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OS RECURSOS NATURAIS DE QUE A POPULAÇÃO DISPÕE:
USOS, LIMITES E POTENCIALIDADES
A radiação solar
1- A ATMOSFERA E A RADIAÇÃO SOLAR
2- OS FATORES QUE INFLUENCIAM A VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR
3- DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA RADIAÇÃO SOLAR
“O conhecimento do ambiente climático de um país é
fundamental para se perceber as paisagens, o quadro de vida
dos seus habitantes, antes de se proceder a qualquer tentativa
de ordenamento e de uso sustentado do território. (…)
Os elementos considerados mais importantes para
caracterizar o ambiente climático do território português são a
radiação solar, a temperatura e a precipitação, cuja
distribuição espacial e variação no tempo fixam as
características do balanço hídrico”.
Denise de Brum Ferreira, “As Características do Clima de Portugal”,
Geografia de Portugal – O Ambiente Físico, Vol. I (adaptado)
A variabilidade da radiação solar em Portugal
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 O Sol constitui a principal fonte de luz e calor do nosso
planeta.
1- A ATMOSFERA E A RADIAÇÃO SOLAR
 O Sol atua como um reator nuclear gigantesco, produzindo
energia através da conversão gradual dos seus recursos de
hidrogénio em hélio, por meio da fusão nuclear.
O Sol (gigantesca bola de gases incandescentes) é a principal e
praticamente única fonte de energia da Terra, devido ao facto de ser a
estrela mais próxima do Planeta (cerca de 150 milhões de km).
Sem o Sol, a Terra passava rapidamente a ser um planeta gelado e sem vida.
O Sol irradia para o espaço, em todas as direções, quantidades de energia
elevadíssimas – radiação solar.
A energia solar é uma fonte de vida responsável por todos os processos
físicos e químicos e pelos fenómenos biológicos e meteorológicos que se
fazem sentir à superfície da Terra.
Assim, deve-se à radiação solar:
> o ciclo da água ou ciclo hidrológico;
> a desigual repartição da temperatura;
> a diversidade de climas, desde os climas frios das regiões polares,
passando pelos temperados das latitudes médias, aos quentes e húmidos
das regiões equatoriais.
Natureza da radiação solar
A radiação solar é um fenómeno de natureza eletromagnética que se propaga
segundo um movimento ondulatório a cerca de 300 000 km/s.
O espetro solar é constituído por:
> radiações visíveis – correspondem às sete cores do arco-íris (com um
comprimento de onda entre os 0,4 μm e 0,78 μm), designando-se vulgarmente
por janela ótica.
> radiações invisíveis – com um comprimento de onda inferior a 0,4 μm (para
a esquerda das radiações visíveis) surgem as bandas do ultravioleta, dos raios
X, dos raios Y (gama) e dos raios cósmicos. Com um comprimento de onda
superior a 0,78 μm (para a direita das radiações visíveis) surgem as bandas do
infravermelho, das ondas rádio ou ondas hertzianas.
 A enorme quantidade de
energia produzida pelo Sol é
enviada para o espaço sob a
forma de radiação
eletromagnética.
• Esta radiação viaja à
velocidade da luz, em vários
comprimentos de onda que,
no seu conjunto, formam o
espetro solar.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
Espetro eletromagnético ou espetro solar
A atmosfera e a sua composição química:
Até cerca de 80km de altitude: Gases de concentração
o azoto (78%) e o oxigénio (21%). permanente
A partir dos 80 km de altitude:
os gases mais raros como o árgon e o néon deixam de estar presentes,
verificando-se uma maior concentração de hélio.
Há também gases de concentração variável, mas muito relevantes do ponto de
vista meteorológico:
Vapor de água, dióxido de carbono, metano e ozono.
Além destes gases existem na atmosfera partículas sólidas: as poeiras, fumos,
sais minerais e microrganismos presentes na atmosfera são muito importantes
do ponto de vista meteorológico, pois é em torno delas que se dá a
condensação do vapor de água (núcleos de condensação).
Os fumos e as poeiras existentes na atmosfera das cidades são responsáveis
pela formação de nebulosidade.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
Composição da atmosfera
A variabilidade da radiação solar em Portugal
A variabilidade da radiação solar em Portugal
A variabilidade da radiação solar em Portugal
• A atmosfera apresenta
características diferentes de
acordo com a altitude;
• pode dividir-se nas seguintes
subcamadas: troposfera,
estratosfera, mesosfera,
termosfera e exosfera.
Fig. Estrutura vertical da atmosfera
A ESTRUTURA VERTICAL
DA ATMOSFERA
ATMOSFERA
• camada inferior da atmosfera; está em
contacto direto com a superfície da
Terra.
• espessura média: aproximadamente
12 km.
• camada agitada, caracterizada pela
instabilidade do ar;
• nela ocorrem os principais
fenómenos meteorológicos.
• temperatura diminui com a altitude
(cerca de 0,6 ºC por cada 100 m –
gradiente térmico vertical).
A variabilidade da radiação solar em Portugal
Fig. Estrutura vertical da atmosfera
TROPOSFERA
A variabilidade da radiação solar em Portugal
• situa-se entre a tropopausa e a
estratopausa;
• a temperatura aumenta com a
altitude; mantem-se praticamente
constante até aos 20 km.
• aumento da temperatura deve-se
à absorção da radiação ultravioleta
pelo ozono (O3).
Estrutura vertical da atmosfera
ESTRATOSFERA
A variabilidade da radiação solar em Portugal
• temperatura diminui à medida
que a altitude aumenta; no seu
limite superior, a temperatura é da
ordem dos -80 ºC.
• na termosfera, a temperatura
aumenta à medida que se sobe
em altitude, podendo atingir
valores de 1400 ºC, aos 500 km,
e de 2000 ºC no seu limite
superior.
Fig. Estrutura vertical da atmosfera
MESOSFERA
A variabilidade da radiação solar em Portugal
• corresponde à parte superior
da atmosfera, situando-se
acima da termopausa.
• a densidade do ar é
extremamente baixa e, por isso,
alguns não a consideram como
fazendo parte da atmosfera
propriamente dita, mas apenas
como sendo uma camada de
transição da atmosfera para o
espaço interplanetário.
