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  1. 1. 1 - ARGUMENTAÇÃO E LÓGICA FORMAL 1.1. Distinção validade – verdade 1.1.1. A definição de lógica
  2. 2. Raciocínio ou inferência Operação mental através da qual chegamos a uma conclusão partindo de determinadas razões. Comunicar o raciocínio Argumento Todos os seres racionais possuem a capacidade de raciocinar e de argumentar, mas nem todos o fazem de modo correto.
  3. 3. ARGUMENT OS Essas crenças levam-nos a discordar de conclusões que eventualmente as contradigam e das razões avançadas para as apoiar. Têm na sua base convicções, crenças, ideias, opiniões, informações: aquilo em que acreditamos acerca do mundo. Existência de discordâncias: não há uma verdade única. Mas há crenças partilhadas e bastante consensuais.
  4. 4. Todos os mamíferos são inteligentes. Todos os seres humanos são mamíferos. Logo, todos os seres humanos são inteligentes. Todos os mamíferos são inteligentes. Todos os seres humanos são inteligentes. Logo, todos os seres humanos são mamíferos. Podemos discordar desta conclusão, mas temos de reconhecer que a forma como ela é obtida é consistente, razoável e válida. Ainda que consideremos a conclusão verdadeira, não faz sentido aceitá-la a partir das razões em que ela se baseia. Podemos aceitar ou rejeitar a correção de uma forma de raciocínio, sem que isso implique aceitar ou rejeitar o conteúdo das crenças de que se parte e das crenças a que se chega. Exemplo Exemplo
  5. 5. LÓGIC A Lógica formal Disciplina filosófica que estuda a distinção entre argumentos corretos (ou válidos) e incorretos (ou inválidos), mediante a identificação das condições necessárias à operação que conduz da verdade de certas crenças à verdade de outras. Estudo das leis, princípios e regras a que devem obedecer o pensamento e o discurso para serem válidos. Lógica informal Analisa a validade dos argumentos dedutivos. Analisa essencialmente a validade dos argumentos não dedutivos.
  6. 6. . 1.1.2. O ARGUMENTO
  7. 7. ARGUMENTO Conjunto de proposições devidamente articuladas A(s) premissa(s) procura(m) defender, sustentar ou justificar a conclusão. Premissa(s) Conclusã o (tese)
  8. 8. Exemplo ANTECEDENT E Premissa Todos os portugueses são europeus. Premissa Os alentejanos são portugueses. CONSEQUENT E Conclusão Logo, os alentejanos são europeus. Indicador de conclusão Nexo lógico Não se enquadram na categoria de «argumentos» aqueles que são meros conjuntos de proposições sem qualquer conexão lógica entre si. Os rapazes são giros. As cerejas fazem bem à saúde. Logo, as férias devem continuar. Exemplo Um argumento tem subjacente uma inferência ou raciocínio, uma operação que efetua a transição lógica entre proposições.
  9. 9. Nem todas as frases expressam proposições. Só as frases declarativas. Afirmam, negam, atribuem, declaram ou constatam alguma coisa. Podem ser consideradas verdadeiras ou falsas. PROPOSIÇÕES FRASES
  10. 10. EXEMPLOS TIPO DE FRASE Saia da minha frente! Frase imperativa. Que belo jardim você tem! Frase exclamativa. Quem sou eu? Frase interrogativa. Farei o que me mandas fazer. Frase que traduz uma promessa. Ajuda-me a transportar estes sacos. Frase que expressa um pedido. EXEMPLOS DE FRASES QUE NÃO EXPRESSAM PROPOSIÇÕES PROPOSIÇÃO Pensamento ou conteúdo, verdadeiro ou falso, expresso por uma frase declarativa. A mesma proposição pode ser expressa por diferentes frases declarativas: “A Terra é contemplada pelo astronauta a partir da Lua.” = “O astronauta contempla a Terra a partir da Lua.”
  11. 11. Proposições Exemplos Simples Categóricas Afirmam ou negam sem restrições nem condições. Todos os rios correm. Os poetas não são arquitetos. Compostas (complexas) Condicionais Afirmam ou negam sob determinadas condições. Se viajo, então aprendo. Se não fores, então vou eu. Disjuntivas Afirmam ou negam em forma de alternativas que se excluem (disjunção exclusiva) ou não (disjunção inclusiva). Disjunção exclusiva: Ou és sábio ou és ignorante. Disjunção inclusiva: És inteligente ou boa pessoa. As proposições, simples ou compostas, relacionam-se umas com as outras, organizando-se em operações mais complexas – os argumentos.
  12. 12. PROPOSIÇÕES Relacionam termos. TERMO É geralmente entendido como a expressão verbal do conceito. CONCEITO Elemento básico do pensamento. Representação intelectual de determinada realidade. O conteúdo dessa representação Pode dizer respeito a uma classe de objetos ou a uma realidade singular. (No entanto, há autores que defendem que só as noções ou ideias gerais é que podem ser consideradas conceitos.) •O mesmo conceito pode ser expresso por termos diferentes sob o ponto de vista linguístico. •O mesmo vocábulo pode exprimir diferentes conceitos (termos distintos sob o ponto de vista lógico). •Um termo pode ser constituído por mais do que uma palavra, exprimindo um único conceito. Operação mental que permite estabelecer uma relação entre conceitos e que está subjacente à formação de proposições JUÍZO
  13. 13. DEFINIÇÃO Procura fornecer o significado e permitir a compreensão do que é definido. Aquela que é feita com base em condições necessárias e suficientes. Exemplo: “A macieira é uma árvore que tem como fruto a maçã.” «Ter como fruto a maçã» e «ser árvore» são condições necessárias, mas também suficientes, para que algo seja uma macieira. Definição explícita Uma definição bem construída nunca será demasiado ampla nem demasiado restrita. Uma definição, para ser explícita, deve ser clara e convir inteira e exclusivamente ao definido, garantindo a reciprocidade ou a troca de
  14. 14. Uma vez que é uma atividade física, o desporto é saudável. Como se sabe, a atividade física é saudável. Proposição 1 – O desporto é atividade física. Proposição 2 – O desporto é saudável. Proposição 3 – A atividade física é saudável. Indicadores de premissa Indicadores de premissa e de conclusão Toda a atividade física é saudável. Todo o desporto é atividade física. Logo, todo o desporto é saudável. Indicador de conclusão
  15. 15. O Universo não é infinito. Com efeito, se o Universo fosse infinito, a força da gravidade não existiria. Ora, a força da gravidade existe. Proposição 1 – O Universo não é infinito. Proposição 2 – Se o Universo fosse infinito, a força da gravidade não existiria. Proposição 3 – A força da gravidade existe. Indicadores de premissa Indicadores de premissa e de conclusão (continuação) Se o Universo fosse infinito, a força da gravidade não existiria. A força da gravidade existe. Logo, o Universo não é infinito. Indicador de conclusão
  16. 16. António é estudioso. Logo, António obtém boas classificações. O ENTIMEMA Indicador de conclusão Argumento em que uma ou mais proposições são omitidas, encontrando-se subentendida(s) – pode inclusive omitir-se a conclusão. A premissa «Todos os estudiosos obtêm boas classificações» encontra-se implícita, tendo sido suprimida. ENTIMEMA
  17. 17. Alguns indicadores de premissa Alguns indicadores de conclusão Porque… Logo… Pois… Então… Admitindo que… Por conseguinte… Pressupondo que… Portanto… Considerando que… Por isso… Partindo do princípio de que… Consequentemente… Sabendo que… Segue-se que… Dado que… Infere-se que… Uma vez que… Conclui-se que… Devido a… É por essa razão que… Como… Daí que… Ora… Assim… Em virtude de… Isso prova que…
  18. 18. 1.1.3. A VERDADE E A VALIDADE
  19. 19. Aplicam-se à matéria ou conteúdo das proposições. Se estiverem de acordo com a realidade, as proposições são verdadeiras; se não estiverem, são falsas. PROPOSIÇÕES VERDADE FALSIDADE São qualidades próprias dos argumentos, resultantes do facto de as premissas apoiarem ou não a conclusão. ARGUMENTOS VALIDADE INVALIDADE VALIDA DE DEDUTI A validade traduz uma certa relação entre os valores de verdade das premissas e o valor de verdade da conclusão. VALIDADE NÃO DEDUTIVA
  20. 20. A sua validade depende apenas da forma lógica. ARGUMENT OS DEDUTIVOS Num argumento dedutivo válido é logicamente impossível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Os argumentos dedutivos válidos são especialmente apreciados pelos filósofos. Estes argumentos preservam a verdade. Se as premissas forem verdadeiras e a conclusão falsa, então o argumento é inválido.
