O documento discute o que é um acidente vascular cerebral (AVE), seus principais tipos e causas. Apresenta os sinais e sintomas, fatores de risco, tratamentos para AVE isquêmico e hemorrágico, novas técnicas como stents e células-tronco, além de cuidados de enfermagem importantes.
1. Alunas:
• Claudia Calixto
• Jackeline Obage
• Joice Lins
• Julia de Oliveira
• Pamela Franciscon
• Rosa Oliveira
• Roseli Caciraghi
Trabalho apresentado à disciplina de Enfermagem em Clinica Médica e
Cirúrgica à professora Andrea Karina Camargo Masson Foguel
2. Conceito: O que é AVE?
• O AVE é uma redução repentina da circulação sanguínea no
cérebro, sendo assim é interrompido ou diminuído o
suprimento de oxigênio nesse órgão, levando a lesão ou
necrose de tecidos cerebrais. Por isso é essencial que a
circulação volte ao normal o mais rápido possível.
• Geralmente quem sofre um AVE tem lesões e incapacidades
permanentes e pode ter uma recidiva (ter um AVE novamente).
3. Seqüelas...
• Quando o AVE ocorre no hemisfério esquerdo sinais e
sintomas aparecem no lado direito e quando ocorrem no lado
direito eles aparecem no lado esquerdo.
Se o AVE causar lesão nos nervos cranianos a
disfunção do nervo ocorrerá do mesmo lado da lesão.
Um acidente vascular encefálico pode deixar seqüelas
como perda de controle motor, fraqueza de um lado
de corpo, perda da memória recente ou problemas de
comunicação. Essas seqüelas podem ser permanentes
ou temporárias desde que ocorra um tratamento
adequado.
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5. Estimativa-se...
• Segundo a Organização Mundial da Saúde, o AVE mata 6,2
milhões de pessoas no mundo a cada ano.
• No Brasil, é a principal causa de morte, com números de
óbitos maiores que a dengue, a Aids e até mesmo o câncer de
mama, o acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido
como derrame, traz novas preocupações, tão ou mais
importantes que as antigas. Isso porque o mal, que mata 100
mil brasileiros por ano e antes visto com mais prevalência em
idosos, não escolhe a idade de suas vítimas.
6. •Apesar de acometer idosos com maior freqüência, o
AVE pode ocorrer em qualquer idade, principalmente
em homens.
7. Tipos de Acidente Vascular Encefálico
• Hemorrágico: caracterizado pelo rompimento de um
vaso sanguíneo que resulta no derramamento de
sangue no cérebro;
• Isquêmico: se caracteriza pela interrupção da
circulação de sangue em determinada área do cérebro
devido a um coágulo.
10. Acidente vascular encefálico do tipo hemorrágico subdivide-
se em:
• Hemorragias Intracerebrais (Cerebral): hemorragia
dentro do cérebro, com grande probabilidade
de haver seqüelas.
• Hemorragias Subaracnóides (Meníngeo): hemorragia
em volta do cérebro que leva ao rápido aumento da
pressão intracraniana.
11. Acidente vascular encefálico do tipo isquêmico subdivide-se
em:
• Lacunar: Ocorre poucas vezes quando há infarto das
artérias cerebrais.
• Embólico: Este tipo de AVE ocorre quando a falta de
sangue no cérebro é causada pela presença de algum
êmbolo, ar, gordura, tecido ou qualquer corpo estranho
nas artérias.
• Trombótico: É o tipo de AVE mais freqüente. Ocorre
quando a interrupção na irrigação sanguínea no cérebro é
causada por um trombo ou coágulo sanguíneo.
