SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 57
Miguel Torga  :  poeta da Terra, de Deus e do Homem
Uma literatura que produz no mesmo século dois vultos do calibre de Pessoa e Torga,  pode considerar-se uma literatura de excelente saúde . Torrente Ballester In Entrevista a Miguel Viqueira em 1986
Miguel Torga  (Adolfo Correia Rocha)  nasceu em S. Martinho de Anta a 12.08.1907 e  morreu em Coimbra a 17.01.1995. Depois de concluída a  instrução primária na terra natal , foi  servir  para uma casa no Porto . Ainda  frequentou o seminário de Lamego  durante dois anos. Foi, depois,  enviado para o Brasil  , para a fazenda de um tio, que, mais tarde, lhe custearia os estudos em  Coimbra.  Nesta cidade,  formar-se-ia em medicina  em 1933.
Em 1929, com 22 anos,  inicia a sua colaboração na revista  Presença ,  folha de arte e crítica ,  com o poema  “ Altitudes…”. A revista ,  fundada em 1927 pelo grupo literário de  José Régio, Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca , era bandeira literária do grupo modernista . Em 1930  rompe  definitivamente  com a  revista  Presença ,  por  razões de discordância estética e de liberdade humana .
Com Branquinho da Fonseca fundaria a revista  Sinal que saiu em Julho de 1930
1931  - Pão Ázimo .  1931  - Criação do Mundo .  1934  - A Terceira Voz .  1937  - Os Dois Primeiros Dias .  1938  - O Terceiro Dia da Criação do Mundo .  1939  - O Quarto Dia da Criação do Mundo .  1940  - Bichos .  1941  - Contos da Montanha .  1942  - Rua .  1943  - O Senhor Ventura .  1944  - Novos Contos da Montanha .  1945  - Vindima .  1951  - Pedras Lavradas   1974  - O Quinto Dia da Criação do Mundo .  1976  - Fogo Preso .  1981  - O Sexto Dia da Criação do Mundo .  1982  - Fábula de Fábulas .  Ficção        
                                                            1928  - Ansiedade .  1930  - Rampa .  1931  - Tributo .  1932  - Abismo .  1936  - O Outro Livro de Job .  1943  - Lamentação .  1944  - Libertação .  1946  - Odes .  1948  - Nihil Sibi .  1950  - Cântico do Homem .  1952  - Alguns Poemas Ibéricos .  1954  - Penas do Purgatório .  1958  - Orfeu Rebelde .  1962  - Câmara Ardente .  1965  - Poemas Ibéricos .  Poesia        
Peças de Teatro        1941  - "Terra Firme" e "Mar" .  1947  - Sinfonia .  1949  - O Paraíso .  1950  - Portugal .  1955  - Traço de União .
Prémios        1969 - Prémio do Diário de Notícias.  1976 - Prémio Internacional de Poesia de Knokke-Heist.  1980 - Prémio Morgado de Mateus, ex-aecquo com Carlos    Drummond de Andrade.  1981 - Prémio Montaigne da Fundação Alemã F.V.S. 1989 -   Oficial da Ordem  das Artes e Letras da República Francesa . 1989 - Prémio Camões. 1991 - Prémio Personalidade do Ano.  1992 - Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de   Escritores.  1993 - Prémio da Crítica, consagrando a sua obra .
A origem do pseudónimo ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Tal escolha indicia já , nas palavras de  José Bernardes [1] ,  a opção por « um programa ético  e estético centrado no confessionalismo e na busca de autenticidade ».   Como sublinha  Eduardo Lourenço [2 ] , o pseudónimo escolhido é « na sua origem e na sua intenção um baptismo à maneira bíblica onde se inscreve de antemão um destino a cumprir ».  ______________________ [1]  BERNARDES, José (s.d.) [2] LOURENÇO, Eduardo (1994)“Um nome para uma obra”  in Aqui, Neste Lugar e Nesta Hora.  Actas do Primeiro Congresso Internacional Sobre Miguel Torga , Porto, Universidade Fernando Pessoa,1994, pp. 278-284.
Como escreve  David Mourão-Ferreira [1 ] , « a sua posição , nas nossas letras, continua a ser a  de um grande isolado  – que,  no entanto  (ou por isso mesmo) consubstancia e  representa , ora de forma mais directa ora através de inevitáveis símbolos,  quanto existe de viril, de vertical, de insubornável,   no homem português contemporâneo .»  O próprio poeta assume que lhe calhou em sorte « ser o mau da peça, o inconformado, o frontal, o desmancha-prazeres [2] »  [1]  MOURÃO-FERREIRA, 1978 : 1093  [2] Diário XIV
Linhas temáticas na poesia de Torga ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
   Problemática religiosa ,[object Object],« Não, / Senhor dum sonho exausto! / Deus, se viesse, /Seria a claridade/Do amanhecer,  /Nunca este breu de morte/ Que tu és, / Terrífica presença, / medieva e soturna encarnação !  / Perto do sol a luz é mais intensa,  / Corpo de trevas sem ressurreição, / Noite nua suspensa! » «A um Cristo Negro» ( poesia completa : 515)
«Pão Ázimo» ( Rampa, 1930) ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
   Sendo um  permanente lutador pela liberdade humana ,  Torga não podia aceitar as imposições prepotentes das convenções católicas.  Não nega a existência de Deus, mas , como o próprio afirma,  corre o risco de o recusar, substituindo-o , com frequência  pela religião da Terra, princípio de coerência e de ordem da vida.     Há na sua obra, um  permanente confronto entre o Além e o Aqui, um permanente desejo de conciliar Sagrado e Profano, humanizando Deus e mitificando o Homem e a vida.
«Prece»[1]:exprime a  relação conflituosa que  Torga  mantém com Deus ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Cf. Poesia completa:101
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[1]Cf. Poesia completa:636 «Desfecho» [1]( Câmara Ardente )  O que perturba Torga é o facto de não existir um Deus humano e iminente que se possa sentir e ter, que responda às muitas questões do Homem
● Em síntese, podemos pois considerar a existência de  três atitudes  fundamentais de Torga face a Deus:  conflito pessoal, desafio e acusação a um Deus mudo e ausente.  No fundo, o que o poeta  recusa  é a  perversão dos princípios básicos do Cristianismo pela Civilização que instaurou ritos, crenças e representações, criando a imagem de um Deus-pai terrível, distribuidor de aniquilação e de morte,  o que levou Torga a uma disjunção inultrapassável:  Ou Deus ou nós [1] ».   [1] Fernão Gonçalves, 1995:57