  21. 21. Todos os alunos são sensatos. Todos os jovens de dezasseis anos são alunos. Logo, todos os jovens de dezasseis anos são sensatos. Todos os alunos são sensatos. Todos os jovens de dezasseis anos são sensatos. Logo, todos os jovens de dezasseis anos são alunos. Argumento válido Todos os A são B. Todos os C são A. Logo, todos os C são B. Argumento inválido É logicamente impossível as duas premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa. A verdade da conclusão não é garantida pela verdade das premissas. Importância da forma lógica do argumento. Todos os A são B. Todos os C são B. Logo, todos os C são A. Forma válida Forma inválida Exemplo Exemplo
  22. 22. Pode haver argumentos dedutivos válidos com premissas e conclusão falsas. Todos os portugueses são pintores. Bertrand Russell é português. Logo, Bertrand Russell é pintor. Pode haver argumentos dedutivos inválidos com premissas e conclusão verdadeiras. Todos os naturais de Lisboa são portugueses. Fernando Pessoa é português. Logo, Fernando Pessoa é natural de Lisboa.
  23. 23. Argumento dedutivo válido Argumento que tem uma forma lógica tal que a verdade das premissas garante sempre a verdade da conclusão, sendo impossível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa. Argumento dedutivo inválido Argumento que tem uma forma lógica tal que a verdade das premissas não garante a verdade da conclusão. Argumentos dedutivos Premissas Argumento Conclusão Verdadeiras Válido Verdadeira É impossível ser falsa Inválido Verdadeira Falsa Falsas Válido Verdadeira Falsa Inválido Verdadeira Falsa Argumentos sólidos: argumentos válidos constituídos por proposições
  24. 24. Argumento incorreto ou inválido, embora aparente ser válido. Falácia Falácias cometidas involuntariament e Falácias cometidas intencionalment e Paralogismo Sofisma Falácias formais Falácias informais Decorrem apenas da forma lógica do argumento. Resultam de aspetos que vão para lá da forma lógica do argumento
  25. 25. A sua validade depende de aspetos que vão para lá da forma lógica do argumento. ARGUMENTOS NÃO DEDUTIVOS Num argumento não dedutivo, a verdade das premissas apenas sugere a plausibilidade da conclusão ou a probabilidade de ela ser também verdadeira. Um argumento não dedutivo é válido quando é improvável, mas não propriamente impossível, ter premissas verdadeiras e conclusão falsa.
  26. 26. A indução conduz-nos a conclusões que não derivam necessariamente das premissas. INDUTIVOS OUTROS ARGUMENTOS NÃO DEDUTIVOS Alguns estudantes copiam nos testes. Logo, todos os estudantes copiam nos testes. Até hoje, todos os cavalos nasceram quadrúpedes. Logo, o próximo cavalo a nascer será quadrúpede. Argumento indutivo inválido Argumento indutivo válido A verdade das premissas não fornece fortes razões para pensar que a conclusão é verdadeira. A verdade das premissas fornece fortes razões para pensar que a conclusão é verdadeira. Argument o forte Argument o fraco
  27. 27. 1.2. FORMAS DE INFERÊNCIA VÁLIDA E PRINCIPAIS FALÁCIAS
  28. 28. 1.2.1. LÓGICA SILOGÍSTICA
  29. 29. Estrutura das proposições categóricas Numa proposição categórica, afirmamos ou negamos alguma coisa – o termo predicado – de uma outra coisa – o termo sujeito. Todos os artistas são sábios. CÓPULA PREDICADO SUJEITO Característica ou qualidade que se afirma ou nega do sujeito. Ser relativamente ao qual se afirma ou nega o predicado. Elemento que faz a ligação do sujeito com o predicado. S é P
  30. 30. Portugal é um país europeu. O Sol é um planeta. Picasso não é o autor de Guernica. Nenhum cão é animal aquático. Estabelecem uma conveniência entre os sujeitos e os predicados respetivos. Indicam uma inconveniência entre os sujeitos e os predicados respetivos. Proposições negativas Proposições afirmativas Exemplos VERDADEIR A VERDADEIR A FALSA FALSA A proposição categórica é o enunciado que estabelece uma relação de afirmação ou de negação entre termos, podendo tal relação ser considerada verdadeira ou falsa.
  31. 31. QUANTIFICADOR ES UNIVERSAIS «TODOS» «NENHUM » EXISTENCIAL «ALGUM» Nota: há outros quantificadores com idêntico significado – por exemplo, «Qualquer » equivale a «Todos». Permitem-nos saber se o sujeito é tomado na sua totalidade ou somente em parte. Exemplos: 1. Todos os seres humanos são bípedes. 2. Alguns seres humanos não são altos. Nas proposições categóricas há uma relação de inclusão ou de não inclusão, na classe relativa ao predicado, de todos ou de apenas alguns dos elementos que fazem parte da classe do sujeito.