Fig. Estrutura vertical da atmosfera
EXOSFERA
O sol irradia para o espaço, em todas as direções, quantidades de energia,
sob a forma de luz e calor, elevadíssimas – a radiação solara radiação solar.
O sol irradia para o espaço, em todas as direções, quantidades de energia,
sob a forma de luz e calor, elevadíssimas – a radiação solara radiação solar.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
Contudo, de toda a radiação solar recebida no topo da atmosfera, só
uma parte chega à superfície terrestre.
Na verdade, apenas cerca de metade dessa radiação atinge a
superfície terrestre, devido aos processos atmosféricos que fazem
com que a outra metade não chegue até nós.
Contudo, de toda a radiação solar recebida no topo da atmosfera, só
uma parte chega à superfície terrestre.
Na verdade, apenas cerca de metade dessa radiação atinge a
superfície terrestre, devido aos processos atmosféricos que fazem
com que a outra metade não chegue até nós.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
Balanço energético da Terra
A variabilidade da radiação solar em Portugal
Contudo, a Terra recebe energia solar durante o dia, mas também libertaContudo, a Terra recebe energia solar durante o dia, mas também liberta
energia, sobretudo, durante a noite, o que pressupõe que que aenergia, sobretudo, durante a noite, o que pressupõe que que a
quantidade de calor que entra é semelhante ao que é libertado. Issoquantidade de calor que entra é semelhante ao que é libertado. Isso
permite uma situação depermite uma situação de Equilíbrio TérmicoEquilíbrio Térmico..
Contudo, a Terra recebe energia solar durante o dia, mas também libertaContudo, a Terra recebe energia solar durante o dia, mas também liberta
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permite uma situação depermite uma situação de Equilíbrio TérmicoEquilíbrio Térmico..
A variabilidade da radiação solar em Portugal
A variabilidade da radiação solar em Portugal
• e pelo vapor de água, dióxido de
carbono, poeiras e nuvens, que, já
na troposfera, retêm sobretudo
radiações de grande comprimento
de onda (infravermelhas).
 A absorção é feita
essencialmente pelo ozono
estratosférico, que absorve
grande parte das radiações
ultravioletas…
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 A difusão resulta de inúmeras
reflexões dos raios solares sobre
as moléculas dos gases
constituintes da atmosfera e,
sobretudo, sobre as partículas
sólidas que se encontram em
suspensão na atmosfera (poeiras
e impurezas).
 Embora parte desta radiação se disperse para a alta atmosfera e
para o espaço interplanetário, outra parte acaba por atingir a
superfície da Terra – é a chamada radiação difusa.
 A radiação difusa, ao atingir o solo, junta-se à radiação solar
direta e forma a radiação solar global, que corresponde a pouco
mais de metade da constante solar.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 A radiação global é, então, absorvida pela superfície da Terra e
rapidamente convertida em energia calorífica, sendo
posteriormente reenviada para a atmosfera, em igual quantidade à
que havia sido recebida, através da radiação terrestre.
• tendo em conta que a
quantidade de energia recebida
à superfície é igual à devolvida
para a atmosfera, através da
emissão de radiações de
grande comprimento de onda
(radiação calorífica), a Terra
encontra-se em equilíbrio
térmico.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 A atmosfera, que é praticamente transparente à radiação solar
mas bastante opaca à radiação terrestre, devolve novamente à
superfície da Terra, principalmente por intermédio das nuvens, uma
grande parte da radiação terrestre, através de um fenómeno de
contrarradiação.
 A reflexão ocorre no limite superior da atmosfera, no topo das
nuvens e na superfície terrestre, incluindo oceanos, mares, lagos e
rios – é o chamado albedo.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
Fig. Albedo de algumas superfícies
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 Efeito de estufa (fenómeno de retenção do calor na baixa
atmosfera): se porventura ele não se verificasse, as temperaturas
noturnas poderiam descer até valores inferiores aos 30 ºC negativos.
Fig. Efeito de estufa
• depende da existência, na atmosfera, de um
conjunto de gases com propriedades especiais: o
vapor de água, o dióxido de carbono, o
metano, o ozono e outros poluentes existentes
em menores quantidades.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
A VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR
 Embora a nível global se verifique um equilíbrio energético
ou térmico no sistema Terra-atmosfera, tal não acontece na
maior parte das regiões do globo.
Fig. Balanço energético em latitude
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 Na zona intertropical, a quantidade de energia recebida à
superfície é superior àquela que é emitida, existindo um excedente
de energia e, portanto, de calor.
A VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR
 Entre os 37º e os 38º de latitude verifica-se um equilíbrio entre a
radiação adquirida e a perdida.
 Para as regiões situadas a partir dos 38º de latitude, o saldo
passa a ser negativo, isto é, as perdas excedem cada vez mais a
quantidade de energia recebida.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
2- A variação da radiação solar à superfície
depende de uma série de fatores, dos quais se
salientam:
• a forma esférica da
Terra (acompanhada da
inclinação do seu eixo em
relação ao plano da órbita);
as condições locais,
como a transparência
da atmosfera, o relevo
(incluindo a orientação
das encostas) e o tipo
de superfície, entre
outros, contribuem para
essa variação.
• os movimentos de
rotação e translação
do planeta.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 A forma esférica da
Terra constitui uma das
principais razões pela qual
a radiação solar diminui
com a latitude.
 à medida que a latitude aumenta, o
ângulo de incidência diminui e a
massa atmosférica atravessada
pelos raios solares aumenta…
 o que faz com que as perdas por absorção, reflexão e difusão sejam
maiores e, portanto, a quantidade de radiação recebida diminua.
Fig. Relação entre o ângulo de incidência (a), a massa atmosférica e a superfície (S)
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 Por outro lado, quanto
menor é o ângulo de
incidência, maior é a
superfície pela qual a
radiação se distribui…
Fig. Relação entre o ângulo de incidência (a), a massa atmosférica e
a superfície (S)
 o que reduz consideravelmente
a quantidade de energia recebida
por unidade de superfície e,
consequentemente, a capacidade
de aquecimento.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 O movimento de
rotação tem implicações
na variação diurna da
radiação, uma vez que:
Fig. Variação do ângulo de incidência, da massa atmosférica e da área recetora
dos raios solares ao longo do dia natural, como consequência do movimento
diurno aparente do Sol, à latitude de 0º (equador)
• e a variação do ângulo de incidência e
da massa atmosférica atravessada pelos
raios solares ao longo do dia natural.
