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Um texto contém sempre referências de diferentes tipos (e com
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Linguística textual
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Em Memorial do Convento, as referências a Os Lusíadas são permanentes,
estabelecendo-se, desta forma, um paralelismo entre a grandeza e heroicidade
do povo português em circunstâncias muito distintas, dando, simultaneamente,
uma nova interpretação, mais humana e realista, aos acontecimentos
históricos; mas muitos mais textos e escritores portugueses se encontram ali
representados, criando-se uma teia de referências à nossa literatura e cultura,
num “diálogo irónico e provocador com a tradição literária”.
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José Saramago cita Fernando Pessoa, Mensagem:
«Em seu trono entre o brilho das estrelas, com seu manto de noite e
solidão, tem aos seus pés o mar novo e as mortas eras, o único
imperador que tem, deveras, o globo mundo em sua mão, este tal foi o
infante D. Henrique […].»
José Saramago, Memorial do Convento, Alfragide, Editorial Caminho, 2013, p. 307.
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EpígrafeEpígrafe
Fragmento de texto célebre, devidamente identificado, reproduzido no
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integrando o hipertexto num domínio de pensamento específico.
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Em O Ano da Morte de Ricardo Reis:
«Sábio é o que se contenta com o espetáculo do mundo.»
(Ricardo Reis)
«Escolher modos de não agir foi sempre a atenção e o escrúpulo da
minha vida.»
(Bernardo Soares)
«Se me disserem que é absurdo falar assim de quem nunca existiu,
respondo que também não tenho provas de que Lisboa tenha alguma
vez existido, ou eu que escrevo, ou qualquer coisa onde quer que seja.»
(Fernando Pessoa)
Em O Ano da Morte de Ricardo Reis:
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«Da sua gaiola de madeira pregou o celebrante ao mar de gente, se
fosse o mar de peixes, que formoso sermão se teria podido repetir
aqui, com a sua doutrina muito clara, muito sã, mas, peixes não sendo,
foi a pregação como a mereciam homens e só a ouviram os fiéis que
mais ao perto estavam […].»
José Saramago, Memorial do Convento, pp. 225 e 313.
Referência de «[…] Bradam os demónios no inferno, e dessa maneira
julgas escapar à condenação, mas aquele que tudo vê, não este cego
Tobias, o outro a quem […]».
(Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes)
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Destas [mulheres], duas serão relaxadas ao braço secular, em carne, por
relapsas, e isto quer dizer reincidentes na heresia, por convictas e
negativas, e isto quer dizer teimosas apesar de todos os testemunhos,
por contumazes, e isto quer dizer persistentes nos erros que são suas
verdades, só desacertadas no tempo e no lugar.
José Saramago, Memorial do Convento, p. 65.
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Imitação de José Saramago, em Memorial do Convento, a partir de Os
Lusíadas:
«[…] e então uma grande voz se levanta, é um labrego de tanta idade já
que o não quiseram, e grita subindo a um valado que é púlpito de
rústicos, Ó glória de mandar, ó vã cobiça, ó rei infame, ó pátria sem
justiça […].»
José Saramago, Memorial do Convento, pp. 402.
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«[…] e então uma grande voz se levanta, é um labrego de tanta idade já
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Linguística textual
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«Mas um velho d'aspeito venerando,
Que ficava nas praias, entre a gente,
Postos em nós os olhos, meneando
Três vezes a cabeça, descontente,
A voz pesada um pouco alevantando,
Que nós no mar ouvimos claramente,
C'um saber só de experiências feito,
Tais palavras tirou do experto peito:
Luís de Camões, Os Lusíadas (leitura, prefácio e notas Costa Pimpão), IV, ests. 94-95, Lisboa, Instituto
Camões, 2000, p. 190.
«Mas um velho d'aspeito venerando,
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Tais palavras tirou do experto peito:
Luís de Camões, Os Lusíadas (leitura, prefácio e notas Costa Pimpão), IV, ests. 94-95, Lisboa, Instituto
Camões, 2000, p. 190.
—"Ó glória de mandar! Ó vã cobiça
Desta vaidade, a quem chamamos Fama!
Ó fraudulento gosto, que se atiça
C'uma aura popular, que honra se chama!
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Imitação
criativa
Imitação
criativa
Recriação a partir de um texto, sem o ridicularizar ou criticar.Recriação a partir de um texto, sem o ridicularizar ou criticar.