  32. 32. TERMO GERAL Designa os membros de determinada classe. EXTENSÃO COMPREENS ÃO (INTENSÃO) É o conjunto de Exemplo: todos os cães. seres, objetos, membros abrangidos por um conceito / termo. É o sentido ou a significação de um Exemplo: conceito / termo, propriedades isto é, a propriedade comuns aos cães - ou o conjunto de animal, mamífero, propriedades que vertebrado, determinam a quadrúpede, extensão do ladrador, etc. conceito. Nota: em geral, quanto maior é o número de elementos a que o conceito se aplica (extensão), menor é a quantidade de características comuns (compreensão) e vice-versa.
  33. 33. PROPOSIÇÕES Forma-padrão ou forma canónica Exemplos: Todos os gatos são viventes. Todos os americanos são cantores. Exemplos: Os gatos vivem. Os americanos cantam. Quaisquer frases declarativas podem exprimir proposições do tipo «S é P». Exemplo Os gatos que brincam na minha rua descobrem ratos nos locais mais obscuros das casas silenciosas» equivale a «Todos os gatos que brincam na minha rua são descobridores de ratos nos locais mais obscuros das casas silenciosas.
  34. 34. PROPOSIÇÕES CATEGÓRICAS QUANTIDADE QUALIDADE Exemplo: Qualquer deus é imortal. AFIRMATIVAS Uma proposição é afirmativa quando ela nos indica – através da cópula – que o predicado convém ao sujeito. NEGATIVAS Uma proposição é negativa quando ela nos indica – nuns casos através da cópula, noutros através de quantificadores como «Nenhum» – que o predicado não convém ao sujeito. UNIVERSAIS Uma proposição é considerada universal quando o sujeito é tomado em toda a sua extensão. PARTICULARE S Uma proposição é considerada particular quando o sujeito é tomado apenas numa parte da sua extensão. Exemplo: Há animais que não são mortais. Exemplo: Todos os cães são vertebrados. Exemplo: Alguns insetos perturbam. NOTA: as proposições singulares – aquelas em que um predicado/atributo é afirmado ou negado de um único sujeito – serão consideradas proposições
  35. 35. Tipos de proposições Forma lógica Tipo A Universal afirmativa Todo o S é P. Tipo E Universal negativa Nenhum S é P. Tipo I Particular afirmativa Algum S é P. Tipo O Particular negativa Algum S não é P.
  36. 36. A E I O CONTRÁRI AS SUBCONTRÁRI AS Exemplo: Todos os papéis são brancos. SUBALTERN AS SUBALTERN AS CONTRADITÓR IAS QUADRADO DE OPOSIÇÃO Exemplo: Nenhum papel é branco. Exemplo: Alguns papéis não são brancos. Exemplo: Alguns papéis são brancos.
  37. 37. Proposições categóricas na sua forma-padrão ou forma canónica e outras expressões das mesmas Tipo A Universais afirmativas O predicado é afirmado de todos os elementos da classe que o sujeito representa. Forma-padrão Outras expressões Todo o S é P Todos os filósofos são críticos. Qualquer filósofo é crítico. Ser filósofo é ser crítico. Os filósofos são críticos. O filósofo é crítico. Quem é filósofo é crítico. Não há filósofos que não sejam críticos. Só há filósofos críticos.
  38. 38. Tipo E Universais negativas O predicado é negado de todos os elementos da classe que o sujeito representa. Forma-padrão Outras expressões Nenhum S é P Nenhum animal é perigoso. Os animais não são perigosos. O animal não é perigoso. Ser perigoso não é uma característica dos animais. Não há animal que seja perigoso. Só existem animais não perigosos. Todos os animais não são perigosos.
  39. 39. Tipo I Particulares afirmativas O predicado é afirmado apenas de uma parte dos elementos da classe que o sujeito representa. Forma-padrão Outras expressões Algum S é P Alguns dias são belos. Certos dias são belos. Há dias belos. Existem dias belos. Existe pelo menos um dia que é belo.
  40. 40. Tipo O Particulares negativas O predicado é negado apenas de uma parte dos elementos da classe que o sujeito representa. Forma-padrão Outras expressões Algum S não é P Alguns caminhos não são transitáveis. Certos caminhos não são transitáveis. Há caminhos não transitáveis. Existem caminhos não transitáveis. Existe pelo menos um caminho que não é transitável. Nem todos os caminhos são transitáveis.
  41. 41. TIPO A A DISTRIBUIÇÃO DOS TERMOS Todos os gatos são animais. D ND TIPO I Alguns gatos são animais. ND ND TIPO O Alguns gatos não são animais. ND D TIPO E Nenhum gato é animal. D D S P S P S P S P Termo distribuído (D): quando é tomado universalmente (ou seja, em toda a sua extensão). Termo não distribuído (ND): quando não é tomado universalmente (refere-se apenas a uma parte da sua extensão). Todo o S é P Nenhum S é P Algum S é P Algum S não é
  42. 42. Proposições de tipo A – universais afirmativas Proposições de tipo E – universais negativas Todos os deuses são benfeitores. Isto significa que todos os deuses são alguns dos benfeitores. Nenhuns seres humanos são anjos. Isto significa que todos os anjos se encontram excluídos da classe dos seres humanos. Proposições de tipo I – particulares afirmativas Proposições de tipo O – particulares negativas Alguns loucos são inteligentes. Isto significa que alguns loucos são alguns dos inteligentes. Alguns desportistas não são ricos. Isto significa que à classe de todos os ricos não pertencem alguns desportistas. Para compreender a distribuição do predicado
  43. 43. Silogismo categórico regular Forma particular de argumento dedutivo, tendo sido Aristóteles o seu criador. Argumento formado por três proposições categóricas, de tal maneira que, sendo dadas as duas primeiras – as premissas –, se segue necessariamente a terceira – a conclusão –, desde que o argumento seja válido. Necessidade lógica entre as premissas e a conclusão. Aceitando as premissas, somos obrigados a aceitar a conclusão.
  44. 44. Silogismo categórico regular Premissa maior Contém o termo maior (P) e o termo médio (M). Premissa menor Contém o termo menor (S) e o termo médio (M). Conclusão Faz a ligação entre o termo maior e o termo menor.
  45. 45. Termo maior A classificação dos termos é feita com base na função que eles desempenham nas proposições em que se encontram. É sempre o sujeito da conclusão. Termo menor É sempre o predicado da conclusão. Termo médio Serve de intermediário dos anteriores, permitindo a passagem das premissas à conclusão. Nunca deve entrar na conclusão. Termos extremo s
  46. 46. M P Todos os cientistas são sábios. SILOGISMO CATEGÓRICO REGULAR S M Todos os biólogos são cientistas. S P Logo, todos os biólogos são sábios. ANTECEDENT E CONSEQUENT E Premiss a maior Todos os M são P. Todos os S são M. Logo, todos os S são P. Premiss a menor Conclusã o Forma lógica O silogismo categórico regular é um argumento que, a partir de um antecedente que relaciona dois termos (o maior e o menor) com um terceiro (o médio), chega a um consequente que relaciona esses dois termos entre si.
