Este manual fornece instruções sobre defesa anticarro para grupamentos operativos de fuzileiros navais. Aborda aspectos básicos como tipos de blindados inimigos e suas vulnerabilidades, armas e técnicas anticarro, e planejamento e execução de ações defensivas e ofensivas contra veículos blindados.
1. CGCFN-314 OSTENSIVO
MANUAL DE
DEFESA ANTICARRO DOS
GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2008
2. OSTENSIVO CGCFN-314
MANUAL DE DEFESA ANTICARRO DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE
FUZILEIROS NAVAIS
MARINHA DO BRASIL
COMANDO-GERAL DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS
2008
FINALIDADE: BÁSICA
1ª Edição
3. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - II - ORIGINAL
ATO DE APROVAÇÃO
APROVO, para emprego na MB, a publicação CGCFN-314 - MANUAL DE
DEFESA ANTICARRO DOS GRUPAMENTOS OPERATIVOS DE FUZILEIROS
NAVAIS.
RIO DE JANEIRO, RJ.
Em 12 de novembro de 2008.
ALVARO AUGUSTO DIAS MONTEIRO
Almirante-de-Esquadra (FN)
Comandante-Geral
ASSINADO DIGITALMENTE
AUTENTICADO
PELO ORC
RUBRICA
Em_____/_____/_____ CARIMBO
4. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - III - CGCFN-314
ÍNDICE
PÁGINAS
Folha de Rosto.................................................................................................... I
Ato de Aprovação............................................................................................... II
Índice.................................................................................................................. III
Introdução........................................................................................................... V
CAPÍTULO 1 - ASPECTOS BÁSICOS
1.1 - Generalidades............................................................................................. 1-1
1.2 - Blindados ................................................................................................... 1-1
1.3 - Propósitos das Ações Anticarro................................................................. 1-3
1.4 - Fundamentos das Ações Anticarro ............................................................ 1-3
CAPÍTULO 2 - ARMAS ANTICARRO E TÉCNICAS DE ANTICARRO
2.1 - Sistemas de Armas Anticarro..................................................................... 2-1
2.2 - Possibilidades e Limitações dos Sistemas de Armas Anticarro................. 2-1
2.3 – Possibilidade e Limitações das Armas Anticarro...................................... 2-3
2.4 - Área de Engajamento................................................................................. 2-4
2.5 - Equipe de Destruição de Carros de Combate ............................................ 2-7
CAPÍTULO 3 - AÇÕES DE DEFESA ANTICARRO
3.1 – Ações de Defesa Anticarro na Ofensiva.................................................... 3-1
3.2 - Ações de Defesa Anticarro na Defensiva .................................................. 3-3
3.3 - Ações de Defesa Anticarro nas outras Operações........................ ............. 3-6
CAPÍTULO 4 - PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DAS AÇÕES ANTICARRO
4.1 - Estudo do Terreno...................................................................................... 4-1
4.2 - Planejamento.............................................................................................. 4-2
4.3 - Considerações para as Operações Anfíbias ............................................... 4-10
4.4 - Alerta Anticarro .......................................................... .............................. 4-16
4.5 - Documentos elaborados pelo Oficial de Ações de Defesa Anticarro......... 4-20
ANEXO A - Modelo de Estimativa de Ações de Defesa Anticarro................................ A-1
ANEXO B - Modelo de Plano de Ações de Defesa Anticarro na Ofensiva..................... B-1
ANEXO C - Modelo de Plano de Ações de Defesa Anticarro na Defensiva................... C-1
5. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - V - ORIGINAL
INTRODUÇÃO
Com o decorrer do tempo e o constante aprimoramento tecnológico dos meios
necessários à consecução da guerra moderna, as viaturas blindadas têm, cada vez mais,
assumindo papel importante para o êxito nas diversas operações militares.
Devido à sua mobilidade, blindagem e alto poder de fogo, os Carros de Combate (CC)
inimigos merecem especial atenção, fazendo-se necessário que medidas sejam tomadas para a
sua neutralização, principalmente, nas Operações Anfíbias (OpAnf).
Neste manual, são abordados procedimentos para a Defesa Anticarro (DAC),
apresentando seus aspectos básicos, técnicas e organização, que possibilitarão ao Comandante
e aos Oficiais do Estado-Maior (EM) de Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais
(GptOpFuzNav) planejá-la e executá-la com eficiência e eficácia.
Esta publicação é classificada de acordo com o EMA-411 - Manual de Publicações da
Marinha em: PMB, não controlada, ostensiva, básica e manual.
Esta publicação substitui a CGCFN-1470 - Manual de Defesa Anticarro de Fuzileiros
Navais, 1ª edição, aprovada em 9 de novembro de 2006, preservando seu conteúdo, que será
adequado ao previsto no Plano de Desenvolvimento da Série CGCFN (PDS-2008), quando de
sua próxima revisão.
6. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 1-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 1
ASPECTOS BÁSICOS
1.1 - GENERALIDADES
Os carros de combate (CC) e grande parte das viaturas blindadas (VtrBld), devido à sua
mobilidade, blindagem e poder de fogo, constituem-se em uma séria ameaça a uma
tropa anfíbia, leve pela sua natureza. Os GptOpFuzNav poderão se confrontar com dois
tipos de ameaças blindadas: uma tropa de infantaria apoiada por uma pequena fração de
blindados (Bld) ou o inimigo constituído por uma força forte em Bld. Neste último caso,
principalmente, os Bld inimigos poderão influenciar decisivamente no confronto.
Portanto, para fazer face a esta ameaça, os GptOpFuzNav precisam implementar uma
série de medidas para a sua defesa, que integradas e coordenadas são denominadas de
ações de defesa anticarro (DAC). Estas medidas são resultado de um planejamento
detalhado e minucioso, fruto de um correto assessoramento e coordenação entre as
Seções de Estado-Maior (EM), de modo que o Comandante do GptOpFuzNav possa
utilizar corretamente as armas anticarro (AC) à sua disposição, tendo sempre em mente
a análise dos fatores da decisão.
1.2 - BLINDADOS
O termo blindado é utilizado nesta publicação para referir-se aos CC, Carros Lagarta
Anfíbios (CLAnf) e às VtrBld, sobre rodas (SR) ou sobre lagartas (SL), destinados ao
apoio de fogo e transporte de pessoal/material, que podem prover limitada proteção
blindada aos seus ocupantes.
1.2.1 - Principais vulnerabilidades
a) Ângulos mortos
A guarnição de um Bld se protege em seu interior (escotilhas abaixo) quando há
alguma ameaça. É a situação normal de combate, pois provê proteção máxima
contra estilhaços de fogos de armas de tiro de trajetória curva (amigas ou
inimigas).
Nesta situação, existem áreas ao redor do Bld que não podem ser observadas pela
sua guarnição e não podem ser batidas por seu armamento (principal e
secundário), devido às limitações de conteira e elevação dos mesmos. Estas áreas,
denominadas de ângulos mortos, devem ser exploradas nas ações de DAC, engajar
os Bld em bosques, áreas urbanas e de relevo acidentado, onde esta
vulnerabilidade poderá ser ampliada.
7. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 1-2 - ORIGINAL
20m
Ângulo morto do
armamento
principal
Direção principal de observação e tiro (torre para frente e escotilha
fechada)
Direção de ataque mais favorável (quando a torre esta para frente)
10m
LEGENDA:
Ângulo de
visão morto
Fig. 1-1 - Ângulo morto
b) Proteção blindada
Normalmente, a maior proteção blindada costuma localizar-se na parte frontal de
um Bld, tanto na torre como no corpo, e a menor, na sua retaguarda, nas laterais,
na parte superior e no piso. Portanto, um disparo de uma arma AC na lateral ou na
retaguarda desses meios proporciona maior probabilidade de sucesso na
destruição dos mesmos.
c) Compartimento do motor
Situado normalmente na parte traseira de um Bld, o compartimento do motor é
uma área particularmente vulnerável. Um Bld pode ser detido se esse
compartimento for atingido. Não é necessário destruir totalmente o motor. Danos
em algum componente do mesmo irão impedir o seu funcionamento, imobilizando
o Bld e facilitando a sua destruição.
d) Suspensão
O sistema de suspensão de um Bld (incluindo as lagartas ou rodas) é um outro
ponto sensível. A destruição ou danos às rodas, lagartas ou suas rodas de apoio
podem retardar ou impedir o movimento de um Bld.
8. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 1-3 - ORIGINAL
1.2.2 - Tipos de blindagem
O tipo de blindagem dos Bld é uma informação importante, que irá influenciar de
forma significativa nas ações de DAC. As blindagens reativas e compostas, utilizadas
tanto separadamente quanto em combinação, diminuem sensivelmente os efeitos dos
tiros frontais nos Bld.
a) Blindagem reativa
A blindagem reativa é constituída de cargas explosivas, colocadas à frente e nas
laterais dos Bld, que explodem quando atingidas por algum projétil, evitando,
assim, os efeitos das munições que utilizam carga oca (carga dirigida).
A blindagem reativa pode ser empregada facilmente, e a custo reduzido, a fim de
aumentar o grau de proteção conferido pela blindagem original.
b) Blindagem composta
A blindagem composta é constituída pela superposição de chapas de aço, fibra de
vidro, “Kevlar” (polímero resistente ao calor e cinco vezes mais resistente que o
aço por unidade de peso) e cerâmica, entre outros materiais, que proporcionam
maior absorção da energia desprendida por ocasião do impacto de um projétil AC.
1.3 - PROPÓSITOS DAS AÇÕES ANTICARRO
As ações de DAC visam:
- Localizar e engajar os Bld inimigos tão afastados quanto possível das posições do
GptOpFuzNav;
- Reduzir ao máximo o poder de combate dos Bld inimigos, antes do seu engajamento
com as unidades em 1o
escalão; e
- Neutralizar ou destruir, com todas as armas disponíveis, os Bld que consigam engajar
o GptOpFuzNav.
1.4 - FUNDAMENTOS DAS AÇÕES ANTICARRO
Nas ações de DAC se aplicam os fundamentos, tanto das ações ofensivas como
defensivas, que são os seguintes:
a) Segurança
Os Bld inimigos devem ser objeto de busca e localização contínua, a fim de que
possam ser engajados e destruídos no terreno mais propício às ações de DAC. Deste
modo, a adoção de ações de reconhecimento e vigilância, Segurança de Área de
Retaguarda, segurança dos flancos e da retaguarda, apoio mutuo entre os meios e a
implementação de um Sistema de Alerta Anticarro (ver Cap 4) são requisitos
9. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 1-4 - ORIGINAL
importantes para o estabelecimento de uma ação AC eficiente.
b) Defesa em profundidade
As ações de DAC são baseadas no desdobramento dos principais meios AC
disponíveis, em profundidade, ao longo das prováveis vias de acesso dos Bld
inimigos. As forças blindadas inimigas devem encontrar uma progressiva resistência
até conseguirem aproximar-se das unidades em 1o
escalão do GptOpFuzNav. Esta
resistência é planejada para, sucessivamente, retardar, canalizar e destruir os Bld
inimigos, que devem ser engajados tão afastados quanto possível das posições do
GptOpFuzNav. Os Fogos Aéreo, de Artilharia e Naval deverão ser utilizados com
este propósito. O emprego de obstáculos AC também deve ser previsto.
c) Defesa a toda volta
Forças blindadas, normalmente, procuram um campo de batalha amplo, apresentando
várias vias de acesso favoráveis ao emprego de seus meios. Todavia, no decorrer do
combate, elementos Bld, amigos e inimigos, tendem a flanquear ou ultrapassar uns
aos outros, misturando-se e ensejando o desencadeamento de ações AC de menor
envergadura. Deste modo, um GptOpFuzNav deve buscar o estabelecimento de sua
DAC a toda volta, em função da mobilidade dos meios blindados e da capacidade
que possuem de desengajar e atacar em nova direção.