• origina a sucessão dos dias naturais e
das noites,
A variabilidade da radiação solar em Portugal
• ao nascer do
Sol, o ângulo de
incidência é nulo;
lugares que se
encontram
nestas
circunstâncias
praticamente não
recebem
radiação solar;
 O movimento de rotação tem implicações na variação diurna da
radiação:
• à medida que o
Sol se eleva no
horizonte, e até
ao meio-dia
solar, o ângulo
de incidência vai
aumentando e a
massa
atmosférica
diminuindo;
quantidade de
energia recebida
por unidade de
superfície vai
sendo cada vez
maior;
• a partir do
meio-dia solar,
o ângulo de
incidência
começa a
diminuir e a
massa
atmosférica a
aumentar; a
quantidade de
energia solar
recebida vai
diminuindo;
• no ocaso
(pôr do sol), o
ângulo de
incidência volta
a ser nulo,
situação que
se mantém até
ao nascer do
Sol do dia
seguinte,
momento a
partir do qual
todo o
processo se
repetirá.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 teoricamente, a temperatura
máxima, ao longo das 24 horas
do dia, deveria registar-se
cerca das 12 horas (meio-dia),
ou seja, quando o Sol passa
pelo zénite do lugar de
observação, pois é aí que faz a
sua culminação. Contudo, na
realidade, a temperatura
continua a elevar-se até às 13,
14 ou 15 horas.
 O aquecimento da superfície inicia-se todos os dias desde
que o Sol nasce…
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 Esta situação explica-se pelo
facto de ser neste momento que
a soma da radiação solar e da
radiação terrestre (ou
irradiação) atinge o valor
máximo…
 o que origina o aumento da
temperatura da camada do ar
em contacto com a superfície,
portanto, algumas horas após a
passagem do Sol pelo zénite.
 Durante a noite não há receção de radiação solar, mas verifica-se
uma perda de calor por radiação terrestre, passando o equilíbrio
térmico da Terra a ter um saldo negativo.
• O arrefecimento noturno será
tanto maior quanto mais límpida
estiver a atmosfera, uma vez que
a intensidade do efeito de estufa é
menor.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 O movimento de translação tem, sobretudo, implicações na
variação anual da radiação solar recebida, pois a inclinação constante
do eixo da Terra com o plano da sua órbita faz variar, num mesmo lugar,
a obliquidade dos raios solares, ao meio-dia solar, ao longo do ano.
Fig. Movimento de translação da Terra
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 Para além de fazer variar a obliquidade dos raios solares e,
portanto, o ângulo de incidência e a massa atmosférica, a
translação do planeta provoca ainda:
 a desigualdade na duração dos dias naturais e das noites
em todos os lugares da superfície da Terra, ao longo do ano,
exceto nos lugares situados no equador.
Fig.Variaçãodaduraçãododia
naturalcomalatitude,no
solstíciodejunho.
Fig.Variaçãodaduraçãododia
naturalcomalatitude,nosolstício
dedezembro.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
• entre o solstício de dezembro
e o solstício de junho:
 registam um aumento do
ângulo de incidência e da
duração do dia natural;
 uma diminuição da massa
atmosférica atravessada pelos
raios solares;
• condições que contribuem para
um aumento da quantidade de
radiação solar recebida;
Em geral, os lugares situados no hemisfério norte:
• entre o solstício de junho e
o solstício de dezembro:
 observam a diminuição do
ângulo de incidência e dos
dias naturais ;
 e o aumento da massa
atmosférica;
• pelo que a radiação solar
recebida vai diminuindo.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 No hemisfério sul tudo se passa de modo inverso e, portanto:
• os valores mais
elevados ocorrem,
habitualmente, junto ao
solstício de dezembro.
• os menores valores de
radiação acontecem
próximo do solstício de
junho;
 Por esta razão, ao longo do ano e em todos os lugares da
superfície da Terra, ocorrem meses cuja temperatura média é
mais elevada e outros em que é mais reduzida.
 Essas diferenças são, em alguns casos, pouco significativas,
como acontece na região equatorial, mas noutros são muito
acentuadas, como sucede nas regiões de grande latitude.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 A temperatura média mensal mais elevada, para a generalidade
dos lugares situados no hemisfério norte, regista-se normalmente
nos meses de julho ou agosto.
Fig. Variação anual da temperatura de um lugar situado
no hemisfério norte
 Nestes meses (julho ou agosto), o hemisfério sul regista as
temperaturas mais baixas pelas razões inversas.
Fig. Variação anual da temperatura de um lugar situado no
hemisfério sul
 As temperaturas médias
mensais mais baixas para
os mesmos lugares do
hemisfério norte ocorrem
normalmente nos meses de
dezembro ou janeiro…
A variabilidade da radiação solar em Portugal
Fig. Variação anual da temperatura de
um lugar situado no hemisfério norte
Fig. Variação anual da temperatura de
um lugar situado no hemisfério sul
 porque os raios solares incidem
com maior obliquidade e os dias
naturais são menores que as noites,
pelo que recebem menor quantidade
de energia.
 Nestes meses, os lugares do hemisfério sul registam as médias
mais elevadas, pelas razões inversas.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
A RADIAÇÃO SOLAR EM PORTUGAL
 Portugal localiza-se numa
faixa de latitude
compreendida sensivelmente
entre os 30º N e os 42º N…
 por essa razão, regista valores de
radiação solar consideráveis e
bastante superiores aos verificados
na maior parte dos países da Europa.
Fig. Radiação solar global à superfície na Europa
A variabilidade da radiação solar em Portugal
• No solstício de dezembro:
 a energia recebida é mais
reduzida.
 os raios solares incidem na
vertical sobre os lugares situados
no Trópico de Capricórnio e,
portanto, atingem o nosso país
com maior inclinação.
 A esta situação acresce a
menor duração dos dias naturais
e a maior nebulosidade existente.
Fig. Variação anual da radiação global
média mensal, em Portugal continental
VARIABILIDADE ANUAL
• No solstício de junho:
 a quantidade de energia
recebida é mais elevada.
