SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 22
MECANISMOS DE COPING
Ser Saudável
=
normal
=
a maioria das pessoas e saudável a maior parte
do tempo.
O que significa ser saudável?
Dimensões das crenças de saúde
• Fisiológicas ou físicas
• Psicológicas
• Comportamental
• Consequências futuras
• Ausência de doença
 Boa condição física; ter
energia
 Feliz, energético, sentir-se
com boa disposição
 Comer, dormir bem
 Viver mais tempo
 Não estar doente,
nenhuma doença e
sintomas
O que significa estar doente?
Conceptualizações da
doença
• Não se sentir normal
• Sintomas específicos
• Doenças específicas
• Consequências da doença
• Dimensão temporal
• Ausência de saúde
Exemplos
 não estou a sentir-me bem
 Fisiológicos/psicológicos
 Cancro, depressão e gripe
 Não consigo fazer o que
costumo fazer
 Quanto tempo irão durar os
sintomas
 Não se sentir saudável
O que são cognições de doença?
São crenças implícitas do senso comum que o paciente
tem sobre a doença.
As crenças proporcionam apoio de esquemas para:
• Coping
• Compreender a doença
• Os cuidados a ter no caso de doença.
Cognições de doença
• Leventhal e col. identificaram 5 dimensões cognitivas
das crenças de doença:
1. Identidade: diagnóstico da doença
2. Causa percepcionada da doença: biológica, psicossocial
3. Dimensão temporal: duração da doença, aguda ou crónica
4. Consequências: efeitos da doença (físicos, emocionais ou
a combinação de ambos)
5. Possibilidade de cura ou controlo da doença: acreditar ou
não na cura ou controlo da doença e suas consequências.
• Pequisas demonstraram que os indivíduos têm:
Crenças consistentes sobre as doenças que são usadas para
atribuir sentido as suas doenças e os ajudar a perceber
qualquer sintoma em andamento.
Modelo de comportamento de doença para análise da
relação entre a representação cognitiva de doença e o
comportamento de coping.
Modelo de auto-regulação do comportamento de doença
Modelo de auto-regulação de
comportamento de doença
• Leventhal incorpora o seu modelo de cognição de
doença no modelo de auto-regulação do
comportamento de doença.
• Este modelo baseia-se no modelo de resolução de
problemas e sugere que os indivíduos lidam com com as
doenças/sintomas da mesma forma que fazem com
problemas.
• Perante um problema ou mudança no estado do
indivíduo, este ficará motivado para a resolução do
problema e restabelecimento da normalidade.
Então:
– Saúde = normalidade
– Doença = problema
– O individuo estara motivado para reestabelcer o
seu estado de saúde
Modelo de auto-regulação de
comportamento de doença
Fase 1:
Interpretação
Representação
de ameaça para
saúde
Resposta
emocianal a
ameaça para
a saúde
Fase 2: Coping
Fase 3:
ponderação
Modelo de auto-regulação do
comportamento de Doença de Leventhal
Fase 1: Interpretação
• O indivíduo é confrontado com uma potencial
doença atraves de 2 canais:
– Percepção dos sintomas
– Mensagens socais – diagnóstico médico
• A partir do momento em que o individuo recebe a mensagem
sobre a possibilidade de estar doente, ele pode já estar
motivado para voltar ao seu estado normal
• Os sintomas e mensagens sociais irão contribuir para o
desenvolvimento das cognições de doença
Cognições de doença
Representação de ameaça
• Identidade
• Causa
• Consequências
• Evolução
• Cura/controlo
Resposta emocional
• Medo
• Ansiedade
• Depressão
Fase 2: Coping
• Evitamento
– Negação
– Crença baseada na
realidade do desejo
• Aproximação
– Tomar medicamentos
– Ir ao médico
– Descansar
– Falar com amigos e
familiares sobre as suas
emoções
As estratégias de coping são uma tentativa de
reestabelcer a normalidade saudável
Fase 3: Ponderação
Avaliação individual da eficácia da estratégia de
coping e a resolução de continuar com essa ou optar
por outra estratégia alternativa
Porque é um modelo de auto-regulação?
• É modelo de auto-regulacao porque os três
componentes (interpretação – coping – ponderação)
se inter-relacionam de modo a manter o status quo
(regular self) do organismo.
Mudanças causadas
pela doença:
• Identidade
• Localização
• Apoio social
• Papel
• Futuro
Factores específicos da
doença:
• Imprevista
• Informação pouco clara
• Tomada urgente de
decisão
• Significado ambíguo
• Experiência anterior
limitada
Processo de doença
Doença = Crise
O processo de Coping
• Moos e Schafer descreveram três processos que
constituem o processo de coping quando o indivíduo
é confrontado com a doença.
1. Avaliação cognitiva
2. Tarefas adaptativas
3. Competências de coping
Processo 1: Avaliação cognitiva
• Avaliação da gravidade e significado da doença.
• A informação, experiências anteriores e suporte
social poderão influenciar na avaliação.
• Nesta fase integram-se as cognições de doença
descritas por Leventhal - crencas implícitas que o
paciente tem sobre a sua doença.
Processo 2: Tarefas adaptativas
• Tarefas relacionadas com doença
– Lidar com a dor e outros sintomas (lidar com os sintomas e
reconhecer as possíveis mudanças na gravidade dos
sintomas)
– Lidar com o ambiente hospitalar e com os procedimentos
especiais do tratamento (lidar com as intervenções
médicas e seus efeitos secundários)
– Desenvolver e manter relações adequadas com o pessoal
que presta os cuidados de saúde (desenvolvimento de
relações com profissionais de saúde)
Processo 2: Tarefas adaptativas
• Tarefas gerais:
– Preservar o equilíbrio emocional razoável (compensação
das emoções negativas despertadas pela doença com
emoções positivas)
– Preservar uma auto-imagem satisfatória e manter o
sentimento de competência e mestria (lidar com as
consequências fisicas da doençaa e adaptar-se a
dependência dos medicamentos)
– Manter relações com a família e amigos (conservação da
rede social)
– Preparar-se para um futuro incerto (aceitar perdas
decorrentes da doença e redefinir o futuro)
Processo 3: competências de coping
• Coping focalizado na avaliação – tentativas para
compreender a doença. Representa uma busca pelo
significado da doença.
• Coping focalizado no problema – envolve a confrontação e
reconstrução de modo a controlar a situação.
• Coping focalizado nas emoções – controle das emoções e
manutenção do equilíbrio emocional
Implicações do processo de coping
• O tipo de tarefas e competência usadas podem
determinar o resultado deste processo, que pode ser de
adaptação psicológica e bem-estar ou de longevidade e
qualidade de vida.
• Esta teoria distingue dois tipos de equilíbrio:
– Adaptação saudável que resulta numa maturação
– Resposta não adaptativa que resulta em deterioração
• A adaptação saudável implica numa orientação para a
realidade, tarefas adaptativas e competências construtivas
de coping.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Saúde mental infanto juvenil
Saúde mental infanto juvenilSaúde mental infanto juvenil
Saúde mental infanto juvenil
multicentrica
 
