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Baixar para ler offline
É nessas noites chuvosas e cortadas
por relâmpagos e trovões
que Mona se liberta em
fantasias molhadas,
conhecendo cada canto obscuro
de uma cidade que só existe em
seus devaneios.
As Crônicas
de Mona
Libório Melo
O Livro em Branco
"Vestidonuma capa dechuva
O tão esperadodesconhecidoseaproximou
Beijou-metão profundo a alma
Quemeucoração para sempreseapaixonou"
Era uma noite de tempestade. São nessas noites que Mona se liberta em
fantasias molhadas, conhecendo cada canto obscuro de uma cidade que só
existeemseusdevaneios.
Não sabe bem ao certo, mas acha que sua vida mudou completamente desde o
dia em que entrou naquele sebo à procura de algo para ler em casa, numa noite
também chuvosa. Depois de vagar o olhar por livros velhos, mas em bom
estado de conservação, enfileirados em uma estante em estilo colonial, um livro
pouco volumoso lhe chamou à atenção. Tinha uma capa de couro velho,
destacando-se dos demais. E o título Os Contos de Mona fez com que ela o
escolhesse de pronto para levar para casa. Era interessante essa coincidência: o
nome dela dando título ao livro. Nem olhou direito para o atendente,
procurando uns trocados na bolsa, depois de ele dizer-lhe o valor a pagar.
Tampouco abriu o livro. Nem sequer deixou embrulhá-lo, tal a pressa repentina
de sair daquele ambiente empoeirado. Só na saída é que percebeu a placa afixada
na vidraçada loja: Liquidaçãopara entrega do prédio.
A chuva não parara, e deixara o carro estacionado um tanto distante da loja. Fez
um ar desanimado, olhando para alguém metido numa capa de chuva longa, que
também se abrigava na marquise esperando a chuva diminuir. Depois, tomou
coragem e correu na chuva até o veículo estacionado a uma certa distância. Deu
a partida,doida para chegarlogo emcasa...
AS CRÔNICAS DE MONA01
O LIVRO EM BRANCO02
Depois de um banho morno, saiu da suite ainda nua, enxugando-se com uma
toalha macia e perfumada. Acendeu o abajur de cabeceira, pegou o livro de
dentro da bolsa e aninhou-se na cama, ainda nuinha, disposta a começar a sua
leitura.Abriuo livropara ler...nada.
Folheou várias páginas e encontrava sempre a mesma coisa: papel em branco.
Irritou-se e se sentiu enganada, mas bem que podia ter aberto o livro lá no sebo.
Deu um sorriso resignado, mas não se deu por vencida. Pegou uma caneta de
design bem feminino de dentro de uma gaveta e escreveu uns versos inspirados
na figura de capa longa, que nem reparara bem o rosto, que se amparava da
tempestade lá na loja. Eram versos de amor ditados por sua carência afetiva.
Mas não conseguiu escrever mais que quatro frases. Bateu-lhe um torpor no
corpo,umasonolência derepente,eperdeua noção das coisas.
Despertou num sobressalto, olhando para a figura a um passo de distância.
Viajara no pensamento, e nem saíra ainda da frente da loja de sebos, esperando a
chuva passar. Sorriu consigo mesma daquela sensação estranha e ainda sorria
quando olhou com mais atenção para a figura de capa longa ao seu lado. Era
alguém já um tanto maduro, cabelos grisalhos, mas com um rosto bem jovial, de
traços marcantes. O corpo, mesmo sem ser atlético, denotava uma figura de
porte elegante e ao mesmo tempo viril. Era bastante alto e olhava para ela
sorrindo de uma maneira simpática. Seu sorriso era lindo - ela logo pensou.
Lembrou-se da história do seu próprio nome: Monalisa. Seus pais sempre
diziam que ela já nascera sorrindo, e alguém comparou seu sorriso ao da musa
da pinturadeDa Vinci.E assimficouregistrada.
Mas, desde pequena, percebera que causava uma empatia singular: se estava
feliz, as pessoas em volta também ficavam felizes. Se estava triste, essa tristeza
contaminava todos à sua volta. Mas só entendeu o sorriso do desconhecido de
longa capa de chuva quando sentiu um friozinho repentino. Só então percebeu
que estava completamente nua! Entrou em pânico e olhou em volta. A cidade
estava cheia de luzes, que pareciam ser em número maior por estarem refletidas
na água empoçada no chão. Mas percebeu um detalhe curioso: não havia carros
emmovimento,não havia gentenas ruasnemdentrodas lojas.
As marquises estavam desertas como se fosse altas horas da madrugada. Olhou
para trás, em direção à loja de sebo da qual acabara de sair e... não era mais uma
loja de sebos. Não havia ninguém dentro dela. Estava vazia, sem nenhum traço
de ter sido qualquer ponto comercial. Até a placa que lera afixada à vidraça havia
desaparecido. Só não desaparecera o homem de capa longa parado ao seu lado.
Ela olhou em pânico para ele, mas seu sorriso simpático deixou-a
estranhamente à vontade. Despira-se de repente de todo o pudor. Mas ainda
sentiafrio.
Elegantemente, o homem de capa longa e escura aproximou-se dela enquanto
retirava habilmente a veste de sobre os ombros. Gentilmente, colocou a roupa
sobre o corpo dela, protegendo-a do frio. Mas ela ainda continuava a tremer um
pouco, e ele a abraçou com carinho, olhando-a bem nos olhos. Ainda sorria.
Um sorriso expontâneo, sem malícia, mesmo tendo o corpo encostado ao
corpo nu dela. E ela não conseguia sentir nenhum constrangimento com aquela
situação, apenas queria olhar para o rosto bonito daquele homem. Sua face
lembrava-lhe alguma poesia já lida. Não era alguém totalmente estranho. Ou se
era, talvez um estranho que há tempos ocupava algum lugar da sua mente.
Pareciaqueo conheciahá muito.
Sentiu uma enorme vontade de beijá-lo, e o beijo tocou seus lábios dando-lhe
uma sensação de toque de pétalas perfumadas, tal a sua suavidade. Mas aos
poucos o beijo foi ficando mais afoito. Sentia-se perdendo um pouco do fôlego,
mas não conseguia afastar sua boca da dele. Subiu-lhe por todo o corpo um
arrepio de prazer. Uma comichão aflorou-lhe entre as pernas e os mamilos
ficaram eriçados. Tremeu quando a língua sensual do desconhecido tocou a sua.
Mordeu-lhe os lábios quando sentiu um frêmito de prazer nalgum lugar mais
escondido dos seus desejos. Mas o beijo era romântico, e aos poucos foi
relaxando naqueles braços másculos, aproveitando um turbilhão de sensações
conflitantes, mas prazerosas. Amava aquele homem, sua alma gritava isso bem
alto enquanto tateava aquele corpo perfeito, tocando-o em suas mais íntimas
partes,como a tercertezadequeeleestava alí, eao alcancedetodo o seudesejo.
Ele a encostou na parede da loja fechada e a penetrou suavemente. Ela não
sentia nenhum movimento do adorado estranho, mas ia se encaixando devagar
e sempre naquela entrega gostosa. A cada espasmo do seu sexo quente, sentia
uma penetração mais profunda, como se ela estivesse deglutindo-o. E ele não
fazia nenhum movimento aparente, apenas continuava beijando a sua boca,
exalando um hálito perfumado e com gosto de alguma fruta que no momento
ela não conseguia distinguir. Mas não estava nem um pouco ligando para isso.
Apenas curtia com todo fervor um emaranhado de sentimentos que afloravam
como uma cachoeira de águas límpidas mas de queda forte. Não sabia bem
definir se sentia paixão, tesão ou encantamento, apenas sentia. Sentia
fortemente. E lhe bastava. Um movimento súbito dele fê-la disparar um
orgasmo múltiplo. Gostoso. Molhado. Ofegante. Trêmulo. E o corpo
AS CRÔNICAS DE MONA03
desfaleceu num torpor maravilhoso, estrelas pululando no breu que apossou-se
dos seussentidos.Escuridãototal.Nada.
Não saberia precisar quanto tempo permaneceu desacordada. Despertou ainda
nua, deitada em sua própria cama. Percebeu que a chuva parara e a lua aparecia
tímida por trás de algumas nuvens. Seu peito ainda arfava, como se houvesse
acabado de fazer amor. O livro estava jogado aos pés da cama, ainda em branco.
Não. Não totalmente em branco. Na sua primeira página lia-se um poema
escrito à caneta. Na verdade, o início de um poema. Haveria outras noites
chuvosas para complementá-lo:
"Vestidonuma capa dechuva
O tão esperadodesconhecidoseaproximou
Beijou-metão profundo a alma
Quemeucoração para sempreseapaixonou"
O LIVRO EM BRANCO04
O Cavaleiro negro
"Passoastardesa pensar nessecavaleironegro.
Imaginando comodevemsersuasmãos
Como devesermacio oseutoque."
A chuva caía intermitente, desde o início da noite. Prometia varar a madrugada
sem estiar. E é em noites como essa que Mona se liberta em fantasias molhadas,
conhecendo cada canto obscuro de uma cidade que só existe em seus
devaneios.
As ruas estavam alagadas, intransitáveis. Temeu que seu carro não muito
confiável estancasse no meio da rua, então procurou algum lugar pra passar o
tempo, esperando a chuva diminuir. Como não gostava de lugares muito
agitados, procurou um barzinho que lhe indicaram dias antes, que era bem
ajeitadinho, porém pouco frequentado. Ficava numa rua transversal à avenida
em que costumava trafegar todos os dias na volta do trabalho, No entanto,
nunca dera a devida atenção. Mas naquela noite lembrou-se dele. E resolveu
conferir se as boas referências que recebera satisfariam sua preferência por
ambientesdepouco alvoroço.Sorriumaravilhada.
Era um bar decorado com muito bom gosto, apesar de diminuto. Havia
somente seis pequenas mesas, todas com apenas três lugares. Era limpo e
perfumado, se bem que o aroma lembrava perfume brega de homem. Mas isso
não a fez perder o ânimo. Escolheu uma das mesas, acomodou-se e procurou o
atendente. Não havia ninguém no balcão. Um casal conversando baixinho
ocupava uma das mesas e um rapazinho, com jeito efeminado, estava solitário
emoutra.Ninguémlhedeua mínima atenção.Esperaria.
AS CRÔNICAS DE MONA05
Tirou da bolsa um livro com capa de couro, com uma aparência bem surrada,
onde se lia o título: Os Contos de Mona. Olhou novamente em volta
procurando quem a atendesse, mas resignou-se mesmo a esperar. Não tinha
pressa.A chuva dava sinais dequenão iriaparar tão cedo.
Retirou um estojo da bolsa contendo uma linda caneta, bem feminina, abriu a
primeira página do livro que colocara sobre a mesa, e empunhou a caneta
disposta a escrever um poema enquanto aguardava. Teceu algumas frases, mas
deu-lhe uma vontade repentina de ir ao toalete. Levantou-se com o livro e a
caneta numa mão e a bolsa na outra, e correu os olhos pelo aposento
procurando onde podia satisfazer suas necessidades. O casal parou de
conversar e olhou intrigado para ela. A mulher apressou-se em dizer que o
atendente dera uma saída, mas que logo voltaria. Ela agradeceu a gentileza e
interrogou-a sobre onde ficava o toalete. Indicaram com um aceno de mão, e ela
sedirigiuao cubículo.
Era um box decorado com o mesmo bom gosto do resto do pequeno bar, em
estilo moderno e bem asseado. Pegou umas toalhas de papel, forrou o vaso
sanitário de modo a diminuir o perigo de contágio por DST, e sentou-se
levantando elegantemente a saia do conjunto em estilo executivo que vestia.
Deixara a bolsa e o livro sobre o balcão de mármore que ia de um canto a outro
da parede, encimado por um grande espelho. Demorou um pouco, levantou-se,
fez a higiene com algumas toalhas, lavou bem as mãos e aproveitou para retocar
a maquiagem olhando-se no espelho espaçoso. Deu-se por satisfeita, recolocou
o estojo de maquiagem dentro da bolsa, pegou-a em uma das mãos e voltou
para suamesa...esquecendoo livrosobreo balcão da toilete.
Só quando sentou-se é que deu pela falta do livro. Fez uma cara de tédio e
levantou-se novamente para voltar ao gabinete. Caminhou em passos largos e
empurroua portacomdeterminação.E tomouumsusto.
A cena era das mais inesperadas: um sujeito estava apoiado com as duas mãos
no balcão do cubículo, com as calças arriadas até tocar o chão, tendo na sua
garupa um negrão alto e de corpo atlético, calças arriadas até aos joelhos, tendo
o pênis totalmente escondido entre as nádegas do senhor de meia idade, calvo,
olhos espantados e com olheiras, como se passasse noites insones. O negrão,
pego de surpresa, apressou-se a retirar seu pênis de dentro da garupa do seu
amante. Mona ficou petrificada,olhando aquelemembro enorme sair de dentro
do coroa. Este deu um gemido, mais de prazer e de decepção que propriamente
de dor, apesar do tamanho e da grossura do pênis que conseguira esconder
O CAVALEIRO NEGRO06
dentrodesuasentranhas.
O coroa levantou rapidamente as calças, recompôs-se com um trejeito e saiu do
toalete, passando roçando no corpo de Mona, que não conseguia tirar os olhos
do pênis ainda teso do "cavaleiro" negro. Quando finalmente se recompôs do
susto, quis sair. Mas o atlético sujeito esticou o braço, barrando sua passagem e
balançando a cabeça em tom de negativa. Depois olhou maliciosamente para
baixo, para o próprio membro latejante, e Mona compreendeu imediatamente o
que ele queria: que ela substituísse a montaria que acabara de sair a trote, após
tersido flagrada no ato.Quisfugir,mas eratarde.
O negrão colocou-a de mãos espalmadas sobre o balcão, abriu-lhe bem as
pernas, levantou-lhe o vestido e arrancou com um único puxão sua delicada
calcinha. Ela olhava em pânico para o espelho, vendo a expressão tarada do
sujeito admirando sua bundinha delicada, mas de formas perfeitas. Fechou os
olhos pressentindo aquele pênis de dimensões monstruosas invadindo suas
entranhas. E logo sentiu a glande quente, envolta em um preservativo, tocar seu
orifício retal. Não sabia que existia camisinhas adaptáveis para grandes
tamanhos.
Abriu a boca preparando-se para um grito de dor. Mas percebeu que estava sem
voz! Não conseguia dar sequer um gemido. Claro, já havia praticado sexo anal,
mas não com alguém que tivesse tamanho argumento. Começou a suar frio ao
perceber que, se não gritasse, não seria socorrida. Seu pânico aumentou quando
sentiu as duas mãos arreganhando suas nádegas, encaixando aquele rebolo
enorme no seu buraquinho. Tentou andar pra frente, mas o balcão impediu-a de
escapar do intento do seu agressor. Cerrou mais os olhos esperando a estocada
brusca...quenão veio.
Após introduzir a glande em sua garupa, o cavaleiro ficou parado por um
instante. Depois deu um tapinha na sua anca. Esperou um pouco e, sem ver a
reação dela, deu outro tapinha mais forte do outro lado, como se quisesse que
ela mexesse a bundinha num rebolado. Primeiro pensou em se fazer de
desentendida, depois pensou em rebelar-se, mas por fim resignou-se. Talvez, se
ele gozasse depressa, a deixaria livre para ir-se. Resolveu entrar no seu jogo.
Abriu os olhos e, pelo espelho, percebeu que seu cavaleiro negro tinha um certo
charme. Era bonito e asseado, e até estava vestido de maneira elegante. A
surpresa inicial não havia permitido que ela percebesse esses detalhes. Então,
começouumrebolado sensual.
AS CRÔNICAS DE MONA07
A princípio, a glande parecia que ia escapar do seu buraquinho, mas ele a ajeitava
de modo a ajustar-se ao seu movimento. Então, ela começou a sentir seu ânus
ficando suado, e cada vez mais molhado. Lembrou-se de que seu cavaleiro não
havia lubrificado o membro, mas por mais incrível que pareça isso nem seria
preciso. Pensou que deveria ser um daqueles preservativos auto-lubrificantes.
Aos poucos, foi sentindo seu buraquinho relaxar e a glande penetrar-lhe mais
um pouco. Seu cavaleiro ficava parado, deixando que ela mesma fosse aceitando
nas suas entranhas aquele membro monstruoso. E ela ia rebolando, querendo
excitar cada vez mais seu agressor. Olhou pelo espelho e viu ele fechando os
olhos deprazer.E elaestava dispostaa darumfimàquelaagonia logo,logo...
Cerrou os dentes, fechou novamente os olhos e lançou a bunda para trás, de
vez. Sentiu suas entranhas se expandirem como se fossem rasgar-se ao meio.
Mas não sentiu dor. Estranhamente, sentiu aquele pênis enorme percorrer sua
cavidade devagar, como se tivesse quilômetros de extensão. E sentiu um prazer
indescritível quando notou seu ânus tocar nas bolas do seu cavaleiro audaz.
Soltou um gemido de gozo e satisfação por perceber que havia comportado
todo o membro sem se rasgar toda. Até sorriu de felicidade por saber-se capaz
derecebertodinho aquelepênismonstruoso.Todinho aquelepênis...gostoso.
Seu cavaleiro novamente deu-lhe uns tapinhas nas ancas, e ela aumentou o
ritmo do galope. Inclinou-se mais e apoiou-se no balcão de mármore, de modo
a se encaixar melhor naquele instrumento de prazer. Sorriu deliciada ao sentir
aquele membro entrando e saindo totalmente de dentro de si, para logo voltar a
entrar de novo, até bem profundo. Sentiu uma comichão na vagina e pressentiu
que iria também gozar por alí, apesar de estar sendo penetrada apenas por trás.
E disparouemgalope frenético,tendoumorgasmo duplo,triplo,múltiplo...
Suas pernas dobraram, devido ao intenso gozo. Retirou o pênis ainda duro de
dentro de suas entranhas e caiu ajoelhada, apoiando as mãos no balcão de
mármore, tamanha era a fraqueza nas pernas. Sentiu uma mão no seu ombro e
voltou-se, para ter bem próximo ao seu rosto aquele pênis já despido do
preservativo, cheio de veias, glande rubra, como se todo o sangue quente
estivesse concentrado alí. Foi quando percebeu. A mão do seu cavaleiro, que
segurava o pênis pulsante quase tocando-lhe o rosto, tornava-se minúscula em
proporção ao tamanho daquele mastro. Era como se uma criança, com suas
mãozinhas delicadas, empunhasse um porrete. E mais uma vez sorriu por ter
conseguido a façanha de engolir até o talo aquele membro monstruoso.
Corrigiu-se:aquelemembromaravilhoso!
Mas seus pensamentos foram interrompidos por um jato de esperma quente
O CAVALEIRO NEGRO08
em seu rosto. Seu cavaleiro negro havia se masturbado e derramava-se em sua
face. Um gozo intenso, viscoso, e por que não dizer delicioso? Abriu a boca,
deixando que respingasse um pouco dentro dela. Ele ficou alguns instantes de
olhos fechados, rosto voltado para o teto, resfolegando, tentando recuperar as
forças. Ela levantou-se, abriu a torneira da pia e começou a lavar a face. Ele
recompôs-se, pegou uma toalha de papel e se limpou, depois lavou as mãos. Foi
quando viuo livroea canetasobreo balcão.
Abriu a primeira página e viu o começo de poema lá escrito. Deu um sorriso,
rasgou o pedaço do papel onde estava o poema, dobrou e botou no bolso da
camisa. Depois pegou a caneta que estava junto do livro e escreveu algo no
restanteda página. E semdizerumapalavra,abriua portado toaleteesaiu.
Mona ainda passou um tempinho pra se recompor. Ajeitou a maquiagem, ainda
perplexa com o que acabara de acontecer. Depois, pegou o livro e a caneta e
voltou para sua mesa. Ainda não se recuperara de todo quando ouviu uma voz
feminina, que pertencia à garçonete do local, dizer-lhe: - Um senhor moreno
deixou-lhepago umabebida à suaescolha.O quea senhoritavai querer?
Sorriu satisfeita. Seu cavaleiro negro mostrara-se um cavalheiro. Pediu uma
garrafa de Don Perignon 55, com uma cereja em uma taça, e foi prontamente
atendida.
Então, abriu o livro e, no restante da página onde escrevera o começo de um
poema, havia um nome, um endereçoe um telefone. Com uma observação: EM
CASO DE RECLAMAÇÃO,DIRIGIR-SEA ESTE ENDEREÇO!
Rasgou o restante da página onde estava escrito o bilhete, dobrou com cuidado
ecolocoudentroda bolsa. Na próxima página embranco,escreveu:
"Derepentemepegoa pensar
Na maciezdosseuslábios
Na quentura da sua boca
Eassim...Vou vivendo.
Vivendoesonhando
Sonhando empoder acariciá-lo eenvolvê-loemmeusabraços...
Envolvê-lodetal maneira, quefiquetão entrelaçado...
Ao ponto denão saberdistinguir aonde começaum corpo
Etermina ooutro."
AS CRÔNICAS DE MONA09
Aprontando-se para festa
"Seuolharsedutor
Suas mãosexperientes
Sua boca quente
Seutórax deaço
Quando meenvolvenum abraço
Seusexofremente
Quando mepossuiardentemente
Seugosto...Ah!Seusabor..."
Tudo indicava que a festa marcada para logo mais à noite, naquele sábado, com
um grupo de amigas, tendia a dar em água. Chovera o dia todo e entrava pela
noite. E é em noites como essa que Mona se liberta em fantasias molhadas,
conhecendocada canto obscurodeumacidadequesó existeemseusdevaneios.
Mas não iria desistir tão fácil. Marcara com sua amiga Lady para que ela a pegasse
de carro em casa, já que o seu sempre estancava em dias de chuva. Lady, mais
descolada em situações de emergência, prometera levar um cabeleireiro com
todo seu aparato para a casa da amiga. Trocaria de roupa lá mesmo na casa de
Mona e ambas, de penteados feitos, seguiriam para a festa, evitando assim
molhar as madeixas. O toque da campainha indicava que a amiga acabara de
chegar.
Abriu a porta do seu pequeno - porém, bem mobiliado - apartamento dando
passagema Ladyeseucabeleireiroa tiracolo.Beijaram-senas facesalegrementee
a amiga apresentou Mona ao rapaz. Seu nome era Jarbas, aparentava uns trinta e
cinco anos, moreno, bonito, mãos grandes demais para um cabeleireiro, mas bem
cuidadas. Porte atlético, tórax perfeito visível através da camiseta apertada,
AS CRÔNICAS DE MONA10
branca, quevestia.Mas...comumjeitinho afeminado.
Mona deu um sorriso malicioso para a amiga, que a puxou a um canto, enquanto
o moreno ajeitava suas ferramentas numa mesinha própria de salões de beleza.
Ganhara da irmã, também cabeleireira, mas que casara e abandonara a profissão.
Lady cochichou-lhe ao ouvido que, apesar das aparências, Jarbas era um bom
amante e até já fora garoto de programa. Utilizara-se algumas vezes dos seus
dotes, quando não tinha ninguém mais interessante à mão. Mona fez uma cara de
incredulidade,olhando desoslaio para o rapaz, quenão escutaraa conversadelas.
Conhecera Lady (ou Lady M, como gostava de ser chamada) num encontro de
poetas amadores, e desde então teceram uma sincera amizade. Algumas vezes
saíram juntas a encontros com namorados, que sempre terminavam em orgias.
umas vezes, um bom swing. Outras, cada uma com o seu homem num quarto de
motel. Lady, por ser mais desinibida, saía-se sempre melhor que ela com seus
pares.Masnão tinha invejada amiga.
Como a Lady trouxera o profissional, teve direito a ser a primeira a arrumar o
cabelo. Mona, então, sentou-se em uma poltrona, pegou um livro com páginas
em branco e uma caneta bem feminina. E se pôs a pensar no que escrever, para
passar o tempo, enquanto a amiga era cuidada por Jarbas, que já se punha a lavar
as longas madeixas de Lady. Essa ainda conversou um pouco sobre assuntos
triviais, depois fechou os olhos e a boca, de modo a não entrar produtos de
lavagememambos. Aí veioa inspiração...
Estava a escrever uns versos naquele livro de capa de couro, bem surrada, tendo
escrito sobre a capa o título ainda legível: Os Contos de Mona. Adorava escrever
poesias, mas nunca conseguira completar nenhum poema que escrevera naquele
livro.E tambémnão seriadessavez...
Nem bem terminou algumas frases do poema que acabara de ter uma inspiração
olhando para a figura de Jarbas entretido em lavar os cabelos da amiga, quando
ouviu um gemido abafado. Olhou para Jarbas e o viu ficar teso, olhos fechados e
cabeça levantada numa expressão de prazer. Foi quando viu o porquê: Lady
desabotoara as calças brancas do rapaz e já sacara seu instrumento de prazer de
dentro da cueca. Tinha-o nas mãos, alisando-o com carinho, bem devagar. Jarbas
estava de pé na frente dela, um chuveirinho na mão direita e um frasco de xampu
na outra, e deliciava-se com as carícias de Lady. Ela estava sentada quase na ponta
da cadeira de lavagem, masturbava suavemente o pênis dele com as duas mãos,
tendo seu rosto quase tocando aquele monumento pulsante e cheio de veias
salientes. Mona não acreditava no que estava vendo. A amiga podia muito bem
APRONTANDO-SE PARA FESTA11
tê-lo aproveitado antes de chegar ali. Não se sentia bem com aquela cena dentro
da sua própria casa. Mas Lady estava entretida, nem parecia dar pela presença de
Mona...
Jarbas soltou um gemido mais intenso. Lady acabara de colocar seu membro na
boca, lambendo-o devagar na glande intumescida. De vez em quando, engolia-o
até a metade, brincava com ele na boca, voltando a massagear a glande com a
língua. Mona sentiu os seios ficarem excitados, os mamilos começaram a roçar a
blusa, incomodando-a um pouco. E subiu um calor de repente, ao ver aquela
cena inesperada. Levantou-se de um salto e tirou a blusa de malha que vestia,
ficando apenas de short branco, não muito curto. Aproximou-se por trás de
Jarbas e tocou com os seios nas costas dele. Ele soltou o chuveirinho e o frasco de
xampu, voltou a cabeça de lado e a beijou na boca, ainda gemendo com as carícias
de Lady. Mona tratou de tirar a camisa dele, descobrindo assim um tórax perfeito,
enquanto Lady cuidava de baixar-lhe as calças, junto com a cueca, e ambas o
deixaramcompletamentenu.