14. Causas do AVE
• Distúrbios de coagulação do sangue;
• Arritmias cardíacas;
• Endocardite;
• Ferimentos na cabeça ou no pescoço que resultam em danos aos
vasos sanguíneos na cabeça ou no pescoço;
• Vasculite (inflamação dos vasos sanguíneos);
• Insuficiência cardíaca;
• Infarto agudo do miocárdio;
• Aterosclerose;
• Hipotensão também pode causar um AVC isquêmico, embora com
menor freqüência (resultados baixos de pressão arterial podem
reduzir o fluxo sanguíneo para o cérebro e causar estreitamento das
artérias, além disso, algumas cirurgias ou outros processos usados
para tratar as artérias carótidas estreitadas podem causar um coágulo
de sangue, que se viajar para o cérebro resultará em um AVC
isquêmico);
15. Fatores de risco
Fatores de risco controláveis:
• Hipertensão;
• A fibrilação atrial;
• Diabetes não controlada;
• O colesterol alto;
• Fumantes;
• Consumo excessivo de álcool;
• Obesidade;
• Outros;
Fatores de Risco incontrolável:
• Idade (acima de 65 o risco aumenta);
• Gênero (Os homens têm mais AVC);
• O histórico familiar de AVC;
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17. Sinais e Sintomas
• Cefaléia intensa e súbita;
• Vertigem;
• Perda da consciência;
• Elevação da pressão intracraniana, que pode levar ao coma (no
AVCH);
• Náuseas;
• Perda súbita da visão ou de um campo visual;
• Hemiplegia;
• Desequilíbrio súbito;
• Fraqueza ou dormência no rosto, braço, perna ou de um lado
do corpo;
• Perda da fala, dificuldade para falar ou entender o que os
outros estão dizendo;
• Alteração súbita da força muscular;
18. Tratamento de Acidente Vascular Encefálico
• O tratamento de urgência dos pacientes acometidos de AVC é oposto
para cada um dos dois casos do distúrbio. No AVCI, procura-se abrir
as artérias, permitindo maior fluxo de sangue no cérebro, enquanto
no AVCH, o tratamento é voltado para controlar o vazamento de
sangue (hemorragia).
• A escala pré-hospitalar de AVC deverá ser aplicada para reconhecer
os sinais mais freqüentes, caso o paciente não esteja com um quadro
claro. Dos três itens avaliados, um sinal positivo (com início súbito)
é suficiente para suspeitar de um AVC:
• Face: o socorrista pedirá para o paciente dar um sorriso, para
verificar se há desvio da boca;
• Força: ele pedirá ao paciente para levantar os dois braços e verá se
um deles cai por falta de força;
• Fala: será solicitado ao paciente dizer uma frase qualquer, como “o
céu é azul”, para verificar se não há qualquer alteração.
19. Cuidados clínicos de emergência:
Entre os cuidados clínicos de emergência estão:
• Verificar os sinais vitais, como pressão arterial e temperatura axilar;
• Posicionar a cabeceira da cama a 0°, exceto se houver vômitos
(nesse caso manter a 30 graus);
• Acesso venoso periférico em membro superior não paralisado;
• Administrar oxigênio por cateter nasal ou máscara, caso o paciente
precise;
• Checagem de glicemia capilar;
• Determinar o horário de início dos sintomas por meio de
questionário ao paciente ou acompanhante;
20. Tratamento AVCI
• No caso de AVC isquêmico, é possível usar um medicamento
chamado alteplase ,que deve ser aplicado em até quatro horas e
meia após o início dos sintomas. Esse medicamento diminui
em 30% o risco de seqüelas do AVC isquêmico e reduz em
18% a mortalidade.
• Alteplase: é um tipo de trombolítico que dissolve o coágulo e
restabelece o fluxo de sangue no cérebro; se o paciente tiver
uma obstrução de uma grande artéria anterior, como a cerebral
média, além do alteplase, o correto é levar este paciente para a
hemodinâmica, para fazer um cateterismo e desobstruir
localmente o vaso.
• Após o tratamento de emergência para AVC isquêmico,
quando a condição se estabilizou, o tratamento se concentra na
prevenção de outro AVC e acompanhamento das seqüelas.
22. •Em alguns casos, é necessária uma cirurgia. Se o
paciente tiver obstrução significativa das artérias
carótidas no pescoço, ele pode precisar de uma
endarterectomia de carótida. Durante esta operação, o
cirurgião remove formação de placas nas artérias
carótidas para reduzir o risco de ataque isquêmico
transitório (TIA) ou AVC.
•Os benefícios e os riscos desta cirurgia devem ser
cuidadosamente avaliados, pois a cirurgia em si pode
causar um AVC.
24. • Atualmente existem mais novidades na prevenção e
tratamento do AVCI, causado pela obstrução do aporte de
sangue para o cérebro:
• Stent na carótida: O objetivo é romper a placa de aterosclerose na
artéria carótida, pressionando-a contra as paredes da artéria e,
assim, desobstruir a passagem do sangue. Em seguida, o filtro de
proteção cerebral e o introdutor longo são retirados.
• A seguir a ilustração do stent já inflado para a obstrução da placa:
25.
26. • Merci Retriever: Um cateter com uma estrutura espiralada na
ponta, funciona como uma espécie de saca-rolhas, na retirada
de coágulos que obstruem as artérias cerebrais.
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28. • Doppler transcraniano: Trata-se de um exame de ultrassom
capaz de fotografar o cérebro. Pesquisas recentes sugerem que
o exame que usa ondas de baixa freqüência para fazer imagens
do cérebro, pode ter efeito terapêutico quando associado a
medicamentos, para dissolver os coágulos.
