2. Objetivos aula
• Origem
• Como ocorreu a evolução do suíno doméstico
• Principais raças utilizadas na suinocultura
• Algumas raças brasileiras
2
3. 3
Origem suínos
A origem de todos os suínos que conhecemos atualmente está
associada a três espécies de javalis:
• Sus scrofa scrofa, originária da Europa e do norte da África
• Sus scrofa vittatus, originária da Indonésia, Japão e China
• Sus scrofa cristatus, originária da Índia
5. 5
1os Suínos domésticos na América (registros oficiais)
• Cristóvão Colombo em 1493 na ilha de São Domingos (República
Dominicana)
• Brasil: por Martins Afonso de Souza em 1532 (Ilha de São Vicente –
SP)
• Trouxeram suínos originários da região ibérica (Espanha, Portugal,
Noroeste da África e ilhas Canárias e dos Açores)
Origem suínos
6. 6
• Defesa e ataque
Evolução suínos
Suínos selvagens
Anterior mais desenvolvido
30% 70%
8. 8
Década de 50
•Produção industrial de óleo vegetal
•Menor custo do óleo em relação a gordura animal
•Associação do consumo de gordura animal com problemas cardíacos
•Seleção de animais para a produção de carne (cortes nobres)
Evolução suínos
30%
70%
9. ■ Perda de espaço da banha para óleos vegetais
■ Essa introdução de material genético possibilitou a
melhoria da produtividade e qualidade dos animais
criados no Brasil
■ 1970 foi introduzido o Teste de Progênie (TP), em Santa
Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo
9
Evolução suínos
10. 10
Evolução suínos
Década de 80
•Tipificação de carcaças- preço por classificação
•Cruzamentos planejados entre raças-linhagens paternas
•Seleção para carne magra na carcaça
“quatro pernis”
13. 13
Raças de suínos
Cada raça de suíno é definida por características semelhantes que são
transmitidas aos descendentes.
14. ■ De acordo com Cavalcanti (1998)
– “Raça é um conjunto de indivíduos da mesma
com e
espécie origem comum caracteres
particulares semelhantes, capazes de sob as
mesmas condições de ambiente, produzir
descendentes com estes mesmos caracteres.”
■ É importante aproveitar os aspectos positivos de cada
raça, reunindo-os em cruzamentos.
14
Raças de suínos
15. ■ Linhagens sintéticas: cruzamentos e mestiçagem entre
duas ou mais raças
■ Híbrido: produto comercial
– O híbrido é originado pelos cruzamentos, procurando
reunir nos indivíduos, características desejáveis de
produção que se encontravam separadas em outros
indivíduos
15
Raças de suínos
16. ■ Nas linhas-macho, a ênfase é quase total em ganho de
peso, produção de carne (carcaça) e conversão alimentar
16
Importância Fenotípica
17. ■ Nas linhas fêmeas, prioriza-se o desempenho reprodutivo
e produtivo com ênfase 50% em reprodução e 50% em
ganho de peso e produção de carne
17
Importância Fenotípica
19. 19
■ Objetivo principal: produzir carne de boa qualidade a um mínimo custo
(NASCIMENTO, 2000).
■ Desdobrado em quatro objetivos específicos:
– 1. Obter o máximo de eficiência de crescimento (ganho de peso e
conversão alimentar)
– 2. Obter eficiência reprodutiva (número de leitões desmamados por
matriz/ano)
– 3. Melhorar a qualidade de carcaça (maior porcentagem de carne na
carcaça e distribuição de carne em cortes de maior valor comercial)
– 4. Melhorar a qualidade de carne
Objetivos do melhoramento
20. ■ Anos 70
■ Seleção para menor ET
■ Aumento do uso de cruzamentos
■ Final da década: pesquisadores mostraram ser
possível o progresso na eficiência reprodutiva
20
Evolução do Melhoramento Genético de
Suínos no Brasil
21. ■ Anos 80
■ Seleção de linhagens hiperprolíficas
■ Obter melhor CA e ↑ carne magra
■ Uso de computadores permitiu o BLUP (cálculo do
valor genético dos animais)
■ Algumas empresas desenvolveram raças sintéticas
21
Evolução do Melhoramento Genético de
Suínos no Brasil
22. ■ Anos 90
■ Conhecimento do genoma: marcadores moleculares
■ Gene halotano início do estudo 1991
■ Características de qualidade de carne: pH, cor,
inter e
retenção de água maciez, gordura
intramuscular
22
Evolução do Melhoramento Genético de
Suínos no Brasil
23. 23
■ Atualmente
■ Edição gênica
■ Prolificidade
■ Qualidade de carne
■ Robustez
– Sanitária
– Ambiente
Evolução do Melhoramento Genético de
Suínos no Brasil
24. ■ Estimativas de herdabilidade para algumas
características importantes
Característica Herdabilidade (h2)
Tamanho da leitegada ao nascer 0,10 a 0,15
Peso da leitegada aos 21 dias 0,10 a 0,15
Crescimento pós-desmame 0,30 a 0,40
Conversão alimentar 0,35 a 0,40
Rendimento de Carne 0,50 a 0,60
Relação carne/gordura 0,57
Idade à puberdade das marrãs 0,25 a 0,30
24
Herdabilidade
27. ■ Índice de seleção
■ Valor genético de cada característica e
multiplica-se pelo porcentagem do
índice de seleção (importância)
■ O conjunto de valor genético é
agrupado em um único número sendo
o com maior valor utilizado
27
Conceitos
28. ■ 1. Índice de produtividade da porca (SPI) para selecionar cachaços
pai de matriz F1;
■ 2. Índice de cachaço terminal (TSI) para selecionar cachaços que
vão cruzar com as matrizes F1 e produzir leitões de abate;
■ 3. Índice materno (MLI) para selecionar cachaços que serão
utilizados no melhoramento da linha pura.