Lady levantou-se e ele a ajudou a tirar toda a roupa. Depois abraçou-se a ela,
beijando-a com sofreguidão. Mona também o abraçou por trás e se pôs a beijar
sua nuca, sua orelha, descer por entre as costas, deixando-o todo arrepiado.
Depois foi baixando e abriu-lhe as pernas, colocando sua mão por entre elas,
pegando em seu pênis lá na frente. Fez alguns movimentos com a mão até sentir
que lady encaixava seu corpo no dele, procurando ter a glande tocando a entrada
do seu sexo. Mona ajudou seu intento, encaixando o membro do rapaz, mesmo
sem ver direito o que se passava à frente dele. Sentiu quando o pênis entrou um
pouco na vagina de Lady, que estava em pé diante de Jarbas, ainda beijando seus
lábios, mordiscando-os, passando a língua nas suas faces. Então, Mona separou
um pouco as nádegas de Jarbas com ambas as mãos e passou a lamber seu botão.
Elefezummovimentobruscocoma bunda, maslogo relaxou.
Enquanto tinha seu ânus lambido, sugado, chupado por Mona, Jarbas inclinara
Lady e lambia seus mamilos, sem deixar que seu pênis escapasse da vulva dela.
Agarrou-a com força pelas nádegas, puxando-a para si, e lambeu-a toda, dos
seios até o pescoço, de vez em quando mordiscando o lóbulo da sua orelha. Lady
pressentiu seu gozo chegando muito rápido, e não queria isso agora. Retirou o
membro de dentro de si, baixou-se e colocou-o de novo na boca, massageando
suas bolas com uma das mãos. Jarbas esticou um braço para trás e segurou a
cabeça de Mona, pressionando sua boca contra o ânus dele. Estava gostoso ser
atacado pelas duas, em ambos os lados. Lady retirou o pênis de sua boca, virou
um pouco o corpo do cabeleireiro, de modo a oferecer o instrumento de prazer à
boca de Mona. Ela engoliu-o de uma vez, até o talo, e ele deu um gemido alto de
AS CRÔNICAS DE MONA12
prazer. Lady molhou o dedinho com um pouco de xampu e massageou o
buraquinho de Jarbas, mas sem introduzir. Ele baixou-se um pouco e a beijou na
boca, como se desse a permissão para ela continuar. Mona retirara o pênis dele da
boca e batia com ele no rosto, nos seios e no rosto outra vez. O membro ficava
cada vez mais duro. Aí ele, num ímpeto, agarrou Mona com um dos braços e
Lady com o outro, e jogou ambas no sofá espaçoso. Imediatamente, apoiou
Mona de quatro, ajoelhada no chão e encostada no assento do sofá, e depois fez
com que Lady ficasse também de quatro, apoianda nos joelhos sobre o assento
do sofá, pernas bem arreganhadas, por cima de Mona, como se uma estivesse
enrabando a outra. Mas na verdade, o que ele queria mesmo era produzir uma
escadinha,como elaslogo notaram...
Ambas estavam postadas numa posição em que Jarbas podia ter acesso, com seu
pênis, às duas. A vulva e a bundinha de ambas ficaram expostas e empilhadas
bem juntas, e ele lubrificou a glande com xampu, depois colocou um pouco no
buraquinho de cada uma, untando-os bem. Lady apoiou-se bem no encosto do
sofá, de modo a não espremer a amiga e esperou ser a primeira a ser possuída. De
fato, Jarbas enfiou aquele membro duro primeiro na bundinha dela, fez alguns
movimentos, retirou seu pênis e enfiou, dessa vez, no buraquinho de Mona. A
estocada em Mona foi mais profunda, e ela gemeu alto, adorando aquele jogo.
Depois, ele retirou o pênis do rabinho de Mona e enfiou-o na vagina de Lady, só
pra depois revezar, introduzindo seu pênis na vulva de Mona, até pressentir que
ambas estavam pertodeterumorgasmo.
Mona foi a primeira a chorar de prazer, gemendo baixinho que ia gozar. Lady
ficou excitada e aumentou o ritmo dos movimentos com a bunda, quando era sua
vez de engolir o monumento do rapaz. Agora ambas passaram a mão sob o
corpo, de modo a friccionar seu próprio clitóris, enquanto Jarbas revezava as
estocadas apenas no orifício lubrificado e escorregadio delas. Lady sentiu o gozo
se aproximar de novo e pulou de cima de Mona, ficando ajoelhada no chão e se
masturbando mais freneticamente, de pernas abertas. Mona imitou a amiga,
deixando de debruçar-se sobre o sofá e ajoelhando-se no carpete do aposento,
ficando uma ombro a ombro com a outra. Jarbas Ofereceu seu pênis,
encostando-o no rosto de Lady, que o pegou com uma das mãos e levou-o à
boca, sem deixar de masturbar-se, cada vez mais depressa. Mona também
abocanhou aquele pênis molhado do lado oposto onde Lady o lambia, e ambas
ficaram passando a língua e mordiscando, fazendo daquele volume sanduíche.
Enquanto uma colocava a glande na boca, a outra mordiscava e chupava as bolas.
Depois revezavam, levando Jarbas à loucura.
Então um estrondo se fez ouvir, justamente na hora que Jarbas ejaculava o
APRONTANDO-SE PARA FESTA13
primeiro jato. O susto fez Mona abocanhar aquele membro volumoso, quase
mordendo-o sem querer. Mas logo que perceberam tratar-se de um trovão
repentino, ambas voltaram a colocar aquele membro, juntas, na boca, cada uma
procurando sugar uma quantidade maior de esperma. Um novo trovão, dessa
vezmaispossante,tirouMona do seutranse...
Ainda meio aérea, ouvia a voz da amiga bem distante, mas não conseguia
entender o que Lady dizia. Procurou sair do seu torpor e apurou a vista. Viu Lady
com seu livro da capa de couro e uma caneta nas mãos, e finalmente percebeu
que ela dizia ter pego seu “caderno” para escrever um poema para Jarbas, já que a
amiga havia cochilado. Lady adorava escrever textos eróticos, e a chamava para
ler o que escrevera, já que não podia ir até ela, pois Jarbas estava agora penteando
seus cabelos. Tentou levantar-se, vendo que a cena não tinha nada a ver com o
que fantasiara, pois ambos estavam devidamente vestidos. Mas ficou tonta e
desistiudesairdo sofá. Pediupara a amiga lero poema emvoz alta:
“Seuolharsedutor
Suasmãosexperientes
Sua boca quente
Seutórax deaço
Quando meenvolvenum abraço
Seusexofremente
Quando mepossuiardentemente
Seugosto...Ah!Seusabor...”
APRONTANDO-SE PARA FESTA14
A Viuva Virgem
"Nosilênciodoscorpos
Calor queexala
Fustigando pensamentos
Açoitando desejos"
Conhecera-o num desses sites de relacionamentos, cerca de um ano atrás. Ele
dissera ser do Mato Grosso do Sul, fazendeiro abastado, mas solitário.
Começaram trocando emails, depois passaram a se falar todos os dias pelo
MSN. A partir daí foram ficando cada vez mais íntimos, até que ele fez o convite
inesperado:quercasarcomigo?
Mona tinha um carinho especial por ele, mas não o amava! Disse-o com todas as
letras. Mas ele insistia que, depois de casados, ela passaria a amá-lo. Tinha tanta
certeza disso que Mona resolveu não mais frustrá-lo. Entrou no jogo e passou a
participar do sonho dele, a incentivá-lo quando ele lhe falava da grande festa
que seria o casamento. Mona respondia a todas as perguntas dele sobre como
queria que fosse a cerimônia, o buffet e todas essas coisas que compõem
casamentos de ricos. Tanto sonharam juntos, que Mona passou a gostar dele de
verdade. Ela nunca havia casado, e intimamente não era chegada a essas
pompas. Sempre dizia que, se um dia casasse, seria numa ilha deserta, apenas o
padre como testemunha. E mesmo assim, esse seria enxotado no momento que
terminasse o casório. Queria apenas estar a sós com o seu amor, num paraíso
encantado...
Aí, recebeu a notícia que ele havia sofrido um acidente. Caíra do cavalo e estava
bem machucado. Queria que Mona estivesse com ele nesses tempos de
convalescência, e pediu para que providenciassem sua passagem de avião para o
AS CRÔNICAS DE MONA15
Mato Grosso do Sul, especificamente a cidade de Campo Grande. E depois de
duas longas jornadas, uma de avião outra de carro por terras pantaneiras - esta
guiada por um dos empregados da fazenda que fôra recebê-la no aeroporto -
Mona finalmentechegouà fazenda do seupretendente...
Enfrentara uma chuva forte no meio do caminho, e a viagem de carro se
estendeu pelo início da noite, ainda chuvosa. E é em noites como essa que
Mona se liberta em fantasias molhadas, conhecendo cada canto obscuro de
uma cidadequesó existeemseusdevaneios.
Chegaram por volta das nove da noite. Foi bem recebida pelos empregados da
fazenda, todos curiosos pra conhecer a noiva virtual do patrão. Mas nem quis
ver quais seriam seus aposentos, fez questão de primeiro falar com seu noivo.
Levaram-na até o quarto dele mas, chegando lá, encontrou-o dormindo
profundamente. Acomodaram-na numa cadeira de estilo colonial ao lado da
cama, e ela estava decidida a esperar que ele tivesse a surpresa de despertar
tendo-a ao seu lado. Ficara com apenas uma valise bem feminina, enquanto uns
empregados providenciaram levar o resto da sua pequena bagagem para o
quarto onde iria ficar, naquela casa enorme. Abriu a valise, retirou um livro
encapado de couro surrado, onde se lia o título Os Contos de Mona, e estava
resolvidaa escreveralgunspoemas aguardando seuamado acordar...
Nem bem escrevera algumas palavras, ouviu ele tossir forte e insistentemente,
descobrindo-se um pouco, mas sem abrir os olhos. Depois aquietou-se,
voltando a dormir pesadamente. Foi quando Mona pôde observá-lo melhor.
Conhecia-o apenas por fotos e por imagem da web cam que usavam em suas
conversas online. Tanto ele quanto ela usavam câmeras nas conversações, e ele
sempre foi tímido em se mostrar, mesmo quando ela insistia em querer vê-lo
pelado. Já ela, sempre fora desinibida, e até havia se masturbado algumas vezes
para ele diante da cam. Divertia-se vendo seu jeito excitado de se comportar ao
vê-lacomtanta intimidade.Então,olhou melhorpara o seurostoadormecido...
Milton tinha quarenta e nove anos, um pouco calvo, mas de rosto bonito, de
traços bem másculos, emoldurado por uma barba rala, por fazer. Puxou
levemente o lençol e descobriu um torax perfeito, sem indícios de barriga
indecente. Foi quando notou um volume sobre o lençol. Parou o olhar naquela
protuberância, com vontade de descobrir o corpo dele alí, mas temerosa de que
alguém aparecesse de repente. Olhou para trás e viu que a porta estava
encostada. Levantou-se de mansinho e foi até a porta, girando a chave que
estava nela, trancando-a. Depois fechou as cortinas, bem devagar, das amplas
A VIUVA VIRGEM16
janelas do quarto, de modo a não ser vista por quem passasse por ali. Só então
descobriutotalmenteseubelo adormecido,comcuidadopara elenão acordar...
A primeira coisa que notou maravilhada foi aquele membro viril, totalmente
ereto, medindo cerca de vinte centímetros. Pegou-o com cuidado e o beijou
suavemente por toda a sua extensão. Como ele não se mexeu, continuou as
carícias, agora na glande. Arregaçou o prepúcio e lambeu a cabecinha várias
vezes, depois iniciou um sensual boquete, cada vez mais engolindo aquele
membro, até que seus lábios finalmente tocaram o saco, o pênis todo encaixado
na sua boca, adentrando a sua garganta, fazendo-a quase engasgar. Parou um
pouco eolhou pro rostodele.E percebeuumsorriso...
Mona também sorriu de contentamento. Seu belo adormecido havia acordado,
mas permancera quietinho, absorvendo as carícias dela. Então resolveu entrar
no jogo. Não iria falar com ele, não iria "acordá-lo". Mas daria todo o prazer que
guardara por esse tempo todo, por estarem distantes um do outro. Retirou toda
a roupa e sentou-se na beirada da cama, voltando a colocar aquele monumento
de prazer na boca, enquanto sua mão masturbava-o suavemente também. Ele
ajeitou-se no travesseiro, olhos ainda fechados, sorriso mais aberto nos lábios.
Então ela procurou uma posição melhor, de quatro ao lado dele, e começou a
tocar-se suavemente enquanto sua boca descia e subia, engolindo aquele
membro viril e quente, masturbando-o com os lábios e masturbando-se com
seusdelicadosdedinhos,também.Elegemeu...
Mais rápido do que esperava, Mona sentiu um calor subindo pelo seu corpo e
pressentiu que logo iria gozar. Retirou aquele membro pulsante da boca, passou
uma das pernas sobre o belo adormecido e ficou de joelhos sobre ele. Então,
com suas mãozinhas delicadas, segurou o pênis do amado e apontou a glande
para a entrada da vulva encharcada, já trêmula do gozo que se aproximava.
Sentou-se depressa naquela virilidade pulsante e quente, e começou a fazer
movimentos com os quadris. Mas por mais que tentasse, o pênis não conseguia
penetrar na sua vulva carente. Ora subia e descia, ora mexia num rebolado
gostoso, até sentir todo seu corpo estremecer, sua boca ficar seca, seu ventre ter
contrações, iniciando um orgasmo alucinante, crescente, delirante. Mas a
glande não ultrapassava os pequenoslábios...
Milton agarrou-a pela cintura, de olhos já abertos, urrando de prazer.
Estremeceu todo o corpo, sentando-se e agarrando-se a Mona num abraço
apertado, gozando na entrada da sua vagina, o esperma escorrendo entre as
coxas de Mona, descendo entre suas nádegas, ela sentido aquele líquido viscoso
AS CRÔNICAS DE MONA17
e quente tocar-lhe o botão que piscava de prazer. Fora a melhor "gozada nas
coxas" que já experimentara. Caiu prostrada sobre Milton, que voltara a
encostar a cabeça no travesseiro após o último espasmo. Beijou a boca dele
sofregamente, procurando sua língua. Foi quando percebeu que ele não reagia.
Afastou-se dele e olhou para o seu rosto. Milton tinha os olhos arregalados, a
boca abertadeuma forma anormal. Mona entrouempânico...
Mesmo nua, correu até a pota, abriu-a e desembestoupelos corredoresgritando
por socorro. Duas caseiras acudiram, sem dar a mínima importância por ela
estar despida. Acorreram ao quarto e tentaram reanimar o patrão. Enquanto
uma fazia respiração boca-a-boca, a outra dava pancadas em seu peito, tentanto
reanimaro coração.Masfoi tudoemvão...
As duas mulheres olharam para Mona, consternadas. Não havia mais o que
fazer. Fecharam seus olhos e cobriram seu corpo, o pênis ainda duro, um cheiro
de sexo no ar. Mona levou a mão à boca, sufocando um grito. Seu coração
começou a bater descompassado. Sua visão ficou turva e suas pernas cederam.
E finalmenteelacaiuno chão,desmaiada...
Acordou sentada na cadeira em estilo colonial, a mesma que estivera desde que
chegara ao quarto de Milton. Levantou-se tomada de susto e correu para ele,
deitado na cama, olhos fechados, ressonando suavemente, num sono tranquilo.
Olhou para si mesma e estava vestidado mesmo jeito quechegara à fazenda. No
chão, aos pés da cadeira onde estivera sentada, o livro aberto em qualquer folha
em branco e a caneta caída ao lado. As cortinas das janelas estavam abertas, a
porta continuava do mesmo jeito que deixaram. Tudo como deveria estar. A
única diferença era o poema escrito no livro em uma das páginas que antes
estiveraembranco:
"Nosilênciodoscorpos
Calor queexala
Fustigando pensamentos
Açoitando desejos”
A VIUVA VIRGEM18
Viagem ao Paraiso
"Peloscaminhosdo meuser
Umanjo apareceu-mesemaviso
Encheu-medepecados comprazer
Mostrou-me comoéoParaíso"
Três dias. Teria que ficar três dias sem carro, segundo o mecânico que deu uma
olhada no seu. As chuvas tinham danificado seriamente o motor, e agora teria
que se virar andando de ônibus. Detestava andar de ônibus, principalmente
porque sua profissão de advogada exigia que trabalhasse ao menos de blazer, o
que tornaria o calor insuportável dentro de um ônibus com as janelas todas
fechadas por causa das chuvas. E como estava em contenção de despesas,
depois de trocar todo o mobiliário da sua sala, não iria sobrar grana pra estar
andando,trêsou quatrovezespor dia, detáxi...
Resignou-se a pegar um "bus" de volta para casa. Adiara seus compromissos
para um outro dia. Queria mais era descansar, tomar um banho de piscina,
relaxar. Mas nem por sonho entraria na piscina do seu prédio depois de uma
semana chuvosa. A água deveria estar podre! Contou os trocados que tinha,
tirou a sombrinha dobrável que estava dentro da valise, e saiu da oficina resoluta
a atravessar a rua e pegar um ônibus de volta para casa. Em pouco tempo
anoiteceria, pois o céu nublado escurecia mais ainda a tarde, até poucos minutos
atrás,chuvosa...
Na parada de ônibus, um grupo de mulheres e homens evangélicos cantavam
aquelas musiquinhas que tanto detestava. Mas ignorou-os, doida que seu ônibus
viesse logo. E ele veio. Fehou e guardou a sombrinha e subiu no coletivo, antes
que qualquer um do grupo passasse na sua frente, pensando em conseguir uma
AS CRÔNICAS DE MONA19
cadeira desocupada. Mas o ônibus estava quase vazio, então não teve
dificuldade nenhuma em sentar-se. O grupo de evangélicos subira logo atrás
dela e, pro seu azar, aglomeraram-se em volta da poltona onde estava sentada.
Fez uma cara de quem não gostou, mas não estava disposta a perder a esportiva.
Porisso retirou da sua valise, de design bem feminino, um livro com capa de
couro e uma caneta, e resolveu rabiscar algumas linhas. Adorava escrever
poemas para passar o tempo. Foi quando sentiu algo volumoso encostar no seu
ombro...
Um rapaz jovem, aparentando uns vinte e cinco anos, no máximo, metido num
paletó preto elegante, parara perto dela e encostara displicentemente o membro
em seu ombro. Podia sentir, pela protuberância, que ele estava excitado. Olhou-
o com cara de poucos amigos e ele mostrou os belos dentes num sorriso afoito.
E ainda teve a ousadia de pedir para ela segurar um livro grande e negro que
tinha nas mãos. Tratava-se de uma Bíblia evangélica, novinha em folha. Meio a
contragosto, pegou o livro sagrado e colocou-o no colo. Mas o sujeito não
parava defazerpressãocomo pênisvisivelmenteexcitadono seuombro...
E parece que sentia prazer em atrapalhá-la de escrever no seu livrinho de
páginas em branco, tendo estampado na capa de couro o título Os Contos de
Mona. Empurrava-lhe o ombro com o pênis ereto dentro das calças, todas as
vezes que ela tentava escrever alguma linha. Isso irritou-a e, correndo todo o
coletivo com o olhar, avistou uma poltrona vazia. Entregou gentilmente o livro
ao rapaz e levantou-se, disposta a trocar de lugar. Mas uma das evangélicas do
grupo foi mais rápida, e passou à sua frente, quando percebeu que ela ia sentar
na outra cadeira. Quis voltar para onde estivera sentada, mas alguém já tinha
tomado seulugar...
Frustrada, foi um pouco mais para a parte da frente do coletivo e postou-se de
pé perto de um senhor que estava sentado em uma das poltronas. O ônibus
lotara um pouco mais, e ela resolveu guardar o livro e a caneta, que ainda tinha
nas mãos. Foi quando sentiu alguém encostar perto dela, roçando seu corpo
suavemente. Olhou para trás e, espantada, viu tratar-se do mesmo rapagão que a
estava incomodando antes. Fez uma cara de impaciência, respirou fundo, e
resolveu relaxar. Não iria causar um escândalo logo no primeiro dia que tinha
queandar deônibus...
Aí o rapagão, vendo que ela não fugira dele novamente, pareceu tomar mais
coragem. Em sua afoiteza, encaixou-se bem atrás dela. Mona sentiu seu volume
fazer pressão bem entre suas nádegas. Inclinou o corpo mais pra frente, quase
VIAGEM AO PARAÍSO20
encostando no senhor que estava sentado diante dela, mas o garotão encostou
mais, deixando-a sem poder se esquivar. Então, resolveu dar-lhe uma lição.
Escorregou a mão para trás de si e tocou no volume por fora das calças,
procurando tocar-lhe os textículos. Ele respirou fundo e aproximou-se mais
dela, para facilitar-lhe o intento. Então, inadvertidamente, ela segurou-lhe as
bolas e apertou com força, esperando ouvir seu grito rouco. Ele exalou um
pouco de perfume do corpo, ao sentir a dor, mas segurou firme, sem gritar.
Inesperadamente,beijou-lhea nuca.E Mona arrepiou-setoda...
Ela quase que solta um gemido de prazer com aquele beijo. A nuca era um dos
seus pontos mais sensíveis. Subiu-lhe um calor de repente. Diminuiu a pressão
nos textículos dele. O senhor sentado à sua frente pediu-lhe a valise e a pôs no
colo. Mona soltou o saco do rapaz e segurou-se nos cabides do ônibus. E abriu
mais as pernas. O garotão afastou-se um pouco, depois voltou a encostar atrás
dela.Mashavia, então,algo diferente...
Mona percebeu que o garotão havia aberto o zipper da calça e colocado seu
pênis para fora. Depois, com uma das mãos, procurou levantar a saia dela na
parte traseira, escondendo seu membro por debaixo da saia. Foi mais além:
meteu a mão entre as pernas dela, enfiou o dedo pelo fundo da calcinha e, com
uma habilidade espantosa, rompeu a costura que unia a parte da frente da de
trás da peça, fazendo dela uma espécie de saia. Então mona sentiu a glande dele
encostar na entrada da sua vulva, que já estava bem molhadinha. Meneou o
corpo, ajeitando-se melhor, e o pênis dele entrou suave na sua vagina. Mona
gemeubaixinho...
Ela fechou os olhos se deliciando com a ousadia do rapaz. Porisso não viu
quando o senhor que pegara sua valise olhou para cima, encarando-a. Ele
percebeu a expressão de prazer dela e olhou para baixo, à altura dos seus
quadris. Aí compreendeu imediatamente o que estava acontecendo. Percebeu
que o rapaz estava olhando todo desconfiado para ele, então piscou-lhe um
olho. O garotão retirou o pênis da vagina de Mona. Mas não deu nem tempo
dela ficar frustrada: imediatamente encaixou a glande bem entre as nádegas
dela, que gemeu baixinho de novo, empinando a bundinha mais para trás, de
forma a melhorar o encaixe. Foi quando sentiu uma mão áspera entre suas
pernas...
Mona arregalou os olhos e olhou para baixo, encontrando um sorriso sacana na
cara do senhor que estava sentado perto dela. Ele piscou-lhe um olho, e não
tirou a mão dali. Muito pelo contrário, encaixou um dedo na vagina dela.
AS CRÔNICAS DE MONA21
Devagar, mas com firmeza. Quando ainda pensava numa reação, o garotão
enfiou de vez seu membro todinho no botãozinho estreito dela. Olhou em
todas as direções, para dentro do ônibus, mas as pessoas pareciam não estar
vendo a sua estripulia. O grupo de evangélicos, desfalcado do rapagão, entoava
cantos em voz alta. Mona fechou novamente os olhos, abriu mais as pernas, e
deixou-seserinvadida por todosos lados...
Cada solavanco que o coletivo dava, era um gozo que ela experimentava na
frente ou atrás. Prendeu bem os lábios, mordendo-os, para não gritar e chamar à
atenção. Sentiu dois dedos dentro da sua vagina, bem profundamente, e o pênis
duro e quente do garotão mais profundamente ainda, nas suas entranhas. Se a
Bíblia pregava um Paraíso, ela acabara de encontrá-lo. Foi quando percebeu
uma movimentação intensa dentro do ônibus. O coletivo parara, e todos
desciam compassadamente. O coroa retirou os dedos de dentro dela. Mona
prendeu aquele pênis gostoso dentro de si, de modo a não ficar também sem
ele, mas o garotão retirou-o de dentro dela, de um único puxão, fazendo-a
perdero equilíbrio.Caiu sentadanumapoltrona vazia...
Estava trêmula, não conseguia nem pensar direito. Fechou os olhos e encostou
a cabeça na parte de trás da poltrona à sua frente, de modo a recuper o fôlego.
Não sabe precisar quanto tempo ficou assim. Foi despertada pelo toque do
motorista do coletivo, em seu braço, perguntando se ela não iria descer. Passara
da sua parada e chegara ao terminal da linha. Todos haviam descido, inclusive o
jovem e o coroa hábil nos dedos. Perguntou quando sairia o próximo ônibus e
resolveuesperá-losentadanumbanco depedraquehavia no terminal.
Já era noite. Pegou novamente o livro de capa de couro e a caneta, e pôs-se a
rabiscar algumas linhas. A chuva voltou a cair, esfriando mais ainda a noite. E é
em noites como essa que Mona se liberta em fantasias molhadas, conhecendo
cada canto obscurodeumacidadequesó existeemseusdevaneios.
Em uma das páginas em branco do livro, Mona escreveu com um sorriso quase
angelical:
"Peloscaminhosdo meuser
Umanjo apareceu-mesemaviso
Encheu-medepecados comprazer
Mostrou-me comoéoParaíso"
VIAGEM AO PARAÍSO22
Pague Um, Leve Dois
Nunca havia comprado nada pela Internet. Não confiava na eficácia do serviço.
Mas com as últimas chuvas que caíram, e com o contratempo do carro de molho
lá na oficina, resolveu arriscar. Entrou num site de um supermercado das
redondezas, encheu o carrinho de compras virtual, e se dispôs a esperar que
touxessem seus produtos em casa. No meio da tarde, ligaram confirmando o
pedido online, o endereço, e prometeram entregar dentro de uma hora. Mas já se
passara quatrohoras...
