O documento discute diferentes tipos de argumentos não dedutivos, incluindo argumentos indutivos como generalização e previsão, argumentos por analogia, e argumentos de autoridade. Argumentos indutivos generalizam a partir de casos particulares representativos ou preveem casos futuros com base em observações passadas, enquanto argumentos por analogia e de autoridade comparam situações semelhantes ou se apoiam na opinião de especialistas.
1. Argumentos
dedutivos
Tipos de argumentos
Argumentos não
dedutivos
A validade dos argumentos não dedutivos não depende da forma lógica, mas do grau de
probabilidade, razoabilidade ou relevância das proposições que compõem o argumento.
Argumentos indutivos
(induções)
Argumentos por
analogia
Argumentos de
autoridade
Generalização Previsão
2. Argumentos indutivos: GENERALIZAÇÃO
Argumento cuja conclusão é mais geral do que a(s) premissa(s).
REQUISITOS DE VALIDADE DAS GENERALIZAÇÕES:
- partir de casos particulares representativos;
- não existência de contraexemplos.
EXEMPLO DE UMA GENERALIZAÇÃO VÁLIDA:
O cão Mondego tem pelo. Logo, todos os cães têm pelo.
Qualquer cão parece ser um caso representativo e ainda não se acharam contraexemplos .
EXEMPLO DE UMA GENERALIZAÇÃO INVÁLIDA:
O medicamento para a tosse teve efeitos secundários graves para a saúde do meu primo.
Logo, todos os medicamentos fazem mal à saúde.
Aquele medicamento não é representativo de todos os medicamentos e não será difícil
encontrar um contraexemplo suscetível de tornar ilegítima a conclusão.
3. Argumentos indutivos: PREVISÃO
Argumento que, baseando-se em casos passados, antevê casos
não observados, presentes ou futuros.
A sua validade está dependente da probabilidade de a conclusão
corresponder, ou não, à realidade. Este é um tipo de argumento
muito usado pelas ciências.
EXEMPLO DE UMA PREVISÃO VÁLIDA:
Todo o sistema natural observado até hoje evolui para um estado
de máxima desordem, correspondente a uma entropia máxima.
Por conseguinte, todos os sistemas naturais que doravante
observarmos evoluirão para um estado de máxima desordem,
correspondente a uma entropia máxima.
Trata-se de uma previsão válida, na medida em que é provável
que a conclusão corresponda à realidade. A verdade da premissa
fornece uma forte razão para aceitar a conclusão.
4. Argumento por analogia
Argumento que consiste em partir de certas semelhanças ou relações entre dois objetos ou
duas realidades e em encontrar novas semelhanças ou relações.
O argumento por analogia baseia-se na comparação estabelecida entre as coisas,
supondo semelhanças novas a partir das já conhecidas.
EXEMPLO DE UM ARGUMENTO POR ANALOGIA:
Quando alguém entra para uma equipa de futebol, concorda em obedecer às decisões do
treinador. A administração americana é como uma equipa de futebol. Logo, quando alguém
entra para a administração americana, concorda em obedecer às decisões do presidente.
Equipa de futebol = Administração americana
Treinador Presidente
Mas, se a administração americana é semelhante, em certos aspetos, a uma equipa de futebol,
noutros aspetos será diferente. Um argumento por analogia é válido se as semelhanças entre
as realidades forem mais relevantes do que as diferenças.
EXEMPLO DE UM ARGUMENTO POR ANALOGIA INVÁLIDO:
O Universo é infinito.
A sociedade é tão complexa como o Universo.
Logo, a sociedade é infinita.
Os raciocínios por analogia
são muito frequentes na
infância. Também a arte se
baseia bastante na analogia.
5. Argumento de autoridade
Argumento que se apoia na opinião de um
especialista para fazer valer a sua conclusão.
Requisitos para ser considerado válido:
•o especialista usado deve ser um perito no tema em questão;
•não pode existir controvérsia entre os especialistas do tema em questão;
•o especialista invocado não pode ter interesses pessoais no tema em causa;
•o argumento não pode ser mais fraco do que outro argumento contrário.
EXEMPLO DE UM ARGUMENTO DE AUTORIDADE VÁLIDO:
Einstein disse que E = mc². Logo, E = mc².
EXEMPLO DE UM ARGUMENTO DE AUTORIDADE INVÁLIDO:
O futebolista X disse que E = mc². Logo, E = mc².