SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 76
Baixar para ler offline
DECADÊNCIA 1
DECADÊNCIA2
DECADÊNCIA 3
1. Transando com meu patrão
Júlia Jacobina estranhou quando o patrão entrou no carro
sem nem ao menos lhe desejar um bom dia. Ela já traba-
lhava para ele, como motorista particular, havia pelo menos
um par de anos. O senhor Charles Torres era um homem
muito educado e alegre, e muitas vezes brincava com ela. Era
de estranhar a sua atitude naquele dia. Antes de dar partida
no carro, ousou perguntar:
- Está tudo bem, senhor?
Ele não lhe deu atenção. Ela repetiu a pergunta. Só en-
tão o coroa, de cerca de 55 anos, respondeu:
- Não, não está, Júlia. Ou está e eu estou reclamando de
barriga cheia.
- Não entendi, senhor.
- Estou me separando da minha esposa. Depois de trin-
ta anos de casados. Confesso que não sei o que vou fazer da
DECADÊNCIA4
minha vida.
- Quem está pedindo a separação, o senhor ou ela?
- Ela, claro. Disse que não lhe dou a devida atenção e
tem razão. Sempre pensei em proporcionar-lhe boa vida, por
isso me empenho em trabalhar, trabalhar e trabalhar. Assim,
tenho dinheiro para bancar as suas estripulias. Mas parece
que isso não é o bastante para fazê-la feliz.
- Eu não a conheço. Nunca a vi, nesse tempo que traba-
lho para o senhor. Qual a idade dela?
- Vai completar quarenta e cinco anos de idade este
mês. Quando nos casamos, ela estava com quinze.
- Casou muito nova. Do que ela se queixa, senhor?
- Sexo. Diz que eu não o faço suficiente. Mas quando
a procuro, sempre tem uma desculpa para deixarmos para
depois.
- Desde quando se casaram ela age assim, senhor?
- No início, reclamava do tamanho do meu pênis. Dizia
ser difícil para ela suportá-lo. Mas isso não é assunto para
estarmos discutindo, Júlia. Tire-me daqui, por favor…
- Para onde vamos, senhor?
- Para qualquer lugar, menos a empresa. Não vou que-
rer trabalhar hoje.
Júlia esteve pensativa. Gostava do patrão, mas nunca
tivera coragem de se insinuar para ele. Ela tinha quase a me-
tade da sua idade e era solteira. Antes, tinha uma vida sexu-
al mais ativa. Quando começara a trabalhar para o senhor
Charles, ele passou a lhe tomar quase todo o tempo. Largava
sempre mais das dez da noite e ela tinha que ficar à sua dis-
posição. Ganhava um bom salário, porém não tinha com que
gastar.
Achava-o bonito e muito simpático. Ele a tratava como
uma boa amiga, mas era a primeira vez que se lamentava com
ela. Sinal de que a situação estava mesmo ruim. Mas ela daria
DECADÊNCIA 5
um jeito. Estava disposta a fazê-lo esquecer a esposa. E come-
çaria o tratamento de choque já.
Parou numa loja de roupas e pediu que ele a esperasse.
Voltou, pouco depois, com duas sacolas. Jogou-as sobre o as-
sento do carro e voltou-se para ele, que ia no banco de trás.
Disse:
- Já que não quer trabalho, teremos diversão. Comprei
umas roupas adequadas. E não precisa me pagar por elas.
Não tenho com que gastar meu dinheiro mesmo…
Ele lhe deu, finalmente, um tênue sorriso. Perguntou-
lhe:
- O que está querendo aprontar, garota?
- Fique frio. Não vai se arrepender.
Cerca de uma hora depois, estavam numa praia qua-
se deserta. Ela costumava ir ali, algum tempo atrás, quando
queria ficar sozinha. Pediu que ele descesse do carro, meteu
a mão em uma das bolsas e tirou de lá um calção de banho.
Jogou-o para o patrão:
- Troque-se. Paletó e gravata não combinam com esse
belo sol.
Disse isso e passou a tirar, também, o terno que vestia.
Para surpresa do coroa, ela despiu-se também do sutiã e da
calcinha, ficando totalmente pelada. Charles assobiou, ad-
mirado com o corpanzil enxuto dela. Não tinha sequer uma
única celulite. Os seios eram pequenos, durinhos e empina-
dos. A bunda era redonda e dura, como a de uma atleta. As
ancas eram largas, para a finura da cintura. Ele ficou de pau
duro. Por isso, não quis tirar a roupa logo. Daria um tempo,
até que o pau voltasse a murchar.
- O que está esperando para se despir?
- Oh, estava te admirando. Nunca imaginei que tivesse
DECADÊNCIA6
um corpo tão perfeito. Parabéns.
- Obrigada. Mas tire logo essa roupa, homem. Não ligo
se estiver de pau duro. Já dá pra ver o “mondrongo” sob a
calça.
Ele sorriu. Um sorriso aberto, como costumava fazer.
Num instante, perdeu a vergonha diante dela. Começou ti-
rando o paletó e não demorou a ficar totalmente nu. Deixou
a descoberto um cacete enorme e duro. Dessa vez, quem as-
sobiou foi ela.
- Uau, haja penca, senhor. Nunca imaginei que fosse
tão pausudo.
- Nem me fale. Vou ficar acanhado.
- Não fique. Estamos aqui para nos divertir, já que esta-
mos de folga hoje – disse ela, vestindo um biquini minúsculo.
- Essa praia é sempre tão deserta?
- Quase sempre. Por quê?
- Estava pensando se não podíamos ficar sem roupas.
Confesso que me sinto melhor quando estou sem elas.
Ela voltou a tirar o biquini e guardou-o dentro da saco-
la. Pediu o calção que ele tinha nas mãos. Então, disse:
- Pois ficaremos nus. O primeiro a se vestir é mariqui-
nha.
- Ele riu, agora um riso feliz. Ela ficou satisfeita com a
sua mudança de humor. Ele perguntou:
- Por quê está fazendo isso, Júlia? Aliás, não precisa me
responder. Sou grato a você por me dar esse intervalo na tris-
teza.
- Eu também estava precisando de uma folga dessas,
senhor. Ando trabalhando muito, e quase não tenho me di-
vertido.
- Acredito.Tenho tomado muito do teu tempo, não é
mesmo?
- Não posso dizer que não. Mas, desde que comecei a
ser tua motorista que perdi o gosto por divertimento. Não te-
DECADÊNCIA 7
nho amigos ou amigas. Só dois gatinhos, que crio com muito
carinho.
- Não tem namorado?
- Faz tempos que não sei o que é isso.
- Consegue viver sem sexo?
- Acostumei-me. Quando a coisa fica braba, me viro
com um consolo que tenho em casa.
- Sabe masturbar um homem?
Ela olhou fixamente para ele. Baixou o olhar e viu seu
pau pulsante. Perguntou:
- Isso é um convite, senhor?
- Não, Júlia. Isso é uma ordem.
- Então, nada feito, senhor. Estamos de folga, lembra-
se? Não tolerarei que exija nada de mim.
Ele deu uma sonora gargalhada. Gostava da morena.
Se bem que, desde a primeira vez que a viu, achou que ela era
sapatão. Os cabelos curtos e o terno lhe davam um aspecto
masculinizado. Mas, nua, ela parecia bem mulher. Agora, fi-
cara, realmente, interessado por ela. Na verdade, batera-lhe
uma vontade repentina de fodê-la. Ele insistiu:
- Então, me dê a honra de chupar essa periquita pela
primeira vez.
Claro que tudo que ela fizera, até então, tinha sido para
provocá-lo. Mas não esperava que ele reagisse positivamente
tão rápido. Achava que ele iria ficar empulhado e que ela teria
dificuldades em fazer com que se soltasse. Não disse nada.
Tirou da outra sacola uma toalha de banho e a estendeu so-
bre a areia. Ele a ajudou, imediatamente. Ela se deitou de bar-
riga para cima e de pernas abertas. Aí, falou:
- Agora, sim, pode se servir.
Ele se ajoelhou entre suas pernas. Abriu-lhe os lábios
DECADÊNCIA8
da vulva e encostou o nariz nela. Fungou ali, provocando um
arrepio de prazer em Júlia. Ela olhava para ele, enquanto se-
gurava sua cabeça entre as mãos. Ele estirou um palmo de
língua e serpenteou a ponta na boceta dela. Ela gemeu arras-
tado. Ele ficou tocando-lhe o pinguelo com a ponta da língua.
Breve, um fogareu tomou conta do corpo da motorista. O
primeiro gozo não tardou a vir. Abriu mais as pernas e puxou
a cabeça dele de encontro à vulva. Inadvertidamente, ele lhe
enfiou um dedo no cu. Ela gritou mais de surpresa do que de
dor. Ele começou os movimentos de entra-e-sai, com o dedo,
no buraquinho dela, enquanto lhe chupava e lambia o grelo.
Agora, ela urrava de prazer. O corpo se tremia todo. Ela dizia:
- Vou gozar, senhor. Ai, meu Deus… Vou… go… zaa-
aaaaaaaaaaaaaaaaaar!
E a jovem morena lançou um jato forte de esperma no
rosto do patrão.
FIM DA PRIMEIRA PARTE
DECADÊNCIA 9
2. A loira emaconhada
Não demorou muito a surgir gente para armar suas cadei-
ras de praia naquela area. Charles Torres achou melhor
se vestirem. Júlia sugeriu irem embora. Logo, estavam ambos
em trajes de banho. Ele perguntou:
- Pretende me levar embora para casa?
- Que nada. Agora que começou nosso dia de folga!
Que gostaria de fazer, em seguida?
- Prefiro que você decida. Estou gostando desse teu co-
mando.
- Agradeço, senhor. Espero deixa-lo satisfeito. Vamos
ao nosso próximo passo neste dia destinado a sermos felizes.
- É poetisa, Júlia?
- Escrevo poesias, sim, sempre que estou ociosa. Ou
quando estou te esperando.
- Pode me mostrar alguma?
- Agora, não. Deixa chegarmos à nossa próxima parada
DECADÊNCIA10
obrigatória.
Parada Obrigatória era um bar na orla movimentada
de Boa viagem, bairro do Recife. Nele, as pessoas costuma-
vam tomar cervejas em roupas de banho. Era mais frequenta-
do por jovens, na faixa dos vinte e poucos anos. Charles disse:
- Confesso que prefiro lugares com gente da minha ida-
de. Mas não sairemos já.
- Desculpe, mas gente da tua idade é muito sisuda.
Hoje, necessitamos de alegria. Aqui está bem. Logo, estare-
mos entrosados com o pessoal.
- Conhece este bar?
- Sim. Já estive aqui antes. Mas sempre à noite. É a pri-
meira vez que venho a esta hora da manhã.
O que pretende beber?
- O mesmo que você.
- Então, vou pedir duas cervejas.
- Duas? Uma, não basta?
- Não, pro que pretendo fazer.
Quando a garçonete trouxe as duas cervejas, Júlia pe-
gou uma e a levantou acima da cabeça. Perguntou, se dirigin-
do a todos no bar:
- Gente, quem quer cerveja?
- Todos se voltaram para ela. Uma loira bonita e boazu-
da, vestida num biquíni minúsculo, perguntou:
- De graça?
- Sim. Mas quem for mais esperto, toma mais.
Todos levantaram a mão, inclusive a garçonete que ain-
da estava próxima a ela, esperando o pagamento. No bar se
pagava antecipado, para evitar a evasão de quem bebia ali.
Então, Júlia derramou a cerveja sobre o corpo do patrão, pe-
gando-o desprevenido. O líquido estava geladíssimo. Ele re-
clamou:
DECADÊNCIA 11
- Porra, vou ficar com frio.
Ela nem ligou. Disse:
- Quem se habilita a esquentar meu coroa?
A garçonete foi a primeira a entender a brincadeira.
Passou a lamber todo o corpo do sujeito, passando a língua
quente em sua barriga e nas suas costas. Logo, outras jovens
correram para fazer o mesmo. Júlia derramou a outra cerveja
sobre o coroa, dessa vez com parcimônia, dando tempo das
mulheres sugarem o líquido entornado. Os rapazes gostaram
da brincadeira e passaram, também, a entornar cervejas so-
bre o cara. Incentivavam suas companheiras a entrarem no
jogo. Como o coroa estava vestido apenas de calção de praia,
uma mais afoita disse:
- Enche a moringa dele de cervejas. Eu estou com mui-
ta sede.
Júlia puxou um pouco o calção e despejou o líquido
gelado na púbis do patrão. A jovem, que parecia cheia de
maconha, abocanhou o pau do cara e sorveu a cerveja dele.
Todas se espantaram com a ousadia dela, fazendo isso em via
pública, pra todo mundo ver. Uma das garotas xingou:
- Ôxe, leva logo ele prum motel. Lá, poderá chupa-lo à
vontade.
- O homem está comigo. Quem quiser dividi-lo, basta
deixar o telefone na minha agenda celular.
- Qual o número? - Perguntou um jovem com toda a
cara de homossexual.
Ela disse. Muitas das jovens teclou em seus celulares,
anotando. O coroa ainda estava embasbacado com a criati-
vidade da chofer. As mulheres haviam cessado de disputar a
cerveja que escorria em seu corpo. Pouco depois, o celular de
Júlia tocava quatro vezes. Ela atendia e desligava imediata-
DECADÊNCIA12
mente, para que quem houvesse ligado não gastasse créditos.
Só então, disse:
- Apenas quatro de vocês querem continuar a brinca-
deira? Então, vamos tomar apenas duas cervejas, uma pra
cada um de nós dois, e iremos para o motel mais próximo.
Enquanto ele estiver tomando banho, ligo para a primeira fe-
liz ganhadora de um caralho embebido em cerva.
- Não vai ter boceta encharcada a bebida, também? -
Perguntou um rapaz com cara de esperto.
- Hoje, não. O aniversário é dele - mentiu ela. Quando
for o meu, repetimos a brincadeira.
Cerca de uma hora depois, Júlia e o patrão estavam
num quarto de motel. Este ficava a menos de dez minutos a
pé do bar onde estavam. Ela perguntou:
- Posso ligar para a primeira ganhadora?
- Acha que deve? Não acredito que aquelas jovens vão
querer mamar num cacete velho como o meu.
Ela já fazia uma ligação. Quando atenderam, ela disse:
- Tem meia hora para gozar e fazê-lo gozar. Acabado o
tempo, chamo outra.
Não demorou e a loira gostosona e com cara de viciada
apareceu. Bateu na porta e Júlia abriu imediatamente. Puxou
-a para dentro do quarto e fechou a porta. Disse:
- Está perdendo tempo. Lembre-se que só tem meia
hora.
O senhor Charles já esperava nu e cheirando a sabone-
te de motel. A loira nem tirou a roupa. Atracou-se com a jeba
do coroa e chupou com gula. Ele gemeu. A chofer alertou:
- Cuidado para não machucá-lo. Ainda tem outras na
fila, inclusive eu.
- E por que não o chupou antes?
DECADÊNCIA 13
- Porque quero saber quantas ele aguenta antes de mim.
Se quiser, pode dar-lhe a boceta ou o cu. Mas não poderá
repetir a dose. Passando-se trinta minutos, você sai e entra
outra.
- Não quero que ele me foda. Quero chupar uma rola.
Nunca mais fiz isso.
- Você chupa mulheres, também?
- Eu prefiro chupar mulheres, mas também gosto de
pau no cu.
- Então, me chupa. E ele fode o teu cuzinho.
Dito isso, Júlia tirou o biquíni e se deitou na borda da
cama, atravessada, com o pés no chão. A loira ficou de jo-
elhos e de bunda empinada. Charles lambuzou a cabeçorra
da pica com saliva e parafusou-a no ânus dela. A moça era
apertadinha, como se nunca tivesse dado o cu. Ele teve difi-
culdades em lhe invadir o reto. Ela gemeu:
- Pode botar de vez que eu aguento, coroa. E prefiro as-
sim. Gosto que me fodam como se estivesse me estuprando.
- Você já foi estuprada? - Perguntou a motorista.
- Várias vezes. As mulheres adoram enfiar objetos no
meu cu. Me deixam arrombada. Até garrafa de cerveja já co-
locaram aí.
- Mas seu cu é muito apertado.
- Só no começo. Depois, ele pula para fora e fica mais
fácil de fode-lo. Adiante o serviço, coroa. Meta-lhe a mão e
puxe o ânus para fora.
Charles ficou cada vez mais excitado, ao enfiar total-
mente a mão no cu dela. No início, foi difícil. Ele lambuzou a
mão com gel de banho. Mas, à medida em que ele introduzia
o punho, ânus dela se esticava mais. Em menos de dois minu-
tos, seu braço se introduziu quase até o cotovelo. Ela gemia,
chupando o grelo da chofer. Miou:
- Aiiiiiiiiiiii, agora puxa a carne para fora…
DECADÊNCIA14
O coroa fez o que lhe era pedido. Logo, o cu da jovem
ficou estufado e muito vermelho. Ela pediu:
- Fode ele, agora.
Charles apontou a cabeçorra da pica para o ânus es-
tufado. Estava mais fácil invadi-la. Meteu-lhe toda a enor-
me pica, depois pegou a protuberância com uma das mãos e
movimentou o punho como se masturbasse aquelas carnes.
A loira gemia mais alto e rebolava a bunda, adorando ser in-
vadida por ali. Júlia alertava:
- Sim, goze, e goze muito. Mas não esqueça de me fazer
gozar, também.
De repente a loira ajeitou-se melhor de quatro e ficou
alucinada, rebolando e se enfiando mais na rola do coroa. Ur-
rava de prazer. Tremia-se toda. Gritava:
- Vou gozar. Vou gozar. Vougozarvougozarvougozar…
Tô gozandooooooooooooooooo…
FIM DA SEGUNDA PARTE
DECADÊNCIA 15
3. Aprendendo a tirar leite de vara
Asegunda candidata a levar vara era uma magra sem mui-
tos atributos de beleza. Chegou acanhada, mas foi logo
dizendo baixinho a Júlia:
- Não transo com mulher. Pensei que ia ficar a sós com
ele. É um coroa bonito e eu me interessei logo. Mas pensei
que você era filha dele e que estava comemorando o seu ani-
versário, ou coisa parecida.
- Estamos comemorando coisa parecida. Como é teu
nome? - Perguntou a morena motorista profissional.
- Paula. Também aviso que nunca chupei um caralho.
Mas aprendo com facilidade.
- Muito bem, Paula. Não precisa transar comigo. Mas
eu posso te ajudar a foder meu namorado – mentiu a chofer,
fazendo crer que tinha um relacionamento amoroso com o
patrão.
- Não vai ficar com ciúmes?
DECADÊNCIA16
- Não, não. Fizemos um trato: – mentiu de novo – ele
transa com quem quiser hoje, que é seu aniversário, e eu faço
o mesmo no meu.
O coroa estava se divertindo com a inventividade da
moça. Evitava falar, para não ir de encontro ao que ela dizia.
Júlia perguntou à magricela:
- Você mesma pega o pau dele, ou eu tenho que botar
na tua boca, Paula?
- Eu queria que você o mamasse primeiro, depois fosse
me dizendo o que eu devo fazer…
Depois que a mulher, que deveria ter uns dezessete ani-
nhos, tirou o maiô horroroso que usava, a morena se postou
diante do patrão e disse:
- Preste atenção que eu só vou fazer uma vez. Primeiro,
arregace o caralho, até libertar totalmente a cabeçona assim:
E ela fez o que dizia. A glande ficou totalmente exposta.
A motorista disse:
- Agora, passe a língua, sem muita pressão, em todo o
cacete. Mas concentre-se mais na cabeçona, entendeu?
E continuou:
- Tente engoli-lo totalmente, sem pressa, mas também
sem fazer pressão. Cuidado para não machucá-lo com os
dentes…
- Devo masturbá-lo, enquanto o chupo?
- Nunca chupou, mesmo, uma rola, Paula?
- Nunca. Mas sempre tive vontade.
- Que mais gostaria de fazer com uma?
- Sei lá. Sentir o gosto da porra em minha boca?
- Bem, mãos à obra. Use a criatividade. Pode mostrar o
que aprendeu…
A magricela avexou-se para assumir o lugar da chofer.
Ajoelhou-se entre as pernas de Charles, que estava sentado
DECADÊNCIA 17
na cama. Ele fechou os olhos e voltou a cabeça para o alto.
Paula, realmente, aprendia rápido. Chupou-lhe o pau ao
mesmo tempo em que o masturbava. Começou acanhada
mas, à medida em que sentia o gosto do cacete, devorava-o
com mais voracidade. Querendo incentivá-la, o coroa cuspiu
um pouquinho de porra na boca dela. Ela enlouqueceu de
tesão. Mamou-o e masturbou-o com tanto afinco que logo
deu vontade do cara gozar. Ele avisou:
- Estou para gozar, Paula. Tua punheta está muito gos-
tosa. Não vou aguentar essa felação por meia hora.
- Então, goza na minha boca. Me suja toda de porra. Eu
vim para isso.
- Não vai querer que eu te foda a xaninha?
- Nãoooooooooo, eu sou virgem, moço. Queria só sa-
ber o gosto que a porra tem. E o cheiro, também.
- O que está achando?
Eu te mamaria pelo resto do dia. Mas o senhor teria
que tomar um banho. Ainda sinto um cheirinho de cu.
O homem conteve-se para não rir. Havia fodido o cu da
loira e até tomara banho, mas o sabonete do motel não conse-
guira camuflar totalmente o odor. Júlia, no entanto, apressou-
se em dizer:
- É apenas impressão tua. Ele nem fodeu um cu ain-
da…
- A loira que saiu me disse que gozou muito pelo cu.
Tanto que eu fiquei curiosa. Queria sentir esse pauzão no
meu cu. Mas, se eu não aguentar, pare, por favor.
A magricela disse isso e se virou de costas para o coroa.
Júlia cuspiu na mão e lambuzou o cu dela. Depois, meteu o
caralho do patrão na boca e só largou quando ele estava todo
babado e escorregadio. Ela mesma pegou o bicho e pincelou
o cu da outra. Depois, pediu que esta se sentasse no colo do
coroa. Levou a mão entre as pernas dele e apontou a glande
DECADÊNCIA18
para as pregas dela. A magra gemeu alto, quando a cabeçorra
lhe invadiu um pouco o cu.
- Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, que dor da porra.
Chega. Chega. Eu não vou aguentar…
Inadvertidamente, Júlia fez um movimento brusco,
obrigando-a a sentar-se de vez. Dessa feita, tanto o patrão
como a magra gemeram de dor. Ela por ter o cu invadido e
as pregas arrombadas, ele por adentrar com a pica um cu tão
apertado.
Charles Torres abraçou-a por trás, impedindo que ela
fugisse do seu pau. Ela choramingou, mas aguentou a vara
com bravura. Em seguida, lentamente, começou a cavalgá-lo.
Logo, fodia alucinada, gritando e dizendo palavrões. Arden-
do de tesão, Júlia meteu a mão na greta e tocou uma siririca
até gozar. Espirrou esperma nos seios da magra, pois estava
em pé diante dela. Essa se espantou com a grande quantidade
de sêmen expelido. Reclamou:
- Por quê eu não consigo gozar assim? Queria espirrar
porra, também…
FIM DA TERCEIRA PARTE
DECADÊNCIA 19
4. Uma tara antiga
Aterceira interessada em foder o senhor Charles Torres
era uma garota de programa. Queria cobrar pela sessão
de sexo. Júlia Jacobina nem quis saber quanto ela cobrava,
disse logo:
- Não, querida. Ele não precisa pagar por isso, pois tem
a mim. E eu não quero me arriscar a contrair uma doença ve-
nérea, por causa de ti, quando for trepar depois com ele. Está
dispensada. Muito obrigada por ter vindo até aqui.
Depois que a prostituta saiu, a motorista perguntou
para o patrão:
- O próximo é aquela bichinha. Vai encarar?
- Eu passo. Não sou chegado a esse tipo de sexo.
- Então, vamos embora. Estou com fome. E já é quase
hora do almoço.
- Já?
DECADÊNCIA20
- Sim, a menos que queira que eu chame outra para te
foder. Mas nós teríamos que voltar ao bar, pois ninguém mais
ligou pro meu número.
- Não. Vamos embora. Me leve para um daqueles res-
taurantes que eu costumo almoçar com clientes.
- Desistiu de continuar a putaria? Vai querer voltar a
trabalhar?
- Não, Júlia. Hoje, tenho compromisso apenas com
você. Então, almoçaremos juntos.
- Obaaaaaaaaaaaaaaa... sempre quis comer num restau-
rante grã fino. Mas preferia que fosse um jantar romântico, à
noite.
- Depois, pensaremos nisso. Também estou faminto.
Vamos embora.
Pouco depois de acertar a conta no motel, foram para
um restaurante de luxo em Boa Viagem, bem perto do Hotel
Jangadeiro, frequentado mais por quem se hospedava nele.
Voltaram a se vestir em roupas de trabalho, ele de paletó e
gravata e ela com o terno de motorista. Foram levados até
uma mesa num canto, a pedido dele, e sentaram-se de frente
para o outro. Ele a admirava, sorrindo. Ela perguntou:
- No que está pensando?
- Em quanto tempo passei sem te ver, Júlia.
- Ora, você me viu ontem, anteontem, e a semana an-
terior toda...
- Não, não é a isso que eu me referia. Nunca te vi como
mulher. Confesso que achava que você fosse sapatão.
Ela riu. Um riso gostoso. Depois disse:
- Não, sou muito mulher. E confesso que gostei do se-
nhor logo no primeiro dia. Cheguei a sonhar à noite contigo,
sabia?
- Não, claro que não sabia. Mas não precisa mais me
chamar de senhor...
DECADÊNCIA 21
- Preciso, sim. Depois da nossa gandaia de hoje, tudo
volta ao normal. Eu volto a ser tua motorista e você meu pa-
trão. Não nos convém misturarmos as coisas.
Nem bem a jovem disse isso, ouviram uma voz femini-
na perto de si:
- Dr. Charles? Que bom encontrá-lo aqui. Liguei para a
empresa e disseram que não foi trabalhar hoje.
Era uma morena lindíssima e elegante. Dava o seu me-
lhor sorriso. Charles a reconheceu logo:
- Oh, senhorita Lacombe. Que prazer revê-la. Real-
mente, hoje precisei resolver uns assuntos pessoais e tive que
me ausentar da empresa. Não quer nos dar a honra da tua
companhia, sentando-se conosco?
- Quem é a tua acompanhante?
- Oh, desculpe a má educação. Esta é a minha amiga, a
senhorita Júlia Jacobina. Júlia, esta é Mônica Lacombe, uma
também amiga, advogada.
- Olá, senhorita Jacobina. Desculpe se interrompi qual-
quer coisa. Mas vou prercisar falar com o Sr. Torres a sós.
Será que podia nos dar licença, para podermos conversar por
alguns minutos? Depois, prometo devolvê-lo a você.
- Estejam à vontade. Estarei te esperando lá fora, se-
nhor - disse a motorista, se levantando. Conhecia a advogada
de vista, quando esta visitava a empresa que o patrão admi-
nistrava. No entanto, ele disse:
- Pode continuar sentada, Júlia. Se não estou enganado,
já sei o motivo da audiência com a senhorita Lacombe. Você
pode escutar o que ela tem a me dizer.
Júlia esteve indecisa, mas voltou a sentar-se, sem con-
sultar a advogada. Esta não se deu ao trabalho de lhe dirigir a
palavra. Disse a Charles:
- Muito bem, acho que adivinhou o motivo da minha
DECADÊNCIA22
presença. Tua esposa me ligou e disse que era fácil eu te en-
contrar aqui. Vejo que ela tinha razão.
- Vamos pular essa parte onde ficamos enrolando para
dizer o motivo desta reunião de urgência. Diga logo a que
veio - quase se irritou ele.
- Epa, calma. Apenas faço o meu trabalho. Tua esposa
me contratou para que eu encaminhasse os papéis de divór-
cio, e pediu que eu negociasse por ela a sua pensão.
- Há dois enganos aí, senhorita. O primeiro é que ela
não é mais minha esposa, então chame-a de ex, por favor. O
segundo é que nos casamos com separação de bens, e nunca
tivemos filhos. Logo, ela não tem direito a pensão. Por últi-
mo, ela é jovem e pode muito bem trabalhar, se não quiser
usar a herança deixada pelos pais.
- Entendo a tua irritação. Ela reivindica uma pensão,
enquanto não encontra trabalho. Não acha que tem esse di-
reito, depois de trinta anos de casados?
- Não sou eu quem estou me separando.
- Ainda pretende reconciliar-se com ela?
- Não. Nem pensar. Afirmo que, agora que chegamos a
uma separação, não tem mais volta.
- Eu não sabia que tinham casado com separação de
bens.
- A ideia foi dela. Quando a conheci, ela era filha única
e temia que eu me apossasse da herança deixada pelos pais.
Na verdade, o próprio pai dela foi quem sugeriu a separação
de bens, antes de falecer. Na época, eu era um pé-rapado e
não esperavam que eu tivesse o sucesso profissional que te-
nho hoje.
- Tem provas disso? Quero dizer, do casamento com
separação de bens?
- Claro. Guardo essa documentação com muito cari-
nho em um cofre, na empresa. Para o caso de um dia precisar
dela.
- Tua esposa... desculpe, tua ex sabe desses documen-
DECADÊNCIA 23
tos?
- Por que pergunta? Estão assinados por ela.
A advogada esteve pensativa. Pediu licença e foi ligar
para alguém, do seu celular, afastada do casal. Júlia pergun-
tou:
- Pelo que te vi arrasado hoje, achei que ainda quisesse
voltar para ela.
- No momento em que sentei-me no carro, sim. Mas
depois dessa nossa aventura, estive pensando melhor. Não
daríamos mais certo, eu e ela. Prefiro recomeçar minha vida
com outra pessoa.
A advogada voltou. Pediu desculpas pela interrupção e
foi logo dizendo:
- Ela disse que não lembrava mais desse documento.
No entanto, se contradisse quando afirmou depois que esteve
procurando essa certidão entre os papéis guardados em casa
e não a encontrou. Daí, achou que você não estava mais de
posse dela. Pode me dar uma cópia dessa certidão de casa-
mento?
- Ela ficou com uma cópia. Deveria saber onde a guar-
dou. Mas você pode muito bem localizar esse documento no
cartório onde nos casamos, não?
- É que isso facilitaria meu trabalho.
- Desculpe, mas não estou afim de facilitar nada para
ela.
- Eu te entendo. Faça isso por mim, então. Eu te peço
encarecidamente. Quanto mais rápido resolvermos isso, me-
lhor.
Ele pegou o próprio celular e teclou um número. De-
pois, falou:
- Rosalvo, tem uma cópia da minha certidão de casa-
mento na minha gaveta. Tire mais de uma cópia e peça para
DECADÊNCIA24
me entregarem no restaurante onde costumo atender clien-
tes. Você sabe onde é?
Esteve escutando, depois disse:
- Sim, esse mesmo. Peça para que me tragam aqui, por
favor. Estarei esperando.
Depois que desligou, disse à advogada:
- Devem demorar cerca de uma hora. Convido-a a al-
moçar conosco.
Ela aceitou. Pediram, finalmente, o cardápio. Escolhe-
ram uma comida leve. Depois de almoçarem, estiveram con-
versando. A advogada perguntou:
- Se me permite a indiscrição: o que levou à separação?
- Não sou de falar mal na ausência de ninguém, Môni-
ca. Acho melhor que pergunte a ela.
- Perguntei. Mas não acreditei no que disse: que você
evitava o sexo.
- Já disse, prefiro não dar a minha versão. Não vale a
pena.
- Andei sondando umas pessoas, e todas te inocenta-
ram. Disseram que nunca ouviram dizer que você a traía.
- Nunca fiz isso. Não tive tempo nem vontade.
- E por que não cede uma pensão para ela? Sei que er-
gueu um grande patrimônio.
- É verdade. Não posso reclamar. Mas ontem, quando
discutimos feio, eu ofereci um emprego para ela na empresa
de um amigo meu. Ela recusou. Pelo visto, quer viver às mi-
nhas custas. Não lhe dou esse direito por nunca ela ter me
dado, também. Jamais pedi sequer um centavo a ela. Que ela
não me peça também.
Aí, um contínuo chegou com a cópia da certidão de
casamento. Localizou o patrão e foi até ele. Entregou-lhe o
DECADÊNCIA 25
envelope. Charles Torres o abriu, conferiu e depois entregou
o documento à advogada. Esta deu uma demorada olhada,
depois disse:
- Você tem razão. Está tudo explicado aqui. Foi ela
quem requereu a separação de bens. Desculpe ter te dado
esse incômodo. Não ouvirá mais falar de mim. - Disse ela, se
levantando e apertando a mão do coroa. Foi-se embora sem
dar nem um tchau a Júlia. Esta disse:
- Mulherzinha mal-educada. Ainda bem que se foi.
Mas vi que ela gosta do senhor.
- Como sabe disso?
- Coisa de mulher. Intuição, sei lá...
- Eu a conheci no mesmo dia em que conheci minha
esposa. Ambas eram muito amigas. Ela andou se insinuando
para mim, mas nunca gostei de advogados. Acho uma raça
muito interesseira. Ainda andou querendo transar comigo,
às escondidas de minha esposa, mas eu não tinha interesse.
- Porque era casado?
- Acho que sim. Nunca me perguntei sobre isso.
- Posso ir embora, senhor Torres? - Perguntou o contí-
nuo, que ainda aguardava ordens.
- Sim, está dispensado, Brito.
- Posso levá-lo de volta, senhor? Preciso falar com ele...
Vai me abandonar aqui, Júlia?
- Não, não senhor. É que tem algo que eu gostaria de
falar com Brito. Depois, volto aqui e continuaremos a nossa
jornada, se o senhor não se importar.
Júlia demorou. Em sua ausência, no entanto, a advoga-
da voltou. Trazia novos documentos e pediu permissão para
sentar-se. Charles perguntou:
- Por que voltou? Podia levar esses papéis para que eu
assinasse amanhã.
- Tua motorista me alcançou e disse que você queria
DECADÊNCIA26
falar comigo. Levou-me até o meu escritório, esperou que eu
juntasse a documentação e me trouxe de volta aqui. Está te
esperando no carro, lá fora.
- E por que ela fez isso?
- Disse-me que percebeu que eu sou afim de ti. E que eu
aproveitasse enquanto você está frágil por causa da separação
- disse ela, insinuante.
- E você é afim de mim?
- Desde que te conheci. Infelizmente, você sempre só
teve olhos para a minha amiga. Por mais que eu tenha tenta-
do, nunca deu a devida atenção para mim.
- Eu estava ocupado em fazer minha esposa feliz, Mô-
nica.
Ela baixou a cabeça. Depois disse, ainda sem olhar para
ele:
- Pois eu te teria feito mais feliz do que ela.
Ele a esteve olhando por um tempo. Depois, pergun-
tou:
- Qual é a jogada agora, Mônica? Desculpa, mas sem-
pre te achei uma pessoa interesseira.
- Confesso que sim. Vim do nada, como você. Tive que
ralar para sobreviver, pois não conheci meus pais. Fui criada
num orfanato. Os pais da tua esposa queriam me adotar, e
até me levaram para a casa deles, mas nunca homologaram a
minha adoção. Quando faleceram, decidi que não precisaria
mais de ninguém para ajeitar minha vida.
- Percebo que você tem uma certa inveja de minha ex
esposa...
- Não é inveja. É ódio. Soube que nunca fui adotada
pelos pais dela porque ela os impediu.
- Como pode ter certeza?
- O pai dela mesmo me disse isso, no leito de morte.
Pediu que eu perdoasse a filha.
DECADÊNCIA 27
- Não sabia desse detalhe. Então, se a odeia, por que a
está ajudando contra mim?
- Porque pretendia chantageá-la depois.
- Como assim?
A advogada não respondeu de imediato. Retirou um
envelope da bolsa de couro que tinha nas mãos e entregou-o
a Charles. Ele abriu o objeto e retirou de dentro umas fo-
tos. Eram vários flagrantes de sua mulher ao beijos com um
homem. O coroa reagiu bem à provocação. Não se alterou,
quando perguntou:
- O que está querendo me dizer com isso?
- Não vê? Tua esposa te traía, por isso agora quer o di-
vórcio.
- Quem tirou essas fotos?
- Eu mesma. Pretendia fazer chantagem contra Simo-
ne. Mas desisti. Você pode usar melhor essas provas para não
dar nenhum dinheiro a ela e ainda pedir uma grana a ela.
- Não, não vou fazer isso. Nem preciso de dinheiro
dela, nem quero usar de chantagem.
- Então, destrua essas fotos. Não fiz cópias.
- O que você está pretendendo com tudo isso, Mônica?
Deve existir um interesse oculto.
Ela demorou a responder:
- Eu quero você. Sempre te amei. E você não precisa
casar-se comigo. Basta me dar mais atenção. Podia começar
me convidando para uma noite de amor...
- Eu tinha outros planos para hoje.
- Eu sei. Ia transar com a tua motorista. Ela me disse.
- Ela te disse?
- Sim. Também disse que era afim de você. Que, se eu
não conseguisse te convencer a irmos a um motel, ela não
abriria mais mão de você para mim.
DECADÊNCIA28
Charles Torres pegou seu celular novamente e teclou