Linguística textual
Intertextualidade
Recriação de José Saramago, em Memorial do Convento, a partir de Os
Lusíadas:
«Já vai andando a récua dos homens de Arganil, acompanham-nos até
fora da vila as infelizes, que vão clamando, qual em cabelo, Ó doce e
amado esposo, e outra protestando, Ó filho, a quem eu tinha só para
refrigério e doce amparo desta cansada já velhice minha […]»
José Saramago, Memorial do Convento, p. 402.
Recriação de José Saramago, em Memorial do Convento, a partir de Os
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Exemplo:
Linguística textual
Intertextualidade
«Qual vai dizendo: − “Ó filho, a quem eu tinha
Só pera refrigério e doce emparo
Desta cansada já velhice minha,
Que em choro acabará, penoso e amaro,
Porque me deixas, mísera e mesquinha?
Porque de mi te vás, ó filho caro,
A fazer o funéreo enterramento
Onde sejas de pexes mantimento?”
Luís de Camões, Os Lusíadas (leitura, prefácio e notas Costa Pimpão), IV, ests. 90-95, Lisboa, Instituto
Camões, 2000, p. 189.
«Qual vai dizendo: − “Ó filho, a quem eu tinha
Só pera refrigério e doce emparo
Desta cansada já velhice minha,
Que em choro acabará, penoso e amaro,
Porque me deixas, mísera e mesquinha?
Porque de mi te vás, ó filho caro,
A fazer o funéreo enterramento
Onde sejas de pexes mantimento?”
Luís de Camões, Os Lusíadas (leitura, prefácio e notas Costa Pimpão), IV, ests. 90-95, Lisboa, Instituto
Camões, 2000, p. 189.
Qual em cabelo: − “Ó doce e amado esposo,
Sem quem não quis Amor que viver possa,
Porque is aventurar ao mar iroso
Essa vida que é minha e não é vossa?
Como, por um caminho duvidoso,
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Referências intertextuais e modalidades

  • 2. Linguística textual Intertextualidade Um texto contém sempre referências de diferentes tipos (e com diferentes propósitos retóricos ou estilísticos) a outros textos. Um texto contém sempre referências de diferentes tipos (e com diferentes propósitos retóricos ou estilísticos) a outros textos. Texto que contém referências a outros textos Texto que contém referências a outros textos Textos referidos no hipertexto Textos referidos no hipertexto hipertextohipertexto hipotextoshipotextos
  • 3. O hipotexto de um texto literário pode ser: O hipotexto de um texto literário pode ser: Exemplo: um texto pictórico ou um texto musical. um texto literárioum texto literário um texto não-literário ou um texto não-verbal um texto não-literário ou um texto não-verbal Linguística textual Intertextualidade
  • 4. Linguística textual Intertextualidade Em Memorial do Convento, as referências a Os Lusíadas são permanentes, estabelecendo-se, desta forma, um paralelismo entre a grandeza e heroicidade do povo português em circunstâncias muito distintas, dando, simultaneamente, uma nova interpretação, mais humana e realista, aos acontecimentos históricos; mas muitos mais textos e escritores portugueses se encontram ali representados, criando-se uma teia de referências à nossa literatura e cultura, num “diálogo irónico e provocador com a tradição literária”. Em Memorial do Convento, as referências a Os Lusíadas são permanentes, estabelecendo-se, desta forma, um paralelismo entre a grandeza e heroicidade do povo português em circunstâncias muito distintas, dando, simultaneamente, uma nova interpretação, mais humana e realista, aos acontecimentos históricos; mas muitos mais textos e escritores portugueses se encontram ali representados, criando-se uma teia de referências à nossa literatura e cultura, num “diálogo irónico e provocador com a tradição literária”.