Estudo de caso psicologia clínica
Estudo de caso psicologia clínicaEstudo de caso psicologia clínica
Estudo de caso psicologia clínica
Endriely Teodoro
 
Saúde mental e trabalho
Saúde mental e trabalhoSaúde mental e trabalho
Saúde mental e trabalho
Aroldo Gavioli
 
Psicologia do trabalho
Psicologia do trabalhoPsicologia do trabalho
Psicologia do trabalho
Hugo Cordeiro
 
Aula saúde mental I e II
Aula   saúde mental I e II Aula   saúde mental I e II
Aula saúde mental I e II
DaianeCampos19
 

Mais procurados (20)

Saúde mental infanto juvenil
Saúde mental infanto juvenilSaúde mental infanto juvenil
Saúde mental infanto juvenil
 
TCC - Terapia Cognitiva Comportamental
TCC - Terapia Cognitiva ComportamentalTCC - Terapia Cognitiva Comportamental
TCC - Terapia Cognitiva Comportamental
 
Aula 1 introdução à psicologia aplicada ao cuidado
Aula 1   introdução à psicologia aplicada ao cuidadoAula 1   introdução à psicologia aplicada ao cuidado
Aula 1 introdução à psicologia aplicada ao cuidado
 
Apresentação do caps
Apresentação do capsApresentação do caps
Apresentação do caps
 
Psicologia aplicada a enfermagem
Psicologia aplicada a enfermagem Psicologia aplicada a enfermagem
Psicologia aplicada a enfermagem
 
Síndrome de burnout
Síndrome de burnoutSíndrome de burnout
Síndrome de burnout
 
Estudo de caso psicologia clínica
Estudo de caso psicologia clínicaEstudo de caso psicologia clínica
Estudo de caso psicologia clínica
 