   Desespero Humanista « O homem  continua a ser a minha  grande aposta.  Sem acreditar nele, como poderia acreditar em mim?» Torga, Diário, Lisboa, 23/11/1982
[object Object],[object Object]
   Crítica aos tempos que correm ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],O desejo de liberdade ganha vida  em  « Ar livre [2 ] »  :  « Ar livre, que não respiro!/ Ou são pela asfixia?/ miséria de cobardia/  Que não arromba a janela/ Da sala onde a fantasia/ Estiola e fica amarela! (…) / Antes o caos que a morte! »  O mesmo sentimento subjaz, aliás, a  «Conquista [3 ] »  :  « Livre não sou, que nem a própria vida/ Mo consente/ Mas a minha aguerrida /teimosia /É quebrar dia a dia /  um grilhão da corrente. //  Livre não sou, mas quero a liberdade . / Trago-a dentro de mim como um destino.  / E vão lá desdizer o sonho do menino /  Que se afogou, e flutua /Entre nenúfares de serenidade/Depois de ter a lua. ».
«Liberdade»[1] ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[1]Cf  Poesia completa : 819
[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],« Tantas formas reveste, e nenhuma/ Me satisfaz!/   Vens às vezes no amor,  e quase te acredito. /   Mas todo o amor é um grito /  Desesperado /  Que ouve apenas o eco… /  Peco /  Por absurdo humano: /  Quero não sei que cálice profano /  Cheio de um vinho herético e sagrado» [1]Cf. Poesia completa: 101 [2] cf. Poesia completa:483
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[1]Cf. Poesia completa: 488 [2] cf. Poesia completa:496
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],Cf. Poesia completa: 372
   Esperança ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],« Sou eu,  nado e criado para amar, /  e que não sei amar! (…)/  que vi Deus e nunca acreditei/ (…)//  Sou eu,  que há vinte e sete anos/  vivo sem Anjo da Guarda/ Sou eu , que ou tudo ou nada, ou vida ou morte,/ E acerto sempre na Morte//  Sou eu – e mostro-me todo!/  Quem puder arranque os olhos/  e venha cheio de fé/  ver o Lázaro real/ que não vem nos evangelhos, mas é!... » [1] Cf. Poesia completa: 357-358 [2] Cf. Poesia completa:69
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[1] Cf. Poesia completa:116 [2] Cf. Poesia completa:369
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[1] Cf. Poesia completa:480
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
 Mito de Orfeu ,[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object]
   Telurismo ,[object Object],[object Object]
 Mito de Anteu ,[object Object],« Filho da terra, minha mãe amada, / É ela que levanta o lutador caído. / Anteu anão / Toco-lhe o coração,  / e ergo-me do chão/ Fortalecido. » «Comunicado»[1] [1]Cf .  Poesia completa:  648
« Anda a terra no cio: /Chegou a lua. / E é como um falus de aço macio/ A ponta aguda da charrua. //  Com a certeza de procriar/ Cai a semente da mão do vento…// E tudo lento, /Num ritual, / Como se o homem, pachorrento, / Realizasse o casamento / Do natural .». «Lavram e semeiam aqui ao lado»[1] [1]Cf .  Poesia completa:  412
[object Object],[object Object],[object Object],Regresso às fragas de onde me roubaram. Ah! minha serra, minha dura infância! Como os rijos carvalhos me acenaram, Mal eu surgi, cansado na distância!// Cantava cada fonte à sua porta: O poeta voltou! Atrás ia ficando a terra morta Dos versos que o desterro esfarelou. Depois o céu abriu-se num sorriso, E eu deitei-me no colo dos penedos A contar aventuras e segredos Aos deuses do meu velho paraíso.» «Regresso»[1] [1] Cf .  Poesia completa:  446
[object Object],[object Object]
   o drama da criação poética : Torga ou o poeta «cavador de ideias» ,[object Object],[object Object]
   Aproveitamento do Mito de Orfeu: «Das tuas mãos divinas de Poeta  Herdei a lira que não sei tanger; Por eleição ou maldição secreta, Tenho uma grade para me prender.  Cercam-me as cordas, tensa de emoção, Versos de ferro onde me rasgo inteiro .  Mas do fundo da alma e da prisão,  Obrigado, meu Deus e carcereiro! «Ode à Poesia» [1] ,[object Object]
   A tónica do desencanto ,[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],« Ergo a voz no silêncio hostil do mundo,  / Como um galo que canta a horas mortas. / nem me posso calar, / nem posso amortecer/ A força que faz dela um desafio. ». «Caudal» (3) [1]  Cf Poesia completa: 465 [2] Cf Poesia completa: 835 [3] Cf Poesia completa: 746 [4] Cf Poesia completa: 743
[object Object],Pisa os meus versos , Musa insatisfeita! Nenhum deles te merece. São frutos acres que não apetece Comer. Falta-lhes génio, o sol que amadurece O que sabe nascer. Cospe de tédio e de nojo Em cada imagem que te desfigura. Nega esta rima impura Que responde de ouvido. Denuncia estas sílabas contadas, Vestígios digitais do evadido Que deixa atrás de si as impressões marcadas. E corta-me de vez as asas que me deste . Mandaste-me voar; E eu tinha um corpo inteiro a recusar Esse ímpeto celeste. ,[object Object],[object Object]
   Mito de Sísifo ,[object Object],Sem musa que me inspire, Canto como um pedreiro Que, de forma singela, Embala a sua pedra pela serra fora… Upa! que lá vai ela! Upa! Que vai agora! A pedra penitente que eu arrasto Tem o tamanho duma vida humana. E só nesta toada a movimento, Embora o salmo já me saia rouco. Upa! Meu sofrimento! Upa! Que falta pouco… ,[object Object],“ Cantilena de Pedra ”
[object Object],[object Object]
 Conclusão Telurismo (Mito de Anteu) Desespero humanista (mito de Orfeu) Problemática religiosa Drama da criação  poética (mito de Sísifo Liberdade e esperança
[object Object],[object Object],António José Saraiva e   Óscar   Lopes, 2001:1015
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object]
 
