2. CONTEXTO HISTÓRICO
TROVADORISM
O
IGREJA FORTALECIDA;
TEOCENTRISMO;
SOCIEDADE
ESTAMENTAL.
HUMANISMO
SÉCULO XIV - XV
CONHECIMENTO;
ANTROPOCENTRISMO;
CLASSE SOCIAL
(COMÉRCIO)
REFORMA
PROTESTANTE
SÉCULO XVI
CONTRA- REFORMA
SANTA INQUISIÇÃO
MISSÕES JESUÍTICAS
BARROCO
SÉCULO XVII – SÉCULO
XVIII
- HOMEM DIVIDIDO
ENTRE O CÉU E A
TERRA;
- MOMENTO DE
ANGÚSTIA;
IDADE MÉDIA
SÉCULO X – SÉCULO
XV
IDADE MODERNA
SÉCULO XV – SÉCULO
XVIII
3. BARROCO
Grego: “Baros” = pesado
Período artístico-histórico que entrou em vigência
após a Contrarreforma;
Foi a manifestação artística representante dos
conflitos espirituais e culturais que se apossavam
dos indivíduos de então;
Vai de encontro com os padrões renascentistas;
Carpe Diem (lembrando da morte).
SÉCULO XVII – SÉCULO
XVIII
15. LITERATURA
PRINCIPAIS TEMAS:
Sentido de transitoriedade da vida;
Sentimento desolador de amor vivido;
Dramatização da existência;
Insatisfação e solidão.
16. ESTILOS DE EXPRESSÃO
CULTISMO (FORMA)
POESIA
CONCEPTISMO (CONTEÚDO)
PROSA
Conhecer = entrar em contato por meio
dos sentidos
Conhecer = analisar até chegar em
conceitos
Figuras de linguagem (metáfora) Argumento (através da lógica)
Utilização de palavras cultas e
neologismos (origem latina)
Sofisma (dissimular a verdade) +
Silogismo (premissas) / (Aristóteles) /
convencer
ANTÍTESE: carne x espírito / céu x terra / Deus x diabo / fugaz x eterno
CULTISMO OU
CONCEPTISMO?
17. GREGÓRIO DE MATOS
Conhecido como “boca do inferno”;
Pai era nobre português e fez Gregório estudar Direito;
PERSONALIDADE REBELDE (perseguido pela
Inquisição) ;
Realizou mais de 700 textos de poemas (líricos,
satíricos, eróticos, filosóficos e religiosos).
BRASIL, 1636 - 1696
18. POESIA LÍRICA-AMOROSA
Anjo no nome, Angélica na cara,
Isso é ser flor, e Anjo juntamente,
Ser Angélica flor, e Anjo florente,
Em quem, senão em vós se uniformara?
Quem veria uma flor, que a não cortara
De verde pé, de rama florescente?
E quem um Anjo vira tão luzente,
Que por seu Deus, o não idolatrara?
Se como Anjo sois dos meus altares,
Fôreis o meu custódio, e minha guarda,
Livrara eu de diabólicos azares.
Mas vejo, que tão bela, e tão galharda,
Posto que os Anjos nunca dão pesares,
Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.
• Marcada pelos dualismos: carne
x espírito / amor x pecado;
• Amor = fonte do prazer e
sofrimento;
• Mulher = personificação do
pecado (leva o homem à
perdição).
19. POESIA LÍRICA-RELIGIOSA
• Busca uma humanização por meio
da religião;
• Sente culpa por pecar e busca a
salvação;
• Pecado x Perdão;
• Se comporta como advogado
(defesa).
PEQUEI, SENHOR....
Pequei, Senhor, mas não porque hei pecado,
de vossa alta clemência me despido;
porque quanto mais tenho delinqüido,
vos tenho a perdoar mais empenhado.
Se basta a vos irar tanto um pecado,
a abrandar-vos sobeja um só gemido:
que a mesma culpa, que vos há ofendido,
vos tem para o perdão lisonjeado.
Se uma orelha perdida e já cobrada,
glória tal e prazer tão repentino
vos deu, como afirmais na sacra história,
eu sou, Senhor, a ovelha desgarrada,
cobrai-a; e não queirais, pastor divino,
perder na vossa ovelha a vossa glória.