  • 5. Linguística textual Intertextualidade Ao conjunto das relações mais ou menos explícitas que um hipertexto mantém com um ou mais hipotextos dá-se o nome de: Intertextualidad e Intertextualidad e
  • 7. CitaçãoCitação Reprodução, devidamente identificada, de um excerto textual, no interior de um texto, com o objetivo de ilustrar ou sustentar uma ideia. Reprodução, devidamente identificada, de um excerto textual, no interior de um texto, com o objetivo de ilustrar ou sustentar uma ideia. Linguística textual Intertextualidade José Saramago cita Fernando Pessoa, Mensagem: «Em seu trono entre o brilho das estrelas, com seu manto de noite e solidão, tem aos seus pés o mar novo e as mortas eras, o único imperador que tem, deveras, o globo mundo em sua mão, este tal foi o infante D. Henrique […].» José Saramago, Memorial do Convento, Alfragide, Editorial Caminho, 2013, p. 307. José Saramago cita Fernando Pessoa, Mensagem: «Em seu trono entre o brilho das estrelas, com seu manto de noite e solidão, tem aos seus pés o mar novo e as mortas eras, o único imperador que tem, deveras, o globo mundo em sua mão, este tal foi o infante D. Henrique […].» José Saramago, Memorial do Convento, Alfragide, Editorial Caminho, 2013, p. 307. Exemplo:
  • 8. EpígrafeEpígrafe Fragmento de texto célebre, devidamente identificado, reproduzido no início de um texto, de um capítulo ou de uma secção, que relaciona o conteúdo do texto que se segue com o conteúdo da obra referida, integrando o hipertexto num domínio de pensamento específico. Fragmento de texto célebre, devidamente identificado, reproduzido no início de um texto, de um capítulo ou de uma secção, que relaciona o conteúdo do texto que se segue com o conteúdo da obra referida, integrando o hipertexto num domínio de pensamento específico. Linguística textual Intertextualidade Em O Ano da Morte de Ricardo Reis: «Sábio é o que se contenta com o espetáculo do mundo.» (Ricardo Reis) «Escolher modos de não agir foi sempre a atenção e o escrúpulo da minha vida.» (Bernardo Soares) «Se me disserem que é absurdo falar assim de quem nunca existiu, respondo que também não tenho provas de que Lisboa tenha alguma vez existido, ou eu que escrevo, ou qualquer coisa onde quer que seja.» (Fernando Pessoa) Em O Ano da Morte de Ricardo Reis: «Sábio é o que se contenta com o espetáculo do mundo.» (Ricardo Reis) «Escolher modos de não agir foi sempre a atenção e o escrúpulo da minha vida.» (Bernardo Soares) «Se me disserem que é absurdo falar assim de quem nunca existiu, respondo que também não tenho provas de que Lisboa tenha alguma vez existido, ou eu que escrevo, ou qualquer coisa onde quer que seja.» (Fernando Pessoa) Exemplos:
  • 9. AlusãoAlusão Referência mais ou menos indireta a outro texto (ou situação) que deixa ao leitor ou ouvinte a tarefa de o identificar. Referência mais ou menos indireta a outro texto (ou situação) que deixa ao leitor ou ouvinte a tarefa de o identificar. Linguística textual Intertextualidade «Da sua gaiola de madeira pregou o celebrante ao mar de gente, se fosse o mar de peixes, que formoso sermão se teria podido repetir aqui, com a sua doutrina muito clara, muito sã, mas, peixes não sendo, foi a pregação como a mereciam homens e só a ouviram os fiéis que mais ao perto estavam […].» José Saramago, Memorial do Convento, pp. 225 e 313. Referência de «[…] Bradam os demónios no inferno, e dessa maneira julgas escapar à condenação, mas aquele que tudo vê, não este cego Tobias, o outro a quem […]». (Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes) «Da sua gaiola de madeira pregou o celebrante ao mar de gente, se fosse o mar de peixes, que formoso sermão se teria podido repetir aqui, com a sua doutrina muito clara, muito sã, mas, peixes não sendo, foi a pregação como a mereciam homens e só a ouviram os fiéis que mais ao perto estavam […].» José Saramago, Memorial do Convento, pp. 225 e 313. Referência de «[…] Bradam os demónios no inferno, e dessa maneira julgas escapar à condenação, mas aquele que tudo vê, não este cego Tobias, o outro a quem […]». (Padre António Vieira, Sermão de Santo António aos Peixes) Exemplos:
  • 10. ParáfraseParáfrase Sequência que reformula um fragmento de texto, explicitando e desenvolvendo o seu sentido. Sequência que reformula um fragmento de texto, explicitando e desenvolvendo o seu sentido. Linguística textual Intertextualidade Destas [mulheres], duas serão relaxadas ao braço secular, em carne, por relapsas, e isto quer dizer reincidentes na heresia, por convictas e negativas, e isto quer dizer teimosas apesar de todos os testemunhos, por contumazes, e isto quer dizer persistentes nos erros que são suas verdades, só desacertadas no tempo e no lugar. José Saramago, Memorial do Convento, p. 65. Destas [mulheres], duas serão relaxadas ao braço secular, em carne, por relapsas, e isto quer dizer reincidentes na heresia, por convictas e negativas, e isto quer dizer teimosas apesar de todos os testemunhos, por contumazes, e isto quer dizer persistentes nos erros que são suas verdades, só desacertadas no tempo e no lugar. José Saramago, Memorial do Convento, p. 65. Exemplo:
  • 11. ParódiaParódia Imitação de um texto, deformando-o, com o propósito de ridicularizar ou criticar. Imitação de um texto, deformando-o, com o propósito de ridicularizar ou criticar. Linguística textual Intertextualidade Imitação de José Saramago, em Memorial do Convento, a partir de Os Lusíadas: «[…] e então uma grande voz se levanta, é um labrego de tanta idade já que o não quiseram, e grita subindo a um valado que é púlpito de rústicos, Ó glória de mandar, ó vã cobiça, ó rei infame, ó pátria sem justiça […].» José Saramago, Memorial do Convento, pp. 402. Imitação de José Saramago, em Memorial do Convento, a partir de Os Lusíadas: «[…] e então uma grande voz se levanta, é um labrego de tanta idade já que o não quiseram, e grita subindo a um valado que é púlpito de rústicos, Ó glória de mandar, ó vã cobiça, ó rei infame, ó pátria sem justiça […].» José Saramago, Memorial do Convento, pp. 402. Exemplo:
  • 12. Linguística textual Intertextualidade «Mas um velho d'aspeito venerando, Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C'um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito: Luís de Camões, Os Lusíadas (leitura, prefácio e notas Costa Pimpão), IV, ests. 94-95, Lisboa, Instituto Camões, 2000, p. 190. «Mas um velho d'aspeito venerando, Que ficava nas praias, entre a gente, Postos em nós os olhos, meneando Três vezes a cabeça, descontente, A voz pesada um pouco alevantando, Que nós no mar ouvimos claramente, C'um saber só de experiências feito, Tais palavras tirou do experto peito: Luís de Camões, Os Lusíadas (leitura, prefácio e notas Costa Pimpão), IV, ests. 94-95, Lisboa, Instituto Camões, 2000, p. 190. —"Ó glória de mandar! Ó vã cobiça Desta vaidade, a quem chamamos Fama! Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama! Que castigo tamanho e que justiça Fazes no peito vão que muito te ama! Que mortes, que perigos, que tormentas, Que crueldades neles experimentas!”»
  • 13. Imitação criativa Imitação criativa Recriação a partir de um texto, sem o ridicularizar ou criticar.Recriação a partir de um texto, sem o ridicularizar ou criticar. Linguística textual Intertextualidade Recriação de José Saramago, em Memorial do Convento, a partir de Os Lusíadas: «Já vai andando a récua dos homens de Arganil, acompanham-nos até fora da vila as infelizes, que vão clamando, qual em cabelo, Ó doce e amado esposo, e outra protestando, Ó filho, a quem eu tinha só para refrigério e doce amparo desta cansada já velhice minha […]» José Saramago, Memorial do Convento, p. 402. Recriação de José Saramago, em Memorial do Convento, a partir de Os Lusíadas: «Já vai andando a récua dos homens de Arganil, acompanham-nos até fora da vila as infelizes, que vão clamando, qual em cabelo, Ó doce e amado esposo, e outra protestando, Ó filho, a quem eu tinha só para refrigério e doce amparo desta cansada já velhice minha […]» José Saramago, Memorial do Convento, p. 402. Exemplo:
  • 14. Linguística textual Intertextualidade «Qual vai dizendo: − “Ó filho, a quem eu tinha Só pera refrigério e doce emparo Desta cansada já velhice minha, Que em choro acabará, penoso e amaro, Porque me deixas, mísera e mesquinha? Porque de mi te vás, ó filho caro, A fazer o funéreo enterramento Onde sejas de pexes mantimento?” Luís de Camões, Os Lusíadas (leitura, prefácio e notas Costa Pimpão), IV, ests. 90-95, Lisboa, Instituto Camões, 2000, p. 189. «Qual vai dizendo: − “Ó filho, a quem eu tinha Só pera refrigério e doce emparo Desta cansada já velhice minha, Que em choro acabará, penoso e amaro, Porque me deixas, mísera e mesquinha? Porque de mi te vás, ó filho caro, A fazer o funéreo enterramento Onde sejas de pexes mantimento?” Luís de Camões, Os Lusíadas (leitura, prefácio e notas Costa Pimpão), IV, ests. 90-95, Lisboa, Instituto Camões, 2000, p. 189. Qual em cabelo: − “Ó doce e amado esposo, Sem quem não quis Amor que viver possa, Porque is aventurar ao mar iroso Essa vida que é minha e não é vossa? Como, por um caminho duvidoso, Vos esquece a afeição tão doce nossa? Nosso amor, nosso vão contentamento, Quereis que com as velas leve o vento?”»