Síndrome De Burnout Seminário
Síndrome De Burnout   SeminárioSíndrome De Burnout   Seminário
Síndrome De Burnout Seminário
 
O diagnóstico de enfermagem em saúde mental
O diagnóstico de enfermagem em saúde mentalO diagnóstico de enfermagem em saúde mental
O diagnóstico de enfermagem em saúde mental
 
Depressão geriatria
Depressão geriatriaDepressão geriatria
Depressão geriatria
 
Aula Saúde Mental
Aula Saúde MentalAula Saúde Mental
Aula Saúde Mental
 
Palestra Depressão e Ansiedade
Palestra Depressão e AnsiedadePalestra Depressão e Ansiedade
Palestra Depressão e Ansiedade
 
Saúde Mental
Saúde MentalSaúde Mental
Saúde Mental
 
Saúde mental e trabalho
Saúde mental e trabalhoSaúde mental e trabalho
Saúde mental e trabalho
 
Psicologia do trabalho
Psicologia do trabalhoPsicologia do trabalho
Psicologia do trabalho
 
Psicologia aula 4 resumo aulas 1 2-3
Psicologia aula 4 resumo aulas 1 2-3Psicologia aula 4 resumo aulas 1 2-3
Psicologia aula 4 resumo aulas 1 2-3
 
O trabalho em equipe na saúde
O trabalho em equipe na saúdeO trabalho em equipe na saúde
O trabalho em equipe na saúde
 
Aula saúde mental I e II
Aula   saúde mental I e II Aula   saúde mental I e II
Aula saúde mental I e II
 
A rede de atenção psicossocial (raps)
A rede de atenção psicossocial (raps)A rede de atenção psicossocial (raps)
A rede de atenção psicossocial (raps)
 
Aula residência ave avc
Aula residência ave avcAula residência ave avc
Aula residência ave avc
 

Destaque (9)

A espiritualidade como estratégia de coping na doença de Lupus Eritematoso Si...
A espiritualidade como estratégia de coping na doença de Lupus Eritematoso Si...A espiritualidade como estratégia de coping na doença de Lupus Eritematoso Si...
A espiritualidade como estratégia de coping na doença de Lupus Eritematoso Si...
 
Stress no trabalho
Stress no trabalhoStress no trabalho
Stress no trabalho
 
Psicologia de Emergências
Psicologia de EmergênciasPsicologia de Emergências
Psicologia de Emergências
 
Psicodiagnóstico infantil
Psicodiagnóstico infantilPsicodiagnóstico infantil
Psicodiagnóstico infantil
 
Intervenção em crises
Intervenção em crisesIntervenção em crises
Intervenção em crises
 
Estratégias Cognitivas Aplicadas ao Coaching
Estratégias Cognitivas Aplicadas ao CoachingEstratégias Cognitivas Aplicadas ao Coaching
Estratégias Cognitivas Aplicadas ao Coaching
 
O problema no Psicodiagnóstico
O problema no PsicodiagnósticoO problema no Psicodiagnóstico
O problema no Psicodiagnóstico
 
Proceso psicodiagnostico
Proceso psicodiagnosticoProceso psicodiagnostico
Proceso psicodiagnostico
 
Modificacoes do DSM-IV para DSM-5
Modificacoes do DSM-IV para DSM-5Modificacoes do DSM-IV para DSM-5
Modificacoes do DSM-IV para DSM-5
 

Semelhante a Aula 8 mecanismos de coping

Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização
Inaiara Bragante
 
Seminario saude mental
Seminario saude mentalSeminario saude mental
Seminario saude mental
morganal13
 
Avaliação cognitivo comportamental
Avaliação cognitivo comportamentalAvaliação cognitivo comportamental
Avaliação cognitivo comportamental
Elizabeth Barbosa
 
Transtornos Somatomorfos
Transtornos SomatomorfosTranstornos Somatomorfos
Transtornos Somatomorfos
Andressa Macena
 

Semelhante a Aula 8 mecanismos de coping (20)

Aula 7 reaccoes psicologicas face a doenca
Aula 7 reaccoes psicologicas face a doencaAula 7 reaccoes psicologicas face a doenca
Aula 7 reaccoes psicologicas face a doenca
 
Trabalho Psicologia.docx
Trabalho Psicologia.docxTrabalho Psicologia.docx
Trabalho Psicologia.docx
 