28
Índices de seleção
29. ■ Além dos índices de seleção dos animais testados, a experiência
do selecionador é fundamental para escolher entre os animais de
índice mais elevado, aqueles que não apresentam defeitos de
aprumos, pés, conformação, número e qualidade das tetas
funcionais segundo a finalidade de uso.
■ Os demais defeitos são eliminados ao sair da fase de creche e já
não mais aparecem nos animais testados.
29
Índices de seleção
30. ■ Cada reprodutor listado no sumário de reprodutores traz os três
índices para informar se ele é melhor como pai de porca, pai de
cachaço terminal ou para o uso na linha pura.
■ Agrega também os valores genéticos (DEPs) para cada
característica separadamente para facilitar a escolha para as
características que o produtor quer melhorar com maior ênfase.
30
Índices de seleção
31. ■ Progresso genético é em torno de 1% ao ano nas principais
características (Nascimento, 2011)
■ Progresso anual de:
– 0,850 kg – 160 dias
– 0,018 na CA
– 0,19% carne na carcaça
– 0,29% redução de mortalidade na recria terminação
– 0,12 leitões nascidos vivos por leitegada
■ Proporciona um ganho de R$ 3,82 por suíno...
31
Genética quantitativa
33. ■ A análise de DNA tem como objetivo desnudar a arquitetura genética das
características de interesse econômico visando quantificar o número de genes e
individualizar a contribuição de cada gene na expressão de determinado
fenótipo (Pereira, 2012)
■ Maioria das características de interesse econômico – poligênicos muitos
genes envolvidos
■ Marcadores são frações polimórficas do DNA próxima de genes ou até
fazem parte dos genes e seus promotores condicionam diferenças na
expressão de características
■ São resultado de mutações pontuais ou outras causas que resultam em
modificações na sequência de DNA mudança nas proteínas ou peptídeos
e assim no desempenho animal!
33
Seleção assistida por marcadores
34. ■ Incorporar esse tipo de informação na seleção genética
■ Conhecido como seleção assistida por marcadores moleculares (SAM)
■ Vantagens piramidação de genes que se objetiva concentrar em um
único genótipo
■ Resistência a patógenos
■ Redução de tempo
■ Seleção para parâmetros que demandam elevado custo para avaliação
fenotípica
■ Parâmetros que só se apresentem em fases avançadas
34
Seleção assistida por marcadores
35. ■ Linhas Puras: Indivíduos que originam sempre descendentes iguais
entre si e aos progenitores em relação à característica considerada
■ Bisavós: Acasalamento entre machos e fêmeas da mesma linha pura
■ Avós: Machos e fêmeas resultantes do acasalamento das bisavós,
apenas um dos sexos de cada linha pura
■ Matriz: Machos e fêmeas resultantes do cruzamento das avós–
híbrido
■ Suíno abate: Resultante do cruzamento entre matrizes – híbrido
duplo
35
Definições
36. ■ Granjas Núcleo
– Raças e linhas puras
– Seleção e transferência de reprodutores
■ Granjas Multiplicadoras
– Cruzamento entre raças diferentes
– Produção de machos e fêmeas F1
– Multiplicação e transferência de reprodutores
■ Granjas comerciais
– Ciclo completo
– Produtoras de leitões
– Terminadores de leitões
36
Tipo de granjas
37. Rebanho
Taxa de Reposição Anual
Machos (%) Fêmeas (%)
Núcleo 100 a 200 70 a 100
Multiplicador 50 a 100 40 a 50
Comercial 40 a 100 30 a 50
37
Tabela: Taxas de reposição anual recomendadas
Reposição
41. O QUE ESPERAR DOS REPRODUTORES
41
■ FÊMEAS:
■ Primeiro cio aos 6 meses e cobertura até o
3ºcio
■ Bom desempenho (GP, CA) e baixa ET
■ Boa conformação (aprumos, tetas,
aparelho reprodutor)
■ Produtividade elevada
■ Capacidade leiteira (peso ao desmame)
42. 42
■ MACHOS:
■ Boa conformação
■ Viabilidade e concentração espermática
■ Bom desempenho
■ Bom rendimento de carne magra
O QUE ESPERAR DOS REPRODUTORES
43. 43
Raças de suínos
Classificação das raças
morfológica
• Perfil fronto-nasal
• Tamanho e orientação das orelhas