 Os raios solares incidem na
vertical sobre os lugares situados no
Trópico de Câncer;
 quando o Sol atinge a sua maior
altura em Portugal, nunca chegando
porém a atingir a vertical.
 a duração dos dias naturais é
maior e a nebulosidade menor, o
que concorre para o aumento do
tempo de exposição aos raios
solares.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
Fig. Distribuição sazonal da radiação solar global em Portugal
continental
A variabilidade da radiação solar em Portugal
Fig. Variação do ângulo de incidência dos raios solares, ao longo do ano,
em Portugal continental
A variabilidade da radiação solar em Portugal
• Os valores mais baixos de
radiação solar ocorrem na
parte noroeste do território,
em especial na área do Parque
Nacional da Peneda-Gerês,
onde a radiação média anual é
inferior aos 140 kcal/cm².
Fig. Soajo - Gerês
3- DISTRIBUIÇÃO
GEOGRÁFICA
• Os valores mais elevados
verificam-se no Sudeste e no
Sul, com destaque para a bacia
do Guadiana e a orla algarvia,
onde a quantidade anual de
energia recebida é superior a
170 kcal/cm2
.
Fig. Alcoutim – Margens do Guadiana
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 A radiação solar no nosso país aumenta, portanto, de norte
para sul e do litoral para o interior.
Fig. Distribuição da radiação solar global
média em Portugal continental
Fig. Distribuição dos valores médios anuais
do número de horas de sol em Portugal
continental
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 Fatores que explicam a diferenciação espacial da radiação
solar:
• a nebulosidade.
• a exposição geográfica
das vertentes;
• a altitude;
• a latitude;
• a proximidade do
oceano Atlântico.
• à escala regional ou local,
há ainda a considerar os
fatores topográficos:
 A latitude, embora registe
pequenas diferenças no
território nacional, é a grande
responsável pelo facto de as
regiões do Sul receberem
maior quantidade de
radiação solar, uma vez que
para estas o ângulo de
incidência dos raios solares
é sempre superior.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 Fatores que explicam a diferenciação espacial da radiação
solar:
 A proximidade do mar faz-se
sentir pela influência que o
mesmo exerce ao nível da
humidade do ar e da
nebulosidade. Por esta razão, as
regiões do litoral, sobretudo a
norte do Tejo, recebem menos
radiação que as regiões do
interior, pois são áreas que estão
mais frequentemente encobertas
pela nebulosidade e, portanto,
com menor insolação.
 A influência da altitude
deve-se essencialmente
ao facto de esta provocar
um aumento da
nebulosidade e, portanto,
uma diminuição da
insolação.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 Fatores que explicam a diferenciação espacial da radiação
solar:
 A exposição solar e a
inclinação das vertentes
influenciam a quantidade de
radiação solar recebida, uma vez
que as encostas voltadas a sul
recebem os raios solares com
maior ângulo de incidência e
estão mais expostas ao Sol,
sendo, por isso, designadas de
vertentes soalheiras.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 Nas encostas viradas a norte, pelo contrário, os raios solares
incidem mais obliquamente e a insolação é menor, razão pela qual
são consideradas vertentes umbrias ou sombrias.
Fig. Vertente soalheira – Câmara de
Lobos (lado sul da ilha da Madeira)
Fig. Vertente umbria – Santana (lado
norte da ilha da Madeira)
 A influência da exposição geográfica das vertentes é
particularmente evidente na ilha da Madeira.
A variabilidade da radiação solar em Portugal
 A situação dos arquipélagos da Madeira e Açores relativamente à
radiação e correspondentes níveis de insolação apresenta contrastes
evidentes que resultam, em grande medida, da diferente posição
latitudinal.
Fig. Território português
 Madeira: protegida pelo
anticiclone subtropical, apresenta
uma situação mais favorável
(superior a 2200 horas anuais de
sol a descoberto);
A variabilidade da radiação solar em Portugal
Fig. Câmara de Lobos (ilha da Madeira) Fig. Lagoa das Sete Cidades - Açores
 Açores: com nebulosidade
frequente, reduz os valores para
1700 horas. A variabilidade entre
ilhas e dentro da mesma ilha é,
no entanto, muito grande.
A distribuição da temperatura no território nacional
 A temperatura do ar está diretamente relacionada com a
radiação solar global.
• Por esse motivo, as
temperaturas no nosso país
são, de um modo geral,
amenas, uma vez que o
território nacional se situa a
uma latitude onde a
radiação adquirida e a
perdida são sensivelmente
as mesmas e, portanto, o
equilíbrio térmico é quase
uma realidade.
A distribuição da temperatura no território nacional
OS CONTRASTES ESTACIONAIS E ESPACIAIS
 Apesar da amenidade das temperaturas, regista-se uma variação
anual e uma distribuição espacial bastante significativas.
Esta variação é quase coincidente com a da radiação solar.
Fig. Variação anual da temperatura
A distribuição da temperatura no território nacional
Fig. Distribuição da temperatura média em janeiro e julho
em Portugal continental (isotérmicas reais)
A distribuição da temperatura no território nacional
 Em janeiro, as
temperaturas são
relativamente baixas e
aumentam principalmente
de nordeste para sudoeste.
 Os valores mais baixos
registam-se no nordeste
transmontano e os mais elevados
ocorrem em algumas áreas da costa
alentejana e do litoral algarvio.
 Em julho, a situação
altera-se, as temperaturas
atingem valores
relativamente elevados…
 e aumentam principalmente de
oeste para este, com exceção da
Cordilheira Central e das restantes
áreas montanhosas.
Fig. Dia de inverno na costa portuguesaFig. Paisagem durante o verão no Alentejo
A distribuição da temperatura no território nacional
Fonte: IPMA (2012)
Fig. Distribuição das temperaturas médias anuais (mínimas e
máximas) em Portugal continental
 A variabilidade na distribuição da temperatura em Portugal
continental torna-se ainda mais evidente quando observamos a
distribuição dos valores mínimos e máximos da temperatura do ar.
