto para
o atendimento de prazos, otimização do controle dos custos e utilização adequada dos
recursos humanos e materiais envolvidos, tornaram-se fundamentais para cumprimento destas
metas.
O Planejamento e Controle de Sistemas Produtivos (PCP) é uma atividade complexa, dado o
número de variáveis existentes e à dinâmica desses sistemas, marcada por constantes
mudanças (Rodrigues, 1994). A tarefa de programação é, dentre as atividades do PCP, a mais
complexa. O estabelecimento da exata seqüência das operações no tempo é obtida através da
construção de um processo sincronizado (Umble & Skiranth, 1990). O PCP é instrumento de
coordenação das várias atividades do sistema produtivo, sendo responsável pela resposta a
quatro questões básicas: o quê, quanto, quando e onde produzir de forma sincronizada.
Em um laboratório de controle de qualidade, essas quatro questões apresentam uma grande
dificuldade para sua correta resolução. A diversidade de testes, o compartilhamento dos
recursos existentes, as diversas etapas na execução das atividades e suas diferentes prioridades
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são apenas alguns fatores de complexidade para esse sistema. Entretanto, como qualquer
processo produtivo, as atividades de programação do laboratório necessitam ser revisadas,
buscando a eliminação das eventuais perdas existentes no processo e propiciando uma melhor
visualização do planejamento e antevendo eventuais problemas de atraso de testes, por
exemplo.
Assim sendo, desenvolveu-se uma readequação dos conceitos tradicionais de programação
industrial para o ambiente de laboratório de controle de qualidade, construindo-se uma
ferramenta computacional para o seqüênciamento dessas atividades. O presente artigo, além
de apresentar um demonstrativo deste aplicativo computacional, descreverá os resultados da
aplicação do mesmo no laboratório de controle de qualidade da Samarco Mineração S.A.
2. Os processos de um laboratório de controle de qualidade de uma usina de pelotização
de minérios de ferro
As atividades de um laboratório de controle de qualidade de minérios de ferro baseam-se em
normas internacionais padronizadas, sendo a maioria normas ISO.
As atividades básicas deste tipo de laboratório de testes consiste no recebimento de um
conjunto de amostras, algumas com horários de chegada pré-determinadas (testes de rotina) e
outras com chegadas aleatórias (testes especiais).
Os testes são compostos por um conjunto de atividades seqüenciais ou em paralelo, as quais
exigem a utilização de equipamentos e/ou técnicos. A figura 1 apresenta um fluxo tradicional
de um teste genérico.
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Figura 1- Fluxo de processo de um teste genérico
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Nos testes de “Rotina” encontram-se todos os testes feitos periodicamente para garantir o
controle do processo produtivo.
Os testes “Especiais” são todos aqueles feitos para desenvolvimento de produtos, processos
ou insumos. Podem também ser incluídos neste grupo todos os testes que não estão previstos
na “Rotina”. Os testes especiais costumam ser mais difíceis de programar, visto que são
encaixados nos “espaços vagos” deixados pelos testes de “Rotina” e por terem sua data de
inicio e/ou de fim definidos de acordo com uma política de prioridades pré-determinada pelas
autoridades superiores competentes.
As principais etapas de um Projeto de Rotina são:
Amostragem: etapa de coleta de amostras dos insumos e/ou produtos do processo
produtivo.
Preparação de amostras: etapa de adequação das amostras aos testes que serão
realizados.
Testes: são todas as análises realizadas com as amostras.
Emissão de Resultados: coleta de todas informações geradas, análise critica e
alimentação de sistemas informatizados.
Registro de Resultados: Etapa de registro em formulários apropriados de acordo com
as normas.
As principais etapas de um Projeto Especial são:
Elaboração do Projeto – etapa de elaboração conceitual do projeto e definição de
prioridades.
Obtenção de Amostras – nesta fase são obtidas as amostras a serem analisadas, através
de plantas pilotos, amostras enviadas por terceiros e/ou através dos próprios processos
produtivos.
Testes – são, em sua maioria, idênticos aos testes realizados na rotina.
Análise Crítica - a fase em que é feita a consolidação dos dados a verificação do
término ou continuidade do projeto.
Emissão de relatório – emissão das conclusões finais.
Em resumo, os testes especiais são mais complexos que os testes de rotina não na sua
manipulação mas sim no seu planejamento. Como nestes testes são analisados fatores
desconhecidos do processo, não é possível fazer uma estimativa muito exata do fim de seu
tempo de duração. Além disto, estes testes concorrem diretamente com os testes de rotina para
a utilização dos mesmos recursos (daí a grande importância da política de prioridades).