um número. Júlia atendeu. Confirmou:
- Eu levo vocês para um motel. Transe com ela. Eu sa-
berei esperar a minha vez.
Pouco depois, a motorista deixava o casal na casa da
advogada. Ela estava contente, agarradinha a ele. Torres, no
entanto, parecia incomodado com aquela intimidade. Quan-
do pararam na frente do prédio onde ela morava, o coroa
disse de forma convincente:
- Sinto muito, Mônica. Eu não sinto nada por ti. Não
me sentiria bem fodendo contigo.
Ela ficou triste, mas concordou:
- E eu não quero nada forçado. Quem sabe um dia a
gente ainda se encontre e tire a dúvida de que seríamos com-
patíveis ou não?
Quando a advogada entrou no prédio, a jovem moto-
rista se atirou nos braços do patrão. Exclamou:
- Muito obrigada, meu Deus. Estava torcendo para que
o senhor não aceitasse ficar com ela. Vamos embora daqui.
Quero te foder bem muito! Mas não num motel. Também
quero te levar à minha casa.
E assim foi. Não demorou muito a estarem a sós, nus,
na sala da residência dela. Ela o beijava com sofreguidão,
com violência até. Assim que fecharam a porta e tiraram ur-
gente a roupa, ele a fodeu em pé, encostando-a na parede.
Ela empinou o bundão e ele fincou seu enorme caralho na
xereca dela, por trás, mas sem enrabá-la ainda. Ela espalmou
as mãos na parede e ficou na ponta dos pés, depois se aga-
chando, enfiando-se num serpenteio, na rola dele. Ele lhe deu
uns tapinhas na bunda e ela deu uns gritinhos de felicidade.
Achou muito excitante as palmadas dadas por ele. Mas aí, sua
DECADÊNCIA 29
jeba não estava lubrificada o bastante e ela virou-se de frente.
Agachou-se e mamou seu caralho até que este ficasse bem
lambusado de saliva.
Quando voltou a se levantar, ergueu a perna e ficou de
ponta de pé, até que o calcanhar se apoiasse no ombro dele.
Ele lhe meteu de novo a rola na xoxota. Júlia apoiava a mão
por trás da dobra do joelho, para poder levantar a perna com
mais elasticidade. Ele voltou a lhe dar tapinhas na bunda. Aí
ela subiu a outra perna e ele apoiou com os braços suas náde-
gas, deixando-a suspensa. Puxava-a um pouco para cima, de-
pois soltava-a. Ela ficava subindo e descendo, se estrepando
em sua enorme pica. Sua boceta estava encharcada e a moça
escorregava macio no pau dele. Até que ela pediu que ele lhe
invadisse o cu.
Ele a carregou suspensa até um sofá e deixou-a de qua-
tro sobre ele. Apontou a vara sem muito cuidado e enfiou-a
sem pena no ânus dela. A morena urrava de dor e prazer.
Finalmente, lançou um forte jato de esperma contra o encos-
to do sofá. Ele também não demorou a encher o cu dela de
porra.
FIM DA QUARTA PARTE
DECADÊNCIA30
5. Uma chupada maravilhosa
da garçonete
Depois da foda bem dada, os dois estiveram descansando.
Charles aproveitou para perguntar:
- O que tanto queria conversar com o Brito, posso sa-
ber?
- Ele havia me chamado para sairmos hoje, pela pri-
meira vez. Eu já havia aceitado, pois não esperava a nossa
gandaia. Fui desmarcar e dizer que tinha conseguido, final-
mente, um namorado.
- Disse-lhe que estava comigo?
- Não, claro que não. Isso só interessa a nós dois, não?
- Sim. Você tem razão. E por quê quis me juntar à Mô-
nica?
- Eu precisava saber se você me preferia a ela. Estou tão
feliz!
DECADÊNCIA 31
Os dois se beijaram. Ele a puxou pela mão e foram to-
mar banho juntos. Não rolou sacanagem. Ambos já estavam
satisfeitos de sexo. Ele perguntou:
- E agora, onde continuaremos a nossa farra?
- Agora, por enquanto, descansamos. À noite, quero ir
a uma boate qualquer, pra gente dançar um pouco. Que tal?
- Bem pensado. Então, vamos dormir.
Saíram da casa dela cerca das dez da noite. Ela estava
linda, com um vestido vermelho, e ele vestia seu terno de tra-
balho. Era uma casa noturna chique, no vigésimo andar de
um edifício de um bairro nobre do Recife. Ele estava maravi-
lhado com o luxo do local. Quis saber:
- Como descobriu este lugar?
- Não fui eu. Foi Brito. Ele queria me trazer hoje para
cá. Achei o endereço através da Internet do celular.
Charles sorriu. A garota não era nada besta: estava se
divertindo no mesmo lugar, mas com um cara diferente. Ele,
no entanto, estava mal vestido para o ambiente. A maioria
usava fraque. Comentou sobre isso, mas ela não deu muita
importância ao fato. Disse que ele até deveria tirar o paletó
e ficar só de camisa e gravata. Foi o que ele fez. Nem bem se
acomodaram a uma das mesas, uma loira veio até eles. Ela
disse:
- Com licença. Não creio que estejam sabendo das re-
gras deste estabelecimento. Nunca os vi por aqui. Portanto,
acho que vou ter que lhes informar...
- E qual seriam as tais regras?
A mulher foi bem cerimoniosa:
- Não aceitamos pessoas acompanhadas, pois essa é
uma boate para solteiros. Se olharem bem, há duas alas para
as pessoas. A da direita, aqui onde estão, é reservada aos ca-
DECADÊNCIA32
valheiros. A da esquerda, para as damas. Não aceitamos ne-
gativas para a dança: tanto mulheres como homens podem
ser chamados ao salão. A recusa nos dá o direito de não que-
rermos mais a pessoa no nosso recinto. Se o cliente for “cor-
tado” por alguém, é só dizer que nós colocamos a pessoa para
fora.
- E como farei, se gostar de alguma mulher daqui?
- O Senhor pode trocar cartão com ela. Dê seu nome e
nós mesmos confeccionaremos o cartão em alguns minutos.
- Agradeço, mas preferimos ir embora - disse ele.
- Não, amor. Acho que vai ser divertido. Vamos apostar
quem de nós dois vai ser chamado mais vezes para dançar.
- Está bem. Quer me dar a honra de dançar essa músi-
ca, senhorita? - Perguntou ele.
- Quem, eu? - Perguntou a loira que os havia recepcio-
nado.
- Sim, por que não?
- Eu não posso, senhor. Estou aqui a trabalho.
Charles pediu licença e saiu de perto delas. Caminhou
resoluto até um dos seguranças e esteve conversando com ele.
De vez em quando olhava em direção a loira, que permanecia
perto de Júlia. Dali a pouco, o segurança veio com ele de volta
a mesa. Disse para a loira:
- Este senhor está reclamando que foi rejeitado para
uma dança. A senhorita sabe bem as regras daqui. Por favor,
acompanhe-me.
- Ei, mas eu trabalho aqui.
- A regra é para todos. Tem um cartaz ali que explica
bem isso. Portanto, faça-me o favor de se retirar desse esta-
belecimento.
A moça olhou para Charles furiosa. Contudo seguiu o
segurança. O administrador chamou a motorista para dan-
çar. Ela ria a valer com o ocorrido. Disse, ainda rindo:
DECADÊNCIA 33
- Poxa, amor, você é vingativo. Não conhecia essa tua
faceta. Vamos dançar e continuar aqui?
- Não, não... vamos para outro lugar. Não sei porque
Brito te chamou para vir com ele para cá, se não podia ficar
contigo o tempo todo.
-Não percebeu? Brito é gay. Na verdade, é travesti. Vi-
ria vestido de menina.
- Puta que pariu. É cada uma!
Os dois riram a valer. Ao término da música, saíram da
boate. Quando chegaram embaixo, a moça loira ainda discu-
tia com o segurança. Charles foi até eles.
- Pode deixá-la voltar ao trabalho, Chicão. Foi apenas
uma bincadeira minha. Me desculpem. Mas não pretende-
mos ficar mais aqui. Obrigado pela atenção - e colocou cem
reais em dinheiro na mão de cada um. A moça, num instante,
mudou de atitude. Tinha o melhor dos seus sorrisos quando
disse para ele:
- Obrigada, senhor. Comigo, pode brincar mais vezes
desse jeito.
- Comigo, também - afirmou o segurança, também rin-
do.
Charles apertou a mão de ambos e foi embora com Jú-
lia. Quando se sentaram no carro, ele perguntou:
- E agora, para onde vamos?
Ela esteve pensativa, depois deu partida. Não disse a
ele qual o destino. Mas, cerca de meia hora depois, paravam
na frente de um bar bem movimentado, animado por uma
banda que tocava e cantava música popular. A frequência, no
entanto, era de pessoas na faixa etária dos trinta anos. Havia
poucos coroas.
- É, parece bem animado, mas para um público mais
DECADÊNCIA34
jovem. Já te falei que não aprecio isso.
- Pois se pretende sair mais vezes comigo, vai precisar
se enturmar com as pessoas da minha idade. E lembre-se que
nós mulheres gostamos mais de coroas...
Ele sorriu. Ela estava dizendo uma grande verdade.
Percebeu que algumas jovens olhavam para ele, demonstran-
do interesse. Uma, inclusive, apontou-o à amiga. As duas fi-
caram olhando para Charles com insistência. Ele piscou-lhes
um olho e elas jogaram um beijinho na ponta dos dedos. Júlia
percebeu:
- Tá vendo? Já começou a fazer sucesso entre as menu-
das.
Uma garçonete muito boazuda e bonita veio atender-
lhes. Pediram cervejas. Ela trouxe bem geladas, pois eram
garrafinhas de 350ml. Beberam do gargalo. Na terceira garra-
finha, Júlia pediu licença para ir ao banheiro. Assim que en-
trou no toalete, uma das jovens que tinha encarado Charles
se aproximou dele e lhe entregou um pedaço de papel. Disse
ao ouvido dele:
- Eu e minha amiga gostamos do senhor. Aí tem nossos
telefones. É só nos ligar e nós duas sairemos contigo.
- Eu estou acompanhado, guria.
- Ela não vai ligar. É acostumada a vir aqui com uma
coroa. Ficam aos beijos e abraços.
- Uma coroa? Está me dizendo que ela é lésbica?
- Não sabia disso? - Disse a jovem, se afastando. Havia
percebido que Júlia voltava do gabinete sanitário.
Charles guardou o pedaço de papel no bolso. Quando
Júlia chegou e sentou-se de novo, foi logo perguntando:
- O que a gostosa queria contigo?
- Pediu para se sentar à nossa mesa - mentiu ele.
- Ora, por que não aceitou?
DECADÊNCIA 35
- Você gostaria de estar com elas? Achei que não gos-
tasse de mulheres...
- E não gosto. Mas ia ser divertido ver as duas te can-
tando. Quem sabe não faríamos um programa nós quatro?
Charles ficou cismado com aquelas palavras, mas não
disse nada. Ficara com uma pulga atrás da orelha, quando
a jovem falou que ela ia ali e ficava de namorico com uma
coroa. Quem seria a tal coroa? Ficou na dele. Depois, tiraria
essa história a limpo. Naquele momento, queria mais se di-
vertir. Tocava uma música gostosa de se dançar e ele chamou
a motorista. Dançaram agarradinhos, num sarro sensual. Ele
nunca havia dançado daquele jeito, nem em seus tempos de
jovem. Num instante esqueceu das suas desconfianças contra
a amante. Quando voltaram à mesa, estava lá uma das jovens.
A que entregara o bilhete tinha ido embora. O casal se apro-
ximou. A moça, a mais jovem e bonita das duas, pediu:
- Minha amiga me deixou sozinha e foi embora. Não
tenho como voltar, pois foi ela que me trouxe de carro. Será
que posso ficar com vocês?
Charles olhou para Júlia e ela consentiu com um balan-
çar de cabeça. A outra moça ficou contente e agradeceu. O
empresário perguntou:
- Como é o teu nome?
- Isadora. E o de vocês?
- Eu sou Júlia e ele é Charles, Isadora. Por que tua ami-
ga foi embora?
- Ela é sapatão. Queria transar comigo. Eu não gosto de
mulher. Gosto de macho. E quanto mais roludo, melhor.
Charles percebeu que a mocinha já estava alcoolizada,
mas não disse nada. Pediu mais três cervejas, pois vira que
ela estava bebendo as tais garrafinhas antes. Ela, bem dizer,
bebeu toda a garrafinha de um só gole. Perguntou se podia
DECADÊNCIA36
pedir outra. Antes que Charles dissesse alguma coisa, Júlia
chamou de novo a garçonete. Cochichou algo ao ouvido dela.
A morena gostosona deu um sorriso e afastou-se. Voltou com
uma cerveja bem gelada e entregou-a à Isadora. Piscou um
olho para Júlia e saiu de perto, para atender um outro cliente.
Charles aproveitou para ir ao sanitário. Lá, olhou o papel que
tinha no bolso. Estava escrito, em letras garrafais:
CUIDADO COM ESSA VIGARISTA.
Abaixo, havia dois números de telefones celulares, mas
nenhum nome. Resoveu-se a ligar. Pegou seu celular do bolso
da calça e fez a ligação. Atendeu uma voz feminina:
- Pronto. Quem fala?
- Você não sabe meu nome, mas nos conhecemos hoje
à noite, quase ainda agora.
- Ah, o coroa bonito. A mulher que estava comigo já foi
para a mesa de vocês?
- Sim, está conosco. Por que me deu aquele bilhete?
- Ela é uma tremenda de uma pilantra. Também é la-
dra. Cuidado com ela. Ainda bem que ficou interessada em
vocês. Isso me deu a chance de ir embora. Ela queria grudar
em mim.
- Você a conhece há muito tempo?
- Só de vista. Mas todos no bar a conhecem. Pode per-
guntar à garçonete. Foi ela quem me alertou, mas eu não quis
ouvir.
- Obrigado pelo aviso... como é teu nome?
- Não coloquei no bilhete?
- Não. Só o telefone.
- Meu nome é Nilda. Eu gostei de você. Se quiser me
ligar de novo, pra gente tomar umas cervejas, eu iria adorar.
- Tá, Nilda. Quem sabe, te ligo um dia. Você está em
casa?
- Não. Saí daí e fui para um bar perto. Estou bebendo
DECADÊNCIA 37
e só pretendo sair daqui bêbada. Por que não vem para cá e
toma umas comigo? Está perdendo tempo com aquela sapa-
tão.
Charles desligou, sem nem se despedir da mulher. Ia
saindo do banheiro quando olhou para a mesa onde estavam
Júlia e a outra. O que viu o deixou pasmo. As duas estavam
no melhor dos beijos. Colado. De língua. Ele respirou fundo.
A mulher para quem ligara tinha razão. Por isso, resolveu-se
a ir embora. Foi até o balcão, pediu a conta e deixou mais
seis garrafinhas pagas. Depois, saiu de fininho do bar, sem
ser visto pelas duas mulheres. Estranhou não ver a garçonete
que lhe estava atendendo. Ao chegar ao seu carro, estaciona-
do na área do bar, a viu esperando alguém na rua. Entrou no
carro, saiu do estacionamento dirigindo e aproximou-se dela.
Perguntou:
- Posso te dar uma carona? Ou está esperando alguém?
- Estou esperando um táxi. Se não for incômodo, gos-
taria de uma carona, sim.
- Para onde está indo?
- Para um bar aqui perto. E já estou bastante atrasada.
Vou fazer outro turno lá, querido. Só vou para casa às sete da
manhã.
- Deve ser cansativo. Trabalha todos os dias?
- Lá, sou freelancer. Aqui, sou contratada. Posso te fa-
zer uma pergunta?
- Claro. Quantas quiser.
- Você e tua acompanhante brigaram? Ela me deu um
comprimido e pediu para colocar na bebida daquela vigaris-
ta.
- Você a conhece?
- Quem, a tua acompanhante ou a outra?
- Ambas.
- Sim. Uma é ladra, e rouba clientes, principalmente
mulheres.
DECADÊNCIA38
- E por que não a denunciam?
- Por que é prima do dono, oras. Quem quer ser demi-
tido?
- E a outra?
- Júlia? Júlia vem sempre aqui com uma coroa. Não sei
o nome dela, mas é muito bonita. As duas passam quase o
tempo todo se beijando.
Nisso, a morena garçonete disse:
- Ali. Pode parar ali. É onde eu trabalho depois que saio
de onde eu estava. Não quer entrar e tomar umas? Prometo
não te cobrar, por me dar carona até aqui.
- Oh, eu posso pagar, criatura. Mas gostaria de conhe-
cer esse bar. Parece mais tranquilo que o outro.
Entraram. Ela o deixou sentado à uma mesa, depois foi
ao balcão. Esteve discutindo com o balconista, em seguida
voltou triste. Sentou-se à mesa e disse:
- Cheguei muito atrasada. Já colocaram um garçom no
meu lugar. Posso tomar umas contigo?
- Claro. Peça o que quiser.
Ela pediu uma cerveja. Esteve bebericando, tristonha,
depois disse:
- Acho melhor que eu vá para casa. Pelo menos, des-
canso por hoje. Se quiser continuar bebendo, compre umas
cervejas e tomamos lá em casa. Moro sozinha. Depois, você
pode dormir comigo.
Ele pensou um pouco, depois aceitou. Havia se aca-
bado o encanto com a motorista. Ela negou, negou, mas no
fim demonstrou ser lésbica. Ele não aceitava bissexuais. Não
combinavam com a sua maneira de ver o mundo. Não chega-
va a ser homófobo, mas não tolerava o sexo entre duas pesso-
as do mesmo gênero. A garçonete disse:
DECADÊNCIA 39
- Espere aqui. Vou pegar as cervejas da gente. Volto já.
Quando ela caminhou até o balcão, Charles a ficou
olhando. Era uma bela morena, alta e gostosona. Era char-
mosa, sem ser vulgar. Aí, resolveu olhar em volta, para saber
como eram as pessoas que frequentavam o local. Foi quando
viu a jovem que lhe havia entregado o bilhete. Mas ela não o
viu. Estava conversando com um cara, sentado à mesa. Pare-
ciam discutir. A garçonete voltou e ele foi embora com ela.
A garçonete morava num bairro de classe média do Re-
cife. Seu apartamento era mobiliado com muito bom gosto.
Ele perguntou:
- É alugado?
- Não, me foi deixado por meu marido. Na verdade, ele
era meu amante. Um coroa de uns sessenta anos. Morreu de
câncer. A esposa ficou com a pensão total, pois eu não quis
brigar por isso. Mas fiquei sem grana e tive que trabalhar.
- Vocês tiveram filhos?
- Quem dera. Eu sou estréril. Mas sempre quis ter um
filho. Já pensei até em adotar, mas há muita burocracia para
isso. Porém, não quero falar disso. Fico triste. E quando fico
triste, fico afim de fazer amor.
Ela disse isso e foi tirando a roupa, depois de colocar
as cervejas na geladeira. Em seguida, tirou as dele, também.
Sorriu quando descobriu seu enorme pau. Deitou-o no sofá
e começou a chupá-lo. Num instante, o pau ficou duríssimo.
Ela tinha seios pequenos e um bocetão de dar gosto. Ele a
deitou sobre si e formaram um meia nove. Ele a chupou tam-
bém. Ela parecia levar um choque a cada vez que ele tocava
com a língua seu pinguelo. Abriu bem os lábios vaginais dela
e lambeu ali. Ela começou a gemer baixinho, como se não
quisesse incomodar os vizinhos. Começou a masturbá-lo,
enquanto lhe sugava a glande e lambia a chapeleta com uma
DECADÊNCIA40
sensualidade nunca vista pelo cara. Depois, fugiu do seu to-
que, descendo do sofá, mas sem deixar de chupá-lo. Então,
ele a pode ver em ação. Ela chupava e lambia como se aquilo
fosse a coisa que mais gostava no mundo. E o fazia com enor-
me competência. Tanto que, ao decorrer de alguns minutos,
ele já se aproximava do gozo. Ele disse:
- Estou quase gozando. Vou acabar gozando na tua
boca.
- Goze, meu homem. Adoro engolir porra. Me dá um
imenso prazer.
- Não quer que eu te foda a boceta?
- Não tenho pressa. Meu coroa já não tinha ereção sufi-
ciente para me foder, então eu me divertia o fazendo gozar na
minha boca. Pena que ele também não tinha muito esperma.
Eu gosto de...
Não teve tempo de completar a frase. Charles espor-
rou-se todo na boca dela. uma gozada cavalar, com muita
porra. Ela ria feliz, a cada jato que atingia seu rosto. Depois
o chupava, pedindo que ele gozasse mais. Só parou quando
engoliu todo o seu esperma e deixou o caralho dele mole e
limpinho.
FIM DA QUINTA PARTE
DECADÊNCIA 41
6. Com duas ao mesmo tempo
Agarçonete devia estar mesmo cansada pois dormiu
quase que imediatamente após o sexo. Ele nem disse
seu nome. Também não sabia o dela. Charles tomou mais
uma cerveja, esperando que ela descansasse um pouco, pois
ainda queria fodê-la. Continuava com grande tesão em sua
bocetona raspadinha e lisa. Depois, resolveu-se a deixa-la
dormir. Vestiu-se e foi-se embora. Fechou a porta do apar-
tamento dela e jogou a chave por baixo. Quando entrou no
carro, seu aparelho celular estava com o visor aceso, indi-
cando que alguém lhe tinha ligado. Havia lá umas quatro
ligações de Júlia. Desligou totalmente o telefone. Não estava
afim de discutir com ela. Olhou para o relógio de ouro que
usava no pulso. Ele indicava ser pouco mais de uma hora da
madrugada. Estava cedo.
Voltou ao bar onde deixara a garçonete. Queria ver
DECADÊNCIA42
se a moça que lhe entregara o bilhete, alertando sobre a
vigarista, ainda estava lá. Estava. Viu-a na mesma mesa,
acompanhada do mesmo cara de antes. Mas, agora, já não
discutiam. Parecia até que haviam feito as pazes e estavam
numa boa. Mas foi só a mocinha o ver, para ficar de novo
interessada nele. Charles fez-lhe um aceno discreto e sen-
tou-se à mesa. Pouco depois, pedia uma cerveja ao garçom.
Nilda, a garota que conhecera no outro bar, falou algo para
o acompanhante e levantou-se da mesa. Caminhou em sua
direção. Perguntou:
- Posso sentar-me?
- Já não estava acompanhada?
- É um ex-namorado. Cara muito chato. Acredito que
estarei melhor com você.
- Não quero confusão, Nilda.
- Oh, ainda se lembra do meu nome? Já é um bom
começo.
- Na verdade, vim tirar uma dúvida: quem é a coroa
que você disse ter visto com aquela morena que eu estava
com ela?
- A garçonete?
- Não. A beijoqueira.
- Ah, sei. Espere um pouco. Vou buscar meu celular lá
na mesa e volto já.
Ela foi, pegou o celular na mesa onde estava o cara
que estivera discutindo com ela, falou alguma coisa para ele
e voltou. Só que o cara não gostou de ter sido abandonado e
veio tirar satisfações. Pegou a jovem fortemente pelo braço,
antes dela se sentar. Ela tentou desvencilhar-se da mão dele,
mas não conseguiu. Charles levantou-se calmamente e disse
para o cara:
- Solte a menina. Pelo jeito, ela prefere estar comigo.
De pé diante do cara, o coroa parecia grandalhão. O
DECADÊNCIA 43
jovem era baixinho, devia medir pouco mais de um metro e
meio de altura. Mesmo assim, encarou Charles:
- O que é, coroa? Vai estrilar? A mulher estava comigo
e não vou deixar que a leve de mim sem luta.
- Eu não pretendo brigar com você, fedelho. Não bato
em crianças.
O garçom interveio. Disse ao rapaz:
- O cara não é de briga, mas eu sou, camarada. E es-
tou doido para dar uns sopapos. Portanto, se quer continuar
com os dentes na boca, deixe o casal em paz.
- Dois contra um é covardia - disse o jovem, voltando
para a mesa onde estava sentado.
A moça deu um beijinho no rosto do garçom, agrade-
cida. Esse afastou-se da mesa e foi atender outros clientes.
Ela voltou a se sentar perto de Charles. Manuseou o celular
e mostrou uma foto a ele: a motorista e uma coroa se beijan-
do. Dava para ver bem o rosto de ambas, pois a foto havia
pego as duas de perfil. O coroa pareceu não se espantar com
o que via.
- Eu já desconfiava de quem era a acompanhante da
minha motorista. Esta é a minha esposa, apesar de parecer
estar de peruca. Essa não é a cor natural do seu cabelo.
- Tua esposa? Porra, meu. Sacanagem.
- Pois é. Eu me separei dela ontem. Vivíamos sempre
brigando, ultimamente. Agora, sei o motivo.
- Quem é a moreninha, tua motorista?
- Sim. E eu que pensei que ela estava me ajudando a
esquecer minha mulher. Deve estar mancomunada com a
minha esposa. Só não sei o motivo. Mas não deve ser nada
de bom.
- Sinto muito. Não esperava que fosse tua esposa. Isso
deve doer, não é?
- Não tanto quanto ao que deve estar sentindo o teu
namorado, ao nos ver juntos. Eu, pelo menos, não sabia que
DECADÊNCIA44
era traído.
- Foi ele quem me traiu primeiro. Me deixou para ficar
com uma amiga minha. Mas o namoro deles não deu certo,
então tem vindo atrás de mim para eu aceita-lo de volta.
- Sinto muito. No entanto, vou precisar dessa foto que
me mostrou, Nilda. Quanto quer para enviá-la para o meu
e-mail?
- Te mando esta e outras que bati se você me levar da-
qui para um motel. Faz tempos que não transo e fiquei afim
de você. É um coroa muito bonito.
- Infelizmente, estou satisfeito de sexo por hoje, garo-
ta. Mas prometo estar contigo amanhã.
- Acha que não teria mais tesão, se fôssemos transar
hoje?
- Sim. E não quero te deixar frustrada.
Ela esteve olhando para ele. Depois, perguntou:
- Tem aquilo grande?
- Enorme.
- Do jeito que eu gosto. Façamos um trato: me leva
para um motel e deixa o resto comigo. Ainda sei fazer um
homem ficar afim.
- Não é melhor deixarmos para quando eu estiver
mais descansado?
- Não. Quero testar a minha competência. Se não qui-
ser pagar motel, vamos lá pra casa. Eu moro com minha
irmã. Ela vai gostar que eu leve um macho de rola grande.
Também adora foder e atualmente está sem namorado.
- Acha que ela vai gostar de mim?
- Peraí - disse ela, tirando uma foto de Charles. Escre-
veu algo e enviou por celular. Não demorou a ser ouvido o
toque característico da resposta. Ela ficou contente.
- Minha irmã também gostou de ti. Pediu para te levar
lá pra o apê imediatamente.
- Vocês tem cervejas em casa?
DECADÊNCIA 45
- Levamos daqui. Você paga?
Pouco depois, os dois chegavam a um pequeno edifí-
cio de dois andares, num bairro pobre da zona Sul do Reci-
fe. A irmã de Nilda veio espera-los no portão. Eram gêmeas
idênticas. Falou, quando eles desceram do carro:
- Oi, eu sou Nalda. Minha irmã sabe escolher. Você é,
mesmo, muito bonito.
- Vocês também são bonitas, Nalda. Costumam tran-
sar com os namorados da outra?
- Às vezes o cara nem sabe com quem está trepando,
principalmente quando está bêbado. Aí, a outra sempre se
aproveita da situação. - Disseram as duas ao mesmo tempo,
ambas rindo.
Entraram. Ele falou, já dentro do apê:
- Eu gostaria de tomar um banho, antes.
- Oh, claro. Nós duas daremos um banho em você. -
Disseram, de novo, ao mesmo tempo.
Foi um banho demorado. As duas se empenharam
em deixa-lo bem satisfeito. Enquanto uma o ensaboava, a
outra lhe chupava o pau. Depois, revezavam-se. Ele fechou
os olhos. Num instante, já não sabia mais quem era quem.
Nilda e Nalda usavam e abusavam do seu corpo. E ele gos-
tando. Depois, o levaram para o quarto. Ali, a safadeza foi
maior. Uma lhe lambia as bolas enquanto a outra o chupava.
Depois, a outra o deitou na cama e veio por cima. Queria
ser chupada por ele. Charles meteu-lhe a língua na boceta,
enquanto a outra o chupava no cacete já duríssimo. Em se-
guida, montou nele enquanto a irmã ainda esfregava a bu-
cha no rosto do cara. Mas não demoraram muito para tro-
carem de lugar, uma com a outra. O coroa se prendia para
não gozar logo. Demorou quase meia hora para ejacular.
As duas se atiraram de boca em seu caralho e só largaram
DECADÊNCIA46
quando não tinha mais nem um pingo de porra. Pediram
para ele descansar, pois queriam continuar a sessão de fo-
das. Pararam para beber cervejas.
Estiveram conversando, mas nada de importante.
Mesmo assim, Charles ficou sabendo que eram trigêmeas,
mas uma já estava casada e não morava mais com elas. Nil-
da contou como conhecera o coroa. A outra ficou penali-
zada pelo fato dele estar se separando. Depois de tomarem
a quinta garrafa, voltaram a transar. Mas aí, o pau do cara
estava meio bambo. Pediram que ele dormisse um pouco.
Não escaparia do sexo matinal com as duas, de manhã.
Quando o sol já estava alto, no entanto, Charles ainda
continuava esgotado. Nem sequer levantava seu enorme ca-
cete. Despediu-se das duas prometendo novo encontro, mas
estava mesmo era ansioso para chegar em casa. Encontrou a
morena Júlia esperando-o na frente do conjunto residencial
onde morava.
- Agora? A farra foi boa, não é mesmo? - perguntou a
motorista.
- Não estou afim de discussão, Júlia. Vá para casa.
Você está dispensada por hoje. E obrigado pelo dia de on-
tem. Foi muito esclarecedor.
- Como assim?
- Nada. Depois nós conversaremos.
- Você me viu aos beijos com aquela vigarista?
- Sim. Mas não é isso que me deixou chateado.
- O que foi, então?
- Já disse: depois a gente conversa.
- Posso levar o carro?
- Não, pois vou precisar dele.
Ela foi-se embora sem mais delongas.
Charles entrou em casa. Sua ex esposa o estava espe-
DECADÊNCIA 47
rando na sala. Disse:
- Estava te esperando para pedir desculpas. Acho que
exagerei contigo, na nossa discussão. Parece que você ficou
com raiva de mim e por isso não aceitou o acordo.
- Não haverá acordo, Simone. Principalmente agora,
que sei o verdadeiro motivo da nossa separação.
- Sabe? E qual é?
Ele lhe mostrou as fotos que Nilda lhe enviou por ce-
lular. Ela ficou lívida. Perguntou:
- Vai demiti-la por causa disso?
- Não sei. Mas não me interessa mais tê-la como mo-
torista.
- Não a demita, pelo amor de Deus. Eu não vou poder
mais sustentá-la.
- Como assim?
- Ela e a advogada me chantageiam. Já levaram, jun-
tas, todo o meu dinheiro. Gastei-o com elas. Mas querem
mais, por isso bolaram um plano para você me pagar uma
pensão.
- Isso é problema teu, Simone. Desde a nossa discus-
são de anteontem, não me diz mais respeito. Voltei para
pegar umas coisas e ir-me embora. Pode ficar com o apar-
tamento com tudo. Nada aqui me interessa. Nem os meus
objetos pessoais.
- Não vai querer levar teus livros nem CDs?
- Não. Posso comprar outros. Só serviriam para me
fazer lembrar de ti, e eu quero mais é te esquecer definiti-
vamente.
Ela começou a chorar. Disse que estava na miséria.
Que as duas iriam querer que ela vendesse o apartamento,
para dar mais dinheiro a elas. Charles nem ouvia o que ela
dizia. Pegou algumas roupas, o dinheiro que estava tranca-
do num cofre com senha e foi-se embora. Ela ainda se agar-
DECADÊNCIA48
rou aos seus pés, mas por pouco ele não a pisoteia.
Charles suspirou, aliviado, quando saiu do aparta-
mento e deixou o prédio. Nem olhou para trás.
FIM DA SEXTA PARTE
DECADÊNCIA 49
7. Eu gosto mesmo é de fazer meu
homem gozar
Charles procurou um hotel para se hospedar. Também
não pretendia ir trabalhar naquele dia. Além de esgota-
do, precisava dar um direcionamento à sua vida. O caso com
a morena Júlia tinha sido pior para ele do que se não tivesse
conhecido ninguém. Não. Isso não era verdade. Valeu a pena
ter passado por tudo aquilo. Não podia reclamar do dia an-
terior: nunca trepara tanto em um único dia. Mas agora era
preciso ajeitar a sua vida.
Ainda pensou em voltar para a casa da morena boazu-
da, garçonete do bar, mas desistiu. Melhor seria encontrar
um lugar para ficar. Depois, a procuraria. Voltou a ligar seu
celular e esteve atento às chamadas perdidas. Havia cinco
chamadas da advogada da sua ex. Não deu atenção. Também
DECADÊNCIA50
tinha duas chamadas recentes de Júlia. Ainda não queria falar
com ela. Teria que procurar, antes, alguém que a substituísse.
Não a queria mais como motorista.
Achou, finalmente, um hotelzinho simpático, no Cen-
tro do Recife, e este não era muito caro. No entanto, não
permitiam encontros amorosos nos quartos. Quase desiste,
intencionado em levar alguma mulher para dormir consigo.
Porém, a atendente foi muito simpática com ele e o conven-
ceu a ficar. Mas antes, ela quis saber:
- Pretendia trazer alguém para cá, senhor?
- Confesso que sim. Mas isso seria para depois. No mo-
mento, estou recém-separado e nem tão cedo vou querer sar-
na para me coçar.
Ela sorriu. Tinha os dentes bonitos, alvíssimos, e uma
arcada dentária perfeita. Isso a tornava bonita, mas sem exa-
geros. Ele perguntou:
- Faz tempos que trabalha aqui?
- Na verdade, sou a dona. Uma das minhas funcioná-
rias faltou e não tenho quem a substitua aqui na recepção.
Ele pediu desculpas pela gafe, mas ela não ficou chatea-
da. Foi com ele até onde ficavam os dormitórios e mostrou os
seus aposentos. Era um quarto limpíssimo e perfumado, no
terceiro andar, com uma bela vista da cidade. Ele aprovou de
imediato. Ela ficou contente. Saiu dizendo:
- O almoço será servido pontualmente ao meio-dia. No
entanto, às duas da tarde fechamos a cozinha. Bom descanso
para o senhor.
A mulher era loira e parecia ter uns cinquenta anos de
idade. Era baixinha, de seios pequenos, mas o seu sorriso sim-
pático e suas ancas largas a faziam interessante. Ele sacudiu
a cabeça. Talvez a coroa fosse casada e ele já estava pensando
DECADÊNCIA 51
em sacanagens. Guardou as poucas roupas que trouxera num
armário e tomou um banho. Depois, dirigiu-se à portaria. Ela
parecia aguardá-lo na recepção. Informou:
- Tem uma loja de roupas bem perto. E as peças não são
muito caras. Diga que foi mandado por Joana e eles te farão
um desconto.
- Obrigado, senhora. Estou indo mesmo comprar umas
mudas de roupas.
- Não sou nenhuma senhora, pois ainda sou solteira. O
senhor parece ser uma pessoa estudada. E é muito bonito, se
me permite dizer. Espero que fiquemos amigos.
Ele agradeceu a gentileza e foi-se embora. Achou logo
a loja de roupas. Comprou bermudas, camisas, calças jeans e
algumas cuecas. Quando chegou ao caixa, o telefone da loja
tocou. A moça pediu licença para atender. Disse, logo após
falar por uns segundos:
- Minha irmã pediu que eu te fizesse um desconto. Pos-
so te dar vinte por cento. Que tal?
- Não é preciso me dar descontos, senhorita. Posso pa-
gar.
- Se não quiser, vou ficar chateada. Um pedido de mi-
nha irmã é sempre uma ordem para mim.
- Está bem. Aqui tem caixinha para clientes?
- Sim, bem aqui no balcão. Por quê?
- Coloque meu troco na caixinha e divida para todos os
funcionários. - Disse ele, depositando, pela ranhura da caixa,
algum dinheiro. Fê-lo de maneira que ela não pudesse ver a
quantia. Ela lhe deu o desconto nas compras, também depo-
sitou a diferença na caixinha e ele agradeceu. Quando saiu,
ela abriu a caixa pois esta tinha um fundo falso que facilitava
tirar o dinheiro de dentro sem danificar a embalagem. Havia
ali uma gorjeta de quase trezentos reais. Ela ligou imediata-
mente para o hotel. Quando atenderam, ela falou:
- O cara não é nenhum muquirana. Deixou uma gorje-
DECADÊNCIA52
ta de quase trezentos reais. Será algum ricaço?
Esteve escutando, depois desligou o telefone. Saiu da
loja e olhou em direção ao hotel. O coroa estava já chegan-
do lá. Charles voltou a arrumar suas compras no armário e
foi se deitar. Ainda faltava mais de quarenta minutos para o
horário do almoço mas acabou adormecendo. Perdeu a hora.