d) Mobilidade
A capacidade das forças blindadas de emassar e atacar rapidamente deixam um
GptOpFuzNav com um tempo mínimo para reagir a um ataque desses meios,
impondo a necessidade de que seus meios AC possuam uma grande mobilidade. A
avaliação da situação e a adoção das ações para se contrapor a um ataque desta
natureza têm que ser efetuadas com rapidez e simplicidade.
e) Obter e manter a iniciativa
As ações do GptOpFuzNav devem ser planejadas para compelir as forças blindadas
inimigas a desdobrarem-se e manobrarem da maneira que mais favoreça o emprego
de seus meios AC. A manutenção da iniciativa das ações é de fundamental
importância na escolha das áreas de engajamento (AE) e deve buscar, normalmente,
o terreno onde tais forças se mostrem mais vulneráveis a um contra-ataque.
f) Surpresa
Deve-se buscar sempre a surpresa num engajamento com Bld, em função do impacto
psicológico causado pela ação de choque desses meios no ataque, investindo contra
10. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 1-5 - ORIGINAL
uma posição de arma AC. A obtenção da surpresa está diretamente relacionada com
a implementação de um Sistema de Alerta Anticarro (ver Cap. 4).
g) Máximo emprego da ação ofensiva
A obtenção da surpresa está diretamente relacionada com o máximo emprego de
ações ofensivas e, além disso, a maior probabilidade de sobrevivência ou de sucesso
num combate contra Bld é sempre da plataforma que reage primeiro.
h) Integração e coordenação das ações
Os meios DAC, tanto em ações ofensivas como defensivas, devem ser empregados
de forma integrada, para que uma cubra as deficiências do outro, em termos de
alcance e de trajetória. A principal preocupação numa ação AC é a integração de
todos os meios AC disponíveis, a fim de prover uma efetiva concentração de poder
de fogo que possa ser aplicada com rapidez. Sempre deverá ser buscada a integração
da DAC às demais armas de apoio na execução do Plano de Apoio de Fogo previsto
na publicação CGCFN-1-5 - Manual de Operações Terrestres de Fuzileiros Navais,
bem como os obstáculos AC também serão integrados aos demais obstáculos
constantes do Plano de Barreiras previsto na publicação CGCFN-312 - Manual de
Engenharia de Combate de Fuzileiros Navais. Todo e qualquer meio expedito de
comunicações deve ser integrado ao Sistema de Alerta Anticarro (ver Cap. 4).
i) Apropriada utilização do terreno
O terreno e as condições climáticas e meteorológicas são fatores limitadores no
emprego de forças blindadas e determinam quando e onde esses meios podem ser
efetivamente utilizados. O estudo do terreno, das condições climáticas e
meteorológicas, complementado pelo estudo das possibilidades do inimigo,
particularmente dos seus meios blindados, irá determinar, em última análise, as vias
de acesso para o emprego de Bld e as áreas mais propícias para o engajamento desses
meios pela AC do GptOpFuzNav.
O terreno deverá ser explorado de modo a possibilitar as melhores cobertas e abrigos
para as armas que compõem o sistema de AC, principalmente onde os Bld inimigos
poderão ser melhor empregados.
j) Flexibilidade
A organização e o dispositivo tático dos meios AC dos GptOpFuzNav são
continuamente avaliados, com o propósito de fazer frente à mobilidade inerente aos
Bld inimigos. Esta organização é dinâmica durante toda a execução da operação,
11. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 1-6 - ORIGINAL
devendo ser flexível para mudar rapidamente seu dispositivo, utilizando-se, para tal,
de posições principais, de muda e suplementares.
12. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 2-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 2
ARMAS ANTICARRO E TÉCNICAS ANTICARRO
2.1 - SISTEMAS DE ARMAS ANTICARRO
As armas AC existentes são as abaixo relacionadas que, quando combinadas, compõem
um Sistema de Armas AC:
- Aviação de asa fixa;
- Helicópteros (He);
- Fogo Naval
- CC;
- Mísseis AC;
- Munições de armamento AC portátil de infantaria;
- Artilharia; e
- Metralhadoras Pesadas (MtrP).
2.2 - POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES DOS SISTEMAS DE ARMAS ANTICARRO
Não existe o melhor sistema de armas AC para as diversas situações possíveis de serem
encontradas. A escolha de apenas um tipo de armamento ou a combinação de vários irá
depender dos fatores da decisão (missão, inimigo, terreno, meios e tempo disponível). A
seguir, serão comentados os aspectos gerais das diversas armas envolvidos na DAC.
2.2.1 - Aviação de asa fixa
A aviação de asa fixa é empregada para engajar os Bld inimigos o mais afastado
possível das posições do GptOpFuzNav. As aeronaves de ataque podem ser
configuradas com uma grande variedade de armamentos e munições capazes de
destruir blindados. No entanto, o tempo limitado em que as aeronaves poderão
aguardar em estação irá requerer um planejamento minucioso do seu emprego.
Apesar da sua capacidade de destruir blindados isolados, este sistema tem seu melhor
emprego contra as colunas blindadas.
2.2.2 - Helicópteros
Os He de ataque podem ser configurados com uma variedade de mísseis e foguetes
contra Bld e sua grande mobilidade e flexibilidade os tornam mais apropriados que
as aeronaves de asa fixa para prestar o apoio aéreo aproximado. Porém, alguns de
seus sistemas de armas, em virtude de necessitarem do acompanhamento do míssil
até o alvo, obrigam os helicópteros a restringirem as suas manobras, tornando-se
neste momento de baixa mobilidade, vulneráveis ao armamento inimigo.
13. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 2-2 - ORIGINAL
Também podem ser empregados para cobrir brechas no dispositivo de DAC do
GptOpFuzNav e atuar como vanguarda e flancoguarda numa marcha para o combate.
O tempo disponível em estação também representa um fator de limitação no
planejamento do seu emprego.
2.2.3 - Carros de combate
O CC é um excelente sistema de armas terrestre AC, dentro do alcance de seu
armamento, com grande capacidade de destruir um outro CC. Todavia, embora sua
mobilidade e proteção blindada sejam vantagens intrínsecas, seu emprego é restrito
em determinadas ocasiões, em função do seu peso, tamanho, ruído e assinatura
térmica.
2.2.4 - Mísseis AC
A probabilidade de acerto do míssil AC, a partir do momento em que o atirador
enquadra o alvo, é bastante elevada. Porém, o sucesso do tiro pode ser prejudicado
em decorrência, principalmente, da sua baixa velocidade de vôo, de modo que,
dependendo do grau de adestramento da guarnição do blindado inimigo, o míssil
poderá ser neutralizado. Deve ser considerada, também, a baixa cadência de tiro dos
mísseis AC frente à velocidade dos Bld inimigos no assalto.
2.2.5 - Munição AC portátil de infantaria
As principais limitações destas munições são o alcance reduzido e a dificuldade de
acerto em alvos em movimento. Estas limitações fazem com que o tiro seja realizado
dentro do alcance do armamento principal da maioria dos Bld. Deste modo, são
empregadas, normalmente, na DAC aproximada, como autodefesa de frações e
pequenos destacamentos.
2.2.6 - Artilharia
A artilharia de campanha tem maior grau de eficiência contra colunas blindadas e/ou
contra o 2° escalão das forças blindadas inimigas ainda não desdobradas no terreno.
O fogo direto das peças de artilharia de campanha, bem como da artilharia antiaérea,
deverá ser usado apenas para a segurança das mesmas, caso haja ameaça direta dos
Bld inimigos.
A munição de artilharia de calibre até 105mm não possui capacidade de penetração
na blindagem da maioria dos CC.
2.2.7 - Metralhadoras pesadas
Poderão engajar VtrBld leves pelos flancos ou serem usadas em complemento a
14. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 2-3 - ORIGINAL
outros sistemas AC.
2.3 – POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES DAS ARMAS ANTICARRO
Existem dois métodos gerais de engajamento AC: Volume Crescente de Fogos (Fig.
2.1) e Fogos Emassados de Surpresa. Estes métodos de engajamento definem o
posicionamento das armas AC no engajamento dos Bld inimigos. Na prática,
normalmente, uma defesa emprega técnicas que combinam ambos os métodos.
2.3.1 - Volume crescente de fogos
Este método engloba duas idéias: a classificação e o emprego das armas AC. Esta
classificação se dá pelo alcance, e não pelo calibre do armamento utilizado.
As armas AC amigas engajam o inimigo no limite máximo de seus alcances. Este
engajamento inclui meios aéreos, artilharia e meios navais. A idéia é destruir os Bld
inimigos o mais longe possível das posições amigas. Este método de engajamento,
normalmente, é empregado contra grandes formações de Bld.
A maior desvantagem do Volume Crescente de Fogos é denunciar cedo o
posicionamento das armas AC, havendo, conseqüentemente, uma maior exposição
aos fogos diretos e indiretos do inimigo. A abertura de fogo à distância, também
degrada a precisão e o aproveitamento do armamento, dificultando o acerto dos
flancos e de outros pontos vulneráveis dos Bld. A vantagem é que o armamento AC
engaja os Bld inimigos por um período maior de tempo e com crescente
concentração de fogos AC.
APOIO AÉREO
ARTILHARIA E FOGO NAVAL
CARRO DE COMBATE
MÍSSEIS
MUNIÇÃO AC
Fig 2.1 - Volume Crescente de Fogos
15. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 2-4 - ORIGINAL
2.3.2 - Fogos Emassados de Surpresa
Este método visualiza o engajamento simultâneo de todas as armas contra os Bld
inimigos. Resulta em uma grande destruição inicial, no primeiro engajamento, mas a
uma pequena distância. Contudo, a concentração e o ímpeto do inimigo podem
manter a impulsão de seu ataque. Este método é ideal para emboscadas contra carros
isolados, pequenas unidades blindadas e colunas de blindados em movimento
canalizado.
2.3.3 - Considerações sobre o engajamento
Em princípio, a escolha do método de engajamento poderá depender, somente, da
constituição da força blindada inimiga. O Volume Crescente de Fogos poderá ser
empregado, por exemplo, contra uma grande força blindada e os Fogos Emassados
de Surpresa poderão ser empregados contra uma pequena força blindada. Contudo,
outros fatores deverão ser considerados no engajamento, como: o terreno, que
influenciará no alcance das armas AC; a proteção contra os fogos inimigos, que
obrigará a dispersão das armas; e as posições de tiro, que deverão visar aos flancos
ou à retaguarda dos Bld inimigos (seus pontos mais vulneráveis). O posicionamento
de cada arma levará em consideração as suas características próprias, havendo,
normalmente, uma combinação no seu emprego (Fig 2.2).
MÍSSIL AC
CC
MÍSSIL AC
MUNIÇÃO AC
INIMIGO
Fig 2.2 - Combinação de engajamento frontal e de flanco
2.4 - ÁREA DE ENGAJAMENTO
2.4.1 - Conceito
A Área de Engajamento (AE) é a região selecionada pelo defensor onde a tropa
inimiga, com sua mobilidade restringida pelo terreno e pelo sistema de barreiras, é
engajada pelo fogo ajustado, simultâneo e concentrado de todas as armas da defesa.
Tem a finalidade de causar o máximo de destruição, especialmente nos blindados
inimigos, e de provocar o choque mental e físico pela violência, surpresa e letalidade
16. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 2-5 - ORIGINAL
dos fogos aplicados. Tira-se proveito do terreno compartimentado para reduzir a
impulsão do inimigo, tornando-o vulnerável a ataques múltiplos pelos flancos,
enfraquecendo-o antes da sua chegada à área selecionada para sua destruição final
pelo fogo.
A escolha das AE é fundamental na organização de uma DAC. No estudo tático, as
AE serão selecionadas em função das melhores vias de acesso para a aproximação
dos Bld inimigos, o que determinará o posicionamento da tropa, das armas AC e dos
obstáculos.