Joana_Atenção_centrada_pessoa
Joana_Atenção_centrada_pessoaJoana_Atenção_centrada_pessoa
Joana_Atenção_centrada_pessoa
 
Cuidados paliativos - eutanásia, distanásia e ortotanásia.pptx
Cuidados paliativos - eutanásia, distanásia e ortotanásia.pptxCuidados paliativos - eutanásia, distanásia e ortotanásia.pptx
Cuidados paliativos - eutanásia, distanásia e ortotanásia.pptx
 
Seminário de saúde coletiva e comportamento humano - DEPRESSÃO E ESTRESSE
Seminário de saúde coletiva e comportamento humano - DEPRESSÃO E ESTRESSESeminário de saúde coletiva e comportamento humano - DEPRESSÃO E ESTRESSE
Seminário de saúde coletiva e comportamento humano - DEPRESSÃO E ESTRESSE
 
Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização Transtornos mentais comuns e somatização
Transtornos mentais comuns e somatização
 
Viver com uma Doença Crônica Navegando pelos Altos e Baixos da Vida Diária...
Viver com uma Doença Crônica Navegando pelos Altos e Baixos da Vida Diária...Viver com uma Doença Crônica Navegando pelos Altos e Baixos da Vida Diária...
Viver com uma Doença Crônica Navegando pelos Altos e Baixos da Vida Diária...
 
Seminario saude mental
Seminario saude mentalSeminario saude mental
Seminario saude mental
 
Avaliação cognitivo comportamental
Avaliação cognitivo comportamentalAvaliação cognitivo comportamental
Avaliação cognitivo comportamental
 
Depressao 2009
Depressao 2009Depressao 2009
Depressao 2009
 
Leventhal
LeventhalLeventhal
Leventhal
 
Terapia Cognitiva Comportamental para condições de saúde
Terapia Cognitiva Comportamental para condições de saúdeTerapia Cognitiva Comportamental para condições de saúde
Terapia Cognitiva Comportamental para condições de saúde
 
Transtornos Somatomorfos
Transtornos SomatomorfosTranstornos Somatomorfos
Transtornos Somatomorfos
 
2012 stress, ansiedade, depressão e estratégias de enfrentamento em candidato...
2012 stress, ansiedade, depressão e estratégias de enfrentamento em candidato...2012 stress, ansiedade, depressão e estratégias de enfrentamento em candidato...
2012 stress, ansiedade, depressão e estratégias de enfrentamento em candidato...
 
Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016
Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016
Palestra na Residência em Psicologia UNIFESP 2016
 
429008673 apostila-resumos-psiquiatria-pdf
429008673 apostila-resumos-psiquiatria-pdf429008673 apostila-resumos-psiquiatria-pdf
429008673 apostila-resumos-psiquiatria-pdf
 
Entrevis
EntrevisEntrevis
Entrevis
 
UfCD - 6582 -Cuidados de saúde Pos- Morten- .pptx
UfCD - 6582 -Cuidados de saúde Pos- Morten- .pptxUfCD - 6582 -Cuidados de saúde Pos- Morten- .pptx
UfCD - 6582 -Cuidados de saúde Pos- Morten- .pptx
 
Saúde Mental do Estudante de Medicina
Saúde Mental do Estudante de Medicina Saúde Mental do Estudante de Medicina
Saúde Mental do Estudante de Medicina
 
Pais e responsáveis do adolescente
Pais e responsáveis do adolescentePais e responsáveis do adolescente
Pais e responsáveis do adolescente
 

Mais de Futuros Medicos (9)

Aula 11 a morte e o luto2
Aula 11 a morte e o luto2Aula 11 a morte e o luto2
Aula 11 a morte e o luto2
 
Aula 10 o paciente cirúrgico
Aula 10 o paciente cirúrgicoAula 10 o paciente cirúrgico
Aula 10 o paciente cirúrgico
 
Aula 9 crencas dos medicos
Aula 9 crencas dos medicosAula 9 crencas dos medicos
Aula 9 crencas dos medicos
 
Aula 5 o doente no meio hospitalar
Aula 5 o doente no meio hospitalarAula 5 o doente no meio hospitalar
Aula 5 o doente no meio hospitalar
 
Aula 4 a relação médico_paciente
Aula 4 a relação médico_pacienteAula 4 a relação médico_paciente
Aula 4 a relação médico_paciente
 