A principal dificuldade na programação do laboratório consiste na adequação dos testes
especiais, face ao comprometimento da disponibilidade dos equipamentos e técnicos à
execução dos testes rotineiros e eventual urgência do mesmo. Assim sendo, desenvolveu-se
uma abordagem metodológica para tratamento dessa situação.
3. A abordagem metodológica
Dada a natureza aplicada do trabalho, que objetiva gerar conhecimentos para a aplicação
prática dirigida a solução de problemas específicos, utilizou-se como procedimento técnico a
Pesquisa-ação.
A pesquisa-ação (Thiollent, 2000) pode ser definida como um tipo de pesquisa social
concebida e realizada para a resolução de um problema, onde os pesquisadores e envolvidos
no problema trabalham de modo cooperativo ou participativo. No entanto, a participação
isoladamente não pode ser vista como a característica principal da pesquisa-ação e sim a
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solução de um problema não-trivial envolvendo a participação dos diversos atores do
processo.
A pesquisa-ação (Thiollent, 2000) necessita atender dois objetivos básicos: o prático e o do
conhecimento. Entende-se o primeiro como a contribuição da pesquisa na solução do
problema em questão e o segundo como o conhecimento gerado a partir da solução do
problema.
Nesse sentido, o objetivo prático desse trabalho foi o desenvolvimento de um aplicativo
computacional para a programação das atividades de um laboratório de controle de qualidade
de uma usina de pelotização de minérios de ferro. Em termos de conhecimento, realizou-se
uma adequação teórica dos principais conceitos de programação da produção tradicional para
o ambiente dos laboratórios de controle de qualidade, procurando definir uma estrutura lógica
replicável em outros tipos de laboratórios.
4. A abordagem de programação das atividades
Um passo fundamental no desenvovlimento de uma ferramenta computacional é a elaboração
de um modelo conceitual consistente e genérico o suficiente para permitir a representação dos
principais fenômenos envolvidos no sistema em estudo.
A partir de reuniões realizadas com as diversas equipes envolvidas no projeto (clientes e
operadores do laboratório, pesquisadores e desenvolvedores), chegou-se a um modelo onde os
conceitos fundamentais são:
• Tipos de recursos: grupos de recursos semelhantes, que podem desempenhar a mesma
função.
• Recursos: máquinas, ferramentas e recursos humanos do laboratório, necessários ao
cumprimento das atividades. Embora todos os recursos de um mesmo tipo sejam
intercambiáveis em termos de cumprimento de atividades, cada um tem características
próprias de capacidade, custo de operação e calendário de trabalho.
• Calendário de trabalho: parte do calendário global que corresponde aos períodos de
trabalho do recurso.
• Atividades: processos que dependem da disponibilidade de um conjunto de recuros para
sua realização. As atividades têm um tempo de duração pré-determinado, tempo de setup
(preparação do recurso) e um “hold-time” (tempo de “descanso” da amostra processada).
Além disso, atividades podem ser declaradas como substitutas de outras atividades,
podendo-se assim criar roteiros alternativos.
• Testes: conjunto ordenado de atividades. A ordenação é indicada através de dependências
entre as atividades, aplicáveis ao teste em questão. Além de atividades, os testes podem
conter também sub-testes, o que permite uma grande felxibilidade em termos de
modelagem.
• Projetos: conjunto de testes e os horários desejados de início de cada teste. Os horários
são particularmente importantes para os projetos de rotina, que seguem uma programação
pré-definida.
• Demanda: solicitação de realização de um projeto, com datas desejadas de início e/ou
término pré-determinadas.
A partir desse modelo conceitual, implementou-se um banco de dados relacional onde foram
cadastrados os diversos elementos do laboratório (recursos, calendários, atividades, testes e
projetos), e desenvolveu-se um modelo de agendamento, mais tarde implementado na forma
de um aplicativo computacional.
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A lógica básica do modelo de agendamento encontra-se representada na Figura 2. É
interessante notar que a lógica de agendamento utiliza o conceito de recursão, ou seja, do
desdobramento de itens compostos (projetos, testes, subtestes) em itens simples (atividades),
onde ocorre a alocação de recursos.
Depende de
outro item?
Tem sub-itens?
Aloca recursos
Outro item já
agendado?
N
S
S
Calcula início e fim
em função dos
sub-itens
Calcula início e fim
em função da
disponibilidade de
recursos
Agendar
outro item
(RECURSÃO)
N
Para cada sub-
item
Para cada sub-
item
Agendar
sub- item
(RECURSÃO)
Procura “melhor”
time de recursos
N
Início de
“Agendar Item”
Fim de
“Agendar Item”
S
Figura 2 – Representação da lógica básica de agendamento
5. O aplicativo desenvolvido
Para ilustrar o aplicativo desenvolvido, apresentam-se a seguir dois exemplos simples de
aplicação.