FIM DA
APRESENTAÇÃO

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Variabilidade da radiação solar geral

  • 1. OS RECURSOS NATURAIS DE QUE A POPULAÇÃO DISPÕE: USOS, LIMITES E POTENCIALIDADES A radiação solar 1- A ATMOSFERA E A RADIAÇÃO SOLAR 2- OS FATORES QUE INFLUENCIAM A VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR 3- DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA DA RADIAÇÃO SOLAR
  • 2. “O conhecimento do ambiente climático de um país é fundamental para se perceber as paisagens, o quadro de vida dos seus habitantes, antes de se proceder a qualquer tentativa de ordenamento e de uso sustentado do território. (…) Os elementos considerados mais importantes para caracterizar o ambiente climático do território português são a radiação solar, a temperatura e a precipitação, cuja distribuição espacial e variação no tempo fixam as características do balanço hídrico”. Denise de Brum Ferreira, “As Características do Clima de Portugal”, Geografia de Portugal – O Ambiente Físico, Vol. I (adaptado) A variabilidade da radiação solar em Portugal
  • 3. A variabilidade da radiação solar em Portugal  O Sol constitui a principal fonte de luz e calor do nosso planeta. 1- A ATMOSFERA E A RADIAÇÃO SOLAR  O Sol atua como um reator nuclear gigantesco, produzindo energia através da conversão gradual dos seus recursos de hidrogénio em hélio, por meio da fusão nuclear.
  • 4. O Sol (gigantesca bola de gases incandescentes) é a principal e praticamente única fonte de energia da Terra, devido ao facto de ser a estrela mais próxima do Planeta (cerca de 150 milhões de km). Sem o Sol, a Terra passava rapidamente a ser um planeta gelado e sem vida. O Sol irradia para o espaço, em todas as direções, quantidades de energia elevadíssimas – radiação solar. A energia solar é uma fonte de vida responsável por todos os processos físicos e químicos e pelos fenómenos biológicos e meteorológicos que se fazem sentir à superfície da Terra. Assim, deve-se à radiação solar: > o ciclo da água ou ciclo hidrológico; > a desigual repartição da temperatura; > a diversidade de climas, desde os climas frios das regiões polares, passando pelos temperados das latitudes médias, aos quentes e húmidos das regiões equatoriais.
  • 5. Natureza da radiação solar A radiação solar é um fenómeno de natureza eletromagnética que se propaga segundo um movimento ondulatório a cerca de 300 000 km/s. O espetro solar é constituído por: > radiações visíveis – correspondem às sete cores do arco-íris (com um comprimento de onda entre os 0,4 μm e 0,78 μm), designando-se vulgarmente por janela ótica. > radiações invisíveis – com um comprimento de onda inferior a 0,4 μm (para a esquerda das radiações visíveis) surgem as bandas do ultravioleta, dos raios X, dos raios Y (gama) e dos raios cósmicos. Com um comprimento de onda superior a 0,78 μm (para a direita das radiações visíveis) surgem as bandas do infravermelho, das ondas rádio ou ondas hertzianas.  A enorme quantidade de energia produzida pelo Sol é enviada para o espaço sob a forma de radiação eletromagnética. • Esta radiação viaja à velocidade da luz, em vários comprimentos de onda que, no seu conjunto, formam o espetro solar.
  • 6. A variabilidade da radiação solar em Portugal Espetro eletromagnético ou espetro solar
  • 7. A atmosfera e a sua composição química: Até cerca de 80km de altitude: Gases de concentração o azoto (78%) e o oxigénio (21%). permanente A partir dos 80 km de altitude: os gases mais raros como o árgon e o néon deixam de estar presentes, verificando-se uma maior concentração de hélio. Há também gases de concentração variável, mas muito relevantes do ponto de vista meteorológico: Vapor de água, dióxido de carbono, metano e ozono. Além destes gases existem na atmosfera partículas sólidas: as poeiras, fumos, sais minerais e microrganismos presentes na atmosfera são muito importantes do ponto de vista meteorológico, pois é em torno delas que se dá a condensação do vapor de água (núcleos de condensação). Os fumos e as poeiras existentes na atmosfera das cidades são responsáveis pela formação de nebulosidade. A variabilidade da radiação solar em Portugal
  • 8. Composição da atmosfera A variabilidade da radiação solar em Portugal
  • 9. A variabilidade da radiação solar em Portugal
  • 10. A variabilidade da radiação solar em Portugal • A atmosfera apresenta características diferentes de acordo com a altitude; • pode dividir-se nas seguintes subcamadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. Fig. Estrutura vertical da atmosfera A ESTRUTURA VERTICAL DA ATMOSFERA ATMOSFERA
  • 11. • camada inferior da atmosfera; está em contacto direto com a superfície da Terra. • espessura média: aproximadamente 12 km. • camada agitada, caracterizada pela instabilidade do ar; • nela ocorrem os principais fenómenos meteorológicos. • temperatura diminui com a altitude (cerca de 0,6 ºC por cada 100 m – gradiente térmico vertical). A variabilidade da radiação solar em Portugal Fig. Estrutura vertical da atmosfera TROPOSFERA
  • 12. A variabilidade da radiação solar em Portugal • situa-se entre a tropopausa e a estratopausa; • a temperatura aumenta com a altitude; mantem-se praticamente constante até aos 20 km. • aumento da temperatura deve-se à absorção da radiação ultravioleta pelo ozono (O3). Estrutura vertical da atmosfera ESTRATOSFERA
  • 13. A variabilidade da radiação solar em Portugal • temperatura diminui à medida que a altitude aumenta; no seu limite superior, a temperatura é da ordem dos -80 ºC. • na termosfera, a temperatura aumenta à medida que se sobe em altitude, podendo atingir valores de 1400 ºC, aos 500 km, e de 2000 ºC no seu limite superior. Fig. Estrutura vertical da atmosfera MESOSFERA
  • 14. A variabilidade da radiação solar em Portugal • corresponde à parte superior da atmosfera, situando-se acima da termopausa. • a densidade do ar é extremamente baixa e, por isso, alguns não a consideram como fazendo parte da atmosfera propriamente dita, mas apenas como sendo uma camada de transição da atmosfera para o espaço interplanetário. Fig. Estrutura vertical da atmosfera EXOSFERA
  • 15. O sol irradia para o espaço, em todas as direções, quantidades de energia, sob a forma de luz e calor, elevadíssimas – a radiação solara radiação solar. O sol irradia para o espaço, em todas as direções, quantidades de energia, sob a forma de luz e calor, elevadíssimas – a radiação solara radiação solar. A variabilidade da radiação solar em Portugal