com as proporções da cabeça
• Pelagem
(Machado,1967)
44. 44
Pelagem
■ Simples: possuem uma única cor, que pode ser branca, vermelha ou preta
■ Composta: formada por duas cores, pode ser oveira (brancas com manchas
pretas), preta com pontos brancos (pelagem preta com pontos brancos no
focinho, extremidade da cauda dos quatro membros) e faixada (pelagem preta
com uma faixa branca que cobre os membros anteriores)
45. DIFERENCIAÇÃO DAS RAÇAS
■ Pelagem
■ Simples: possuem uma única cor, que pode ser branca, vermelha
ou preta
■ Composta: formada por duas cores, pode ser oveira (brancas com
manchas pretas), preta com pontos brancos (pelagem preta com
pontos brancos no focinho, extremidade da cauda dos quatro
membros) e faixada (pelagem preta com uma faixa branca que
cobre os membros anteriores)
45
49. 49
-Alto rendimento de carcaça
-Ótima qualidade de carcaça
-Ótima conversão alimentar
-Alto ganho médio diário de peso (GMDP)
Raças de suínos- Large White
Ótima habilidade materna
-Alta prolificidade
-Precocidade reprodutiva
-Machos e fêmeas utilizados em cruzamentos
50. 50
Raças de suínos- Landrace
Dinamarca
• Perfil retilíneo
- Orelha tipo céltica
- Linha dorso lombar reta
- Totalmente despigmentado
- Pelagem branca
- Mamas bem constituídas
Características morfológicas
51. 51
Raças de suínos- Landrace
Dinamarca
-Alto rendimento de carcaça
-Ótima qualidade de carcaça
-Ótima conversão alimentar
-Alto ganho médio diário de peso (GMDP)
Ótima habilidade materna
-Alta prolificidade
-Precocidade reprodutiva
-Machos e fêmeas utilizados em cruzamentos
52. 52
Raças de suínos- Duroc
EUA
- Totalmente pigmentado c/ pelagem vermelha (dourado ao
castanho- escuro)
- Perfil ligeiramente côncavo
- Orelhas tipo ibéricas
- Lombo arqueado
-Primeira raça a ser introduzida no Brasil, originaria dos EUA
Características morfológicas
53. 53
Raças de suínos- Duroc
EUA
- Alto rendimento de
carcaça
-Marmorização da massa
muscular
- Ótima conversão
alimentar
- Alto GMDP
- Média prolificidade
- Baixa habilidade materna
- Precocidade reprodutiva
- Somente macho em
cruzamentos
- Ótima rusticidade
54. 54
Raças de suínos- Pietran
Bélgica
- Pelagem branca despigmentada (manchas pretas ou
vermelhas)
- Orelhas tipo asiática
- Perfil retilíneo ou subcôncavo
- Animal “curto e grosso”
- Excepcional desenvolvimento do terço anterior (suíno de 4
pernis)
55. - Alto rendimento de carcaça
- Baixa qualidade de carne em
algumas linhagens
- Alto GMDP
- Ótima CA
55
Raças de suínos- Pietran
Bélgica
-Fêmeas c/ baixa habilidade materna
-Somente machos em cruzamentos
industriais
-Desarmonia anátomo-funcional
(grande massa muscular torácica)
56. ■ Desenvolvida nos Estados Unidos entre final do século XVIII e início
do século XIX
5
Raças de suínos- Hampshire
EUA
57. ■ Características Morfológicas
■ Perfil fronto-nasal côncavo ou subcôncavo
■ Orelhas tipo Asiática
■ Faixa de pelagem branca despigmentada, de 10 a 25 cm de
largura, circundando todo o corpo do animal na região das cruzes
■ Animal curto
57
Raças de suínos- Hampshire
EUA
58. ■ Características Produtivas
■ Ótima conversão alimentar
■ Alto GPD
■ Bom rendimento de carcaça
■ Ótima qualidade de carne
58
Raças de suínos- Hampshire
EUA
59. ■ Características Reprodutivas
■ Boa prolificidade; baixa habilidade materna
■ Linha macho utilizada em cruzamentos industriais
■ Resistência aos fatores estressantes
5
Raças de suínos- Hampshire
EUA
61. ■ Características Morfológicas
■ Orelhas tipo célticas
■ Cinza cintada de branco
■ Cabeça comprida, com focinho longo e reto
61
Raças de suínos- Wessex
62. ■ Características Produtivas
– Boa rusticidade
– Boa qualidade de carcaça
■ Características Reprodutivas
– Boa produção de leite
– Alta prolificidade
62
Raças de suínos- Wessex
64. ■ Características Morfológicas
■ Orelhas tipo asiáticas
■ Cor preta com patas, focinho e ponta da cauda
brancos.