  47. 47. Forma do silogism o Modo Figura Tipo de proposições (A, E, I, O) Posição do termo médio (nas premissas) 64 modos possíveis 4 figuras possívei s 256 (64x4) formas possíveis Apenas 24 destas formas são válidas. A FORMA DO SILOGISMO: O MODO E A FIGURA
  48. 48. Primeira figura: o termo médio é sujeito na premissa maior e predicado na premissa menor. MODO A EXEMPLO Todos os mamíferos sonham. FIGUR A M – P A A Os macacos são mamíferos. Logo, os macacos sonham. S – M S – P Terceira figura: o termo médio é sujeito nas duas premissas. Quarta figura: o termo médio é predicado na premissa maior e sujeito na premissa menor. MODO I EXEMPLO Alguns filósofos são alemães. FIGUR A M – P MODO E EXEMPLO Nenhum gato é ave. FIGUR A P – M A I Todos os filósofos são europeus. Logo, alguns europeus são alemães. M – S S – P I O Algumas aves são mamíferos. Logo, alguns mamíferos não são gatos. M – S S – P AS QUATRO FIGURAS DO SILOGISMO Segunda figura: o termo médio é predicado nas duas premissas. MODO E EXEMPLO Nenhum português é asiático. FIGUR A P – M A E Todos os chineses são asiáticos. Logo, nenhum chinês é português. S – M S – P
  49. 49. Primeira figura AA A EA E AII EIO AAI EA O Segunda figura EA E AE E EIO AO O EA O AE O Quarta figura AA I AE E IAI EA O EIO AE O Terceira figura AA I IAI AII EA O OA O EIO 24 formas válidas do silogismo categórico regular
  50. 50. Forma canónica tradicional do silogismo Premissa maior: Todos os estudiosos são perspicazes. Premissa menor: Todos os alunos portugueses são estudiosos. Conclusão: Logo, todos os alunos portugueses são perspicazes.. Primeira figura Modo: AAA Exemplo Mas tal ordem de colocação não é obrigatória, nomeadamente no que se refere às premissas. 1.ª 2.ª 3.ª Exemplo Alguns filósofos são crentes. Todos os crentes são felizes. Logo, alguns filósofos são felizes. S – M M – P S – P Todos os crentes são felizes. Alguns filósofos são crentes. Logo, alguns filósofos são felizes. M – P S – M S – P Este Devemos silogismo identificar as pertence premissas a à primeira partir da figura e posição dos não à termos na quarta. conclusão.
  51. 51. Regras da validade do silogismo categórico O silogismo tem três termos, e só três termos: o maior, o menor e o médio. As rosas são flores. Algumas mulheres são Rosas. Logo, algumas mulheres são flores. 1.ª regra Silogismo inválido Silogismo válido Este silogismo tem quatro termos. A palavra «rosas» está usada em dois sentidos, valendo por dois termos. As rosas são flores. Algumas coisas belas são rosas. Logo, algumas coisas belas são flores.. Além de cumprir as restantes regras, este silogismo contém, apenas, três termos. Um silogismo categórico válido é aquele que respeita todas as regras.
  52. 52. O termo médio nunca pode entrar na conclusão. Alguns pintores são inteligentes. Alguns pintores são artistas. Logo, alguns artistas são pintores. 2.ª regr a Falso silogismo Silogismo válido O termo médio («pintores») entra indevidamente na conclusão, onde o termo «inteligentes» nem sequer aparece. Embora seja válido, este argumento não é um silogismo. Os pintores são inteligentes. Os pintores são artistas. Logo, alguns artistas são inteligentes.. O termo médio encontra-se apenas nas premissas. Além disso, este silogismo cumpre todas as restantes regras.
  53. 53. O termo médio deve ser tomado pelo menos uma vez em toda a sua extensão: tem de estar distribuído pelo menos uma vez. Algumas pontes são belas. Algumas pontes são construções seguras. Logo, algumas construções seguras são belas. 3.ª regr a Silogismo inválido Silogismo válido As premissas, ao apresentarem ambas um termo médio («pontes») tomado apenas em parte da sua extensão, não nos permitem concluir que existem pontes simultaneamente belas e seguras. A conclusão é, por isso, ilegítima. Todas as pontes são belas. Algumas pontes são construções seguras. Logo, algumas construções seguras são belas. Além de cumprir todas as restantes regras, este silogismo também cumpre a regra presente, pois o termo «pontes» encontra-se distribuído na primeira premissa.
  54. 54. Nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão do que nas premissas. Os europeus são inteligentes. Os portugueses não são europeus. Logo, os portugueses não são inteligentes. 4.ª regr a Silogismo inválido Silogismo válido Na conclusão é tomado universalmente um termo que nas premissas o é apenas em parte – o termo maior: «inteligentes». Os europeus são inteligentes. Os portugueses são europeus. Logo, os portugueses são inteligentes. Neste silogismo, nenhum termo é mais extenso na conclusão do que nas premissas. O termo maior não se encontra distribuído nem na premissa nem na conclusão; o menor é tomado universalmente em ambas. Este silogismo também cumpre as restantes regras.
  55. 55. A conclusão deve seguir sempre a parte mais fraca (negativa e particular). Todos os homens são felizes. Alguns homens são espertos. Logo, todos os espertos são felizes. 5.ª regr a Silogismo inválido Silogismo válido A conclusão é ilegítima, por se apresentar como universal quando, afinal, há uma premissa particular (a parte mais fraca deste silogismo). Todos os homens são felizes. Alguns homens são espertos. Logo, alguns espertos são felizes. Neste silogismo, além de se cumprirem as restantes regras, também a conclusão segue a parte mais fraca: a segunda premissa.
  56. 56. De duas premissas negativas nada se pode concluir. Nenhum poeta é fumador. Nenhum fumador é desportista. Logo, nenhum desportista é poeta. 6.ª regr a Silogismo inválido Silogismo válido Neste silogismo, a conclusão é indevidamente extraída das premissas, das quais aliás nenhuma conclusão se pode extrair, pois não há uma ligação entre os termos. Nenhum poeta é fumador. Alguns desportistas são fumadores. Logo, alguns desportistas não são poetas. Este silogismo, além de respeitar as restantes regras, também permite estabelecer uma ligação entre os termos.
  57. 57. De duas premissas particulares nada se pode concluir. Alguns jovens são espertos. Alguns jovens não são desconfiados. Logo, alguns seres desconfiados não são espertos. 7.ª regr a Silogismo inválido Silogismo válido Em silogismos com premissas particulares, a conclusão será extraída indevidamente, na medida em que haverá violação de alguma outra regra. No exemplo apresentado, o termo médio não se encontra distribuído pelo menos uma vez. Todos os jovens são espertos. Alguns jovens são desconfiados. Logo, alguns seres desconfiados são espertos. Este silogismo respeita a presente regra e todas as restantes.