Acordou com batidas de leve na porta. Quando abriu, a dona
do hotel o esperava com um prato feito:
- Me dei a liberdade de te preparar um prato, já que não
desceu para o almoço. Fiz mal?
- Oh, eu tenho mais é que agradecer, senhora. Peguei
no sono. Muitíssimo obrigado.
- Se quiser, pode deixar o prato aqui mesmo, no quarto.
Depois eu passo para apanhá-lo.
- Não se preocupe com isso. Eu mesmo o levarei até a
senhora.
- Senhorita. Repito que não sou casada.
- Ah, sim. Desculpe-me. É a força do hábito.
Pouco depois ele procurava a dona do hotel para devol-
ver-lhe o prato. Um funcionário que cuidava da limpesa disse
que ela estava na cozinha e ensinou-lhe o caminho. Quando
chegou lá, Charles viu que a pobre mulher tinha uma monta-
nha de pratos para lavar. E estava desesperada, como se não
fosse acostumada àquele serviço. Charles se voluntariou:
- Eu te ajudo, Joana. Tenho uma certa prática com isso.
Minha ex esposa detestava lavá-los e sobrava para mim, pois
não tínhamos empregadas.
A mulher desmoronou, sentando-se numa cadeira.
Começou a chorar. Disse estar doida para vender o hotel que
herdara do pai. A irmã ficara com a loja de roupas e ela com
aquele estabelecimento. Para piorar as coisas, três funcioná-
rios haviam pedido demissão ao mesmo tempo. E ela não ti-
DECADÊNCIA 53
nha nenhum tino para o negócio.
Ele tomou-lhe o avental e vestiu-o. Pôs-se a lavar as
louças com jeito de quem entendia mesmo do riscado. Ela fi-
cou admirando-o, ainda chorosa. Agradeceu a ele pela ajuda.
Estava toda molhada, da água salpicada da pia. O tecido da
blusa deixava salientes os bicos dos seios eriçados. Ele dis-
farçou, para que ela não visse que havia ficado excitado com
aquela visão. Ainda bem que ela pediu desculpas e disse que
ia deitar um pouco, pois estava muito cansada. Ele disse que
quando acabasse chamaria algum funcionário. Ela nem res-
pondeu, saiu da cozinha.
Quando acabou de lavar os pratos, ele avisou ao fun-
cionário que lhe havia indicado a cozinha e voltou para o seu
quarto. Tinha deixado a porta apenas encostada, pois não
pensara que iria se demorar a voltar. Estranhou a porta es-
tar entreaberta e entrou sem fazer alarde. Esperava encontrar
alguém mexendo nas suas coisas. Encontrou a dona do hotel
chorando, deitada na sua cama.
- Por que não procura a quem venda o hotel, senhora?
Ela assustou-se. Levantou-se rápido da cama, sentan-
do-se nela. Perguntou, ainda assustada:
- O que está fazendo no meu quarto?
Ele olhou em volta. Estranhou a pergunta, pois viu uma
camisa sua pendurada na porta do armário. Afirmou:
- Deve haver algum engano, senhora. Este foi o quarto
onde me hospedou. Olhe, minha camisa ainda está pendu-
rada lá...
Ela estava lívida. Pediu-lhe desculpas. Não sabia como
havia errado de quarto. Disse que o seu ficava no andar logo
abaixo do dele. Gaguejou:
- Puxa, por pouco o senhor não me vê nua. Costumo
DECADÊNCIA54
estar sem roupas, quando me tranco no quarto.
- Acho que seria uma ótima visão para mim - arriscou-
se ele a dizer.
Ela esteve olhando séria para ele. Depois, perguntou:
- Acha que eu ainda tenho um corpo bonito de se ver?
Seria muita bondade tua. Eu me acho coroa, feia e sem atra-
tivos. Acredito que, por causa disso, tive poucos namorados
na vida...
Ele voltou a ficar de pau duro. Achou que ela estava
sendo modesta. Não era tão bonita de rosto, mas tinha um
corpão de chamar a atenção. Dava para ver que a cintura era
bem fina e os quadris fartos. Os seios eram pequenos, do jeito
que ele gostava. No entanto, não sabe porque, comparou-a
imediatamente à morena garçonete. Não conseguira esque-
cer a sua enorme boceta. Isso fez com que ficasse mais exci-
tado ainda. A coroa, dona do hotel, percebeu. Deu-lhe um
sorriso conivente. No entanto, foi convincente quando disse:
- Ah, deixe-me sair do seu quarto, pois já estou a pen-
sar besteiras. - Falou a caminho da porta - Mas espero que
possamos continuar a nossa conversa mais tarde...
Charles deu um tempo e depois saiu novamente do ho-
tel. A dona não foi vista por ele. Pegou seu carro e rumou em
direção ao bar onde tinha conhecido a morena gostosona.
No entanto, a primeira pessoa que viu bebendo lá foi a sua
motorista. Ela já estava bastante embriagada. Quando o viu,
chamou-o para a mesa. Ele foi. Ela perguntou:
- Por que ficou chateado comigo? Eu não sou lésbica.
Beijei aquela catraia para lhe pregar uma peça, sabia? Ela é
ladra. Pedi para a garçonete colocar Rupinol na bebida dela e
a deixei de graça.
- Roubou-a, também, Júlia?
DECADÊNCIA 55
Ela olhou muito séria para ele. Perguntou:
- O que está querendo me dizer, patrão?
- Pouca coisa. Apenas isto, Júlia - e ele lhe mostrou a
foto no celular, onde ela beijava sua ex esposa.
A morena se engasgou com a cerveja. Molhou-se toda,
tossindo. Depois, quis se explicar, mas ele levantou-se da
mesa. Foi ríspido:
- Hoje você está muito bicada. Amanhã, passe pelo
Departamento de Pessoal da empresa para fazer suas contas.
Não vou querê-la mais trabalhando lá.
Ela ficou sem ação. Permaneceu sentada, de cabeça bai-
xa, enquanto ele caminhava para dentro do bar, pois ela bebia
do lado de fora. Charles viu a garçonete bonitona e foi até ela.
A bela morena o beijou nos lábios. Estava feliz por vê-lo.
- Pensei que não te veria mais.
- E por que não? Estivemos tão bem, ontem.
- O que te traz aqui a esta hora? Não deveria estar no
trabalho?
- Tinha algumas coisas para resolver, então tirei mais
um dia de folga. Queria falar contigo.
- Sou toda ouvidos, querido.
- Aqui não. Vai ser uma longa conversa.
- Terá que me esperar largar. Com a demissão do outro
bar, dependo só deste para sobreviver. Então, não posso va-
cilar, tá amor?
- Quanto você ganha trabalhando o dia inteiro aqui,
garota?
- Isso importa?
- Hoje, sim. Muito.
Ela esteve olhando para ele cismada. Depois, deu um
belo sorriso. Abraçou-se a ele. Exultou:
- Já sei. Veio me oferecer emprego! Oh, eu amo você. -
DECADÊNCIA56
Disse ela, tirando a bata de garçonete e entregando ao dono
do bar. Disse pro cara:
- Chefe, foi um prazer trabalhar contigo. Estou me de-
mitindo.
- Não quer saber nem qual é a minha proposta? - Per-
guntou o coroa.
- Qualquer que seja, será melhor do que trabalhar aqui.
Vamos para um lugar mais tranquilo? Que tal minha casa?
Ainda tenho umas cervejas lá. A menos que queira comprar
mais.
- Quantas ainda tem lá?
- Umas seis das grandes. Comprei mais, antes de sair.
Torcia para que você aparecesse novamente.
Pouco depois, estavam no apartamento dela. Ela foi
logo tirando toda a roupa, assim que fechou a porta. Ele ficou
de pau duro ao vê-la mais uma vez nua. Era, realmente, um
mulherão. Charles perguntou:
- Em que você trabalhava antes de se tornar garçonete,
garota? Antes de me responder, porém, me diga teu nome. Eu
não o sei ainda.
- Pois eu sei o teu.
- Imagino que a motorista tenha dito.
- É verdade. Júlia é uma boa amiga. Pena que viva fa-
zendo merdas, uma atrás da outra.
- Você ainda não me disse o teu nome. É isso que im-
porta agora.
- Oh, desculpa, amor. Meu nome é Samantha. Acho
que já dá para saber a minha antiga profissão, não?
- Não. Seria bruxa, feiticeira?
Ela riu-se a valer. Ainda rindo, disse:
- Não, meu anjo. Eu era policial. Com esse corpão, me
chamavam de Jamanta! Era o meu apelido entre os compa-
nheiros da corporação. Mas aí, conheci um coroa que disse
DECADÊNCIA 57
que me daria de tudo, contanto que eu não me arriscasse a
estar na Polícia. Isso, depois que eu o prendi por dirigir bê-
bado. Imagine!
- Pois bem, Samantha. Eu queria te oferecer dois em-
pregos, para você escolher um.
- Uau. Quais são?
- Você dirige?
- Claro, meu anjo. Eu era motorista da Polícia.
- Eu acabei de demitir minha motorista. Quer ficar
com a vaga? Eu pago bem.
Ela deu-lhe um longo beijo. Disse que aceitava. Que se-
ria muito bom estarem mais tempo juntos. Mas estava curio-
sa por saber qual seria a outra opção.
- Gerenciar um hotel.
- Como é que é?
- Ainda não comprei, porém pretendo fazer negócio
ainda hoje. Mas só se você topar gerenciá-lo.
- Não tenho nenhum tino para isso, amor. Não saberia
o que fazer.
- Eu te pago um curso rápido de hotelaria. Não deve
ser tão difícil.
- Poxa, eu gostaria de tentar. Mas tenho medo de não
dar certo e você ficar chateado comigo.
- Eu não ficaria. Se não der certo, vendemos o hotel de
pronto. Que tal?
Ela atirou-se em seus braços, novamente. Seu beijo foi
ardente. Estava muito agradecida a ele. No entanto, pergun-
tou ainda ofegante:
- O que tenho que fazer em troca?
- Isso importa?
- Sim. Muito. Não sei se poderei te agradecer o bastante
pelo que está fazendo por mim.
- Bem... basta você se esforçar por me fazer feliz.
DECADÊNCIA58
Ela o beijou novamente. Dessa vez um beijo suave,
apaixonado. Abriu sua camisa e o beijou no peito, depois foi
descendo pela barriga. Abriu o fecho da sua calça e beijou o
volume que se pronunciava da cueca. Ele sentiu um arrepio
de prazer. Ela libertou o caralho e beijou a glande. Escorria
um líquido viscoso. Lambeu e chupou a cabeçorra com mui-
to carinho. Masturbou de forma tão suave que ele quase não
sentia seu toque. O caralho começou a dar uns pulos, louco
de tesão. Ela riu e esteve brincando com ele na boca. Depois,
engoliu-o de repente, até o talo. A baba escorria dos cantos
dos seus lábios. Ela estava engasgada, mas não largou o ner-
vo. Ele gemeu:
- Deixa eu te dar uma chupada, também. Estou doido
para sentir o gosto da tua xoxota...
- Depois eu deixo. Mas já te disse que adoro chupar.
Não ligo se não fizer isso comigo também. É que sempre aca-
bo gozando só de pensar numa rola graúda me invadindo as
entranhas.
- Você gosta do anal?
- Vai ter que descobrir isso por você mesmo. Agora,
cala a boca que eu quero que o primeiro jato seja no meu
rosto...
FIM DA SÉTIMA PARTE
DECADÊNCIA 59
8. A massagista erótica
No outro dia, logo cedo, a morena bonitona, ex poli-
cial, chegou ao hotel onde se hospedava Charles. Ele ficara
em sua casa, dormindo. Haviam conversado bastante sobre a
estratégia a usar para comprar o hotel. Chegaram à conclusão
de que seria melhor uma negociação entre duas mulheres.
Ela, Samantha, aproveitaria para testar seu tino para o negó-
cio além de conhecer o local. Ela gostou logo de cara do lugar.
Além de ser no Centro, tinha uma arquitetura simpática.
- Bom dia. Eu quero falar com a dona deste estabeleci-
mento. Disseram-me que ele está à venda.
A coroa loira saiu de trás do balcão, meia cismada. Per-
guntou:
- Quem te deu essa informação?
- Um cliente meu que, por coincidência, tornou-se
também cliente de vocês: o senhor Charles Torres.
DECADÊNCIA60
- Oh, mostrou-se um ótimo cliente. Não sabia que ele
era tão bem-relacionado. Realmente, estou querendo vender
o hotel. Não tenho a mínima condição de ficar com ele. Não
é o meu ramo.
- E posso saber qual é o teu ramo? - Perguntou a ex-po-
licial.
- Eu era esteticista, antes de herdar o estabelecimen-
to do meu pai. Sinceramente, pretendia fechá-lo. Mas minha
irmã me convenceu a ficar com ele por uns tempos. Se não
desse certo, me desfaria dele. Mas entre, vamos conversar lá
no meu escritório. Você bebe algo?
Pouco depois, Samantha bebericava um uísque de uma
safra recente. Via-se que a dona não entendia de bebidas. In-
clusive, preferiu tomar um refrigerante. Perguntou à morena
gostosona:
- Cadê o Senhor Torres? Não o vi ontem à noite nem
hoje pela manhã.
- Não sei -, mentiu a morena - pois conversamos ontem
e ele me pediu para vir aqui dar uma olhada no estabeleci-
mento. Eu deveria fazer a... como é chamada mesmo?
- Acho que se refere à corretagem. Não é do ramo?
- Não, não... vou ganhar uma porcentagem do meu em-
pregador. É ele quem está querendo comprar o imóvel.
Andaram por todo o hotel, e a loira ia dizendo as refor-
mas que teve de fazer e o que era preciso ser feito. Samantha,
metódica, anotava tudo num caderninho, sem se descuidar
da dose de uísque. Gostou do lugar. Estava contente e ansiosa
por fazer algumas reformas. Quando perguntou o valor do
imóvel pretendido pela proprietária, esta titubeou:
- Olha, confesso que não esperava um corretor tão
cedo. Vou ter que falar com a minha irmã, pois ela é co-pro-
prietária do motel. Você se incomodaria de eu te dar essa res-
posta amanhã?
DECADÊNCIA 61
- Sem problemas. Aproveito para ver um outro motel
que também está à venda. Anote meu telefone. E eu anotarei
o da senhora.
- Não tem cartão de visitas?
- Oh, não. Como te disse, comecei nesse ramo hoje. A
pedido de um amigo. Ainda vou precisar de algumas coisas
para me firmar na profissão.
- Entendo. Deixe-me pegar uma caneta e um pedaço
de papel.
- Não precisa, querida. Isso eu tenho. Tome. Rasgue um
pedaço da página.
Pouco depois, Samantha se despedia da coroa loira.
Havia anotado o telefone dela e deixado o número do seu,
como a orientara Charles. Estava contente, e torcendo para
que a mulher se decidisse a vender o hotel. Entrou no carro
que viera e deu partida. Parou assim que dobrou a esquina.
Charles a esperava, sentado à mesa de uma lanchonete. Per-
guntou se ela queria comer alguma coisa. Ela quis um sandu-
íche americano.
Pouco depois, ela fazia o relatório do encontro com a
mulher. Charles Torres ouviu tudo atentamente, enquanto
olhava as anotações feitas por ela. Parabenizou-a pela atua-
ção e pediu a conta. Disse-lhe:
- Agora, quero que me leve até a empresa onde traba-
lho. Já estou atrasado. Mas muito feliz. Tenho a certeza de que
iremos fazer negócios.
Ela o beijou com paixão, depois deu partida no carro.
Perguntou se podia ligar o rádio do automóvel. Ele, que es-
tava sentado ao lado dela, acionou a tecla que ligava a tevê.
Bem na hora em que passava o noticiário. A foto da advogada
Mônica Lacombe estava estampada na tela. Ele aumentou o
som. Ficou sabendo que a mulher havia sido encontrada es-
faqueada e morta, pela diarista que trabalhava em sua casa.
DECADÊNCIA62
A tal diarista deu entrevista dizendo que a patroa costuma-
va levar mulheres para a sua residência. Desconfiava de uma
jovem que era motorista e que vivia pedindo dinheiro a ela.
Uma tal de Júlia.
Samantha perguntou:
- Acha que a tua ex motorista está envolvida no crime?
- Não duvido nada. Ela me enganou direitinho, negan-
do ser lésbica. Depois, descubro que andou aos beijos com
a minha esposa, que eu não desconfiaria nunca ser sapatão.
Aí, o cara se lembrou de umas fotos que recebeu da
advogada, onde insinuava que sua esposa tinha um amante.
Havia guardado as fotografias dentro do porta-luvas daquele
carro. Meteu a mão lá e retirou o envelope. Mostrou as fo-
tos a Samantha. Ela esteve olhando-as por um tempo, depois
afirmou:
- Isso é uma montagem grotesca. O cara foi “plantado”
beijando tua ex.
- Você conhece o sujeito?
- Não me é totalmente desconhecido. Mas uma coisa é
certa: fizeram sacanagem com ele, sobrepondo sua foto à da
tua ex, insinuando que os dois têm um caso.
- Você poderia descobrir quem é ele, Samantha? É mui-
to importante para mim.
- Está bem. Mas você não poderá ficar lá em casa, por
uns tempos. Senão, a Polícia irá dizer que somos cúmplices.
- Eu vou para o hotel, assim que largar da firma. Fico
por lá até você ter novidades para mim.
Quando chegaram na frente da empresa onde Charles
trabalhava, no entanto, o local estava apinhado de policiais
e jornalistas. O empresário parou na entrada da firma. Sa-
mantha desceu do carro. Andou em direção ao senhor que
DECADÊNCIA 63
parecia coordenar as investigações. Perguntou a ele:
- O que está pegando, chefe?
- Oi, Jamanta. Que surpresa. O que faz aqui?
- Sou a nova contratada do sr. Charles. Trouxe-o do
hotel onde está hospedado. É o meu primeiro dia de serviço.
- Escolheu mal. O cara está sendo acusado pela esposa
de ter assassinado uma amiga dela.
- Quando aconteceu o crime?
- Por volta das três da madruga de hoje. Por quê?
- Por que é impossível que ele tenha assassinado al-
guém. Ele estava comigo, chefe.
- Como é que é?
- Estamos namorando há pouco tempo. Alguém está
querendo incriminá-lo. Disso, tenho certeza. Ele não tem
culpa no assassinato.
- Como pode ter certeza? - Perguntou o delegado.
Ela pediu licença e voltou ao carro. Charles estava sen-
do entrevistado por um bando de repórteres. Insistia em dizer
que havia sabido do crime quase naquele instante. Samantha
pegou o envelope contendo as fotos e pediu uma luva a um
dos policiais. Não quis tocar de mãos limpas nas fotografias.
Mostrou-as ao delegado. Ele disse:
- Assim, você só faz a culpa recair mais ainda sobre o
teu namorado, já que essas fotos são montadas. Alguém as
deve ter mostrado a ele e ele assassinou o rival.
- Não foi a advogada que foi assassinada?
- Ela, também. Mas encontramos esse cara morto den-
tro do carro dela, também. Só não divulgamos nada porque
ainda não descobrimos sua identidade.
- Investigue, por favor, chefe. Vai ter uma surpresa.
- Como pode ter certeza? O que sabe sobre ele?
- Nada de concreto. Mas desconfio que ele era cliente
de um bar onde eu trabalhei por vários meses.
- Vou investigar isso. Mantenha contato comigo. E não
DECADÊNCIA64
deixe teu novo namorado fugir da cidade.
- Deixe comigo. Vou prendê-lo entre as pernas!
O delegado riu, depois se afastou da ex policial. Ela foi
para perto de Charles. Ele continuava sofrendo uma sabatina
dos repóerteres. Ela o pegou pelo braço e disse em voz alta:
- Chega, gente. Meu cliente está cansado. Outro dia,
responderá as perguntas de todos vocês.
- E quem é a senhora? - Perguntou uma das repórteres.
- Sou a advogada dele - mentiu a morena boazuda.
Surtiu efeito. A Imprensa se afastou do empresário e foi
colher informações com o delegado. Charles pode finalmente
entrar na firma e dispensar todos os funcionários. Naquele
dia, não haveria expediente. O delegado aproximou-se dele e
perguntou:
- Cadê tua esposa? Não conseguimos localiza-la ainda.
- Eu não sei. Não estamos mais juntos. Nos separamos
ontem.
- Muito cômodo, não?
- O que está insinuando?
- Nada, nada... depois a gente conversa. Não se afaste
da cidade.
Aí, o celular de Charles tocou. Ele atendeu, sem nem
mesmo olhar o visor. Era Júlia:
- Não fui eu quem matou a advogada. Estou com medo.
Ela quer me matar.
O delegado ouviu a voz da motorista. Tomou o celular
das mãos do empresário. Atendeu:
- Quem é você? Quem quer te matar?
- Dona Simone. Matou meu namorado e depois a ad-
vogada dela. Ela está doida. Correu atrás de mim, mas con-
segui fugir. Porém, estou ferida e com medo de procurar um
hospital.
- Diga onde está. Aqui é o delegado Farias. Vou buscar
DECADÊNCIA 65
você onde estiver. Não saia daí.
****************
Samantha foi com o delegado. Pediu que o namorado
voltasse para o hotel e não saísse de lá. Logo estaria com ele.
A demora era esclarecer aquele crime de forma a inocentá-lo.
Quando Charles Torres voltou ao hotel, a loira Joana foi logo
dizendo:
- Eu te vi na tevê. É só no que falam. Ainda bem que
está tudo esclarecido, não?
- Não sei, dona Joana... Vim direto para cá e não ouvi
mais as notícias.
- Eu estava ligada na tevê até agora. A assassina é uma
tal de Simone. Dizem que ela ficou louca e quis se livrar dos
amantes. Namorava homem e mulher, a safada.
- Como soube disso?
- No rádio. Num programa policial.
Charles não quis se estender no assunto. Esperaria a
morena policial chegar ou ligar, para saber da história sem
fake news. Disse estar cansado e que iria dormir um pouco. A
loira Joana esteve indecisa, mas acabou se oferecendo:
- Quer que eu te dê uma massagem? Fui fisioterapeuta.
Sei fazer isso muito bem...
Ele demorou para responder:
- Olha, eu adoraria. Mas não sei se devo. Você disse
que o cliente não pode trazer ninguém para sexo, aqui, e uma
massagem me acenderia a libido.
Ela sorriu. Disse baixinho:
- O objetivo é esse. Minha massagem é muito excitante.
E eu sou a dona, está esquecido? Sou eu que determino quem
pode gozar e quem não pode aqui neste hotel.
Pouco depois, ele estava deitado de bruços na sua cama.
DECADÊNCIA66
Ela derramou um óleo muito cheiroso em suas costas e co-
meçou a passar as mãos e o antebraço nas espáduas dele. Gi-
rava o punho, pressioando-lhe as costas com a parte da frente
e de trás do antebraço, subindo da linha da cintura e depois
descendo do meio das costas para onde havia começado. Ela
subiu encima da cama e pressionou também suas costas com
o cotovelo. Para isso, teve encostar a vulva sobre as nádegas
dele. Ela vestia uma calça branca de Lycra ligada ao corpo e
estava muito sensual. Em seguida, dobrou os dedos das duas
mãos e pressionou os nós sobre toda a extensão da coluna
dele, além de massagear-lhe as costelas. Ficou dedilhando a
sua cervical, de vez em quando massageando os músculos
do pescoço e da lombar. Afastou-se, de maneira a ficar com
a xoxota perto da sua bunda, e massageou com força toda
a região que ia do pescoço até as nádegas. Ajoelhou-se en-
tre as pernas dele e continuou pressionando as suas nádegas.
Depois, correu as mãos desde o seu pescoço até a sola do
pé, fazendo em seguida o caminho de volta. Charles já estava
quase dormindo.
Foi quando ela o ajudou a se virar de frente. Pegou uma
toalha branca, dobrada, e cobriu seu sexo. No entanto, demo-
rou-se observando o enorme caralho dele. Ainda estava mole,
mesmo assim ela o achou enorme. Abriu bem os braços dele
e derramou-lhe óleo em seu peito. Alisava-o, com as palmas
das mãos untadas de seiva, concentrando-se na região do es-
tômago. Dessa feita, não fazia muita pressão. Em seguida, foi
a vez dela lambuzar as suas pernas. Passava a mão de baixo
para cima e de cima para baixo, desde os seus pés até o final
da sua coxa, sem tocar em seu pau. Charles começou a ficar
ansioso. Principalmente quando ela lhe massageava a parte
interna das coxas, bem próximo à virilha. Seu pau cresceu de
tamanho.
Agora ela fazia maior pressão nas suas pernas e nas suas
DECADÊNCIA 67
coxas, esfregando com a mão espalmada. De vez em quando,
tocava de leve em seu pau, por baixo da toalha, e seu caralho
dava um pulo. Foi então que ela retirou totalmente a toalha
dobrada de sobre o seu pênis. Untou de óleo e massageou-lhe
a púbis, tomando o cuidado de não voltar a tocar em seu pau.
Este voltou a amolecer. Mas não totalmente. Na próxima eta-
pa da massagem, ela já não evitava tocar em seu pênis. Lam-
buzou de óleo os seus bagos e massageou-os com bastante
pressão. Quando começou a passar a mão escorregadia em-
baixo dos testículos, quase tocando seu anel com os dedos, o
pau voltou a encolher. Ela fez maior pressão entre os colhões
e o ânus, tocando suas pregas de forma “involuntária” com os
dedos. Quase não tocava em seu membro, só nos testículos.
Depois, sim. Agarrou o seu caralho com ambas as mãos
e ficou massageando de leve, quase sem tocá-lo. Lambuzou
a glande e os colhões de óleo e ficou massageando-os com
ambas as mãos. Massageava o bicho entre os dedos, às vezes
fazendo um anel com eles, mas sem pressão. O caralho agora
estava duríssimo. Ela o encharcou de óleo. Montou sobre ele
e ficou esfregando a boceta em toda a sua extensão. Ainda
estava vestida com uma calça de Lycra branca apertada. Deu
uma parada, lambuzou mais óleo sobre o pênis e voltou a
se esfregar nele. Charles sentia seu talho roçando-lhe a glan-
de e o corpo do pau. Ela continuou se esfregando, fazendo
pressão contra a púbis dele. Aí, pegou o pau com uma das
mãos e encostou ele na regada da própria bunda. Continuou
se esfregando, ele sentindo a protuberãncia do seu cu contra
a glande.
Agora ela começava a gemer e a rebolar o corpo contra
o dele. Tinha ficado excitada. Não mais se aguentou: desceu
até ficar entre suas pernas e abocanhou os testículos dele,
apertando-os com os lábios. Depois, desceu mais com a lín-
gua e ficou lambendo o cu do empresário, de vez em quando
DECADÊNCIA68
enfiando a ponta dela em seu buraquinho. Tremulou a língua
em seu ànus, causando-lhe uma sensação muito estranha,
mas prazerosa. Chupou seu cu com gula, revezando com as
lambidas. Sugou-lhe as bolas, enquanto pegava em seu pau.
Só então, começou a chupá-lo em toda a rola. Girava a cabe-
ça para um lado e pro outro, fazendo a pica rodar entre seus
lábios. Massageou o caralho com os pés. Depois, sentou-se de
pernas abertas sobre ele. Ficou esfregando a xoxota contra o
caralho do cara, enquanto masturbava a glande com pressão.
Então ele ergueu as duas mãos e arriou um pouco a calça de
Lycra que ela vestia, encaixando sua cabeçorra na racha dela.
Para a sua surpresa, ela fez a pica resvalar da xoxota e a encai-
xou no cuzinho. Untado de óleo do jeito que o caralho estava,
logo encontrou o caminho do reto dela.
Ela retirou-se totalmente, mas só o tempo de virar-se
de costas para ele. Voltou a meter seu caralho na bunda e
cavalgou-o num galope apressado, gemendo baixinho, até
que entrou em frenesi. A partir de então, perdeu as rédeas
do coito. Era ele quem comandava a foda. Ela gemeu alto, fi-
nalmente, e lançou um jato de esperma da xoxota, que durou
quase um minuto, e depois caiu exausta sobre a cama.
FIM DA OITAVA PARTE
DECADÊNCIA 69
9. Cu de bêbada às vezes tem dono
- Você está bem? - A loira Joana perguntou para Char-
les, percebendo sua respiração alterada.
- Estou ótimo. É que sempre ficamos esbaforidos de-
pois de uma foda, Joana.
Ela sorriu. Estava muito satisfeita de ter se oferecido a ele.
Já fazia um bom tempo que não fodia. Naquele momen-
to, acariciava o peito do homem que estava deitado de barriga
para cima. Durante muitos anos, fora massagista terapêutica.
Até conhecer um homem que a procurou dizendo ter curio-
sidade em saber como era uma massagem erótica. Afirmou
pagar muito bem por uma. No início, ela ficou com vergo-
nha. Depois, conseguiu uns vídeos com uma amiga massa-
gista profissional e fez a sua primeira massagem. O cara, um
coroa de quase setenta anos, se tornou seu cliente assíduo.
Joana aproveitava para foder com ele, pois não tinha namo-
DECADÊNCIA70
rado. Depois, soube que o cara era casado, mas aí já estava
gostando dele. A esposa do coroa, no entanto, descobriu as
safadezas do marido e foi à casa dela dar-lhe uma surra. Só
não apanhou da mulher porque o coroa, pego em flagrante,
a defendeu, evitando que se machucasse. Depois disso, ficou
com medo de homens casados. E até de solteiros, temendo
serem comprometidos. Decidiu-se a não ter mais nenhum
amante. Até aparecer aquele coroa bonitão em seu hotel.
- Vai vender, mesmo, o hotel, Joana?
- Ainda vou falar com a minha irmã. Mas eu não tenho
mais vontade de continuar aqui. Não é o meu ramo. Tam-
bém, não tenho mais idade para voltar ao mercado de traba-
lho. Então, a grana tem que me garantir os restos dos meus
dias sem precisar trabalhar.
- Acha que tua irmã vai concordar em vender?
- Acho que sim. Se não quiser, proponho uma troca: ela
vem pra cá e eu fico com a loja de roupas.
Charles sorriu. Achou que compraria fácil o estabeleci-
mento, mas não disse mais nada. Ela perguntou:
- Quem é a morena bonitona que veio me convencer a
vender o hotel, tua namorada?
Primeiro Charles pensou em mentir, dizer que não.
Mas, depois, resolveu-se a ser sincero com ela:
- Não é bem minha namorada, pois a conheci há dois
dias, Joana. Está trabalhando para mim. Eu tenho interesse
em comprar este estabelecimento.
- Eu sabia! Desconfiei, logo. Ela é ciumenta?
- Por que pergunta?
- Vamos fazer um trato. Eu gostei de você. Quero tre-
par contigo mais vezes. Se ela não se importar em te dividir
comigo, pode considerar vendido o hotel.
- Não posso responder isso por ela, criatura. Eu passei
trinta anos com uma mesma mulher e acabei perdendo-a.
DECADÊNCIA 71
Então, não vejo nenhuma desvantagem em estar com vocês
duas. Porém, esse acordo você deve fazer com ela.
- Se ela topar, você topa?
- Claro.
Aí o telefone de Charles tocou. Era Samantha chaman-
do-o até a delegacia. O delegado queria falar com ele. O coroa
disse que a demora era só tomar um banho. Num instante
estaria lá. Já passavam das duas da tarde.
Quando Charles chegou à delegacia, havia um bando
de jornalistas lá. Queriam fazer umas perguntas a ele, mas o
cara disse que não estava sabendo de nada. Daria a entrevista
depois de se inteurar do que estava acontecendo.
- O que está acontecendo é que osenhor está livre das
acusações da tua ex-mulher. Ela, finalmente, confessou os
crimes. - Disse o delegado que estava acompanhado de Sa-
mantha.
- Poderia ser mais explícito, doutror?
- Jamanta vai te contar tudo. Eu tenho outras coisas a
resolver. Este caso, para mim, está encerrado. O senho é livre
para ir onde quiser.
- Vamos tomar umas cervejas, amor? Lá, eu te conto.
Aproveitamos para almoçar. Estou faminta.
Enquanto esperavam o almoço, num restaurante tran-
quilo nas redondezas da delegacia, ela começou:
- Júlia foi esfaqueada por tua ex. Conseguiu fugir, mes-
mo ferida, e ligou pra você. Eu e o delegado fomos até ela e a
levamos para o hospital. Lá, ela contou a história.
- Disse que namorava um cara, viciado em drogas pe-
sadas, que tinha um caso com a advogada. Era ela que susten-
tava o seu vício. Quando ele conheceu a motorista e os dois
se apaixonaram, a advogada descobriu que Júlia era sapatão.
Que ela tinha um caso com tua esposa.
DECADÊNCIA72
- Agora me lembro que foi minha esposa que pediu que
eu empregasse Júlia. Na época, não atentei para esse detalhe
pois estava mesmo precisando de quem dirigisse para mim.
Sou muito dispersivo no trânsito e fatalmente acabaria me
envolvendo em algum acidente.
- Pois bem. Júlia e a advogada exploravam financeira-
mente tua ex-mulher. A advogada sustentava o macho vicia-
do de Júlia e tinha ódio da tua esposa. O motivo não ficou
bem esclarecido.
- Mônica era órfã e queria ter sido adotada pela família
da minha ex. Mas Simone era ciumenta e impediu que os pais
lhe adotassem. A advogada descobriu isso já adulta. Ficou
com ódio da minha esposa.
- Bem, agora está mais claro. Aí, o dinheiro da tua mu-
lher acabou. A advogada a convenceu que ela teria direito a
uma boa grana, se te pedisse o divórcio. Mas aí, Júlia con-
venceu Mônica Lacombe, a advogada, a usar o namorado
viciado para forjar fotos de adultério. Acreditavam que, se
você visse as tais fotos, ficaria com ódio da esposa e cederia o
divórcio mais fácil. Fizeram montagens do cara beijando tua
ex. Só que Simone tinha outro plano em mente: matar o trio
e convencer a Polícia de que você era o assassino.
- Puta que pariu. O que deu errado?
- A advogada quis fazer chantagem com a montagem
mal-feita do viciado a beijando. Mandou o cara levar as fotos
e pedir dinheiro a Simone. Ela o matou com vários golpes de
punhal, dentro do carro. Depois, acho que endoidou: foi atrás
da advogada, na própria casa dela, e a matou, talvez para se
livrar de continuar dando dinheiro a ela. Mas faltava o seu
grande amor. Foi atrás de Júlia e ameaçou matá-la também,
se esta se separasse dela ou a alcaguetasse à Polícia. Tendo se
separado de você, só restava a motorista para ficar com ela.
Pretendia fugir com a jovem e serem felizes para sempre.
- Se Júlia já mantinha um relacionamento com ela, por
que não aceitou?
DECADÊNCIA 73
- Porque te conheceu. Fazia parte do plano te fotogra-
far com outras mulheres e com ela mesma, para poderem te
chantagear. Se ficasse comprovado teu adultério, a separação
de bens seria anulada. Você teria que pagar uma pensão a ela,
como idenização por tê-la traído, entende?
- Caralho. E eu caí na armadilha, como um idiota. Ela
tem muitas fotos comprovando que eu traí minha esposa?
- Aí é que está. Júlia gostava mesmo era de homem. Por
isso, se apaixonou por você. Não tirou nenhuma foto para te
incriminar.Mesmo, segundo ela, tendo várias oportunidades.
- Essa ação não vai diminuir a raiva que sinto dela por
ter me enganado.
- O fato é que Júlia se arrependeu e quis cair fora, prin-
cipalmente depois que soube da morte do viciado e da advo-
gada. Mas estava bêbada, depois de ser demitida por você.
Simone a encontrou num bar e a esfaqueou. Mesmo ferida,
ela conseguiu fugir. Foi quando te ligou, pedindo ajuda.
- Como ela está?
- Está bem. E não vai ser presa por cumplicidade, já
que se arrependeu a tempo. Mesmo que pegue alguma pena
por extorsão, será logo solta. Mas tua ex perdeu o juízo. Está
recolhida a um manicômio judicial. Se melhorar da cabeça,
pagará pena por duplo assassinato.
O almoço chegou fumegante. Era uma gostosa feijoa-
da, especialidade da casa. Fizeram um brinde ao fim daquela
história. Depois se beijaram longamente, antes de começa-
rem a comer. Ela lembrou-se:
- Ah, a dona do hotel me ligou. Disse que já tem uma
proposta a me fazer. Pode ir preparando o dinheiro. Vamos
comprar aquele estabelecimento.
Charles pigarreou, antes de dizer:
- Eu tenho uma confissão a te fazer.
DECADENCIA
DECADENCIA
DECADENCIA