2.4.2 - Localização
Numa defesa de área, a localização das AE pode ser à frente do Limite Anterior da
Área de Defesa Avançada (LAADA), dentro da Área de Defesa Avançada (ADA) ou
ambas. As AE devem, sempre que possível, explorar as vulnerabilidades dos Bld e,
ao mesmo tempo, proporcionar a cada tipo de arma AC as melhores posições de tiro.
As AE devem ser estabelecidas onde às formações de Bld inimigos fiquem mais
vulneráveis aos fogos AC, oferecendo poucas cobertas e abrigos para esses meios.
Estas áreas, divididas em setores, devem proporcionar condições de serem batidas de
várias direções, por inúmeras armas AC, sendo divididas em setores. Também devem
ser demarcados por pontos de referência no terreno, perfeitamente identificáveis, de
modo a ficar clara a sua localização.
Uma AE à frente do LAADA possa ser associada a uma defesa linear empregando-se
o método de engajamento por Volume Crescente de Fogos. Sua localização baseada
na possibilidade de que a maioria das armas AC pode destruir Bld inimigos pela
frente ou por ângulos oblíquos, impedindo, deste modo, uma penetração desses
meios.
Uma AE dentro da ADA, independentemente do método de engajamento, favorece o
flanqueamento dos Bld pelas armas AC, apesar de permitir a penetração inimiga
nesta área. Todavia, é fundamental levar-se em consideração a capacidade do
armamento quando comparado à blindagem dos meios inimigos.
Uma defesa pode conter três tipos de AE, cada qual orientada para um tipo de
blindado A AE à frente do LAADA (Fig 2.3a). é empregada, normalmente, contra
uma força blindada forte em Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal (VBTP),
de modo a barrar a penetração da infantaria inimiga no interior da ADA (Fig 2.3B).
Uma AE no interior da ADA facilita a destruição dos CC, podendo ser atingidos seus
17. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 2-6 - ORIGINAL
pontos mais vulneráveis. O estabelecimento de AE em ambas as áreas (Fig 2.4) visa
separar a infantaria dos CC inimigos, de modo a destruí-los, respectivamente, fora e
dentro da ADA. Os CC são canalizados para pequenas AE, onde são destruídos pelo
armamento AC de médio e curto alcances, bem como por meio de contra-ataques
com forças blindadas.
+
+
+
+
+
+
+
+
AE
AE
Fig 2.3a - Localização de AE à Fig 2.3b - Localização de AE
frente do LAADA dentro da ADA
+
+
AE
+
+
+
+
AE
+
+
+ +
AE
+
+
+
+
AE
Fig 2.4 - Área de Engajamento (Combinação)
18. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 2-7 - ORIGINAL
2.5 - EQUIPE DE DESTRUIÇÃO DE CARROS DE COMBATE
As equipes de destruição de CC são nucleadas por fração de tropa de infantaria com o
apoio de VtrBld/CLAnf, meios AC, engenharia e CC. Devem realizar uma análise do
terreno a fim de maximizar as possibilidades dos meios à disposição. Estas equipes
operam em setores designados entre a linha dos Postos Avançados de Combate (PAC) e
o Limite Anterior da Área de Defesa Avançada (LAADA), executando a cobertura do
retraimento dos elementos do PAC, protegendo seus flancos contra a ação de blindados
inimigos, e executando, se necessário, a destruição de pontes e a abertura de crateras.
Suas ações podem interromper o movimento inimigo e iludi-lo quanto à real localização
do LAADA.
19. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 3-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 3
AÇÕES DE DEFESA ANTICARRO
3.1 – AÇÕES DE DEFESA ANTICARRO NA OFENSIVA
O sucesso final no campo de batalha é obtido pela ofensiva. Isso significa atacar,
explorar as fraquezas do inimigo e manter a iniciativa. Ações de DAC devem ser
previstas visando preservar o poder de combate de nossas forças face à ameaça blindada
inimiga, atendendo aos requisitos defensivos da linha de ação, bem como contribuir
com a manutenção da iniciativa e impulsão neste tipo de operação. Existem cinco tipos
de operações ofensivas: Marcha para o Combate, Reconhecimento em Força, Ataque
Coordenado, Aproveitamento do Êxito e Perseguição. (Ver CGCFN-2100 para maiores
detalhes)
3.1.1 - Marcha para o Combate
Fig. 3.1 - Marcha para o Combate.
Os meios AC devem ser empregados em proveito da Força de Cobertura (FCob) e da
Força de Proteção (FPtc) a fim de manter a integridade do poder de combate do grosso
face às ameaças de blindados inimigos. Os meios aéreos procurarão engajar o inimigo
o mais longe possível, causando baixas aos seus blindados e um desdobramento
prematuro de suas forças.
20. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 3-2 - ORIGINAL
Os CC e mísseis AC podem ser empregados na FCob e/ou FPtc, em apoio à infantaria,
para atacar e destruir pequenas forças blindadas do inimigo, provendo segurança ao
deslocamento ininterrupto do grosso.
3.1.2 - Reconhecimento em Força
Muitas vezes as tropas de reconhecimento em força podem iniciar seu retraimento tão
logo tenham obtido os conhecimentos desejados, ou como uma ação decorrente de um
desengajamento. Ações de DAC devem ser planejadas visando proteger o
GptOpFuzNav contra possíveis ataques de blindados inimigos durante toda a
operação, com especial atenção para a fase do retraimento de nossas forças, momento
em que estarão mais vulneráveis.
3.1.3 - Ataque Coordenado
Ações de DAC serão implementadas visando proteger o esforço principal da força
atacante das ameaças de blindados inimigos, contribuindo para a rapidez nas ações e a
manutenção da impulsão do ataque.
3.1.4 - Aproveitamento do Êxito
Ações de DAC têm um importante papel neste tipo de operação, com vistas a manter a
impulsão do ataque, contribuindo para a proteção do GptOpFuzNav contra possíveis
contra-ataques de blindados inimigos.
Normalmente uma maior concentração de meios AC se dará na Força de
Aproveitamento do Êxito, não impedindo, todavia, o emprego de algumas Frações na
Força de Acompanhamento e Apoio.
FORÇA DE
ACOMPANHAMENTO
E APOIO
FORÇA DE
APROVEITAMENTO
DO ÊXITO
Fig. 3.2 - Aproveitamento do Êxito
21. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 3-3 - ORIGINAL
3.1.5 - Perseguição
As ações de DAC devem ser previstas a fim de contribuir para a manutenção da
integridade da Força de Pressão Direta e da Força de Cerco, face a possíveis contra-
ataques de blindados inimigos.
3.2 - AÇÕES DE DEFESA ANTICARRO NA DEFENSIVA
A defesa contra blindados inimigos deve receber alta prioridade, principalmente contra
os carros de combate, por sua ação de choque. O planejamento pertinente deve ser
intimamente coordenado com os planos de apoio de fogo e de barreiras, considerando as
caracteríticas da área de operações. Os obstáculos naturais, devidamente agravados, e os
artificiais devem ser largamente explorados com vistas a destruir, deter ou canalizar os
blindados inimigos em direção aos setores batidos por armas anticarro. Deve ser
prevista a utilização de todo e qualquer armamento que possa contribuir para a execução
das tarefas mencionadas.
A DAC deve ser estabelecida não só na parte anterior da área de defesa, barrando as
vias de acesso que apresentem maior ameaça ao defensor, como também em
profundidade. Devem ser planejados fogos para destruir os carros e a infantaria de
acompanhamento.
Caso os carros de combate inimigos sejam bem sucedidos em penetrar na posição
defensiva, as tropas na área de defesa avançada devem permanecer em posição para
destruir o atacante e fazer frente à infantaria que os acompanha.
Deve ser levado em conta que os blindados, em geral, são afetados pelo terreno. Por sua
vez, os carros de combate ficam vulneráveis se separados da infantaria e suas
tripulações têm a visibilidade prejudicada quando forem fechadas as escotilhas para
efetuar o assalto.
Os fogos das armas de trajetória curva serão extremamente eficazes para ampliar os
efeitos causados pelos obstáculos, contribuindo para dissociar a infantaria dos carros de
combate, na medida em que restringem o trabalho de limpeza pela tropa a pé,
engenharia e/ou infantaria, que não dispõe, como os blindados, da mesma proteção.
22. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 3-4 - ORIGINAL
3.2.1 – Organização da Área de Defesa
ÁREA DE
SEGURANÇA
ÁREA DE
DEFESAAVANÇADA
ÁREA DE RESERVA
ÁREA DE SEGURANÇA
DO EscSup
(FCob)
PAG
PAC
LAADA
PAG
PAC
LAADA
POSIÇÃO
DEFENSIVA
Fig. 3.3 - Organização da área de defesa
a) Área de Segurança (ASeg)
Os meios AC poderão ser utilizados, particularmente, quando uma força de
segurança móvel for empregada, contribuindo para as tarefas de retardar, iludir e
desorganizar o inimigo.
b) Área de Defesa Avançada (ADA)
Os meios AC são empregados em conjunto com tropa de infantaria, para barrar as
principais VA de blindados inimigos. Poderão receber, ainda, a tarefa de ocupar
posições suplementares para proteção dos flancos e da retaguarda.
c) Área de Reserva (ARes)
Os meios AC serão empregados em apoio à reserva para a relização de contra-
ataques. Contudo, enquanto permanecerem em posição com a reserva, os meios AC
não impõe qualquer dano à força oponente, assim, dependendo do terreno e da
situação do inimigo, a maioria dos meios AC será, inicialmente, alocada às forças
de segurança, revertendo mais tarde à reserva.
3.2.2 - Defesa de Área
Os meios AC são, inicialmente, empregados em proveito das peças de manobra que
estabelecerão a AE, visando proporcionar o volume de fogos necessário para destruir
23. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 3-5 - ORIGINAL
os blindados inimigos antes de atingirem a ADA; e posteriormente serão revertidos em
apoio as peças de manobra da ADA e da ARes com a finalidade de apoiar a destruição
dos blindados inimigos que lograram êxito em penetrar o LAADA.
3.2.3 - Defesa Móvel
Os meios AC atuam em proveito da força de contra-ataque que é organizada para
destruir o inimigo mediante ações dinâmicas da defesa, em zonas de destruição pré-
selecionadas. A força de contra-ataque é a principal força numa defesa móvel e
deverá ser composta da maior parte do poder combatente disponível. Por isto, a
maioria dos blindados será empregada em apoio a esta força.
As armas AC são, inicialmente, instaladas em posições avançadas próximas ao
LAADA, engajando o inimigo desde seu alcance máximo e procurando retardá-lo,
desorganizá-lo e forçar o desembarque das tropas. O uso de obstáculos reforça a
posição defensiva e assegura a máxima eficácia dos fogos AC. Mediante ordem, as
armas AC deslocam-se para as posições já reconhecidas de onde participarão da
destruição do inimigo na AE. (Fig. 3.4)
LAADA
LAADA
AE
INIMIGO
Rec
Fig. 3.4 - Defesa Móvel
3.2.4 - Movimentos Retrógrados
As ações de DAC assumem importante papel de proteção do GptOpFuzNav neste tipo
de operação. Durante o deslocamento organizado para a retaguarda, as armas AC são
posicionadas de modo a proporcionar o grau de segurança, necessário aos elementos
de manobra do GptOpFuzNav que estarão retraindo, contra as ações da forças
blindadas do inimigo, possiblitando o rompimento do contato físico com o inimigo.
24. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 3-6 - ORIGINAL
3.3 - OPERAÇÕES DE DEFESA ANTICARRO NAS OUTRAS OPERAÇÕES
3.3.1 - Ataque Noturno
Os armamentos AC modernos são geralmente dotados de dispositivos de pontaria e/
ou guiagem noturnos, que permitem a sua utilização a noite sem quaisquer tipos de
restrições. Portanto, não sendo mais necessário um ataque iluminado para emprego
desse meio. Deve-se ressaltar que tanto as posições quanto os itinerários de
deslocamento até as posições de tiro deverão ser reconhecidos preferencialmente à luz
do dia. A distribuição dos setores de tiro e a preparação de referências adequadas para
demarcar os setores de tiro de cada arma, também devem ser feitos no período diurno.
Devem-se estremar as medidas de segurança durante os preparativos como forma de
garantir o máximo sigilo antes do ataque. Mesmo durante o dia, os movimentos
deverão limitar-se ao mínimo indispensável para que não se denuncie a intenção de
realizar um ataque noturno. Cuidados especiais deverão ser tomados com relação ao
ruído das viaturas.
3.3.2 - Operações Militares em Ambiente Urbano
As armas AC possuem relativa cadência de tiro e alto poder de penetração que podem
perfurar e destruir blindados e carros de combate, também, poderão ser utilizadas
contra pontos fortes, casamatas, posições de metralhadoras e, em situações extremas,
serem utilizadas contra peritos atiradores. As armas anticarro são normalmente
empregadas por pequenas frações, de forma descentralizada, sendo dispostas ao longo
das principais vias públicas e nos andares superiores dos prédios, podendo bater alvos
distantes. Como regra de segurança, as armas anticarro deverão ocupar posições que
facilitem mudanças rápidas e que possam contar com apoio mútuo. A DAC deve ser
capaz de deter um ataque de blindados, impedindo-os de entrar nas ruas e destruindo
aqueles que conseguirem penetrar na área edificada. A DAC é organizada em
profundidade, barrando as vias de acesso mais favorável aos carros de combate
inimigo. Deve-se ter a preocupação de manter uma reserva provida de meios
anticarros móveis. São empregados na DAC carros de combate, canhões, granadas de
fuzil, munição e mísseis AC (condicionado a bons campos de tiros e distância mínima
para armar sua espoleta). A artilharia e os morteiros auxiliam na defesa anticarro,
procurando dissociar os carros da infantaria, seja abrindo crateras que dificultam sua
progressão ou mesmo atingindo-os.
25. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 3-7 - ORIGINAL
3.3.3 - Operações de Paz
Normalmente, a ONU é respeitada pelos diferentes partidos na Área da Operação.
Entretanto, situações de risco poderão ocorrer, como atentados contra as instalações e
pessoal da ONU. Há, ainda, a possibilidade de ocorrer ameaças de um dos partidos,
inclusive com o emprego de forças blindadas. Para a proteção do pessoal, das
instalações, dos documentos e das comunicações, a ONU possui um sistema de
segurança, muito semelhante na maioria das OpPaz, no qual são combinadas ações de
vigilância e segurança a fim de proteger o seu patrimônio. Fruto do exame da situação,
meios AC podem fazer parte da organização dessa força de paz visando proteger as
instalações e pessoal da ONU contra as ameaças blindadas das forças beligerantes.
26. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-1 - ORIGINAL
CAPÍTULO 4
PLANEJAMENTO E EXECUÇÃO DA AÇÃO ANTICARRO
4.1 - ESTUDO DO TERRENO
4.1.1 - Generalidades
As ações AC necessitam da condução de um estudo específico do terreno, como
parte da análise da Área de Operações (AOp). Tal estudo analisa a influência do
terreno sobre as ações AC, com maiores detalhes do que aqueles normalmente
apresentados na Estimativa de Inteligência. É preparado pelo Oficial de DAC em
conjunto com o Oficial de Inteligência, Oficial de Blindados e Oficial de Engenharia.
Ele fornece dados que complementam a Estimativa de Inteligência e são usados pelo
Comandante e Oficiais do EM para o planejamento e execução das ações DAC. As
seguintes informações são fundamentais para o Oficial de DAC fazer sua Estimativa:
- Missão do GptOpFuzNav;
- Área de operações;
- Duração da missão;
- Características dos Bld e das armas AC do GptOpFuzNav; e
- Características dos Bld e das armas AC do inimigo.
4.1.2 - Estudo do terreno sob o ponto de vista da DAC
O estudo do terreno não é a compilação de todo conhecimento a respeito de uma
área, mas, particularmente, da influência do terreno sobre as ações DAC. Tal estudo
considera especialmente:
- condições de trafegabilidade para os Bld na AOp;
- eixos de aproximação e comunicações para os blindados;
- observação e campos de tiro para as armas AC do GptOpFuzNav e para os Bld
inimigos;
- cobertas e abrigos que podem ser utilizados pelas armas AC do GptOpFuzNav ou
pelos Bld inimigos;
- obstáculos do terreno que canalizam e limitam a manobra das forças blindadas
inimigas, tornando-as um alvo compensador;
- localização de Áreas de Engajamento (AE);
- coordenação das ações de DAC com a Engenharia, a fim de explorar os obstáculos
naturais na AOp e os artificiais lançados pela própria força;
- a influência das condições climáticas e meteorológicas sobre o emprego das forças
27. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-2 - ORIGINAL
blindadas inimigas na AOp;
- influência das condições meteorológicas sobre o emprego da aviação e da artilharia;
e
- características das saídas de praia e a influência que estas exercem sobre o ritmo
das ações AC de uma ForDbq em terra.
As características do terreno são facilmente visualizadas por meio de fotografias,
cartas, esboços, etc. A trafegabilidade da Área de Operações é apresentada na Carta
de Trafegabilidade, onde são ressaltadas as áreas nas quais os blindados podem
operar.
4.2 - PLANEJAMENTO
4.2.1 - Generalidades
As ações de DAC apóiam-se maciçamente em medidas ofensivas, de modo a
eliminar qualquer ameaça de Bld contra os GptOpFuzNav. A atitude defensiva é
assumida somente de modo a opor-se a um iminente ataque inimigo.
Este artigo descreve o planejamento das ações de DAC e trata, principalmente, do
desenvolvimento de planos de DAC. Os outros planos somente são comentados no
que dizem respeito a seus relacionamentos com as ações de DAC.
4.2.2 - Propósito do planejamento da DAC
Durante o planejamento, os componentes dos EM, em todos os níveis, buscam prever
antecipadamente as medidas de DAC e os meios necessários à contenção da ameaça
de Bld inimigos. O planejamento da DAC, que é essencialmente um problema de
coordenação e integração dos meios AC, assegura um emprego eficiente de tais
meios.
4.2.3 – Aspectos comumente abordados durante o planejamento
- estimativa dos meios blindados do inimigo;
- determinação da possibilidade de tráfego de Bld na AOp;
- seleção de áreas que facilitem as ações de DAC;
- desenvolvimento da idéia de manobra que facilite o movimento da força e assegure
o rápido desenvolvimento dos meios AC no terreno;
- determinação de necessidade de meios AC adequados à operação;
- distribuição e/ou designação de meios AC disponíveis para assegurar a melhor
DAC possível;
- estabelecimento de um sistema de alerta AC;
28. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-3 - ORIGINAL
- prontificação de planos para o emprego dos meios AC;
- integração de todos os meios disponíveis de apoio de fogo em um sistema eficiente
da DAC; e
- integração dos meios AC com o sistema de barreiras.
4.2.4 - Considerações ao planejamento
Os seguintes aspectos são considerados antes e durante toda a operação:
a) Missão
- Natureza das tarefas recebidas;
- Frente e profundidade dos ataques;
- Concentração relativa e/ou dispersão do GptOpFuzNav;
- Extensão da Cabeça-de-Praia (CP), em largura e em profundidade; e
- Duração da operação.
b) Inimigo
- Composição, valor e dispositivo das forças blindadas inimigas na AOp;
- Estimativa do local e do momento em que o GptOPFuzNav poderá ser engajado;
- Apoio aéreo; características das armas antiaéreas da força blindada e/ou
mecanizada; e outras forças inimigas na AOp;
- Táticas e técnicas empregadas pela força inimiga;
- Características das armas, biológicas e nucleares (QBN) da força inimiga; e
- Características das armas AC da força inimiga.
c) Terreno
- A influência do terreno e das condições meteorológicas sobre o desdobramento
progressivo dos meios AC em terra;
- Condições de tráfego no interior da AOp para os blindados e meios AC;
- Obstáculos naturais e/ou barreiras existentes na AOp;
- Quantidade, extensão e disposição das prováveis vias de acesso para o avanço
dos Bld inimigos;
- Quantidade, extensão e localização relativa de obstáculos naturais;
- Quantidade, extensão e localização relativa das AE;
- Características gerais do terreno na AOp para prover proteção AC ao
GptOpFuzNav e facilitar adoção de uma eficiente DAC; e
- Extensão e capacidade da rede rodoviária para apoiar a força inimiga e as ações
AC do GptOpFuzNav.
29. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-4 - ORIGINAL
d) Disponibilidade de meios ao estabelecimento da DAC, na ForDbq e na Força
Tarefa Anfíbia (ForTarAnf), tais como:
- aeronaves;
- blindados;
- mísseis;
- armas QBN;
- munição AC; e
- material e equipamento de engenharia.
4.2.5 - Responsabilidades no planejamento das ações AC em uma OpAnf
As responsabilidades normais de comando nas operações se aplicam ao planejamento
AC. O Comandante da ForTarAnf (ComForTarAnf) é responsável pelo coordenação
do planejamento, que abrange a previsão de emprego do ApFN e APFAe em
proveito das ações de DAC, e a preparação dos planos de emprego daqueles meios,
visando os momentos iniciais da operação. O Comandante da ForDbq é responsável
pela atribuição de responsabilidades da DAC pertinentes a cada escalão da ForDbq.
Além disso, é responsável por:
- determinar as necessidades de meios da ForDbq e assegurar que os meios se
integrem à idéia de manobra visualizada;
- apresentar ao ComForTarAnf as necessidades de meios AC adicionais para a
ForDbq; e
- preparar a totalidade de planos de DAC da ForDbq.
4.2.6 - Tarefas de Estado-Maior
Oficiais do EM em todos os escalões têm responsabilidades específicas relativas às
ações DAC. Estas responsabilidades são partes inerentes dos deveres normais do
EM, durante o planejamento e execução das Operações:
a) Oficial de Operações
O Oficial de Operações considera as táticas inimigas quanto ao emprego do Bld,
na preparação de planos e ordens. Avalia continuamente a situação tática,
recomenda e prepara ordens para o emprego tático dos meios AC
apropriadamente.
b) Oficiais de DAC
No Componente de Combate Terrestre (CCT) nível Unidade, o comandante do
Pelotão Anticarro (PelAC) normalmente desempenha esta função. No CCT nível
30. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-5 - ORIGINAL
Brigada e no Comando da ForDbq esta função é desempenhada pelo Oficial de
Blindados designado pelo Comandante do Batalhão de Blindados de Fuzileiros
Navais (BtlBldFuzNav).
O Oficial de DAC auxilia na preparação das estimativas e ordens do EM provendo
informações técnicas detalhadas mantém uma carta de situação atualizada
contendo a localização e a capacidade dos meios AC e assessora no emprego
destes meios.
c) Oficial de Inteligência
O Oficial de Inteligência coleta e dissemina conhecimentos relativos às ameaças
inimigas em Bld.
Ele inclui estes conhecimentos na Estimativa de Informações e seus anexos e
avalia, com os Oficiais do EM, as modificações na situação dos Bld inimigos.