Tentara ligar várias vezes para o telefone que havia no site do supermercado, para
cancelar as compras, mas só dava ocupado. Entrou na rede para fazer o
cancelamento online, quando escutou o interfone chamar. O porteiro avisava que
havia alguém entregando umas compras, se podia deixar subir. Autorizou.
Esperou um pouco e foi até à porta, justamente na hora que a campainha tocou.
Abriu e deu de cara com um moço bem apessoado, de gravata, mas sem paletó.
Camisa de mangas longas dobradas até o cotovelo. No crachá, indicava queele era
gerente.
O moço sorria de maneira muito simpática. Explicou para ela que os
entregadores haviam tido problemas por conta das chuvas, então ele mesmo
aproveitara que o endereço era caminho e viera pessoalmente entregar suas
compras. Mona agradeceu a gentileza e olhou com mais atenção o espécime
masculino à sua frente. Apesar de mais jovem que ela, tinha um semblante
tranquilo, característica de quem está acostumado a comandar. Pediu para ele
colocar as sacolas à porta, mas ele fez questão de levá-las até perto do armário, se
ela não se importasse. Claro que não se importou. Até ofereceu-lhe um
cafezinho...
João não era desses que ficavam acanhados. Baixou as compras perto do armário,
pegou a xícara de café fumegante que lhe era oferecida e sorveu um pouco,
AS CRÔNICAS DE MONA23
elogiando o sabor. Não quis sentar, então permaneceram conversando sobre
vendas online, enquanto ela guardava alguns produtos. No entanto, em uma das
vezes que Mona baixou para pegar uns pacotes na sacola que estava no chão,
levantou-se de forma inesperada e esbarrou em João, derramando todo o café em
suas roupas. Ele deu um pulo tentando afastar a camisa molhada de café
fumegante do corpo, pra não se queimar. Ela tentando ajudá-lo, mas de forma
desastrada, acabando por fazê-lo derrubar a xícara no chão, espatifando-a. O que
fazernumahora dessas...?
Pediu para ele tirar a roupa. Iria lavá-la e enxugá-la a ferro. Era a única forma de se
desculpar. Por mais que ele dissesse que não seria preciso, ela insistiu. Ele acabou
cedendo. Indicou-lhe o banheiro e pediu que ele fosse para lá, enquanto ela
pegava um roupão para que ele vestisse enquanto suas roupas secavam. Foi até
seu quarto, pegou o roupão mais cheiroso e veio com ele nas mãos. A porta do
banheiro estava entreaberta e ela entrou sem bater. Deparou-se com um dos mais
belosnusmasculinosquejá vira...
João tirara toda a roupa, até a cueca, e tentava lavar as partes manchadas de café
das suas roupas no lavabo. Costas largas e peludas, bunda bonita, pernas grossas...
Um deus grego. Mona ficou sem palavras, olhos fixos naquela figura masculina.
Largou sem perceber o roupão no chão, fazendo João voltar-se para ela. Mas ele
não se acabrunhou em estar despido, agia naturalmente. Abaixou-se e pegou o
roupão. Mona retirou-o da sua mão e jogou-o de volta ao solo. E atirou-se nos
braçosdele.
Beijava-o sofregamente, enquanto ele se apressava em tirar-lhe toda a roupa,
jogando-as também no chão. Abraçaram-se fortemente e ele baixou uma das
mãos, encaixando-a entre as pernas de Mona. Ela levantou uma das pernas,
dobrando o joelho, e ele penetrou-lhe dois dedos de uma só vez, pressionando a
vulva por dentro. Por sua vez, Mona pegou seu pênis duro e massageou devagar,
de leve. Ele baixou a boca e lambeu-lhe um dos seios, causando um arrepio de
prazernela.Abocanhou o outroseio,tirando-lheumgemidorouco...
Mona apontou o pênis para a entrada de vagina e João encaixou-o mais que
depressa. Deu algumas estocadas, segurando uma das pernas dela rente à cintura.
Depois deu um pequeno salto e abraçou com as duas pernas a cintura dele, sem
perder o encaixe dos sexos. Ele voltou a beijar sua boca com volúpia, apalpando
suas nádegas, arreganhando a bunda dela. Depois enfiou um dedo no seu ânus,
fazendo-a dar um gritinho de prazer. Caminhou com ela abraçada à sua cintura,
sem parar de enfiar-lhe o dedo no buraquinho agora já mais relaxado. Até sentar-
se na privada, que estava com a tampa arriada. Mona agarrou-se ao seu pescoço e
PAGUE UM, LEVE DOIS24
cavalgou aquele membro todo atolado dentro dela. Aumentava cada vez mais o
rítmo,quasepulando do seucolo.
Estavam ambos alucinados, ele tentando seguir os movimentos dela de forma a
não tirar o dedo do seu buraquinho. Ela deu um salto maior com os quadris, e o
pênis dele saiu fora do seu sexo. Ela gemeu alto, frustrada, e pegou o membro
com uma das mãos, recolocando-o dentro de si. Mas ao fazer o movimento com
os quadris novamente, os sexos voltaram a desacoplar-se. Então, Mona ajeitou-se
no colo de João, retirou o dedo dele de dentro do seu ânus e colocou o pênis
devagar, ajustando-se a ele bem lentamente. Quando sentiu que o membro
entrara um pouco, enfiou-se de vez até o talo, e ele se agarrou fortemente ao
corpo dela, quase gozando. Sua respiração começou a ficar arfante, e Mona
pressentiu que ele iria gozar logo. Perguntou se estava já perto, e ele fez um
movimento afirmativo com a cabeça. Então ela levantou-se do seu colo, de
pronto, e abaixou-se entre as pernas dele. Ele também fez um movimento com
ambos os braços, e jogou-a de uma forma que ficaram em posição de meia nove.
Ele sentado na tampa do vaso, ela tendo a boca no seu pênis, os braços dele em
volta dassuascostasea boca na vagina molhada dela...
João a agarrou mais fortemente pela cintura e ela, de cabeça para baixo, pressentiu
que ele iria gozar. Aumentou o ritmo do boquete, tirando de João gemidos
abafados por seu sexo na boca dele. Então ela começou a sentir o gozo se
aproximando. Mamou mais freneticamente, querendo que João imitasse seu
ritmo.Queriagozar igualcomele.E conseguiram...
Foi um gozo tão intenso que que sua cabeça começou a girar. Sentiu João
colocando-a na posição horizontal e depois sentando-a em seu colo, mas estava
quase que totalmente desfalecida. Sentiu ele dar-lhe uns tapinhas de leve no rosto,
tentandoreanimá-la,masa suavontadeeradormir,dormir,dormir...
Acordou sobressaltada com o barulho do interfone chamando. Deu um pulo do
sofá onde estivera deitada, jogando longe o livro de capa de couro, com o título
cunhado sobre ela: Os Contos de Mona. Correu até o interfone e o porteiro
avisou-a que ia subindo alguém a levar suas compras de mercado. Mais que
depressa, apanhou o livro e a caneta do chão e, na primeira página em branco que
encontrou,escreveu,semsepreocuparmuitocomasrimas:
"Quevenhadebrinde emminhascompras
Compensando minhaesperaeansiedade
Umbelomoçodecrachá egravata
Poissógozeipelametade”
AS CRÔNICAS DE MONA25
A Pequena Lista de Compras
Finalmente seu carro saiu da oficina. Perdera uma tarde toda pressionando o
mecânico, senão teria de passar o final de semana todo sem ele. Mas o céu
carregado de nuvens negras indicava que a noite iria ser de chuva. São nessas
noites que Mona se liberta em fantasias molhadas, conhecendo cada canto
obscurodeuma cidadequesó existeemseusdevaneios.
Estava cansada. Estivera andando de ônibus pra cima e pra baixo durante três
dias, e não estava acostumada a andar de coletivos. A vida toda, nunca precisara.
O trânsito estava engarrafado. Parara num sinal e já fazia um bom tempo que
não conseguia avançar com o carro mais do que alguns metros. Teria que passar
ainda numa padaria, comprar algumas coisas para passar o final de semana. E
aqueletrânsitolentoestava-lhedando sono...
Desceu do carro, resolvida a dar um pulo rápido na padaria que ficava do outro
lado do cruzamento. Um guarda de trânsito estava empenhado em desfazer o
congestionamento, não prestou atenção a ela. Teria que voltar rápido, antes que
fosse sua vez de andar mais um pouco com seu carro. Apressou os passos, já
vendo a padaria perto. Entrou no estabelecimento, um tanto esbaforida. Lá
dentro,deparou-secom...Ninguém.
O estabelecimento estava vazio. Não havia nenhum atendente, nem caixa, nem
clientes. Era uma coisa estranha, como se aquele local estivesse em outra
dimensão. Um silêncio anormal reinava. Mas todos os produtos, comuns a uma
panificadora, estavam ali. Viu uns salgadinhos expostos sobre o balcão, dentro
de recipientes de vidro, e deu vontade de comer um. Olhou em volta, para
certificar-se de que ninguém a via, e abriu a tampa plástica do recipiente para
pegarunssortidos.Foi quando ouviualguéma chamando.
AS CRÔNICAS DE MONA26
Virou-se, surpresa, e viu um senhor postado numa porta que dava acesso a uma
das dependências da padaria. Chamou-a com um aceno, indicando que ela se
aproximasse. Então, disse-lhe que todos os funcionários estavam em reunião,
motivados pela demissão de uma funcionária do estabelecimento. Estavam
dispostos a fazer uma greve, de modo a ela ser readmitida imediatamente. Mas
se ela quisesse alguma coisa, eles poderiam atendê-la ali dentro mesmo, onde
estavam reunidos. Mona olhou mais pro fundo do ambiente onde o senhor
estava parado à porta, e viu um grupo de pessoas simpáticas, olhando para ela.
Agradeceu a gentileza e quis ir embora, mas eles insistiram que ela deveria fazer
seu pedido. Um jovem pegou-a pelo braço, fazendo-a entrar no recinto, onde se
via todos os produtos que ela vira na entrada da padaria, expostos em bandejas
detamanho médio,enfileiradasuma após outra.Cedeuà insistênciadeles...
Recebeu da mão de um deles um saco plástico, e dispôs-se a pegar um pouco de
salgados. Depois pegou outro saco e encheu-o pela metade de outro tipo, desta
vez doce. Estava disposta a pegar um pouco de cada salgadinho e docinho
diferente, pois adorava comer ingerindo alguma bebida quente. Se bem que a
bebida que mais adorava era Don Perignon 55, principalmente se tivesse uma
cereja na taça. Mas atualmente estivera difícil encontrar tanto a bebida quanto a
cereja, então mudara seu hábito: passara a beber Campari misturado a um
pouco de suco de laranja, com um pouco de gelo. Voltou-se para pegar mais um
saquinho plástico, e percebeu que todos os funcionários estavam parados,
olhando fixamente para ela. Alguns até com uma expressão libidinosa. Contou
seis rapazes, fora o senhor que parecia ser o encarregado. Mas ele não tinha cara
de ser o dono. Ficou cismada com a atitude daquele povo, e bateu-lhe um
pânico repentino. E seu medo aumentou quando viu um deles abrindo o zipper,
retirando de dentro das calças um pênis grande, já ereto. Soltou os saquinhos
que tinha nas mãos e quis correr em direção à porta, mas foi barrada por um
deles.
Tentou gritar por socorro, mas agarraram-na por trás, tapando a sua boca com
uma manopla enorme. Outro se aproximou e tentou puxar sua saia, mas ela
empurrou-o com a perna. Ele caiu sentado e voltou com mais tenacidade,
rasgando-lhe a saia de um único puxão. Mais dois se aproximaram, pegando
cada um em uma de suas pernas, e logo sua calcinha de renda preta, novinha, foi
rasgada também. O que parecia ser o encarregado ria às gargalhadas, dizendo
que agora não precisariam mais que o patrão readmitisse a moça que trabalhava
com eles. Mona seria sua substituta. Seu pânico aumentou quando um moreno,
alto e forte, membro enorme, untou o pênis com farinha de trigo,
aproximando-se dela com as calças arriadas. Seria o primeiro a estuprá-la.
A PEQUENA LISTA DE COMPRAS27
Tentou debater-se, mas em vão. Sentiu aquele pênis enorme, ressecado pela
farinha, penetrar-lhe a vagina de um movimento só, fazendo ela gritar com
força.Masa mão emsuaboca só deixousairumgemido.
Suspensa por três homens, ela sentiu as estocadas do morenão, ávido por sexo.
Ele urrava de prazer, metendo na sua vulva. Mas gozou muito rápido, deixando-
a toda melecada de esperma e farinha de trigo. Aí, o morenão pegou-a por um
dos braços e giraram-na no ar, deixando-a de bunda pra cima, cada um deles a
segurando suspensa por um dos membros. Sentiu duas mãos abrirem suas
pernas, os dois que as seguravam afastando-se um pouco, e dessa vez ela foi
polvilhada com farinha. Untaram suas nádegas, passaram a mão entre elas,
colocando um pouco da farinha branca no seu ânus. Um dedo grosso invadiu
seu botãozinho, e ela gritou de dor. O grito saiu alto e forte, pois não havia mais
ninguém tapando sua boca. Gritou de novo, com todos os pulmões, pedindo
socorro.Maselessó faziam rir...
Mona sentiu-se penetrada no ânus, mas dessa vez sem violência. Quase não
sentira o pênis entrar, como se seu cuzinho estivesse bem escorregadio. Os
movimentosqueseuagressorfazia, emestocadaslentaseprecisas,entorpeciam
seus sentidos. Quis sentir algo e apertou o ânus, e ouviu um longo gemido, logo
depois alguém pedindo para ela fazer aquilo de novo. Não estava disposta a
repetir, mas seu corpo parecia não obedecer seu comando. Seu ânus piscou
várias vezes, levando seu estuprador à loucura. Ele agarrou-se aos seus quadris,
de modo a melhorar a posição e, assim, penetrá-la com mais voracidade.
Aumentou o ritmo das estocadas, e Mona começou a sentir seu próprio gozo se
aproximar.Masnegava-sea gozar numa situaçãodaquelas.
Nisso, sentiu um pênis tocar-lhe o nariz. Mas não estava totalmente ereto,
apenas meio bambo. Levantou a cabeça, na posição incômoda e suspensa em
que se encontrava, e viu tratar-se do “encarregado”. Afastou o rosto, mas ele
deu-lhe uma tapinha de leve, pedindo para ela chupar gostoso, de modo a
completar a ereção. Outra tapinha mais forte seguiu-se, quando ela virou pro
outro lado, cuspindo de nojo e raiva. Então, ele pegou o membro com uma das
mãos e começou a bater de leve com ele no seu rosto, seu nariz, sua boca. E aos
poucos o pênis foi crescendo e ficando duro, cheio de veias grossas, enorme.
Ele untou o membro com um tipo de creme usado nas coberturas de pão-doce,
e colocou a glande na boca dela. Ela fechou firmemente a boca, mais aí sentiu o
gozo mais uma vez aflorando. Tentou evitar, mas o orgasmo veio total em seu
buraquinho deflorado. Abriu a boca num gemido alto, sentido um prazer
gostoso, como nunca sentira no ânus. Aí o “encarregado” aproveitou para
AS CRÔNICAS DE MONA28
enfiarseumembrona suaboca, queestava bemabertapelo gritodeprazer.
Engasgou com aquele membro todo enfiado até a garganta, e quase perdeu o
fôlego. Sentindo-a gozar, o que se aproveitava dela por trás aumentou o ritmo
das estocadas, querendo gozar também. A cada estocada dele, Mona chupava o
pau em sua boca, acompanhando o ritmo. Sentiu duas mãos pegarem em cada
lado da sua cabeça, dando estocadas com aquele pênis grosso bem dentro da
sua boca. Escutou gemidos de prazer de ambos os lados. Do agressor atolado
na sua bunda, e do coroa copulando sua boca. O de trás foi o primeiro a gozar.
Mona sentiu seu jato forte nas entranhas. Teve outro orgasmo ao sentir aquele
líquido morno dentro de si. As mãos agarradas à sua cabeça aumentaram o
ritmo dos puxões, fazendo sua boca chocar-se com violência no púbis dele, a
glande invadindo sua garganta, sufocando-a, fazendo babar constantemente.
Então, um jorro quente invadiu sua garganta. Ela gemeu de prazer. Ele afastou-
se um pouco e ela passou a mamar aquele pênis grosso e babado com gula,
arrancando gemidos do seu proprietário. Mas o estuprador atrás dela ainda não
se satisfizera, e retirara o pênis do seu ânus e o colocara agora na sua vulva,
voltando a darestocadaslentas.
Enquanto um comia sua vulva por trás, os outros dois, que antes seguravam
cada um em um braço seu, soltaram-na nas mãos do coroa, que acabara de se
recompor do gozo na boca de Mona. O coroa pegou-a por baixo das axilas,
mantendo-a suspensa, enquanto os dois se postavam na frente dela. Abriu os
olhos e viu dois pênis, de tamanho médio, sendo masturbados por mãos ávidas.
Os dois que a seguravam pelos braços, antes, estavam arfando à sua frente, as
glandes quase tocando seu rosto, uma de cada lado. Abriu mais a boca,
adivinhando o que viria. Quando sentiu que sua vulva estava às portas de um
gozo, o primeiro jato de esperma molhou seu rosto. Ouviu o outro dizendo que
agora seria sua vez, apressando a masturbação, e mais uma vez sentiu o líquido
mais quente ainda acertar bem dentro da sua boca aberta. O primeiro
continuava expelindo pequenos jatos de esperma em seu rosto, seu cabelo, seu
nariz. Aí, sentiu outro orgasmo. Dois. Três. Outro mais intenso. E desmaiou de
prazer...
Acordou com o policial de trânsito gritando com ela. Não conseguia entender
direito, aí ele bateu no vidro do carro com o nó dos dedos. Ela baixou o vidro e
ele berrava mandando ela acordar, pois estava atrapalhando o trânsito. Aí
percebeu porque não ouvira o policial: o barulho das buzinas dos carros atrás
dela era ensurdecedor. Todos querendo seguir e o veículo dela, parado no meio
da rua, impedindo a passagem. Pediu desculpas ao policial, deu partida
A PEQUENA LISTA DE COMPRAS29
imediatamente e atravessou o cruzamento. Olhou para o banco do passageiro,
ao seu lado, e viu seu livro de capa de couro velho e um lápis sobre ele, deixando
notar o título Os Contos de Mona, escrito em letras que já foram douradas.
Numadas páginas,antesembranco,escreveracomgrafite:
“Seispãesbemmorenos
Quatropãesdocescomcobertura degoiabada
Unssalgadinhos
Umpacote defarinha detrigo
Outrodefarinha derosca
Umpão tabica, enorme”
A PEQUENA LISTA DE COMPRAS30
O Demonstrador de
Produtos de Beleza
Detestava atender televendas. Sempre a convenciam a comprar alguma coisa.
Não tinha coragem de desligar o aparelho na cara de quem tentava lhe vender, e
acabava comprando algo apenas para se livrar da voz irritante do outro lado da
linha. Dessa vez não fora diferente. A moça a convencera a testar uma nova
linha de produtos de uma empresa nova no ramo. O bom é que não pagaria
nada por isso.Massemprefoi desconfiadaqueo barato muitasvezessai caro...
Parara de chover uns dias e agora fazia muito calor. Marcara com a
representante de produtos de beleza para uma sessão às quatro da tarde, e
faltava apenas uns dez minutos para a hora marcada. Tomara um banho
demorado e esperava deitada no sofá, lendo alguns rabiscos escritos num livro
de capa de couro velho, com letras antes douradas titulando-o: Os Contos de
Mona. Passara a escrever de grafite, ultimamente, pois dessa forma poderia
apagar o que não lhe interessasse mais. Pegou uma borracha e ia apagar um
poema comalgumasfrasesincoerentes,quando a campainha da portatocou...
Levantou-se de um salto e correu até a porta. Abriu-a e deparou-se com uma
das maiores surpresas da sua vida. Estava à sua frente um homem vestido num
conjunto rosa, tendo bordado no bolso da camisa a marca de um produto de
beleza ainda desconhecido: Avalon - prazer em ter. Quase riu daquela figura
metida naquele conjunto rosa claro, mas conteve-se a custo. No entanto, olhou
com mais atenção para o espécime masculino à sua frente. Aparentava uns
quarenta anos, cabelos bem cortados e penteados, corpo esbelto, unhas bem
aparadas... Aí lembrou-se que já lera algo sobre metrossexuais, uma nova
"espécie" humana. Homens sempre antenados com tudo que existe de atual,
cultuadores da beleza e saúde física, bom gosto no vestir e essas coisas tão
AS CRÔNICAS DE MONA31
criticadas pelos machões de plantão, mas tão adoradas pelas mulheres. O que
não combinava era aquele conjunto rosa. Não que não gostasse de rosa, mas
nuncatinha vistohomem vestidotodo naqueletom,então estava estranhando...
Apresentou-se como Juliano e, depois de repetir toda a fala da vendedora ao
telefone, colocou sua valise sobre uma mesinha na sala e pediu amavelmente a
ela para que tirasse toda a roupa. Tomou um susto com aquele pedido
indecoroso, mas ele parecia estar seguro do que dizia. Então, não se fez de
rogada: despiu-se inteiramente, sob o olhar profissional dele. Ficou até
frustrada por não perceber nenhuma reação libidinosa por parte do moço. Ele
armou uma espécie de maca portátil muito higiênica na sala e pediu para ela
deitar-se de barriga para cima. E começou passando um creme em seu rosto,
dizendo ser um poderoso hidratante facial. O cheiro era maravilhoso, e um
pouquinho que ficou perto da sua boca fê-la notar um sabor de cerejas. Adorava
cerejas. Depois ele passou um outro creme em seus seios, e sentiu
imediatamente os biquinhos ficarem excitados. Primeiro por conta do creme,
depois porque as mãos de Juliano eram muito hábeis. Ele não mudava sua
expressão profissional, dissertando sobre as propriedades do produto. Até que
pediupara elafechar os olhos esentiros prazeresdo novo cremevaginal...
Mona não acreditava no que acabara de ouvir. Se ele pensava que ela iria abrir as
pernas para ele lhe passar tal creme, estava muitíssimo enganado! Abriu a boca
para dizer-lhe uns desaforos, mas ele parecia nem dar por sua presença. Estava
ocupado em despir-se totalmente, e aplicar um pouco de líquido no próprio
pênis, massageando-o levemente de modo a espalhar por todo o membro... que
era enorme. Fazia-o como se estivesse esterilizando-o contra germes. Depois,
pedindo mais uma vez que Mona cerrasse os olhos, pegou outro punhado de
creme mais espesso, de um outro pote, e passou entre as pernas dela,
umedecendo seus grandes e pequenos lábios. Ela quis dizer alguma coisa, mas a
voz não saía. Aí começoua sentirumfrescorna vagina...
Juliano continuava a explicar sobre as propriedades do creme, mas sua voz
estava longe, quase inaudível. Além do frescor, Mona começou a sentir uns
comichões na vulva, como se estivesse muito excitada. Mas na verdade, estava
incomodada com a desenvoltura do demonstrador de produtos para com ela,
diante do seu corpo nu. Ele separou três potinhos de cores diferentes, abriu-os
e pediu para que ela aspirasse seu perfume. Todos tinham cheiro de frutas,
maravilhosos. Ele pediu para ela escolher um e ela o fez. Em seguida, Juliano
passou um pouco na própria glande e pediu gentilmente que ela provasse o
sabor. Era justamente o que ela estava pensando no momento, e foi logo
O DEMONSTRADOR DE PRODUTOS DE BELEZA32
abocanhando aquelaglande tesa,cheirosae...saborosa.
Lambeu, chupou e até mastigou de leve aquele membro lambuzado de creme
com sabor de fruta, e cada vez sentia mais um frescor na vagina, como se tivesse
introduzido uma pastilha de menta ali. À medida que sugava o membro de
Juliano, esse parecia ficar cada vez mais quente, liberando um odor que excitava
seus sentidos. Não aguentava mais de tanta tesão, então sentou-se rapidamente
na maca improvisada, ficando com a boca na altura daquele pênis gostoso.
Colocou-o todinho na boca, quase sem evitar que engasgasse. Depois puxou
aquele membro que parecia já queimar-lhe a boca de tão quente e introduziu em
sua vagina, que agora parecia enregelada. O choque térmico levou-a à loucura,
tendoimediatamenteumorgasmo...
Ele, Juliano, continuava seu papel de demonstrador de produtos. Dizia ao seu
ouvido que, se movimentasse o pênis mais lentamente, ela sentiria um orgasmo
múltiplo em poucos segundos. E sabia bem o que estava dizendo. A mistura
química do creme que ele passara na glande com o que passara na sua vulva
parecia causar um efeito afrodisíaco intenso. A sensação de calor invadindo
suas entranhas era muito gostosa. Quando ele empurrava aquele pênis enorme
dentro dela, subia-lhe um calor intenso. Quando ele retirava-o quase que
totalmente de sua vagina, excitadíssima e lambuzada de creme, batia-lhe um frio
na espinha. Quissaberqualseriaa sensaçãoemseuânus...
Virou-se de costas, arreganhando as pernas e empinando a bundinha
arredondada. Juliano limpou o pênis com um pedaço de gaze, retirando todo o
excesso, deixando o membro limpinho, e tornou a untá-lo com outro tipo de
creme, dessa vez um com coloração de uva. Depois, com o dedo, untou
também o buraquinho de Mona, enfiando-lhe o dedo quase todo dentro, mas
de forma bem cuidadosa. Ela não sentiu nenhuma dor, apenas uma quentura no
reto. Pegou o membro dele e apontou ansiosa a glande para seu buraquinho
lambuzado. Ele empurrou devagar, fazendo-a gemer de prazer. Aos poucos, a
quentura foi aumentando, como se aquele pênis estivesse pegando fogo dentro
do rabinho dela. Então ele começou a fazer movimentos suaves, profundos
mas gentis. E seu ânus começou a ficar molhado, como se o creme se
transformasseemágua...
era uma sensação estranha... parecia que ela havia introduzido uma grande
quantidade de água dentro de si, pelo reto. À medida que ele copulava, a água ia
saindo daquele buraquinho encharcado. Molhava-lhe as nádegas, as entre-
coxas, escorria-lhe pelas pernas. Geladíssima. Contrastando com a quentura do
AS CRÔNICAS DE MONA33
pênis dele dentro de si. Era uma sensação gostosa demais, e a libido aumentava
quando ele explicava cada sensação que viria depois. De fato: sentiu primeiro a
frieza do gelo dentro de si, depois a água escorrer morna, depois o despejar de
dentro de si de uma verdadeira cachoeira d'água morna, e por fim aquele
membro escorregar num vai e vem dentro de si, pegando fogo. Pra aumentar o
seu prazer, percebeu também que sua vagina parecia congelar, mas com um
frescor gostoso, misturando seu líquido vaginal com a viscosidade do creme
queelepassara antes de penetrá-lapor ali. Foi quando teve um orgasmo intenso,
depois outro,depois outromuitodemorado eprazeroso...
