1) Os espíritos superiores ocupam-se em executar as vontades de Deus para a harmonia do Universo sem cansaço físico.
2) Todos os espíritos, mesmo os imperfeitos, desempenham funções úteis sob a orientação dos espíritos puros.
3) As missões dos espíritos visam sempre o bem, auxiliando o progresso da humanidade de forma variada, de acordo com sua elevação.
3. Os Espíritos Superiores concorrem [...]
para a harmonia do Universo,
executando as vontades de Deus, cujos
ministros eles são. A vida espírita é uma
ocupação contínua, mas que nada tem
de penosa, como a vida na Terra, porque
não há a fadiga corporal, nem as
angústias das necessidades.
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Questão 558
558. Alguma outra coisa incumbe aos
Espíritos fazer, que não seja melhorarem-
se pessoalmente?
4. Os ministros de Deus são os Espíritos puros, sem
vínculo algum com a ignorância humana;
portanto, eles sabem o que fazem e o Senhor
dispensa confiança a todos os Seus
cooperadores em exercício no universo. A
ação dos Espíritos superiores é intensa, mas,
sem a fadiga que conheces. Não entra nas suas
cogitações mentais a fadiga, por não estarem
ligados a corpos materiais e, como já dissemos,
sujeitos às provas necessárias aos que ainda não
se libertaram das paixões inferiores.
FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XI
5. Eles não têm mais o que resgatar, não existem em seus
caminhos as provas que as criaturas enfrentam na Terra
para o devido despertamento das
qualidades espirituais que todos
possuímos. O trabalho os motiva para a alegria, como
prazer na cooperação ao Pai que a tudo comanda. Esses
Espíritos da confiança de Deus, sob o comando de
Jesus, obedecem às ordens do Mestre, que as recebe
diretamente de Deus, e as espraia na Terra, quando se
trata de serviço neste orbe. Quando partem para outros
mundos, o comando é do guia espiritual daquelas
regiões.
FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XI
6. Ninguém foge à ordem e à lei asseguradas pela
disciplina, regida por amor. Todos que vivem e
agem em qualquer parte da criação precisam dos
outros; somente Deus é Soberano na sustentação
da vida. No amanhã, poderás ser um ministro do
Senhor; basta que cresças compreendendo o
trabalho que deves realizar, basta que cresças no
amor para amar sem distinção, desconhecendo o
mal dentro de ti, mas compreendendo porque
existe a desarmonia nas mentes que procuram
acordar para a realidade.
FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XI
7. Começa a ser um ministro em teu
lar, sem imposição aos que vivem sob tua
proteção. Deixa desfazer em todo o teu ser
o perdão, a fraternidade pura, e não te
esqueças do trabalho honesto. Eis os
primeiros passos para que tenhas em mãos
a confiança de Deus para outras etapas de
serviço: não julgues a ninguém; ajuda a
todos em silêncio; não deixes ver uma
mão o que a outra faz.
FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XI
8. 559. Também desempenham função
útil no Universo os Espíritos
inferiores e imperfeitos?
“Todos têm deveres a cumprir. Para
a construção de um edifício, não
concorre tanto o último dos
serventes de pedreiro, como o
arquiteto?”
9. FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XI
Espírito algum fica sem as bênçãos de Deus,
onde quer que seja. Todos se movem pela
vontade d'Aquele que os criou. Os Espíritos não
desconhecem que as almas foram criadas
simples e ignorantes. É justo que
compreendamos a necessidade de que elas
despertem para a vida maior, e é nessa luz de
compreensão que surge a liberdade, caminho
para a felicidade espiritual.
10. FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XI
O Universo, se podemos chamar assim toda a
criação, tem uma direção espiritual correta e pré-
estabelecida por leis, leis essas vigiadas por
Espíritos puros, interligados ao Criador que a tudo
percebe, por sentidos que escapam aos dos
homens. Ninguém, em relação a Deus, faz a sua
própria vontade. Sem a permissão do Senhor,
nada se faz na vida. Para construção de um grande
feito, milhares de mãos operam, desde os serviços
mais simples, até aos mais elevados. Assim é na
casa do Pai: todos tem obrigações a realizar.
11. FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XI
Deves, tu mesmo, achar a tua felicidade,
que não se encontra fora, mas, na
intimidade do teu ser. Somos revestidos
por casca, qual a ave a nascer, e
devemos quebrá-la para nos
libertarmos. Quando somos neófitos, o
Senhor nos ajuda por misericórdia, para
sairmos das sombras, contemplando a
luz do dia.
12. FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XI
Quem se encontra na luz, já passou pelas trevas. É nesse
sentido que os anjos têm tolerância com os Espíritos chamados
imperfeitos e inferiores. O dever do encarnado é o mesmo; quem tem
mais luz, deve servir de cicerone aos que não sabem o caminho. A
Doutrina dos Espíritos constitui facho de luz, com o dever de clarear
consciências e fazer despertar a fé esclarecida em todos os corações.