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

VIUVINHA - Livro erótico
VIUVINHA - Livro eróticoVIUVINHA - Livro erótico
VIUVINHA - Livro eróticoAngelo Tomasini
 
Estranha Perfeicão_Trecho
Estranha Perfeicão_TrechoEstranha Perfeicão_Trecho
Estranha Perfeicão_TrechoLuhFigueiredos
 
Agatha christie (mary westmacott) a ausência
Agatha christie (mary westmacott)   a ausênciaAgatha christie (mary westmacott)   a ausência
Agatha christie (mary westmacott) a ausênciaJp Prof
 
Dempeo ii sétima parte
Dempeo ii   sétima parteDempeo ii   sétima parte
Dempeo ii sétima parteBianca Martins
 
Dempeo ii segunda parte +1
Dempeo ii   segunda parte +1Dempeo ii   segunda parte +1
Dempeo ii segunda parte +1Bianca Martins
 
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 3400200
 
Estrela da noite vol 5 (série:Os Imortais)
Estrela da noite vol 5 (série:Os Imortais)Estrela da noite vol 5 (série:Os Imortais)
Estrela da noite vol 5 (série:Os Imortais)Niele Maria
 
Dempeo ii quinta parte
Dempeo ii   quinta parteDempeo ii   quinta parte
Dempeo ii quinta parteBianca Martins
 
Ninguém é feliz para sempre
Ninguém é feliz para sempreNinguém é feliz para sempre
Ninguém é feliz para sempreLucas Prata
 
O jornalista-entediado-lous-rondon-16-11-2013v12-arial12-margin1-letter
O jornalista-entediado-lous-rondon-16-11-2013v12-arial12-margin1-letterO jornalista-entediado-lous-rondon-16-11-2013v12-arial12-margin1-letter
O jornalista-entediado-lous-rondon-16-11-2013v12-arial12-margin1-letterlousrondon
 

Mais procurados (18)