Prepara o Calco de Trafegabilidade, auxiliado pelo Oficial de Engenharia e
Oficial de Blindados.
d) Oficial de Blindados
O Oficial de Blindados assessora quanto ao emprego de Bld em apoio às ações de
DAC.
e) Oficial de Engenharia
É o responsável pela preparação do Plano de Barreiras, em coordenação com o
Oficial de Operações, Oficial de DAC e com o Coordenador de Apoio de Fogo
(CAF).
f) Oficiais do Estado-Maior Especial, de Aviação, Fogo Naval e Artilharia
Os Oficiais de Aviação, Fogo Naval e Artilharia elaboram recomendações
detalhadas, de modo a melhor prover o apoio de fogo às ações de DAC.
g) Oficial de Comunicações
O Oficial de Comunicações zelará para que o SisCom da operação assegure o
efetivo controle dos meios DAC e o alerta antecipado adequado.
31. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-6 - ORIGINAL
4.2.7 - Determinação das necessidades em meios AC
a) Generalidades
A determinação das necessidades em meios anticarro, especialmente aeronaves e
CC. A decisão final, na determinação das necessidades em meios DAC, é baseada
nos seguintes fatores:
- quando e onde podemos estabelecer contato com a Força Blindada inimiga;
- que poder de combate, em termos de blindados, o inimigo é capaz de concentrar
em pontos específicos; e
- que meios necessitamos para reagir a essa ameaça.
b) Propósitos da determinação das necessidades de meios AC
Contra um inimigo que possui um significativo potencial blindado e/ou
mecanizado, a avaliação, análise e determinação das necessidades de meios AC
específicas são consideradas, visando atender aos seguintes propósitos:
- um poder de fogo suficiente para destruir e/ou neutralizar qualquer força
blindada e/ou mecanizada inimiga;
- meios aéreos suficientes para manter um significativo grau de superioridade
aérea que possibilite conduzir reconhecimento afastado, bem como restringir,
retardar e canalizar o movimento dos elementos blindados e/ou mecanizados
inimigos em condições de reforçar;
- um poder de fogo suficiente para prover massificação de fogos ao longo das
principais vias de acesso dos Bld e/ou mecanizados remanescentes;
- armas AC leves para todas as unidades de infantaria;
- Carros de Combate para prover apoio cerrado aos elementos de assalto operando
ao longo das vias de acesso dos CC inimigos;
- uma força com forte potencial em CC, que possa se desenvolver rapidamente
para AE selecionadas e possua suficiente poder de combate para deter e destruir
uma penetração blindada e/ou mecanizada inimiga;
- munição AC adequada para as armas de todos os elementos de apoio não
orgânicos;
- munição química adequada, de forma a deixar barreiras tóxicas persistentes em
profundidade no terreno, ao longo de prováveis vias de acesso, e em zonas de
reunião de Bld e/ou mecanizados inimigos, de modo a restringir as manobras dos
seus CC em reforço a seu elemento de apoio e para retardar carros e forças
32. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-7 - ORIGINAL
mecanizadas que pretendam alcançar a AOp; e
- adequado apoio de engenharia, para facilitar a construção rápida de um sistema
eficiente de barreiras e para preparar posições desenfiadas para as armas AC.
c) Inter-relacionamento dos meios AC
A disponibilidade e necessidade de um meio AC afetam a disponibilidade e
necessidade de todos os outros. Sob esse aspecto, a habilidade do comandante em
substituir um meio AC por outro, determina o grau de flexibilidade de seus planos
AC. O mais importante neste caso é o equilíbrio que o comandante possa obter
entre seus meios AC aéreos e terrestres, considerando o seguinte:
- conhecendo o número total de CC inimigos em oposição e a capacidade de
destruição do apoio aéreo disponível, o comandante pode determinar suas
necessidades em armas para as ações de DAC; e
- de modo inverso, conhecendo a capacidade de destruição de suas armas AC
terrestres e outros meios AC disponíveis, o comandante pode determinar suas
necessidades em apoio aéreo.
d) Necessidades a considerar no planejamento
A análise das necessidades é uma responsabilidade contínua, requerendo
cobertura e estudos cuidadosos para se evitar a omissão de qualquer item essencial
ou inclusão desnecessária de equipamento, pessoal ou material. É feita previsão
das perdas de meios AC em função da ação inimiga, das características da área e
de qualquer outra contingência prevista com relação à operação.
Depois de todas as necessidades AC terem sido determinadas, elas são pesadas
contra os meios AC disponíveis para se determinar qualquer necessidade
adicional. Logo que todos os meios AC sejam conhecidos, planos de DAC são
elaborados de forma a refletir a disponibilidade daqueles meios. Quando não há
suficientes meios AC disponíveis nos escalões superiores para cessão, de modo a
assegurar a necessária preponderância de poder de combate para sobrepujar as
forças blindadas e/ou mecanizadas inimigas, é necessária a adoção de uma das
seguintes alternativas:
- reduzir a força blindada inimiga por meio do componente aéreo, para que se
alcance a necessária superioridade de combate na AOp;
- o desembarque pode ser mudado para uma região diferente; e
- a operação pode ser cancelada.
33. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-8 - ORIGINAL
4.2.8 - Fatores que influenciam a atribuição de métodos de controle e o emprego dos
meios AC
a) Método de controle
O método de controle a ser atribuído obedece a especificidade de cada meio AC.
Contudo, o problema principal, ao se planejar a atribuição de métodos de controle
a estes meios, consiste em conseguir um equilíbrio entre as necessidades da Força
como um todo e de seus elementos subordinados.
É dispendioso e impraticável prover todas as unidades da Força com todos os
meios AC que elas possam necessitar para fazer frente a todas as possíveis
ameaças. Todavia, as principais preocupações residem no emprego em massa dos
meios AC ao longo das principais vias de acesso e na manutenção de uma reserva
com mobilidade e forte em CC, capaz de se deslocar imediatamente para qualquer
ponto da AOp. Deve-se buscar prover o controle centralizado dos meios AC de
modo a assegurar seu emprego integrado e centralizado imediatamente quando se
fizer necessário. Os meios AC são empregados descentralizados somente em
casos de extrema necessidade de dispersão ou para apoiar operações
independentes.
b) Fatores que influenciam o emprego dos meios AC
Os fatores missão, inimigo, terreno e meios são analisados ao se planejar a
atribuição de tarefas aos meios AC. Particular atenção é dedicada às seguintes
considerações:
I) Multiplicidade de tarefas
O recebimento de várias tarefas, simultaneamente, pelos meios AC pode ditar
uma indesejável descentralização do controle. Os planos deverão prever,
quando isto ocorrer, a rápida reversão desses elementos ao controle
centralizado.
II) Possibilidades do inimigo
Quando houver indisponibilidade de informações sobre a localização dos
elementos blindados inimigos ou sobre suas possibilidades, os meios AC são
mantidos sob controle centralizado. Neste caso, considerar o inimigo capaz de
empregar suas forças blindadas emassadas e, em conseqüência, são atribuídos
métodos de controle centralizados, visando criar condições de se contra-atacar
essas forças.
34. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-9 - ORIGINAL
III) Afastamento entre Unidades
O afastamento entre Unidades é um fator crucial a se considerar no
planejamento do emprego dos meios AC.
IV) Concentração de meios AC
Planos de DAC prevêem a concentração de meios AC para conter um ataque
blindado em larga escala. Estes planos são destinados a centralizar o controle
dos meios AC bem como dos elementos em reserva. Eles são executados tão
logo o inimigo tenha revelado suas intenções acerca da posição onde deverá
lançar seu ataque com blindados.
A concentração não deve ser efetuada sob ameaça de ataque nuclear, em face
da possibilidade de tornar-se um alvo.
V) Defesa em profundidade
O ataque blindado é caracterizado por penetrações profundas e largos
envolvimentos. Defesas AC, para serem eficazes, devem ser organizadas em
profundidade. Cada escalão assegura-se de que sua defesa AC em
profundidade seja estabelecida com suas armas orgânicas e à disposição. A
Força provê meios AC suplementares às suas frações subordinadas.
VI) Fatores de tempo e distância
Os fatores de tempo e distância afetam o emprego das forças blindadas amigas
e inimigas e são considerados na definição do posicionamento e da procedência
dos meios AC. Terrenos limpos com boas condições de trafegabilidade para os
meios AC da Força, geralmente, indicam a necessidade de manter-se o controle
centralizado. Terreno com poucas condições para tráfego de forças blindadas
e/ou mecanizadas geralmente determinam o emprego dos meios AC em Apoio
Direto, aos elementos de assalto que estejam em zonas de ação mais críticas.
35. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-10 - ORIGINAL
4.3 - CONSIDERAÇÕES PARA AS OPERAÇÕES ANFÍBIAS
4.3.1 - Características
As principais características das ações de DAC numa OpAnf são as seguintes:
a) Ausência inicial de profundidade
No Assalto Anfíbio, a ForDbq, inicialmente, não terá espaço em terra suficiente
para organizar ações defensivas aos contra ataques inimigos. Isto torna a ForDbq
vulnerável ao ataque das forças blindadas inimigas, até que ela progrida para o
interior, e adquira um dispositivo em profundidade, o que é um pré-requisito para
a execução de uma DAC convencional.
b) Ausência inicial de meios
Nos instantes iniciais do assalto, por superfície ou helitransportado, os elementos
de assalto dependem de suas armas orgânicas e dos apoios de Fogo Naval e
Aéreo. Os CC podem ser desembarcados nas primeiras vagas de assalto para
apoiar ou para conter uma ameaça iminente de ataque de Bld inimigos na área de
desembarque, caso os obstáculos na praia e/ou as armas AC inimigas não sejam
suficientes para retardá-los. A situação da ForDbq é vulnerável até que consiga ter
sua inteira capacidade AC, isto é, até que possa desembarcar e integrar todos seus
meios AC.
c) Restrições à manobra da ForDbq
Nos momentos iniciais do assalto, a ForDbq, normalmente, será um alvo
compensador para as forças blindadas e/ou mecanizadas inimigas. Além disso, sua
manobra pode ser restringida pelos obstáculos. Até que a ForDbq abra brechas nos
obstáculos e adquira profundidade, sua capacidade de desembarcar meios mais
pesados é muito reduzida.
d) Ausência de barreiras artificiais
Durante a fase do assalto, a ForDbq não dispõe de um sistema de barreiras para
restringir, dividir ou canalizar a força blindada e/ou mecanizada inimiga que tente
atacá-la.
e) Desembarque descentralizado
Durante o movimento navio-para-terra (MNT), os elementos AC da ForDbq estão,
normalmente, distribuídos por navios e embarcações. O desembarque
descentralizado reduz a eficiência das ações conduzidas contra a força blindada
até que o controle centralizado e a unidade de comando sejam restabelecidos.
36. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-11 - ORIGINAL
f) Vulnerabilidade dos elementos de apoio
As instalações de Apoio de Serviços ao Combate (ApSvCmb), relativamente
estáticas, são alvos compensadores para forças blindadas inimigas, inclusive por
possuírem apenas um número limitado de armas AC leves para sua própria defesa.
g) Vulnerabilidade das tropas helitransportadas
Os elementos desembarcados por helicóptero (He), no início do assalto, são
extremamente vulneráveis às forças blindadas inimigas, uma vez que ficam
temporariamente isolados do corpo principal da ForDbq e, em geral, dispõem de
limitada capacidade AC. Eles permanecem vulneráveis até que a junção com
outros elementos da ForDbq seja efetuada e possam ser reforçados com armas AC
pesadas.
h) Estabelecimento progressivo dos meios AC em terra
No Assalto Anfíbio, a necessidade de meios AC em terra é sentida logo que
abicam as primeiras vagas de assalto. Os planos prevêem a inclusão de armas AC
leves e munições AC com os elementos de assalto. A reserva, normalmente,
também recebe armas AC leves e é mantida em condição de pronto emprego, na
AOp. Os planos prevêem também o desembarque de CC o mais cedo possível.
Quando a praia não está defendida por armas AC, campos minados e obstáculos,
os meios AC podem ser desembarcados com os elementos de assalto.