  58. 58. De duas premissas afirmativas não se pode extrair uma conclusão negativa. Todos os artistas são cantores. Alguns americanos são artistas. Logo, alguns americanos não são cantores. 8.ª regr a Silogismo inválido Silogismo válido Neste silogismo afirma-se, nas premissas, uma ligação dos termos «cantores» e «americanos» com o termo «artistas». Sendo assim, também se deveria afirmar alguma ligação entre os termos extremos na conclusão, o que não acontece. Todos os artistas são cantores. Alguns americanos são artistas. Logo, alguns americanos são cantores. Este silogismo é válido, pois respeita a presente regra e todas as restantes.
  59. 59. Regras relativas aos termos Quadro-síntese das regras da validade do silogismo categórico 1.ª O silogismo tem apenas três termos. 2.ª O termo médio nunca pode entrar na conclusão. 3.ª O termo médio deve ser tomado pelo menos uma vez em toda a sua extensão. 4.ª Nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão do que nas premissas. Regras relativas às proposições 5.ª A conclusão deve seguir sempre a parte mais fraca. 6.ª De duas premissas negativas nada se pode concluir. 7.ª De duas premissas particulares nada se pode concluir. 8.ª De duas premissas afirmativas não se pode tirar uma conclusão negativa..
  60. 60. Falácias no silogismo categórico Sempre que se desrespeitam as regras do silogismo, seja as relativas aos termos, seja as relativas às proposições, comete-se uma falácia. Falácia dos quatro termos Quando se infringe a regra segundo a qual o silogismo tem três termos e só três termos. Algumas das falácias do silogismo categórico apresentam designações específicas: Falácia do termo médio não distribuído Quando se infringe a regra segundo a qual o termo médio deve ser tomado pelo menos uma vez em toda a sua extensão. Falácia da ilícita maior Quando o termo maior se encontra distribuído na conclusão e não na premissa, infringindo –se a regra segundo a qual nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão do que nas Falácia da ilícita menor Quando o termo menor se encontra distribuído na conclusão e não na premissa, infringindo-se a regra segundo a qual nenhum termo pode ter maior extensão na conclusão do que nas Falácia das premissas exclusivas Quando se extrai uma conclusão de duas premissas negativas, infringindo-se a regra segundo a qual de duas premissas negativas nada se pode concluir.
  61. 61. Silogismo condicional Silogismo cuja premissa maior é uma proposição condicional Antecedente Consequente Conclusão Premissa menor Premissa maior Se há vida após a morte, então a existência tem sentido. Há vida após a morte. Logo, a existência tem sentido. Exemplo
  62. 62. Expressões alternativas de proposições condicionais •A existência tem sentido, se houver vida após a morte. •A existência tem sentido, caso haja vida após a morte. •Desde que haja vida após a morte, a existência tem sentido. •Se há vida após a morte, a existência tem sentido. •A existência não tem sentido, a menos que haja vida após a morte. •Para a existência ter sentido basta haver vida após a morte.
  63. 63. Silogismo condicional Modo afirmativo Modo negativo Modos válidos Modus ponens Modus tollens Há uma relação necessária entre as premissas e a conclusão.
  64. 64. Modo que consiste em afirmar o antecedente na premissa menor e em afirmar, de seguida, o consequente na conclusão. Modus ponens Forma lógica Exemplos Se P, então Q. P. Logo, Q. Se compro a casa, então gasto muito dinheiro. Compro a casa. Logo, gasto muito dinheiro. Se não gasto dinheiro, então faço uma boa poupança. Não gasto dinheiro. Logo, faço uma boa poupança.
  65. 65. Modo que consiste em negar o consequente na premissa menor e em negar depois o antecedente na conclusão. Modus tollens Forma lógica Exemplos Se P, então Q. Não Q. Logo, não P. Se compro a casa, então gasto muito dinheiro. Não gasto muito dinheiro. Logo, não compro a casa. Se estiver sol, então não fico em casa. Fico em casa. Logo, não está sol.
  66. 66. Silogismo condicional: falácias Falácia da afirmação do consequente: afirma-se o consequente na premissa menor e o antecedente na conclusão. Falácia da negação do antecedente: nega-se o antecedente na premissa menor e o consequente na conclusão. Forma lógica Exemplo s Se P, então Q. Q. Logo, P. Forma lógica Exemplo s Se P, então Q. Não P. Logo, não Q. Se chove, então fico em casa. Não chove. Logo, não fico em casa. Se não chove, então não fico em casa. Chove. Logo, fico em casa. Se chove, então fico em casa. Fico em casa. Logo, chove. Se não chove, então não fico em casa. Não fico em casa. Logo, não chove.
  67. 67. Silogismo disjuntivo Silogismo cuja premissa maior é uma proposição disjuntiva (que pode ser exclusiva ou inclusiva). Exemplo Premissa maior Ou sou inocente ou sou culpado. Premissa menor Sou inocente. Conclusão Logo, não sou culpado. A premissa menor afirma ou nega uma das alternativas. A conclusão, por sua vez, afirma ou nega a outra, em função do que se passar na premissa menor.
  68. 68. Silogismo disjuntivo (disjunção exclusiva) Modus ponendo tollens (modo que, afirmando, nega) Modos válidos Há uma relação necessária entre as premissas e a conclusão. Modus tollendo ponens (modo que, negando, afirma)
  69. 69. Modo cuja premissa maior é uma disjunção exclusiva, cuja premissa menor afirma uma das alternativas e cuja conclusão nega a outra. Modus ponendo tollens Forma lógica Exemplos Ou P ou Q. P. Logo, não Q. Ou penso ou sinto. Penso. Logo, não sinto. OU: Ou P ou Q. Ou não estou desconcentrado ou estou cansado. Estou cansado. Q. Logo, estou desconcentrado. Logo, não P.
  70. 70. Modo cuja premissa maior é uma disjunção exclusiva, cuja premissa menor nega uma das alternativas e cuja conclusão afirma a outra. Modus tollendo ponens Forma lógica Exemplos Ou P ou Q. Não P. Logo, Q. Ou chove ou faz sol. Não chove. Logo, faz sol. OU: Ou P ou Q. Não Q. Logo, P. Ou não fico em casa ou não vou para a rua. Vou para a rua. Logo, não fico em casa.
  71. 71. Proposições disjuntivas Disjunção completa ou exclusiva. Uma das alternativas exclui a outra. Exemplo: Ou danço ou estou quieto. Disjunção inclusiva. Uma alternativas não exclui a outra. Exemplo: Escrevo ou sorrio.