Aula 3 desenvolvimento humano_vygotsky e freud
Aula 3 desenvolvimento humano_vygotsky e freudAula 3 desenvolvimento humano_vygotsky e freud
Aula 3 desenvolvimento humano_vygotsky e freud
 
Aula 2 desenvolvimento humano_erickson e piaget
Aula 2 desenvolvimento humano_erickson e piagetAula 2 desenvolvimento humano_erickson e piaget
Aula 2 desenvolvimento humano_erickson e piaget
 
Aula 1 introdução e conceitos
Aula 1 introdução e conceitosAula 1 introdução e conceitos
Aula 1 introdução e conceitos
 
Introdução a bioquímica slides2016
Introdução a bioquímica slides2016Introdução a bioquímica slides2016
Introdução a bioquímica slides2016
 

Último

matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
azulassessoria9
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
LeloIurk1
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
RavenaSales1
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
LeloIurk1
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
LusGlissonGud
 

Último (20)

matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdfplanejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
planejamento_estrategico_-_gestao_2021-2024_16015654.pdf
 
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcanteCOMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
COMPETÊNCIA 2 da redação do enem prodção textual professora vanessa cavalcante
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
2° ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO RELIGIOSO
 
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdfGEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
GEOGRAFIA - COMÉRCIO INTERNACIONAL E BLOCOS ECONÔMICOS - PROF. LUCAS QUEIROZ.pdf
 
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdfProjeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
Projeto de Extensão - ENGENHARIA DE SOFTWARE - BACHARELADO.pdf
 
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de..."É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
"É melhor praticar para a nota" - Como avaliar comportamentos em contextos de...
 
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdfHistoria da Arte europeia e não só. .pdf
Historia da Arte europeia e não só. .pdf
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdfProjeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
Projeto_de_Extensão_Agronomia_adquira_ja_(91)_98764-0830.pdf
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.Atividade -  Letra da música Esperando na Janela.
Atividade - Letra da música Esperando na Janela.
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdfApresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
Apresentação ISBET Jovem Aprendiz e Estágio 2023.pdf
 