  • 16. Contudo, de toda a radiação solar recebida no topo da atmosfera, só uma parte chega à superfície terrestre. Na verdade, apenas cerca de metade dessa radiação atinge a superfície terrestre, devido aos processos atmosféricos que fazem com que a outra metade não chegue até nós. Contudo, de toda a radiação solar recebida no topo da atmosfera, só uma parte chega à superfície terrestre. Na verdade, apenas cerca de metade dessa radiação atinge a superfície terrestre, devido aos processos atmosféricos que fazem com que a outra metade não chegue até nós. A variabilidade da radiação solar em Portugal
  • 17. Balanço energético da Terra A variabilidade da radiação solar em Portugal
  • 18. Contudo, a Terra recebe energia solar durante o dia, mas também libertaContudo, a Terra recebe energia solar durante o dia, mas também liberta energia, sobretudo, durante a noite, o que pressupõe que que aenergia, sobretudo, durante a noite, o que pressupõe que que a quantidade de calor que entra é semelhante ao que é libertado. Issoquantidade de calor que entra é semelhante ao que é libertado. Isso permite uma situação depermite uma situação de Equilíbrio TérmicoEquilíbrio Térmico.. Contudo, a Terra recebe energia solar durante o dia, mas também libertaContudo, a Terra recebe energia solar durante o dia, mas também liberta energia, sobretudo, durante a noite, o que pressupõe que que aenergia, sobretudo, durante a noite, o que pressupõe que que a quantidade de calor que entra é semelhante ao que é libertado. Issoquantidade de calor que entra é semelhante ao que é libertado. Isso permite uma situação depermite uma situação de Equilíbrio TérmicoEquilíbrio Térmico.. A variabilidade da radiação solar em Portugal
  • 19. A variabilidade da radiação solar em Portugal • e pelo vapor de água, dióxido de carbono, poeiras e nuvens, que, já na troposfera, retêm sobretudo radiações de grande comprimento de onda (infravermelhas).  A absorção é feita essencialmente pelo ozono estratosférico, que absorve grande parte das radiações ultravioletas…
  • 20. A variabilidade da radiação solar em Portugal  A difusão resulta de inúmeras reflexões dos raios solares sobre as moléculas dos gases constituintes da atmosfera e, sobretudo, sobre as partículas sólidas que se encontram em suspensão na atmosfera (poeiras e impurezas).  Embora parte desta radiação se disperse para a alta atmosfera e para o espaço interplanetário, outra parte acaba por atingir a superfície da Terra – é a chamada radiação difusa.  A radiação difusa, ao atingir o solo, junta-se à radiação solar direta e forma a radiação solar global, que corresponde a pouco mais de metade da constante solar.
  • 21. A variabilidade da radiação solar em Portugal  A radiação global é, então, absorvida pela superfície da Terra e rapidamente convertida em energia calorífica, sendo posteriormente reenviada para a atmosfera, em igual quantidade à que havia sido recebida, através da radiação terrestre. • tendo em conta que a quantidade de energia recebida à superfície é igual à devolvida para a atmosfera, através da emissão de radiações de grande comprimento de onda (radiação calorífica), a Terra encontra-se em equilíbrio térmico.
  • 22. A variabilidade da radiação solar em Portugal  A atmosfera, que é praticamente transparente à radiação solar mas bastante opaca à radiação terrestre, devolve novamente à superfície da Terra, principalmente por intermédio das nuvens, uma grande parte da radiação terrestre, através de um fenómeno de contrarradiação.
  • 23.  A reflexão ocorre no limite superior da atmosfera, no topo das nuvens e na superfície terrestre, incluindo oceanos, mares, lagos e rios – é o chamado albedo. A variabilidade da radiação solar em Portugal Fig. Albedo de algumas superfícies
  • 24. A variabilidade da radiação solar em Portugal  Efeito de estufa (fenómeno de retenção do calor na baixa atmosfera): se porventura ele não se verificasse, as temperaturas noturnas poderiam descer até valores inferiores aos 30 ºC negativos. Fig. Efeito de estufa • depende da existência, na atmosfera, de um conjunto de gases com propriedades especiais: o vapor de água, o dióxido de carbono, o metano, o ozono e outros poluentes existentes em menores quantidades.
  • 25. A variabilidade da radiação solar em Portugal A VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR  Embora a nível global se verifique um equilíbrio energético ou térmico no sistema Terra-atmosfera, tal não acontece na maior parte das regiões do globo. Fig. Balanço energético em latitude
  • 26. A variabilidade da radiação solar em Portugal  Na zona intertropical, a quantidade de energia recebida à superfície é superior àquela que é emitida, existindo um excedente de energia e, portanto, de calor. A VARIAÇÃO DA RADIAÇÃO SOLAR  Entre os 37º e os 38º de latitude verifica-se um equilíbrio entre a radiação adquirida e a perdida.  Para as regiões situadas a partir dos 38º de latitude, o saldo passa a ser negativo, isto é, as perdas excedem cada vez mais a quantidade de energia recebida.
  • 27. A variabilidade da radiação solar em Portugal 2- A variação da radiação solar à superfície depende de uma série de fatores, dos quais se salientam: • a forma esférica da Terra (acompanhada da inclinação do seu eixo em relação ao plano da órbita); as condições locais, como a transparência da atmosfera, o relevo (incluindo a orientação das encostas) e o tipo de superfície, entre outros, contribuem para essa variação. • os movimentos de rotação e translação do planeta.
  • 28. A variabilidade da radiação solar em Portugal  A forma esférica da Terra constitui uma das principais razões pela qual a radiação solar diminui com a latitude.  à medida que a latitude aumenta, o ângulo de incidência diminui e a massa atmosférica atravessada pelos raios solares aumenta…  o que faz com que as perdas por absorção, reflexão e difusão sejam maiores e, portanto, a quantidade de radiação recebida diminua. Fig. Relação entre o ângulo de incidência (a), a massa atmosférica e a superfície (S)
  • 29. A variabilidade da radiação solar em Portugal  Por outro lado, quanto menor é o ângulo de incidência, maior é a superfície pela qual a radiação se distribui… Fig. Relação entre o ângulo de incidência (a), a massa atmosférica e a superfície (S)  o que reduz consideravelmente a quantidade de energia recebida por unidade de superfície e, consequentemente, a capacidade de aquecimento.