■ Perfil côncavo e cara larga entre os olhos
■ Focinho curto e largo.
64
Raças de suínos- Berkshire
65. ■ Características Produtivas
■ Boa rusticidade
■ Não possui boa carcaça
■ Características Reprodutivas
■ Boa produção de leite
■ Excelente habilidade materna
■ Alta prolificidade
65
Raças de suínos- Berkshire
66. ■ Raça originária da China, na região dos vales e do lago Taihu, uma
região de clima temperado.
66
Raças de suínos- Meishan
67. ■ Tem como característica principal uma excepcional prolificidade,
é a raça mais prolífica do mundo.
■ As fêmeas atingem a puberdade entre 2,5 a 3 meses de idade e
tem em media leitegadas de 15 a 17 leitões.
67
Raças de suínos- Meishan
68. ■ São muito resistentes a doenças e de grande capacidade maternal, e
uma enorme produção de leite.
■ Porém são de crescimento lento e muito gordas.
68
Raças de suínos- Meishan
69. 69
Raças de suínos- Nacionais
• Características morfológicas
-Animais curtos, c/ rugas, papada e perfis variados
• Características produtivas
- Baixo rendimento e qualidade de carcaça
-Baixo GMDP - CA ruim
•Características reprodutivas
- Baixa prolificidade e habilidade materna
- Alta rusticidade
- Animais tardios
76. ■ Linhas sintéticas
– Resultado do cruzamento sequencial ou único de duas
raças
■ Forma um novo genótipo contendo genes de cada
populações de origem
ou mais
uma das
■ Na formação se objetiva
– 1. Formação de um novo grupo genético com percentuais fixos de
cada uma das raças de origem
– 2. Formação de um novo grupo de animais com capacidade
genética específica para uma ou mais características de
importância econômica;
76
Linhagens comerciais
77. ■ Linhas sintéticas
■ Para sua formação deve se obedecer as seguintes regras
■ 1. Certificar de que os animais usados nos cruzamentos originais
tenham sido intensamente selecionados para as características
relevantes
■ 2. Maximizar a variabilidade genética em termos de valores genéticos
nos grupos genéticos ou raças de fundação, utilizando o maior número
possível de animais não aparentados
■ Após formada a nova linha melhora-la por meio de seleção!
77
Linhagens comerciais
79. BP 330 LARGE WHITE P.O.
BP 350 DUROC P.O.
BP 375 PIETRAIN P.O.
80. • MS115
• Embrapa MS115 é o fato de ser "livre do gene halotano"
(HalNN), o que lhe confere maior resistência ao estresse e
uma capacidade de produzir carne de melhor qualidade.
91
Linhagens comerciais
visam a padronização e a valorização dos produtos forçando a melhoria da cadeia produtiva para atender a demanda do mercado consumidor (interno ou externo).
Apresentadas as hipóteses de origem e história do suíno, vamos identificá-lo de acordo com sua classificação na cadeia animal
ESPESSURA DE TOUCINHO
Geneticamente, são determinados por um GRANDE NÚMERO DE LOCOS, cada um com pequeno efeito (poligênicos);
Apresentam um número muito elevado de classes genotípicas, variação CONTÍNUA;
Os indivíduos não podem ser classificados em categorias definidas;
São MUITO influenciados pelo AMBIENTE;
Estações de Teste de Reprodutores Suínos
A conversão alimentar é obtida pelo cálculo da quantidade de ração ingerida (kg) dividido pelo ganho de massa corporal (kg).