20. POESIA LÍRICA-FILOSÓFICA
• Consciência perturbada por
fatores como a visão de mundo
corrupto;
• Vida transitória;
• Aproveitar cada momento da vida.
É a vaidade, Fábio, nesta vida,
Rosa, que da manhã lisonjeada,
Púrpuras mil, com ambição dourada,
Airosa rompe, arrasta presumida.
É planta, que de abril favorecida,
Por mares de soberba desatada,
Florida galeota empavesada,
Sulca ufana, navega destemida.
É nau enfim, que em breve ligeireza,
Com presunção de Fênix generosa,
Galhardias apresta, alentos preza:
Mas ser planta, ser rosa, nau vistosa
De que importa, se aguarda sem defesa
Penha a nau, ferro a planta, tarde a rosa?
21. POESIA LÍRICA-SATÍRICA
EPÍLOGOS
Que falta nesta cidade?... Verdade.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.
O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.
Quem a pôs neste rocrócio?... Negócio.
Quem causa tal perdição?... Ambição.
E no meio desta loucura?... Usura.
Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que perdeu
Negócio, ambição, usura.
Quais são seus doces objetos?... Pretos.
Tem outros bens mais maciços?... Mestiços.
Quais destes lhe são mais gratos?... Mulatos.
[…]
• Vocabulário agressivo;
• Criticidade (reflexão)
• Produziu sátiras irreverentes,
ocasionando perseguições e sua
expulsão.
22. PADRE ANTÔNIO VIEIRA
Viveu na Contrarreforma Católica (missões jesuíticas);
Facilidade na oratória (desde o seminário);
Escrevia seu sermão (trazia conceptismo);
Era extremamente patriota;
Defendeu os cristãos-novos (judeus) e entrentou a
Inquisição;
Realizou mais de 200 sermões.
PORTUGAL, 1608 - 1697
23. PADRE ANTÔNIO VIEIRA
Viveu na Contra-Reforma Católica (missões jesuíticas);
Facilidade na oratória (desde o seminário);
Escrevia seu sermão (trazia conceptismo);
Era extremamente patriota;
Defendeu os cristãos-novos (judeus) e entrentou a
Inquisição;
Realizou mais de 200 sermões.
PORTUGAL, 1608 - 1697
24. PADRE ANTÔNIO VIEIRA
PORTUGAL, 1608 - 1697
ESTRUTURA ESPECÍFICA SERMÕES
(CONCEPTISTA)
EXÓRDIO /
INTRÓITO
INVOCAÇÃO
DESENVOLVIMENT
O
PERORAÇÃO
APRESENTAVA O TEMA
CHAMAVA O NOME DE ALGUM
SANTO (ABENÇOAVA)
CONFIRMAVA OS
ARGUMENTOS
TERMINAVA DE MANEIRA
ANIMADA
25. PADRE ANTÔNIO VIEIRA
PORTUGAL, 1608 - 1697
SERMÃO DA SEXAGÉSIMA (1655)
Critica os padrões que pregavam de maneira vazia;
A falta de naturalidade é a falta de analogia com a
Palavra de Deus;
É construído em 10 partes;
“Pregar é semear”.
26. BARROCO NO BRASIL
SÉCULOS: XVII - XVIII
CONSIDERADO O
PRIMEIRO AUTOR
BARROCO
BRASILEIRO
94 ESTROFES DE
OITAVAS HEROICAS.
1601
1730 – 1814
- Realizou suas obras no
período do Arcadismo!
30. REFERÊNCIAS...
ETZEL, Eduardo. O Barroco no Brasil. São Paulo: Melhoramentos,
1974.
MARAVALL, José Antonio. A Cultura do Barroco. Barcelona: Ariel, 1997
PAIVA, J. M. . Colonização e Catequese. São Paulo: Arké, 2006.
MIRANDA, Ana. Boca do Inferno. São Paulo: Companhia das Letras. 2
ed.
DIMAS, Antônio. Literatura Comentada. São Paulo: Nova Cultural,
1988.
APOSTILA PLURALL / 2024.