  72. 72. Modo cuja premissa maior é uma disjunção inclusiva, cuja premissa menor apresenta a negação de uma das alternativas (que não se excluem) e cuja conclusão afirma a outra. Modus tollendo ponens Forma lógica Exemplos P ou Q. Não P. Logo, Q. Escrevo ou sorrio. Não escrevo. Logo, sorrio. Ou: P ou Q. Não Q. Logo, P. Os pássaros voam ou não cantam. Os pássaros cantam. Logo, voam. A premissa maior é uma disjunção inclusiva, a premissa menor apresenta a afirmação de uma das alternativas (que não se excluem) e a conclusão nega a outra. Falácia no silogismo disjuntivo Forma lógica Exemplos P ou Q. P. Logo, não Q. Sou marinheiro ou cantor. Sou marinheiro. Logo, não sou cantor. Ou: P ou Q. Q. Logo, não P. Sou marinheiro ou cantor. Sou cantor. Logo, não sou marinheiro.
  73. 73. 1.2.2. LÓGICA PROPOSICIONAL
  74. 74. PROPOSIÇÃO Pensamento ou conteúdo expresso por uma frase declarativa, suscetível de ser considerada verdadeira ou falsa. As proposições têm valor de verdade. Simples ou elementares São proposições em que não estão presentes quaisquer operadores. Complexas ou compostas São proposições em que está presente um operador ou mais do que um. Exemplos As casas são brancas. As casas são amarelas. Gertrudes é arquiteta. Paulo é engenheiro. Deus existe. O mundo foi criado por Deus. Eu sou jogador de futebol. Exemplos As casas são brancas ou as casas são amarelas. Gertrudes é arquiteta e Paulo é engenheiro. Se Deus existe, então o mundo foi criado por ele.
  75. 75. Proposições Simples Complexas O seu valor de verdade depende do facto de elas estarem ou não de acordo com a realidade. O seu valor de verdade depende do valor de verdade das proposições simples e dos operadores utilizados. Gertrudes é arquiteta. Paulo é engenheiro. verdadeira falsa Gertrudes é arquiteta e Paulo é engenheiro. Gertrudes é arquiteta ou Paulo é engenheiro. falsa verdadeira
  76. 76. «Penso que», «visto que», «acredito que», «é possível que», etc. Operadores Proposicionais Trata-se de palavras ou expressões que, sendo ligadas a determinada(s) proposição(ões), permitem formar novas proposições. «E», «ou», «se…, então», etc. Operadores verofuncionais (operadores lógicos ou conetivas proposicionais). Operadores que nos permitem, uma vez conhecidos os valores de verdade das proposições simples, determinar, apenas com base nessa informação, o valor de verdade da proposição resultante. Proposição complexa função de verdade
  77. 77. Letras proposicionais P: Deus existe. Q: A vida tem sentido. Exemplo Forma lógica Deus existe e a vida tem sentido. Logo, Deus existe. P e Q. Logo, P. Argumento dedutivamente válido. É possível determinar, com base nos operadores verofuncionais, a validade dos argumentos em que as proposições se integram. Variáveis proposicionais
  78. 78. Símbolo Leitura Formas proposicionais  não Negação  e Conjunção Constante s lógicas  ou Disjunção → se..., então Condicional ↔ se, e só se Bicondicional OPERADORES VEROFUNCIONAIS
  79. 79. Forma lógica Exemplos  P Não P. Deus não existe. P  Q P e Q. Deus existe e a vida tem sentido. P  Q P ou Q. Deus existe ou a vida tem sentido. P → Q Se P, então Q. Se Deus existe, então a vida tem sentido. P ↔ Q P se, e só se, Q. Deus existe se, e só se, a vida tiver sentido. Operador singular, unário ou monádico Aplica-se apenas a uma proposição. «Não». Operador binário ou diádico Aplica-se a duas proposições. «E», «ou», «se..., então», «se, e só se».
  80. 80.  P (Não P) Negação P: Portugal é um país asiático. Portugal não é um país asiático. Não é verdade que Portugal é um país asiático. É falso que Portugal seja um país asiático. É errado afirmar que Portugal é um país asiático. Expressões alternativas Tabela de verdade Tabela que apresenta as diversas condições de verdade de uma forma proposicional específica, permitindo determinar de modo mecânico a sua verdade ou falsidade. A tabela de verdade exibe os valores de verdade possíveis da(s) proposição(ões) e os valores de verdade resultantes das operações efetuadas. Tabela de verdade da negação V F P F V  P Coluna de referência Primeira parte Segunda parte Sendo o operador da negação o único operador unário, só haverá duas filas na tabela. A negação é uma proposição com a forma «Não P», representando- se por « P». Se P é verdadeira,  P é falsa; se P é falsa,  P é verdadeira. A negação de uma negação (ou dupla negação) – que se representa por «  P» – equivale a uma afirmação.
  81. 81. P  Q (P e Q) Conjunção P: A vida é enigmática. Q: A morte é enigmática. A vida é enigmática e a morte é enigmática. A vida é enigmática e a morte também o é. A vida e a morte são enigmáticas. A vida é enigmática, mas a morte é-o igualmente. Quer a vida quer a morte são enigmáticas.. Expressõe s alternativa s Tabela de verdade da conjunção P Q P  Q V V V V F F F V F F F F A conjunção é uma proposição com a forma «P e Q», simbolizando-se por «P  Q», a qual é verdadeira se as proposições conectadas – que também se chamam «proposições conjuntas» – forem verdadeiras e é falsa desde que pelo menos uma dessas Sendo o operador da conjunção, à semelhança dos que estudaremos a seguir, um operador binário, haverá na tabela quatro condições de verdade.
  82. 82. P  Q (P ou Q) Disjunçã o inclusiva P: Descartes era racionalista. Q: Locke era empirista. Descartes era racionalista ou Locke era empirista. Tabela de verdade da disjunção inclusiva P Q P  Q V V V V F V F V V F F F A disjunção inclusiva é uma proposição com a forma «P ou Q», simbolizando-se por «P  Q», a qual será sempre verdadeira, exceto quando P e Q forem simultaneamente falsas. P  Q (Ou P ou Q) P: Vou ao cinema. Q: Fico em casa. Ou vou ao cinema ou fico em casa. Tabela de verdade da disjunção exclusiva P Q P  Q V V F V F V F V V F F F A disjunção exclusiva é uma proposição com a forma «Ou P ou Q», simbolizando-se por «P  Q», a qual é verdadeira se P e Q possuem valores lógicos distintos e falsa se P e Q possuem o Disjuntas Disjunçã o exclusiv a
  83. 83. P → Q (Se P, então Q) Condiciona l (implicaçã o material) P: Marco golos. Q: Sou desportista. Se marco golos, então sou desportista. Sou desportista, se marco golos. Sou desportista, caso marque golos. Desde que eu marque golos, sou desportista. Ser desportista é condição necessária para eu marcar golos. Marcar golos é condição suficiente para eu ser desportista. Se marco golos, sou desportista. Não sou desportista, a menos que marque golos. Expressões alternativas Tabela de verdade da condicional P Q P → Q V V V V F F F V V F F V A condicional é uma proposição composta com a forma «Se P, então Q», simbolizando-se por «P → Q», a qual só é falsa se P – o antecedente – é verdadeira e Q – o consequente – é falsa. Em todas as restantes situações, a nova proposição é Antecedent e (P) É uma condição suficiente para o consequente. Consequent e (Q) É uma condição necessária para o antecedente.