EM DOMICILIO completo
EM DOMICILIO completoEM DOMICILIO completo
EM DOMICILIO completo
 
VICIADA EM SEXO
VICIADA EM SEXOVICIADA EM SEXO
VICIADA EM SEXO
 
Dempeo 1
Dempeo 1Dempeo 1
Dempeo 1
 
VIUVINHA - Livro erótico
VIUVINHA - Livro eróticoVIUVINHA - Livro erótico
VIUVINHA - Livro erótico
 
quarta parte
quarta partequarta parte
quarta parte
 
Estranha Perfeicão_Trecho
Estranha Perfeicão_TrechoEstranha Perfeicão_Trecho
Estranha Perfeicão_Trecho
 
Minha noiva e uma puta
Minha noiva e uma putaMinha noiva e uma puta
Minha noiva e uma puta
 
Agatha christie (mary westmacott) a ausência
Agatha christie (mary westmacott)   a ausênciaAgatha christie (mary westmacott)   a ausência
Agatha christie (mary westmacott) a ausência
 
Dempeo ii sétima parte
Dempeo ii   sétima parteDempeo ii   sétima parte
Dempeo ii sétima parte
 
Dempeo ii segunda parte +1
Dempeo ii   segunda parte +1Dempeo ii   segunda parte +1
Dempeo ii segunda parte +1
 
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 3CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 3
 
Dempeo ii sexta parte
Dempeo ii   sexta parteDempeo ii   sexta parte
Dempeo ii sexta parte
 
Traída 3º Capitulo
Traída 3º CapituloTraída 3º Capitulo
Traída 3º Capitulo
 
Estrela da noite vol 5 (série:Os Imortais)
Estrela da noite vol 5 (série:Os Imortais)Estrela da noite vol 5 (série:Os Imortais)
Estrela da noite vol 5 (série:Os Imortais)
 
Dempeo ii quinta parte
Dempeo ii   quinta parteDempeo ii   quinta parte
Dempeo ii quinta parte
 
Khatarsis2008
Khatarsis2008Khatarsis2008
Khatarsis2008
 
Ninguém é feliz para sempre
Ninguém é feliz para sempreNinguém é feliz para sempre
Ninguém é feliz para sempre
 
O jornalista-entediado-lous-rondon-16-11-2013v12-arial12-margin1-letter
O jornalista-entediado-lous-rondon-16-11-2013v12-arial12-margin1-letterO jornalista-entediado-lous-rondon-16-11-2013v12-arial12-margin1-letter
O jornalista-entediado-lous-rondon-16-11-2013v12-arial12-margin1-letter
 

Semelhante a DECADENCIA

CRIATURA - Livro erotico
CRIATURA - Livro eroticoCRIATURA - Livro erotico
CRIATURA - Livro eroticoAngelo Tomasini
 
001 paolo - detetive cristóvão (primeira parte)
001 paolo - detetive cristóvão (primeira parte)001 paolo - detetive cristóvão (primeira parte)
001 paolo - detetive cristóvão (primeira parte)Diogo Souza
 
Troca De Elogios
Troca De ElogiosTroca De Elogios
Troca De Elogioscab3032
 
Troca De Elogios
Troca De ElogiosTroca De Elogios
Troca De Elogioscab3032
 
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang) barbara cartland-www.livros grat...
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang)   barbara cartland-www.livros grat...Um rouxinol cantou... (a nightingale sang)   barbara cartland-www.livros grat...
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang) barbara cartland-www.livros grat...blackink55
 

Semelhante a DECADENCIA (9)

CRIATURA - Livro erotico
CRIATURA - Livro eroticoCRIATURA - Livro erotico
CRIATURA - Livro erotico
 
SANGUE RUIM
SANGUE RUIMSANGUE RUIM
SANGUE RUIM
 
001 paolo - detetive cristóvão (primeira parte)
001 paolo - detetive cristóvão (primeira parte)001 paolo - detetive cristóvão (primeira parte)
001 paolo - detetive cristóvão (primeira parte)
 
MINHA IRMÃ BUNDEIRA
MINHA IRMÃ BUNDEIRAMINHA IRMÃ BUNDEIRA
MINHA IRMÃ BUNDEIRA
 
Phroybido
PhroybidoPhroybido
Phroybido
 
Troca De Elogios
Troca De ElogiosTroca De Elogios
Troca De Elogios
 
Troca De Elogios
Troca De ElogiosTroca De Elogios
Troca De Elogios
 
MULATA NOTA DEZ
MULATA NOTA DEZMULATA NOTA DEZ
MULATA NOTA DEZ
 
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang) barbara cartland-www.livros grat...
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang)   barbara cartland-www.livros grat...Um rouxinol cantou... (a nightingale sang)   barbara cartland-www.livros grat...
Um rouxinol cantou... (a nightingale sang) barbara cartland-www.livros grat...
 

Mais de Angelo Tomasini (13)

INSÔNIA
INSÔNIAINSÔNIA
INSÔNIA
 
OFERTA SAFADA DA CASA
OFERTA SAFADA DA CASAOFERTA SAFADA DA CASA
OFERTA SAFADA DA CASA
 
De santa a puta
De santa a putaDe santa a puta
De santa a puta
 
Assassina completo
Assassina completoAssassina completo
Assassina completo
 
Vira lata completo
Vira lata completoVira lata completo
Vira lata completo
 
SEXO DO FUTURO
SEXO DO FUTUROSEXO DO FUTURO
SEXO DO FUTURO
 
O sequestro
O sequestroO sequestro
O sequestro
 
O homem que matou mona
O homem que matou monaO homem que matou mona
O homem que matou mona
 
Brigite - Sexo, Amor & Crime
Brigite - Sexo, Amor & CrimeBrigite - Sexo, Amor & Crime
Brigite - Sexo, Amor & Crime
 
O Menino Balão
O Menino BalãoO Menino Balão
O Menino Balão
 
Cara de Quê?
Cara de Quê?Cara de Quê?
Cara de Quê?
 