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object],[object Object]
Trabalho de pesquisa apresentado à  Unidade Curricular de Técnicas de Análise Textual (TAT), ministrada no Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA), de Aveiro   Maio de 2010 Autores do trabalho: Paulo Marques Pedro Ribeiro Docente: Professora Doutora Dina Baptista

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Memorial do Convento-Dimensão simbólica
Memorial do Convento-Dimensão simbólicaMemorial do Convento-Dimensão simbólica
Memorial do Convento-Dimensão simbólicananasimao
 
Valor modal das frases
Valor modal das frasesValor modal das frases
Valor modal das frasesnando_reis
 
Memorial do Convento
Memorial do ConventoMemorial do Convento
Memorial do Conventoguest304ad9
 
"A um negrilho" de Miguel Torga
"A um negrilho" de Miguel Torga"A um negrilho" de Miguel Torga
"A um negrilho" de Miguel TorgaMateus Ferraz
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAnabela Fernandes
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaSamuel Neves
 
O amor em Memorial do Convento
O amor em Memorial do ConventoO amor em Memorial do Convento
O amor em Memorial do ConventoAntónio Teixeira
 
Memorial do convento - Personagens
Memorial do convento - PersonagensMemorial do convento - Personagens
Memorial do convento - PersonagensMiguelavRodrigues
 
O heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto CaeiroO heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto Caeiroguest155834
 
Fernando Pessoa Heterónimos
Fernando Pessoa   HeterónimosFernando Pessoa   Heterónimos
Fernando Pessoa HeterónimosESVieira do Minho
 
Ficha verificação leitura memorial
Ficha verificação leitura memorialFicha verificação leitura memorial
Ficha verificação leitura memorialFernanda Pereira
 
Características de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposCaracterísticas de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposAline Araújo
 