4.3.2 - Planejamento
Planejar e executar um Assalto Anfíbio contra um inimigo forte em Bld é um desafio
considerável para um GptOpFuzNav, uma vez que as ações de DAC são dificultadas
pelos aspectos peculiares a esse tipo de operação, que contribuem para a maior
vulnerabilidade da ForDbq a um ataque de vulto desses meios.
Deste modo, as ações de DAC da ForDbq necessitam:
- estabelecer um eficiente sistema de vigilância, que facilite o engajamento e a
destruição dos Bld inimigos, tão afastado quanto possível das posições ou objetivos
da ForDbq;
- considerar, na seleção das praias de desembarque e no desenvolvimento da idéia de
manobra, os obstáculos naturais e artificiais para Bld;
- planejar e executar o desembarque de modo que a ForDbq possa conseguir
suficiente profundidade na CP, permitindo a organização de uma forte DAC, antes
do contato com os principais meios blindados inimigos; e
37. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-12 - ORIGINAL
- prover uma reserva forte em CC ou um Grupamento Operativo Mecanizado
(GptOpMec), com poder de combate suficiente para retomar a iniciativa e
desenvolver-se rapidamente para conter e destruir qualquer força blindada inimiga.
4.3.3 – Momentos Iniciais
Nos momentos iniciais de uma Operação Anfíbia (OpAnf) os meios disponíveis para
proteger a ForDbq do ataque de blindados inimigos são as armas AC do escalão de
ataque, o fogo naval e a aviação. As medidas de DAC, nos momentos iniciais do
assalto, buscam:
- negar o acesso de reforços às forças mecanizadas/blindadas inimigas na área;
- acelerar o estabelecimento dos meios AC da ForDbq em terra;
- conquistar rapidamente objetivos que facilitem o estabelecimento de uma efetiva
DAC;
- manter o ímpeto do assalto pelo contínuo desenvolvimento da idéia de manobra;
- planejar sucessivas linhas de controle AC, que facilitem a rápida assunção da
defensiva no caso de um ataque blindado e/ou mecanizado de vulto;
- efetuar reconhecimento e contra-reconhecimento, bem além das posições da
ForDbq;
- executar agressivas ações ofensivas contra pequenas forças mecanizadas/blindadas
que ameacem a ForDbq; e
- adotar uma posição defensiva quando se tornar iminente o ataque de uma força
mecanizada/blindada de vulto.
4.3.4 - Desembarque
No planejamento do desenvolvimento dos meios AC em terra, durante a Fase do
Assalto, há que se levantar certas considerações básicas, tais como:
- CC são armas particularmente valiosas para deter um ataque inicial das forças
blindadas e/ou mecanizadas inimigas, dada a capacidade que têm de se opor, em
tempo suficiente, à ameaça mecanizada existente na AOp;
- as condições de manobra das forças blindadas e/ou mecanizadas inimigas podem
determinar que a ForDbq empregue, sem retardo, elementos AC helitransportados,
em pontos de importância operativa, particularmente pontos críticos do terreno; e
- o desembarque antecipado das armas AC tende a reduzir as baixas entre os
elementos de assalto, sendo um fator que favorece o moral do combatente, nos
estágios iniciais do assalto.
38. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-13 - ORIGINAL
4.3.5 - Fatores que influenciam o desenvolvimento dos meios AC em terra
O planejamento do incremento progressivo dos meios AC em terra é baseado na
consideração dos seguintes fatores:
a) Missão
No Plano de Desembarque da ForDbq, encontram-se os locais de desembarque
para os meios AC. A determinação do local de desembarque é efetuada com base
no tempo necessário à conquista dos objetivos em terra e no tempo disponível
para organizar uma ação de DAC, a fim de fazer frente ao provável emprego de
blindados e/ou mecanizados inimigos na AOp.
b) Idéia de manobra
É elaborada visando-se conquistar rapidamente os objetivos e ter condições de
conter ameaças blindadas e/ou mecanizadas inimigas na AOp. Assim sendo, é
elaborada de forma a se poder manter o ímpeto do ataque e, ao mesmo tempo,
possibilitar a adoção de medidas eficazes de DAC, nas sucessivas linhas de alturas
do terreno, à medida que a Força se interioriza. O momento e o local para o
desembarque de CC são selecionados de modo que se possa apoiar da melhor
forma a idéia de manobra e as necessidades de DAC.
c) Meios de desembarque
Os meios de desembarque para transportar os meios AC têm influência
fundamental na capacidade de desembarque dos mesmos, quando e onde forem
necessários.
d) Praia de desembarque
O gradiente da praia, as saídas de praia e as prováveis vias de acesso a serem
mobiliadas pelos blindados inimigos influenciam a seleção das praias de
desembarque. Uma boa praia é aquela que possui várias saídas de praia. Ela deve
ser localizada de modo a apoiar toda a idéia de manobra da ForDbq em terra. O
desembarque de CC é retardado quando:
- há obstáculos n´água;
- os gradientes de praia não permitem a abicagem em rampa seca ;
- as condições de trafegabilidade do solo são ruins; e
- é necessário abrir passagens.
e) Obstáculos
Campos de minas e demais obstáculos na praia são, normalmente, removidos ou
39. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-14 - ORIGINAL
destruídos antes do desembarque das armas AC. Obstáculos são evitados sempre
que possível. Quando tal medida for impraticável, a praia de desembarque é
selecionada onde eles podem ser mais facilmente transpostos. Os planos prevêem
o emprego de Equipes de Aberturas de Brechas para o desembarque com as
primeiras vagas de assalto, assegurando o desenvolvimento inicial da maioria dos
meios AC da ForDbq em terra.
f) Reconhecimento
Os planos prevêem pessoal de reconhecimento para CC e meios AC,
acompanhando elementos de assalto em terra, de modo a esclarecer aspectos
desconhecidos da resistência inimiga, observar características do terreno que
possam ser exploradas e para assegurar, o mais cedo possível, o desembarque de
meios AC. Quando esse pessoal não pode ser desembarcado, o conjunto de
conhecimentos requeridos para as decisões necessárias ao desembarque e emprego
dos elementos AC é solicitado aos elementos de assalto. As tarefas de
reconhecimento a serem executadas por unidades de CC e de meios AC são
elaboradas baseando-se, principalmente, nos itens relacionados a seguir:
- pontos de abicagem e gradiente de praias;
- condições de tráfego na praia;
- saídas de praia e vias de acesso; e
- localização e quantidade das armas AC do inimigo, obstáculos e campos de
minas.
4.3.6 - Planejamento de abertura de brechas e destruição de obstáculos
Os planos prevêem uma rápida limpeza da praia, bem como de obstáculos e de minas
submersas, para permitir o desembarque inicial e o emprego dos meios de DAC da
Força. O tempo, raramente, permite a retirada de todas as minas e obstáculos. A
situação pode ser tal que obrigue uma alteração no desembarque previsto.
A identificação a partir das brechas é determinada face às necessidades operacionais
para o desembarque, às saídas de praias, à missão e à idéia de manobra em terra. As
brechas selecionadas são localizadas de modo a satisfazer aos seguintes requisitos:
- larguras suficientes para permitirem a passagem de um CC;
- acessos que conduzam a uma rede de estradas ou área trafegável, de modo a
facilitar manobras imediatas em apoio às tropas de assalto ou a movimentos laterais
após o desembarque;
40. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-15 - ORIGINAL
- localizadas próximas aos pontos de desembarque planejados;
- permitirem, pelo menos, um mínimo de movimentos laterais após o desembarque; e
- fácil localização do mar.
4.3.7 - Ação ofensiva
A ForDbq não pode permitir que ameaças de pequenas forças blindadas e/ou
mecanizadas inimigas detenham seu rápido desenvolvimento em terra. A conquista
dos objetivos da ForDbq é essencial e se constitui na melhor base para uma DAC. A
ForDbq explora todas as oportunidades para empregar seus meios em ações
ofensivas, dando ênfase ao emprego das armas de apoio, reservas mecanizadas e
forças AC transportadas por He. Tais forças devem buscar:
- fixar a força blindada e/ou mecanizada inimiga com o emprego de fogos
emassados;
- cercar a força inimiga por meio de um envolvimento vertical ou de uma manobra
que estabeleça posições de bloqueio à retaguarda do inimigo. Quando possível, as
vias de acesso são minadas, usando-se inclusive He, a fim de conter os elementos
blindados e restringir sua manobra, sem prejudicar as manobras futuras da ForDbq;
e
- engajar os CC inimigos com os CC da ForDbq apoiados por armas AC e todas as
armas de apoio disponíveis. Esses elementos atacam os flancos e a retaguarda dos
CC inimigos e os canalizam para onde serão batidos pelos fogos das forças AC em
posição.
4.3.8 - Medidas de emergência
A ForDbq, como um todo, não pode permitir que a rápida conquista de seus
objetivos seja retardada. A ação de CC inimigos contra a ForDbq, nos estágios
iniciais do assalto, requer que esta adote as seguintes medidas de emergência:
- estabelecer pontos fortes e engajar os CC inimigos com suas armas orgânicas;
- iniciar o desembarque das armas AC em vagas "a pedido";
- desembarcar elementos helitransportados da reserva e os posicionar para conter a
ameaça; e
- solicitar apoio aéreo e fogo naval maciço contra os blindados para destruí-los e/ou
neutralizá-los, a fim de permitir que a ForDbq retome a iniciativa e reassuma a
ofensiva.
41. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-16 - ORIGINAL
4.4 – ALERTA ANTICARRO
4.4.1 - Generalidades
A adoção de um sistema de alerta AC permite a obtenção do tempo mínimo de reação,
necessário para o ajuste dos fogos nos alvos blindados inimigos. Para tal, é
imprescindível que sejam previstas condições de alerta; mudança de controle dos meios
AC e as mensagens padronizadas.
4.4.2 - Condições de Alerta
Visando aprestar a DAC, quatro condições de alerta são, normalmente, estabelecidas. O
enquadramento da situação em qualquer dessas condições implica no desencadeamento
de ações previstas na diretiva que serão, então, postas em execução para conter a
ameaça inimiga.
a) Condição IV
Forças blindadas inimigas foram detectadas, mas o contato é remoto.
b) Condição III
Forças blindadas inimigas estão se aproximando do GptOpFuzNav e o contato pode
ser previsto com razoável precisão.
c) Condição II
Unidades amigas estão sob ataque de forças blindadas inimigas.
d) Condição I
O GptOpFuzNav está engajado pela força blindada inimiga, com o seu dispositivo
comprometido.
4.4.3 - Ações a desencadear em cada condição
a) Condição IV
- Aeronaves, navios de Apoio de Fogo Naval (AFN) e Artilharia em AçCj, dentro do
alcance, conduzem missões de tiro de longo alcance; e
- CC que ainda não estão em terra devem ser desembarcados.
b) Condição III
- Aeronaves e navios de ApFN em AçCj continuam em missão de tiro, conforme
solicitado pela ForDbq. A Artilharia continua a apoiar sob o comando da ForDbq;
- Os CC são colocados em ApDto ao GDB que está sob ameaça blindada inimiga; e
- Os elementos AC, orgânicos e à disposição do GDB, mudam suas posições de
acordo com o Plano de DAC.
42. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-17 - ORIGINAL
c) Condição II
- A prioridade de fogos dos navios de ApFN em AçCj passa para o GDB ameaçado;
- O Comandante da Força de Desembarque (ComForDbq) pode reter o controle de
parte dos meios em AçCj, de modo a deter qualquer ataque subseqüente; e
- O comando do GDB passa a gestão de uma fração adequada das armas de apoio ao
Comandante da Companhia de Fuzileiros Navais (CiaFuzNav) atacada e, assim,
muda o controle dos CC, e altera a prioridade de fogos das armas orgânica, da
Artilharia e dos Navios de ApFN em ApDto para a Companhia atacada..
d) Condição I
- Os meios em ApDto disponíveis no GDB adjacente podem ser designados pelo
ComForDbq para apoiar o GDB ameaçado;
- O GDB ameaçado passa a prioridade de fogos de suas armas de apoio à CiaFuzNav
ameaçada;
- Elementos de CC em ApDto às outras Unidades são deslocados para a área
ameaçada; e
- O comando do GDB pode passar o controle de todas as suas armas de apoio e CC
ao comandante encarregado de executar o contra-ataque.
