3. DEFINIÇÃO
• O acidente vascular
encefálico (AVE) é
caracterizado por um
distúrbio neurológico
focal, ou às vezes global,
com duração superior a
24 horas, e
desenvolvimento rápido
dos sintomas, sendo
repentino e não
convulsivo, determinado
por lesão cerebral
secundária ao mecanismo
vascular.
4. DEFINIÇÃO
• Essas anomalias do funcionamento do cérebro
são causadas por processos patológicos dos
vasos sanguíneos e costumam levar a
alterações neurológicas. O encéfalo depende
da irrigação sanguínea, por isso quando há um
entupimento ou rompimento de veias e alguma
região tem seu fluxo sanguíneo interrompido
durante alguns minutos, ocorre um dano
neuronal. Se a situação se alonga, chegamos
ao ponto da morte de neurônios com
lesões irreparáveis e sintomas irreversíveis.
5. AVE OU AVC
• Para dirimir dúvidas e tentar
unificar o termo a ser
empregado no Brasil, este
assunto foi colocado em
discussão durante a
Assembleia Geral da
Sociedade Brasileira de
Doenças Cerebrovasculares
(SBDCV).
6. AVE OU AVC
• Foi aprovado que o termo que deveria ser
empregado seria o de “Acidente Vascular Cerebral”,
quando se dirigir ao público médico e/ou
especializado e “derrame” quando for voltado ao
público leigo.
• Considerando-se a somatória destes elementos e
argumentos, ressaltando-se que o termo “Acidente
Vascular Cerebral - AVC, é o mais conhecido, mais
divulgado, mais empregado e que o termo
“Acidente Vascular Encefálico - AVE”, não oferece
benefício semântico significativo em relação aos
demais, é também impreciso e pouco conhecido,
não se justifica uma mudança da denominação
desta doença. Este fato apenas traria confusão, no
meio médico e leigo; devemos continuar utilizando
os termos AVC e derrame para as doenças
cerebrovasculares agudas.
7. SITOMAS
• Os sintomas do AVC costumam se apresentar
sem que haja dor e costumam ser transitórios,
e por isso muitas vezes não são nem
diagnosticados. Não há dor porque o cérebro
não possui receptores para a dor, e podem ser
passageiros porque o fluxo sanguíneo se refaz
após uma breve interrupção.
• Além disso, os derrames também costumam
causar uma perda da força ou uma sensação
de dormência de uma metade do corpo (face,
braço, perna…). Também pode ocorrer uma
perda brusca de visão, parcial ou total em um
ou ambos os olhos. Outro sintoma é dificuldade
para falar e compreender os outros.
9. Diferença entre AVE
Isquêmico e AVE
Hemorrágico
• O AVE Isquêmico é caracterizado por
um déficit neurológico focal causado
por uma obstrução da irrigação
sanguínea em determinada área
encefálica, essa obstrução pode ser
causada, na maioria das vezes por:
• Coágulos;
• Ateroscleroses;
• Infarto Lacunar – deterioração de
pequenas artérias;
• Estenose vascular – causada por
vasculite ou infecções.
10. Diferença entre
AVE Isquêmico e
AVE Hemorrágico
• O AVE hemorrágico
caracteriza-se pelo
rompimento de um vaso
sanguíneo e
extravasamento de sangue
no parênquima cerebral, o
extravasamento sanguíneo
pode ser divido em:
• Hemorragia Intracerebral
• Hemorragia Subaracnóidea
11. Diferença
entre AVE Isquêmico
e AVE Hemorrágico
• O hemorrágico, é o tipo mais letal de AVE,
sendo o mais perigoso e difícil de tratar,
e também, o que mais promovem sequelas
aos pacientes acometidos.
• As principais etiologias ou doenças de base
que ocasionam AVE hemorrágico são:
• Hipertensão Arterial Sistêmica
• Angiopatias
• Malformações Arteriovenosas (MAV)
14. TRATAMENTO
• Segundo o site da American Association of Neurological Surgeons, é
extremamente importante que o fluxo sanguíneo seja restaurado ao cérebro o
mais rápido possível. Sem oxigênio e nutrientes importantes, as células
cerebrais afetadas são danificadas ou morrem em poucos minutos. Uma vez que
as células cerebrais morrem, elas geralmente não se regeneram, às vezes
resultando em deficiências físicas, cognitivas e mentais.
• Por esse motivo, é tão importante chegar ao pronto-socorro imediatamente se
você acha que está tendo um AVE. Pode ser necessário o uso de medicamentos
nas primeiras 3 horas após o início dos sintomas.
15. TRATAMENTO
• No hospital, a equipe médica precisa incialmente descartar outras condições que
possam ter causado os sintomas. Isso pode incluir:
• Convulsão
• Enxaqueca
• Baixo açúcar no sangue
• Problema cardíaco.
• São realizados exames de sangue e exames de imagem para descobrir que tipo
de AVE ocorreu.
16. TRATAMENTO AVC ISQUEMICO
• Um medicamento com função de dissolver coágulos sanguíneos, chamado ativador do
plasminogênio (rt-PA), é administrado por via intravenosa. O NHS recomenda que esse
tratamento seja realizado dentro de 3 horas após o início dos sintomas. Em algumas
situações, pode ser realizado dentro de 4,5 horas depois.
• Alguns pacientes não podem receber rt-PA, pois têm alto risco de sangramento. Nestes
casos, outros medicamentos para fluidificar o sangue ou evitar que coágulos fiquem
maiores são administrados.
• Outra opção é remover o coágulo. Um dispositivo chamado stent é inserido na artéria
para retirá-lo com um tubo de sucção.