Lista obras textos educação Literária Secundário
Lista obras textos educação Literária  SecundárioLista obras textos educação Literária  Secundário
Lista obras textos educação Literária SecundárioBE123AEN
 
Intertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
Intertextualidade entre Os Lusíadas e MensagemIntertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
Intertextualidade entre Os Lusíadas e MensagemPaulo Vitorino
 
A sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do ConventoA sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do ConventoJoana Filipa Rodrigues
 

Mais procurados (20)

Memorial do Convento-Dimensão simbólica
Memorial do Convento-Dimensão simbólicaMemorial do Convento-Dimensão simbólica
Memorial do Convento-Dimensão simbólica
 
Os Maias - personagens
Os Maias - personagensOs Maias - personagens
Os Maias - personagens
 
Valor modal das frases
Valor modal das frasesValor modal das frases
Valor modal das frases
 
Sísifo- Miguel Torga
Sísifo- Miguel TorgaSísifo- Miguel Torga
Sísifo- Miguel Torga
 
Memorial do Convento
Memorial do ConventoMemorial do Convento
Memorial do Convento
 
"A um negrilho" de Miguel Torga
"A um negrilho" de Miguel Torga"A um negrilho" de Miguel Torga
"A um negrilho" de Miguel Torga
 
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicasAlberto caeiro biografia e caracteristicas
Alberto caeiro biografia e caracteristicas
 
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da InfânciaFernando Pessoa Nostalgia da Infância
Fernando Pessoa Nostalgia da Infância
 
Ceifeira
CeifeiraCeifeira
Ceifeira
 
Teste 1
Teste 1Teste 1
Teste 1
 
O amor em Memorial do Convento
O amor em Memorial do ConventoO amor em Memorial do Convento
O amor em Memorial do Convento
 
Memorial do convento - Personagens
Memorial do convento - PersonagensMemorial do convento - Personagens
Memorial do convento - Personagens
 
O heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto CaeiroO heteronimo Alberto Caeiro
O heteronimo Alberto Caeiro
 
Fernando Pessoa Heterónimos
Fernando Pessoa   HeterónimosFernando Pessoa   Heterónimos
Fernando Pessoa Heterónimos
 
Cesário verde
Cesário verdeCesário verde
Cesário verde
 
Ficha verificação leitura memorial
Ficha verificação leitura memorialFicha verificação leitura memorial
Ficha verificação leitura memorial
 
Características de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de CamposCaracterísticas de Álvaro de Campos
Características de Álvaro de Campos
 
Lista obras textos educação Literária Secundário
Lista obras textos educação Literária  SecundárioLista obras textos educação Literária  Secundário
Lista obras textos educação Literária Secundário
 
Intertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
Intertextualidade entre Os Lusíadas e MensagemIntertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
Intertextualidade entre Os Lusíadas e Mensagem
 
A sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do ConventoA sátira e a crítica social no Memorial do Convento
A sátira e a crítica social no Memorial do Convento
 

Destaque

A festa - conto miguel torga
A festa - conto miguel torgaA festa - conto miguel torga
A festa - conto miguel torgaZélia Sequeira
 
Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...
Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...
Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...luisprista
 
Poemas sobre biodiversidade
Poemas sobre biodiversidadePoemas sobre biodiversidade
Poemas sobre biodiversidadeBE ESGN
 
Eugenio De Andrade
Eugenio De AndradeEugenio De Andrade
Eugenio De Andradekally
 
Eugenio de andrade
Eugenio de andradeEugenio de andrade
Eugenio de andradeliofer21
 
Dia Mundial da Poesia
Dia Mundial da PoesiaDia Mundial da Poesia
Dia Mundial da Poesiaanabraga
 
Poemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradePoemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradeAnaGomes40
 

Destaque (12)

Vida e obra de miguel torga
Vida e obra de miguel torga Vida e obra de miguel torga
Vida e obra de miguel torga
 
A festa - conto miguel torga
A festa - conto miguel torgaA festa - conto miguel torga
A festa - conto miguel torga
 
Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...
Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...
Miguel Torga (ExposiçãO Com Poemas Com Estrofes Dos Alunos Do 10 º Ano Em 200...
 
Poemas sobre biodiversidade
Poemas sobre biodiversidadePoemas sobre biodiversidade
Poemas sobre biodiversidade
 
Eugénio de Andrade
Eugénio de AndradeEugénio de Andrade
Eugénio de Andrade
 
Rui Belo
Rui BeloRui Belo
Rui Belo
 
Eugenio De Andrade
Eugenio De AndradeEugenio De Andrade
Eugenio De Andrade
 
Eugenio de andrade
Eugenio de andradeEugenio de andrade
Eugenio de andrade
 
Dia Mundial da Poesia
Dia Mundial da PoesiaDia Mundial da Poesia
Dia Mundial da Poesia
 
Miguel torga
Miguel torgaMiguel torga
Miguel torga
 
Poemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andradePoemas de eugénio de andrade
Poemas de eugénio de andrade
 