O Taxista
O TaxistaO Taxista
O Taxista
 
O santo
O santoO santo
O santo
 

DECADENCIA

  • 3. DECADÊNCIA 3 1. Transando com meu patrão Júlia Jacobina estranhou quando o patrão entrou no carro sem nem ao menos lhe desejar um bom dia. Ela já traba- lhava para ele, como motorista particular, havia pelo menos um par de anos. O senhor Charles Torres era um homem muito educado e alegre, e muitas vezes brincava com ela. Era de estranhar a sua atitude naquele dia. Antes de dar partida no carro, ousou perguntar: - Está tudo bem, senhor? Ele não lhe deu atenção. Ela repetiu a pergunta. Só en- tão o coroa, de cerca de 55 anos, respondeu: - Não, não está, Júlia. Ou está e eu estou reclamando de barriga cheia. - Não entendi, senhor. - Estou me separando da minha esposa. Depois de trin- ta anos de casados. Confesso que não sei o que vou fazer da
  • 4. DECADÊNCIA4 minha vida. - Quem está pedindo a separação, o senhor ou ela? - Ela, claro. Disse que não lhe dou a devida atenção e tem razão. Sempre pensei em proporcionar-lhe boa vida, por isso me empenho em trabalhar, trabalhar e trabalhar. Assim, tenho dinheiro para bancar as suas estripulias. Mas parece que isso não é o bastante para fazê-la feliz. - Eu não a conheço. Nunca a vi, nesse tempo que traba- lho para o senhor. Qual a idade dela? - Vai completar quarenta e cinco anos de idade este mês. Quando nos casamos, ela estava com quinze. - Casou muito nova. Do que ela se queixa, senhor? - Sexo. Diz que eu não o faço suficiente. Mas quando a procuro, sempre tem uma desculpa para deixarmos para depois. - Desde quando se casaram ela age assim, senhor? - No início, reclamava do tamanho do meu pênis. Dizia ser difícil para ela suportá-lo. Mas isso não é assunto para estarmos discutindo, Júlia. Tire-me daqui, por favor… - Para onde vamos, senhor? - Para qualquer lugar, menos a empresa. Não vou que- rer trabalhar hoje. Júlia esteve pensativa. Gostava do patrão, mas nunca tivera coragem de se insinuar para ele. Ela tinha quase a me- tade da sua idade e era solteira. Antes, tinha uma vida sexu- al mais ativa. Quando começara a trabalhar para o senhor Charles, ele passou a lhe tomar quase todo o tempo. Largava sempre mais das dez da noite e ela tinha que ficar à sua dis- posição. Ganhava um bom salário, porém não tinha com que gastar. Achava-o bonito e muito simpático. Ele a tratava como uma boa amiga, mas era a primeira vez que se lamentava com ela. Sinal de que a situação estava mesmo ruim. Mas ela daria
  • 5. DECADÊNCIA 5 um jeito. Estava disposta a fazê-lo esquecer a esposa. E come- çaria o tratamento de choque já. Parou numa loja de roupas e pediu que ele a esperasse. Voltou, pouco depois, com duas sacolas. Jogou-as sobre o as- sento do carro e voltou-se para ele, que ia no banco de trás. Disse: - Já que não quer trabalho, teremos diversão. Comprei umas roupas adequadas. E não precisa me pagar por elas. Não tenho com que gastar meu dinheiro mesmo… Ele lhe deu, finalmente, um tênue sorriso. Perguntou- lhe: - O que está querendo aprontar, garota? - Fique frio. Não vai se arrepender. Cerca de uma hora depois, estavam numa praia qua- se deserta. Ela costumava ir ali, algum tempo atrás, quando queria ficar sozinha. Pediu que ele descesse do carro, meteu a mão em uma das bolsas e tirou de lá um calção de banho. Jogou-o para o patrão: - Troque-se. Paletó e gravata não combinam com esse belo sol. Disse isso e passou a tirar, também, o terno que vestia. Para surpresa do coroa, ela despiu-se também do sutiã e da calcinha, ficando totalmente pelada. Charles assobiou, ad- mirado com o corpanzil enxuto dela. Não tinha sequer uma única celulite. Os seios eram pequenos, durinhos e empina- dos. A bunda era redonda e dura, como a de uma atleta. As ancas eram largas, para a finura da cintura. Ele ficou de pau duro. Por isso, não quis tirar a roupa logo. Daria um tempo, até que o pau voltasse a murchar. - O que está esperando para se despir? - Oh, estava te admirando. Nunca imaginei que tivesse
  • 6. DECADÊNCIA6 um corpo tão perfeito. Parabéns. - Obrigada. Mas tire logo essa roupa, homem. Não ligo se estiver de pau duro. Já dá pra ver o “mondrongo” sob a calça. Ele sorriu. Um sorriso aberto, como costumava fazer. Num instante, perdeu a vergonha diante dela. Começou ti- rando o paletó e não demorou a ficar totalmente nu. Deixou a descoberto um cacete enorme e duro. Dessa vez, quem as- sobiou foi ela. - Uau, haja penca, senhor. Nunca imaginei que fosse tão pausudo. - Nem me fale. Vou ficar acanhado. - Não fique. Estamos aqui para nos divertir, já que esta- mos de folga hoje – disse ela, vestindo um biquini minúsculo. - Essa praia é sempre tão deserta? - Quase sempre. Por quê? - Estava pensando se não podíamos ficar sem roupas. Confesso que me sinto melhor quando estou sem elas. Ela voltou a tirar o biquini e guardou-o dentro da saco- la. Pediu o calção que ele tinha nas mãos. Então, disse: - Pois ficaremos nus. O primeiro a se vestir é mariqui- nha. - Ele riu, agora um riso feliz. Ela ficou satisfeita com a sua mudança de humor. Ele perguntou: - Por quê está fazendo isso, Júlia? Aliás, não precisa me responder. Sou grato a você por me dar esse intervalo na tris- teza. - Eu também estava precisando de uma folga dessas, senhor. Ando trabalhando muito, e quase não tenho me di- vertido. - Acredito.Tenho tomado muito do teu tempo, não é mesmo? - Não posso dizer que não. Mas, desde que comecei a ser tua motorista que perdi o gosto por divertimento. Não te-
  • 7. DECADÊNCIA 7 nho amigos ou amigas. Só dois gatinhos, que crio com muito carinho. - Não tem namorado? - Faz tempos que não sei o que é isso. - Consegue viver sem sexo? - Acostumei-me. Quando a coisa fica braba, me viro com um consolo que tenho em casa. - Sabe masturbar um homem? Ela olhou fixamente para ele. Baixou o olhar e viu seu pau pulsante. Perguntou: - Isso é um convite, senhor? - Não, Júlia. Isso é uma ordem. - Então, nada feito, senhor. Estamos de folga, lembra- se? Não tolerarei que exija nada de mim. Ele deu uma sonora gargalhada. Gostava da morena. Se bem que, desde a primeira vez que a viu, achou que ela era sapatão. Os cabelos curtos e o terno lhe davam um aspecto masculinizado. Mas, nua, ela parecia bem mulher. Agora, fi- cara, realmente, interessado por ela. Na verdade, batera-lhe uma vontade repentina de fodê-la. Ele insistiu: - Então, me dê a honra de chupar essa periquita pela primeira vez. Claro que tudo que ela fizera, até então, tinha sido para provocá-lo. Mas não esperava que ele reagisse positivamente tão rápido. Achava que ele iria ficar empulhado e que ela teria dificuldades em fazer com que se soltasse. Não disse nada. Tirou da outra sacola uma toalha de banho e a estendeu so- bre a areia. Ele a ajudou, imediatamente. Ela se deitou de bar- riga para cima e de pernas abertas. Aí, falou: - Agora, sim, pode se servir. Ele se ajoelhou entre suas pernas. Abriu-lhe os lábios
  • 8. DECADÊNCIA8 da vulva e encostou o nariz nela. Fungou ali, provocando um arrepio de prazer em Júlia. Ela olhava para ele, enquanto se- gurava sua cabeça entre as mãos. Ele estirou um palmo de língua e serpenteou a ponta na boceta dela. Ela gemeu arras- tado. Ele ficou tocando-lhe o pinguelo com a ponta da língua. Breve, um fogareu tomou conta do corpo da motorista. O primeiro gozo não tardou a vir. Abriu mais as pernas e puxou a cabeça dele de encontro à vulva. Inadvertidamente, ele lhe enfiou um dedo no cu. Ela gritou mais de surpresa do que de dor. Ele começou os movimentos de entra-e-sai, com o dedo, no buraquinho dela, enquanto lhe chupava e lambia o grelo. Agora, ela urrava de prazer. O corpo se tremia todo. Ela dizia: - Vou gozar, senhor. Ai, meu Deus… Vou… go… zaa- aaaaaaaaaaaaaaaaaar! E a jovem morena lançou um jato forte de esperma no rosto do patrão. FIM DA PRIMEIRA PARTE
  • 9. DECADÊNCIA 9 2. A loira emaconhada Não demorou muito a surgir gente para armar suas cadei- ras de praia naquela area. Charles Torres achou melhor se vestirem. Júlia sugeriu irem embora. Logo, estavam ambos em trajes de banho. Ele perguntou: - Pretende me levar embora para casa? - Que nada. Agora que começou nosso dia de folga! Que gostaria de fazer, em seguida? - Prefiro que você decida. Estou gostando desse teu co- mando. - Agradeço, senhor. Espero deixa-lo satisfeito. Vamos ao nosso próximo passo neste dia destinado a sermos felizes. - É poetisa, Júlia? - Escrevo poesias, sim, sempre que estou ociosa. Ou quando estou te esperando. - Pode me mostrar alguma? - Agora, não. Deixa chegarmos à nossa próxima parada
  • 10. DECADÊNCIA10 obrigatória. Parada Obrigatória era um bar na orla movimentada de Boa viagem, bairro do Recife. Nele, as pessoas costuma- vam tomar cervejas em roupas de banho. Era mais frequenta- do por jovens, na faixa dos vinte e poucos anos. Charles disse: - Confesso que prefiro lugares com gente da minha ida- de. Mas não sairemos já. - Desculpe, mas gente da tua idade é muito sisuda. Hoje, necessitamos de alegria. Aqui está bem. Logo, estare- mos entrosados com o pessoal. - Conhece este bar? - Sim. Já estive aqui antes. Mas sempre à noite. É a pri- meira vez que venho a esta hora da manhã. O que pretende beber? - O mesmo que você. - Então, vou pedir duas cervejas. - Duas? Uma, não basta? - Não, pro que pretendo fazer. Quando a garçonete trouxe as duas cervejas, Júlia pe- gou uma e a levantou acima da cabeça. Perguntou, se dirigin- do a todos no bar: - Gente, quem quer cerveja? - Todos se voltaram para ela. Uma loira bonita e boazu- da, vestida num biquíni minúsculo, perguntou: - De graça? - Sim. Mas quem for mais esperto, toma mais. Todos levantaram a mão, inclusive a garçonete que ain- da estava próxima a ela, esperando o pagamento. No bar se pagava antecipado, para evitar a evasão de quem bebia ali. Então, Júlia derramou a cerveja sobre o corpo do patrão, pe- gando-o desprevenido. O líquido estava geladíssimo. Ele re- clamou:
  • 11. DECADÊNCIA 11 - Porra, vou ficar com frio. Ela nem ligou. Disse: - Quem se habilita a esquentar meu coroa? A garçonete foi a primeira a entender a brincadeira. Passou a lamber todo o corpo do sujeito, passando a língua quente em sua barriga e nas suas costas. Logo, outras jovens correram para fazer o mesmo. Júlia derramou a outra cerveja sobre o coroa, dessa vez com parcimônia, dando tempo das mulheres sugarem o líquido entornado. Os rapazes gostaram da brincadeira e passaram, também, a entornar cervejas so- bre o cara. Incentivavam suas companheiras a entrarem no jogo. Como o coroa estava vestido apenas de calção de praia, uma mais afoita disse: - Enche a moringa dele de cervejas. Eu estou com mui- ta sede. Júlia puxou um pouco o calção e despejou o líquido gelado na púbis do patrão. A jovem, que parecia cheia de maconha, abocanhou o pau do cara e sorveu a cerveja dele. Todas se espantaram com a ousadia dela, fazendo isso em via pública, pra todo mundo ver. Uma das garotas xingou: - Ôxe, leva logo ele prum motel. Lá, poderá chupa-lo à vontade. - O homem está comigo. Quem quiser dividi-lo, basta deixar o telefone na minha agenda celular. - Qual o número? - Perguntou um jovem com toda a cara de homossexual. Ela disse. Muitas das jovens teclou em seus celulares, anotando. O coroa ainda estava embasbacado com a criati- vidade da chofer. As mulheres haviam cessado de disputar a cerveja que escorria em seu corpo. Pouco depois, o celular de Júlia tocava quatro vezes. Ela atendia e desligava imediata-
  • 12. DECADÊNCIA12 mente, para que quem houvesse ligado não gastasse créditos. Só então, disse: - Apenas quatro de vocês querem continuar a brinca- deira? Então, vamos tomar apenas duas cervejas, uma pra cada um de nós dois, e iremos para o motel mais próximo. Enquanto ele estiver tomando banho, ligo para a primeira fe- liz ganhadora de um caralho embebido em cerva. - Não vai ter boceta encharcada a bebida, também? - Perguntou um rapaz com cara de esperto. - Hoje, não. O aniversário é dele - mentiu ela. Quando for o meu, repetimos a brincadeira. Cerca de uma hora depois, Júlia e o patrão estavam num quarto de motel. Este ficava a menos de dez minutos a pé do bar onde estavam. Ela perguntou: - Posso ligar para a primeira ganhadora? - Acha que deve? Não acredito que aquelas jovens vão querer mamar num cacete velho como o meu. Ela já fazia uma ligação. Quando atenderam, ela disse: - Tem meia hora para gozar e fazê-lo gozar. Acabado o tempo, chamo outra. Não demorou e a loira gostosona e com cara de viciada apareceu. Bateu na porta e Júlia abriu imediatamente. Puxou -a para dentro do quarto e fechou a porta. Disse: - Está perdendo tempo. Lembre-se que só tem meia hora. O senhor Charles já esperava nu e cheirando a sabone- te de motel. A loira nem tirou a roupa. Atracou-se com a jeba do coroa e chupou com gula. Ele gemeu. A chofer alertou: - Cuidado para não machucá-lo. Ainda tem outras na fila, inclusive eu. - E por que não o chupou antes?
  • 13. DECADÊNCIA 13 - Porque quero saber quantas ele aguenta antes de mim. Se quiser, pode dar-lhe a boceta ou o cu. Mas não poderá repetir a dose. Passando-se trinta minutos, você sai e entra outra. - Não quero que ele me foda. Quero chupar uma rola. Nunca mais fiz isso. - Você chupa mulheres, também? - Eu prefiro chupar mulheres, mas também gosto de pau no cu. - Então, me chupa. E ele fode o teu cuzinho. Dito isso, Júlia tirou o biquíni e se deitou na borda da cama, atravessada, com o pés no chão. A loira ficou de jo- elhos e de bunda empinada. Charles lambuzou a cabeçorra da pica com saliva e parafusou-a no ânus dela. A moça era apertadinha, como se nunca tivesse dado o cu. Ele teve difi- culdades em lhe invadir o reto. Ela gemeu: - Pode botar de vez que eu aguento, coroa. E prefiro as- sim. Gosto que me fodam como se estivesse me estuprando. - Você já foi estuprada? - Perguntou a motorista. - Várias vezes. As mulheres adoram enfiar objetos no meu cu. Me deixam arrombada. Até garrafa de cerveja já co- locaram aí. - Mas seu cu é muito apertado. - Só no começo. Depois, ele pula para fora e fica mais fácil de fode-lo. Adiante o serviço, coroa. Meta-lhe a mão e puxe o ânus para fora. Charles ficou cada vez mais excitado, ao enfiar total- mente a mão no cu dela. No início, foi difícil. Ele lambuzou a mão com gel de banho. Mas, à medida em que ele introduzia o punho, ânus dela se esticava mais. Em menos de dois minu- tos, seu braço se introduziu quase até o cotovelo. Ela gemia, chupando o grelo da chofer. Miou: - Aiiiiiiiiiiii, agora puxa a carne para fora…
  • 14. DECADÊNCIA14 O coroa fez o que lhe era pedido. Logo, o cu da jovem ficou estufado e muito vermelho. Ela pediu: - Fode ele, agora. Charles apontou a cabeçorra da pica para o ânus es- tufado. Estava mais fácil invadi-la. Meteu-lhe toda a enor- me pica, depois pegou a protuberância com uma das mãos e movimentou o punho como se masturbasse aquelas carnes. A loira gemia mais alto e rebolava a bunda, adorando ser in- vadida por ali. Júlia alertava: - Sim, goze, e goze muito. Mas não esqueça de me fazer gozar, também. De repente a loira ajeitou-se melhor de quatro e ficou alucinada, rebolando e se enfiando mais na rola do coroa. Ur- rava de prazer. Tremia-se toda. Gritava: - Vou gozar. Vou gozar. Vougozarvougozarvougozar… Tô gozandooooooooooooooooo… FIM DA SEGUNDA PARTE
  • 15. DECADÊNCIA 15 3. Aprendendo a tirar leite de vara Asegunda candidata a levar vara era uma magra sem mui- tos atributos de beleza. Chegou acanhada, mas foi logo dizendo baixinho a Júlia: - Não transo com mulher. Pensei que ia ficar a sós com ele. É um coroa bonito e eu me interessei logo. Mas pensei que você era filha dele e que estava comemorando o seu ani- versário, ou coisa parecida. - Estamos comemorando coisa parecida. Como é teu nome? - Perguntou a morena motorista profissional. - Paula. Também aviso que nunca chupei um caralho. Mas aprendo com facilidade. - Muito bem, Paula. Não precisa transar comigo. Mas eu posso te ajudar a foder meu namorado – mentiu a chofer, fazendo crer que tinha um relacionamento amoroso com o patrão. - Não vai ficar com ciúmes?
  • 16. DECADÊNCIA16 - Não, não. Fizemos um trato: – mentiu de novo – ele transa com quem quiser hoje, que é seu aniversário, e eu faço o mesmo no meu. O coroa estava se divertindo com a inventividade da moça. Evitava falar, para não ir de encontro ao que ela dizia. Júlia perguntou à magricela: - Você mesma pega o pau dele, ou eu tenho que botar na tua boca, Paula? - Eu queria que você o mamasse primeiro, depois fosse me dizendo o que eu devo fazer… Depois que a mulher, que deveria ter uns dezessete ani- nhos, tirou o maiô horroroso que usava, a morena se postou diante do patrão e disse: - Preste atenção que eu só vou fazer uma vez. Primeiro, arregace o caralho, até libertar totalmente a cabeçona assim: E ela fez o que dizia. A glande ficou totalmente exposta. A motorista disse: - Agora, passe a língua, sem muita pressão, em todo o cacete. Mas concentre-se mais na cabeçona, entendeu? E continuou: - Tente engoli-lo totalmente, sem pressa, mas também sem fazer pressão. Cuidado para não machucá-lo com os dentes… - Devo masturbá-lo, enquanto o chupo? - Nunca chupou, mesmo, uma rola, Paula? - Nunca. Mas sempre tive vontade. - Que mais gostaria de fazer com uma? - Sei lá. Sentir o gosto da porra em minha boca? - Bem, mãos à obra. Use a criatividade. Pode mostrar o que aprendeu… A magricela avexou-se para assumir o lugar da chofer. Ajoelhou-se entre as pernas de Charles, que estava sentado
  • 17. DECADÊNCIA 17 na cama. Ele fechou os olhos e voltou a cabeça para o alto. Paula, realmente, aprendia rápido. Chupou-lhe o pau ao mesmo tempo em que o masturbava. Começou acanhada mas, à medida em que sentia o gosto do cacete, devorava-o com mais voracidade. Querendo incentivá-la, o coroa cuspiu um pouquinho de porra na boca dela. Ela enlouqueceu de tesão. Mamou-o e masturbou-o com tanto afinco que logo deu vontade do cara gozar. Ele avisou: - Estou para gozar, Paula. Tua punheta está muito gos- tosa. Não vou aguentar essa felação por meia hora. - Então, goza na minha boca. Me suja toda de porra. Eu vim para isso. - Não vai querer que eu te foda a xaninha? - Nãoooooooooo, eu sou virgem, moço. Queria só sa- ber o gosto que a porra tem. E o cheiro, também. - O que está achando? Eu te mamaria pelo resto do dia. Mas o senhor teria que tomar um banho. Ainda sinto um cheirinho de cu. O homem conteve-se para não rir. Havia fodido o cu da loira e até tomara banho, mas o sabonete do motel não conse- guira camuflar totalmente o odor. Júlia, no entanto, apressou- se em dizer: - É apenas impressão tua. Ele nem fodeu um cu ain- da… - A loira que saiu me disse que gozou muito pelo cu. Tanto que eu fiquei curiosa. Queria sentir esse pauzão no meu cu. Mas, se eu não aguentar, pare, por favor. A magricela disse isso e se virou de costas para o coroa. Júlia cuspiu na mão e lambuzou o cu dela. Depois, meteu o caralho do patrão na boca e só largou quando ele estava todo babado e escorregadio. Ela mesma pegou o bicho e pincelou o cu da outra. Depois, pediu que esta se sentasse no colo do coroa. Levou a mão entre as pernas dele e apontou a glande
  • 18. DECADÊNCIA18 para as pregas dela. A magra gemeu alto, quando a cabeçorra lhe invadiu um pouco o cu. - Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh, que dor da porra. Chega. Chega. Eu não vou aguentar… Inadvertidamente, Júlia fez um movimento brusco, obrigando-a a sentar-se de vez. Dessa feita, tanto o patrão como a magra gemeram de dor. Ela por ter o cu invadido e as pregas arrombadas, ele por adentrar com a pica um cu tão apertado. Charles Torres abraçou-a por trás, impedindo que ela fugisse do seu pau. Ela choramingou, mas aguentou a vara com bravura. Em seguida, lentamente, começou a cavalgá-lo. Logo, fodia alucinada, gritando e dizendo palavrões. Arden- do de tesão, Júlia meteu a mão na greta e tocou uma siririca até gozar. Espirrou esperma nos seios da magra, pois estava em pé diante dela. Essa se espantou com a grande quantidade de sêmen expelido. Reclamou: - Por quê eu não consigo gozar assim? Queria espirrar porra, também… FIM DA TERCEIRA PARTE
  • 19. DECADÊNCIA 19 4. Uma tara antiga Aterceira interessada em foder o senhor Charles Torres era uma garota de programa. Queria cobrar pela sessão de sexo. Júlia Jacobina nem quis saber quanto ela cobrava, disse logo: - Não, querida. Ele não precisa pagar por isso, pois tem a mim. E eu não quero me arriscar a contrair uma doença ve- nérea, por causa de ti, quando for trepar depois com ele. Está dispensada. Muito obrigada por ter vindo até aqui. Depois que a prostituta saiu, a motorista perguntou para o patrão: - O próximo é aquela bichinha. Vai encarar? - Eu passo. Não sou chegado a esse tipo de sexo. - Então, vamos embora. Estou com fome. E já é quase hora do almoço. - Já?
  • 20. DECADÊNCIA20 - Sim, a menos que queira que eu chame outra para te foder. Mas nós teríamos que voltar ao bar, pois ninguém mais ligou pro meu número. - Não. Vamos embora. Me leve para um daqueles res- taurantes que eu costumo almoçar com clientes. - Desistiu de continuar a putaria? Vai querer voltar a trabalhar? - Não, Júlia. Hoje, tenho compromisso apenas com você. Então, almoçaremos juntos. - Obaaaaaaaaaaaaaaa... sempre quis comer num restau- rante grã fino. Mas preferia que fosse um jantar romântico, à noite. - Depois, pensaremos nisso. Também estou faminto. Vamos embora. Pouco depois de acertar a conta no motel, foram para um restaurante de luxo em Boa Viagem, bem perto do Hotel Jangadeiro, frequentado mais por quem se hospedava nele. Voltaram a se vestir em roupas de trabalho, ele de paletó e gravata e ela com o terno de motorista. Foram levados até uma mesa num canto, a pedido dele, e sentaram-se de frente para o outro. Ele a admirava, sorrindo. Ela perguntou: - No que está pensando? - Em quanto tempo passei sem te ver, Júlia. - Ora, você me viu ontem, anteontem, e a semana an- terior toda... - Não, não é a isso que eu me referia. Nunca te vi como mulher. Confesso que achava que você fosse sapatão. Ela riu. Um riso gostoso. Depois disse: - Não, sou muito mulher. E confesso que gostei do se- nhor logo no primeiro dia. Cheguei a sonhar à noite contigo, sabia? - Não, claro que não sabia. Mas não precisa mais me chamar de senhor...
  • 21. DECADÊNCIA 21 - Preciso, sim. Depois da nossa gandaia de hoje, tudo volta ao normal. Eu volto a ser tua motorista e você meu pa- trão. Não nos convém misturarmos as coisas. Nem bem a jovem disse isso, ouviram uma voz femini- na perto de si: - Dr. Charles? Que bom encontrá-lo aqui. Liguei para a empresa e disseram que não foi trabalhar hoje. Era uma morena lindíssima e elegante. Dava o seu me- lhor sorriso. Charles a reconheceu logo: - Oh, senhorita Lacombe. Que prazer revê-la. Real- mente, hoje precisei resolver uns assuntos pessoais e tive que me ausentar da empresa. Não quer nos dar a honra da tua companhia, sentando-se conosco? - Quem é a tua acompanhante? - Oh, desculpe a má educação. Esta é a minha amiga, a senhorita Júlia Jacobina. Júlia, esta é Mônica Lacombe, uma também amiga, advogada. - Olá, senhorita Jacobina. Desculpe se interrompi qual- quer coisa. Mas vou prercisar falar com o Sr. Torres a sós. Será que podia nos dar licença, para podermos conversar por alguns minutos? Depois, prometo devolvê-lo a você. - Estejam à vontade. Estarei te esperando lá fora, se- nhor - disse a motorista, se levantando. Conhecia a advogada de vista, quando esta visitava a empresa que o patrão admi- nistrava. No entanto, ele disse: - Pode continuar sentada, Júlia. Se não estou enganado, já sei o motivo da audiência com a senhorita Lacombe. Você pode escutar o que ela tem a me dizer. Júlia esteve indecisa, mas voltou a sentar-se, sem con- sultar a advogada. Esta não se deu ao trabalho de lhe dirigir a palavra. Disse a Charles: - Muito bem, acho que adivinhou o motivo da minha
  • 22. DECADÊNCIA22 presença. Tua esposa me ligou e disse que era fácil eu te en- contrar aqui. Vejo que ela tinha razão. - Vamos pular essa parte onde ficamos enrolando para dizer o motivo desta reunião de urgência. Diga logo a que veio - quase se irritou ele. - Epa, calma. Apenas faço o meu trabalho. Tua esposa me contratou para que eu encaminhasse os papéis de divór- cio, e pediu que eu negociasse por ela a sua pensão. - Há dois enganos aí, senhorita. O primeiro é que ela não é mais minha esposa, então chame-a de ex, por favor. O segundo é que nos casamos com separação de bens, e nunca tivemos filhos. Logo, ela não tem direito a pensão. Por últi- mo, ela é jovem e pode muito bem trabalhar, se não quiser usar a herança deixada pelos pais. - Entendo a tua irritação. Ela reivindica uma pensão, enquanto não encontra trabalho. Não acha que tem esse di- reito, depois de trinta anos de casados? - Não sou eu quem estou me separando. - Ainda pretende reconciliar-se com ela? - Não. Nem pensar. Afirmo que, agora que chegamos a uma separação, não tem mais volta. - Eu não sabia que tinham casado com separação de bens. - A ideia foi dela. Quando a conheci, ela era filha única e temia que eu me apossasse da herança deixada pelos pais. Na verdade, o próprio pai dela foi quem sugeriu a separação de bens, antes de falecer. Na época, eu era um pé-rapado e não esperavam que eu tivesse o sucesso profissional que te- nho hoje. - Tem provas disso? Quero dizer, do casamento com separação de bens? - Claro. Guardo essa documentação com muito cari- nho em um cofre, na empresa. Para o caso de um dia precisar dela. - Tua esposa... desculpe, tua ex sabe desses documen-
  • 23. DECADÊNCIA 23 tos? - Por que pergunta? Estão assinados por ela. A advogada esteve pensativa. Pediu licença e foi ligar para alguém, do seu celular, afastada do casal. Júlia pergun- tou: - Pelo que te vi arrasado hoje, achei que ainda quisesse voltar para ela. - No momento em que sentei-me no carro, sim. Mas depois dessa nossa aventura, estive pensando melhor. Não daríamos mais certo, eu e ela. Prefiro recomeçar minha vida com outra pessoa. A advogada voltou. Pediu desculpas pela interrupção e foi logo dizendo: - Ela disse que não lembrava mais desse documento. No entanto, se contradisse quando afirmou depois que esteve procurando essa certidão entre os papéis guardados em casa e não a encontrou. Daí, achou que você não estava mais de posse dela. Pode me dar uma cópia dessa certidão de casa- mento? - Ela ficou com uma cópia. Deveria saber onde a guar- dou. Mas você pode muito bem localizar esse documento no cartório onde nos casamos, não? - É que isso facilitaria meu trabalho. - Desculpe, mas não estou afim de facilitar nada para ela. - Eu te entendo. Faça isso por mim, então. Eu te peço encarecidamente. Quanto mais rápido resolvermos isso, me- lhor. Ele pegou o próprio celular e teclou um número. De- pois, falou: - Rosalvo, tem uma cópia da minha certidão de casa- mento na minha gaveta. Tire mais de uma cópia e peça para
  • 24. DECADÊNCIA24 me entregarem no restaurante onde costumo atender clien- tes. Você sabe onde é? Esteve escutando, depois disse: - Sim, esse mesmo. Peça para que me tragam aqui, por favor. Estarei esperando. Depois que desligou, disse à advogada: - Devem demorar cerca de uma hora. Convido-a a al- moçar conosco. Ela aceitou. Pediram, finalmente, o cardápio. Escolhe- ram uma comida leve. Depois de almoçarem, estiveram con- versando. A advogada perguntou: - Se me permite a indiscrição: o que levou à separação? - Não sou de falar mal na ausência de ninguém, Môni- ca. Acho melhor que pergunte a ela. - Perguntei. Mas não acreditei no que disse: que você evitava o sexo. - Já disse, prefiro não dar a minha versão. Não vale a pena. - Andei sondando umas pessoas, e todas te inocenta- ram. Disseram que nunca ouviram dizer que você a traía. - Nunca fiz isso. Não tive tempo nem vontade. - E por que não cede uma pensão para ela? Sei que er- gueu um grande patrimônio. - É verdade. Não posso reclamar. Mas ontem, quando discutimos feio, eu ofereci um emprego para ela na empresa de um amigo meu. Ela recusou. Pelo visto, quer viver às mi- nhas custas. Não lhe dou esse direito por nunca ela ter me dado, também. Jamais pedi sequer um centavo a ela. Que ela não me peça também. Aí, um contínuo chegou com a cópia da certidão de casamento. Localizou o patrão e foi até ele. Entregou-lhe o
  • 25. DECADÊNCIA 25 envelope. Charles Torres o abriu, conferiu e depois entregou o documento à advogada. Esta deu uma demorada olhada, depois disse: - Você tem razão. Está tudo explicado aqui. Foi ela quem requereu a separação de bens. Desculpe ter te dado esse incômodo. Não ouvirá mais falar de mim. - Disse ela, se levantando e apertando a mão do coroa. Foi-se embora sem dar nem um tchau a Júlia. Esta disse: - Mulherzinha mal-educada. Ainda bem que se foi. Mas vi que ela gosta do senhor. - Como sabe disso? - Coisa de mulher. Intuição, sei lá... - Eu a conheci no mesmo dia em que conheci minha esposa. Ambas eram muito amigas. Ela andou se insinuando para mim, mas nunca gostei de advogados. Acho uma raça muito interesseira. Ainda andou querendo transar comigo, às escondidas de minha esposa, mas eu não tinha interesse. - Porque era casado? - Acho que sim. Nunca me perguntei sobre isso. - Posso ir embora, senhor Torres? - Perguntou o contí- nuo, que ainda aguardava ordens. - Sim, está dispensado, Brito. - Posso levá-lo de volta, senhor? Preciso falar com ele... Vai me abandonar aqui, Júlia? - Não, não senhor. É que tem algo que eu gostaria de falar com Brito. Depois, volto aqui e continuaremos a nossa jornada, se o senhor não se importar. Júlia demorou. Em sua ausência, no entanto, a advoga- da voltou. Trazia novos documentos e pediu permissão para sentar-se. Charles perguntou: - Por que voltou? Podia levar esses papéis para que eu assinasse amanhã. - Tua motorista me alcançou e disse que você queria
  • 26. DECADÊNCIA26 falar comigo. Levou-me até o meu escritório, esperou que eu juntasse a documentação e me trouxe de volta aqui. Está te esperando no carro, lá fora. - E por que ela fez isso? - Disse-me que percebeu que eu sou afim de ti. E que eu aproveitasse enquanto você está frágil por causa da separação - disse ela, insinuante. - E você é afim de mim? - Desde que te conheci. Infelizmente, você sempre só teve olhos para a minha amiga. Por mais que eu tenha tenta- do, nunca deu a devida atenção para mim. - Eu estava ocupado em fazer minha esposa feliz, Mô- nica. Ela baixou a cabeça. Depois disse, ainda sem olhar para ele: - Pois eu te teria feito mais feliz do que ela. Ele a esteve olhando por um tempo. Depois, pergun- tou: - Qual é a jogada agora, Mônica? Desculpa, mas sem- pre te achei uma pessoa interesseira. - Confesso que sim. Vim do nada, como você. Tive que ralar para sobreviver, pois não conheci meus pais. Fui criada num orfanato. Os pais da tua esposa queriam me adotar, e até me levaram para a casa deles, mas nunca homologaram a minha adoção. Quando faleceram, decidi que não precisaria mais de ninguém para ajeitar minha vida. - Percebo que você tem uma certa inveja de minha ex esposa... - Não é inveja. É ódio. Soube que nunca fui adotada pelos pais dela porque ela os impediu. - Como pode ter certeza? - O pai dela mesmo me disse isso, no leito de morte. Pediu que eu perdoasse a filha.
  • 27. DECADÊNCIA 27 - Não sabia desse detalhe. Então, se a odeia, por que a está ajudando contra mim? - Porque pretendia chantageá-la depois. - Como assim? A advogada não respondeu de imediato. Retirou um envelope da bolsa de couro que tinha nas mãos e entregou-o a Charles. Ele abriu o objeto e retirou de dentro umas fo- tos. Eram vários flagrantes de sua mulher ao beijos com um homem. O coroa reagiu bem à provocação. Não se alterou, quando perguntou: - O que está querendo me dizer com isso? - Não vê? Tua esposa te traía, por isso agora quer o di- vórcio. - Quem tirou essas fotos? - Eu mesma. Pretendia fazer chantagem contra Simo- ne. Mas desisti. Você pode usar melhor essas provas para não dar nenhum dinheiro a ela e ainda pedir uma grana a ela. - Não, não vou fazer isso. Nem preciso de dinheiro dela, nem quero usar de chantagem. - Então, destrua essas fotos. Não fiz cópias. - O que você está pretendendo com tudo isso, Mônica? Deve existir um interesse oculto. Ela demorou a responder: - Eu quero você. Sempre te amei. E você não precisa casar-se comigo. Basta me dar mais atenção. Podia começar me convidando para uma noite de amor... - Eu tinha outros planos para hoje. - Eu sei. Ia transar com a tua motorista. Ela me disse. - Ela te disse? - Sim. Também disse que era afim de você. Que, se eu não conseguisse te convencer a irmos a um motel, ela não abriria mais mão de você para mim.