Sentiu Juliano ejacular dentro do seu buraquinho, cada jato parecia uma
labareda dentro das suas entranhas. Gritou alto, de prazer intenso, sentindo a
cabeça girar, as pernas fraquejarem. Pressentiu que iria desmaiar, então pegou
aquele pênis com uma das mãos e segurou-o firmemente, temendo perdê-lo
para sempre. Ainda sentiu as mãos de Juliano massagearem suave sua bunda,
suas costas, e pensou que ele estava passando um outro tipo de creme nela. Mas
logo percebeu que ele havia ejaculado sobre ela, e agora espalhava o sêmen em
seu corpo. Bateu-lhe uma forte tontura, mas não largou o pênis dele. Queria
acordarsegurando-oainda...
Acordou deitada de bruços no sofá, totalmente despida. Segurava o lápis grafite
em uma das mãos e, fortemente, um pênis de borracha, na outra. Um pote de
creme vaginal, quase pela metade, estava jogado no chão, perto do livro de capa
de couro. Tentou clarear a mente, e só depois de alguns minutos lembrou-se que
recebera uma representante da Avalon, muito simpática, que indicara-lhe
aquele creme vaginal que estava em lançamento. Assim que ela saíra, resolveu
experimentar a eficácia do produto. Testado e aprovado, com a participação
especial de seu consolo de borracha. Restava agora escrever um poema sensual
em uma das páginas em branco do seu livrinho. A noite se aproximava. E
prometia ser muuuuuuuuito agradável, pois marcara um encontro com alguém
que havia algum tempo vinha paquerando-a online. Levaria o creme e o livro
consigo.
"Não saiosemmeucreme
Valorizominha beleza
masmeucorpo também geme
Fazendo comqueeumaismeatreva"
O DEMONSTRADOR DE PRODUTOS DE BELEZA34
Bem Vinda ao Clube
Chegaram ao Club Apaloosa quase onze horas da noite. Antes, haviam estado
num restaurante modesto. Pediram um jantar leve, conversaram
animadamente, trocaram algumas carícias e depois Mona sentiu vontade de
dançar. Nunca mais dançara, e gostava muito. Conhecera Renato num site de
relacionamentos. Depois, passaram a conversar online. Ele era simpático, bem-
humorado, inteligente e sabia muito bem sustentar um diálogo, fosse qual fosse
o assunto. Finalmente marcaram para se encontrar naquela noite, e ela estava
adorando sua companhia. Ele dissera conhecer vários clubes da cidade e ela
quase não saía de casa. Não conhecia bem a noite. Mas aquela noite seria
diferente...
Ambos haviam deixado seu carro em casa. Resolveram se encontrar num
shopping e de lá pegaram um táxi até o restaurante. Outro táxi até o clube, pois
estavam dispostos a beber todas, e bebida não combina com direção. Assim,
desceram do táxi na porta do Apaloosa e ela cedeu uns trocados para facilitar o
pagamento da corrida. Ele acertou com o taxista e entraram de mãos dadas no
clube. Na verdade, era um clube privê, muito bem decorado e limpo. Mas
naquelahora estava quasequetotalmentevazio...
Sentaram-se numa mesa do canto, com dois sofás dispostos em L, iluminada
por um pequeno mas elegante abajur. Beijaram-se longamente, depois Renato
chamou com um aceno o garçon. Este acedeu no mesmo instante. Ela pediu
um Campari com bastante gelo e suco de laranja, ele pediu um uísque com
pouco gelo. Mona olhou em volta, e percebeu que aos poucos ia chegando mais
gente, e o clube já tinha várias mesas ocupadas. Ia comentar isso com Renato,
mas alguém se aproximou dele cochichando em seu ouvido. Renato
apresentou-lhe um coroa calvo, bem vestido, como sendo o dono do local.
Mona não entendeu direito o nome dele, mas apertou-lhe a mão estendida e
AS CRÔNICAS DE MONA35
Renato pediu licença um instante, afastando-se da mesa, ambos indo em
direção a uma sala no canto do clube. Desapareceram por uma porta que
fechara-seàssuascostas.
Mona voltou a passear a vista pelo salão do clube, entretida em sorver em
pequenos tragos sua dose de Campari. Percebeu que a freqüência do clube era
mais de mulheres, a maioria com mais de trinta anos. Uma ou outra mais jovem.
E os poucos homens que viu estavam todos em companhia feminina. Num
canto, percebeu uma mesa só ocupada por homossexuais, que conversavam
animadamente, mas não lhes deu muita atenção. Um DJ anunciou que a atração
da noite havia faltado por motivo de doença, mas que seria substituído por
outra atração já conhecida do público do clube. Houve aplausos, e ela ficou
curiosa. Não conhecia nenhuma das atrações. Estava por fora do que estava
fazendo sucessoatualmente.Não ligava muitopra essascoisas...
Aí, a música mudou para algo mais rápido, e as mulheres passaram a gritar
histéricas e a assoviar alto. Uma figura masculina, esbelta, vestindo um smoking
elegantíssimo, atravessou todo o salão sob aplausos e gritinhos e subiu ao palco,
dançando no ritmo da música techno que tocava. Demorou a reconhecer
Renato naquelas roupas, pois se encontrara com ele vestindo uma camisa de
malha preta e calças jeans. Passou a gritar e a aplaudir também. E ele mostrou
ser bom no que fazia, dançando de uma forma bem sensual, mas muito
máscula. As mulheres foram ao delírio quando ele, peça por peça, foi tirando
toda a roupa. Começou a aglomerar-se vários pequenos grupos de mulheres
perto do palco, dançando no mesmo ritmo que ele. De repente, uma apressou-
se a retirar a única peça que faltava para que Renato ficasse totalmente nu: a sua
cueca. Ela arrancou-a de um só puxão, descobrindo um membro de tamanho
médio, mas já ereto. Antes que Mona pudesse perceber bem o que estava
acontecendo,a moça já estava comaquelemembroatolado na boca...
Mona não pode evitar uma pontinha de ciúmes, mas achou a surpresa muito
excitante. Sua vagina ficou molhadinha imediatamente, vendo o assédio
daquelas mulheres com Renato. Ele parecia estar bem à vontade, tendo uma das
mulheres lambendo suas bolas, enquanto outra lambia seu membro do lado.
Uma terceira mordiscava-lhe a glande. Outra subiu ao palco e abraçou-se a ele,
por trás. Renato voltou a cabeça e beijou-a na boca. Uma de suas mãos se metia
dentro da blusa de uma que lhe mamava o pênis, bolinando-lhe os peitinhos
durinhos. Outra mulher tirou o vestido e subiu ao palco, esfregando a bunda no
pênis em riste de Renato, fazendo com que as outras perdessem de ter aquele
membro na boca. Ele cuspiu na mão e passou entre as nádegas dela, que se
BEM VINDA AO CLUBE36
empinou um pouco. Então, Renato agarrou-a pela cintura e enfiou-se na bunda
dela. Uma morena subiu ao palco, ajoelhou-se e passou a lamber a vulva
excitada da que Renato metia-lhe no ânus, levando-a ao delírio de prazer. Então,
ouviu-senovo rebuliço,comaplausos eassovios...
Vários dançarinos, todos nus, invadiram o salão. Era como se fosse um para
cada mesa do clube. Um deles, negro e forte, quase sem barriga, caminhou
diretamente em direção a Mona. Subiu de um salto em sua mesa, e começou a
rebolar de modo muito sensual, tendo as duas mãos entrelaçadas na nuca,
deixando proeminente um membro avantajado quase tocando o rosto dela.
Mona levantou-se e começou a dançar animada, acompanhando o ritmo dele,
mas ele abaixou-se, tomou-a entre as mãos e beijou-a de língua. Ela teve um
estremecimento de prazer. Depois ele pegou aquele pênis enorme com uma das
mãos ebateucomeleno rostodela,deleve.Ela pediucommais força...
Foi atendida de pronto. O pênis dele castigou-lhe a face. Duro. Cheiroso.
Babado. E ela sentiu um fogo subir-lhe por todo o corpo, tamanha a sua
excitação. Abocanhou aquele mastro, tentando engoli-lo até as bolas.
Engasgou-se, mas não desistiu. Ele pegou sua cabeça com ambas as mãos e
puxou-a de encontro ao pênis, invadindo com ele sua garganta, fazendo-a ficar
vermelha por falta de fôlego. Depois, pegou-a por uma das mãos e ajudou-a a
subir, também, na mesa. Com violência, rasgou o vestido vermelho bem
decotado que ela vestia, deixando-a só de calcinha. Não costumava usar sutiã,
pois seus seios eram perfeitos. E naquele momento estavam durinhos, os
mamilos rosados bem eretos. O negão mamou-os com volúpia, arrancando
gritinhos de prazer e a calcinha de Mona. Depois a beijou no pescoço, no colo, e
foi descendo por aquele corpo nu. Mona levantou uma das pernas, roçando os
quadris dele, e enfiou-se naquele membro quente e pulsante. Ele agarrou com
as duas mãos suas nádegas, e empurrou tudo de uma só vez. Ela urrou de prazer
e de dor, sentindo aquele membro rasgar-lhe as entranhas, tocando a entrada do
seu útero. Ele fez alguns movimentos e depois se retirou completamente dela,
virando-a de costas. Ela ajoelhou-se, ficando de quatro sobre a mesa, e ele
pegou a dose de Campari que ela estava tomando, derramando-a um pouco
sobre o pênis. O restante, inclusive o gelo, derramou sobre as costas de Mona,
pegando-a de surpresa e tirando-lhe um arrepio. Quando ainda tentava se
recuperar da frieza do gelo nas costas, sentiu-se invadida no reto por aquele
pênisenorme...
Sentiu a glande tocar-lhe bem profundo, e a cabeça começou a rodar. Via
aquelas imagens desfilarem em sua frente: mulheres encima das mesas
AS CRÔNICAS DE MONA37
chupando gostoso, outras sendo chupadas por homens ou por mulheres, uma
sendo agraciada por uma dupla penetração, e Renato enrabando com gosto
uma negra muito formosa. De repente, ele largou a negra e desceu do palco,
caminhando em direção a ela. O negrão agarrara-se ao seu ventre e a levantara,
ficando ambos de pé sobre a mesa, ele todo atolado nela, abraçando-a por trás
para que ela não pudesse se mover dali. De um salto, Renato subiu sobre a mesa
e, abraçando-se a ambos, pela frente dela, encaixou seu pênis entre as pernas de
Mona. Ela abriu mais as pernas, facilitando-lhe a introdução do pênis na vagina
molhada e escorregadia. Ele apoiou-se abraçado a ambos e enfiou seu membro
até o fim, quase empalando-a. Depois acompanhou o ritmo dos movimentos
do negão, Mona indo ao delírio sendo invadida por trás e pela frente. Aí ela
desmaiou antes de completar um orgasmo intenso. Suas pernas fraquejaram e
Mona escorregou entre os dois, caindo ajoelhada na mesa. Retirou, com esse
movimento,os dois pênisdedentrodesi...
Aos poucos a visão foi escurecendo. Estava zonza, com vontade de vomitar.
Tentou levantar-se, mas caiu de novo sentada, derrubando o resto da dose de
Campari sobre a mesa. Sentiu uma mão firme pegar-lhe o braço e só então
percebeu tratar-se de Renato, sentado ao seu lado. Estivera o tempo todo ali,
tendo o dono do clube sentado ao seu lado, tratando de negócios. Mona ficara
entediada com o papo dos dois e estivera entretida bebendo sua dose. Deve ter
pegado, pois ficou zonza rapidamente. Pediu licença e tentou levantar-se de
novo, querendo ir ao toalete. Renato, percebendo que ela não estava bem,
prontificou-se a levá-la até lá. Ela pegou a sua bolsa e seguiram juntos até o
gabinete. Renato esperou do lado de fora, enquanto ela entrou e olhou-se no
espelho. Estava com uma cara péssima. Lavou o rosto, recompôs-se, retocou a
maquiagem e ajeitou o vestido. Pegou o livro com capa de couro, com letras
outrora douradas, titulado Os Contos de Mona e ia escrever algo em suas
páginas em branco. Mas desistiu. Guardou o livro e o lápis que retirara da bolsa
e saiu disposta a ter sexo de verdade, naquela noite. Chega de só imaginação!
Abraçou-se a Renato, que a esperava na saída da toalete e beijou-o
demoradamente. Enquanto o beijava, desceu a mão e apalpou o pênis dele por
fora das calças. Estava duríssimo. Ele gemeu de prazer. Voltaram para a mesa.
Ela já derao recadoeeleentenderamuitobem...!
“Aquela noitefoiespecialemaravilhosa
Há muito não tinha tão solícitoamante
Eleconheceutambém a mulhermaisfogosa
Enão pararam decopular nempor um instante”
BEM VINDA AO CLUBE38
Paquerando no Supermercado
Ao contrário de algumas amigas suas, Mona adorava fazer compras de
supermercados. Isso, quando estava com tempo disponível, e hoje era um
desses dias. Principalmente se o estabelecimento era dos que ficavam abertos
24 horas, como aquele que tinha a três quadras de onde morava. Preferia fazer
suas compras depois da meia-noite, pois o número de pessoas era bem menor.
Com isso, não ficava trombando em outros carrinhos de compras nem
enfrentava as longas filas tão comuns nesses locais. Escolhia seus produtos com
calma - alguns supérfluos, verdade - mas tudo dentro do seu orçamento
doméstico. Por outro lado, aquela parecia a hora da paquera: algumas mulheres
em duplas, homens fazendo compras sozinhos, escolhendo produtos que
cozinham facilmente em fornos microondas. Homens sempre atentos em
admirara figurafeminina. Foi quando seuolhar cruzoucomo dele...
Era loiro, de tez avermelhada como se passasse o dia todo ao sol. Alto, corpo
quase atlético, mãos grandes. Olhava para ela de forma insistente, como se já a
conhecesse. Mona baixou o olhar, depois caminhou empurrando seu carrinho
de compras por um dos corredores de prateleiras de produtos, mas logo deu
vontade de olhar para ele de novo. E lá estava aquele olhar fixo nela. Fixo nas
suas pernas, na sua bunda. Corou levemente, mas achou ótimo estar sendo
comida com os olhos. Andou afastando-se mais dele, mas rebolando um pouco.
Não percebeu imediatamente, mas logo se notou provocante. Olhou mais uma
vezelá estava eleobservando-a, só quedestavezcomumsorrisonos lábios...
Mona dobrou a esquina de estantes de produtos, saindo do seu raio de visão.
Olhou pro biquinho dos seios, e eles estavam empinados e durinhos. Sorriu e
afastou os pensamentos. Sentiu a falta do seu livrinho de capa de couro velho,
titulado Os contos de Mona. Deixara-o no porta-luvas do carro, no
estacionamento. Mas estava namorando alguém, havia dias não precisara
AS CRÔNICAS DE MONA39
apelar para as folhas mágicas,embranco,do livro.Suspirouevoltousuaatenção
às prateleiras, escolhendo alguns pacotinhos de sopas prontas. Colocou alguns
no carrinho e estava disposta a seguir com as compras, quando percebeu
alguém ao seu lado. Nem se surpreendeu quando viu tratar-se do loiro
vermelho como um camarão. Ele tinha um belo sorriso, que mostrava dentes
alvos e brilhantes numa dentição perfeita. Ela sorriu com um ar de interrogação
e ele, sem nem pedir licença, enfiou um pedaço de papel dobrado em seu
decote, bem entre seus seios. Depois fez uma reverência e saiu de perto dela,
afastando-se em direção à saída do supermercado. Percebeu que ele já não
carregava o carrinho decompras,como viraantes...
Mona enfiou dois dedos pelo atrevido decote da blusa que usava, combinando
com uma saia um pouco comportada que vestia. As peças faziam um conjunto
elegante, apesar de descontraído. Encontrou o pedaço de papel e pinçou-o com
os dois dedinhos de dentro da blusa. Abriu e leu apenas um nome e um telefone.
Rasgou-o e jogou no cesto de lixo mais próximo. Não era a primeira vez que
fazia isso. Detestava essa forma pouco criativa de paquera. Preferia um início de
conversa inteligente, ou mesmo um papo banal. Contanto que testasse o grau
de extroversão do cara, a sua capacidade de improviso. Então, o loirinho já
estava descartado desuasfantasias...
Tanto que nem pensou mais nele, durante todo o tempo que estivera enchendo
seu carrinho de compras. Aguardou sua vez e dirigiu-se ao caixa. Pagou,
colocou as sacolas plásticas com os produtos dentro de um outro carrinho que
estava largado próximo e dirigiu-se ao estacionamento. O barulho das rodinhas
roçando o chão do enorme estacionamento era ensurdecedor, em contraste
com o silêncio que reinava ali. Uma lâmpada defeituosa, piscando
intermitentemente, deu um ar sepulcral ao local, e fez ela ter um arrepio de
medo. Olhou em volta, e não viu ninguém. Apenas vários carros estacionados.
Deixara o seu numa vaga distante, pois quando chegara o estacionamento
estava lotado. Mas criou coragem e dirigiu-se resoluta ao seu veículo. Abriu o
porta-malas e enfiou, rapidamente, todos os pacotes dentro, ansiosa por sair
depressa dali. Largou o carrinho de compras em qualquer lugar e entrou no
carro,depois dedarnova olhada emvolta. Ninguém...
Pegou uma latinha de refrigerante que estava no frigobar do veículo e abriu-a.
Tomou um gole longo e prendeu a latinha entre as pernas. Enfiou a chave na
ignição e preparava-se para dar partida, quando percebeu um vulto na janela do
seu lado. Aí bateram no vidro fechado, do lado do motorista, com os nós dos
dedos. Sentiu um calafrio e abaixou-se um pouco, querendo ver o rosto de
PAQUERANDO NO SUPERMERCADO40
quem estava bem ao lado do seu carro. Era o loiro camarão. Mostrava uma
sacola que ela havia esquecido no caixa. Ela reconheceu pelos pacotes de
absorventes que ficaram dispostos encima. Baixou o vidro do carro e pegou a
sacola plástica da mão dele, agradecendo o incômodo. Ele sorriu de forma bem
simpática e entregou as compras esquecidas a ela, que se virou para colocar no
banco de passageiro, ao seu lado. Quando pousou as compras no banco e
voltou-se para agradecer mais uma vez, deparou-se com um ziper aberto e um
membroduríssimosaindo pela aberturada calça...
Ele encostou mais no carro, o pênis invadindo a janela, bem perto do rosto de
Mona. Sentiu o cheiro daquele instrumento invadir suas narinas. Um cheiro de
fruta madura. Talvez algum creme que ele passasse ali. O pênis babava um
pouco, tal sua excitação. E ela começou a ficar excitada, também, pois aquela
situação de perigo sempre liberava sua libido. Por diversas vezes fantasiara fazer
sexo num elevador, antegozando a possibilidade de ser flagrada por alguém
quando estivesse no ato. O perigo a excitava de uma forma que não conseguia
conter. Girou a chave na ignição, desligando o carro. Olhou em volta, pra ver se
não estava sendoobservada. E enfiouaquelemembrogostosona boca...
Mas só um pouquinho, pra retirar o excesso de líquido seminal que saía do
buraquinho do pênis. Depois pegou aquele falo com as duas mãos,
delicadamente, e se pôs a lambê-lo em toda a sua extensão. Era um membro tão
vermelho quanto o resto da tez do seu dono. De tamanho médio, cheio de veias
grossas. O sabor também era de frutas, lembrava morangos. Ele gemeu com
suas carícias, e ela ficou mais excitada ainda. Esfregou uma coxa na outra,
sentido-se toda molhadinha. De repente, ele pegou-a pelo braço, abriu o trinco
da porta e puxou-a para fora do carro. Caminhou com ela até o capô do veículo
e deitou-asobreele. Abriu-lheas pernas, arrancou-lhea calcinha com o fundo já
manchado de líquido vaginal e atolou a boca naquela vulva quente, com
cabelinhos ruivos bem pequenos, num corte sensual. Mona entrou em pânico,
temendo que alguém entrasse no estacionamento e a visse, mas deu um gemido
forte ao sentir a língua dura e quente bem no clitóris. Ele movimentava
rapidamente a cabeça, como se acenasse um não repetidamente, tremulando a
língua no seu grelo. Subiu-lhe um calor imenso, e ela levantou a blusa, deixando
seus belos seios descobertos, sem mais se importar se alguém a visse. Ele
apalpou os biquinhos enquanto não parava de lamber-lhe a vulva. Foi quando
veioo primeiroorgasmo...
Ela abriu mais as pernas, deitada de costas sobre o capô do carro, pegando com
as duas mãos a cabeça dele e empurrando-a pra mais perto da sua vulva no cio.
AS CRÔNICAS DE MONA41
Ele, percebendo que ela começava a gozar, aproveitou o líquido que escorria da
sua vulva e umedeceu os dedos, enfiando um na vagina dela, sem parar de
lamber. Ela arqueou o corpo, quase dando um urro de prazer. Mais outro urro,
quando ele enfiou mais um dedo nela, dessa vez no seu ânus. Bem devagar, mas
com precisão. Ficou com dois dedos da mesma mão enfiados nela: um no ânus,
outro na vagina. E a língua ainda tremulando bem no clitóris, levando-a ao
delírio. Aí Mona empurrou-o um pouco e sentou-se no capô, puxando o corpo
do loirinho camarão pelos quadris, mais para perto dela. Pegou seu pênis com
uma das mãos e enfiou na vagina, que se preparava para novo orgasmo. Ele
abraçou-se a ela, enfiando os braços por baixo dos quadris, puxando-a mais
para baixo do capô, procurando uma posição mais cômoda. Ela ajudou no
intento, meneando o corpo e encaixando-se melhor nele, recebendo aquele
membromais profundamenteea boca delenos seiosjá excitados...
Abraçou-o com as duas pernas, envolvendo-o pelos quadris, ao sentir mais uma
vez o gozo aflorando. Puxou-o pelos cabelos procurando a boca dele num beijo
sôfrego, de língua, mordendo-o de vez em quando, de leve. Aí sentiu um jato
forte dentro de si. Depois ouviu o forte gemido dele, tendo mais um orgasmo.
Depois mais um. E mais outro. Levantou-se de um pulo e sentou-se no capô,
afastando o loirinho um pouco dela. Mas só o suficiente para não perder mais
nem um pingo daquele esperma grosso que sentira pela segunda vez jorrar
dentro dela. Enfiou o pênis molhado, cheirando a sexo, todinho na boca,
sugando bem forte, como se não quisesse perder uma só gota daquele líquido
gostoso. Mesmo quando o mastro amoleceu, ela ainda não quis se separar dele.
Lambia-o, mordiscava-o, chupava-o gostoso, ele gemendo de prazer. Aí ela
jogou a cabeça para trás, voltando a se deitar de costas no capô, as pernas
tremendoeumtorpor gostosoemtodo o corpo...
Despertou com alguém batendo com o nó dos dedos no vidro do carro, do lado
do motorista. Olhou assustada pelo vidro fechado e deu de cara com uma
mulher com uma criança nos braços, pedindo esmolas. Deu uma desculpa
qualquer e girou de novo a chave na ignição, esquentando o motor. A mulher
bateu de novo com o dedo na janela fechada, apontando a latinha que ela tinha
entre as pernas. O líquido havia derramado sobre seu colo, molhando sua saia
toda, justamente na região da vagina. Aí foi quando percebeu que a mulher
carregava um saco cheio de latinhas, e estava querendo a que ela tinha entre as
pernas. Mona abriu um pouco o vidro e entregou a lata vazia pela pequena
abertura.A mulheragradeceuefoi embora.
Finalmente Mona deu partida no seu carro e saiu do estacionamento, em
PAQUERANDO NO SUPERMERCADO42
direção à rua. Mas antes de sair, percebeu um carro parado num local mais
afastado do estacionamento. Tinha uma das portas abertas. Temendo ter sido
arrombamento, Mona aproximou-se devagar, faróis apagados. Ao chegar
perto, ela acendeu de repente os dois faróis, iluminando o interior do carro
estacionado, através da porta aberta. E deparou-se com dois rostos assustados.
Pegos em flagrante: o loirinho camarão deitado no banco de trás do veículo,
calças arriadas, e uma loira com pinta de mulher de programa com a boca na
botija. Ela deu um sorriso maroto e piscou um olho pra Mona, enquanto o
loirinho levou as duas mãos ao rosto, como se estivesse envergonhado. Mona
baixou os faróis e seguiu seu caminho em direção à saída do estacionamento.
Mas a cena vista a deixara excitada mais uma vez. Não conseguia distinguir se o
que vivera há pouco tinha sido real, ou só mais um de seus devaneios, apesar da
sacola com compras estar lá no assento do carona. Ao chegar em casa, se valeria
do livrinho com páginas em branco e capa de couro mais uma vez, depois de
tirar aquela saia molhada de refrigerante derramado, tomar um banho gostoso e
cair na cama. Ou não? Não seria melhor ligar para seu namorado e perguntar se
elenão iriaquererdormirna casadela..?
“Oh,noitequeainda ésuma criança
Mefaça nestamadrugada um imensofavor
Traga meunamorado pra fazermosuma festança
Eentornarmostodososlíquidos numa noitedeamor”
AS CRÔNICAS DE MONA43
Nua no Salão de Dança
O clube tinha uma fachada simpática. Mas não era grande. No entanto, era
muito limpo e organizado. O piso do salão era de tacos de madeira, muito bem
encerado. As demais dependências eram muitas limpas, cheirando a detergente.
Mas não era um clube de elite. Parecia uma gafieira sofisticada. Logo na entrada,
percebe-se uma divisão bem interessante: do lado esquerdo da portaria do
clube, um grupo de mesas e cadeiras eram ocupadas por um pessoal mais
sóbrio, melhor vestido. O outro lado era composto por pessoas mais humildes.