Análise de poemas
Análise de poemasAnálise de poemas
Análise de poemas
 

Semelhante a Miguel torga: Vida e Obra

Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torgafrutinha
 
Miguel torga
Miguel torgaMiguel torga
Miguel torgaatilahab
 
Miguel torga gf
Miguel torga gfMiguel torga gf
Miguel torga gfLurdes
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel TorgaSilvares
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torgablogos
 
Miguel Torga Gf
Miguel Torga GfMiguel Torga Gf
Miguel Torga GfHelena
 
Cultura dia 22 de maio
Cultura dia 22 de maioCultura dia 22 de maio
Cultura dia 22 de maioProfmaria
 
Trabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintana
Trabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintanaTrabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintana
Trabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintanaRosário Cunha
 
Parque dos Poetas, Oeiras
Parque dos Poetas, OeirasParque dos Poetas, Oeiras
Parque dos Poetas, OeirasBESL
 
Morte e Literatura: a poesia de Sandra Herzer
Morte e Literatura: a poesia de Sandra HerzerMorte e Literatura: a poesia de Sandra Herzer
Morte e Literatura: a poesia de Sandra Herzerrodrigobovary
 

Semelhante a Miguel torga: Vida e Obra (20)

Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Miguel torga
Miguel torgaMiguel torga
Miguel torga
 
Miguel torga gf
Miguel torga gfMiguel torga gf
Miguel torga gf
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Miguel torga
Miguel torgaMiguel torga
Miguel torga
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Miguel torga gf
Miguel torga gfMiguel torga gf
Miguel torga gf
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Miguel Torga Gf
Miguel Torga GfMiguel Torga Gf
Miguel Torga Gf
 
Miguel Torga
Miguel TorgaMiguel Torga
Miguel Torga
 
Cultura dia 22 de maio
Cultura dia 22 de maioCultura dia 22 de maio
Cultura dia 22 de maio
 
Trabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintana
Trabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintanaTrabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintana
Trabalho dos poetas do sec.xx 1 miguel torga e mário quintana
 
Parque dos poetas
Parque dos poetasParque dos poetas
Parque dos poetas
 
Parque dos Poetas, Oeiras
Parque dos Poetas, OeirasParque dos Poetas, Oeiras
Parque dos Poetas, Oeiras
 
Morte e Literatura: a poesia de Sandra Herzer
Morte e Literatura: a poesia de Sandra HerzerMorte e Literatura: a poesia de Sandra Herzer
Morte e Literatura: a poesia de Sandra Herzer
 

Mais de Dina Baptista

Projeto de leitura (12.º ano) - O Conto "Mortos à mesa" de António Tabucchi
Projeto de leitura (12.º ano) - O Conto "Mortos à mesa" de António Tabucchi Projeto de leitura (12.º ano) - O Conto "Mortos à mesa" de António Tabucchi
Projeto de leitura (12.º ano) - O Conto "Mortos à mesa" de António Tabucchi Dina Baptista
 
O ensino da língua portuguesa e o desafio dos géneros textuais digitais
O ensino da língua portuguesa e o desafio dos géneros textuais digitaisO ensino da língua portuguesa e o desafio dos géneros textuais digitais
O ensino da língua portuguesa e o desafio dos géneros textuais digitaisDina Baptista
 
Uma nova perspetiva do conto: o Storytelling na estratégia da comunicação emp...
Uma nova perspetiva do conto: o Storytelling na estratégia da comunicação emp...Uma nova perspetiva do conto: o Storytelling na estratégia da comunicação emp...
Uma nova perspetiva do conto: o Storytelling na estratégia da comunicação emp...Dina Baptista
 
REPENSAR AS TÉCNICAS E METODOLOGIAS DO ENSINO DO PORTUGUÊS
REPENSAR AS TÉCNICAS E METODOLOGIAS DO ENSINO DO PORTUGUÊSREPENSAR AS TÉCNICAS E METODOLOGIAS DO ENSINO DO PORTUGUÊS
REPENSAR AS TÉCNICAS E METODOLOGIAS DO ENSINO DO PORTUGUÊSDina Baptista
 
A importância do conteúdo na web: para uma estratégia comunicacional eficaz
A importância do conteúdo na web: para uma estratégia comunicacional eficazA importância do conteúdo na web: para uma estratégia comunicacional eficaz
A importância do conteúdo na web: para uma estratégia comunicacional eficazDina Baptista
 
Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)Dina Baptista
 
Textos de caráter autobiograficos (M1 - 10.ºano/Português)
Textos de caráter autobiograficos (M1 - 10.ºano/Português)Textos de caráter autobiograficos (M1 - 10.ºano/Português)
Textos de caráter autobiograficos (M1 - 10.ºano/Português)Dina Baptista
 