  • 28. DECADÊNCIA28 Charles Torres pegou seu celular novamente e teclou um número. Júlia atendeu. Confirmou: - Eu levo vocês para um motel. Transe com ela. Eu sa- berei esperar a minha vez. Pouco depois, a motorista deixava o casal na casa da advogada. Ela estava contente, agarradinha a ele. Torres, no entanto, parecia incomodado com aquela intimidade. Quan- do pararam na frente do prédio onde ela morava, o coroa disse de forma convincente: - Sinto muito, Mônica. Eu não sinto nada por ti. Não me sentiria bem fodendo contigo. Ela ficou triste, mas concordou: - E eu não quero nada forçado. Quem sabe um dia a gente ainda se encontre e tire a dúvida de que seríamos com- patíveis ou não? Quando a advogada entrou no prédio, a jovem moto- rista se atirou nos braços do patrão. Exclamou: - Muito obrigada, meu Deus. Estava torcendo para que o senhor não aceitasse ficar com ela. Vamos embora daqui. Quero te foder bem muito! Mas não num motel. Também quero te levar à minha casa. E assim foi. Não demorou muito a estarem a sós, nus, na sala da residência dela. Ela o beijava com sofreguidão, com violência até. Assim que fecharam a porta e tiraram ur- gente a roupa, ele a fodeu em pé, encostando-a na parede. Ela empinou o bundão e ele fincou seu enorme caralho na xereca dela, por trás, mas sem enrabá-la ainda. Ela espalmou as mãos na parede e ficou na ponta dos pés, depois se aga- chando, enfiando-se num serpenteio, na rola dele. Ele lhe deu uns tapinhas na bunda e ela deu uns gritinhos de felicidade. Achou muito excitante as palmadas dadas por ele. Mas aí, sua
  • 29. DECADÊNCIA 29 jeba não estava lubrificada o bastante e ela virou-se de frente. Agachou-se e mamou seu caralho até que este ficasse bem lambusado de saliva. Quando voltou a se levantar, ergueu a perna e ficou de ponta de pé, até que o calcanhar se apoiasse no ombro dele. Ele lhe meteu de novo a rola na xoxota. Júlia apoiava a mão por trás da dobra do joelho, para poder levantar a perna com mais elasticidade. Ele voltou a lhe dar tapinhas na bunda. Aí ela subiu a outra perna e ele apoiou com os braços suas náde- gas, deixando-a suspensa. Puxava-a um pouco para cima, de- pois soltava-a. Ela ficava subindo e descendo, se estrepando em sua enorme pica. Sua boceta estava encharcada e a moça escorregava macio no pau dele. Até que ela pediu que ele lhe invadisse o cu. Ele a carregou suspensa até um sofá e deixou-a de qua- tro sobre ele. Apontou a vara sem muito cuidado e enfiou-a sem pena no ânus dela. A morena urrava de dor e prazer. Finalmente, lançou um forte jato de esperma contra o encos- to do sofá. Ele também não demorou a encher o cu dela de porra. FIM DA QUARTA PARTE
  • 30. DECADÊNCIA30 5. Uma chupada maravilhosa da garçonete Depois da foda bem dada, os dois estiveram descansando. Charles aproveitou para perguntar: - O que tanto queria conversar com o Brito, posso sa- ber? - Ele havia me chamado para sairmos hoje, pela pri- meira vez. Eu já havia aceitado, pois não esperava a nossa gandaia. Fui desmarcar e dizer que tinha conseguido, final- mente, um namorado. - Disse-lhe que estava comigo? - Não, claro que não. Isso só interessa a nós dois, não? - Sim. Você tem razão. E por quê quis me juntar à Mô- nica? - Eu precisava saber se você me preferia a ela. Estou tão feliz!
  • 31. DECADÊNCIA 31 Os dois se beijaram. Ele a puxou pela mão e foram to- mar banho juntos. Não rolou sacanagem. Ambos já estavam satisfeitos de sexo. Ele perguntou: - E agora, onde continuaremos a nossa farra? - Agora, por enquanto, descansamos. À noite, quero ir a uma boate qualquer, pra gente dançar um pouco. Que tal? - Bem pensado. Então, vamos dormir. Saíram da casa dela cerca das dez da noite. Ela estava linda, com um vestido vermelho, e ele vestia seu terno de tra- balho. Era uma casa noturna chique, no vigésimo andar de um edifício de um bairro nobre do Recife. Ele estava maravi- lhado com o luxo do local. Quis saber: - Como descobriu este lugar? - Não fui eu. Foi Brito. Ele queria me trazer hoje para cá. Achei o endereço através da Internet do celular. Charles sorriu. A garota não era nada besta: estava se divertindo no mesmo lugar, mas com um cara diferente. Ele, no entanto, estava mal vestido para o ambiente. A maioria usava fraque. Comentou sobre isso, mas ela não deu muita importância ao fato. Disse que ele até deveria tirar o paletó e ficar só de camisa e gravata. Foi o que ele fez. Nem bem se acomodaram a uma das mesas, uma loira veio até eles. Ela disse: - Com licença. Não creio que estejam sabendo das re- gras deste estabelecimento. Nunca os vi por aqui. Portanto, acho que vou ter que lhes informar... - E qual seriam as tais regras? A mulher foi bem cerimoniosa: - Não aceitamos pessoas acompanhadas, pois essa é uma boate para solteiros. Se olharem bem, há duas alas para as pessoas. A da direita, aqui onde estão, é reservada aos ca-
  • 32. DECADÊNCIA32 valheiros. A da esquerda, para as damas. Não aceitamos ne- gativas para a dança: tanto mulheres como homens podem ser chamados ao salão. A recusa nos dá o direito de não que- rermos mais a pessoa no nosso recinto. Se o cliente for “cor- tado” por alguém, é só dizer que nós colocamos a pessoa para fora. - E como farei, se gostar de alguma mulher daqui? - O Senhor pode trocar cartão com ela. Dê seu nome e nós mesmos confeccionaremos o cartão em alguns minutos. - Agradeço, mas preferimos ir embora - disse ele. - Não, amor. Acho que vai ser divertido. Vamos apostar quem de nós dois vai ser chamado mais vezes para dançar. - Está bem. Quer me dar a honra de dançar essa músi- ca, senhorita? - Perguntou ele. - Quem, eu? - Perguntou a loira que os havia recepcio- nado. - Sim, por que não? - Eu não posso, senhor. Estou aqui a trabalho. Charles pediu licença e saiu de perto delas. Caminhou resoluto até um dos seguranças e esteve conversando com ele. De vez em quando olhava em direção a loira, que permanecia perto de Júlia. Dali a pouco, o segurança veio com ele de volta a mesa. Disse para a loira: - Este senhor está reclamando que foi rejeitado para uma dança. A senhorita sabe bem as regras daqui. Por favor, acompanhe-me. - Ei, mas eu trabalho aqui. - A regra é para todos. Tem um cartaz ali que explica bem isso. Portanto, faça-me o favor de se retirar desse esta- belecimento. A moça olhou para Charles furiosa. Contudo seguiu o segurança. O administrador chamou a motorista para dan- çar. Ela ria a valer com o ocorrido. Disse, ainda rindo:
  • 33. DECADÊNCIA 33 - Poxa, amor, você é vingativo. Não conhecia essa tua faceta. Vamos dançar e continuar aqui? - Não, não... vamos para outro lugar. Não sei porque Brito te chamou para vir com ele para cá, se não podia ficar contigo o tempo todo. -Não percebeu? Brito é gay. Na verdade, é travesti. Vi- ria vestido de menina. - Puta que pariu. É cada uma! Os dois riram a valer. Ao término da música, saíram da boate. Quando chegaram embaixo, a moça loira ainda discu- tia com o segurança. Charles foi até eles. - Pode deixá-la voltar ao trabalho, Chicão. Foi apenas uma bincadeira minha. Me desculpem. Mas não pretende- mos ficar mais aqui. Obrigado pela atenção - e colocou cem reais em dinheiro na mão de cada um. A moça, num instante, mudou de atitude. Tinha o melhor dos seus sorrisos quando disse para ele: - Obrigada, senhor. Comigo, pode brincar mais vezes desse jeito. - Comigo, também - afirmou o segurança, também rin- do. Charles apertou a mão de ambos e foi embora com Jú- lia. Quando se sentaram no carro, ele perguntou: - E agora, para onde vamos? Ela esteve pensativa, depois deu partida. Não disse a ele qual o destino. Mas, cerca de meia hora depois, paravam na frente de um bar bem movimentado, animado por uma banda que tocava e cantava música popular. A frequência, no entanto, era de pessoas na faixa etária dos trinta anos. Havia poucos coroas. - É, parece bem animado, mas para um público mais
  • 34. DECADÊNCIA34 jovem. Já te falei que não aprecio isso. - Pois se pretende sair mais vezes comigo, vai precisar se enturmar com as pessoas da minha idade. E lembre-se que nós mulheres gostamos mais de coroas... Ele sorriu. Ela estava dizendo uma grande verdade. Percebeu que algumas jovens olhavam para ele, demonstran- do interesse. Uma, inclusive, apontou-o à amiga. As duas fi- caram olhando para Charles com insistência. Ele piscou-lhes um olho e elas jogaram um beijinho na ponta dos dedos. Júlia percebeu: - Tá vendo? Já começou a fazer sucesso entre as menu- das. Uma garçonete muito boazuda e bonita veio atender- lhes. Pediram cervejas. Ela trouxe bem geladas, pois eram garrafinhas de 350ml. Beberam do gargalo. Na terceira garra- finha, Júlia pediu licença para ir ao banheiro. Assim que en- trou no toalete, uma das jovens que tinha encarado Charles se aproximou dele e lhe entregou um pedaço de papel. Disse ao ouvido dele: - Eu e minha amiga gostamos do senhor. Aí tem nossos telefones. É só nos ligar e nós duas sairemos contigo. - Eu estou acompanhado, guria. - Ela não vai ligar. É acostumada a vir aqui com uma coroa. Ficam aos beijos e abraços. - Uma coroa? Está me dizendo que ela é lésbica? - Não sabia disso? - Disse a jovem, se afastando. Havia percebido que Júlia voltava do gabinete sanitário. Charles guardou o pedaço de papel no bolso. Quando Júlia chegou e sentou-se de novo, foi logo perguntando: - O que a gostosa queria contigo? - Pediu para se sentar à nossa mesa - mentiu ele. - Ora, por que não aceitou?
  • 35. DECADÊNCIA 35 - Você gostaria de estar com elas? Achei que não gos- tasse de mulheres... - E não gosto. Mas ia ser divertido ver as duas te can- tando. Quem sabe não faríamos um programa nós quatro? Charles ficou cismado com aquelas palavras, mas não disse nada. Ficara com uma pulga atrás da orelha, quando a jovem falou que ela ia ali e ficava de namorico com uma coroa. Quem seria a tal coroa? Ficou na dele. Depois, tiraria essa história a limpo. Naquele momento, queria mais se di- vertir. Tocava uma música gostosa de se dançar e ele chamou a motorista. Dançaram agarradinhos, num sarro sensual. Ele nunca havia dançado daquele jeito, nem em seus tempos de jovem. Num instante esqueceu das suas desconfianças contra a amante. Quando voltaram à mesa, estava lá uma das jovens. A que entregara o bilhete tinha ido embora. O casal se apro- ximou. A moça, a mais jovem e bonita das duas, pediu: - Minha amiga me deixou sozinha e foi embora. Não tenho como voltar, pois foi ela que me trouxe de carro. Será que posso ficar com vocês? Charles olhou para Júlia e ela consentiu com um balan- çar de cabeça. A outra moça ficou contente e agradeceu. O empresário perguntou: - Como é o teu nome? - Isadora. E o de vocês? - Eu sou Júlia e ele é Charles, Isadora. Por que tua ami- ga foi embora? - Ela é sapatão. Queria transar comigo. Eu não gosto de mulher. Gosto de macho. E quanto mais roludo, melhor. Charles percebeu que a mocinha já estava alcoolizada, mas não disse nada. Pediu mais três cervejas, pois vira que ela estava bebendo as tais garrafinhas antes. Ela, bem dizer, bebeu toda a garrafinha de um só gole. Perguntou se podia
  • 36. DECADÊNCIA36 pedir outra. Antes que Charles dissesse alguma coisa, Júlia chamou de novo a garçonete. Cochichou algo ao ouvido dela. A morena gostosona deu um sorriso e afastou-se. Voltou com uma cerveja bem gelada e entregou-a à Isadora. Piscou um olho para Júlia e saiu de perto, para atender um outro cliente. Charles aproveitou para ir ao sanitário. Lá, olhou o papel que tinha no bolso. Estava escrito, em letras garrafais: CUIDADO COM ESSA VIGARISTA. Abaixo, havia dois números de telefones celulares, mas nenhum nome. Resoveu-se a ligar. Pegou seu celular do bolso da calça e fez a ligação. Atendeu uma voz feminina: - Pronto. Quem fala? - Você não sabe meu nome, mas nos conhecemos hoje à noite, quase ainda agora. - Ah, o coroa bonito. A mulher que estava comigo já foi para a mesa de vocês? - Sim, está conosco. Por que me deu aquele bilhete? - Ela é uma tremenda de uma pilantra. Também é la- dra. Cuidado com ela. Ainda bem que ficou interessada em vocês. Isso me deu a chance de ir embora. Ela queria grudar em mim. - Você a conhece há muito tempo? - Só de vista. Mas todos no bar a conhecem. Pode per- guntar à garçonete. Foi ela quem me alertou, mas eu não quis ouvir. - Obrigado pelo aviso... como é teu nome? - Não coloquei no bilhete? - Não. Só o telefone. - Meu nome é Nilda. Eu gostei de você. Se quiser me ligar de novo, pra gente tomar umas cervejas, eu iria adorar. - Tá, Nilda. Quem sabe, te ligo um dia. Você está em casa? - Não. Saí daí e fui para um bar perto. Estou bebendo
  • 37. DECADÊNCIA 37 e só pretendo sair daqui bêbada. Por que não vem para cá e toma umas comigo? Está perdendo tempo com aquela sapa- tão. Charles desligou, sem nem se despedir da mulher. Ia saindo do banheiro quando olhou para a mesa onde estavam Júlia e a outra. O que viu o deixou pasmo. As duas estavam no melhor dos beijos. Colado. De língua. Ele respirou fundo. A mulher para quem ligara tinha razão. Por isso, resolveu-se a ir embora. Foi até o balcão, pediu a conta e deixou mais seis garrafinhas pagas. Depois, saiu de fininho do bar, sem ser visto pelas duas mulheres. Estranhou não ver a garçonete que lhe estava atendendo. Ao chegar ao seu carro, estaciona- do na área do bar, a viu esperando alguém na rua. Entrou no carro, saiu do estacionamento dirigindo e aproximou-se dela. Perguntou: - Posso te dar uma carona? Ou está esperando alguém? - Estou esperando um táxi. Se não for incômodo, gos- taria de uma carona, sim. - Para onde está indo? - Para um bar aqui perto. E já estou bastante atrasada. Vou fazer outro turno lá, querido. Só vou para casa às sete da manhã. - Deve ser cansativo. Trabalha todos os dias? - Lá, sou freelancer. Aqui, sou contratada. Posso te fa- zer uma pergunta? - Claro. Quantas quiser. - Você e tua acompanhante brigaram? Ela me deu um comprimido e pediu para colocar na bebida daquela vigaris- ta. - Você a conhece? - Quem, a tua acompanhante ou a outra? - Ambas. - Sim. Uma é ladra, e rouba clientes, principalmente mulheres.
  • 38. DECADÊNCIA38 - E por que não a denunciam? - Por que é prima do dono, oras. Quem quer ser demi- tido? - E a outra? - Júlia? Júlia vem sempre aqui com uma coroa. Não sei o nome dela, mas é muito bonita. As duas passam quase o tempo todo se beijando. Nisso, a morena garçonete disse: - Ali. Pode parar ali. É onde eu trabalho depois que saio de onde eu estava. Não quer entrar e tomar umas? Prometo não te cobrar, por me dar carona até aqui. - Oh, eu posso pagar, criatura. Mas gostaria de conhe- cer esse bar. Parece mais tranquilo que o outro. Entraram. Ela o deixou sentado à uma mesa, depois foi ao balcão. Esteve discutindo com o balconista, em seguida voltou triste. Sentou-se à mesa e disse: - Cheguei muito atrasada. Já colocaram um garçom no meu lugar. Posso tomar umas contigo? - Claro. Peça o que quiser. Ela pediu uma cerveja. Esteve bebericando, tristonha, depois disse: - Acho melhor que eu vá para casa. Pelo menos, des- canso por hoje. Se quiser continuar bebendo, compre umas cervejas e tomamos lá em casa. Moro sozinha. Depois, você pode dormir comigo. Ele pensou um pouco, depois aceitou. Havia se aca- bado o encanto com a motorista. Ela negou, negou, mas no fim demonstrou ser lésbica. Ele não aceitava bissexuais. Não combinavam com a sua maneira de ver o mundo. Não chega- va a ser homófobo, mas não tolerava o sexo entre duas pesso- as do mesmo gênero. A garçonete disse:
  • 39. DECADÊNCIA 39 - Espere aqui. Vou pegar as cervejas da gente. Volto já. Quando ela caminhou até o balcão, Charles a ficou olhando. Era uma bela morena, alta e gostosona. Era char- mosa, sem ser vulgar. Aí, resolveu olhar em volta, para saber como eram as pessoas que frequentavam o local. Foi quando viu a jovem que lhe havia entregado o bilhete. Mas ela não o viu. Estava conversando com um cara, sentado à mesa. Pare- ciam discutir. A garçonete voltou e ele foi embora com ela. A garçonete morava num bairro de classe média do Re- cife. Seu apartamento era mobiliado com muito bom gosto. Ele perguntou: - É alugado? - Não, me foi deixado por meu marido. Na verdade, ele era meu amante. Um coroa de uns sessenta anos. Morreu de câncer. A esposa ficou com a pensão total, pois eu não quis brigar por isso. Mas fiquei sem grana e tive que trabalhar. - Vocês tiveram filhos? - Quem dera. Eu sou estréril. Mas sempre quis ter um filho. Já pensei até em adotar, mas há muita burocracia para isso. Porém, não quero falar disso. Fico triste. E quando fico triste, fico afim de fazer amor. Ela disse isso e foi tirando a roupa, depois de colocar as cervejas na geladeira. Em seguida, tirou as dele, também. Sorriu quando descobriu seu enorme pau. Deitou-o no sofá e começou a chupá-lo. Num instante, o pau ficou duríssimo. Ela tinha seios pequenos e um bocetão de dar gosto. Ele a deitou sobre si e formaram um meia nove. Ele a chupou tam- bém. Ela parecia levar um choque a cada vez que ele tocava com a língua seu pinguelo. Abriu bem os lábios vaginais dela e lambeu ali. Ela começou a gemer baixinho, como se não quisesse incomodar os vizinhos. Começou a masturbá-lo, enquanto lhe sugava a glande e lambia a chapeleta com uma
  • 40. DECADÊNCIA40 sensualidade nunca vista pelo cara. Depois, fugiu do seu to- que, descendo do sofá, mas sem deixar de chupá-lo. Então, ele a pode ver em ação. Ela chupava e lambia como se aquilo fosse a coisa que mais gostava no mundo. E o fazia com enor- me competência. Tanto que, ao decorrer de alguns minutos, ele já se aproximava do gozo. Ele disse: - Estou quase gozando. Vou acabar gozando na tua boca. - Goze, meu homem. Adoro engolir porra. Me dá um imenso prazer. - Não quer que eu te foda a boceta? - Não tenho pressa. Meu coroa já não tinha ereção sufi- ciente para me foder, então eu me divertia o fazendo gozar na minha boca. Pena que ele também não tinha muito esperma. Eu gosto de... Não teve tempo de completar a frase. Charles espor- rou-se todo na boca dela. uma gozada cavalar, com muita porra. Ela ria feliz, a cada jato que atingia seu rosto. Depois o chupava, pedindo que ele gozasse mais. Só parou quando engoliu todo o seu esperma e deixou o caralho dele mole e limpinho. FIM DA QUINTA PARTE
  • 41. DECADÊNCIA 41 6. Com duas ao mesmo tempo Agarçonete devia estar mesmo cansada pois dormiu quase que imediatamente após o sexo. Ele nem disse seu nome. Também não sabia o dela. Charles tomou mais uma cerveja, esperando que ela descansasse um pouco, pois ainda queria fodê-la. Continuava com grande tesão em sua bocetona raspadinha e lisa. Depois, resolveu-se a deixa-la dormir. Vestiu-se e foi-se embora. Fechou a porta do apar- tamento dela e jogou a chave por baixo. Quando entrou no carro, seu aparelho celular estava com o visor aceso, indi- cando que alguém lhe tinha ligado. Havia lá umas quatro ligações de Júlia. Desligou totalmente o telefone. Não estava afim de discutir com ela. Olhou para o relógio de ouro que usava no pulso. Ele indicava ser pouco mais de uma hora da madrugada. Estava cedo. Voltou ao bar onde deixara a garçonete. Queria ver
  • 42. DECADÊNCIA42 se a moça que lhe entregara o bilhete, alertando sobre a vigarista, ainda estava lá. Estava. Viu-a na mesma mesa, acompanhada do mesmo cara de antes. Mas, agora, já não discutiam. Parecia até que haviam feito as pazes e estavam numa boa. Mas foi só a mocinha o ver, para ficar de novo interessada nele. Charles fez-lhe um aceno discreto e sen- tou-se à mesa. Pouco depois, pedia uma cerveja ao garçom. Nilda, a garota que conhecera no outro bar, falou algo para o acompanhante e levantou-se da mesa. Caminhou em sua direção. Perguntou: - Posso sentar-me? - Já não estava acompanhada? - É um ex-namorado. Cara muito chato. Acredito que estarei melhor com você. - Não quero confusão, Nilda. - Oh, ainda se lembra do meu nome? Já é um bom começo. - Na verdade, vim tirar uma dúvida: quem é a coroa que você disse ter visto com aquela morena que eu estava com ela? - A garçonete? - Não. A beijoqueira. - Ah, sei. Espere um pouco. Vou buscar meu celular lá na mesa e volto já. Ela foi, pegou o celular na mesa onde estava o cara que estivera discutindo com ela, falou alguma coisa para ele e voltou. Só que o cara não gostou de ter sido abandonado e veio tirar satisfações. Pegou a jovem fortemente pelo braço, antes dela se sentar. Ela tentou desvencilhar-se da mão dele, mas não conseguiu. Charles levantou-se calmamente e disse para o cara: - Solte a menina. Pelo jeito, ela prefere estar comigo. De pé diante do cara, o coroa parecia grandalhão. O
  • 43. DECADÊNCIA 43 jovem era baixinho, devia medir pouco mais de um metro e meio de altura. Mesmo assim, encarou Charles: - O que é, coroa? Vai estrilar? A mulher estava comigo e não vou deixar que a leve de mim sem luta. - Eu não pretendo brigar com você, fedelho. Não bato em crianças. O garçom interveio. Disse ao rapaz: - O cara não é de briga, mas eu sou, camarada. E es- tou doido para dar uns sopapos. Portanto, se quer continuar com os dentes na boca, deixe o casal em paz. - Dois contra um é covardia - disse o jovem, voltando para a mesa onde estava sentado. A moça deu um beijinho no rosto do garçom, agrade- cida. Esse afastou-se da mesa e foi atender outros clientes. Ela voltou a se sentar perto de Charles. Manuseou o celular e mostrou uma foto a ele: a motorista e uma coroa se beijan- do. Dava para ver bem o rosto de ambas, pois a foto havia pego as duas de perfil. O coroa pareceu não se espantar com o que via. - Eu já desconfiava de quem era a acompanhante da minha motorista. Esta é a minha esposa, apesar de parecer estar de peruca. Essa não é a cor natural do seu cabelo. - Tua esposa? Porra, meu. Sacanagem. - Pois é. Eu me separei dela ontem. Vivíamos sempre brigando, ultimamente. Agora, sei o motivo. - Quem é a moreninha, tua motorista? - Sim. E eu que pensei que ela estava me ajudando a esquecer minha mulher. Deve estar mancomunada com a minha esposa. Só não sei o motivo. Mas não deve ser nada de bom. - Sinto muito. Não esperava que fosse tua esposa. Isso deve doer, não é? - Não tanto quanto ao que deve estar sentindo o teu namorado, ao nos ver juntos. Eu, pelo menos, não sabia que
  • 44. DECADÊNCIA44 era traído. - Foi ele quem me traiu primeiro. Me deixou para ficar com uma amiga minha. Mas o namoro deles não deu certo, então tem vindo atrás de mim para eu aceita-lo de volta. - Sinto muito. No entanto, vou precisar dessa foto que me mostrou, Nilda. Quanto quer para enviá-la para o meu e-mail? - Te mando esta e outras que bati se você me levar da- qui para um motel. Faz tempos que não transo e fiquei afim de você. É um coroa muito bonito. - Infelizmente, estou satisfeito de sexo por hoje, garo- ta. Mas prometo estar contigo amanhã. - Acha que não teria mais tesão, se fôssemos transar hoje? - Sim. E não quero te deixar frustrada. Ela esteve olhando para ele. Depois, perguntou: - Tem aquilo grande? - Enorme. - Do jeito que eu gosto. Façamos um trato: me leva para um motel e deixa o resto comigo. Ainda sei fazer um homem ficar afim. - Não é melhor deixarmos para quando eu estiver mais descansado? - Não. Quero testar a minha competência. Se não qui- ser pagar motel, vamos lá pra casa. Eu moro com minha irmã. Ela vai gostar que eu leve um macho de rola grande. Também adora foder e atualmente está sem namorado. - Acha que ela vai gostar de mim? - Peraí - disse ela, tirando uma foto de Charles. Escre- veu algo e enviou por celular. Não demorou a ser ouvido o toque característico da resposta. Ela ficou contente. - Minha irmã também gostou de ti. Pediu para te levar lá pra o apê imediatamente. - Vocês tem cervejas em casa?
  • 45. DECADÊNCIA 45 - Levamos daqui. Você paga? Pouco depois, os dois chegavam a um pequeno edifí- cio de dois andares, num bairro pobre da zona Sul do Reci- fe. A irmã de Nilda veio espera-los no portão. Eram gêmeas idênticas. Falou, quando eles desceram do carro: - Oi, eu sou Nalda. Minha irmã sabe escolher. Você é, mesmo, muito bonito. - Vocês também são bonitas, Nalda. Costumam tran- sar com os namorados da outra? - Às vezes o cara nem sabe com quem está trepando, principalmente quando está bêbado. Aí, a outra sempre se aproveita da situação. - Disseram as duas ao mesmo tempo, ambas rindo. Entraram. Ele falou, já dentro do apê: - Eu gostaria de tomar um banho, antes. - Oh, claro. Nós duas daremos um banho em você. - Disseram, de novo, ao mesmo tempo. Foi um banho demorado. As duas se empenharam em deixa-lo bem satisfeito. Enquanto uma o ensaboava, a outra lhe chupava o pau. Depois, revezavam-se. Ele fechou os olhos. Num instante, já não sabia mais quem era quem. Nilda e Nalda usavam e abusavam do seu corpo. E ele gos- tando. Depois, o levaram para o quarto. Ali, a safadeza foi maior. Uma lhe lambia as bolas enquanto a outra o chupava. Depois, a outra o deitou na cama e veio por cima. Queria ser chupada por ele. Charles meteu-lhe a língua na boceta, enquanto a outra o chupava no cacete já duríssimo. Em se- guida, montou nele enquanto a irmã ainda esfregava a bu- cha no rosto do cara. Mas não demoraram muito para tro- carem de lugar, uma com a outra. O coroa se prendia para não gozar logo. Demorou quase meia hora para ejacular. As duas se atiraram de boca em seu caralho e só largaram
  • 46. DECADÊNCIA46 quando não tinha mais nem um pingo de porra. Pediram para ele descansar, pois queriam continuar a sessão de fo- das. Pararam para beber cervejas. Estiveram conversando, mas nada de importante. Mesmo assim, Charles ficou sabendo que eram trigêmeas, mas uma já estava casada e não morava mais com elas. Nil- da contou como conhecera o coroa. A outra ficou penali- zada pelo fato dele estar se separando. Depois de tomarem a quinta garrafa, voltaram a transar. Mas aí, o pau do cara estava meio bambo. Pediram que ele dormisse um pouco. Não escaparia do sexo matinal com as duas, de manhã. Quando o sol já estava alto, no entanto, Charles ainda continuava esgotado. Nem sequer levantava seu enorme ca- cete. Despediu-se das duas prometendo novo encontro, mas estava mesmo era ansioso para chegar em casa. Encontrou a morena Júlia esperando-o na frente do conjunto residencial onde morava. - Agora? A farra foi boa, não é mesmo? - perguntou a motorista. - Não estou afim de discussão, Júlia. Vá para casa. Você está dispensada por hoje. E obrigado pelo dia de on- tem. Foi muito esclarecedor. - Como assim? - Nada. Depois nós conversaremos. - Você me viu aos beijos com aquela vigarista? - Sim. Mas não é isso que me deixou chateado. - O que foi, então? - Já disse: depois a gente conversa. - Posso levar o carro? - Não, pois vou precisar dele. Ela foi-se embora sem mais delongas. Charles entrou em casa. Sua ex esposa o estava espe-
  • 47. DECADÊNCIA 47 rando na sala. Disse: - Estava te esperando para pedir desculpas. Acho que exagerei contigo, na nossa discussão. Parece que você ficou com raiva de mim e por isso não aceitou o acordo. - Não haverá acordo, Simone. Principalmente agora, que sei o verdadeiro motivo da nossa separação. - Sabe? E qual é? Ele lhe mostrou as fotos que Nilda lhe enviou por ce- lular. Ela ficou lívida. Perguntou: - Vai demiti-la por causa disso? - Não sei. Mas não me interessa mais tê-la como mo- torista. - Não a demita, pelo amor de Deus. Eu não vou poder mais sustentá-la. - Como assim? - Ela e a advogada me chantageiam. Já levaram, jun- tas, todo o meu dinheiro. Gastei-o com elas. Mas querem mais, por isso bolaram um plano para você me pagar uma pensão. - Isso é problema teu, Simone. Desde a nossa discus- são de anteontem, não me diz mais respeito. Voltei para pegar umas coisas e ir-me embora. Pode ficar com o apar- tamento com tudo. Nada aqui me interessa. Nem os meus objetos pessoais. - Não vai querer levar teus livros nem CDs? - Não. Posso comprar outros. Só serviriam para me fazer lembrar de ti, e eu quero mais é te esquecer definiti- vamente. Ela começou a chorar. Disse que estava na miséria. Que as duas iriam querer que ela vendesse o apartamento, para dar mais dinheiro a elas. Charles nem ouvia o que ela dizia. Pegou algumas roupas, o dinheiro que estava tranca- do num cofre com senha e foi-se embora. Ela ainda se agar-
  • 48. DECADÊNCIA48 rou aos seus pés, mas por pouco ele não a pisoteia. Charles suspirou, aliviado, quando saiu do aparta- mento e deixou o prédio. Nem olhou para trás. FIM DA SEXTA PARTE
  • 49. DECADÊNCIA 49 7. Eu gosto mesmo é de fazer meu homem gozar Charles procurou um hotel para se hospedar. Também não pretendia ir trabalhar naquele dia. Além de esgota- do, precisava dar um direcionamento à sua vida. O caso com a morena Júlia tinha sido pior para ele do que se não tivesse conhecido ninguém. Não. Isso não era verdade. Valeu a pena ter passado por tudo aquilo. Não podia reclamar do dia an- terior: nunca trepara tanto em um único dia. Mas agora era preciso ajeitar a sua vida. Ainda pensou em voltar para a casa da morena boazu- da, garçonete do bar, mas desistiu. Melhor seria encontrar um lugar para ficar. Depois, a procuraria. Voltou a ligar seu celular e esteve atento às chamadas perdidas. Havia cinco chamadas da advogada da sua ex. Não deu atenção. Também
  • 50. DECADÊNCIA50 tinha duas chamadas recentes de Júlia. Ainda não queria falar com ela. Teria que procurar, antes, alguém que a substituísse. Não a queria mais como motorista. Achou, finalmente, um hotelzinho simpático, no Cen- tro do Recife, e este não era muito caro. No entanto, não permitiam encontros amorosos nos quartos. Quase desiste, intencionado em levar alguma mulher para dormir consigo. Porém, a atendente foi muito simpática com ele e o conven- ceu a ficar. Mas antes, ela quis saber: - Pretendia trazer alguém para cá, senhor? - Confesso que sim. Mas isso seria para depois. No mo- mento, estou recém-separado e nem tão cedo vou querer sar- na para me coçar. Ela sorriu. Tinha os dentes bonitos, alvíssimos, e uma arcada dentária perfeita. Isso a tornava bonita, mas sem exa- geros. Ele perguntou: - Faz tempos que trabalha aqui? - Na verdade, sou a dona. Uma das minhas funcioná- rias faltou e não tenho quem a substitua aqui na recepção. Ele pediu desculpas pela gafe, mas ela não ficou chatea- da. Foi com ele até onde ficavam os dormitórios e mostrou os seus aposentos. Era um quarto limpíssimo e perfumado, no terceiro andar, com uma bela vista da cidade. Ele aprovou de imediato. Ela ficou contente. Saiu dizendo: - O almoço será servido pontualmente ao meio-dia. No entanto, às duas da tarde fechamos a cozinha. Bom descanso para o senhor. A mulher era loira e parecia ter uns cinquenta anos de idade. Era baixinha, de seios pequenos, mas o seu sorriso sim- pático e suas ancas largas a faziam interessante. Ele sacudiu a cabeça. Talvez a coroa fosse casada e ele já estava pensando
  • 51. DECADÊNCIA 51 em sacanagens. Guardou as poucas roupas que trouxera num armário e tomou um banho. Depois, dirigiu-se à portaria. Ela parecia aguardá-lo na recepção. Informou: - Tem uma loja de roupas bem perto. E as peças não são muito caras. Diga que foi mandado por Joana e eles te farão um desconto. - Obrigado, senhora. Estou indo mesmo comprar umas mudas de roupas. - Não sou nenhuma senhora, pois ainda sou solteira. O senhor parece ser uma pessoa estudada. E é muito bonito, se me permite dizer. Espero que fiquemos amigos. Ele agradeceu a gentileza e foi-se embora. Achou logo a loja de roupas. Comprou bermudas, camisas, calças jeans e algumas cuecas. Quando chegou ao caixa, o telefone da loja tocou. A moça pediu licença para atender. Disse, logo após falar por uns segundos: - Minha irmã pediu que eu te fizesse um desconto. Pos- so te dar vinte por cento. Que tal? - Não é preciso me dar descontos, senhorita. Posso pa- gar. - Se não quiser, vou ficar chateada. Um pedido de mi- nha irmã é sempre uma ordem para mim. - Está bem. Aqui tem caixinha para clientes? - Sim, bem aqui no balcão. Por quê? - Coloque meu troco na caixinha e divida para todos os funcionários. - Disse ele, depositando, pela ranhura da caixa, algum dinheiro. Fê-lo de maneira que ela não pudesse ver a quantia. Ela lhe deu o desconto nas compras, também depo- sitou a diferença na caixinha e ele agradeceu. Quando saiu, ela abriu a caixa pois esta tinha um fundo falso que facilitava tirar o dinheiro de dentro sem danificar a embalagem. Havia ali uma gorjeta de quase trezentos reais. Ela ligou imediata- mente para o hotel. Quando atenderam, ela falou: - O cara não é nenhum muquirana. Deixou uma gorje-