  • 30. A variabilidade da radiação solar em Portugal  O movimento de rotação tem implicações na variação diurna da radiação, uma vez que: Fig. Variação do ângulo de incidência, da massa atmosférica e da área recetora dos raios solares ao longo do dia natural, como consequência do movimento diurno aparente do Sol, à latitude de 0º (equador) • e a variação do ângulo de incidência e da massa atmosférica atravessada pelos raios solares ao longo do dia natural. • origina a sucessão dos dias naturais e das noites,
  • 31. A variabilidade da radiação solar em Portugal • ao nascer do Sol, o ângulo de incidência é nulo; lugares que se encontram nestas circunstâncias praticamente não recebem radiação solar;  O movimento de rotação tem implicações na variação diurna da radiação: • à medida que o Sol se eleva no horizonte, e até ao meio-dia solar, o ângulo de incidência vai aumentando e a massa atmosférica diminuindo; quantidade de energia recebida por unidade de superfície vai sendo cada vez maior; • a partir do meio-dia solar, o ângulo de incidência começa a diminuir e a massa atmosférica a aumentar; a quantidade de energia solar recebida vai diminuindo; • no ocaso (pôr do sol), o ângulo de incidência volta a ser nulo, situação que se mantém até ao nascer do Sol do dia seguinte, momento a partir do qual todo o processo se repetirá.
  • 32. A variabilidade da radiação solar em Portugal  teoricamente, a temperatura máxima, ao longo das 24 horas do dia, deveria registar-se cerca das 12 horas (meio-dia), ou seja, quando o Sol passa pelo zénite do lugar de observação, pois é aí que faz a sua culminação. Contudo, na realidade, a temperatura continua a elevar-se até às 13, 14 ou 15 horas.  O aquecimento da superfície inicia-se todos os dias desde que o Sol nasce…
  • 33. A variabilidade da radiação solar em Portugal  Esta situação explica-se pelo facto de ser neste momento que a soma da radiação solar e da radiação terrestre (ou irradiação) atinge o valor máximo…  o que origina o aumento da temperatura da camada do ar em contacto com a superfície, portanto, algumas horas após a passagem do Sol pelo zénite.  Durante a noite não há receção de radiação solar, mas verifica-se uma perda de calor por radiação terrestre, passando o equilíbrio térmico da Terra a ter um saldo negativo. • O arrefecimento noturno será tanto maior quanto mais límpida estiver a atmosfera, uma vez que a intensidade do efeito de estufa é menor.
  • 34. A variabilidade da radiação solar em Portugal  O movimento de translação tem, sobretudo, implicações na variação anual da radiação solar recebida, pois a inclinação constante do eixo da Terra com o plano da sua órbita faz variar, num mesmo lugar, a obliquidade dos raios solares, ao meio-dia solar, ao longo do ano. Fig. Movimento de translação da Terra
  • 35. A variabilidade da radiação solar em Portugal  Para além de fazer variar a obliquidade dos raios solares e, portanto, o ângulo de incidência e a massa atmosférica, a translação do planeta provoca ainda:  a desigualdade na duração dos dias naturais e das noites em todos os lugares da superfície da Terra, ao longo do ano, exceto nos lugares situados no equador. Fig.Variaçãodaduraçãododia naturalcomalatitude,no solstíciodejunho. Fig.Variaçãodaduraçãododia naturalcomalatitude,nosolstício dedezembro.
  • 36. A variabilidade da radiação solar em Portugal • entre o solstício de dezembro e o solstício de junho:  registam um aumento do ângulo de incidência e da duração do dia natural;  uma diminuição da massa atmosférica atravessada pelos raios solares; • condições que contribuem para um aumento da quantidade de radiação solar recebida; Em geral, os lugares situados no hemisfério norte: • entre o solstício de junho e o solstício de dezembro:  observam a diminuição do ângulo de incidência e dos dias naturais ;  e o aumento da massa atmosférica; • pelo que a radiação solar recebida vai diminuindo.
  • 37. A variabilidade da radiação solar em Portugal  No hemisfério sul tudo se passa de modo inverso e, portanto: • os valores mais elevados ocorrem, habitualmente, junto ao solstício de dezembro. • os menores valores de radiação acontecem próximo do solstício de junho;  Por esta razão, ao longo do ano e em todos os lugares da superfície da Terra, ocorrem meses cuja temperatura média é mais elevada e outros em que é mais reduzida.  Essas diferenças são, em alguns casos, pouco significativas, como acontece na região equatorial, mas noutros são muito acentuadas, como sucede nas regiões de grande latitude.
  • 38. A variabilidade da radiação solar em Portugal  A temperatura média mensal mais elevada, para a generalidade dos lugares situados no hemisfério norte, regista-se normalmente nos meses de julho ou agosto. Fig. Variação anual da temperatura de um lugar situado no hemisfério norte  Nestes meses (julho ou agosto), o hemisfério sul regista as temperaturas mais baixas pelas razões inversas. Fig. Variação anual da temperatura de um lugar situado no hemisfério sul
  • 39.  As temperaturas médias mensais mais baixas para os mesmos lugares do hemisfério norte ocorrem normalmente nos meses de dezembro ou janeiro… A variabilidade da radiação solar em Portugal Fig. Variação anual da temperatura de um lugar situado no hemisfério norte Fig. Variação anual da temperatura de um lugar situado no hemisfério sul  porque os raios solares incidem com maior obliquidade e os dias naturais são menores que as noites, pelo que recebem menor quantidade de energia.  Nestes meses, os lugares do hemisfério sul registam as médias mais elevadas, pelas razões inversas.
  • 40. A variabilidade da radiação solar em Portugal A RADIAÇÃO SOLAR EM PORTUGAL  Portugal localiza-se numa faixa de latitude compreendida sensivelmente entre os 30º N e os 42º N…  por essa razão, regista valores de radiação solar consideráveis e bastante superiores aos verificados na maior parte dos países da Europa. Fig. Radiação solar global à superfície na Europa
  • 41. A variabilidade da radiação solar em Portugal • No solstício de dezembro:  a energia recebida é mais reduzida.  os raios solares incidem na vertical sobre os lugares situados no Trópico de Capricórnio e, portanto, atingem o nosso país com maior inclinação.  A esta situação acresce a menor duração dos dias naturais e a maior nebulosidade existente. Fig. Variação anual da radiação global média mensal, em Portugal continental VARIABILIDADE ANUAL • No solstício de junho:  a quantidade de energia recebida é mais elevada.  Os raios solares incidem na vertical sobre os lugares situados no Trópico de Câncer;  quando o Sol atinge a sua maior altura em Portugal, nunca chegando porém a atingir a vertical.  a duração dos dias naturais é maior e a nebulosidade menor, o que concorre para o aumento do tempo de exposição aos raios solares.