4.4.4 - Mensagens padronizadas
As informações a serem transmitidas para atendimento às diversas condições de "Alerta
AC" deverão observar os seguintes critérios:
a) Condição IV
Enviar a informação ao ComForDbq, preferencialmente por uma das seguintes redes:
- Tática da ForDbq;
- Observação Aérea da ForDbq; ou
- Reconhecimento da ForDbq.
I) Precedência
Operativa.
43. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-18 - ORIGINAL
II) Composição do texto
Este texto será precedido dos seguintes grupos códigos "BLINDADOS -
CONDIÇÃO QUATRO".
A seguir, serão fornecidas as seguintes informações:
ALFA - condições de prontificação - Esclarecer se o inimigo encontra-se em zona
de reunião (ZReu); em deslocamento segundo uma formação de combate; número
de blindados, etc;
BRAVO - localização - observar as instruções do anexo de comunicações quanto
ao código de coordenadas em vigor;
CHARLIE - direção do movimento e velocidade estimada; e
DELTA - grupo data-hora da observação.
b) Condição III
Enviar a informação ao ComForDbq, por uma das seguintes redes:
- Tática da ForDbq;
- Observação Aérea da ForDbq; e
- Reconhecimento da ForDbq.
I) Precedência
Operativa.
II) Composição do texto
Este texto será precedido dos grupos códigos "BLINDADOS - CONDIÇÃO
TRÊS".
ALFA - condições de prontificação (as mesmas da condição IV);
BRAVO - localização (as mesmas da condição IV);
CHARLIE - direção do movimento e velocidade estimada (as mesmas da
condição IV);
DELTA - tempo provável para contato com as nossas forças; e
ECHO - grupo data-hora da observação.
c) Condição II
Enviar a informação ao ComForDbq pela Rede Tática da ForDbq.
I) Precedência
Instantânea.
II) Composição do texto
Este texto será precedido dos grupos códigos "BLINDADOS-CONDIÇÃO
44. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-19 - ORIGINAL
DOIS":
ALFA - composição e dispositivo adotado pelo inimigo;
BRAVO - localização (os mesmos elementos da Condição IV, enviar mensagem
em linguagem clara);
CHARLIE - valor e identificação da tropa em contato com o inimigo; e
DELTA - grupo data-hora da informação.
d) Condição I
Enviar esta informação ao ComForDbq pela Rede Tática da ForDbq.
I) Precedência
Emergência.
II) Composição do texto
Este texto será precedido pelos grupos códigos "BLINDADOS - CONDIÇÃO
UNO".
ALFA - referência à mensagem da Condição II;
BRAVO - direção do ataque do inimigo, dispositivo e valor atual;
CHARLIE - situação atual das nossas forças;
DELTA - demais dados julgados úteis à avaliação da situação; e
ECHO - grupo data-hora da informação.
4.4.5 - Prescrições diversas
As mensagens referentes às condições previstas para "Alerta Anticarro" deverão ser
disseminadas o mais rápido possível, por qualquer meio, no caso da impossibilidade
do uso do canal radiotelefônico.
Uma vez superada a "CONDIÇÃO UNO", deverá ser observado o seguinte
procedimento:
- Enviar uma mensagem ao ComForDbq, com referência àquela da "CONDIÇÃO
UNO", por meio da Rede Tática da ForDbq;
a) Precedência
Operativa.
b) Composição do TEXTO
- "VOLTA CONDIÇÃO UNO"; e
- Autenticar pelo método em vigor.
45. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-20 - ORIGINAL
4.5 – DOCUMENTOS ELABORADOS PELO OFICIAL DE DAC
4.5.1 – Estimativa de DAC
A estimativa de Ações AC é uma análise lógica e ordenada de todos os fatores que
afetam o cumprimento da missão em face da ameaça de blindados inimigos. Sua
finalidade é assessorar o Comandante em sua Decisão, determinando a LA mais
favorável sob o ponto de vista do Oficial de Ações AC.
Em sua essência, a estimativa de Ações AC, juntamente com as demais estimativas de
EM e o confronto, provêm o suporte para o teste final de AEA de uma LA, na fase 4 do
Exame da Situação.
Inicia-se com o conhecimento da operação a ser realizada (estimativas preliminares) e
constitui-se em um processo contínuo em todo o planejamento, só podendo ser
complementada com o recebimento, pelo EM, da Diretiva Preliminar de Planejamento
(DPP).
O Oficial Ações AC elabora sua estimativa, em função do contido na DPP, fazendo um
estudo dos diversos fatores que influenciam o cumprimento da Missão, sob o enfoque
da Ações AC, analisa e compara as Linhas de Ação, apontando a melhor sob seu
enfoque específico; relaciona os principais aspectos que conduziram àquela escolha; e
apresenta também sugestões para superar os problemas identificados, de forma a
garantir a implementação da LA considerada, caso seja ela selecionada pelo
Comandante.
A estimativa de Ações AC pode ser apresentada verbalmente ou por escrito conforme
determinação do Comandante. O Anexo “A” apresenta um modelo de estimativa Ações
AC comentada, na qual são apontados os principais aspectos sob o enfoque da Ações
AC.
4.5.2 - Planos de Ações AC
A Defesa Anticarro (DAC) busca integrar todos os meios AC disponíveis com os
propósitos de localizar e engajar os blindados inimigos tão afastado das posições amigas
quanto possível, reduzir ao máximo o poder de combate dos blindados inimigos antes
do seu engajamento com as unidades de assalto e neutralizar ou destruir os blindados
que consigam engajar a ForDbq, com todas as armas disponíveis.
Para que um Plano Anticarro tenha chances de êxito, especialmente em uma OpAnf,
onde a ameaça dos CC é maior em face da natureza leve da ForDbq, é necessário que
46. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - 4-21 - ORIGINAL
esteja perfeitamente integrado com o Plano de Barreiras e o Plano de Apoio de Fogo.
Assim, deve explorar as vantagens proporcionadas pelo Plano de Barreiras, que
canalizará os CC de forma a proporcionar o emprego judicioso e econômico das armas
AC. Deve-se levar em conta, ainda, que os CC são mais eficientes quando atuando em
conjunto com a Infantaria. Assim, a manobra defensiva, o Plano de Apoio de Fogo e o
Plano de Barreiras devem prever a dissociação do binômio Inf-CC, tornando, assim, os
CC inimigos vulneráveis.
O Plano de Ações AC deve prever o emprego das armas AC escalonadas em
profundidade, iniciando o mais distante possível, com o apoio do CteCA que deverá
engajar os CC em todos os momentos, desde que não coloque em risco a própria tropa.
Na defensiva, às Forças de Segurança, cabe o importante papel do primeiro
engajamento terrestre com os blindados do inimigo. Para tal, deverão ser dotadas de
uma maior dosagem de armas AC, desde que estejam dentro de sua capacidade de
controle. Devem ser dotadas, ainda, de mobilidade para que não sejam fixadas e
aniquiladas pelo atacante. Durante o retraimento para a ADA, deverão informar
continuamente os locais do LAADA para onde se dirigem os blindados inimigos.
Assim, as forças no LAADA poderão remanejar suas armas AC conforme necessário.
Os Anexos “B” e “C” apresentam os modelos dos Planos em DAC na ofensiva e
defensiva de uma OpAnf, respectivamente
47. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - A-1 - ORIGINAL
ANEXO A
MODELO DE ESTIMATIVA DE DEFESA ANTICARRO
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
(GRAU DE SIGILO)
EM da ......................
Unidade ...................
Local ........................
Data-Hora, mês e ano
NOME CÓDIGO DA OPERAÇÃO (EXERCÍCIO ,sfc)
ESTIMATIVA DE DEFESA ANTICARRO
Referência(s) : (a) Diretiva Pleliminar de Planejamento nºXXX/0X; e
(b) Cartas, outras estimativas, etc.
1. MISSÃO
a. Missão
1) Transcrever a missão imposta pelo escalão superior ao GptOpFuzNav a que está
subordinado.
b. Tarefas dos Elementos de Defesa Anticarro
1) Mencionar as tarefas atribuídas aos meios de defesa anticarro e as implícitas na
Missão do GptOpFuzNav.
c. Decisões Anteriores
1) Decisões já tomadas na 1ª e 2ª Reuniões Formais , bem como as contidas na
Diretiva Inicial que deu início ao processo de planejamento. Podem vir expressas
em uma Ordem Preparatória/Plano Preliminar; e
2) Considerações sobre alvos civis, benfeitorias.
2. SITUAÇÃO E CONSIDERAÇÕES
a. Características da Área de Operações
1) Se o terreno adjacente às LDbq permite o posicionamento dos meios de defesa
anticarro;
2) Saídas de praia, estradas para o interior;
3) Trafegabilidade da CP como um todo e nas áreas adjacentes;
4) Características da praia como gradiente e granulometria;
5) Obstáculos a Vtr SR no interior da CP;
6) VA valorizadas por estradas; e
7) Condições meteorológicas e de luminosidade.
b. Forças Inimigas
1) Localização e dispositivo
a) Localização e dispositivo dos blindados inimigos.
2) Possibilidades do Inimigo
a) Fazer referência às PI que envolvam o emprego de blindados inimigos, bem
como sua probalidade relativa de adoção.
48. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - A-2 - ORIGINAL
c. Forças Amigas
1) Forças envolvidas
a) Listar as forças especificamente envolvidas nas ações AC; e
b) Listar as forças que, de alguma maneira, contribuam para as ações AC.
2) Linhas de Ação
a) Fazer referência ao documento que contém as LA.
3) Meios disponíveis
a) Listar os meios AC disponíveis (PelMtrP, PelAC, PelCC, Art, FN, Av,
etc).
d. Hipóteses básicas
1) Mencionar as HB pressupostas pelo Comandante do GptOpFuzNav em
sua Análise da Missão.
e. Forças a serem apoiadas
1) Mencionar as peças de manobra do GptOpFuzNav.
f. Fatores especiais
1) Fatos relacionados aos requisitos de apoio estipulados nos conceitos
sumários das LA; e
2) Outros dados de interesse.
3. ANÁLISE
a. Considerações tendo o mesmo efeito
1) Relacionar os fatores que afetarão igualmente as LA tais como : condições
do tempo, observação e hidrografia.
b. Linhas de Ação
1) LA nº 1
a) Analisar as LA estabelecidas, considerando entre outros os seguintes
aspectos :
- Compartimentação do terreno;
- Disponibilidade de He nos momentos iniciais;
- Flancos protegidos por tropa ou obstáculos a Vtr;
- Ldbq próximas que permitam concentração do apoio de fogo
naval;
- Movimentos apoiados por CC e VtrSR;
- Movimentos Helitransportados; e
- Facilidade de estabelecimento de posições de bloqueio.
2) LA nº 2
Idem
3) LA nº 3
Idem
4. AVALIAÇÃO
a. LA nº 1
1) Vantagens
- Peças de manobras apoiadas por CC/Bld e He;
- Flancos protegidos;
- Meios DAC centralizados;
- Rapidez na conquista dos objetivos;
49. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - A-3 - ORIGINAL
- Desembarque sem ameaça de CC inimigo; e
- Mobilia faixa do terreno favorável a defesa anticarro.
2) Desvantagens
Podem ser citadas aqui, como exemplo, condições opostas às que foram
apresentadas anteriormente. Não deve ser esquecido porém, que para efeito
de avaliação, a vantagem de uma LA não poderá ser considerada
desvantagem em outra.
b. LA nº 2
1) Vantagens
2) Desvantagens
c. LA nº 3
1) Vantagens
2) Desvantagens
5. CONCLUSÃO
Listar todas as conclusões decorrentes das avaliações dos parágrafos anteriores.