  84. 84. P ↔ Q (Se, e só se) Bicondiciona l (equivalênci a material) P: Sou escritor. Q: Publico livros. Sou escritor se, e só se, publico livros. Sou escritor se, e somente se, publico livros. Sou escritor se, e apenas se, publico livros. Publicar livros é condição necessária e suficiente para eu ser escritor. Se sou escritor, publico livros e vice-versa. Expressõe s alternativa s Tabela de verdade da bicondicional P Q P ↔ Q V V V V F F F V F F F V A bicondicional é uma proposição composta com a forma «P se, e só se, Q», simbolizando-se por «P ↔ Q», a qual é verdadeira se ambas as proposições tiverem o mesmo valor lógico e falsa se as proposições tiverem valores lógicos distintos.
  85. 85. Proposiçõe s simples Formas proposicionais e operadores verofuncionais Negação Conjunção Disjunção Condicional Bicondicional inclusiva exclusiva P Q  P  Q P  Q P  Q P  Q P → Q P ↔ Q V V F F V V F V V V F F V F V V F F F V V F F V V V F F F V V F F F V V
  86. 86. P: Eu sonho. Q: Eu estudo. Eu sonho e não estudo. É falso afirmar que eu sonho e não estudo. Âmbito dos operadores P   Q  (P   Q) Uma conjunção e uma negação que incide sobre a proposição Q. Uma negação que incide sobre a conjunção de P e de  Q. Âmbito de um operador: refere-se à proposição (ou proposições) sobre a qual (ou sobre as quais) esse operador incide. No segundo exemplo, o operador da negação (enquanto operador principal) apresenta Operador principal:  Operador principal: 
  87. 87. Colocar as proposições na forma canónica, identificando os operadores verofuncionais envolvidos. Isolar as proposições simples que as constituem e atribuir variáveis proposicionais a cada uma. A isto se chama «construir o dicionário» dessas proposições ou proceder à sua «interpretação». Simbolizar ou formalizar a proposição complexa. Formalizar proposições complexas Exemplo: Não sou bom aluno a Filosofia, a não ser que estude lógica. Expressão canónica Interpretação (dicionário) Formalização Se estudo lógica, então sou bom aluno a Filosofia. P: Estudo lógica. Q: Sou bom aluno a Filosofia. P → Q
  88. 88. Exemplo: Não sou rico se, e só se, não tenho dinheiro. Expressão canónica Interpretação (dicionário) Formalização Não sou rico se, e só se, não tenho dinheiro. P: Sou rico. Q: Tenho dinheiro.  P ↔  Q Exemplo: O ser humano não é feliz, a não ser que o dizer-se que Deus não existe e a vida é absurda constitua uma falsidade. Expressão canónica Interpretação (dicionário) Formalização Se é falso que Deus não existe e que a vida é absurda, então o ser humano é feliz. P: Deus existe. Q: A vida é absurda. R: O ser humano é feliz.  ( P  Q) → R
  89. 89. Expressão canónica Interpretação Formalização Não é verdade que se está sol então está bom tempo. P: Está sol. Q: Está bom tempo.  (P → Q)) O método das tabelas de verdade P Q  (P → Q) V V V F F V F F P Q P Q P Q Colocar na tabela os valores de verdade das proposições simples, esgotando as possibilidades. Desenhar a tabela, colocando aí as letras proposicionais e a proposição complexa.  (P → Q)  (P → Q)  (P → Q) 1. 2. 3. Calcular os valores de verdade das V V V Calcular os valores V V F V proposições, excetuando os daquela que é relativa ao operador V F F F V F F V V de verdade da proposição relativa ao operador principal. V F F F V F V F F F V V 4.
  90. 90. Para duas variáveis, são necessárias quatro filas; para três, oito; para quatro, dezasseis, etc. P Q R [R  ( P  Q)]↔ (R  Q) V V V V V V V V V F V V V V V F V V F V V V F F F F V F F V V V F V V F V F F F F V F F V V F V V F F F F F V F Determinamos primeiro os valores de verdade da conjunção «P  Q» e da disjunção «R  Q» (a ordem neste caso é irrelevante). De seguida, determinamos os valores da disjunção «R  (P  Q)». Por fim, determinamos os valores da bicondicional a partir dos valores obtidos para as duas disjunções.
  91. 91. Tautologias ou verdades lógicas Fórmulas proposicionais que são sempre verdadeiras, qualquer que seja o valor de verdade das proposições simples que as constituem. Exemplo Forma lógica Se acendo e apago a luz, então acendo a luz. (P  Q) → P P Q (P  Q ) → P V V V V V F F V F V F V F F F V
  92. 92. Contradições ou falsidades lógicas Fórmulas proposicionais que são sempre falsas, independentemente do valor de verdade das proposições simples que as compõem. Exemplo Forma lógica Não penso ou não sonho se, e só se, penso e sonho. ( P   Q) ↔ (P  Q) P Q ( P   Q) ↔ (P Q) V V F F F F V V F F V V F F F V V V F F F F F V V V F F
  93. 93. Contingências ou proposições indeterminadas Fórmulas proposicionais que tanto podem ser verdadeiras como falsas, consoante os valores lógicos das proposições simples que as compõem. Exemplo Forma lógica Se passeio ou corro, então mantenho a saúde. (P  Q) → R P Q R (P  Q) → R V V V V V V V F V F V F V V V V F F V F F V V V V F V F V F F F V F V F F F F V
  94. 94. Equivalências lógicas Duas proposições são logicamente equivalentes se apresentarem as mesmas condições de verdade: quando uma for verdadeira, a outra também o será e, quando uma for falsa, a outra sê-lo-á também. Tal significa que a sua bicondicional constitui uma verdade lógica ou uma tautologia. Bicondicional ou equivalência material Pode ser verdadeira ou falsa. Equivalência lógica É sempre verdadeira.
  95. 95. Exemplo: P Q P ↔ Q Trabalho se, e só se, tenho saúde. V V V V F F Forma lógica F V F P ↔ Q F F V Exemplo: P Q (P → Q )  (Q → P) Se trabalho, então tenho saúde e, se tenho saúde, então trabalho. V V V V V V F F F V Forma lógica F V V F F (P → Q)  (Q → P) F F V V V As duas proposições complexas são equivalentes, pois apresentam as mesmas condições de verdade: têm o mesmo valor de verdade em qualquer circunstância.