  • 42. A variabilidade da radiação solar em Portugal Fig. Distribuição sazonal da radiação solar global em Portugal continental
  • 43. A variabilidade da radiação solar em Portugal Fig. Variação do ângulo de incidência dos raios solares, ao longo do ano, em Portugal continental
  • 44. A variabilidade da radiação solar em Portugal • Os valores mais baixos de radiação solar ocorrem na parte noroeste do território, em especial na área do Parque Nacional da Peneda-Gerês, onde a radiação média anual é inferior aos 140 kcal/cm². Fig. Soajo - Gerês 3- DISTRIBUIÇÃO GEOGRÁFICA • Os valores mais elevados verificam-se no Sudeste e no Sul, com destaque para a bacia do Guadiana e a orla algarvia, onde a quantidade anual de energia recebida é superior a 170 kcal/cm2 . Fig. Alcoutim – Margens do Guadiana
  • 45. A variabilidade da radiação solar em Portugal  A radiação solar no nosso país aumenta, portanto, de norte para sul e do litoral para o interior. Fig. Distribuição da radiação solar global média em Portugal continental Fig. Distribuição dos valores médios anuais do número de horas de sol em Portugal continental
  • 46. A variabilidade da radiação solar em Portugal  Fatores que explicam a diferenciação espacial da radiação solar: • a nebulosidade. • a exposição geográfica das vertentes; • a altitude; • a latitude; • a proximidade do oceano Atlântico. • à escala regional ou local, há ainda a considerar os fatores topográficos:
  • 47.  A latitude, embora registe pequenas diferenças no território nacional, é a grande responsável pelo facto de as regiões do Sul receberem maior quantidade de radiação solar, uma vez que para estas o ângulo de incidência dos raios solares é sempre superior. A variabilidade da radiação solar em Portugal  Fatores que explicam a diferenciação espacial da radiação solar:  A proximidade do mar faz-se sentir pela influência que o mesmo exerce ao nível da humidade do ar e da nebulosidade. Por esta razão, as regiões do litoral, sobretudo a norte do Tejo, recebem menos radiação que as regiões do interior, pois são áreas que estão mais frequentemente encobertas pela nebulosidade e, portanto, com menor insolação.
  • 48.  A influência da altitude deve-se essencialmente ao facto de esta provocar um aumento da nebulosidade e, portanto, uma diminuição da insolação. A variabilidade da radiação solar em Portugal  Fatores que explicam a diferenciação espacial da radiação solar:  A exposição solar e a inclinação das vertentes influenciam a quantidade de radiação solar recebida, uma vez que as encostas voltadas a sul recebem os raios solares com maior ângulo de incidência e estão mais expostas ao Sol, sendo, por isso, designadas de vertentes soalheiras.
  • 49. A variabilidade da radiação solar em Portugal  Nas encostas viradas a norte, pelo contrário, os raios solares incidem mais obliquamente e a insolação é menor, razão pela qual são consideradas vertentes umbrias ou sombrias. Fig. Vertente soalheira – Câmara de Lobos (lado sul da ilha da Madeira) Fig. Vertente umbria – Santana (lado norte da ilha da Madeira)  A influência da exposição geográfica das vertentes é particularmente evidente na ilha da Madeira.
  • 50. A variabilidade da radiação solar em Portugal  A situação dos arquipélagos da Madeira e Açores relativamente à radiação e correspondentes níveis de insolação apresenta contrastes evidentes que resultam, em grande medida, da diferente posição latitudinal. Fig. Território português
  • 51.  Madeira: protegida pelo anticiclone subtropical, apresenta uma situação mais favorável (superior a 2200 horas anuais de sol a descoberto); A variabilidade da radiação solar em Portugal Fig. Câmara de Lobos (ilha da Madeira) Fig. Lagoa das Sete Cidades - Açores  Açores: com nebulosidade frequente, reduz os valores para 1700 horas. A variabilidade entre ilhas e dentro da mesma ilha é, no entanto, muito grande.
  • 52. A distribuição da temperatura no território nacional  A temperatura do ar está diretamente relacionada com a radiação solar global. • Por esse motivo, as temperaturas no nosso país são, de um modo geral, amenas, uma vez que o território nacional se situa a uma latitude onde a radiação adquirida e a perdida são sensivelmente as mesmas e, portanto, o equilíbrio térmico é quase uma realidade.
  • 53. A distribuição da temperatura no território nacional OS CONTRASTES ESTACIONAIS E ESPACIAIS  Apesar da amenidade das temperaturas, regista-se uma variação anual e uma distribuição espacial bastante significativas. Esta variação é quase coincidente com a da radiação solar. Fig. Variação anual da temperatura
  • 54. A distribuição da temperatura no território nacional Fig. Distribuição da temperatura média em janeiro e julho em Portugal continental (isotérmicas reais)
  • 55. A distribuição da temperatura no território nacional  Em janeiro, as temperaturas são relativamente baixas e aumentam principalmente de nordeste para sudoeste.  Os valores mais baixos registam-se no nordeste transmontano e os mais elevados ocorrem em algumas áreas da costa alentejana e do litoral algarvio.  Em julho, a situação altera-se, as temperaturas atingem valores relativamente elevados…  e aumentam principalmente de oeste para este, com exceção da Cordilheira Central e das restantes áreas montanhosas. Fig. Dia de inverno na costa portuguesaFig. Paisagem durante o verão no Alentejo
  • 56. A distribuição da temperatura no território nacional Fonte: IPMA (2012) Fig. Distribuição das temperaturas médias anuais (mínimas e máximas) em Portugal continental  A variabilidade na distribuição da temperatura em Portugal continental torna-se ainda mais evidente quando observamos a distribuição dos valores mínimos e máximos da temperatura do ar.