NOME COMPLETO DO OFICIAL
Posto
Função Operativa dentro do Estado-Maior
Função Administrativa
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
50. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - B-1 - ORIGINAL
ANEXO B
MODELO DE PLANO DE DAC NA OFENSIVA
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
(GRAU DE SIGILO)
ORDEM DE OPERAÇÃO NOME CÓDIGO
OM Expedidora NºXXX - ano
ANEXO “I”
PLANO DE AÇÕES ANTICARRO
Referência: Cartas, outras diretivas, etc.
Fuso Horário:
1. SITUAÇÃO. Ver parágrafo 1º da Ordem de Operação e enfatizar os aspectos relacionados
ao emprego de blindados pelo inimigo.
2. MISSÃO. Ver parágrafo 2º da Ordem de Operação.
3. EXECUÇÃO.
• Detalhar as operações Pré-Dia-D e Pré-Hora-H. O esforço Das Ações AC limitar-se-
á às ações dos elementos infiltrados na AOp, no intuito de levantar e informar a
localização, natureza e valor dos Elm blindados e posição de armas AC inimigas.
• Como se dará o engajamento dos blindados e posições de armas AC inimigas
localizadas Pré-Dia-D ou Hora-H, antes do início do desembarque da ForDbq, ou tão
logo possível, pelo fogo naval ou aviação, de modo a garantir proteção apropriada ao
escalão de assalto.
• Detalhar as ações do fogo naval e aviação nas regiões que permitam o acesso de
blindados inimigos às PraDbq, particularmente ao longo das vias de acesso
valorizadas por estradas penetrantes que demandam a PDbq.
• Detalhar as ações das Peças de Manobra em 1º escalão, a partir do Dbq até a
conquista da 1.ª LAltu, dispondo sobre o armamento orgânico, fogo naval, aviação e
CC para fazer frente à ameaça de blindados inimigos.
• Detalhar como será as Ações AC nos deslocamentos;
• Detalhar a atuação dos Elm avançados (patrulhas, vanguardas e flancoguardas), a fim
de engajar os blindados inimigos o mais longe possível do grosso do GptOpFuzNav.
51. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - B-2 - ORIGINAL
• Planejar o aprofundamento da DAC com o emprego de meios orgânicos, em apoio
direto e/ou à disposição, de maneira a prover proteção AC às instalações de C3
I,
logísticas e às posições dos PelMtr81mm.
• Detalhar o aprofundamento da DAC pela Reserva com seus próprios meios, quais os
eixos ou regiões prioritárias que favoreçam o acesso de blindados inimigos às
instalações C3
I, posições e instalações logísticas da Artilharia e meios antiaéreos.
• Como se dará o fluxo de informações das Peças de Manobra para o Comando do
GptOpFuzNav sobre posições e deslocamentos de blindados inimigos nas
proximidades de suas ZAç.
• Posicionamento dos meios AC após a conquista dos objetivos finais dos GDB em 1º
escalão e GDB reserva com vista às regiões e eixos que favoreçam as ações de
contra-ataque de blindados inimigos, prevendo, ainda, o emprego de FN, Art,
aviação e obstáculos.
• Prever o alerta AC no caso da localização de blindados inimigos que estejam se
opondo ao avanço das peças de manobra do GptOpFuzNav, ou que estejam em
deslocamento no interior da CP detalhando seu engajamento com armamento AC
disponível.
• Prever o envolvimento dos blindados inimigos empregando também os CC, as armas
AC e o apoio de fogo disponível para neutralizá-los ou destruí-los.
• Detalhar as formas de identificação de blindados amigos e inimigos.
• Detalhar o fluxo de informações entre os comandos dos GDB adjacentes, Elm
subordinados e o Comando da ForDbq, a fim de manter a todos informados sobre o
posicionamento e o deslocamento de blindados amigos, incluindo eixos e itinerários.
a. GDB em 1º escalão
(1) Prover alerta às ações de blindados inimigos.
(2) Estabelecer a DAC em sua ZAç.
(3) Integrar seus meios de DAC com as barreiras e o apoio de fogo.
(4) Ficar ECD integrar equipes de destruição de blindados.
b. BtlArtFuzNav
(1) Prover alerta às ações de blindados inimigos.
(2) Ficar ECD transferir seus fogos de modo a apoiar o esforço das Ações AC em
qualquer parte da CP.
(3) Prover suas Ações AC com seus meios orgânicos.
52. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - B-3 - ORIGINAL
c. BtlCtAetatDAAe
(1) Prover alerta às ações de blindados inimigos.
d. BtlBldFuzNav
(1) Prover alerta às ações de blindados inimigos.
(2) Prover segurança ao deslocamento das peças de manobra dos GDB.
(3) Integrar o sistema de Ações AC.
(4) Ficar ECD integrar equipes de destruição de blindados.
e. BtlEngFuzNav
(1) Prover alerta às ações de blindados inimigos.
(2) Integrar o Plano de Barreiras ao esforço das Ações AC.
(3) Ficar ECD integrar equipe de destruição de blindados.
f. DstBtlOpEspFuzNav
(1) Localizar e informar, quando detectados, posições e deslocamentos de
blindados e de armas AC do inimigo.
g. GDB Reserva
(1) Prover alerta às ações de blindados inimigos na área de retaguarda.
(2) Aprofundar a Ações AC; e
(3) Ficar ECD constituir equipe de destruição de blindados.
x. Instruções para coordenação
O alerta AC deverá ser disseminado, para os escalões superiores, Elm adjacentes e
subordinados, tão logo detectada a presença de blindados inimigos, usando frases
código de acordo com as seguintes condições de alerta:
(1) CONDIÇÃO I -Frase código, “BLINDADOS - CONDIÇÃO UNO”: uma peça
de manobra como um todo está seriamente ameaçada por blindados inimigos.
(2) CONDIÇÃO II -Frase código: “BLINDADOS - CONDIÇÃO DOIS”: uma ou
mais Subunidades/frações das peças de manobra encontram-se na iminência ou
sob ataque de blindados inimigos.
(3) CONDIÇÃO III -Frase código: “BLINDADOS - CONDIÇÃO TRÊS”: foi
detectado o avanço de blindados inimigos e o contato será .......(data-Hora).
(4) CONDIÇÃO IV -Frase código: “BLINDADOS - CONDIÇÃO QUATRO”:
foi detectado o avanço de blindados inimigos, mas o contato é remoto.
4. ADMINISTRAÇÃO E LOGÍSTICA.
Ver Anexo “H” à Ordem de Operação – Plano Logístico.
53. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - B-4 - ORIGINAL
5. COMANDO E COMUNICAÇÕES.
Ver Anexo “G” à Ordem de Operação -Plano de Comunicações.
NOME COMPLETO DO OFICIAL
Posto
Função Operativa dentro do Estado-Maior
Função Administrativa
(GRAU DE SIGILO)
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54. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - C-1 - ORIGINAL
ANEXO C
MODELO DE PLANO DE DAC NA DEFENSIVA
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(GRAU DE SIGILO)
ORDEM DE OPERAÇÃO NOME CÓDIGO
OM Expedidora NºXXX – ano
ANEXO “D”
PLANO DE DEFESA ANTICARRO
Referência: Cartas , outras diretivas, etc.
Fuso Horário:
1. SITUAÇÃO. Ver parágrafo 1º da Ordem de Operação e enfatizar os aspectos relacionados ao
emprego de blindados pelo inimigo.
2. MISSÃO. Ver parágrafo 2º da Ordem de Operação.
3. EXECUÇÃO. Esta Força estabelecerá a DAC na CP, conforme previsto no Anexo “B” e de
acordo com o contido neste plano.
• Detalhar a DAC após a conquista dos objetivos finais.
• Especificar as ações das peças de manobra em 1º escalão e seu posicionamento
priorizando os meios AC com vista às regiões e eixos que favoreçam às ações de
contra-ataque de blindados inimigos, coordenando com o Plano de apoio de Fogo e
o Plano de Barreiras.
• Prever e detalhar o apoio de escolta aérea para os blindados que transitarem no período
diurno.
• Detalhar as formas de identificação de blindados amigos e inimigos.
• Detalhar o fluxo de informações entre os comandos dos GDB adjacentes, Elm
subordinados e o Comando do da ForDbq, a fim de manter a todos informados sobre o
posicionamento e o deslocamento de blindados amigos, incluindo eixos e itinerários.
• Prever o alerta AC.
• Prever o envolvimento dos blindados inimigos empregando também os CC, as armas AC
e o apoio de fogo disponível para neutralizá-los ou destruí-los.
55. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - C-2 - ORIGINAL
• Detalhar o aprofundamento da DAC pela Reserva com seus próprios meios, quais os
eixos ou regiões prioritárias que favoreçam o acesso de blindados inimigos às instalações
C3I, posições e instalações logísticas da Artilharia e meios antiaéreos.
• Detalhar as ações dos PAC estabelecendo o fluxo de informações sobre o deslocamento
de blindados inimigos.
a. Elementos em 1º escalão
(1) Prover alerta às ações de blindados inimigos.
(2) Estabelecer a DAC em seu SetDef.
(3) Integrar seus meios de DAC com as barreiras e o apoio de fogo.
(4) Ficar ECD integrar equipes de destruição de blindados.
b. BtlArtFuzNav
(1) Prover alerta às ações de blindados inimigos.
(2) Ficar ECD transferir seus fogos de modo a apoiar o esforço da DAC em qualquer
parte da CP.
(3) Prover sua DAC com seus meios orgânicos.
c. BtlCtAetatDAAe
(1) Prover alerta às ações de blindados inimigos.
d. BtlBldFuzNav
(1) Prover alerta às ações de blindados inimigos.
(2) Aprofundar a DAC.
(3) Ficar ECD apoiar contra-ataque de restabelecimento do LAADA.
(4) Ficar ECD integrar equipes de destruição de blindados.
e. BtlEngFuzNav
(1) Prover alerta às ações de blindados inimigos.
(3) Integrar o Plano de Barreiras ao esforço da DAC.
(4) Apoiar a mobilidade da Força de Contra-Ataque.
(5) Ficar ECD integrar equipe de destruição de blindados.
f. Reserva:
(1) Prover alerta às ações de blindados inimigos na área de retaguarda.
(2) Aprofundar a DAC.
56. OSTENSIVO CGCFN-314
OSTENSIVO - C-3 - ORIGINAL
(3) Ficar ECD constituir uma força de CAtq apoiada por blindados.
x. Instruções para Coordenação.
O alerta AC deverá ser disseminado, para os escalões superiores, Elm adjacentes e
subordinados, tão logo detectada a presença de blindados inimigos, usando frases código de
acordo com as seguintes condições de alerta:
CONDIÇÃO I - Frase código: “ALERTA AC PRETO”: uma peça de manobra como um todo
está seriamente ameaçada por blindados inimigos.
CONDIÇÃO II - Frase código: “ALERTA AC VERMELHO”: uma ou mais Subunidades
encontram-se na iminência ou sob ataque de blindados inimigos.
CONDIÇÃO III - Frase código: “ALERTA AC AMARELO”: foi detectado o avanço de
blindados inimigos em direção a CP e o contato será .....(data-hora).
CONDIÇÃO IV - Frase código: “ALERTA AC VERDE”: foi detectado o avanço de blindados
inimigos em direção a CP, mas o contato não é iminente.
4. ADMINISTRAÇÃO E LOGÍSTICA. Ver parágrafo 4º desta Ordem de Operação.
5. COMANDO E COMUNICAÇÕES. Ver parágrafo 5º desta Ordem de Operação.
NOME COMPLETO DO OFICIAL
Posto
Função Operativa dentro do Estado-Maior
Função Administrativa