O primeiro exemplo serve para demonstrar o funcionamento do aplicativo de uma maneira
clara. Neste exemplo, são definidos os seguintes elementos:
• Tipos de recursos e recursos: “Agitador Automático”, “Agitador Mecânico” e “Agitador
Manual”, cada qual com um recurso.
• Ativiadades: “Atividade1”, “Atividade2” e “Atividade3”, que utilizam, respectivamente,
os tipos de recurso “Agitador Automático”, “Agitador Mecânico” e “Agitador Manual”.
• Testes: “Teste Com Atividades Substitutas”, que consiste da execução da “Atividade1”
três vezes.
• Projetos: “Projeto Com Atividades Substitutas”, que consiste de uma repetição do “Teste
Com Atividades Substitutas”
• Demandas: “Demanda Teste”, associada ao projeto anterior, a ser iniciado no dia 01 de
agosto.
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Usando o agendador para calcular o agendamento dessa demanda, obtem-se o seguinte
resultado:
Figura 3 – Resultados do agenadmento, Exemplo 1
Como se pode ver, a Atividade1 foi executada três vezes, uma após a outra, já que só existe
um recurso do tipo necessário.
O sinal (cor vermelha) à esquerda de cada tarefa significa que essas tarefas estão
vinculadas a um projeto especial, cujo final planejado é no passado, mas cuja conclusão ainda
não foi confirmada (não apontada). Este sinal serve de alerta para que o gerenciador do
sistema tome uma decisão: ou apontar a tarefa (assinalar como concluída), ou reagendá-la a
partir da data atual ou futura. Neste exemplo, vamos apontar a tarefa como concluída,
clicando no botão Ok da janela representada na Figura 4.
Figura 4 – Apontando o projeto como concluído, Exemplo 1
Após apontado o término do projeto, os sinais (cor vermelha) são removidos. Os sinais
(cor azul) significam que a atividade teve de esperar a liberação do recurso para poder ser
executada, representando assim um gargalo em potencial (Figura 5).
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Figura 5 – Projeto apontado, Exemplo 1
As alterações são validadas através do salvamento dos resultados de volta no banco de dados.
O segundo exemplo é semelhante ao anterior, sendo que a única diferença é que neste,
definimos as atividades 2 e 3 como possíveis substitutas da Atividade1. Usando o agendador
para fazer o agendamento da mesma demanda, obtém-se o resultado da Figura 6.
Como se pode ver, a definição de atividades substitutas causou uma alteração na programação
do laboratório, e o projeto pode ser concluído em menos tempo, e fazendo melhor uso dos
recursos disponíveis.
Figura 6 – Resultados do agendamento, Exemplo 2
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Além dos resultados em forma de gráficos de Gantt, o aplicativo permite ainda o cálculo de
índices de desempenho dos recursos (utilização e aderência a programação), e a emissão de
relatórios diversos, inclusive de custos de demandas.
6. Os resultados iniciais e conclusões do trabalho
Durante o processo de implementação e início de utilização do aplicativo, foram encontradas
as seguintes dificuldades principais:
• Estabelecimento de um critério de definição de prioridade de demandas.
• Descrédito quanto ao uso do aplicativo por representar, além de utilização de uma
nova ferramenta, a quebra de paradigmas.
Essas dificuldades, entretanto, foram desaparecendo na medida em que a ferramenta foi sendo
aplicada e aperfeiçoada, o que permitiu que se obtivessem os seguintes ganhos:
• Identificação de “gargalos” nos processos de rotina e com isso sua resolução.
• Otimização dos Processos de Rotina tornando-os mais enxutos e eficientes.
• Melhoria no planejamento dos testes especiais permitindo uma estimativa mais precisa
do tempo real de duração e, por isto, melhorado o atendimento às demandas criadas.
• Definição da metodologia e criterização das políticas de prioridades.
• Maior controle das demandas e das informações em geral.
• Desenvolvimento de um controle mais rígido dos custos do laboratório.
• Acompanhamento da programação e dos resultados através de um gráfico de Gantt;
• Utilização de recursos gráficos para verificar o nível de ocupação dos diversos
recursos do Laboratório;
• Desenvolvimento de cenários de simulação para avaliar o efeito da capacidade dos
recursos no nível de serviço prestado e na utilização do laboratório.
7. Referências Bibliográficas
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1998.
RODRIGUES, L. H. Developing an Approach to Help Companies Synchronise Manufacturing.
Universidade de Lancaster, Inglaterra, 1994. (Tese de Doutorado em Ciências Administrativas).
THIOLLENT, Michel. Metodologia da Pesquisa-Ação. São Paulo: Cortez, 1998.
UMBLE, M. M. & SRIKANTH, M. L. Synchronous Manufacturing. South-Western Cincinnati, Publishing
CO., 1990.