Foi justamente nesse lado que Mona sentou em uma das mesas, a pedido da sua
acompanhante...
Mona prometera, à sua faxineira de longas datas, fazer a comemoração do
aniversário dela com uma farra, no lugar onde ela escolhesse. Coincidiu que
naquele sábado haveria uma apresentação do cantor Reginaldo Rossi naquela
casa, e sua faxineira era fanática por esse artista pernambucano. Passava o dia
todinho trabalhando ao som das músicas desse cantor que, de tanto ouvir
quando era dia de faxina, Mona já sabia as letras de cor. Não era seu gênero
favorito, mas conseguia se divertir ouvindo as músicas dele. Então, prometera a
Claudia, sua faxineira, que ela teria uma noite de farra patrocinada por ela. E
quem sabe Claudia não arranjaria nessa noite o tão sonhado namorado? Tinha
35 anos e se dizia ainda virgem. Isso era uma aberração para Mona, que tivera
suaprimeirarelaçãosexualaos 14anos deidade.Masissojá eraoutrahistória...
Chegaram cedo ao clube, pois sabiam que iria lotar por conta da atração da
“Hojeà noitevouao clube
Esperoencontrar boas companhias
Talvezminha sortemude
Eeufaça destauma noitedeorgias”
AS CRÔNICAS DE MONA44
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SEXO DO FUTURO
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As Crônicas de Mona no Bar do Cavaleiro Negro

  • 1.
  • 2.
  • 3. É nessas noites chuvosas e cortadas por relâmpagos e trovões que Mona se liberta em fantasias molhadas, conhecendo cada canto obscuro de uma cidade que só existe em seus devaneios.
  • 4.
  • 6.
  • 7. O Livro em Branco "Vestidonuma capa dechuva O tão esperadodesconhecidoseaproximou Beijou-metão profundo a alma Quemeucoração para sempreseapaixonou" Era uma noite de tempestade. São nessas noites que Mona se liberta em fantasias molhadas, conhecendo cada canto obscuro de uma cidade que só existeemseusdevaneios. Não sabe bem ao certo, mas acha que sua vida mudou completamente desde o dia em que entrou naquele sebo à procura de algo para ler em casa, numa noite também chuvosa. Depois de vagar o olhar por livros velhos, mas em bom estado de conservação, enfileirados em uma estante em estilo colonial, um livro pouco volumoso lhe chamou à atenção. Tinha uma capa de couro velho, destacando-se dos demais. E o título Os Contos de Mona fez com que ela o escolhesse de pronto para levar para casa. Era interessante essa coincidência: o nome dela dando título ao livro. Nem olhou direito para o atendente, procurando uns trocados na bolsa, depois de ele dizer-lhe o valor a pagar. Tampouco abriu o livro. Nem sequer deixou embrulhá-lo, tal a pressa repentina de sair daquele ambiente empoeirado. Só na saída é que percebeu a placa afixada na vidraçada loja: Liquidaçãopara entrega do prédio. A chuva não parara, e deixara o carro estacionado um tanto distante da loja. Fez um ar desanimado, olhando para alguém metido numa capa de chuva longa, que também se abrigava na marquise esperando a chuva diminuir. Depois, tomou coragem e correu na chuva até o veículo estacionado a uma certa distância. Deu a partida,doida para chegarlogo emcasa... AS CRÔNICAS DE MONA01
  • 8. O LIVRO EM BRANCO02 Depois de um banho morno, saiu da suite ainda nua, enxugando-se com uma toalha macia e perfumada. Acendeu o abajur de cabeceira, pegou o livro de dentro da bolsa e aninhou-se na cama, ainda nuinha, disposta a começar a sua leitura.Abriuo livropara ler...nada. Folheou várias páginas e encontrava sempre a mesma coisa: papel em branco. Irritou-se e se sentiu enganada, mas bem que podia ter aberto o livro lá no sebo. Deu um sorriso resignado, mas não se deu por vencida. Pegou uma caneta de design bem feminino de dentro de uma gaveta e escreveu uns versos inspirados na figura de capa longa, que nem reparara bem o rosto, que se amparava da tempestade lá na loja. Eram versos de amor ditados por sua carência afetiva. Mas não conseguiu escrever mais que quatro frases. Bateu-lhe um torpor no corpo,umasonolência derepente,eperdeua noção das coisas. Despertou num sobressalto, olhando para a figura a um passo de distância. Viajara no pensamento, e nem saíra ainda da frente da loja de sebos, esperando a chuva passar. Sorriu consigo mesma daquela sensação estranha e ainda sorria quando olhou com mais atenção para a figura de capa longa ao seu lado. Era alguém já um tanto maduro, cabelos grisalhos, mas com um rosto bem jovial, de traços marcantes. O corpo, mesmo sem ser atlético, denotava uma figura de porte elegante e ao mesmo tempo viril. Era bastante alto e olhava para ela sorrindo de uma maneira simpática. Seu sorriso era lindo - ela logo pensou. Lembrou-se da história do seu próprio nome: Monalisa. Seus pais sempre diziam que ela já nascera sorrindo, e alguém comparou seu sorriso ao da musa da pinturadeDa Vinci.E assimficouregistrada. Mas, desde pequena, percebera que causava uma empatia singular: se estava feliz, as pessoas em volta também ficavam felizes. Se estava triste, essa tristeza contaminava todos à sua volta. Mas só entendeu o sorriso do desconhecido de longa capa de chuva quando sentiu um friozinho repentino. Só então percebeu que estava completamente nua! Entrou em pânico e olhou em volta. A cidade estava cheia de luzes, que pareciam ser em número maior por estarem refletidas na água empoçada no chão. Mas percebeu um detalhe curioso: não havia carros emmovimento,não havia gentenas ruasnemdentrodas lojas. As marquises estavam desertas como se fosse altas horas da madrugada. Olhou para trás, em direção à loja de sebo da qual acabara de sair e... não era mais uma loja de sebos. Não havia ninguém dentro dela. Estava vazia, sem nenhum traço de ter sido qualquer ponto comercial. Até a placa que lera afixada à vidraça havia desaparecido. Só não desaparecera o homem de capa longa parado ao seu lado.
  • 9. Ela olhou em pânico para ele, mas seu sorriso simpático deixou-a estranhamente à vontade. Despira-se de repente de todo o pudor. Mas ainda sentiafrio. Elegantemente, o homem de capa longa e escura aproximou-se dela enquanto retirava habilmente a veste de sobre os ombros. Gentilmente, colocou a roupa sobre o corpo dela, protegendo-a do frio. Mas ela ainda continuava a tremer um pouco, e ele a abraçou com carinho, olhando-a bem nos olhos. Ainda sorria. Um sorriso expontâneo, sem malícia, mesmo tendo o corpo encostado ao corpo nu dela. E ela não conseguia sentir nenhum constrangimento com aquela situação, apenas queria olhar para o rosto bonito daquele homem. Sua face lembrava-lhe alguma poesia já lida. Não era alguém totalmente estranho. Ou se era, talvez um estranho que há tempos ocupava algum lugar da sua mente. Pareciaqueo conheciahá muito. Sentiu uma enorme vontade de beijá-lo, e o beijo tocou seus lábios dando-lhe uma sensação de toque de pétalas perfumadas, tal a sua suavidade. Mas aos poucos o beijo foi ficando mais afoito. Sentia-se perdendo um pouco do fôlego, mas não conseguia afastar sua boca da dele. Subiu-lhe por todo o corpo um arrepio de prazer. Uma comichão aflorou-lhe entre as pernas e os mamilos ficaram eriçados. Tremeu quando a língua sensual do desconhecido tocou a sua. Mordeu-lhe os lábios quando sentiu um frêmito de prazer nalgum lugar mais escondido dos seus desejos. Mas o beijo era romântico, e aos poucos foi relaxando naqueles braços másculos, aproveitando um turbilhão de sensações conflitantes, mas prazerosas. Amava aquele homem, sua alma gritava isso bem alto enquanto tateava aquele corpo perfeito, tocando-o em suas mais íntimas partes,como a tercertezadequeeleestava alí, eao alcancedetodo o seudesejo. Ele a encostou na parede da loja fechada e a penetrou suavemente. Ela não sentia nenhum movimento do adorado estranho, mas ia se encaixando devagar e sempre naquela entrega gostosa. A cada espasmo do seu sexo quente, sentia uma penetração mais profunda, como se ela estivesse deglutindo-o. E ele não fazia nenhum movimento aparente, apenas continuava beijando a sua boca, exalando um hálito perfumado e com gosto de alguma fruta que no momento ela não conseguia distinguir. Mas não estava nem um pouco ligando para isso. Apenas curtia com todo fervor um emaranhado de sentimentos que afloravam como uma cachoeira de águas límpidas mas de queda forte. Não sabia bem definir se sentia paixão, tesão ou encantamento, apenas sentia. Sentia fortemente. E lhe bastava. Um movimento súbito dele fê-la disparar um orgasmo múltiplo. Gostoso. Molhado. Ofegante. Trêmulo. E o corpo AS CRÔNICAS DE MONA03
  • 10. desfaleceu num torpor maravilhoso, estrelas pululando no breu que apossou-se dos seussentidos.Escuridãototal.Nada. Não saberia precisar quanto tempo permaneceu desacordada. Despertou ainda nua, deitada em sua própria cama. Percebeu que a chuva parara e a lua aparecia tímida por trás de algumas nuvens. Seu peito ainda arfava, como se houvesse acabado de fazer amor. O livro estava jogado aos pés da cama, ainda em branco. Não. Não totalmente em branco. Na sua primeira página lia-se um poema escrito à caneta. Na verdade, o início de um poema. Haveria outras noites chuvosas para complementá-lo: "Vestidonuma capa dechuva O tão esperadodesconhecidoseaproximou Beijou-metão profundo a alma Quemeucoração para sempreseapaixonou" O LIVRO EM BRANCO04
  • 11. O Cavaleiro negro "Passoastardesa pensar nessecavaleironegro. Imaginando comodevemsersuasmãos Como devesermacio oseutoque." A chuva caía intermitente, desde o início da noite. Prometia varar a madrugada sem estiar. E é em noites como essa que Mona se liberta em fantasias molhadas, conhecendo cada canto obscuro de uma cidade que só existe em seus devaneios. As ruas estavam alagadas, intransitáveis. Temeu que seu carro não muito confiável estancasse no meio da rua, então procurou algum lugar pra passar o tempo, esperando a chuva diminuir. Como não gostava de lugares muito agitados, procurou um barzinho que lhe indicaram dias antes, que era bem ajeitadinho, porém pouco frequentado. Ficava numa rua transversal à avenida em que costumava trafegar todos os dias na volta do trabalho, No entanto, nunca dera a devida atenção. Mas naquela noite lembrou-se dele. E resolveu conferir se as boas referências que recebera satisfariam sua preferência por ambientesdepouco alvoroço.Sorriumaravilhada. Era um bar decorado com muito bom gosto, apesar de diminuto. Havia somente seis pequenas mesas, todas com apenas três lugares. Era limpo e perfumado, se bem que o aroma lembrava perfume brega de homem. Mas isso não a fez perder o ânimo. Escolheu uma das mesas, acomodou-se e procurou o atendente. Não havia ninguém no balcão. Um casal conversando baixinho ocupava uma das mesas e um rapazinho, com jeito efeminado, estava solitário emoutra.Ninguémlhedeua mínima atenção.Esperaria. AS CRÔNICAS DE MONA05
  • 12. Tirou da bolsa um livro com capa de couro, com uma aparência bem surrada, onde se lia o título: Os Contos de Mona. Olhou novamente em volta procurando quem a atendesse, mas resignou-se mesmo a esperar. Não tinha pressa.A chuva dava sinais dequenão iriaparar tão cedo. Retirou um estojo da bolsa contendo uma linda caneta, bem feminina, abriu a primeira página do livro que colocara sobre a mesa, e empunhou a caneta disposta a escrever um poema enquanto aguardava. Teceu algumas frases, mas deu-lhe uma vontade repentina de ir ao toalete. Levantou-se com o livro e a caneta numa mão e a bolsa na outra, e correu os olhos pelo aposento procurando onde podia satisfazer suas necessidades. O casal parou de conversar e olhou intrigado para ela. A mulher apressou-se em dizer que o atendente dera uma saída, mas que logo voltaria. Ela agradeceu a gentileza e interrogou-a sobre onde ficava o toalete. Indicaram com um aceno de mão, e ela sedirigiuao cubículo. Era um box decorado com o mesmo bom gosto do resto do pequeno bar, em estilo moderno e bem asseado. Pegou umas toalhas de papel, forrou o vaso sanitário de modo a diminuir o perigo de contágio por DST, e sentou-se levantando elegantemente a saia do conjunto em estilo executivo que vestia. Deixara a bolsa e o livro sobre o balcão de mármore que ia de um canto a outro da parede, encimado por um grande espelho. Demorou um pouco, levantou-se, fez a higiene com algumas toalhas, lavou bem as mãos e aproveitou para retocar a maquiagem olhando-se no espelho espaçoso. Deu-se por satisfeita, recolocou o estojo de maquiagem dentro da bolsa, pegou-a em uma das mãos e voltou para suamesa...esquecendoo livrosobreo balcão da toilete. Só quando sentou-se é que deu pela falta do livro. Fez uma cara de tédio e levantou-se novamente para voltar ao gabinete. Caminhou em passos largos e empurroua portacomdeterminação.E tomouumsusto. A cena era das mais inesperadas: um sujeito estava apoiado com as duas mãos no balcão do cubículo, com as calças arriadas até tocar o chão, tendo na sua garupa um negrão alto e de corpo atlético, calças arriadas até aos joelhos, tendo o pênis totalmente escondido entre as nádegas do senhor de meia idade, calvo, olhos espantados e com olheiras, como se passasse noites insones. O negrão, pego de surpresa, apressou-se a retirar seu pênis de dentro da garupa do seu amante. Mona ficou petrificada,olhando aquelemembro enorme sair de dentro do coroa. Este deu um gemido, mais de prazer e de decepção que propriamente de dor, apesar do tamanho e da grossura do pênis que conseguira esconder O CAVALEIRO NEGRO06
  • 13. dentrodesuasentranhas. O coroa levantou rapidamente as calças, recompôs-se com um trejeito e saiu do toalete, passando roçando no corpo de Mona, que não conseguia tirar os olhos do pênis ainda teso do "cavaleiro" negro. Quando finalmente se recompôs do susto, quis sair. Mas o atlético sujeito esticou o braço, barrando sua passagem e balançando a cabeça em tom de negativa. Depois olhou maliciosamente para baixo, para o próprio membro latejante, e Mona compreendeu imediatamente o que ele queria: que ela substituísse a montaria que acabara de sair a trote, após tersido flagrada no ato.Quisfugir,mas eratarde. O negrão colocou-a de mãos espalmadas sobre o balcão, abriu-lhe bem as pernas, levantou-lhe o vestido e arrancou com um único puxão sua delicada calcinha. Ela olhava em pânico para o espelho, vendo a expressão tarada do sujeito admirando sua bundinha delicada, mas de formas perfeitas. Fechou os olhos pressentindo aquele pênis de dimensões monstruosas invadindo suas entranhas. E logo sentiu a glande quente, envolta em um preservativo, tocar seu orifício retal. Não sabia que existia camisinhas adaptáveis para grandes tamanhos. Abriu a boca preparando-se para um grito de dor. Mas percebeu que estava sem voz! Não conseguia dar sequer um gemido. Claro, já havia praticado sexo anal, mas não com alguém que tivesse tamanho argumento. Começou a suar frio ao perceber que, se não gritasse, não seria socorrida. Seu pânico aumentou quando sentiu as duas mãos arreganhando suas nádegas, encaixando aquele rebolo enorme no seu buraquinho. Tentou andar pra frente, mas o balcão impediu-a de escapar do intento do seu agressor. Cerrou mais os olhos esperando a estocada brusca...quenão veio. Após introduzir a glande em sua garupa, o cavaleiro ficou parado por um instante. Depois deu um tapinha na sua anca. Esperou um pouco e, sem ver a reação dela, deu outro tapinha mais forte do outro lado, como se quisesse que ela mexesse a bundinha num rebolado. Primeiro pensou em se fazer de desentendida, depois pensou em rebelar-se, mas por fim resignou-se. Talvez, se ele gozasse depressa, a deixaria livre para ir-se. Resolveu entrar no seu jogo. Abriu os olhos e, pelo espelho, percebeu que seu cavaleiro negro tinha um certo charme. Era bonito e asseado, e até estava vestido de maneira elegante. A surpresa inicial não havia permitido que ela percebesse esses detalhes. Então, começouumrebolado sensual. AS CRÔNICAS DE MONA07
  • 14. A princípio, a glande parecia que ia escapar do seu buraquinho, mas ele a ajeitava de modo a ajustar-se ao seu movimento. Então, ela começou a sentir seu ânus ficando suado, e cada vez mais molhado. Lembrou-se de que seu cavaleiro não havia lubrificado o membro, mas por mais incrível que pareça isso nem seria preciso. Pensou que deveria ser um daqueles preservativos auto-lubrificantes. Aos poucos, foi sentindo seu buraquinho relaxar e a glande penetrar-lhe mais um pouco. Seu cavaleiro ficava parado, deixando que ela mesma fosse aceitando nas suas entranhas aquele membro monstruoso. E ela ia rebolando, querendo excitar cada vez mais seu agressor. Olhou pelo espelho e viu ele fechando os olhos deprazer.E elaestava dispostaa darumfimàquelaagonia logo,logo... Cerrou os dentes, fechou novamente os olhos e lançou a bunda para trás, de vez. Sentiu suas entranhas se expandirem como se fossem rasgar-se ao meio. Mas não sentiu dor. Estranhamente, sentiu aquele pênis enorme percorrer sua cavidade devagar, como se tivesse quilômetros de extensão. E sentiu um prazer indescritível quando notou seu ânus tocar nas bolas do seu cavaleiro audaz. Soltou um gemido de gozo e satisfação por perceber que havia comportado todo o membro sem se rasgar toda. Até sorriu de felicidade por saber-se capaz derecebertodinho aquelepênismonstruoso.Todinho aquelepênis...gostoso. Seu cavaleiro novamente deu-lhe uns tapinhas nas ancas, e ela aumentou o ritmo do galope. Inclinou-se mais e apoiou-se no balcão de mármore, de modo a se encaixar melhor naquele instrumento de prazer. Sorriu deliciada ao sentir aquele membro entrando e saindo totalmente de dentro de si, para logo voltar a entrar de novo, até bem profundo. Sentiu uma comichão na vagina e pressentiu que iria também gozar por alí, apesar de estar sendo penetrada apenas por trás. E disparouemgalope frenético,tendoumorgasmo duplo,triplo,múltiplo... Suas pernas dobraram, devido ao intenso gozo. Retirou o pênis ainda duro de dentro de suas entranhas e caiu ajoelhada, apoiando as mãos no balcão de mármore, tamanha era a fraqueza nas pernas. Sentiu uma mão no seu ombro e voltou-se, para ter bem próximo ao seu rosto aquele pênis já despido do preservativo, cheio de veias, glande rubra, como se todo o sangue quente estivesse concentrado alí. Foi quando percebeu. A mão do seu cavaleiro, que segurava o pênis pulsante quase tocando-lhe o rosto, tornava-se minúscula em proporção ao tamanho daquele mastro. Era como se uma criança, com suas mãozinhas delicadas, empunhasse um porrete. E mais uma vez sorriu por ter conseguido a façanha de engolir até o talo aquele membro monstruoso. Corrigiu-se:aquelemembromaravilhoso! Mas seus pensamentos foram interrompidos por um jato de esperma quente O CAVALEIRO NEGRO08
  • 15. em seu rosto. Seu cavaleiro negro havia se masturbado e derramava-se em sua face. Um gozo intenso, viscoso, e por que não dizer delicioso? Abriu a boca, deixando que respingasse um pouco dentro dela. Ele ficou alguns instantes de olhos fechados, rosto voltado para o teto, resfolegando, tentando recuperar as forças. Ela levantou-se, abriu a torneira da pia e começou a lavar a face. Ele recompôs-se, pegou uma toalha de papel e se limpou, depois lavou as mãos. Foi quando viuo livroea canetasobreo balcão. Abriu a primeira página e viu o começo de poema lá escrito. Deu um sorriso, rasgou o pedaço do papel onde estava o poema, dobrou e botou no bolso da camisa. Depois pegou a caneta que estava junto do livro e escreveu algo no restanteda página. E semdizerumapalavra,abriua portado toaleteesaiu. Mona ainda passou um tempinho pra se recompor. Ajeitou a maquiagem, ainda perplexa com o que acabara de acontecer. Depois, pegou o livro e a caneta e voltou para sua mesa. Ainda não se recuperara de todo quando ouviu uma voz feminina, que pertencia à garçonete do local, dizer-lhe: - Um senhor moreno deixou-lhepago umabebida à suaescolha.O quea senhoritavai querer? Sorriu satisfeita. Seu cavaleiro negro mostrara-se um cavalheiro. Pediu uma garrafa de Don Perignon 55, com uma cereja em uma taça, e foi prontamente atendida. Então, abriu o livro e, no restante da página onde escrevera o começo de um poema, havia um nome, um endereçoe um telefone. Com uma observação: EM CASO DE RECLAMAÇÃO,DIRIGIR-SEA ESTE ENDEREÇO! Rasgou o restante da página onde estava escrito o bilhete, dobrou com cuidado ecolocoudentroda bolsa. Na próxima página embranco,escreveu: "Derepentemepegoa pensar Na maciezdosseuslábios Na quentura da sua boca Eassim...Vou vivendo. Vivendoesonhando Sonhando empoder acariciá-lo eenvolvê-loemmeusabraços... Envolvê-lodetal maneira, quefiquetão entrelaçado... Ao ponto denão saberdistinguir aonde começaum corpo Etermina ooutro." AS CRÔNICAS DE MONA09
  • 16. Aprontando-se para festa "Seuolharsedutor Suas mãosexperientes Sua boca quente Seutórax deaço Quando meenvolvenum abraço Seusexofremente Quando mepossuiardentemente Seugosto...Ah!Seusabor..." Tudo indicava que a festa marcada para logo mais à noite, naquele sábado, com um grupo de amigas, tendia a dar em água. Chovera o dia todo e entrava pela noite. E é em noites como essa que Mona se liberta em fantasias molhadas, conhecendocada canto obscurodeumacidadequesó existeemseusdevaneios. Mas não iria desistir tão fácil. Marcara com sua amiga Lady para que ela a pegasse de carro em casa, já que o seu sempre estancava em dias de chuva. Lady, mais descolada em situações de emergência, prometera levar um cabeleireiro com todo seu aparato para a casa da amiga. Trocaria de roupa lá mesmo na casa de Mona e ambas, de penteados feitos, seguiriam para a festa, evitando assim molhar as madeixas. O toque da campainha indicava que a amiga acabara de chegar. Abriu a porta do seu pequeno - porém, bem mobiliado - apartamento dando passagema Ladyeseucabeleireiroa tiracolo.Beijaram-senas facesalegrementee a amiga apresentou Mona ao rapaz. Seu nome era Jarbas, aparentava uns trinta e cinco anos, moreno, bonito, mãos grandes demais para um cabeleireiro, mas bem cuidadas. Porte atlético, tórax perfeito visível através da camiseta apertada, AS CRÔNICAS DE MONA10
  • 17. branca, quevestia.Mas...comumjeitinho afeminado. Mona deu um sorriso malicioso para a amiga, que a puxou a um canto, enquanto o moreno ajeitava suas ferramentas numa mesinha própria de salões de beleza. Ganhara da irmã, também cabeleireira, mas que casara e abandonara a profissão. Lady cochichou-lhe ao ouvido que, apesar das aparências, Jarbas era um bom amante e até já fora garoto de programa. Utilizara-se algumas vezes dos seus dotes, quando não tinha ninguém mais interessante à mão. Mona fez uma cara de incredulidade,olhando desoslaio para o rapaz, quenão escutaraa conversadelas. Conhecera Lady (ou Lady M, como gostava de ser chamada) num encontro de poetas amadores, e desde então teceram uma sincera amizade. Algumas vezes saíram juntas a encontros com namorados, que sempre terminavam em orgias. umas vezes, um bom swing. Outras, cada uma com o seu homem num quarto de motel. Lady, por ser mais desinibida, saía-se sempre melhor que ela com seus pares.Masnão tinha invejada amiga. Como a Lady trouxera o profissional, teve direito a ser a primeira a arrumar o cabelo. Mona, então, sentou-se em uma poltrona, pegou um livro com páginas em branco e uma caneta bem feminina. E se pôs a pensar no que escrever, para passar o tempo, enquanto a amiga era cuidada por Jarbas, que já se punha a lavar as longas madeixas de Lady. Essa ainda conversou um pouco sobre assuntos triviais, depois fechou os olhos e a boca, de modo a não entrar produtos de lavagememambos. Aí veioa inspiração... Estava a escrever uns versos naquele livro de capa de couro, bem surrada, tendo escrito sobre a capa o título ainda legível: Os Contos de Mona. Adorava escrever poesias, mas nunca conseguira completar nenhum poema que escrevera naquele livro.E tambémnão seriadessavez... Nem bem terminou algumas frases do poema que acabara de ter uma inspiração olhando para a figura de Jarbas entretido em lavar os cabelos da amiga, quando ouviu um gemido abafado. Olhou para Jarbas e o viu ficar teso, olhos fechados e cabeça levantada numa expressão de prazer. Foi quando viu o porquê: Lady desabotoara as calças brancas do rapaz e já sacara seu instrumento de prazer de dentro da cueca. Tinha-o nas mãos, alisando-o com carinho, bem devagar. Jarbas estava de pé na frente dela, um chuveirinho na mão direita e um frasco de xampu na outra, e deliciava-se com as carícias de Lady. Ela estava sentada quase na ponta da cadeira de lavagem, masturbava suavemente o pênis dele com as duas mãos, tendo seu rosto quase tocando aquele monumento pulsante e cheio de veias salientes. Mona não acreditava no que estava vendo. A amiga podia muito bem APRONTANDO-SE PARA FESTA11