  • 52. DECADÊNCIA52 ta de quase trezentos reais. Será algum ricaço? Esteve escutando, depois desligou o telefone. Saiu da loja e olhou em direção ao hotel. O coroa estava já chegan- do lá. Charles voltou a arrumar suas compras no armário e foi se deitar. Ainda faltava mais de quarenta minutos para o horário do almoço mas acabou adormecendo. Perdeu a hora. Acordou com batidas de leve na porta. Quando abriu, a dona do hotel o esperava com um prato feito: - Me dei a liberdade de te preparar um prato, já que não desceu para o almoço. Fiz mal? - Oh, eu tenho mais é que agradecer, senhora. Peguei no sono. Muitíssimo obrigado. - Se quiser, pode deixar o prato aqui mesmo, no quarto. Depois eu passo para apanhá-lo. - Não se preocupe com isso. Eu mesmo o levarei até a senhora. - Senhorita. Repito que não sou casada. - Ah, sim. Desculpe-me. É a força do hábito. Pouco depois ele procurava a dona do hotel para devol- ver-lhe o prato. Um funcionário que cuidava da limpesa disse que ela estava na cozinha e ensinou-lhe o caminho. Quando chegou lá, Charles viu que a pobre mulher tinha uma monta- nha de pratos para lavar. E estava desesperada, como se não fosse acostumada àquele serviço. Charles se voluntariou: - Eu te ajudo, Joana. Tenho uma certa prática com isso. Minha ex esposa detestava lavá-los e sobrava para mim, pois não tínhamos empregadas. A mulher desmoronou, sentando-se numa cadeira. Começou a chorar. Disse estar doida para vender o hotel que herdara do pai. A irmã ficara com a loja de roupas e ela com aquele estabelecimento. Para piorar as coisas, três funcioná- rios haviam pedido demissão ao mesmo tempo. E ela não ti-
  • 53. DECADÊNCIA 53 nha nenhum tino para o negócio. Ele tomou-lhe o avental e vestiu-o. Pôs-se a lavar as louças com jeito de quem entendia mesmo do riscado. Ela fi- cou admirando-o, ainda chorosa. Agradeceu a ele pela ajuda. Estava toda molhada, da água salpicada da pia. O tecido da blusa deixava salientes os bicos dos seios eriçados. Ele dis- farçou, para que ela não visse que havia ficado excitado com aquela visão. Ainda bem que ela pediu desculpas e disse que ia deitar um pouco, pois estava muito cansada. Ele disse que quando acabasse chamaria algum funcionário. Ela nem res- pondeu, saiu da cozinha. Quando acabou de lavar os pratos, ele avisou ao fun- cionário que lhe havia indicado a cozinha e voltou para o seu quarto. Tinha deixado a porta apenas encostada, pois não pensara que iria se demorar a voltar. Estranhou a porta es- tar entreaberta e entrou sem fazer alarde. Esperava encontrar alguém mexendo nas suas coisas. Encontrou a dona do hotel chorando, deitada na sua cama. - Por que não procura a quem venda o hotel, senhora? Ela assustou-se. Levantou-se rápido da cama, sentan- do-se nela. Perguntou, ainda assustada: - O que está fazendo no meu quarto? Ele olhou em volta. Estranhou a pergunta, pois viu uma camisa sua pendurada na porta do armário. Afirmou: - Deve haver algum engano, senhora. Este foi o quarto onde me hospedou. Olhe, minha camisa ainda está pendu- rada lá... Ela estava lívida. Pediu-lhe desculpas. Não sabia como havia errado de quarto. Disse que o seu ficava no andar logo abaixo do dele. Gaguejou: - Puxa, por pouco o senhor não me vê nua. Costumo
  • 54. DECADÊNCIA54 estar sem roupas, quando me tranco no quarto. - Acho que seria uma ótima visão para mim - arriscou- se ele a dizer. Ela esteve olhando séria para ele. Depois, perguntou: - Acha que eu ainda tenho um corpo bonito de se ver? Seria muita bondade tua. Eu me acho coroa, feia e sem atra- tivos. Acredito que, por causa disso, tive poucos namorados na vida... Ele voltou a ficar de pau duro. Achou que ela estava sendo modesta. Não era tão bonita de rosto, mas tinha um corpão de chamar a atenção. Dava para ver que a cintura era bem fina e os quadris fartos. Os seios eram pequenos, do jeito que ele gostava. No entanto, não sabe porque, comparou-a imediatamente à morena garçonete. Não conseguira esque- cer a sua enorme boceta. Isso fez com que ficasse mais exci- tado ainda. A coroa, dona do hotel, percebeu. Deu-lhe um sorriso conivente. No entanto, foi convincente quando disse: - Ah, deixe-me sair do seu quarto, pois já estou a pen- sar besteiras. - Falou a caminho da porta - Mas espero que possamos continuar a nossa conversa mais tarde... Charles deu um tempo e depois saiu novamente do ho- tel. A dona não foi vista por ele. Pegou seu carro e rumou em direção ao bar onde tinha conhecido a morena gostosona. No entanto, a primeira pessoa que viu bebendo lá foi a sua motorista. Ela já estava bastante embriagada. Quando o viu, chamou-o para a mesa. Ele foi. Ela perguntou: - Por que ficou chateado comigo? Eu não sou lésbica. Beijei aquela catraia para lhe pregar uma peça, sabia? Ela é ladra. Pedi para a garçonete colocar Rupinol na bebida dela e a deixei de graça. - Roubou-a, também, Júlia?
  • 55. DECADÊNCIA 55 Ela olhou muito séria para ele. Perguntou: - O que está querendo me dizer, patrão? - Pouca coisa. Apenas isto, Júlia - e ele lhe mostrou a foto no celular, onde ela beijava sua ex esposa. A morena se engasgou com a cerveja. Molhou-se toda, tossindo. Depois, quis se explicar, mas ele levantou-se da mesa. Foi ríspido: - Hoje você está muito bicada. Amanhã, passe pelo Departamento de Pessoal da empresa para fazer suas contas. Não vou querê-la mais trabalhando lá. Ela ficou sem ação. Permaneceu sentada, de cabeça bai- xa, enquanto ele caminhava para dentro do bar, pois ela bebia do lado de fora. Charles viu a garçonete bonitona e foi até ela. A bela morena o beijou nos lábios. Estava feliz por vê-lo. - Pensei que não te veria mais. - E por que não? Estivemos tão bem, ontem. - O que te traz aqui a esta hora? Não deveria estar no trabalho? - Tinha algumas coisas para resolver, então tirei mais um dia de folga. Queria falar contigo. - Sou toda ouvidos, querido. - Aqui não. Vai ser uma longa conversa. - Terá que me esperar largar. Com a demissão do outro bar, dependo só deste para sobreviver. Então, não posso va- cilar, tá amor? - Quanto você ganha trabalhando o dia inteiro aqui, garota? - Isso importa? - Hoje, sim. Muito. Ela esteve olhando para ele cismada. Depois, deu um belo sorriso. Abraçou-se a ele. Exultou: - Já sei. Veio me oferecer emprego! Oh, eu amo você. -
  • 56. DECADÊNCIA56 Disse ela, tirando a bata de garçonete e entregando ao dono do bar. Disse pro cara: - Chefe, foi um prazer trabalhar contigo. Estou me de- mitindo. - Não quer saber nem qual é a minha proposta? - Per- guntou o coroa. - Qualquer que seja, será melhor do que trabalhar aqui. Vamos para um lugar mais tranquilo? Que tal minha casa? Ainda tenho umas cervejas lá. A menos que queira comprar mais. - Quantas ainda tem lá? - Umas seis das grandes. Comprei mais, antes de sair. Torcia para que você aparecesse novamente. Pouco depois, estavam no apartamento dela. Ela foi logo tirando toda a roupa, assim que fechou a porta. Ele ficou de pau duro ao vê-la mais uma vez nua. Era, realmente, um mulherão. Charles perguntou: - Em que você trabalhava antes de se tornar garçonete, garota? Antes de me responder, porém, me diga teu nome. Eu não o sei ainda. - Pois eu sei o teu. - Imagino que a motorista tenha dito. - É verdade. Júlia é uma boa amiga. Pena que viva fa- zendo merdas, uma atrás da outra. - Você ainda não me disse o teu nome. É isso que im- porta agora. - Oh, desculpa, amor. Meu nome é Samantha. Acho que já dá para saber a minha antiga profissão, não? - Não. Seria bruxa, feiticeira? Ela riu-se a valer. Ainda rindo, disse: - Não, meu anjo. Eu era policial. Com esse corpão, me chamavam de Jamanta! Era o meu apelido entre os compa- nheiros da corporação. Mas aí, conheci um coroa que disse
  • 57. DECADÊNCIA 57 que me daria de tudo, contanto que eu não me arriscasse a estar na Polícia. Isso, depois que eu o prendi por dirigir bê- bado. Imagine! - Pois bem, Samantha. Eu queria te oferecer dois em- pregos, para você escolher um. - Uau. Quais são? - Você dirige? - Claro, meu anjo. Eu era motorista da Polícia. - Eu acabei de demitir minha motorista. Quer ficar com a vaga? Eu pago bem. Ela deu-lhe um longo beijo. Disse que aceitava. Que se- ria muito bom estarem mais tempo juntos. Mas estava curio- sa por saber qual seria a outra opção. - Gerenciar um hotel. - Como é que é? - Ainda não comprei, porém pretendo fazer negócio ainda hoje. Mas só se você topar gerenciá-lo. - Não tenho nenhum tino para isso, amor. Não saberia o que fazer. - Eu te pago um curso rápido de hotelaria. Não deve ser tão difícil. - Poxa, eu gostaria de tentar. Mas tenho medo de não dar certo e você ficar chateado comigo. - Eu não ficaria. Se não der certo, vendemos o hotel de pronto. Que tal? Ela atirou-se em seus braços, novamente. Seu beijo foi ardente. Estava muito agradecida a ele. No entanto, pergun- tou ainda ofegante: - O que tenho que fazer em troca? - Isso importa? - Sim. Muito. Não sei se poderei te agradecer o bastante pelo que está fazendo por mim. - Bem... basta você se esforçar por me fazer feliz.
  • 58. DECADÊNCIA58 Ela o beijou novamente. Dessa vez um beijo suave, apaixonado. Abriu sua camisa e o beijou no peito, depois foi descendo pela barriga. Abriu o fecho da sua calça e beijou o volume que se pronunciava da cueca. Ele sentiu um arrepio de prazer. Ela libertou o caralho e beijou a glande. Escorria um líquido viscoso. Lambeu e chupou a cabeçorra com mui- to carinho. Masturbou de forma tão suave que ele quase não sentia seu toque. O caralho começou a dar uns pulos, louco de tesão. Ela riu e esteve brincando com ele na boca. Depois, engoliu-o de repente, até o talo. A baba escorria dos cantos dos seus lábios. Ela estava engasgada, mas não largou o ner- vo. Ele gemeu: - Deixa eu te dar uma chupada, também. Estou doido para sentir o gosto da tua xoxota... - Depois eu deixo. Mas já te disse que adoro chupar. Não ligo se não fizer isso comigo também. É que sempre aca- bo gozando só de pensar numa rola graúda me invadindo as entranhas. - Você gosta do anal? - Vai ter que descobrir isso por você mesmo. Agora, cala a boca que eu quero que o primeiro jato seja no meu rosto... FIM DA SÉTIMA PARTE
  • 59. DECADÊNCIA 59 8. A massagista erótica No outro dia, logo cedo, a morena bonitona, ex poli- cial, chegou ao hotel onde se hospedava Charles. Ele ficara em sua casa, dormindo. Haviam conversado bastante sobre a estratégia a usar para comprar o hotel. Chegaram à conclusão de que seria melhor uma negociação entre duas mulheres. Ela, Samantha, aproveitaria para testar seu tino para o negó- cio além de conhecer o local. Ela gostou logo de cara do lugar. Além de ser no Centro, tinha uma arquitetura simpática. - Bom dia. Eu quero falar com a dona deste estabeleci- mento. Disseram-me que ele está à venda. A coroa loira saiu de trás do balcão, meia cismada. Per- guntou: - Quem te deu essa informação? - Um cliente meu que, por coincidência, tornou-se também cliente de vocês: o senhor Charles Torres.
  • 60. DECADÊNCIA60 - Oh, mostrou-se um ótimo cliente. Não sabia que ele era tão bem-relacionado. Realmente, estou querendo vender o hotel. Não tenho a mínima condição de ficar com ele. Não é o meu ramo. - E posso saber qual é o teu ramo? - Perguntou a ex-po- licial. - Eu era esteticista, antes de herdar o estabelecimen- to do meu pai. Sinceramente, pretendia fechá-lo. Mas minha irmã me convenceu a ficar com ele por uns tempos. Se não desse certo, me desfaria dele. Mas entre, vamos conversar lá no meu escritório. Você bebe algo? Pouco depois, Samantha bebericava um uísque de uma safra recente. Via-se que a dona não entendia de bebidas. In- clusive, preferiu tomar um refrigerante. Perguntou à morena gostosona: - Cadê o Senhor Torres? Não o vi ontem à noite nem hoje pela manhã. - Não sei -, mentiu a morena - pois conversamos ontem e ele me pediu para vir aqui dar uma olhada no estabeleci- mento. Eu deveria fazer a... como é chamada mesmo? - Acho que se refere à corretagem. Não é do ramo? - Não, não... vou ganhar uma porcentagem do meu em- pregador. É ele quem está querendo comprar o imóvel. Andaram por todo o hotel, e a loira ia dizendo as refor- mas que teve de fazer e o que era preciso ser feito. Samantha, metódica, anotava tudo num caderninho, sem se descuidar da dose de uísque. Gostou do lugar. Estava contente e ansiosa por fazer algumas reformas. Quando perguntou o valor do imóvel pretendido pela proprietária, esta titubeou: - Olha, confesso que não esperava um corretor tão cedo. Vou ter que falar com a minha irmã, pois ela é co-pro- prietária do motel. Você se incomodaria de eu te dar essa res- posta amanhã?
  • 61. DECADÊNCIA 61 - Sem problemas. Aproveito para ver um outro motel que também está à venda. Anote meu telefone. E eu anotarei o da senhora. - Não tem cartão de visitas? - Oh, não. Como te disse, comecei nesse ramo hoje. A pedido de um amigo. Ainda vou precisar de algumas coisas para me firmar na profissão. - Entendo. Deixe-me pegar uma caneta e um pedaço de papel. - Não precisa, querida. Isso eu tenho. Tome. Rasgue um pedaço da página. Pouco depois, Samantha se despedia da coroa loira. Havia anotado o telefone dela e deixado o número do seu, como a orientara Charles. Estava contente, e torcendo para que a mulher se decidisse a vender o hotel. Entrou no carro que viera e deu partida. Parou assim que dobrou a esquina. Charles a esperava, sentado à mesa de uma lanchonete. Per- guntou se ela queria comer alguma coisa. Ela quis um sandu- íche americano. Pouco depois, ela fazia o relatório do encontro com a mulher. Charles Torres ouviu tudo atentamente, enquanto olhava as anotações feitas por ela. Parabenizou-a pela atua- ção e pediu a conta. Disse-lhe: - Agora, quero que me leve até a empresa onde traba- lho. Já estou atrasado. Mas muito feliz. Tenho a certeza de que iremos fazer negócios. Ela o beijou com paixão, depois deu partida no carro. Perguntou se podia ligar o rádio do automóvel. Ele, que es- tava sentado ao lado dela, acionou a tecla que ligava a tevê. Bem na hora em que passava o noticiário. A foto da advogada Mônica Lacombe estava estampada na tela. Ele aumentou o som. Ficou sabendo que a mulher havia sido encontrada es- faqueada e morta, pela diarista que trabalhava em sua casa.
  • 62. DECADÊNCIA62 A tal diarista deu entrevista dizendo que a patroa costuma- va levar mulheres para a sua residência. Desconfiava de uma jovem que era motorista e que vivia pedindo dinheiro a ela. Uma tal de Júlia. Samantha perguntou: - Acha que a tua ex motorista está envolvida no crime? - Não duvido nada. Ela me enganou direitinho, negan- do ser lésbica. Depois, descubro que andou aos beijos com a minha esposa, que eu não desconfiaria nunca ser sapatão. Aí, o cara se lembrou de umas fotos que recebeu da advogada, onde insinuava que sua esposa tinha um amante. Havia guardado as fotografias dentro do porta-luvas daquele carro. Meteu a mão lá e retirou o envelope. Mostrou as fo- tos a Samantha. Ela esteve olhando-as por um tempo, depois afirmou: - Isso é uma montagem grotesca. O cara foi “plantado” beijando tua ex. - Você conhece o sujeito? - Não me é totalmente desconhecido. Mas uma coisa é certa: fizeram sacanagem com ele, sobrepondo sua foto à da tua ex, insinuando que os dois têm um caso. - Você poderia descobrir quem é ele, Samantha? É mui- to importante para mim. - Está bem. Mas você não poderá ficar lá em casa, por uns tempos. Senão, a Polícia irá dizer que somos cúmplices. - Eu vou para o hotel, assim que largar da firma. Fico por lá até você ter novidades para mim. Quando chegaram na frente da empresa onde Charles trabalhava, no entanto, o local estava apinhado de policiais e jornalistas. O empresário parou na entrada da firma. Sa- mantha desceu do carro. Andou em direção ao senhor que
  • 63. DECADÊNCIA 63 parecia coordenar as investigações. Perguntou a ele: - O que está pegando, chefe? - Oi, Jamanta. Que surpresa. O que faz aqui? - Sou a nova contratada do sr. Charles. Trouxe-o do hotel onde está hospedado. É o meu primeiro dia de serviço. - Escolheu mal. O cara está sendo acusado pela esposa de ter assassinado uma amiga dela. - Quando aconteceu o crime? - Por volta das três da madruga de hoje. Por quê? - Por que é impossível que ele tenha assassinado al- guém. Ele estava comigo, chefe. - Como é que é? - Estamos namorando há pouco tempo. Alguém está querendo incriminá-lo. Disso, tenho certeza. Ele não tem culpa no assassinato. - Como pode ter certeza? - Perguntou o delegado. Ela pediu licença e voltou ao carro. Charles estava sen- do entrevistado por um bando de repórteres. Insistia em dizer que havia sabido do crime quase naquele instante. Samantha pegou o envelope contendo as fotos e pediu uma luva a um dos policiais. Não quis tocar de mãos limpas nas fotografias. Mostrou-as ao delegado. Ele disse: - Assim, você só faz a culpa recair mais ainda sobre o teu namorado, já que essas fotos são montadas. Alguém as deve ter mostrado a ele e ele assassinou o rival. - Não foi a advogada que foi assassinada? - Ela, também. Mas encontramos esse cara morto den- tro do carro dela, também. Só não divulgamos nada porque ainda não descobrimos sua identidade. - Investigue, por favor, chefe. Vai ter uma surpresa. - Como pode ter certeza? O que sabe sobre ele? - Nada de concreto. Mas desconfio que ele era cliente de um bar onde eu trabalhei por vários meses. - Vou investigar isso. Mantenha contato comigo. E não
  • 64. DECADÊNCIA64 deixe teu novo namorado fugir da cidade. - Deixe comigo. Vou prendê-lo entre as pernas! O delegado riu, depois se afastou da ex policial. Ela foi para perto de Charles. Ele continuava sofrendo uma sabatina dos repóerteres. Ela o pegou pelo braço e disse em voz alta: - Chega, gente. Meu cliente está cansado. Outro dia, responderá as perguntas de todos vocês. - E quem é a senhora? - Perguntou uma das repórteres. - Sou a advogada dele - mentiu a morena boazuda. Surtiu efeito. A Imprensa se afastou do empresário e foi colher informações com o delegado. Charles pode finalmente entrar na firma e dispensar todos os funcionários. Naquele dia, não haveria expediente. O delegado aproximou-se dele e perguntou: - Cadê tua esposa? Não conseguimos localiza-la ainda. - Eu não sei. Não estamos mais juntos. Nos separamos ontem. - Muito cômodo, não? - O que está insinuando? - Nada, nada... depois a gente conversa. Não se afaste da cidade. Aí, o celular de Charles tocou. Ele atendeu, sem nem mesmo olhar o visor. Era Júlia: - Não fui eu quem matou a advogada. Estou com medo. Ela quer me matar. O delegado ouviu a voz da motorista. Tomou o celular das mãos do empresário. Atendeu: - Quem é você? Quem quer te matar? - Dona Simone. Matou meu namorado e depois a ad- vogada dela. Ela está doida. Correu atrás de mim, mas con- segui fugir. Porém, estou ferida e com medo de procurar um hospital. - Diga onde está. Aqui é o delegado Farias. Vou buscar
  • 65. DECADÊNCIA 65 você onde estiver. Não saia daí. **************** Samantha foi com o delegado. Pediu que o namorado voltasse para o hotel e não saísse de lá. Logo estaria com ele. A demora era esclarecer aquele crime de forma a inocentá-lo. Quando Charles Torres voltou ao hotel, a loira Joana foi logo dizendo: - Eu te vi na tevê. É só no que falam. Ainda bem que está tudo esclarecido, não? - Não sei, dona Joana... Vim direto para cá e não ouvi mais as notícias. - Eu estava ligada na tevê até agora. A assassina é uma tal de Simone. Dizem que ela ficou louca e quis se livrar dos amantes. Namorava homem e mulher, a safada. - Como soube disso? - No rádio. Num programa policial. Charles não quis se estender no assunto. Esperaria a morena policial chegar ou ligar, para saber da história sem fake news. Disse estar cansado e que iria dormir um pouco. A loira Joana esteve indecisa, mas acabou se oferecendo: - Quer que eu te dê uma massagem? Fui fisioterapeuta. Sei fazer isso muito bem... Ele demorou para responder: - Olha, eu adoraria. Mas não sei se devo. Você disse que o cliente não pode trazer ninguém para sexo, aqui, e uma massagem me acenderia a libido. Ela sorriu. Disse baixinho: - O objetivo é esse. Minha massagem é muito excitante. E eu sou a dona, está esquecido? Sou eu que determino quem pode gozar e quem não pode aqui neste hotel. Pouco depois, ele estava deitado de bruços na sua cama.
  • 66. DECADÊNCIA66 Ela derramou um óleo muito cheiroso em suas costas e co- meçou a passar as mãos e o antebraço nas espáduas dele. Gi- rava o punho, pressioando-lhe as costas com a parte da frente e de trás do antebraço, subindo da linha da cintura e depois descendo do meio das costas para onde havia começado. Ela subiu encima da cama e pressionou também suas costas com o cotovelo. Para isso, teve encostar a vulva sobre as nádegas dele. Ela vestia uma calça branca de Lycra ligada ao corpo e estava muito sensual. Em seguida, dobrou os dedos das duas mãos e pressionou os nós sobre toda a extensão da coluna dele, além de massagear-lhe as costelas. Ficou dedilhando a sua cervical, de vez em quando massageando os músculos do pescoço e da lombar. Afastou-se, de maneira a ficar com a xoxota perto da sua bunda, e massageou com força toda a região que ia do pescoço até as nádegas. Ajoelhou-se en- tre as pernas dele e continuou pressionando as suas nádegas. Depois, correu as mãos desde o seu pescoço até a sola do pé, fazendo em seguida o caminho de volta. Charles já estava quase dormindo. Foi quando ela o ajudou a se virar de frente. Pegou uma toalha branca, dobrada, e cobriu seu sexo. No entanto, demo- rou-se observando o enorme caralho dele. Ainda estava mole, mesmo assim ela o achou enorme. Abriu bem os braços dele e derramou-lhe óleo em seu peito. Alisava-o, com as palmas das mãos untadas de seiva, concentrando-se na região do es- tômago. Dessa feita, não fazia muita pressão. Em seguida, foi a vez dela lambuzar as suas pernas. Passava a mão de baixo para cima e de cima para baixo, desde os seus pés até o final da sua coxa, sem tocar em seu pau. Charles começou a ficar ansioso. Principalmente quando ela lhe massageava a parte interna das coxas, bem próximo à virilha. Seu pau cresceu de tamanho. Agora ela fazia maior pressão nas suas pernas e nas suas
  • 67. DECADÊNCIA 67 coxas, esfregando com a mão espalmada. De vez em quando, tocava de leve em seu pau, por baixo da toalha, e seu caralho dava um pulo. Foi então que ela retirou totalmente a toalha dobrada de sobre o seu pênis. Untou de óleo e massageou-lhe a púbis, tomando o cuidado de não voltar a tocar em seu pau. Este voltou a amolecer. Mas não totalmente. Na próxima eta- pa da massagem, ela já não evitava tocar em seu pênis. Lam- buzou de óleo os seus bagos e massageou-os com bastante pressão. Quando começou a passar a mão escorregadia em- baixo dos testículos, quase tocando seu anel com os dedos, o pau voltou a encolher. Ela fez maior pressão entre os colhões e o ânus, tocando suas pregas de forma “involuntária” com os dedos. Quase não tocava em seu membro, só nos testículos. Depois, sim. Agarrou o seu caralho com ambas as mãos e ficou massageando de leve, quase sem tocá-lo. Lambuzou a glande e os colhões de óleo e ficou massageando-os com ambas as mãos. Massageava o bicho entre os dedos, às vezes fazendo um anel com eles, mas sem pressão. O caralho agora estava duríssimo. Ela o encharcou de óleo. Montou sobre ele e ficou esfregando a boceta em toda a sua extensão. Ainda estava vestida com uma calça de Lycra branca apertada. Deu uma parada, lambuzou mais óleo sobre o pênis e voltou a se esfregar nele. Charles sentia seu talho roçando-lhe a glan- de e o corpo do pau. Ela continuou se esfregando, fazendo pressão contra a púbis dele. Aí, pegou o pau com uma das mãos e encostou ele na regada da própria bunda. Continuou se esfregando, ele sentindo a protuberãncia do seu cu contra a glande. Agora ela começava a gemer e a rebolar o corpo contra o dele. Tinha ficado excitada. Não mais se aguentou: desceu até ficar entre suas pernas e abocanhou os testículos dele, apertando-os com os lábios. Depois, desceu mais com a lín- gua e ficou lambendo o cu do empresário, de vez em quando
  • 68. DECADÊNCIA68 enfiando a ponta dela em seu buraquinho. Tremulou a língua em seu ànus, causando-lhe uma sensação muito estranha, mas prazerosa. Chupou seu cu com gula, revezando com as lambidas. Sugou-lhe as bolas, enquanto pegava em seu pau. Só então, começou a chupá-lo em toda a rola. Girava a cabe- ça para um lado e pro outro, fazendo a pica rodar entre seus lábios. Massageou o caralho com os pés. Depois, sentou-se de pernas abertas sobre ele. Ficou esfregando a xoxota contra o caralho do cara, enquanto masturbava a glande com pressão. Então ele ergueu as duas mãos e arriou um pouco a calça de Lycra que ela vestia, encaixando sua cabeçorra na racha dela. Para a sua surpresa, ela fez a pica resvalar da xoxota e a encai- xou no cuzinho. Untado de óleo do jeito que o caralho estava, logo encontrou o caminho do reto dela. Ela retirou-se totalmente, mas só o tempo de virar-se de costas para ele. Voltou a meter seu caralho na bunda e cavalgou-o num galope apressado, gemendo baixinho, até que entrou em frenesi. A partir de então, perdeu as rédeas do coito. Era ele quem comandava a foda. Ela gemeu alto, fi- nalmente, e lançou um jato de esperma da xoxota, que durou quase um minuto, e depois caiu exausta sobre a cama. FIM DA OITAVA PARTE
  • 69. DECADÊNCIA 69 9. Cu de bêbada às vezes tem dono - Você está bem? - A loira Joana perguntou para Char- les, percebendo sua respiração alterada. - Estou ótimo. É que sempre ficamos esbaforidos de- pois de uma foda, Joana. Ela sorriu. Estava muito satisfeita de ter se oferecido a ele. Já fazia um bom tempo que não fodia. Naquele momen- to, acariciava o peito do homem que estava deitado de barriga para cima. Durante muitos anos, fora massagista terapêutica. Até conhecer um homem que a procurou dizendo ter curio- sidade em saber como era uma massagem erótica. Afirmou pagar muito bem por uma. No início, ela ficou com vergo- nha. Depois, conseguiu uns vídeos com uma amiga massa- gista profissional e fez a sua primeira massagem. O cara, um coroa de quase setenta anos, se tornou seu cliente assíduo. Joana aproveitava para foder com ele, pois não tinha namo-
  • 70. DECADÊNCIA70 rado. Depois, soube que o cara era casado, mas aí já estava gostando dele. A esposa do coroa, no entanto, descobriu as safadezas do marido e foi à casa dela dar-lhe uma surra. Só não apanhou da mulher porque o coroa, pego em flagrante, a defendeu, evitando que se machucasse. Depois disso, ficou com medo de homens casados. E até de solteiros, temendo serem comprometidos. Decidiu-se a não ter mais nenhum amante. Até aparecer aquele coroa bonitão em seu hotel. - Vai vender, mesmo, o hotel, Joana? - Ainda vou falar com a minha irmã. Mas eu não tenho mais vontade de continuar aqui. Não é o meu ramo. Tam- bém, não tenho mais idade para voltar ao mercado de traba- lho. Então, a grana tem que me garantir os restos dos meus dias sem precisar trabalhar. - Acha que tua irmã vai concordar em vender? - Acho que sim. Se não quiser, proponho uma troca: ela vem pra cá e eu fico com a loja de roupas. Charles sorriu. Achou que compraria fácil o estabeleci- mento, mas não disse mais nada. Ela perguntou: - Quem é a morena bonitona que veio me convencer a vender o hotel, tua namorada? Primeiro Charles pensou em mentir, dizer que não. Mas, depois, resolveu-se a ser sincero com ela: - Não é bem minha namorada, pois a conheci há dois dias, Joana. Está trabalhando para mim. Eu tenho interesse em comprar este estabelecimento. - Eu sabia! Desconfiei, logo. Ela é ciumenta? - Por que pergunta? - Vamos fazer um trato. Eu gostei de você. Quero tre- par contigo mais vezes. Se ela não se importar em te dividir comigo, pode considerar vendido o hotel. - Não posso responder isso por ela, criatura. Eu passei trinta anos com uma mesma mulher e acabei perdendo-a.
  • 71. DECADÊNCIA 71 Então, não vejo nenhuma desvantagem em estar com vocês duas. Porém, esse acordo você deve fazer com ela. - Se ela topar, você topa? - Claro. Aí o telefone de Charles tocou. Era Samantha chaman- do-o até a delegacia. O delegado queria falar com ele. O coroa disse que a demora era só tomar um banho. Num instante estaria lá. Já passavam das duas da tarde. Quando Charles chegou à delegacia, havia um bando de jornalistas lá. Queriam fazer umas perguntas a ele, mas o cara disse que não estava sabendo de nada. Daria a entrevista depois de se inteurar do que estava acontecendo. - O que está acontecendo é que osenhor está livre das acusações da tua ex-mulher. Ela, finalmente, confessou os crimes. - Disse o delegado que estava acompanhado de Sa- mantha. - Poderia ser mais explícito, doutror? - Jamanta vai te contar tudo. Eu tenho outras coisas a resolver. Este caso, para mim, está encerrado. O senho é livre para ir onde quiser. - Vamos tomar umas cervejas, amor? Lá, eu te conto. Aproveitamos para almoçar. Estou faminta. Enquanto esperavam o almoço, num restaurante tran- quilo nas redondezas da delegacia, ela começou: - Júlia foi esfaqueada por tua ex. Conseguiu fugir, mes- mo ferida, e ligou pra você. Eu e o delegado fomos até ela e a levamos para o hospital. Lá, ela contou a história. - Disse que namorava um cara, viciado em drogas pe- sadas, que tinha um caso com a advogada. Era ela que susten- tava o seu vício. Quando ele conheceu a motorista e os dois se apaixonaram, a advogada descobriu que Júlia era sapatão. Que ela tinha um caso com tua esposa.
  • 72. DECADÊNCIA72 - Agora me lembro que foi minha esposa que pediu que eu empregasse Júlia. Na época, não atentei para esse detalhe pois estava mesmo precisando de quem dirigisse para mim. Sou muito dispersivo no trânsito e fatalmente acabaria me envolvendo em algum acidente. - Pois bem. Júlia e a advogada exploravam financeira- mente tua ex-mulher. A advogada sustentava o macho vicia- do de Júlia e tinha ódio da tua esposa. O motivo não ficou bem esclarecido. - Mônica era órfã e queria ter sido adotada pela família da minha ex. Mas Simone era ciumenta e impediu que os pais lhe adotassem. A advogada descobriu isso já adulta. Ficou com ódio da minha esposa. - Bem, agora está mais claro. Aí, o dinheiro da tua mu- lher acabou. A advogada a convenceu que ela teria direito a uma boa grana, se te pedisse o divórcio. Mas aí, Júlia con- venceu Mônica Lacombe, a advogada, a usar o namorado viciado para forjar fotos de adultério. Acreditavam que, se você visse as tais fotos, ficaria com ódio da esposa e cederia o divórcio mais fácil. Fizeram montagens do cara beijando tua ex. Só que Simone tinha outro plano em mente: matar o trio e convencer a Polícia de que você era o assassino. - Puta que pariu. O que deu errado? - A advogada quis fazer chantagem com a montagem mal-feita do viciado a beijando. Mandou o cara levar as fotos e pedir dinheiro a Simone. Ela o matou com vários golpes de punhal, dentro do carro. Depois, acho que endoidou: foi atrás da advogada, na própria casa dela, e a matou, talvez para se livrar de continuar dando dinheiro a ela. Mas faltava o seu grande amor. Foi atrás de Júlia e ameaçou matá-la também, se esta se separasse dela ou a alcaguetasse à Polícia. Tendo se separado de você, só restava a motorista para ficar com ela. Pretendia fugir com a jovem e serem felizes para sempre. - Se Júlia já mantinha um relacionamento com ela, por que não aceitou?
  • 73. DECADÊNCIA 73 - Porque te conheceu. Fazia parte do plano te fotogra- far com outras mulheres e com ela mesma, para poderem te chantagear. Se ficasse comprovado teu adultério, a separação de bens seria anulada. Você teria que pagar uma pensão a ela, como idenização por tê-la traído, entende? - Caralho. E eu caí na armadilha, como um idiota. Ela tem muitas fotos comprovando que eu traí minha esposa? - Aí é que está. Júlia gostava mesmo era de homem. Por isso, se apaixonou por você. Não tirou nenhuma foto para te incriminar.Mesmo, segundo ela, tendo várias oportunidades. - Essa ação não vai diminuir a raiva que sinto dela por ter me enganado. - O fato é que Júlia se arrependeu e quis cair fora, prin- cipalmente depois que soube da morte do viciado e da advo- gada. Mas estava bêbada, depois de ser demitida por você. Simone a encontrou num bar e a esfaqueou. Mesmo ferida, ela conseguiu fugir. Foi quando te ligou, pedindo ajuda. - Como ela está? - Está bem. E não vai ser presa por cumplicidade, já que se arrependeu a tempo. Mesmo que pegue alguma pena por extorsão, será logo solta. Mas tua ex perdeu o juízo. Está recolhida a um manicômio judicial. Se melhorar da cabeça, pagará pena por duplo assassinato. O almoço chegou fumegante. Era uma gostosa feijoa- da, especialidade da casa. Fizeram um brinde ao fim daquela história. Depois se beijaram longamente, antes de começa- rem a comer. Ela lembrou-se: - Ah, a dona do hotel me ligou. Disse que já tem uma proposta a me fazer. Pode ir preparando o dinheiro. Vamos comprar aquele estabelecimento. Charles pigarreou, antes de dizer: - Eu tenho uma confissão a te fazer.