Aula 8 mecanismos de coping

  • 2. Ser Saudável = normal = a maioria das pessoas e saudável a maior parte do tempo. O que significa ser saudável?
  • 3. Dimensões das crenças de saúde • Fisiológicas ou físicas • Psicológicas • Comportamental • Consequências futuras • Ausência de doença  Boa condição física; ter energia  Feliz, energético, sentir-se com boa disposição  Comer, dormir bem  Viver mais tempo  Não estar doente, nenhuma doença e sintomas
  • 4. O que significa estar doente? Conceptualizações da doença • Não se sentir normal • Sintomas específicos • Doenças específicas • Consequências da doença • Dimensão temporal • Ausência de saúde Exemplos  não estou a sentir-me bem  Fisiológicos/psicológicos  Cancro, depressão e gripe  Não consigo fazer o que costumo fazer  Quanto tempo irão durar os sintomas  Não se sentir saudável
  • 5. O que são cognições de doença? São crenças implícitas do senso comum que o paciente tem sobre a doença. As crenças proporcionam apoio de esquemas para: • Coping • Compreender a doença • Os cuidados a ter no caso de doença.
  • 6. Cognições de doença • Leventhal e col. identificaram 5 dimensões cognitivas das crenças de doença: 1. Identidade: diagnóstico da doença 2. Causa percepcionada da doença: biológica, psicossocial 3. Dimensão temporal: duração da doença, aguda ou crónica 4. Consequências: efeitos da doença (físicos, emocionais ou a combinação de ambos) 5. Possibilidade de cura ou controlo da doença: acreditar ou não na cura ou controlo da doença e suas consequências.
  • 7. • Pequisas demonstraram que os indivíduos têm: Crenças consistentes sobre as doenças que são usadas para atribuir sentido as suas doenças e os ajudar a perceber qualquer sintoma em andamento. Modelo de comportamento de doença para análise da relação entre a representação cognitiva de doença e o comportamento de coping. Modelo de auto-regulação do comportamento de doença
  • 8. Modelo de auto-regulação de comportamento de doença • Leventhal incorpora o seu modelo de cognição de doença no modelo de auto-regulação do comportamento de doença. • Este modelo baseia-se no modelo de resolução de problemas e sugere que os indivíduos lidam com com as doenças/sintomas da mesma forma que fazem com problemas. • Perante um problema ou mudança no estado do indivíduo, este ficará motivado para a resolução do problema e restabelecimento da normalidade.
  • 9. Então: – Saúde = normalidade – Doença = problema – O individuo estara motivado para reestabelcer o seu estado de saúde Modelo de auto-regulação de comportamento de doença
  • 10. Fase 1: Interpretação Representação de ameaça para saúde Resposta emocianal a ameaça para a saúde Fase 2: Coping Fase 3: ponderação Modelo de auto-regulação do comportamento de Doença de Leventhal
  • 11. Fase 1: Interpretação • O indivíduo é confrontado com uma potencial doença atraves de 2 canais: – Percepção dos sintomas – Mensagens socais – diagnóstico médico • A partir do momento em que o individuo recebe a mensagem sobre a possibilidade de estar doente, ele pode já estar motivado para voltar ao seu estado normal • Os sintomas e mensagens sociais irão contribuir para o desenvolvimento das cognições de doença
  • 12. Cognições de doença Representação de ameaça • Identidade • Causa • Consequências • Evolução • Cura/controlo Resposta emocional • Medo • Ansiedade • Depressão
  • 13. Fase 2: Coping • Evitamento – Negação – Crença baseada na realidade do desejo • Aproximação – Tomar medicamentos – Ir ao médico – Descansar – Falar com amigos e familiares sobre as suas emoções As estratégias de coping são uma tentativa de reestabelcer a normalidade saudável
  • 14. Fase 3: Ponderação Avaliação individual da eficácia da estratégia de coping e a resolução de continuar com essa ou optar por outra estratégia alternativa
  • 15. Porque é um modelo de auto-regulação? • É modelo de auto-regulacao porque os três componentes (interpretação – coping – ponderação) se inter-relacionam de modo a manter o status quo (regular self) do organismo.
  • 16. Mudanças causadas pela doença: • Identidade • Localização • Apoio social • Papel • Futuro Factores específicos da doença: • Imprevista • Informação pouco clara • Tomada urgente de decisão • Significado ambíguo • Experiência anterior limitada Processo de doença Doença = Crise
  • 17. O processo de Coping • Moos e Schafer descreveram três processos que constituem o processo de coping quando o indivíduo é confrontado com a doença. 1. Avaliação cognitiva 2. Tarefas adaptativas 3. Competências de coping
  • 18. Processo 1: Avaliação cognitiva • Avaliação da gravidade e significado da doença. • A informação, experiências anteriores e suporte social poderão influenciar na avaliação. • Nesta fase integram-se as cognições de doença descritas por Leventhal - crencas implícitas que o paciente tem sobre a sua doença.
  • 19. Processo 2: Tarefas adaptativas • Tarefas relacionadas com doença – Lidar com a dor e outros sintomas (lidar com os sintomas e reconhecer as possíveis mudanças na gravidade dos sintomas) – Lidar com o ambiente hospitalar e com os procedimentos especiais do tratamento (lidar com as intervenções médicas e seus efeitos secundários) – Desenvolver e manter relações adequadas com o pessoal que presta os cuidados de saúde (desenvolvimento de relações com profissionais de saúde)
  • 20. Processo 2: Tarefas adaptativas • Tarefas gerais: – Preservar o equilíbrio emocional razoável (compensação das emoções negativas despertadas pela doença com emoções positivas) – Preservar uma auto-imagem satisfatória e manter o sentimento de competência e mestria (lidar com as consequências fisicas da doençaa e adaptar-se a dependência dos medicamentos) – Manter relações com a família e amigos (conservação da rede social) – Preparar-se para um futuro incerto (aceitar perdas decorrentes da doença e redefinir o futuro)
  • 21. Processo 3: competências de coping • Coping focalizado na avaliação – tentativas para compreender a doença. Representa uma busca pelo significado da doença. • Coping focalizado no problema – envolve a confrontação e reconstrução de modo a controlar a situação. • Coping focalizado nas emoções – controle das emoções e manutenção do equilíbrio emocional
  • 22. Implicações do processo de coping • O tipo de tarefas e competência usadas podem determinar o resultado deste processo, que pode ser de adaptação psicológica e bem-estar ou de longevidade e qualidade de vida. • Esta teoria distingue dois tipos de equilíbrio: – Adaptação saudável que resulta numa maturação – Resposta não adaptativa que resulta em deterioração • A adaptação saudável implica numa orientação para a realidade, tarefas adaptativas e competências construtivas de coping.