  96. 96. P Q (P ↔ Q) ↔ [(P → Q)  (Q → P)] V V V V V V V V F F V F F V F V F V V F F F F V V V V V Tautologia P ↔ Q  (P → Q)  (Q → P) Símbolo de equivalênci a lógica ALGUMAS EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS P → Q   (P   Q) P → Q   P  Q P  Q   ( P   Q) P  Q   ( P   Q) P    P P ↔ Q   Q ↔  P
  97. 97. Tautologias e formas de inferência válida Condicional ou implicação material P Q [(P → Q)  P] → Q V V V V V V F F F V F V V F V F F V F V Passagem das premissas à conclusão Uma forma de inferência dedutiva é válida se, e somente se, a fórmula proposicional (implicativa) que lhe corresponde for uma tautologia.
  98. 98. Inspetores de circunstância s Argumento Interpretação Formalização Se sou português, então sou conhecedor de Camões. Sou português. Logo, sou conhecedor de Camões. P: Sou português. Q: Sou conhecedor de Camões. P → Q P  Q Nota: Em vez do símbolo , também poderemos usar o símbolo , que se designa por «martelo semântico». Ambos se leem «Logo», um indicador de conclusão. Num inspetor de circunstâncias, um argumento válido será aquele no qual não existe nenhuma linha que torne todas as premissas verdadeiras e a conclusão falsa. P Q P → Q, P Q V V V V V V F F V F F V V F V F F V F F A primeira linha exprime a única circunstância em que ambas as premissas são verdadeiras. Ora, dado que tal circunstância também torna a conclusão verdadeira, o argumento é considerado válido. Premissa 1 Premissa 2 Conclusã o
  99. 99. P Q P → Q, Q P V V V V V V F F F V F V V V F F F V F F A primeira e a terceira linhas exprimem as únicas circunstâncias em que ambas as premissas são verdadeiras. Contudo, se na primeira linha a circunstância torna a conclusão verdadeira, já na terceira linha a circunstância em causa torna a conclusão falsa. O argumento é, por isso, inválido. Premissa 1 Premissa 2 Conclusão Argumento Interpretação Formalização Se corro, então sinto- me bem. Sinto-me bem. Logo, corro. P: Corro. Q: Sinto-me bem. P → Q Q  P
  100. 100. Premissa 1 Premissa 2 Conclusã o Argumento Interpretação Formalização Se leio, aumento a minha inteligência. Se aumento a minha inteligência, aumento a minha autoestima. Logo, se leio, aumento a minha autoestima. P: Leio. Q: Aumento a minha inteligência. R: Aumento a minha autoestima. P → Q Q → R  P → R V V V V V F V F V V F F F V V V V V V F F F V V F V F V V V V F V V V V V V V P Q R P → Q, Q → R P → R Estamos perante um argumento válido, pois nas circunstâncias em que ambas as premissas são verdadeiras, a conclusão também o é.
  101. 101. Algumas formas de inferênci a válida Modus ponens: afirmação do antecedente na segunda premissa e do consequente na conclusão. Exemplo Formalização Se está sol, então vou à praia. Está sol. Logo, vou à praia. P → Q P Q Modus tollens: negação do consequente na segunda premissa e do antecedente na conclusão. Exemplo Formalização Se está sol, então vou à praia. Não vou à praia. Logo, não está sol. P → Q  Q  P Contraposição Exemplo Formalização Se Deus existe, então o mundo é finito. Logo, se o mundo não é finito, então Deus não existe. P → Q  Q →  P Exemplo Formalização Se o mundo não é finito, então Deus não existe. Logo, se Deus existe, então o mundo é finito.  Q →  P P → Q
  102. 102. Silogismo disjuntivo (disjunção inclusiva) ou modus tollendo ponens Exemplo Formalização Canto ou assobio. Não canto. Logo, assobio. P  Q  P Q Exemplo Formalização Canto ou assobio. Não assobio. Logo, canto. P  Q  Q P Silogism o hipotético Exemplo Formalização Se viajar, então aprendo novas coisas. Se aprendo novas coisas, então torno- me melhor pessoa. Logo, se viajar, então torno-me melhor pessoa. P → Q Q → R P → R
  103. 103. Negação da conjunçã o Exemplo Formalização Não é verdade que fumo e que tenho saúde. Logo, não fumo ou não tenho saúde.  (P  Q)  P   Q Exemplo Formalização Não fumo ou não tenho saúde. Logo, não é verdade que fumo e que tenho saúde..  P   Q  (P  Q) Leis de De Morgan: indicam- nos que de uma conjunção negativa podemos inferir uma disjunção de negações, e que de uma disjunção negativa podemos inferir uma conjunção de negações. Negação da disjunçã o Exemplo Formalização Não é verdade que há sol ou chuva. Logo, não há sol e não há chuva.  (P  Q)  P   Q Exemplo Formalização Não há sol e não há chuva. Logo, não é verdade que há sol ou chuva.  P   Q   (P  Q)
  104. 104. Formas argumentativas inválidas Falácia da afirmação do consequent e Exemplo Formalização Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. Dizes-me sempre a verdade. Logo, és meu amigo. P → Q Q  P Comete-se quando, a partir de uma proposição condicional, se afirma o consequente na segunda premissa, concluindo-se com a afirmação do antecedente. Falácia da negação do antecedent e Exemplo Formalização Se és meu amigo, então dizes-me sempre a verdade. Não és meu amigo. Logo, não me dizes sempre a verdade. P → Q  P   Q Comete-se quando, a partir de uma proposição condicional, se nega o antecedente na segunda premissa, concluindo-se com a negação do consequente.
  105. 105. Variáveis de fórmula Representam qualquer tipo de proposição (simples ou complexas). Usam- se as letras iniciais do alfabeto: A, B, C, etc. Exemplo 1 Formalização Se tenho livros, então estudo. Não estudo. Logo, não tenho livros. P → Q  Q  P Exemplo 2 Formalização Se tenho livros, então estudo e sou feliz. Não é verdade que estudo e que sou feliz. Logo, não tenho livros. P → (Q  R)  (Q  R)  P P: Tenho livros. Q: Estudo. R: Sou feliz. Exemplo 2 Formalização Se tenho livros, então estudo e sou feliz. Não é verdade que estudo e que sou feliz. Logo, não tenho livros. A → B  B  A
  106. 106. FORMAS DE INFERÊNC IA VÁLIDA Modus ponens Modus tollens A → B A B A → B  B  A Silogismo disjuntivo Silogismo hipotético A  B  A B A  B  B A A → B B → C A → C Contraposição Leis de De Morgan A → B  B →  A  B →  A  A → B   (A  B)  A   B  A   B   (A  B)) OU A → B   B →  A OU  (A  B)   A   B Nota: o símbolo  significa, no presente contexto, que tanto se pode inferir validamente num como noutro sentido.   (A  B)  A   B  A   B   (A  B) OU  (A  B)   A   B FORMAS FALACIOSAS Afirmação do consequente Negação do antecedente A → B B A → B  A

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