13.
14. FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XI
Eis que surge para os homens
uma oportunidade de
compreender as leis de Deus
com mais profundidade, pelo
intercâmbio espiritual, ao
qual servem de instrumentos
os novos profetas, que o
progresso fez mudar o nome para
médiuns.
15. São incessantes as ocupações dos
Espíritos [...] atendendo-se a que
sempre ativos são os seus
pensamentos, porquanto vivem pelo
pensamento.
Não podemos, entretanto, identificar [...] as ocupações dos Espíritos com
as ocupações materiais dos homens [encarnados]. Essa mesma atividade
lhes constitui um
gozo, pela consciência que têm de ser úteis
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Questão 563
16. Os Espíritos puros têm ocupações permanentes no imenso campo de atividades de
Deus. É bom que a nossa compreensão atinja as verdades espirituais: podemos
considerar a Terra como uma vinha grandiosa, uma oficina de trabalho, em que cada
um tem sua ocupação, de acordo com as possibilidades que alcançou.
Somente o trabalho nos eleva, quando a nobreza de caráter nos inspira.
17. Podemos verificar a que ordem
pertence um Espírito, pelo
trabalho que ele realiza, pelos
seus pensamentos e ideias.
Quando uma alma nos deseja
influenciar para o mal, ela ainda
está presa
no que pensa e faz. Notemos os
grandes
vultos da sociedade: eles são
exemplo máximo das realizações,
e as fazem
com alegria.
FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XI
18. Mesmo que as enfermidades
queiram dar um sinal
vermelho aos seus nobres
ideais, eles não param. Seus
pensamentos são cada vez
mais purificados pela
grandeza de seus corações,
para estender a fraternidade
cada vez mais, como laços
eternos nos corações.
FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XI
19. Existem Espíritos, todavia, que se conservam ociosos, [...] mas esse estado
é temporário e dependendo do desenvolvimento de suas inteligências. [...]
Pesa-lhes, porém, essa ociosidade e, cedo ou tarde, o desejo de progredir
lhes faz necessária a atividade e felizes se sentirão por poderem tornar-se
úteis.
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Questão 564
Nada para na criação, e o próprio tempo se encarrega de despertar os que dormem
para a realidade cósmica. Quando acordamos, passamos a ativar a nossa parte, e
crescemos com a nossa boa vontade. Na profundidade do termo, não existe ociosidade;
todos caminhamos pela vontade d'Aquele que nos criou. Porém, todo sono é
transitório, e, se é transitório, mesmo quando estamos dormindo, opera-se em nós o
crescimento, por lei. Compete a nós outros observar essa verdade; é Deus em tudo
acionando a vida para dar mais vida.
FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XI
20. O tempo nos mostrará que o trabalho honesto nos dá prazer. Nele, e
por ele, nasce a esperança, porque não existe felicidade sem trabalho,
e o maior prazer dos Espíritos elevados é o labor honesto. É cumprir a
vontade de Deus na sequência que lhes é própria, sob o comando
universal. Todos fomos feitos iguais. Não há razão para a
desarmonia dos nossos sentimentos, nem para que a mecânica
universal mude o seu ritmo. Se Deus criou o amor como lei maior, o
nosso dever é amar a Ele sobre todas as coisas e ao próximo, ou a tudo,
como a nós mesmos. Segue-se daí, que, sem obediência às leis
estabelecidas, não existe paz para as consciências.
FILOSOFIA ESPÍRITA - VOLUME XI
21. O Evangelho é, acima de
tudo, um estatuto de
trabalho para a
humanidade. Trabalhar
para a humanidade é lei de
progresso e bem-estar para a
vida na Terra, e saber trabalhar
com Jesus é vida que alimenta
vidas, é tranquilidade para a
consciência.
22. As missões dos Espíritos têm sempre por objeto o bem. Quer como
Espíritos, quer como homens, são incumbidos de auxiliar o
progresso da Humanidade, dos povos ou dos indivíduos, dentro de
um círculo de ideias mais ou menos amplas, mais ou menos
especiais e de velar pela execução de determinadas coisas.
23. Alguns desempenham missões mais restritas e, de certo modo, pessoais ou
inteiramente locais, como sejam assistir os enfermos, os agonizantes, os
aflitos, velar por aqueles de quem se constituíram guias e protetores, dirigi-
los, dando-lhes conselhos ou inspirando-lhes bons pensamentos.
24. A importância das missões corresponde
às capacidades e à elevação do Espírito.
KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Questão 571
25. A Doutrina dos Espíritos, que o nosso irmão maior coordenou na Terra e deu o nome
de Espiritismo, nos favorece muitos meios, métodos variados de compreendermos
como devemos trabalhar, mas, primeiramente dentro de nós, conhecendo a verdade,
e nesse seguimento aparecerá em nós o sol da Divindade. Depois de despertados por
Cristo, temos a liberdade de pedir com consciência.