Análise do Jantar no Hotel Central
Análise do Jantar no Hotel CentralAnálise do Jantar no Hotel Central
Análise do Jantar no Hotel CentralDina Baptista
 
Jantar no Hotel Central
Jantar no Hotel CentralJantar no Hotel Central
Jantar no Hotel CentralDina Baptista
 
Os Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoOs Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoDina Baptista
 
Os Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel CentralOs Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel CentralDina Baptista
 
Repreensões gerais e particulares
Repreensões gerais e particularesRepreensões gerais e particulares
Repreensões gerais e particularesDina Baptista
 
Sermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e III
Sermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e IIISermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e III
Sermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e IIIDina Baptista
 
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os LusíadasGigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os LusíadasDina Baptista
 
Contos do séculoXX | neo-realismo
Contos do séculoXX | neo-realismoContos do séculoXX | neo-realismo
Contos do séculoXX | neo-realismoDina Baptista
 
Poesia do século XX- 4
Poesia do século XX- 4Poesia do século XX- 4
Poesia do século XX- 4Dina Baptista
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade   Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade Dina Baptista
 
Mário Cesariny de Vasconcelos
Mário Cesariny de VasconcelosMário Cesariny de Vasconcelos
Mário Cesariny de VasconcelosDina Baptista
 
José Ary dos Santos
José Ary dos SantosJosé Ary dos Santos
José Ary dos SantosDina Baptista
 

Mais de Dina Baptista (20)

Projeto de leitura (12.º ano) - O Conto "Mortos à mesa" de António Tabucchi
Projeto de leitura (12.º ano) - O Conto "Mortos à mesa" de António Tabucchi Projeto de leitura (12.º ano) - O Conto "Mortos à mesa" de António Tabucchi
Projeto de leitura (12.º ano) - O Conto "Mortos à mesa" de António Tabucchi
 
O ensino da língua portuguesa e o desafio dos géneros textuais digitais
O ensino da língua portuguesa e o desafio dos géneros textuais digitaisO ensino da língua portuguesa e o desafio dos géneros textuais digitais
O ensino da língua portuguesa e o desafio dos géneros textuais digitais
 
Uma nova perspetiva do conto: o Storytelling na estratégia da comunicação emp...
Uma nova perspetiva do conto: o Storytelling na estratégia da comunicação emp...Uma nova perspetiva do conto: o Storytelling na estratégia da comunicação emp...
Uma nova perspetiva do conto: o Storytelling na estratégia da comunicação emp...
 
REPENSAR AS TÉCNICAS E METODOLOGIAS DO ENSINO DO PORTUGUÊS
REPENSAR AS TÉCNICAS E METODOLOGIAS DO ENSINO DO PORTUGUÊSREPENSAR AS TÉCNICAS E METODOLOGIAS DO ENSINO DO PORTUGUÊS
REPENSAR AS TÉCNICAS E METODOLOGIAS DO ENSINO DO PORTUGUÊS
 
A importância do conteúdo na web: para uma estratégia comunicacional eficaz
A importância do conteúdo na web: para uma estratégia comunicacional eficazA importância do conteúdo na web: para uma estratégia comunicacional eficaz
A importância do conteúdo na web: para uma estratégia comunicacional eficaz
 
Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)Camões Lírico (10.ºano/Português)
Camões Lírico (10.ºano/Português)
 
Textos de caráter autobiograficos (M1 - 10.ºano/Português)
Textos de caráter autobiograficos (M1 - 10.ºano/Português)Textos de caráter autobiograficos (M1 - 10.ºano/Português)
Textos de caráter autobiograficos (M1 - 10.ºano/Português)
 
Análise do Jantar no Hotel Central
Análise do Jantar no Hotel CentralAnálise do Jantar no Hotel Central
Análise do Jantar no Hotel Central
 
Jantar no Hotel Central
Jantar no Hotel CentralJantar no Hotel Central
Jantar no Hotel Central
 
Os Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacaoOs Maias_ sistematizacao
Os Maias_ sistematizacao
 
Os Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel CentralOs Maias - Jantar no Hotel Central
Os Maias - Jantar no Hotel Central
 
Repreensões gerais e particulares
Repreensões gerais e particularesRepreensões gerais e particulares
Repreensões gerais e particulares
 
Sermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e III
Sermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e IIISermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e III
Sermão de Santo António aos Peixes - Cap. II e III
 
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os LusíadasGigante Adamastor, d'Os Lusíadas
Gigante Adamastor, d'Os Lusíadas
 
Contos do séculoXX | neo-realismo
Contos do séculoXX | neo-realismoContos do séculoXX | neo-realismo
Contos do séculoXX | neo-realismo
 
Manuel Alegre
Manuel AlegreManuel Alegre
Manuel Alegre
 
Poesia do século XX- 4
Poesia do século XX- 4Poesia do século XX- 4
Poesia do século XX- 4
 
Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade   Carlos Drummond de Andrade
Carlos Drummond de Andrade
 