  • 18. tê-lo aproveitado antes de chegar ali. Não se sentia bem com aquela cena dentro da sua própria casa. Mas Lady estava entretida, nem parecia dar pela presença de Mona... Jarbas soltou um gemido mais intenso. Lady acabara de colocar seu membro na boca, lambendo-o devagar na glande intumescida. De vez em quando, engolia-o até a metade, brincava com ele na boca, voltando a massagear a glande com a língua. Mona sentiu os seios ficarem excitados, os mamilos começaram a roçar a blusa, incomodando-a um pouco. E subiu um calor de repente, ao ver aquela cena inesperada. Levantou-se de um salto e tirou a blusa de malha que vestia, ficando apenas de short branco, não muito curto. Aproximou-se por trás de Jarbas e tocou com os seios nas costas dele. Ele soltou o chuveirinho e o frasco de xampu, voltou a cabeça de lado e a beijou na boca, ainda gemendo com as carícias de Lady. Mona tratou de tirar a camisa dele, descobrindo assim um tórax perfeito, enquanto Lady cuidava de baixar-lhe as calças, junto com a cueca, e ambas o deixaramcompletamentenu. Lady levantou-se e ele a ajudou a tirar toda a roupa. Depois abraçou-se a ela, beijando-a com sofreguidão. Mona também o abraçou por trás e se pôs a beijar sua nuca, sua orelha, descer por entre as costas, deixando-o todo arrepiado. Depois foi baixando e abriu-lhe as pernas, colocando sua mão por entre elas, pegando em seu pênis lá na frente. Fez alguns movimentos com a mão até sentir que lady encaixava seu corpo no dele, procurando ter a glande tocando a entrada do seu sexo. Mona ajudou seu intento, encaixando o membro do rapaz, mesmo sem ver direito o que se passava à frente dele. Sentiu quando o pênis entrou um pouco na vagina de Lady, que estava em pé diante de Jarbas, ainda beijando seus lábios, mordiscando-os, passando a língua nas suas faces. Então, Mona separou um pouco as nádegas de Jarbas com ambas as mãos e passou a lamber seu botão. Elefezummovimentobruscocoma bunda, maslogo relaxou. Enquanto tinha seu ânus lambido, sugado, chupado por Mona, Jarbas inclinara Lady e lambia seus mamilos, sem deixar que seu pênis escapasse da vulva dela. Agarrou-a com força pelas nádegas, puxando-a para si, e lambeu-a toda, dos seios até o pescoço, de vez em quando mordiscando o lóbulo da sua orelha. Lady pressentiu seu gozo chegando muito rápido, e não queria isso agora. Retirou o membro de dentro de si, baixou-se e colocou-o de novo na boca, massageando suas bolas com uma das mãos. Jarbas esticou um braço para trás e segurou a cabeça de Mona, pressionando sua boca contra o ânus dele. Estava gostoso ser atacado pelas duas, em ambos os lados. Lady retirou o pênis de sua boca, virou um pouco o corpo do cabeleireiro, de modo a oferecer o instrumento de prazer à boca de Mona. Ela engoliu-o de uma vez, até o talo, e ele deu um gemido alto de AS CRÔNICAS DE MONA12
  • 19. prazer. Lady molhou o dedinho com um pouco de xampu e massageou o buraquinho de Jarbas, mas sem introduzir. Ele baixou-se um pouco e a beijou na boca, como se desse a permissão para ela continuar. Mona retirara o pênis dele da boca e batia com ele no rosto, nos seios e no rosto outra vez. O membro ficava cada vez mais duro. Aí ele, num ímpeto, agarrou Mona com um dos braços e Lady com o outro, e jogou ambas no sofá espaçoso. Imediatamente, apoiou Mona de quatro, ajoelhada no chão e encostada no assento do sofá, e depois fez com que Lady ficasse também de quatro, apoianda nos joelhos sobre o assento do sofá, pernas bem arreganhadas, por cima de Mona, como se uma estivesse enrabando a outra. Mas na verdade, o que ele queria mesmo era produzir uma escadinha,como elaslogo notaram... Ambas estavam postadas numa posição em que Jarbas podia ter acesso, com seu pênis, às duas. A vulva e a bundinha de ambas ficaram expostas e empilhadas bem juntas, e ele lubrificou a glande com xampu, depois colocou um pouco no buraquinho de cada uma, untando-os bem. Lady apoiou-se bem no encosto do sofá, de modo a não espremer a amiga e esperou ser a primeira a ser possuída. De fato, Jarbas enfiou aquele membro duro primeiro na bundinha dela, fez alguns movimentos, retirou seu pênis e enfiou, dessa vez, no buraquinho de Mona. A estocada em Mona foi mais profunda, e ela gemeu alto, adorando aquele jogo. Depois, ele retirou o pênis do rabinho de Mona e enfiou-o na vagina de Lady, só pra depois revezar, introduzindo seu pênis na vulva de Mona, até pressentir que ambas estavam pertodeterumorgasmo. Mona foi a primeira a chorar de prazer, gemendo baixinho que ia gozar. Lady ficou excitada e aumentou o ritmo dos movimentos com a bunda, quando era sua vez de engolir o monumento do rapaz. Agora ambas passaram a mão sob o corpo, de modo a friccionar seu próprio clitóris, enquanto Jarbas revezava as estocadas apenas no orifício lubrificado e escorregadio delas. Lady sentiu o gozo se aproximar de novo e pulou de cima de Mona, ficando ajoelhada no chão e se masturbando mais freneticamente, de pernas abertas. Mona imitou a amiga, deixando de debruçar-se sobre o sofá e ajoelhando-se no carpete do aposento, ficando uma ombro a ombro com a outra. Jarbas Ofereceu seu pênis, encostando-o no rosto de Lady, que o pegou com uma das mãos e levou-o à boca, sem deixar de masturbar-se, cada vez mais depressa. Mona também abocanhou aquele pênis molhado do lado oposto onde Lady o lambia, e ambas ficaram passando a língua e mordiscando, fazendo daquele volume sanduíche. Enquanto uma colocava a glande na boca, a outra mordiscava e chupava as bolas. Depois revezavam, levando Jarbas à loucura. Então um estrondo se fez ouvir, justamente na hora que Jarbas ejaculava o APRONTANDO-SE PARA FESTA13
  • 20. primeiro jato. O susto fez Mona abocanhar aquele membro volumoso, quase mordendo-o sem querer. Mas logo que perceberam tratar-se de um trovão repentino, ambas voltaram a colocar aquele membro, juntas, na boca, cada uma procurando sugar uma quantidade maior de esperma. Um novo trovão, dessa vezmaispossante,tirouMona do seutranse... Ainda meio aérea, ouvia a voz da amiga bem distante, mas não conseguia entender o que Lady dizia. Procurou sair do seu torpor e apurou a vista. Viu Lady com seu livro da capa de couro e uma caneta nas mãos, e finalmente percebeu que ela dizia ter pego seu “caderno” para escrever um poema para Jarbas, já que a amiga havia cochilado. Lady adorava escrever textos eróticos, e a chamava para ler o que escrevera, já que não podia ir até ela, pois Jarbas estava agora penteando seus cabelos. Tentou levantar-se, vendo que a cena não tinha nada a ver com o que fantasiara, pois ambos estavam devidamente vestidos. Mas ficou tonta e desistiudesairdo sofá. Pediupara a amiga lero poema emvoz alta: “Seuolharsedutor Suasmãosexperientes Sua boca quente Seutórax deaço Quando meenvolvenum abraço Seusexofremente Quando mepossuiardentemente Seugosto...Ah!Seusabor...” APRONTANDO-SE PARA FESTA14
  • 21. A Viuva Virgem "Nosilênciodoscorpos Calor queexala Fustigando pensamentos Açoitando desejos" Conhecera-o num desses sites de relacionamentos, cerca de um ano atrás. Ele dissera ser do Mato Grosso do Sul, fazendeiro abastado, mas solitário. Começaram trocando emails, depois passaram a se falar todos os dias pelo MSN. A partir daí foram ficando cada vez mais íntimos, até que ele fez o convite inesperado:quercasarcomigo? Mona tinha um carinho especial por ele, mas não o amava! Disse-o com todas as letras. Mas ele insistia que, depois de casados, ela passaria a amá-lo. Tinha tanta certeza disso que Mona resolveu não mais frustrá-lo. Entrou no jogo e passou a participar do sonho dele, a incentivá-lo quando ele lhe falava da grande festa que seria o casamento. Mona respondia a todas as perguntas dele sobre como queria que fosse a cerimônia, o buffet e todas essas coisas que compõem casamentos de ricos. Tanto sonharam juntos, que Mona passou a gostar dele de verdade. Ela nunca havia casado, e intimamente não era chegada a essas pompas. Sempre dizia que, se um dia casasse, seria numa ilha deserta, apenas o padre como testemunha. E mesmo assim, esse seria enxotado no momento que terminasse o casório. Queria apenas estar a sós com o seu amor, num paraíso encantado... Aí, recebeu a notícia que ele havia sofrido um acidente. Caíra do cavalo e estava bem machucado. Queria que Mona estivesse com ele nesses tempos de convalescência, e pediu para que providenciassem sua passagem de avião para o AS CRÔNICAS DE MONA15
  • 22. Mato Grosso do Sul, especificamente a cidade de Campo Grande. E depois de duas longas jornadas, uma de avião outra de carro por terras pantaneiras - esta guiada por um dos empregados da fazenda que fôra recebê-la no aeroporto - Mona finalmentechegouà fazenda do seupretendente... Enfrentara uma chuva forte no meio do caminho, e a viagem de carro se estendeu pelo início da noite, ainda chuvosa. E é em noites como essa que Mona se liberta em fantasias molhadas, conhecendo cada canto obscuro de uma cidadequesó existeemseusdevaneios. Chegaram por volta das nove da noite. Foi bem recebida pelos empregados da fazenda, todos curiosos pra conhecer a noiva virtual do patrão. Mas nem quis ver quais seriam seus aposentos, fez questão de primeiro falar com seu noivo. Levaram-na até o quarto dele mas, chegando lá, encontrou-o dormindo profundamente. Acomodaram-na numa cadeira de estilo colonial ao lado da cama, e ela estava decidida a esperar que ele tivesse a surpresa de despertar tendo-a ao seu lado. Ficara com apenas uma valise bem feminina, enquanto uns empregados providenciaram levar o resto da sua pequena bagagem para o quarto onde iria ficar, naquela casa enorme. Abriu a valise, retirou um livro encapado de couro surrado, onde se lia o título Os Contos de Mona, e estava resolvidaa escreveralgunspoemas aguardando seuamado acordar... Nem bem escrevera algumas palavras, ouviu ele tossir forte e insistentemente, descobrindo-se um pouco, mas sem abrir os olhos. Depois aquietou-se, voltando a dormir pesadamente. Foi quando Mona pôde observá-lo melhor. Conhecia-o apenas por fotos e por imagem da web cam que usavam em suas conversas online. Tanto ele quanto ela usavam câmeras nas conversações, e ele sempre foi tímido em se mostrar, mesmo quando ela insistia em querer vê-lo pelado. Já ela, sempre fora desinibida, e até havia se masturbado algumas vezes para ele diante da cam. Divertia-se vendo seu jeito excitado de se comportar ao vê-lacomtanta intimidade.Então,olhou melhorpara o seurostoadormecido... Milton tinha quarenta e nove anos, um pouco calvo, mas de rosto bonito, de traços bem másculos, emoldurado por uma barba rala, por fazer. Puxou levemente o lençol e descobriu um torax perfeito, sem indícios de barriga indecente. Foi quando notou um volume sobre o lençol. Parou o olhar naquela protuberância, com vontade de descobrir o corpo dele alí, mas temerosa de que alguém aparecesse de repente. Olhou para trás e viu que a porta estava encostada. Levantou-se de mansinho e foi até a porta, girando a chave que estava nela, trancando-a. Depois fechou as cortinas, bem devagar, das amplas A VIUVA VIRGEM16
  • 23. janelas do quarto, de modo a não ser vista por quem passasse por ali. Só então descobriutotalmenteseubelo adormecido,comcuidadopara elenão acordar... A primeira coisa que notou maravilhada foi aquele membro viril, totalmente ereto, medindo cerca de vinte centímetros. Pegou-o com cuidado e o beijou suavemente por toda a sua extensão. Como ele não se mexeu, continuou as carícias, agora na glande. Arregaçou o prepúcio e lambeu a cabecinha várias vezes, depois iniciou um sensual boquete, cada vez mais engolindo aquele membro, até que seus lábios finalmente tocaram o saco, o pênis todo encaixado na sua boca, adentrando a sua garganta, fazendo-a quase engasgar. Parou um pouco eolhou pro rostodele.E percebeuumsorriso... Mona também sorriu de contentamento. Seu belo adormecido havia acordado, mas permancera quietinho, absorvendo as carícias dela. Então resolveu entrar no jogo. Não iria falar com ele, não iria "acordá-lo". Mas daria todo o prazer que guardara por esse tempo todo, por estarem distantes um do outro. Retirou toda a roupa e sentou-se na beirada da cama, voltando a colocar aquele monumento de prazer na boca, enquanto sua mão masturbava-o suavemente também. Ele ajeitou-se no travesseiro, olhos ainda fechados, sorriso mais aberto nos lábios. Então ela procurou uma posição melhor, de quatro ao lado dele, e começou a tocar-se suavemente enquanto sua boca descia e subia, engolindo aquele membro viril e quente, masturbando-o com os lábios e masturbando-se com seusdelicadosdedinhos,também.Elegemeu... Mais rápido do que esperava, Mona sentiu um calor subindo pelo seu corpo e pressentiu que logo iria gozar. Retirou aquele membro pulsante da boca, passou uma das pernas sobre o belo adormecido e ficou de joelhos sobre ele. Então, com suas mãozinhas delicadas, segurou o pênis do amado e apontou a glande para a entrada da vulva encharcada, já trêmula do gozo que se aproximava. Sentou-se depressa naquela virilidade pulsante e quente, e começou a fazer movimentos com os quadris. Mas por mais que tentasse, o pênis não conseguia penetrar na sua vulva carente. Ora subia e descia, ora mexia num rebolado gostoso, até sentir todo seu corpo estremecer, sua boca ficar seca, seu ventre ter contrações, iniciando um orgasmo alucinante, crescente, delirante. Mas a glande não ultrapassava os pequenoslábios... Milton agarrou-a pela cintura, de olhos já abertos, urrando de prazer. Estremeceu todo o corpo, sentando-se e agarrando-se a Mona num abraço apertado, gozando na entrada da sua vagina, o esperma escorrendo entre as coxas de Mona, descendo entre suas nádegas, ela sentido aquele líquido viscoso AS CRÔNICAS DE MONA17
  • 24. e quente tocar-lhe o botão que piscava de prazer. Fora a melhor "gozada nas coxas" que já experimentara. Caiu prostrada sobre Milton, que voltara a encostar a cabeça no travesseiro após o último espasmo. Beijou a boca dele sofregamente, procurando sua língua. Foi quando percebeu que ele não reagia. Afastou-se dele e olhou para o seu rosto. Milton tinha os olhos arregalados, a boca abertadeuma forma anormal. Mona entrouempânico... Mesmo nua, correu até a pota, abriu-a e desembestoupelos corredoresgritando por socorro. Duas caseiras acudiram, sem dar a mínima importância por ela estar despida. Acorreram ao quarto e tentaram reanimar o patrão. Enquanto uma fazia respiração boca-a-boca, a outra dava pancadas em seu peito, tentanto reanimaro coração.Masfoi tudoemvão... As duas mulheres olharam para Mona, consternadas. Não havia mais o que fazer. Fecharam seus olhos e cobriram seu corpo, o pênis ainda duro, um cheiro de sexo no ar. Mona levou a mão à boca, sufocando um grito. Seu coração começou a bater descompassado. Sua visão ficou turva e suas pernas cederam. E finalmenteelacaiuno chão,desmaiada... Acordou sentada na cadeira em estilo colonial, a mesma que estivera desde que chegara ao quarto de Milton. Levantou-se tomada de susto e correu para ele, deitado na cama, olhos fechados, ressonando suavemente, num sono tranquilo. Olhou para si mesma e estava vestidado mesmo jeito quechegara à fazenda. No chão, aos pés da cadeira onde estivera sentada, o livro aberto em qualquer folha em branco e a caneta caída ao lado. As cortinas das janelas estavam abertas, a porta continuava do mesmo jeito que deixaram. Tudo como deveria estar. A única diferença era o poema escrito no livro em uma das páginas que antes estiveraembranco: "Nosilênciodoscorpos Calor queexala Fustigando pensamentos Açoitando desejos” A VIUVA VIRGEM18
  • 25. Viagem ao Paraiso "Peloscaminhosdo meuser Umanjo apareceu-mesemaviso Encheu-medepecados comprazer Mostrou-me comoéoParaíso" Três dias. Teria que ficar três dias sem carro, segundo o mecânico que deu uma olhada no seu. As chuvas tinham danificado seriamente o motor, e agora teria que se virar andando de ônibus. Detestava andar de ônibus, principalmente porque sua profissão de advogada exigia que trabalhasse ao menos de blazer, o que tornaria o calor insuportável dentro de um ônibus com as janelas todas fechadas por causa das chuvas. E como estava em contenção de despesas, depois de trocar todo o mobiliário da sua sala, não iria sobrar grana pra estar andando,trêsou quatrovezespor dia, detáxi... Resignou-se a pegar um "bus" de volta para casa. Adiara seus compromissos para um outro dia. Queria mais era descansar, tomar um banho de piscina, relaxar. Mas nem por sonho entraria na piscina do seu prédio depois de uma semana chuvosa. A água deveria estar podre! Contou os trocados que tinha, tirou a sombrinha dobrável que estava dentro da valise, e saiu da oficina resoluta a atravessar a rua e pegar um ônibus de volta para casa. Em pouco tempo anoiteceria, pois o céu nublado escurecia mais ainda a tarde, até poucos minutos atrás,chuvosa... Na parada de ônibus, um grupo de mulheres e homens evangélicos cantavam aquelas musiquinhas que tanto detestava. Mas ignorou-os, doida que seu ônibus viesse logo. E ele veio. Fehou e guardou a sombrinha e subiu no coletivo, antes que qualquer um do grupo passasse na sua frente, pensando em conseguir uma AS CRÔNICAS DE MONA19
  • 26. cadeira desocupada. Mas o ônibus estava quase vazio, então não teve dificuldade nenhuma em sentar-se. O grupo de evangélicos subira logo atrás dela e, pro seu azar, aglomeraram-se em volta da poltona onde estava sentada. Fez uma cara de quem não gostou, mas não estava disposta a perder a esportiva. Porisso retirou da sua valise, de design bem feminino, um livro com capa de couro e uma caneta, e resolveu rabiscar algumas linhas. Adorava escrever poemas para passar o tempo. Foi quando sentiu algo volumoso encostar no seu ombro... Um rapaz jovem, aparentando uns vinte e cinco anos, no máximo, metido num paletó preto elegante, parara perto dela e encostara displicentemente o membro em seu ombro. Podia sentir, pela protuberância, que ele estava excitado. Olhou- o com cara de poucos amigos e ele mostrou os belos dentes num sorriso afoito. E ainda teve a ousadia de pedir para ela segurar um livro grande e negro que tinha nas mãos. Tratava-se de uma Bíblia evangélica, novinha em folha. Meio a contragosto, pegou o livro sagrado e colocou-o no colo. Mas o sujeito não parava defazerpressãocomo pênisvisivelmenteexcitadono seuombro... E parece que sentia prazer em atrapalhá-la de escrever no seu livrinho de páginas em branco, tendo estampado na capa de couro o título Os Contos de Mona. Empurrava-lhe o ombro com o pênis ereto dentro das calças, todas as vezes que ela tentava escrever alguma linha. Isso irritou-a e, correndo todo o coletivo com o olhar, avistou uma poltrona vazia. Entregou gentilmente o livro ao rapaz e levantou-se, disposta a trocar de lugar. Mas uma das evangélicas do grupo foi mais rápida, e passou à sua frente, quando percebeu que ela ia sentar na outra cadeira. Quis voltar para onde estivera sentada, mas alguém já tinha tomado seulugar... Frustrada, foi um pouco mais para a parte da frente do coletivo e postou-se de pé perto de um senhor que estava sentado em uma das poltronas. O ônibus lotara um pouco mais, e ela resolveu guardar o livro e a caneta, que ainda tinha nas mãos. Foi quando sentiu alguém encostar perto dela, roçando seu corpo suavemente. Olhou para trás e, espantada, viu tratar-se do mesmo rapagão que a estava incomodando antes. Fez uma cara de impaciência, respirou fundo, e resolveu relaxar. Não iria causar um escândalo logo no primeiro dia que tinha queandar deônibus... Aí o rapagão, vendo que ela não fugira dele novamente, pareceu tomar mais coragem. Em sua afoiteza, encaixou-se bem atrás dela. Mona sentiu seu volume fazer pressão bem entre suas nádegas. Inclinou o corpo mais pra frente, quase VIAGEM AO PARAÍSO20
  • 27. encostando no senhor que estava sentado diante dela, mas o garotão encostou mais, deixando-a sem poder se esquivar. Então, resolveu dar-lhe uma lição. Escorregou a mão para trás de si e tocou no volume por fora das calças, procurando tocar-lhe os textículos. Ele respirou fundo e aproximou-se mais dela, para facilitar-lhe o intento. Então, inadvertidamente, ela segurou-lhe as bolas e apertou com força, esperando ouvir seu grito rouco. Ele exalou um pouco de perfume do corpo, ao sentir a dor, mas segurou firme, sem gritar. Inesperadamente,beijou-lhea nuca.E Mona arrepiou-setoda... Ela quase que solta um gemido de prazer com aquele beijo. A nuca era um dos seus pontos mais sensíveis. Subiu-lhe um calor de repente. Diminuiu a pressão nos textículos dele. O senhor sentado à sua frente pediu-lhe a valise e a pôs no colo. Mona soltou o saco do rapaz e segurou-se nos cabides do ônibus. E abriu mais as pernas. O garotão afastou-se um pouco, depois voltou a encostar atrás dela.Mashavia, então,algo diferente... Mona percebeu que o garotão havia aberto o zipper da calça e colocado seu pênis para fora. Depois, com uma das mãos, procurou levantar a saia dela na parte traseira, escondendo seu membro por debaixo da saia. Foi mais além: meteu a mão entre as pernas dela, enfiou o dedo pelo fundo da calcinha e, com uma habilidade espantosa, rompeu a costura que unia a parte da frente da de trás da peça, fazendo dela uma espécie de saia. Então mona sentiu a glande dele encostar na entrada da sua vulva, que já estava bem molhadinha. Meneou o corpo, ajeitando-se melhor, e o pênis dele entrou suave na sua vagina. Mona gemeubaixinho... Ela fechou os olhos se deliciando com a ousadia do rapaz. Porisso não viu quando o senhor que pegara sua valise olhou para cima, encarando-a. Ele percebeu a expressão de prazer dela e olhou para baixo, à altura dos seus quadris. Aí compreendeu imediatamente o que estava acontecendo. Percebeu que o rapaz estava olhando todo desconfiado para ele, então piscou-lhe um olho. O garotão retirou o pênis da vagina de Mona. Mas não deu nem tempo dela ficar frustrada: imediatamente encaixou a glande bem entre as nádegas dela, que gemeu baixinho de novo, empinando a bundinha mais para trás, de forma a melhorar o encaixe. Foi quando sentiu uma mão áspera entre suas pernas... Mona arregalou os olhos e olhou para baixo, encontrando um sorriso sacana na cara do senhor que estava sentado perto dela. Ele piscou-lhe um olho, e não tirou a mão dali. Muito pelo contrário, encaixou um dedo na vagina dela. AS CRÔNICAS DE MONA21
  • 28. Devagar, mas com firmeza. Quando ainda pensava numa reação, o garotão enfiou de vez seu membro todinho no botãozinho estreito dela. Olhou em todas as direções, para dentro do ônibus, mas as pessoas pareciam não estar vendo a sua estripulia. O grupo de evangélicos, desfalcado do rapagão, entoava cantos em voz alta. Mona fechou novamente os olhos, abriu mais as pernas, e deixou-seserinvadida por todosos lados... Cada solavanco que o coletivo dava, era um gozo que ela experimentava na frente ou atrás. Prendeu bem os lábios, mordendo-os, para não gritar e chamar à atenção. Sentiu dois dedos dentro da sua vagina, bem profundamente, e o pênis duro e quente do garotão mais profundamente ainda, nas suas entranhas. Se a Bíblia pregava um Paraíso, ela acabara de encontrá-lo. Foi quando percebeu uma movimentação intensa dentro do ônibus. O coletivo parara, e todos desciam compassadamente. O coroa retirou os dedos de dentro dela. Mona prendeu aquele pênis gostoso dentro de si, de modo a não ficar também sem ele, mas o garotão retirou-o de dentro dela, de um único puxão, fazendo-a perdero equilíbrio.Caiu sentadanumapoltrona vazia... Estava trêmula, não conseguia nem pensar direito. Fechou os olhos e encostou a cabeça na parte de trás da poltrona à sua frente, de modo a recuper o fôlego. Não sabe precisar quanto tempo ficou assim. Foi despertada pelo toque do motorista do coletivo, em seu braço, perguntando se ela não iria descer. Passara da sua parada e chegara ao terminal da linha. Todos haviam descido, inclusive o jovem e o coroa hábil nos dedos. Perguntou quando sairia o próximo ônibus e resolveuesperá-losentadanumbanco depedraquehavia no terminal. Já era noite. Pegou novamente o livro de capa de couro e a caneta, e pôs-se a rabiscar algumas linhas. A chuva voltou a cair, esfriando mais ainda a noite. E é em noites como essa que Mona se liberta em fantasias molhadas, conhecendo cada canto obscurodeumacidadequesó existeemseusdevaneios. Em uma das páginas em branco do livro, Mona escreveu com um sorriso quase angelical: "Peloscaminhosdo meuser Umanjo apareceu-mesemaviso Encheu-medepecados comprazer Mostrou-me comoéoParaíso" VIAGEM AO PARAÍSO22