29. • Transplante de células-tronco: Células-tronco retiradas da
medula do próprio paciente e, colocadas na região cerebral
afetada pelo derrame, poderiam reduzir a morte de neurônios
na área. O primeiro transplante desse tipo foi feito com
sucesso, recentemente no Brasil.
Obs: Terapia com células-tronco: O primeiro implante de
células-tronco adultas, retiradas da medula óssea do próprio
paciente, em paciente com acidente vascular cerebral (AVC)
agudo foi feito pela equipe Pró-Cardíaca, em parceria com a
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no dia 24 de
agosto de 2004. A paciente teve boa recuperação, levando a
crer, que a experiência poderá mudar o tratamento de pessoas
com o problema em todo o mundo.
30. Tratamento AVCH
• O tratamento pode ser cirúrgico ou clínico, dependendo do
volume da lesão, da localização e da condição clínica do
paciente. Mesmo os pacientes tratados cirurgicamente recebem
todo o suporte clínico e de reabilitação.
• O tratamento clínico tem o objetivo de controlar a pressão
arterial, complicações como crises convulsivas e infecções. A
terapia correta nas primeiras horas e dias é dar remédios na
veia para baixar a pressão arterial, se a pressão estiver acima
de 140/90mmHg.
• O alvo de PA atualmente para a fase aguda, primeiras horas e
dias de tratamento de um AVC hemorrágico, é manter a
pressão menor de 140/90mmHg. Além disso, o paciente deve
ser internado em UTI ou NeuroUTI, para melhor
monitoramento, pois estes pacientes podem complicar e piorar.
31. • Quando o hematoma, o sangramento, é muito grande, e o paciente está
entrando em coma ou tem alto risco para isso, às vezes é indicada cirurgia
para retirada do hematoma.
• O tratamento cirúrgico visa a retirar o sangue de dentro do cérebro. Em
alguns casos, coloca-se um cateter para avaliar a pressão dentro do crânio,
que aumenta por conta do inchaço do cérebro após o sangramento.
• Em algumas situações, o tratamento cirúrgico é decidido por esta medida e
não realizado logo na entrada do paciente no hospital, principalmente
porque alguns têm um novo sangramento poucas horas depois do primeiro.
• A reabilitação deve ser iniciada logo que a condição do paciente permita e é
uma parte do tratamento. Como seu início depende das condições do
paciente, somente deve ser feita quando não há perigo de piorar o estado
neurológico ou clínico. Um bom programa de reabilitação conta com uma
equipe de fonoaudiologia, fisioterapia, enfermagem e terapia ocupacional,
que deverá traçar um plano terapêutico individualizado, baseado nas
seqüelas neurológicas, garantindo a qualidade de vida do paciente.
32. Cuidados de Enfermagem
• Preparar o cliente para cirurgia se houver indicação;
• Ensinar o cliente a realizar exercícios ativos nos membros não
afetados, no mínimo quatro vezes por semana (na
reabilitação);
• Encorajar a deambulação por períodos curtos e freqüentes (na
reabilitação);
• Apoiar as extremidades com travesseiros, para evitar ou
reduzir o edema ( no caso de avc hemorrágico) ;
• Posicionar em alinhamento para prevenir complicações;
• Auxiliar nos cuidados diários como higiene geral, vestir-se,
alimentar se;
• Administrar medicações conforme prescrição medica;
• Aferir sinais vitais;
33. • Assegurar-se de que o cliente está tendo uma nutrição
adequada e de acordo com a prescrição da nutricionista, o
cliente deve visualizar a bandeja de alimento e sentar-se ereto
com a cabeça inclinada ligeiramente para frente; se necessário
utilizar sonda nasogástrica;
• Na fase aguda deve-se afrouxar as roupas apertadas e manter a
oxigenação adequada; caso o cliente esteja inconsciente ele
deve ser deitada em posição de segurança, se necessário,
aspirar as secreções; auxiliar na introdução de uma via
respiratória artificial e administrar oxigênio suplementar, se for
necessário;
34. • Oferecer a cada 2 horas o urinol ou a comadre, em caso de
incontinência urinária, oferecer a cada hora, caso seja de
extrema necessidade, utilizar cateter urinário, utilizar-se de
cuidados para evitar infecção;
• Estabelecer com o cliente metas realistas, fazer com que a
família participe sempre que possível, deixar que o cliente
participe como puder para diminuir o sentimento de
dependência, oferecer apoio psicológico e compreender as
mudanças de humor ( para a reabilitação);