Mário Cesariny de Vasconcelos
Mário Cesariny de VasconcelosMário Cesariny de Vasconcelos
Mário Cesariny de Vasconcelos
 
José Ary dos Santos
José Ary dos SantosJosé Ary dos Santos
José Ary dos Santos
 

Último

JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxTainTorres4
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números Mary Alvarenga
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOAulasgravadas3
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfMárcio Azevedo
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...licinioBorges
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaronaldojacademico
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFtimaMoreira35
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...azulassessoria9
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManuais Formação
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfLeloIurk1
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãIlda Bicacro
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfprofesfrancleite
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...IsabelPereira2010
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....LuizHenriquedeAlmeid6
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...azulassessoria9
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptxMarlene Cunhada
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Ilda Bicacro
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreElianeElika
 

Último (20)

JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptxJOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
JOGO FATO OU FAKE - ATIVIDADE LUDICA(1).pptx
 
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números CRUZADINHA   -   Leitura e escrita dos números
CRUZADINHA - Leitura e escrita dos números
 
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃOFASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
FASE 1 MÉTODO LUMA E PONTO. TUDO SOBRE REDAÇÃO
 
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdfRevista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
Revista-Palavra-Viva-Profetas-Menores (1).pdf
 
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
 
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riquezaRotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
Rotas Transaarianas como o desrto prouz riqueza
 
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdfFicha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
Ficha de trabalho com palavras- simples e complexas.pdf
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: COMUNICAÇÃO ASSERTIVA E INTERPESS...
 
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envioManual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
Manual da CPSA_1_Agir com Autonomia para envio
 
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULACINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
CINEMATICA DE LOS MATERIALES Y PARTICULA
 
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptxSlides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
Slides Lição 04, Central Gospel, O Tribunal De Cristo, 1Tr24.pptx
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
Slides Lição 5, Betel, Ordenança para uma vida de vigilância e oração, 2Tr24....
 
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
PROVA - ESTUDO CONTEMPORÂNEO E TRANSVERSAL: LEITURA DE IMAGENS, GRÁFICOS E MA...
 
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptxVARIEDADES        LINGUÍSTICAS - 1. pptx
VARIEDADES LINGUÍSTICAS - 1. pptx
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestreCIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
CIÊNCIAS HUMANAS - ENSINO MÉDIO. 2024 2 bimestre
 