  • 29. Pague Um, Leve Dois Nunca havia comprado nada pela Internet. Não confiava na eficácia do serviço. Mas com as últimas chuvas que caíram, e com o contratempo do carro de molho lá na oficina, resolveu arriscar. Entrou num site de um supermercado das redondezas, encheu o carrinho de compras virtual, e se dispôs a esperar que touxessem seus produtos em casa. No meio da tarde, ligaram confirmando o pedido online, o endereço, e prometeram entregar dentro de uma hora. Mas já se passara quatrohoras... Tentara ligar várias vezes para o telefone que havia no site do supermercado, para cancelar as compras, mas só dava ocupado. Entrou na rede para fazer o cancelamento online, quando escutou o interfone chamar. O porteiro avisava que havia alguém entregando umas compras, se podia deixar subir. Autorizou. Esperou um pouco e foi até à porta, justamente na hora que a campainha tocou. Abriu e deu de cara com um moço bem apessoado, de gravata, mas sem paletó. Camisa de mangas longas dobradas até o cotovelo. No crachá, indicava queele era gerente. O moço sorria de maneira muito simpática. Explicou para ela que os entregadores haviam tido problemas por conta das chuvas, então ele mesmo aproveitara que o endereço era caminho e viera pessoalmente entregar suas compras. Mona agradeceu a gentileza e olhou com mais atenção o espécime masculino à sua frente. Apesar de mais jovem que ela, tinha um semblante tranquilo, característica de quem está acostumado a comandar. Pediu para ele colocar as sacolas à porta, mas ele fez questão de levá-las até perto do armário, se ela não se importasse. Claro que não se importou. Até ofereceu-lhe um cafezinho... João não era desses que ficavam acanhados. Baixou as compras perto do armário, pegou a xícara de café fumegante que lhe era oferecida e sorveu um pouco, AS CRÔNICAS DE MONA23
  • 30. elogiando o sabor. Não quis sentar, então permaneceram conversando sobre vendas online, enquanto ela guardava alguns produtos. No entanto, em uma das vezes que Mona baixou para pegar uns pacotes na sacola que estava no chão, levantou-se de forma inesperada e esbarrou em João, derramando todo o café em suas roupas. Ele deu um pulo tentando afastar a camisa molhada de café fumegante do corpo, pra não se queimar. Ela tentando ajudá-lo, mas de forma desastrada, acabando por fazê-lo derrubar a xícara no chão, espatifando-a. O que fazernumahora dessas...? Pediu para ele tirar a roupa. Iria lavá-la e enxugá-la a ferro. Era a única forma de se desculpar. Por mais que ele dissesse que não seria preciso, ela insistiu. Ele acabou cedendo. Indicou-lhe o banheiro e pediu que ele fosse para lá, enquanto ela pegava um roupão para que ele vestisse enquanto suas roupas secavam. Foi até seu quarto, pegou o roupão mais cheiroso e veio com ele nas mãos. A porta do banheiro estava entreaberta e ela entrou sem bater. Deparou-se com um dos mais belosnusmasculinosquejá vira... João tirara toda a roupa, até a cueca, e tentava lavar as partes manchadas de café das suas roupas no lavabo. Costas largas e peludas, bunda bonita, pernas grossas... Um deus grego. Mona ficou sem palavras, olhos fixos naquela figura masculina. Largou sem perceber o roupão no chão, fazendo João voltar-se para ela. Mas ele não se acabrunhou em estar despido, agia naturalmente. Abaixou-se e pegou o roupão. Mona retirou-o da sua mão e jogou-o de volta ao solo. E atirou-se nos braçosdele. Beijava-o sofregamente, enquanto ele se apressava em tirar-lhe toda a roupa, jogando-as também no chão. Abraçaram-se fortemente e ele baixou uma das mãos, encaixando-a entre as pernas de Mona. Ela levantou uma das pernas, dobrando o joelho, e ele penetrou-lhe dois dedos de uma só vez, pressionando a vulva por dentro. Por sua vez, Mona pegou seu pênis duro e massageou devagar, de leve. Ele baixou a boca e lambeu-lhe um dos seios, causando um arrepio de prazernela.Abocanhou o outroseio,tirando-lheumgemidorouco... Mona apontou o pênis para a entrada de vagina e João encaixou-o mais que depressa. Deu algumas estocadas, segurando uma das pernas dela rente à cintura. Depois deu um pequeno salto e abraçou com as duas pernas a cintura dele, sem perder o encaixe dos sexos. Ele voltou a beijar sua boca com volúpia, apalpando suas nádegas, arreganhando a bunda dela. Depois enfiou um dedo no seu ânus, fazendo-a dar um gritinho de prazer. Caminhou com ela abraçada à sua cintura, sem parar de enfiar-lhe o dedo no buraquinho agora já mais relaxado. Até sentar- se na privada, que estava com a tampa arriada. Mona agarrou-se ao seu pescoço e PAGUE UM, LEVE DOIS24
  • 31. cavalgou aquele membro todo atolado dentro dela. Aumentava cada vez mais o rítmo,quasepulando do seucolo. Estavam ambos alucinados, ele tentando seguir os movimentos dela de forma a não tirar o dedo do seu buraquinho. Ela deu um salto maior com os quadris, e o pênis dele saiu fora do seu sexo. Ela gemeu alto, frustrada, e pegou o membro com uma das mãos, recolocando-o dentro de si. Mas ao fazer o movimento com os quadris novamente, os sexos voltaram a desacoplar-se. Então, Mona ajeitou-se no colo de João, retirou o dedo dele de dentro do seu ânus e colocou o pênis devagar, ajustando-se a ele bem lentamente. Quando sentiu que o membro entrara um pouco, enfiou-se de vez até o talo, e ele se agarrou fortemente ao corpo dela, quase gozando. Sua respiração começou a ficar arfante, e Mona pressentiu que ele iria gozar logo. Perguntou se estava já perto, e ele fez um movimento afirmativo com a cabeça. Então ela levantou-se do seu colo, de pronto, e abaixou-se entre as pernas dele. Ele também fez um movimento com ambos os braços, e jogou-a de uma forma que ficaram em posição de meia nove. Ele sentado na tampa do vaso, ela tendo a boca no seu pênis, os braços dele em volta dassuascostasea boca na vagina molhada dela... João a agarrou mais fortemente pela cintura e ela, de cabeça para baixo, pressentiu que ele iria gozar. Aumentou o ritmo do boquete, tirando de João gemidos abafados por seu sexo na boca dele. Então ela começou a sentir o gozo se aproximando. Mamou mais freneticamente, querendo que João imitasse seu ritmo.Queriagozar igualcomele.E conseguiram... Foi um gozo tão intenso que que sua cabeça começou a girar. Sentiu João colocando-a na posição horizontal e depois sentando-a em seu colo, mas estava quase que totalmente desfalecida. Sentiu ele dar-lhe uns tapinhas de leve no rosto, tentandoreanimá-la,masa suavontadeeradormir,dormir,dormir... Acordou sobressaltada com o barulho do interfone chamando. Deu um pulo do sofá onde estivera deitada, jogando longe o livro de capa de couro, com o título cunhado sobre ela: Os Contos de Mona. Correu até o interfone e o porteiro avisou-a que ia subindo alguém a levar suas compras de mercado. Mais que depressa, apanhou o livro e a caneta do chão e, na primeira página em branco que encontrou,escreveu,semsepreocuparmuitocomasrimas: "Quevenhadebrinde emminhascompras Compensando minhaesperaeansiedade Umbelomoçodecrachá egravata Poissógozeipelametade” AS CRÔNICAS DE MONA25
  • 32. A Pequena Lista de Compras Finalmente seu carro saiu da oficina. Perdera uma tarde toda pressionando o mecânico, senão teria de passar o final de semana todo sem ele. Mas o céu carregado de nuvens negras indicava que a noite iria ser de chuva. São nessas noites que Mona se liberta em fantasias molhadas, conhecendo cada canto obscurodeuma cidadequesó existeemseusdevaneios. Estava cansada. Estivera andando de ônibus pra cima e pra baixo durante três dias, e não estava acostumada a andar de coletivos. A vida toda, nunca precisara. O trânsito estava engarrafado. Parara num sinal e já fazia um bom tempo que não conseguia avançar com o carro mais do que alguns metros. Teria que passar ainda numa padaria, comprar algumas coisas para passar o final de semana. E aqueletrânsitolentoestava-lhedando sono... Desceu do carro, resolvida a dar um pulo rápido na padaria que ficava do outro lado do cruzamento. Um guarda de trânsito estava empenhado em desfazer o congestionamento, não prestou atenção a ela. Teria que voltar rápido, antes que fosse sua vez de andar mais um pouco com seu carro. Apressou os passos, já vendo a padaria perto. Entrou no estabelecimento, um tanto esbaforida. Lá dentro,deparou-secom...Ninguém. O estabelecimento estava vazio. Não havia nenhum atendente, nem caixa, nem clientes. Era uma coisa estranha, como se aquele local estivesse em outra dimensão. Um silêncio anormal reinava. Mas todos os produtos, comuns a uma panificadora, estavam ali. Viu uns salgadinhos expostos sobre o balcão, dentro de recipientes de vidro, e deu vontade de comer um. Olhou em volta, para certificar-se de que ninguém a via, e abriu a tampa plástica do recipiente para pegarunssortidos.Foi quando ouviualguéma chamando. AS CRÔNICAS DE MONA26
  • 33. Virou-se, surpresa, e viu um senhor postado numa porta que dava acesso a uma das dependências da padaria. Chamou-a com um aceno, indicando que ela se aproximasse. Então, disse-lhe que todos os funcionários estavam em reunião, motivados pela demissão de uma funcionária do estabelecimento. Estavam dispostos a fazer uma greve, de modo a ela ser readmitida imediatamente. Mas se ela quisesse alguma coisa, eles poderiam atendê-la ali dentro mesmo, onde estavam reunidos. Mona olhou mais pro fundo do ambiente onde o senhor estava parado à porta, e viu um grupo de pessoas simpáticas, olhando para ela. Agradeceu a gentileza e quis ir embora, mas eles insistiram que ela deveria fazer seu pedido. Um jovem pegou-a pelo braço, fazendo-a entrar no recinto, onde se via todos os produtos que ela vira na entrada da padaria, expostos em bandejas detamanho médio,enfileiradasuma após outra.Cedeuà insistênciadeles... Recebeu da mão de um deles um saco plástico, e dispôs-se a pegar um pouco de salgados. Depois pegou outro saco e encheu-o pela metade de outro tipo, desta vez doce. Estava disposta a pegar um pouco de cada salgadinho e docinho diferente, pois adorava comer ingerindo alguma bebida quente. Se bem que a bebida que mais adorava era Don Perignon 55, principalmente se tivesse uma cereja na taça. Mas atualmente estivera difícil encontrar tanto a bebida quanto a cereja, então mudara seu hábito: passara a beber Campari misturado a um pouco de suco de laranja, com um pouco de gelo. Voltou-se para pegar mais um saquinho plástico, e percebeu que todos os funcionários estavam parados, olhando fixamente para ela. Alguns até com uma expressão libidinosa. Contou seis rapazes, fora o senhor que parecia ser o encarregado. Mas ele não tinha cara de ser o dono. Ficou cismada com a atitude daquele povo, e bateu-lhe um pânico repentino. E seu medo aumentou quando viu um deles abrindo o zipper, retirando de dentro das calças um pênis grande, já ereto. Soltou os saquinhos que tinha nas mãos e quis correr em direção à porta, mas foi barrada por um deles. Tentou gritar por socorro, mas agarraram-na por trás, tapando a sua boca com uma manopla enorme. Outro se aproximou e tentou puxar sua saia, mas ela empurrou-o com a perna. Ele caiu sentado e voltou com mais tenacidade, rasgando-lhe a saia de um único puxão. Mais dois se aproximaram, pegando cada um em uma de suas pernas, e logo sua calcinha de renda preta, novinha, foi rasgada também. O que parecia ser o encarregado ria às gargalhadas, dizendo que agora não precisariam mais que o patrão readmitisse a moça que trabalhava com eles. Mona seria sua substituta. Seu pânico aumentou quando um moreno, alto e forte, membro enorme, untou o pênis com farinha de trigo, aproximando-se dela com as calças arriadas. Seria o primeiro a estuprá-la. A PEQUENA LISTA DE COMPRAS27
  • 34. Tentou debater-se, mas em vão. Sentiu aquele pênis enorme, ressecado pela farinha, penetrar-lhe a vagina de um movimento só, fazendo ela gritar com força.Masa mão emsuaboca só deixousairumgemido. Suspensa por três homens, ela sentiu as estocadas do morenão, ávido por sexo. Ele urrava de prazer, metendo na sua vulva. Mas gozou muito rápido, deixando- a toda melecada de esperma e farinha de trigo. Aí, o morenão pegou-a por um dos braços e giraram-na no ar, deixando-a de bunda pra cima, cada um deles a segurando suspensa por um dos membros. Sentiu duas mãos abrirem suas pernas, os dois que as seguravam afastando-se um pouco, e dessa vez ela foi polvilhada com farinha. Untaram suas nádegas, passaram a mão entre elas, colocando um pouco da farinha branca no seu ânus. Um dedo grosso invadiu seu botãozinho, e ela gritou de dor. O grito saiu alto e forte, pois não havia mais ninguém tapando sua boca. Gritou de novo, com todos os pulmões, pedindo socorro.Maselessó faziam rir... Mona sentiu-se penetrada no ânus, mas dessa vez sem violência. Quase não sentira o pênis entrar, como se seu cuzinho estivesse bem escorregadio. Os movimentosqueseuagressorfazia, emestocadaslentaseprecisas,entorpeciam seus sentidos. Quis sentir algo e apertou o ânus, e ouviu um longo gemido, logo depois alguém pedindo para ela fazer aquilo de novo. Não estava disposta a repetir, mas seu corpo parecia não obedecer seu comando. Seu ânus piscou várias vezes, levando seu estuprador à loucura. Ele agarrou-se aos seus quadris, de modo a melhorar a posição e, assim, penetrá-la com mais voracidade. Aumentou o ritmo das estocadas, e Mona começou a sentir seu próprio gozo se aproximar.Masnegava-sea gozar numa situaçãodaquelas. Nisso, sentiu um pênis tocar-lhe o nariz. Mas não estava totalmente ereto, apenas meio bambo. Levantou a cabeça, na posição incômoda e suspensa em que se encontrava, e viu tratar-se do “encarregado”. Afastou o rosto, mas ele deu-lhe uma tapinha de leve, pedindo para ela chupar gostoso, de modo a completar a ereção. Outra tapinha mais forte seguiu-se, quando ela virou pro outro lado, cuspindo de nojo e raiva. Então, ele pegou o membro com uma das mãos e começou a bater de leve com ele no seu rosto, seu nariz, sua boca. E aos poucos o pênis foi crescendo e ficando duro, cheio de veias grossas, enorme. Ele untou o membro com um tipo de creme usado nas coberturas de pão-doce, e colocou a glande na boca dela. Ela fechou firmemente a boca, mais aí sentiu o gozo mais uma vez aflorando. Tentou evitar, mas o orgasmo veio total em seu buraquinho deflorado. Abriu a boca num gemido alto, sentido um prazer gostoso, como nunca sentira no ânus. Aí o “encarregado” aproveitou para AS CRÔNICAS DE MONA28
  • 35. enfiarseumembrona suaboca, queestava bemabertapelo gritodeprazer. Engasgou com aquele membro todo enfiado até a garganta, e quase perdeu o fôlego. Sentindo-a gozar, o que se aproveitava dela por trás aumentou o ritmo das estocadas, querendo gozar também. A cada estocada dele, Mona chupava o pau em sua boca, acompanhando o ritmo. Sentiu duas mãos pegarem em cada lado da sua cabeça, dando estocadas com aquele pênis grosso bem dentro da sua boca. Escutou gemidos de prazer de ambos os lados. Do agressor atolado na sua bunda, e do coroa copulando sua boca. O de trás foi o primeiro a gozar. Mona sentiu seu jato forte nas entranhas. Teve outro orgasmo ao sentir aquele líquido morno dentro de si. As mãos agarradas à sua cabeça aumentaram o ritmo dos puxões, fazendo sua boca chocar-se com violência no púbis dele, a glande invadindo sua garganta, sufocando-a, fazendo babar constantemente. Então, um jorro quente invadiu sua garganta. Ela gemeu de prazer. Ele afastou- se um pouco e ela passou a mamar aquele pênis grosso e babado com gula, arrancando gemidos do seu proprietário. Mas o estuprador atrás dela ainda não se satisfizera, e retirara o pênis do seu ânus e o colocara agora na sua vulva, voltando a darestocadaslentas. Enquanto um comia sua vulva por trás, os outros dois, que antes seguravam cada um em um braço seu, soltaram-na nas mãos do coroa, que acabara de se recompor do gozo na boca de Mona. O coroa pegou-a por baixo das axilas, mantendo-a suspensa, enquanto os dois se postavam na frente dela. Abriu os olhos e viu dois pênis, de tamanho médio, sendo masturbados por mãos ávidas. Os dois que a seguravam pelos braços, antes, estavam arfando à sua frente, as glandes quase tocando seu rosto, uma de cada lado. Abriu mais a boca, adivinhando o que viria. Quando sentiu que sua vulva estava às portas de um gozo, o primeiro jato de esperma molhou seu rosto. Ouviu o outro dizendo que agora seria sua vez, apressando a masturbação, e mais uma vez sentiu o líquido mais quente ainda acertar bem dentro da sua boca aberta. O primeiro continuava expelindo pequenos jatos de esperma em seu rosto, seu cabelo, seu nariz. Aí, sentiu outro orgasmo. Dois. Três. Outro mais intenso. E desmaiou de prazer... Acordou com o policial de trânsito gritando com ela. Não conseguia entender direito, aí ele bateu no vidro do carro com o nó dos dedos. Ela baixou o vidro e ele berrava mandando ela acordar, pois estava atrapalhando o trânsito. Aí percebeu porque não ouvira o policial: o barulho das buzinas dos carros atrás dela era ensurdecedor. Todos querendo seguir e o veículo dela, parado no meio da rua, impedindo a passagem. Pediu desculpas ao policial, deu partida A PEQUENA LISTA DE COMPRAS29
  • 36. imediatamente e atravessou o cruzamento. Olhou para o banco do passageiro, ao seu lado, e viu seu livro de capa de couro velho e um lápis sobre ele, deixando notar o título Os Contos de Mona, escrito em letras que já foram douradas. Numadas páginas,antesembranco,escreveracomgrafite: “Seispãesbemmorenos Quatropãesdocescomcobertura degoiabada Unssalgadinhos Umpacote defarinha detrigo Outrodefarinha derosca Umpão tabica, enorme” A PEQUENA LISTA DE COMPRAS30
  • 37. O Demonstrador de Produtos de Beleza Detestava atender televendas. Sempre a convenciam a comprar alguma coisa. Não tinha coragem de desligar o aparelho na cara de quem tentava lhe vender, e acabava comprando algo apenas para se livrar da voz irritante do outro lado da linha. Dessa vez não fora diferente. A moça a convencera a testar uma nova linha de produtos de uma empresa nova no ramo. O bom é que não pagaria nada por isso.Massemprefoi desconfiadaqueo barato muitasvezessai caro... Parara de chover uns dias e agora fazia muito calor. Marcara com a representante de produtos de beleza para uma sessão às quatro da tarde, e faltava apenas uns dez minutos para a hora marcada. Tomara um banho demorado e esperava deitada no sofá, lendo alguns rabiscos escritos num livro de capa de couro velho, com letras antes douradas titulando-o: Os Contos de Mona. Passara a escrever de grafite, ultimamente, pois dessa forma poderia apagar o que não lhe interessasse mais. Pegou uma borracha e ia apagar um poema comalgumasfrasesincoerentes,quando a campainha da portatocou... Levantou-se de um salto e correu até a porta. Abriu-a e deparou-se com uma das maiores surpresas da sua vida. Estava à sua frente um homem vestido num conjunto rosa, tendo bordado no bolso da camisa a marca de um produto de beleza ainda desconhecido: Avalon - prazer em ter. Quase riu daquela figura metida naquele conjunto rosa claro, mas conteve-se a custo. No entanto, olhou com mais atenção para o espécime masculino à sua frente. Aparentava uns quarenta anos, cabelos bem cortados e penteados, corpo esbelto, unhas bem aparadas... Aí lembrou-se que já lera algo sobre metrossexuais, uma nova "espécie" humana. Homens sempre antenados com tudo que existe de atual, cultuadores da beleza e saúde física, bom gosto no vestir e essas coisas tão AS CRÔNICAS DE MONA31
  • 38. criticadas pelos machões de plantão, mas tão adoradas pelas mulheres. O que não combinava era aquele conjunto rosa. Não que não gostasse de rosa, mas nuncatinha vistohomem vestidotodo naqueletom,então estava estranhando... Apresentou-se como Juliano e, depois de repetir toda a fala da vendedora ao telefone, colocou sua valise sobre uma mesinha na sala e pediu amavelmente a ela para que tirasse toda a roupa. Tomou um susto com aquele pedido indecoroso, mas ele parecia estar seguro do que dizia. Então, não se fez de rogada: despiu-se inteiramente, sob o olhar profissional dele. Ficou até frustrada por não perceber nenhuma reação libidinosa por parte do moço. Ele armou uma espécie de maca portátil muito higiênica na sala e pediu para ela deitar-se de barriga para cima. E começou passando um creme em seu rosto, dizendo ser um poderoso hidratante facial. O cheiro era maravilhoso, e um pouquinho que ficou perto da sua boca fê-la notar um sabor de cerejas. Adorava cerejas. Depois ele passou um outro creme em seus seios, e sentiu imediatamente os biquinhos ficarem excitados. Primeiro por conta do creme, depois porque as mãos de Juliano eram muito hábeis. Ele não mudava sua expressão profissional, dissertando sobre as propriedades do produto. Até que pediupara elafechar os olhos esentiros prazeresdo novo cremevaginal... Mona não acreditava no que acabara de ouvir. Se ele pensava que ela iria abrir as pernas para ele lhe passar tal creme, estava muitíssimo enganado! Abriu a boca para dizer-lhe uns desaforos, mas ele parecia nem dar por sua presença. Estava ocupado em despir-se totalmente, e aplicar um pouco de líquido no próprio pênis, massageando-o levemente de modo a espalhar por todo o membro... que era enorme. Fazia-o como se estivesse esterilizando-o contra germes. Depois, pedindo mais uma vez que Mona cerrasse os olhos, pegou outro punhado de creme mais espesso, de um outro pote, e passou entre as pernas dela, umedecendo seus grandes e pequenos lábios. Ela quis dizer alguma coisa, mas a voz não saía. Aí começoua sentirumfrescorna vagina... Juliano continuava a explicar sobre as propriedades do creme, mas sua voz estava longe, quase inaudível. Além do frescor, Mona começou a sentir uns comichões na vulva, como se estivesse muito excitada. Mas na verdade, estava incomodada com a desenvoltura do demonstrador de produtos para com ela, diante do seu corpo nu. Ele separou três potinhos de cores diferentes, abriu-os e pediu para que ela aspirasse seu perfume. Todos tinham cheiro de frutas, maravilhosos. Ele pediu para ela escolher um e ela o fez. Em seguida, Juliano passou um pouco na própria glande e pediu gentilmente que ela provasse o sabor. Era justamente o que ela estava pensando no momento, e foi logo O DEMONSTRADOR DE PRODUTOS DE BELEZA32
  • 39. abocanhando aquelaglande tesa,cheirosae...saborosa. Lambeu, chupou e até mastigou de leve aquele membro lambuzado de creme com sabor de fruta, e cada vez sentia mais um frescor na vagina, como se tivesse introduzido uma pastilha de menta ali. À medida que sugava o membro de Juliano, esse parecia ficar cada vez mais quente, liberando um odor que excitava seus sentidos. Não aguentava mais de tanta tesão, então sentou-se rapidamente na maca improvisada, ficando com a boca na altura daquele pênis gostoso. Colocou-o todinho na boca, quase sem evitar que engasgasse. Depois puxou aquele membro que parecia já queimar-lhe a boca de tão quente e introduziu em sua vagina, que agora parecia enregelada. O choque térmico levou-a à loucura, tendoimediatamenteumorgasmo... Ele, Juliano, continuava seu papel de demonstrador de produtos. Dizia ao seu ouvido que, se movimentasse o pênis mais lentamente, ela sentiria um orgasmo múltiplo em poucos segundos. E sabia bem o que estava dizendo. A mistura química do creme que ele passara na glande com o que passara na sua vulva parecia causar um efeito afrodisíaco intenso. A sensação de calor invadindo suas entranhas era muito gostosa. Quando ele empurrava aquele pênis enorme dentro dela, subia-lhe um calor intenso. Quando ele retirava-o quase que totalmente de sua vagina, excitadíssima e lambuzada de creme, batia-lhe um frio na espinha. Quissaberqualseriaa sensaçãoemseuânus... Virou-se de costas, arreganhando as pernas e empinando a bundinha arredondada. Juliano limpou o pênis com um pedaço de gaze, retirando todo o excesso, deixando o membro limpinho, e tornou a untá-lo com outro tipo de creme, dessa vez um com coloração de uva. Depois, com o dedo, untou também o buraquinho de Mona, enfiando-lhe o dedo quase todo dentro, mas de forma bem cuidadosa. Ela não sentiu nenhuma dor, apenas uma quentura no reto. Pegou o membro dele e apontou ansiosa a glande para seu buraquinho lambuzado. Ele empurrou devagar, fazendo-a gemer de prazer. Aos poucos, a quentura foi aumentando, como se aquele pênis estivesse pegando fogo dentro do rabinho dela. Então ele começou a fazer movimentos suaves, profundos mas gentis. E seu ânus começou a ficar molhado, como se o creme se transformasseemágua... era uma sensação estranha... parecia que ela havia introduzido uma grande quantidade de água dentro de si, pelo reto. À medida que ele copulava, a água ia saindo daquele buraquinho encharcado. Molhava-lhe as nádegas, as entre- coxas, escorria-lhe pelas pernas. Geladíssima. Contrastando com a quentura do AS CRÔNICAS DE MONA33