18. TRATAMENTO AVC HEMORRAGICO
• O primeiro objetivo é encontrar e controlar o sangramento. O próximo passo depende do que
causou o AVE.
• A principal razão para um AVE hemorrágico é pressão alta descontrolada. Se esse é o caso,
são administrados medicamentos para abaixar a pressão.
• Se um aneurisma causou o AVE, a equipe médica pode usar um clipe para prender o vaso
rompido ou inserir uma pequena bobina através dele, que ajuda a evitar que o vaso
sanguíneo rompa novamente.
• Vasos sanguíneos emaranhados, condição chamada de Malformação Arteriovenosa,
também pode causar um AVE. Nesse caso, as formas de tratamento incluem:
• Retirá-los com cirurgia
• Usar radiação para reduzi-los
• Realizar algum procedimento para bloquear o fluxo de sangue para eles.
20. Prevenção de um Segundo Acidente Vascular
Encefálico
Informações da American Stroke Association apontam que 1 em cada 4 sobreviventes
de AVE terá outro. No entanto, até 80% dos casos de recorrência podem ser evitados
com uma combinação de medicamentos e hábitos saudáveis.
Por este motivo, de forma conjunta à reabilitação, seu médico vai trabalhar com você
para diminuir suas chances de sofrer outro AVE.
É importante considerar que o que causou seu primeiro AVE pode causar o segundo
(ou terceiro ou quarto).
21. PRECAUÇÕES
A pressão alta dobra (no
mínimo) o risco de AVE,
quando descontrolada
O colesterol alto pode levar
ao acúmulo de placas nas
artérias, diminuindo o fluxo
sanguíneo para o cérebro e
outras partes do corpo
Diabetes e altos níveis de
açúcar no sangue danificam
os vasos sanguíneos e
aumentam a probabilidade
de que coágulos sanguíneos
se formem
Fumar torna o sangue mais
espesso e aumenta a
possibilidade de que placas
se acumulem nas artérias
A obesidade está ligada a
diabetes, doenças cardíacas
e pressão alta
Anormalidades cardíacas,
como fibrilação atrial,
podem causar coágulos no
coração que então viajam
para o cérebro.
22. As seguintes práticas auxiliam na
prevenção de um segundo AVE
• Conheça seus fatores de risco. Saber
quais são seus fatores de risco pode
ajudá-lo a tomar medidas de prevenção.
• Controle sua pressão arterial. Se
você tem pressão alta, certifique-se de
monitorá-la e tomar quaisquer
medicamentos que seu médico
prescrever. Reduzir sua ingestão de
sódio é outra ótima maneira de ajudar a
controlar a pressão alta.
23. • Exercite-se o suficiente para suar. A
atividade física regular é fundamental
em qualquer programa de prevenção de
acidente vascular encefálico.
Infelizmente, os prejuízos de mobilidade
após um AVE podem impedir que
alguns pacientes se exercitem a ponto
de suar. Se isso descreve o seu caso,
tente pelo menos fazer algum tipo de
exercício que eleve sua frequência
cardíaca. Um fisioterapeuta ou
educador físico pode lhe ajudar a
encontrar uma atividade adequada.
24. • Realize o tratamento de
aneurismas. O risco de um
segundo AVE aumenta com a
presença de aneurismas. Um
aneurisma é uma protuberância
em sua artéria que cria fraqueza
na parede do vaso e aumenta o
risco de ruptura. Para ajudar a
reduzir o risco de AVE recorrente,
seu médico pode recomendar
uma cirurgia.
25. • Gerencie o estresse. Viver com
estresse crônico e de longo prazo
aumenta o risco de AVE em 4x. A
recuperação pode ser um momento
muito estressante devido a
preocupações com a saúde e tensão
financeira. Tente o seu melhor para
praticar autocuidado e evitar o estresse
tanto quanto possível. Se você achar
que sua situação é muito avassaladora,
converse com seu médico sobre
possíveis medicamentos para ajudar a
aliviar a ansiedade.
26. • Cuide da sua dieta. A maioria dos pacientes que sofreu um AVE
pode precisar de um nutricionista em algum momento durante
seu processo de recuperação.
• Se você ou um ente querido tiveram um AVE recentemente,
tente o seu melhor para incorporar essas dicas em sua rotina
diária. Embora algumas mudanças possam ser difíceis, os
benefícios valem a pena.
• Certifique-se de manter seu médico informado sobre
quaisquer mudanças repentinas que você fizer em sua rotina
diária. Seu médico tem uma melhor compreensão de suas
condições médicas pré-existentes, então ele será capaz de
fornecer insights sobre quaisquer novos alimentos, exercícios
ou suplementos que você deseja experimentar.
27. Referências
CASTRO,DIEGO; Acidente Vascular Encefálico - Tratamento e Cuidados; 2021;
Acesso 04/02/2023;Disponivel em: Acidente Vascular Encefálico - Tratamento e
Cuidados - Dr Diego de Castro.
Kosminsky, Ellen; Você domina o manejo do acidente vascular cerebral isquêmico
(AVCi)? ; 2022; Acesso em 04/02/2023; Disponível em: Você domina o manejo do
acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi)? (eumedicoresidente.com.br)
You tuber. (23 out 2017). HCOR; AVC | Como funciona o tratamento
endovascular; Disponivel em: AVC | Como funciona o tratamento endovascular -
YouTube
YouTube. (30 abr 2012). Alexandre Miranda. AVC Hemorragico - Cirurgia / Brain
Stroke - Hemorrhage – Surgery; Disponível em: AVC Hemorragico - Cirurgia / Brain
Stroke - Hemorrhage - Surgery - YouTube