Miguel torga: Vida e Obra

  • 1. Miguel Torga : poeta da Terra, de Deus e do Homem
  • 2. Uma literatura que produz no mesmo século dois vultos do calibre de Pessoa e Torga, pode considerar-se uma literatura de excelente saúde . Torrente Ballester In Entrevista a Miguel Viqueira em 1986
  • 3. Miguel Torga (Adolfo Correia Rocha) nasceu em S. Martinho de Anta a 12.08.1907 e morreu em Coimbra a 17.01.1995. Depois de concluída a instrução primária na terra natal , foi servir para uma casa no Porto . Ainda frequentou o seminário de Lamego durante dois anos. Foi, depois, enviado para o Brasil , para a fazenda de um tio, que, mais tarde, lhe custearia os estudos em Coimbra. Nesta cidade, formar-se-ia em medicina em 1933.
  • 4. Em 1929, com 22 anos, inicia a sua colaboração na revista Presença , folha de arte e crítica , com o poema “ Altitudes…”. A revista , fundada em 1927 pelo grupo literário de José Régio, Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca , era bandeira literária do grupo modernista . Em 1930 rompe definitivamente com a revista Presença , por razões de discordância estética e de liberdade humana .
  • 5. Com Branquinho da Fonseca fundaria a revista Sinal que saiu em Julho de 1930
  • 6. 1931 - Pão Ázimo . 1931 - Criação do Mundo . 1934 - A Terceira Voz . 1937 - Os Dois Primeiros Dias . 1938 - O Terceiro Dia da Criação do Mundo . 1939 - O Quarto Dia da Criação do Mundo . 1940 - Bichos . 1941 - Contos da Montanha . 1942 - Rua . 1943 - O Senhor Ventura . 1944 - Novos Contos da Montanha . 1945 - Vindima . 1951 - Pedras Lavradas 1974 - O Quinto Dia da Criação do Mundo . 1976 - Fogo Preso . 1981 - O Sexto Dia da Criação do Mundo . 1982 - Fábula de Fábulas . Ficção        
  • 7.                                                           1928 - Ansiedade . 1930 - Rampa . 1931 - Tributo . 1932 - Abismo . 1936 - O Outro Livro de Job . 1943 - Lamentação . 1944 - Libertação . 1946 - Odes . 1948 - Nihil Sibi . 1950 - Cântico do Homem . 1952 - Alguns Poemas Ibéricos . 1954 - Penas do Purgatório . 1958 - Orfeu Rebelde . 1962 - Câmara Ardente . 1965 - Poemas Ibéricos . Poesia        
  • 8. Peças de Teatro        1941 - "Terra Firme" e "Mar" . 1947 - Sinfonia . 1949 - O Paraíso . 1950 - Portugal . 1955 - Traço de União .
  • 9. Prémios        1969 - Prémio do Diário de Notícias. 1976 - Prémio Internacional de Poesia de Knokke-Heist. 1980 - Prémio Morgado de Mateus, ex-aecquo com Carlos Drummond de Andrade. 1981 - Prémio Montaigne da Fundação Alemã F.V.S. 1989 - Oficial da Ordem das Artes e Letras da República Francesa . 1989 - Prémio Camões. 1991 - Prémio Personalidade do Ano. 1992 - Prémio Vida Literária da Associação Portuguesa de Escritores. 1993 - Prémio da Crítica, consagrando a sua obra .
  • 10.
  • 11. Tal escolha indicia já , nas palavras de José Bernardes [1] , a opção por « um programa ético e estético centrado no confessionalismo e na busca de autenticidade ». Como sublinha Eduardo Lourenço [2 ] , o pseudónimo escolhido é « na sua origem e na sua intenção um baptismo à maneira bíblica onde se inscreve de antemão um destino a cumprir ». ______________________ [1] BERNARDES, José (s.d.) [2] LOURENÇO, Eduardo (1994)“Um nome para uma obra” in Aqui, Neste Lugar e Nesta Hora. Actas do Primeiro Congresso Internacional Sobre Miguel Torga , Porto, Universidade Fernando Pessoa,1994, pp. 278-284.
  • 12. Como escreve David Mourão-Ferreira [1 ] , « a sua posição , nas nossas letras, continua a ser a de um grande isolado – que, no entanto (ou por isso mesmo) consubstancia e representa , ora de forma mais directa ora através de inevitáveis símbolos, quanto existe de viril, de vertical, de insubornável, no homem português contemporâneo .» O próprio poeta assume que lhe calhou em sorte « ser o mau da peça, o inconformado, o frontal, o desmancha-prazeres [2] » [1] MOURÃO-FERREIRA, 1978 : 1093 [2] Diário XIV
  • 13.
  • 14.
  • 15.
  • 16. Sendo um permanente lutador pela liberdade humana , Torga não podia aceitar as imposições prepotentes das convenções católicas. Não nega a existência de Deus, mas , como o próprio afirma, corre o risco de o recusar, substituindo-o , com frequência pela religião da Terra, princípio de coerência e de ordem da vida.  Há na sua obra, um permanente confronto entre o Além e o Aqui, um permanente desejo de conciliar Sagrado e Profano, humanizando Deus e mitificando o Homem e a vida.
  • 17.
  • 18.
  • 19.
  • 20.
  • 21. ● Em síntese, podemos pois considerar a existência de três atitudes fundamentais de Torga face a Deus: conflito pessoal, desafio e acusação a um Deus mudo e ausente.  No fundo, o que o poeta recusa é a perversão dos princípios básicos do Cristianismo pela Civilização que instaurou ritos, crenças e representações, criando a imagem de um Deus-pai terrível, distribuidor de aniquilação e de morte, o que levou Torga a uma disjunção inultrapassável: Ou Deus ou nós [1] ». [1] Fernão Gonçalves, 1995:57
  • 22. Desespero Humanista « O homem continua a ser a minha grande aposta. Sem acreditar nele, como poderia acreditar em mim?» Torga, Diário, Lisboa, 23/11/1982
  • 23.
  • 24.
  • 25.
  • 26.
  • 27.
  • 28.
  • 29.
  • 30.
  • 31.
  • 32.
  • 33.
  • 34.
  • 35.
  • 36.
  • 37.
  • 38.
  • 39. « Anda a terra no cio: /Chegou a lua. / E é como um falus de aço macio/ A ponta aguda da charrua. // Com a certeza de procriar/ Cai a semente da mão do vento…// E tudo lento, /Num ritual, / Como se o homem, pachorrento, / Realizasse o casamento / Do natural .». «Lavram e semeiam aqui ao lado»[1] [1]Cf . Poesia completa: 412
  • 40.
  • 41.
  • 42.
  • 43.
  • 44.
  • 45.
  • 46.
  • 47.
  • 48.
  • 49.
  • 50.  Conclusão Telurismo (Mito de Anteu) Desespero humanista (mito de Orfeu) Problemática religiosa Drama da criação poética (mito de Sísifo Liberdade e esperança
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.  
  • 55.
  • 56.
  • 57. Trabalho de pesquisa apresentado à Unidade Curricular de Técnicas de Análise Textual (TAT), ministrada no Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA), de Aveiro Maio de 2010 Autores do trabalho: Paulo Marques Pedro Ribeiro Docente: Professora Doutora Dina Baptista