  • 40. pênis dele dentro de si. Era uma sensação gostosa demais, e a libido aumentava quando ele explicava cada sensação que viria depois. De fato: sentiu primeiro a frieza do gelo dentro de si, depois a água escorrer morna, depois o despejar de dentro de si de uma verdadeira cachoeira d'água morna, e por fim aquele membro escorregar num vai e vem dentro de si, pegando fogo. Pra aumentar o seu prazer, percebeu também que sua vagina parecia congelar, mas com um frescor gostoso, misturando seu líquido vaginal com a viscosidade do creme queelepassara antes de penetrá-lapor ali. Foi quando teve um orgasmo intenso, depois outro,depois outromuitodemorado eprazeroso... Sentiu Juliano ejacular dentro do seu buraquinho, cada jato parecia uma labareda dentro das suas entranhas. Gritou alto, de prazer intenso, sentindo a cabeça girar, as pernas fraquejarem. Pressentiu que iria desmaiar, então pegou aquele pênis com uma das mãos e segurou-o firmemente, temendo perdê-lo para sempre. Ainda sentiu as mãos de Juliano massagearem suave sua bunda, suas costas, e pensou que ele estava passando um outro tipo de creme nela. Mas logo percebeu que ele havia ejaculado sobre ela, e agora espalhava o sêmen em seu corpo. Bateu-lhe uma forte tontura, mas não largou o pênis dele. Queria acordarsegurando-oainda... Acordou deitada de bruços no sofá, totalmente despida. Segurava o lápis grafite em uma das mãos e, fortemente, um pênis de borracha, na outra. Um pote de creme vaginal, quase pela metade, estava jogado no chão, perto do livro de capa de couro. Tentou clarear a mente, e só depois de alguns minutos lembrou-se que recebera uma representante da Avalon, muito simpática, que indicara-lhe aquele creme vaginal que estava em lançamento. Assim que ela saíra, resolveu experimentar a eficácia do produto. Testado e aprovado, com a participação especial de seu consolo de borracha. Restava agora escrever um poema sensual em uma das páginas em branco do seu livrinho. A noite se aproximava. E prometia ser muuuuuuuuito agradável, pois marcara um encontro com alguém que havia algum tempo vinha paquerando-a online. Levaria o creme e o livro consigo. "Não saiosemmeucreme Valorizominha beleza masmeucorpo também geme Fazendo comqueeumaismeatreva" O DEMONSTRADOR DE PRODUTOS DE BELEZA34
  • 41. Bem Vinda ao Clube Chegaram ao Club Apaloosa quase onze horas da noite. Antes, haviam estado num restaurante modesto. Pediram um jantar leve, conversaram animadamente, trocaram algumas carícias e depois Mona sentiu vontade de dançar. Nunca mais dançara, e gostava muito. Conhecera Renato num site de relacionamentos. Depois, passaram a conversar online. Ele era simpático, bem- humorado, inteligente e sabia muito bem sustentar um diálogo, fosse qual fosse o assunto. Finalmente marcaram para se encontrar naquela noite, e ela estava adorando sua companhia. Ele dissera conhecer vários clubes da cidade e ela quase não saía de casa. Não conhecia bem a noite. Mas aquela noite seria diferente... Ambos haviam deixado seu carro em casa. Resolveram se encontrar num shopping e de lá pegaram um táxi até o restaurante. Outro táxi até o clube, pois estavam dispostos a beber todas, e bebida não combina com direção. Assim, desceram do táxi na porta do Apaloosa e ela cedeu uns trocados para facilitar o pagamento da corrida. Ele acertou com o taxista e entraram de mãos dadas no clube. Na verdade, era um clube privê, muito bem decorado e limpo. Mas naquelahora estava quasequetotalmentevazio... Sentaram-se numa mesa do canto, com dois sofás dispostos em L, iluminada por um pequeno mas elegante abajur. Beijaram-se longamente, depois Renato chamou com um aceno o garçon. Este acedeu no mesmo instante. Ela pediu um Campari com bastante gelo e suco de laranja, ele pediu um uísque com pouco gelo. Mona olhou em volta, e percebeu que aos poucos ia chegando mais gente, e o clube já tinha várias mesas ocupadas. Ia comentar isso com Renato, mas alguém se aproximou dele cochichando em seu ouvido. Renato apresentou-lhe um coroa calvo, bem vestido, como sendo o dono do local. Mona não entendeu direito o nome dele, mas apertou-lhe a mão estendida e AS CRÔNICAS DE MONA35
  • 42. Renato pediu licença um instante, afastando-se da mesa, ambos indo em direção a uma sala no canto do clube. Desapareceram por uma porta que fechara-seàssuascostas. Mona voltou a passear a vista pelo salão do clube, entretida em sorver em pequenos tragos sua dose de Campari. Percebeu que a freqüência do clube era mais de mulheres, a maioria com mais de trinta anos. Uma ou outra mais jovem. E os poucos homens que viu estavam todos em companhia feminina. Num canto, percebeu uma mesa só ocupada por homossexuais, que conversavam animadamente, mas não lhes deu muita atenção. Um DJ anunciou que a atração da noite havia faltado por motivo de doença, mas que seria substituído por outra atração já conhecida do público do clube. Houve aplausos, e ela ficou curiosa. Não conhecia nenhuma das atrações. Estava por fora do que estava fazendo sucessoatualmente.Não ligava muitopra essascoisas... Aí, a música mudou para algo mais rápido, e as mulheres passaram a gritar histéricas e a assoviar alto. Uma figura masculina, esbelta, vestindo um smoking elegantíssimo, atravessou todo o salão sob aplausos e gritinhos e subiu ao palco, dançando no ritmo da música techno que tocava. Demorou a reconhecer Renato naquelas roupas, pois se encontrara com ele vestindo uma camisa de malha preta e calças jeans. Passou a gritar e a aplaudir também. E ele mostrou ser bom no que fazia, dançando de uma forma bem sensual, mas muito máscula. As mulheres foram ao delírio quando ele, peça por peça, foi tirando toda a roupa. Começou a aglomerar-se vários pequenos grupos de mulheres perto do palco, dançando no mesmo ritmo que ele. De repente, uma apressou- se a retirar a única peça que faltava para que Renato ficasse totalmente nu: a sua cueca. Ela arrancou-a de um só puxão, descobrindo um membro de tamanho médio, mas já ereto. Antes que Mona pudesse perceber bem o que estava acontecendo,a moça já estava comaquelemembroatolado na boca... Mona não pode evitar uma pontinha de ciúmes, mas achou a surpresa muito excitante. Sua vagina ficou molhadinha imediatamente, vendo o assédio daquelas mulheres com Renato. Ele parecia estar bem à vontade, tendo uma das mulheres lambendo suas bolas, enquanto outra lambia seu membro do lado. Uma terceira mordiscava-lhe a glande. Outra subiu ao palco e abraçou-se a ele, por trás. Renato voltou a cabeça e beijou-a na boca. Uma de suas mãos se metia dentro da blusa de uma que lhe mamava o pênis, bolinando-lhe os peitinhos durinhos. Outra mulher tirou o vestido e subiu ao palco, esfregando a bunda no pênis em riste de Renato, fazendo com que as outras perdessem de ter aquele membro na boca. Ele cuspiu na mão e passou entre as nádegas dela, que se BEM VINDA AO CLUBE36
  • 43. empinou um pouco. Então, Renato agarrou-a pela cintura e enfiou-se na bunda dela. Uma morena subiu ao palco, ajoelhou-se e passou a lamber a vulva excitada da que Renato metia-lhe no ânus, levando-a ao delírio de prazer. Então, ouviu-senovo rebuliço,comaplausos eassovios... Vários dançarinos, todos nus, invadiram o salão. Era como se fosse um para cada mesa do clube. Um deles, negro e forte, quase sem barriga, caminhou diretamente em direção a Mona. Subiu de um salto em sua mesa, e começou a rebolar de modo muito sensual, tendo as duas mãos entrelaçadas na nuca, deixando proeminente um membro avantajado quase tocando o rosto dela. Mona levantou-se e começou a dançar animada, acompanhando o ritmo dele, mas ele abaixou-se, tomou-a entre as mãos e beijou-a de língua. Ela teve um estremecimento de prazer. Depois ele pegou aquele pênis enorme com uma das mãos ebateucomeleno rostodela,deleve.Ela pediucommais força... Foi atendida de pronto. O pênis dele castigou-lhe a face. Duro. Cheiroso. Babado. E ela sentiu um fogo subir-lhe por todo o corpo, tamanha a sua excitação. Abocanhou aquele mastro, tentando engoli-lo até as bolas. Engasgou-se, mas não desistiu. Ele pegou sua cabeça com ambas as mãos e puxou-a de encontro ao pênis, invadindo com ele sua garganta, fazendo-a ficar vermelha por falta de fôlego. Depois, pegou-a por uma das mãos e ajudou-a a subir, também, na mesa. Com violência, rasgou o vestido vermelho bem decotado que ela vestia, deixando-a só de calcinha. Não costumava usar sutiã, pois seus seios eram perfeitos. E naquele momento estavam durinhos, os mamilos rosados bem eretos. O negão mamou-os com volúpia, arrancando gritinhos de prazer e a calcinha de Mona. Depois a beijou no pescoço, no colo, e foi descendo por aquele corpo nu. Mona levantou uma das pernas, roçando os quadris dele, e enfiou-se naquele membro quente e pulsante. Ele agarrou com as duas mãos suas nádegas, e empurrou tudo de uma só vez. Ela urrou de prazer e de dor, sentindo aquele membro rasgar-lhe as entranhas, tocando a entrada do seu útero. Ele fez alguns movimentos e depois se retirou completamente dela, virando-a de costas. Ela ajoelhou-se, ficando de quatro sobre a mesa, e ele pegou a dose de Campari que ela estava tomando, derramando-a um pouco sobre o pênis. O restante, inclusive o gelo, derramou sobre as costas de Mona, pegando-a de surpresa e tirando-lhe um arrepio. Quando ainda tentava se recuperar da frieza do gelo nas costas, sentiu-se invadida no reto por aquele pênisenorme... Sentiu a glande tocar-lhe bem profundo, e a cabeça começou a rodar. Via aquelas imagens desfilarem em sua frente: mulheres encima das mesas AS CRÔNICAS DE MONA37
  • 44. chupando gostoso, outras sendo chupadas por homens ou por mulheres, uma sendo agraciada por uma dupla penetração, e Renato enrabando com gosto uma negra muito formosa. De repente, ele largou a negra e desceu do palco, caminhando em direção a ela. O negrão agarrara-se ao seu ventre e a levantara, ficando ambos de pé sobre a mesa, ele todo atolado nela, abraçando-a por trás para que ela não pudesse se mover dali. De um salto, Renato subiu sobre a mesa e, abraçando-se a ambos, pela frente dela, encaixou seu pênis entre as pernas de Mona. Ela abriu mais as pernas, facilitando-lhe a introdução do pênis na vagina molhada e escorregadia. Ele apoiou-se abraçado a ambos e enfiou seu membro até o fim, quase empalando-a. Depois acompanhou o ritmo dos movimentos do negão, Mona indo ao delírio sendo invadida por trás e pela frente. Aí ela desmaiou antes de completar um orgasmo intenso. Suas pernas fraquejaram e Mona escorregou entre os dois, caindo ajoelhada na mesa. Retirou, com esse movimento,os dois pênisdedentrodesi... Aos poucos a visão foi escurecendo. Estava zonza, com vontade de vomitar. Tentou levantar-se, mas caiu de novo sentada, derrubando o resto da dose de Campari sobre a mesa. Sentiu uma mão firme pegar-lhe o braço e só então percebeu tratar-se de Renato, sentado ao seu lado. Estivera o tempo todo ali, tendo o dono do clube sentado ao seu lado, tratando de negócios. Mona ficara entediada com o papo dos dois e estivera entretida bebendo sua dose. Deve ter pegado, pois ficou zonza rapidamente. Pediu licença e tentou levantar-se de novo, querendo ir ao toalete. Renato, percebendo que ela não estava bem, prontificou-se a levá-la até lá. Ela pegou a sua bolsa e seguiram juntos até o gabinete. Renato esperou do lado de fora, enquanto ela entrou e olhou-se no espelho. Estava com uma cara péssima. Lavou o rosto, recompôs-se, retocou a maquiagem e ajeitou o vestido. Pegou o livro com capa de couro, com letras outrora douradas, titulado Os Contos de Mona e ia escrever algo em suas páginas em branco. Mas desistiu. Guardou o livro e o lápis que retirara da bolsa e saiu disposta a ter sexo de verdade, naquela noite. Chega de só imaginação! Abraçou-se a Renato, que a esperava na saída da toalete e beijou-o demoradamente. Enquanto o beijava, desceu a mão e apalpou o pênis dele por fora das calças. Estava duríssimo. Ele gemeu de prazer. Voltaram para a mesa. Ela já derao recadoeeleentenderamuitobem...! “Aquela noitefoiespecialemaravilhosa Há muito não tinha tão solícitoamante Eleconheceutambém a mulhermaisfogosa Enão pararam decopular nempor um instante” BEM VINDA AO CLUBE38
  • 45. Paquerando no Supermercado Ao contrário de algumas amigas suas, Mona adorava fazer compras de supermercados. Isso, quando estava com tempo disponível, e hoje era um desses dias. Principalmente se o estabelecimento era dos que ficavam abertos 24 horas, como aquele que tinha a três quadras de onde morava. Preferia fazer suas compras depois da meia-noite, pois o número de pessoas era bem menor. Com isso, não ficava trombando em outros carrinhos de compras nem enfrentava as longas filas tão comuns nesses locais. Escolhia seus produtos com calma - alguns supérfluos, verdade - mas tudo dentro do seu orçamento doméstico. Por outro lado, aquela parecia a hora da paquera: algumas mulheres em duplas, homens fazendo compras sozinhos, escolhendo produtos que cozinham facilmente em fornos microondas. Homens sempre atentos em admirara figurafeminina. Foi quando seuolhar cruzoucomo dele... Era loiro, de tez avermelhada como se passasse o dia todo ao sol. Alto, corpo quase atlético, mãos grandes. Olhava para ela de forma insistente, como se já a conhecesse. Mona baixou o olhar, depois caminhou empurrando seu carrinho de compras por um dos corredores de prateleiras de produtos, mas logo deu vontade de olhar para ele de novo. E lá estava aquele olhar fixo nela. Fixo nas suas pernas, na sua bunda. Corou levemente, mas achou ótimo estar sendo comida com os olhos. Andou afastando-se mais dele, mas rebolando um pouco. Não percebeu imediatamente, mas logo se notou provocante. Olhou mais uma vezelá estava eleobservando-a, só quedestavezcomumsorrisonos lábios... Mona dobrou a esquina de estantes de produtos, saindo do seu raio de visão. Olhou pro biquinho dos seios, e eles estavam empinados e durinhos. Sorriu e afastou os pensamentos. Sentiu a falta do seu livrinho de capa de couro velho, titulado Os contos de Mona. Deixara-o no porta-luvas do carro, no estacionamento. Mas estava namorando alguém, havia dias não precisara AS CRÔNICAS DE MONA39
  • 46. apelar para as folhas mágicas,embranco,do livro.Suspirouevoltousuaatenção às prateleiras, escolhendo alguns pacotinhos de sopas prontas. Colocou alguns no carrinho e estava disposta a seguir com as compras, quando percebeu alguém ao seu lado. Nem se surpreendeu quando viu tratar-se do loiro vermelho como um camarão. Ele tinha um belo sorriso, que mostrava dentes alvos e brilhantes numa dentição perfeita. Ela sorriu com um ar de interrogação e ele, sem nem pedir licença, enfiou um pedaço de papel dobrado em seu decote, bem entre seus seios. Depois fez uma reverência e saiu de perto dela, afastando-se em direção à saída do supermercado. Percebeu que ele já não carregava o carrinho decompras,como viraantes... Mona enfiou dois dedos pelo atrevido decote da blusa que usava, combinando com uma saia um pouco comportada que vestia. As peças faziam um conjunto elegante, apesar de descontraído. Encontrou o pedaço de papel e pinçou-o com os dois dedinhos de dentro da blusa. Abriu e leu apenas um nome e um telefone. Rasgou-o e jogou no cesto de lixo mais próximo. Não era a primeira vez que fazia isso. Detestava essa forma pouco criativa de paquera. Preferia um início de conversa inteligente, ou mesmo um papo banal. Contanto que testasse o grau de extroversão do cara, a sua capacidade de improviso. Então, o loirinho já estava descartado desuasfantasias... Tanto que nem pensou mais nele, durante todo o tempo que estivera enchendo seu carrinho de compras. Aguardou sua vez e dirigiu-se ao caixa. Pagou, colocou as sacolas plásticas com os produtos dentro de um outro carrinho que estava largado próximo e dirigiu-se ao estacionamento. O barulho das rodinhas roçando o chão do enorme estacionamento era ensurdecedor, em contraste com o silêncio que reinava ali. Uma lâmpada defeituosa, piscando intermitentemente, deu um ar sepulcral ao local, e fez ela ter um arrepio de medo. Olhou em volta, e não viu ninguém. Apenas vários carros estacionados. Deixara o seu numa vaga distante, pois quando chegara o estacionamento estava lotado. Mas criou coragem e dirigiu-se resoluta ao seu veículo. Abriu o porta-malas e enfiou, rapidamente, todos os pacotes dentro, ansiosa por sair depressa dali. Largou o carrinho de compras em qualquer lugar e entrou no carro,depois dedarnova olhada emvolta. Ninguém... Pegou uma latinha de refrigerante que estava no frigobar do veículo e abriu-a. Tomou um gole longo e prendeu a latinha entre as pernas. Enfiou a chave na ignição e preparava-se para dar partida, quando percebeu um vulto na janela do seu lado. Aí bateram no vidro fechado, do lado do motorista, com os nós dos dedos. Sentiu um calafrio e abaixou-se um pouco, querendo ver o rosto de PAQUERANDO NO SUPERMERCADO40
  • 47. quem estava bem ao lado do seu carro. Era o loiro camarão. Mostrava uma sacola que ela havia esquecido no caixa. Ela reconheceu pelos pacotes de absorventes que ficaram dispostos encima. Baixou o vidro do carro e pegou a sacola plástica da mão dele, agradecendo o incômodo. Ele sorriu de forma bem simpática e entregou as compras esquecidas a ela, que se virou para colocar no banco de passageiro, ao seu lado. Quando pousou as compras no banco e voltou-se para agradecer mais uma vez, deparou-se com um ziper aberto e um membroduríssimosaindo pela aberturada calça... Ele encostou mais no carro, o pênis invadindo a janela, bem perto do rosto de Mona. Sentiu o cheiro daquele instrumento invadir suas narinas. Um cheiro de fruta madura. Talvez algum creme que ele passasse ali. O pênis babava um pouco, tal sua excitação. E ela começou a ficar excitada, também, pois aquela situação de perigo sempre liberava sua libido. Por diversas vezes fantasiara fazer sexo num elevador, antegozando a possibilidade de ser flagrada por alguém quando estivesse no ato. O perigo a excitava de uma forma que não conseguia conter. Girou a chave na ignição, desligando o carro. Olhou em volta, pra ver se não estava sendoobservada. E enfiouaquelemembrogostosona boca... Mas só um pouquinho, pra retirar o excesso de líquido seminal que saía do buraquinho do pênis. Depois pegou aquele falo com as duas mãos, delicadamente, e se pôs a lambê-lo em toda a sua extensão. Era um membro tão vermelho quanto o resto da tez do seu dono. De tamanho médio, cheio de veias grossas. O sabor também era de frutas, lembrava morangos. Ele gemeu com suas carícias, e ela ficou mais excitada ainda. Esfregou uma coxa na outra, sentido-se toda molhadinha. De repente, ele pegou-a pelo braço, abriu o trinco da porta e puxou-a para fora do carro. Caminhou com ela até o capô do veículo e deitou-asobreele. Abriu-lheas pernas, arrancou-lhea calcinha com o fundo já manchado de líquido vaginal e atolou a boca naquela vulva quente, com cabelinhos ruivos bem pequenos, num corte sensual. Mona entrou em pânico, temendo que alguém entrasse no estacionamento e a visse, mas deu um gemido forte ao sentir a língua dura e quente bem no clitóris. Ele movimentava rapidamente a cabeça, como se acenasse um não repetidamente, tremulando a língua no seu grelo. Subiu-lhe um calor imenso, e ela levantou a blusa, deixando seus belos seios descobertos, sem mais se importar se alguém a visse. Ele apalpou os biquinhos enquanto não parava de lamber-lhe a vulva. Foi quando veioo primeiroorgasmo... Ela abriu mais as pernas, deitada de costas sobre o capô do carro, pegando com as duas mãos a cabeça dele e empurrando-a pra mais perto da sua vulva no cio. AS CRÔNICAS DE MONA41
  • 48. Ele, percebendo que ela começava a gozar, aproveitou o líquido que escorria da sua vulva e umedeceu os dedos, enfiando um na vagina dela, sem parar de lamber. Ela arqueou o corpo, quase dando um urro de prazer. Mais outro urro, quando ele enfiou mais um dedo nela, dessa vez no seu ânus. Bem devagar, mas com precisão. Ficou com dois dedos da mesma mão enfiados nela: um no ânus, outro na vagina. E a língua ainda tremulando bem no clitóris, levando-a ao delírio. Aí Mona empurrou-o um pouco e sentou-se no capô, puxando o corpo do loirinho camarão pelos quadris, mais para perto dela. Pegou seu pênis com uma das mãos e enfiou na vagina, que se preparava para novo orgasmo. Ele abraçou-se a ela, enfiando os braços por baixo dos quadris, puxando-a mais para baixo do capô, procurando uma posição mais cômoda. Ela ajudou no intento, meneando o corpo e encaixando-se melhor nele, recebendo aquele membromais profundamenteea boca delenos seiosjá excitados... Abraçou-o com as duas pernas, envolvendo-o pelos quadris, ao sentir mais uma vez o gozo aflorando. Puxou-o pelos cabelos procurando a boca dele num beijo sôfrego, de língua, mordendo-o de vez em quando, de leve. Aí sentiu um jato forte dentro de si. Depois ouviu o forte gemido dele, tendo mais um orgasmo. Depois mais um. E mais outro. Levantou-se de um pulo e sentou-se no capô, afastando o loirinho um pouco dela. Mas só o suficiente para não perder mais nem um pingo daquele esperma grosso que sentira pela segunda vez jorrar dentro dela. Enfiou o pênis molhado, cheirando a sexo, todinho na boca, sugando bem forte, como se não quisesse perder uma só gota daquele líquido gostoso. Mesmo quando o mastro amoleceu, ela ainda não quis se separar dele. Lambia-o, mordiscava-o, chupava-o gostoso, ele gemendo de prazer. Aí ela jogou a cabeça para trás, voltando a se deitar de costas no capô, as pernas tremendoeumtorpor gostosoemtodo o corpo... Despertou com alguém batendo com o nó dos dedos no vidro do carro, do lado do motorista. Olhou assustada pelo vidro fechado e deu de cara com uma mulher com uma criança nos braços, pedindo esmolas. Deu uma desculpa qualquer e girou de novo a chave na ignição, esquentando o motor. A mulher bateu de novo com o dedo na janela fechada, apontando a latinha que ela tinha entre as pernas. O líquido havia derramado sobre seu colo, molhando sua saia toda, justamente na região da vagina. Aí foi quando percebeu que a mulher carregava um saco cheio de latinhas, e estava querendo a que ela tinha entre as pernas. Mona abriu um pouco o vidro e entregou a lata vazia pela pequena abertura.A mulheragradeceuefoi embora. Finalmente Mona deu partida no seu carro e saiu do estacionamento, em PAQUERANDO NO SUPERMERCADO42
  • 49. direção à rua. Mas antes de sair, percebeu um carro parado num local mais afastado do estacionamento. Tinha uma das portas abertas. Temendo ter sido arrombamento, Mona aproximou-se devagar, faróis apagados. Ao chegar perto, ela acendeu de repente os dois faróis, iluminando o interior do carro estacionado, através da porta aberta. E deparou-se com dois rostos assustados. Pegos em flagrante: o loirinho camarão deitado no banco de trás do veículo, calças arriadas, e uma loira com pinta de mulher de programa com a boca na botija. Ela deu um sorriso maroto e piscou um olho pra Mona, enquanto o loirinho levou as duas mãos ao rosto, como se estivesse envergonhado. Mona baixou os faróis e seguiu seu caminho em direção à saída do estacionamento. Mas a cena vista a deixara excitada mais uma vez. Não conseguia distinguir se o que vivera há pouco tinha sido real, ou só mais um de seus devaneios, apesar da sacola com compras estar lá no assento do carona. Ao chegar em casa, se valeria do livrinho com páginas em branco e capa de couro mais uma vez, depois de tirar aquela saia molhada de refrigerante derramado, tomar um banho gostoso e cair na cama. Ou não? Não seria melhor ligar para seu namorado e perguntar se elenão iriaquererdormirna casadela..? “Oh,noitequeainda ésuma criança Mefaça nestamadrugada um imensofavor Traga meunamorado pra fazermosuma festança Eentornarmostodososlíquidos numa noitedeamor” AS CRÔNICAS DE MONA43
  • 50. Nua no Salão de Dança O clube tinha uma fachada simpática. Mas não era grande. No entanto, era muito limpo e organizado. O piso do salão era de tacos de madeira, muito bem encerado. As demais dependências eram muitas limpas, cheirando a detergente. Mas não era um clube de elite. Parecia uma gafieira sofisticada. Logo na entrada, percebe-se uma divisão bem interessante: do lado esquerdo da portaria do clube, um grupo de mesas e cadeiras eram ocupadas por um pessoal mais sóbrio, melhor vestido. O outro lado era composto por pessoas mais humildes. Foi justamente nesse lado que Mona sentou em uma das mesas, a pedido da sua acompanhante... Mona prometera, à sua faxineira de longas datas, fazer a comemoração do aniversário dela com uma farra, no lugar onde ela escolhesse. Coincidiu que naquele sábado haveria uma apresentação do cantor Reginaldo Rossi naquela casa, e sua faxineira era fanática por esse artista pernambucano. Passava o dia todinho trabalhando ao som das músicas desse cantor que, de tanto ouvir quando era dia de faxina, Mona já sabia as letras de cor. Não era seu gênero favorito, mas conseguia se divertir ouvindo as músicas dele. Então, prometera a Claudia, sua faxineira, que ela teria uma noite de farra patrocinada por ela. E quem sabe Claudia não arranjaria nessa noite o tão sonhado namorado? Tinha 35 anos e se dizia ainda virgem. Isso era uma aberração para Mona, que tivera suaprimeirarelaçãosexualaos 14anos deidade.Masissojá eraoutrahistória... Chegaram cedo ao clube, pois sabiam que iria lotar por conta da atração da “Hojeà noitevouao clube Esperoencontrar boas companhias Talvezminha sortemude Eeufaça destauma noitedeorgias” AS CRÔNICAS DE MONA44